Após controvérsia, linhas mestras do orçamento da Zona Euro chegam em junho

Os ministros das Finanças da Zona Euro voltaram a debater o tema, esta segunda-feira. A forma de financiamento do orçamento europeu continua a ser o principal entrave, mas o Eurogrupo quer avançar.

O novo orçamento da Zona Euro poderá estar mais próximo de se tornar realidade. Mário Centeno anunciou, esta segunda-feira na conferência de imprensa após a reunião do Eurogrupo, que os ministros das Finanças da Zona Euro querem ter as linhas gerais deste instrumento prontas até junho. O orçamento da Zona Euro gerou controvérsia em dezembro devido à discórdia dos países quanto à forma de financiamento e este continua a ser o maior entrave.

“Tivemos a nossa primeira discussão sobre o instrumento orçamental para a convergência e competitividade. Os líderes mandataram-nos para delinear as principais linhas até junho“, afirmou Centeno, que preside ao Eurogrupo, em comunicado. “Concordámos que o objetivo é apoiar o crescimento potencial, reforçar a resiliência e ajustar a capacidade das nossas economias”.

Em cima da mesa estão duas hipóteses, de acordo com o ministro. Por um lado, o reforço do investimento, particularmente público. Por outro, o apoio a reformas estruturais. “Também considerámos várias opções relacionadas com o financiamento e a governação. Os líderes preveem claramente um papel para os Estados membros da área do euro, em termos de orientação estratégica e definição dos critérios“, disse. “O desafio é articular este papel no contexto do orçamento da UE, de forma legal e institucional”.

Em dezembro do ano passado, o grupo tomou uma série de medidas no âmbito da reforma da Zona Euro. Entre os pontos mais importantes estão a aposta na flexibilidade do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e o reforço da União Bancária. Por outro lado, o mecanismo único de garantia de depósitos e o Orçamento da Zona Euro ficaram na gaveta, com a promessa de continuarem a ser discutidos ao longo deste ano.

A proposta francesa é que esse orçamento fosse financiado por contribuições nacionais e impostos especificamente criados para esse fim. O desacordo nesta matéria teve origem, sobretudo, nos países do norte da Europa, que consideraram este modelo um “convite a um grande risco moral” e defenderam, em alternativa, o reforço da almofadas financeiras dos países.

As formas de financiamento deste instrumento e o modelo de governação são a chave para o sucesso“, sublinhou agora Mário Centeno. “De forma geral, foi um debate substantivo, mas precisamos de trabalhar mais estes aspetos nas próximas reuniões. Todos nos lembramos que houve controvérsia em dezembro neste tema, mas estamos agora numa nova fase. O instrumento foi aprovado pelos líderes e agora temos de o detalhar. A atitude na mesa é construtiva e tenho certeza de que chegaremos a um acordo a tempo de junho”.

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Elisa Ferreira descarta incompatibilidades e não pede escusa da CGD

A vice-governadora considera que não existem razões que possam influenciar, ou dar a aparência de influenciar, a sua atuação em matéria de supervisão da CGD, garantiu o BdP ao ECO.

A vice-governadora do Banco de Portugal não vai pedir escusa das matérias relacionadas com a auditoria à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), segundo garantiu fonte oficial do banco central, ao ECO. O marido de Elisa Ferreira foi vice-presidente da La Seda, uma das empresas analisadas na auditoria pelo prejuízo causado ao banco público, o que levantou questões sobre se iria fazer o mesmo pedido que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

“A vice-governadora considera que não existem razões que possam influenciar, ou que possam dar a aparência de influenciar, a sua atuação em matéria de supervisão da CGD”, respondeu o Banco de Portugal, quando questionado se o pedido tinha sido feito. Em causa está o cargo de vice-presidente da La Seda ocupado por Fernando Freire de Sousa, marido de Elisa Ferreira, entre 2004 e 2008.

Os auditores da EY identificaram um conjunto de 46 financiamentos que foram concedidos entre 2000 e 2015 e com os quais a CGD reconheceu perdas de quase 1.200 milhões de euros. O montante perdido com cada cliente é muito variável. A Artlant — negócio da La Seda em Portugal — representa a maior perda, num total de mais de 211 milhões de euros.

Neste momento, o supervisor bancário encontra-se a apurar responsabilidades contraordenacionais que podem resultar da auditoria, estando a avaliar nove dos 44 gestores que passaram pelo banco público entre 2000 e 2015. O Banco de Portugal considera, no entanto, que não há incompatibilidades na envolvência de Elisa Ferreira já a relação é indireta e as datas não correspondem.

“De acordo com a análise da Ernst & Young, a contratualização dos primeiros créditos concedidos pela CGD à Artlant, de valor ainda reduzido, data de 7 de maio de 2008, e foi a partir de 2010 que a exposição creditícia da CGD perante a Artlant aumentou significativamente. O marido de Elisa Ferreira, Fernando Freire de Sousa, deixou de ter qualquer envolvimento, tanto na atividade dessa empresa como na atividade da sua participada em Portugal Artenius Sines (posteriormente Artlant), a partir de abril de 2008″, explicou o BdP.

Além do momento da saída do cargo, também o facto de a relação de Elisa Ferreira não ser direta ao banco é usada como justificação para que não tenha sido pedida escusa. As competências e responsabilidades do Banco de Portugal, enquanto autoridade de supervisão, incidem direta e exclusivamente sobre as instituições financeiras supervisionadas. O Banco de Portugal não se pronuncia, nem tem essa competência, sobre a qualidade de gestão de empresas comerciais, nem sobre os projetos de financiamento que submetem à consideração dos bancos sujeitos a supervisão”, acrescentou o BdP.

O governador Carlos Costa anunciou na sexta-feira passada que pediu para não participar nas decisões do banco central sobre a auditoria à CGD por ter sido administrador entre 2004 e 2006 e que esse pedido foi aceite pelo Conselho de Administração.

O governador disse ainda que, enquanto administrador da CGD, estava responsável pelas áreas de ‘marketing’ e internacional da instituição e que “não teve responsabilidades nas áreas de crédito, risco, acompanhamento de clientes ou de controlo e auditoria interna”. Carlos Costa garantiu que tinha pedido, em novembro do ano passado, para não participar nas decisões do banco central sobre a auditoria à CGD por ter sido administrador no período analisado pela EY.

Ainda assim, o Bloco de Esquerda quer que o Governo o demita, tendo apresentado esta segunda-feira um projeto de resolução em que propõe que a Assembleia da República recomende ao Executivo a exoneração do cargo de governador Banco de Portugal. O PCP já anunciou dar apoio, enquanto o PSD pediu para ouvir Carlos Costa numa nova Comissão Parlamentar de Inquérito à CGD. Do lado do Governo, o secretário de Estado Ricardo Mourinho Félix garantiu que “serão tiradas todas as consequências sem olhar a quem”.

(Notícia atualizada às 19h50)

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PCP admite acompanhar projeto do Bloco para exonerar Carlos Costa

Jerónimo de Sousa reconhece que "há uma responsabilização que deve ser apurada" e admite votar favoravelmente o projeto do Bloco para exonerar o governador do Banco de Portugal.

O PCP ainda não avaliou o projeto de resolução do Bloco de Esquerda que propõe a exoneração do governador do Banco de Portugal, mas admite acompanhar a iniciativa dos bloquistas, se houver “prova” de que Carlos Costa não acompanhou devidamente processos como o da Caixa Geral de Depósitos (CGD). A posição foi assumida, esta segunda-feira, pelo líder do partido, Jerónimo de Sousa.

“Foram diversos os momentos em que nós criticámos o papel do supervisor, não só em relação ao processo da Caixa, mas em relação a outras instituições financeiras”, começou por apontar Jerónimo de Sousa, em declarações transmitidas pela RTP 3.

O líder dos comunistas referia-se a casos como o do Banco Espírito Santo (BES) ou o do Banif, que já levaram o Bloco a apresentar, em 2017, um projeto de resolução para que o Governo avaliasse a exoneração do governador do Banco de Portugal. Na altura, o PCP votou a favor deste projeto, que acabou chumbado com os votos contra do PS, PSD e PAN.

O Bloco de Esquerda apresentou, esta segunda-feira, um novo projeto de resolução que recomenda ao Governo que exonere Carlos Costa do seu cargo, desta vez pelo seu envolvimento na concessão de créditos ruinosos por parte da CGD, e Jerónimo de Sousa admite voltar a votar favoravelmente esta proposta.

“É o Governo que toma a iniciativa, ouvida a Assembleia da República. Caso os fundamentos dessa proposta mereçam o nosso acolhimento e a nossa atenção, fá-lo-emos, no quadro de outras situações em que também faltou acompanhamento em matérias tão sensíveis”, afirmou Jerónimo de Sousa. “Há aqui uma responsabilização que deve ser apurada. Essa resolução vai ser considerada e estamos disponíveis para essa consideração, partindo de dados objetivos e de prova de que tais processos não mereceram do governador aquilo que se exigiria, que era o acompanhamento e a supervisão”, acrescentou.

Aumenta, assim, a pressão em torno de Carlos Costa, que já pediu escusa das decisões do Banco de Portugal que resultem das conclusões da auditoria feita pela EY à gestão da Caixa no período de 2000 a 2015. Também o CDS já admitiu que não exclui um pedido de exoneração, enquanto o PSD assume que “não há intocáveis” e disse já que quer ouvir Carlos Costa na próxima comissão parlamentar de inquérito à gestão do banco público. O Governo, por seu lado, garante que “serão tiradas todas as consequências, sem olhar a quem”.

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PSD diz que “não há intocáveis”. Quer ouvir Carlos Costa na comissão de inquérito

Leitão Amaro diz que não há ex-gestores da CGD que sejam "intocáveis". Critica iniciativa do Bloco de Esquerda porque presta mau serviço à comissão de inquérito, onde Carlos Costa tem de ser ouvido.

Para o PSD,não há intocáveis e todos os que estiveram envolvidos como administradores, diretores, auditores, supervisores e governantes, estão sujeitos ao escrutínio público e do Parlamento, na comissão de inquérito parlamentar que está prestes a começar”.

Assim reagiu António Leitão Amaro, deputado do PSD, em relação ao projeto de resolução apresentado esta segunda-feira pelo Bloco de Esquerda, que quer que o Governo demita o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, devido a “responsabilidades em processos de decisão de crédito aparentemente ruinosos” na Caixa Geral de Depósitos (CGD) durante a sua passagem pelo banco público entre 2004 e 2006.

Ainda assim, o deputado social-democrata vê a iniciativa bloquista como “um muito mau serviço à comissão parlamentar de inquérito e ao esforço parlamentar de responsabilização“.

"Para o PSD não há intocáveis e todos os que estiveram envolvidos como administradores, diretores, auditores, supervisores e governantes, estão sujeitos ao escrutínio público e do Parlamento, na comissão parlamentar de inquérito que está prestes a começar.”

António Leitão Amaro

Deputado do PSD

“Antes da comissão parlamentar de inquérito, o Bloco de Esquerda já está a escolher seletivamente um responsável particular, quando há vários outros responsáveis, incluindo o governador do Banco de Portugal do tempo em que o essencial da gestão ruinosa aconteceu”, disse Leitão Amaro.

O responsável do PSD considera assim que se trata de um “mau serviço e, quem sabe, o Bloco de Esquerda estará outra vez a tentar disfarçar responsabilidade de alguém”.

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Governo sobre Carlos Costa: “Serão tiradas todas as consequências sem olhar a quem”

  • Guilherme Monteiro
  • 11 Fevereiro 2019

O cerco aperta-se ao governador do Banco de Portugal. Ricardo Mourinho Félix deixou a garantia de apuramento de todas as consequências.

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, não compromete o Governo em exonerar o Governador do Banco de Portugal, mas defende que estão a ser apuradas responsabilidades, do ponto de vista “criminais”, “contraordenacionais” e “civis”.

“Serão tiradas todas as consequências sem olhar a quem”, disse Mourinho Félix, em declarações em Bruxelas, citado pelo jornal Expresso. “Estão a ser apuradas responsabilidades civis, responsabilidades criminais e contraordenacionais de todos os que estiveram envolvidos”, garantiu ainda o governante em resposta aos jornalistas.

O cerco aperta-se para Carlos Carlos, depois de se saber que esteve envolvido nos financiamentos “aparentemente ruinosos” da Caixa Geral de Depósitos (CGD) aos empresários Joe Berardo e Manuel Fino e, ainda, ao projeto do Vale do Lobo. Já durante a tarde desta segunda-feira, o Bloco de Esquerda veio exigir ao Governo que demita o Governador do Banco de Portugal, tendo apresentado um projeto de resolução em que propõe que a Assembleia da República recomende ao Executivo a exoneração. Já o CDS e o PCP não descartaram também poder avançar com um pedido de exoneração a Carlos Costa.

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A tarde num minuto

Não sabe o que se passou durante a tarde? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

O Bloco de Esquerda quer que o Governo exonere Carlos Costa das funções de governador do Banco de Portugal, depois de se saber do seu envolvimento em empréstimos ruinosos da CGD.

O serviço de streaming da HBO chegou esta segunda-feira a Portugal e custa 4,99 euros. Inclui títulos como “A Guerra dos Tronos” e “Os Sopranos”.

O Eurogrupo debateu esta segunda-feira a 9.ª avaliação pós-programa de ajuda externa a Portugal. No final da reunião, o presidente do grupo e ministro das Finanças português elogiou a recuperação.

A empresa liderada por Ângelo Ramalho ganhou o concurso para a construção de quatro centrais nos Açores, Famalicão, Guimarães e Beja. Projetos equivalem à plantação de 70 mil árvores.

A coleção apresentada pela marca espanhola tem oito peças, com os desenhos mais icónicos da Bordallo Pinheiro, como pratos na forma de folhas de couve e tomate.

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Hoteleiros algarvios criticam taxa turística, mas aceitam-na se promover região

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2019

A associação de hoteleiros do Algarve critica a taxa, mas não a rejeita caso seja aplicada na promoção do produto turístico da região.

A maior associação de hoteleiros do Algarve considerou, esta segunda-feira, a taxa turística “desadequada à realidade da região”, decidindo não se opor à sua implementação desde que a receita seja gerida por uma parceria público-privada para promover a zona.

Em comunicado, a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) indicou que “condena a introdução da taxa turística na região, considerando-a injusta e desadequada das realidades turísticas regionais”. “A AHETA decidiu não se opor à introdução de uma tal taxa, desde que a receita arrecadada reverta para um fundo específico concelhio ou regional, gerido em parceria com o setor privado e as verbas direcionadas para melhorar a atratividade do destino”, destacou.

A associação defende a aplicação da receita resultante da taxa turística em ações promocionais e para estruturação e qualificação do produto turístico, bem como para apoiar projetos de turismo sustentável e de recuperação e reabilitação de património histórico. As verbas devem ainda, segundo a AHETA, “reverter, preferencialmente, para a realização de obras de construção, manutenção e requalificação de zonas urbanas e turísticas carentes de planos de recuperação e benfeitorias de vária ordem em bens do domínio público e privado dos diversos municípios da região”.

A associação anunciou que já propôs às câmaras municipais do Algarve que pretendam implementar a taxa turística, “a criação de um fundo específico concelhio ou regional, gerido em parceria com o setor privado”.

“No respeito pelo princípio da subsidiariedade, faz sentido que os montantes arrecadados pelos diversos municípios, na totalidade ou em parte, possam refletir-se mais equitativamente em todo o espaço regional”, sublinha a associação, recordando que 70% das dormidas totais geradas na região se concentram nos concelhos de Albufeira, Loulé e Portimão.

Para os hoteleiros algarvios, a introdução “de uma taxa desta natureza, numa altura em que se vem verificando um arrefecimento da procura, aliada a outras incertezas, como as consequências do ‘Brexit’, contribui para transmitir uma sinal negativo junto dos mercados internacionais e acentuar ainda mais a perda de competitividade face a outros destinos concorrentes”.

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Autoeuropa vai prolongar produção da Sharan até 2022

A fábrica de Palmela vai baixar o volume de produção da carrinha, que tinha o fim previsto para 2020. Empresa promete fazer investimentos.

A Autoeuropa vai reduzir a produção da carrinha Sharan, cujo fim estava previsto para 2020. No entanto, em contrapartida, a fábrica de Palmela compromete-se a prolongar a produção por mais dois anos, apurou o ECO.

A administração da fábrica esteve reunida esta segunda-feira com os sindicatos a quem foi deixada a garantia de continuidade de produção do modelo até 2022, apesar de uma redução dos atuais níveis de produção. No encontro, que decorreu esta manhã, a empresa comprometeu-se ainda em continuar a fazer investimentos na fábrica, uma preocupação manifestada pelos sindicatos e que recebeu bom acolhimento junto da administração.

Na agenda do encontro esteve ainda os horários atuais e uma tentativa por parte dos sindicatos de fixar uma data limite para os mesmos. No entanto, a administração não se comprometeu com uma data, dizendo apenas que os três turnos diários, mais dois ao sábado e domingo, se vão manter enquanto o nível de produção assim o justificar. Em causa podem estar seis a sete anos com o presente esquema de trabalho. Tudo dependerá do volume de produção, que o ano passado duplicou, graças à procura pelo novo modelo o T-ROC, embora tenha ficado aquém da meta de 240 mil definida no início de 2018.

Este ritmo elevado também levou os sindicatos a manifestar preocupação quanto aos acidentes de trabalho e as doenças profissionais. A preocupação é mútua e por isso vai ser agendada para março uma reunião com a responsável pela área de higiene e segurança no trabalho da empresa.

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Centeno sobre Portugal e Irlanda: “A crise é uma memória distante”

O Eurogrupo debateu esta segunda-feira a 9.ª avaliação pós-programa de ajuda externa a Portugal. No final da reunião, o presidente do grupo e ministro das Finanças português elogiou a recuperação.

O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, elogiou a recuperação económica portuguesa, bem como a performance orçamental do país, no seguimento da última avaliação ao país pelos credores internacionais. O português, que é também ministro das Finanças de Portugal, acrescentou que as reformas em curso têm de continuar para manter o objetivo de redução da dívida pública.

“Discutimos hoje [segunda-feira], o acompanhamento pós-programa de dois Estados-membros: Irlanda e Portugal. Em ambos os países, a crise é uma memória distante“, disse Centeno, no comunicado emitido após o fim da reunião. O Eurogrupo foi informado pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu (BCE) sobre as conclusões das missões a Portugal e Irlanda, que tiveram lugar em novembro. O Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) também apresentou as conclusões do sistema de alerta antecipado.

“Sobre Portugal, vemos um bom desempenho económico e orçamental. As reformas atuais têm de continuar a reduzir ainda mais a dívida pública e a aumentar o potencial de crescimento”, referiu o ministro. “Encorajamos a Irlanda a continuar empenhada em políticas sólidas que salvaguardem a economia irlandesa contra os riscos, incluindo o Brexit”, sublinhou, no mesmo dia em que o grupo de ministros decidiu apoiar a candidatura do atual governador do Banco da Irlanda para o lugar de economista-chefe do BCE.

Riscos para a economia são principalmente políticos

Apesar do tom otimistas, os ministros das Finanças da Zona Euro analisaram as projeções da Comissão Europeia para o crescimento económico do bloco e reconheceram que há um “cenário misto”. Na sua maioria, os líderes consideraram que “existe uma desaceleração no ritmo de crescimento”, mas também que “os fundamentos económicos continuam sólidos”, com o produto, o emprego e o investimento na Zona Euro a crescer.

Na semana passada, a Comissão Europeia cortou as previsões de crescimento para a Zona Euro e para Portugal. No conjunto dos países da moeda única, o PIB deverá crescer 1,9% em 2018, 1,3% em 2019 e 1,6% em 2020, segundo as Previsões de Inverno publicadas esta quinta-feira pelo executivo comunitário. Em novembro do ano passado, Bruxelas apontava para um crescimento de 2,1%, 1,9% e 1,7%, respetivamente em cada um dos anos.

Apesar disso, a economia nacional consegue aguentar-se na comparação. Nos três anos para os quais há previsões — entre 2018 e 2020 — o PIB português cresce mais do que o do conjunto dos países da moeda única, para onde seguem cerca de 75% das exportações nacionais. “Os riscos que penalizam o crescimento são principalmente políticos, o que requer ações tanto para os diminuir como para procurar as necessárias reformas tanto a nível nacional como europeu”, afirmou Centeno.

(Notícia atualizada às 18h30)

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CDS quer primeira audição a Carlos Costa e não exclui exoneração

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2019

Os democratas-cristãos querem que o governador do Banco de Portugal seja o primeiro a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos.

O CDS-PP defendeu, esta segunda-feira, que o governador do Banco de Portugal (Bdp) seja o primeiro a ser ouvido pela comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), não excluindo um pedido de exoneração.

Em declarações à Lusa, o deputado e porta-voz do CDS-PP João Almeida considerou que a atividade anterior de administrador da CGD de Carlos Costa “está a arrastar o Banco de Portugal para o centro do debate”, o que considera ser prejudicial para o seu papel de supervisor. “Entendemos que, se até ao momento do início dos trabalhos da comissão de inquérito, o governador do Banco de Portugal não tomar outra posição sobre essa matéria, é imprescindível que seja ele o primeiro a ser ouvido na comissão de inquérito e na sequência dessa audição sejam retiradas consequências e os partidos façam a sua avaliação sobre as condições que o governador terá ou não para se manter no cargo”, defendeu.

Questionado se o CDS-PP pondera pedir a exoneração de Carlos Costa, como fez o BE, João Almeida respondeu afirmativamente. “Quando o supervisor tem um governador que pede escusa num dos processos mais importantes que o banco tem para apurar, é indiscutível que a exoneração tem de se colocar”, respondeu.

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Efacec ganha quatro centrais fotovoltaicas em Portugal

  • ECO
  • 11 Fevereiro 2019

A empresa liderada por Ângelo Ramalho ganhou o concurso para a construção de quatro centrais nos Açores, Famalicão, Guimarães e Beja. Projetos equivalem à plantação de 70 mil árvores.

A Efacec ganhou o concurso para a construção de quatro novas centrais fotovoltaicas em Portugal. As novas centrais vão dos Açores a Beja, passando por Vila Nova de Famalicão e Guimarães, anunciou a empresa em comunicado esta segunda-feira.

A empresa adianta que “os ganhos de sustentabilidade obtidos com estes novos projetos equivalem à plantação de cerca de 70 mil árvores e reforçam a já forte aposta da empresa em soluções que promovam sustentabilidade ambiental”.

Em Famalicão e Guimarães, as novas centrais fotovoltaicas terão uma capacidade de 1,43 MW e de 1 MW, respetivamente, e foram adjudicadas pela TMG Têxtil e TMG Automotive.

A Efacec destaca que “estes projetos vão evitar a emissão de 5.850 toneladas de CO2, o equivalente à plantação de 37 mil árvores, gerando ao mesmo tempo, energia para 1.409 habitações”.

Já na Ilha de Santa Maria, nos Açores, a nova central tem capacidade para 600 KW, e o objetivo é tornar a “ilha energeticamente mais independente”. Neste caso o concurso público internacional foi lançado pela EDA Renováveis e pretendia obter uma solução chave-na-mão. A nova infraestrutura vai abastecer 500 habitações, e previne a produção de 504 toneladas de CO2.

No caso do Alentejo, a central fotovoltaica de Moura com 1 MW, foi adjudicada à Efacec pela EDIA- Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva e irá permitir a distribuição de energia para 801 habitações. Neste caso, a redução da pegada ecológica vai evitar a emissão de 901 toneladas de CO2, o equivalente à plantação de cerca de 20 mil árvores.

A Efacec — que tem atualmente em pipeline projetos na Europa, América Latina e África — assume que tem como “vantagem competitiva o desenvolvimento de soluções chave-na-mão (EPC- Engineering, Procurement and Construction), com a possibilidade de incluir equipamentos fabricados in house, garantindo qualidade e fiabilidade nas soluções apresentadas”.

A empresa liderada por Ângelo Ramalho assume ainda que a “sustentabilidade é um dos pilares estratégicos para o desenvolvimento de soluções inovadoras”.

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Conheça os números da paralisia cerebral em contexto laboral

  • ECO + FAPPC
  • 11 Fevereiro 2019

Muitas empresas gostam de se mostrar inclusivas e preocupadas com a comunidade de que fazem parte.

Quantas empresas conhecem que realmente empregam pessoas com deficiência e lhes permitem ter uma carreira de sucesso?
Neste vídeo, ficará a conhecer melhor a realidade das pessoas com Paralisia Cerebral no mercado laboral português.

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