Turismo continua a crescer, mas com sinais de abrandamento. Estrangeiros dormem menos noites em Portugal

Em setembro, o número de turistas a visitar Portugal aumentou para 2,9 milhões, mas os estrangeiros passaram menos noites. As receitas com o turismo atingiram os 498,7 milhões de euros.

Depois de um abrandamento do turismo em julho e de uma recuperação em agosto, setembro mostrou que o setor turístico nacional continua em crescimento, embora com alguns sinais de desaceleração. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), os estabelecimentos hoteleiros nacionais receberam 2,9 milhões de hóspedes em setembro, mais 5,2% do que no mesmo mês do ano passado. Para a economia isto refletiu-se em quase 500 milhões de euros em receitas.

Se em setembro do ano passado tinham sido 2,7 milhões de turistas, em setembro deste ano esse número aumentou 5,2%, diz o INE. Os hóspedes estrangeiros levaram a melhor, tendo aumentado 6% para 1,83 milhões, enquanto os residentes no país subiram 3,7% para 1,04 milhões.

Estes números, contudo, mostram uma desaceleração quando comparados com agosto, o mês preferido para passar férias. Nesse mês, o número total de hóspedes tinha subido 6,7%, com destaque para os residentes que tinham aumentado 8,1%.

Mas se o número de hóspedes aumentou face ao ano passado, o tempo que estes passaram em Portugal caiu. De acordo com os dados do INE, a estadia média caiu 1,8% para 2,64 noites, uma quebra que se deveu ao número de noites que os estrangeiros passaram nos estabelecimentos hoteleiros nacionais: caíram 3% para uma média de 2,92 noites.

Chineses vieram em força. Alemães perderam interesse

Embora os hóspedes britânicos continuem a liderar as visitas dos estrangeiros a Portugal, não foram a nacionalidade que mais cresceu: subiram 0,1% para 1,13 milhões de turistas. Aqui, em termos de crescimento, os chineses levaram a melhor com um aumento de 23,8% para um total de 53.450 mil turistas, refere o INE. Atrás aparecem os norte-americanos (21,1% para 322.032 hóspedes) e os brasileiros (14,2% para 291.890 hóspedes).

No lado oposto da tabela estão os alemães, que foram a nacionalidade que mais interesse perdeu: caíram 8,1% para 698.231 hóspedes, à frente dos holandeses (-7,4% para 246.359 hóspedes) e dos suecos (-4,5% para 50.525 hóspedes).

Dormidas no Norte disparam. Madeira continua a perder turistas

Em setembro, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões do país, com exceção da Região Autónoma da Madeira, onde este indicador caiu 4,1%. Em termos de crescimento, o Norte e a Área Metropolitana de Lisboa (AML) destacaram-se com subidas de 8% e 5,1%, respetivamente. O Algarve, por sua vez, concentrou 33,8% das dormidas totais, à frente da AML (23,9%) e o Norte (14,9%).

No que toca às dormidas de residentes em setembro, estas subiram em todas as regiões, exceto na AML, onde caíram 0,3%. Nas subidas o destaque vai para a Região Autónoma dos Açores (+13,1%), Região Autónoma da Madeira (+8,7%) e Algarve (+7%).

Quanto às dormidas de não residentes, realçaram-se os crescimentos no Norte (+10,5%) e na AML (+6,5%).

Receitas sobem para 498,7 milhões. Mas desaceleram face a agosto

Em setembro, refere o INE, embora os proveitos totais com o turismo tenham aumentado 6,7% face a setembro do ano passado para um total de 498,7 milhões de euros, este indicador mostrou uma desaceleração quando comparado com agosto, mês em que tinham subido 7,3% para 635,5 milhões.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, em termos de rendimento médio por quarto ocupado bateu-se os 97,5 euros em setembro, o equivalente a um aumento de 3% face ao ano passado.

Já quanto ao rendimento médio dos quartos disponíveis, este indicador situou-se em 66 euros em setembro, o equivalente a um aumento de 1,2% face ao ano passado. Contudo, aqui, observa-se novamente uma desaceleração face a agosto, mês em que este indicador tinha aumentado 1,7% para 84,6 euros.

(Notícia atualizada às 11h40 com mais informação)

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Como o setor do futuro procura talento (e o convence a ficar)

No mercado há mais de duas décadas, a Glintt encontra soluções para um desafio do presente como se tivesse acabado de chegar. Inês Viana Pinto, responsável de recursos humanos, explica como.

Desde o final de 2017, Inês Viana Pinto gere as pessoas responsáveis pelas equipas de recrutamento, gestão de talento e desenvolvimento da Glintt. A multinacional especialista em soluções tecnológicas na área da saúde está há 20 anos no mercado, emprega mais de 900 pessoas em Portugal mas, nem por isso dá por garantidas a atração e retenção de talento qualificado. “Temos recursos de todos os graus de formação académica, de experiência profissional e isso é um desafio, conseguir ter uma política transversal que consiga chegar a todos eles”, começa por contar Inês Viana Pinto, responsável pelos recursos humanos da Glintt.

“Em resultado do bom trabalho que temos vindo a desenvolver junto dos nossos clientes, estamos a ganhar novos projetos mas, para tal, necessitamos de reforçar a nossa equipa, trazendo mais talento para a Glintt”, sublinha a responsável.

Para atrair talento, a Glintt tem apostado na formação e na reconversão de perfis através de projetos como as Escolas Tecnológicas, que já formaram 90 pessoas em competência de OutSystems, Java e .NET, as Summer Trainees, que desde 2016 já abriu a porta da empresa a 40 alunos, e a Academia Glintt, que nos últimos três anos já contratou 250 jovens talentos.

Num setor onde a oferta escasseia, a Academia Glintt tem sido um dos maiores impulsionadores de atração de jovens talentos, acredita Inês, tanto pelo processo de recrutamento como pelo impacto que tem na cultura empresarial. Todos os anos, a Academia recruta 50 jovens recém-graduados, com licenciatura ou mestrado, nas áreas de engenharia de IT, gestão e ciências farmacêuticas. É uma forma de a empresa “se adaptar à mudança” e “renovar a camada jovem”, afirma Inês. “As pessoas já sabem que em setembro vão entrar 50 novas pessoas e vão ter de as acolher”, reforça.

O onboarding é uma oportunidade para os jovens “tomarem um banho cultural”, metaforiza. “Nós queremos que as pessoas, quando entram, fiquem a conhecer o ADN da Glintt, o que é ser um glintter”, acrescenta a responsável.

Já para quem fica, o desafio é reter. “Temos muito turnover. Somos conhecidos por ser uma empresa-escola e, a partir de um, dois anos, é muito importante conseguirmos reter. São as perspetivas e o feedback que lhes é dado que os faz ficar aqui”, defende a responsável. Os jovens “exigem que haja um acompanhamento constante, preciso de receber feedback quase diário, saber o que está a correr bem, o que posso melhorar e quais os projetos futuros”.

Inês entrou na Glintt em 2013, através de um estágio curricular e conta que o que a fez ficar foi o facto de “nunca se sentir estagnada” e ter “o apoio de uma equipa muito familiar”. Os perfis de IT têm pleno mercado, portanto “é mais difícil estar no top das empresas mais atrativas. O que os faz estar cá tem de ser algo diferenciador”, defende. Uma das soluções passa por “manter os recursos felizes dentro da Glintt”, por isso têm sido desenvolvidos “pequenos projetos com grande significado”, tais como a formação dos líderes na empresa ou a avaliação de bem-estar e ainda programas inclusivos para os colaboradores.

“Há uma questão que temos de contornar, que é a nossa localização e que às vezes pode ser um fator que dificulta a atração de talento”. Para ultrapassar este entrave, a empresa oferece transporte gratuito através de autocarros que todos os dias partem do Cais do Sodré e de Sete Rios, em direção à sede da Glintt, na Beloura. Esta foi uma ideia sugerida pelos colaboradores e vencedora do Win Idea.

A ligação do setor da saúde e da tecnologia é “o futuro”, acredita Inês. “A nível de retenção, é muito difícil termos a fórmula mágica. Acho que passa muito por se viver um bom ambiente. Faz muita diferença sentirmo-nos em casa quando entramos na Glintt”, acrescenta. “Quando entrei em 2013 era uma Glintt mais cinzenta, com menos cor. É isso que temos tentado mudar nos últimos tempos: fazer com que os nossos colaboradores se sintam bem aqui”, garante.

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Jean-Claude Trichet quer um ministro das Finanças para o euro

Em Lisboa, o antigo presidente do BCE diz que a Europa precisa de um ministro das Finanças e que as regras orçamentais criadas durante a crise não devem ser descartadas.

O antigo presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, quer ressuscitar a discussão sobre a criação de um ministro das Finanças para o euro, entendendo que o Eurogrupo e a Comissão Europeia não são suficientes para gerir as questões relacionadas com a moeda única. O francês, antecessor de Mario Draghi, advertiu ainda os países para terem cuidado na sua intenção de mudarem as regras orçamentais, reforçadas durante a crise precisamente para evitar novas crises como a da Grécia.

“Sou a favor de um ministro das Finanças da Zona Euro”, disse o antigo líder do BCE numa conferência promovida pelo Banco de Portugal em Lisboa. “Não podemos contar apenas com um ministro ser simultaneamente o presidente do Eurogrupo, porque tem dois trabalhos e não é assim tão fácil um ministro que representa os interesses do seu país” ter um papel de imparcialidade e tempo para lidar com as questões europeias, sublinha o francês.

Jean-Claude Trichet admite que é uma questão “muito difícil”, mas entende que este caminho tem de continuar a ser feito, especialmente se os países do euro quiserem que os princípios da governação económica sejam respeitados, e assim, se evitam que sejam criadas as condições para novas crises, como aconteceu no período que antecedeu 2010.

O antigo líder do BCE aproveitou também para lançar um aviso aos decisores europeus sobre as regras orçamentais europeias. Depois de muita pressão de um grupo de países, entre eles Itália e Portugal, a próxima Comissão Europeia tem no seu programa uma revisão das regras — que tem a oposição da linha dura do Eurogrupo, como a Alemanha. Trichet diz que já ouviu esta conversa, várias vezes, nos anos que antecederam a crise, inclusivamente em 2010, e que não é boa ideia.

“O Pacto de Estabilidade e Crescimento tem alguns constrangimentos, mas também margem de manobra. Em alguns países, as regras nacionais até são muito mais restritivas que as regras do PEC. (…) O que aconteceu no passado, pode acontecer no futuro. Podemos ter uma nova crise“, avisou Jean-Claude Trichet.

Por isso, disse, as alterações que foram feitas nos anos que se seguiram ao resgate da Grécia, com a introdução do pacto orçamental e a criação semestre europeu, “não devem ser postas de lado”.

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O BCE ganhou tempo, agora é tempo de os governos agirem, diz Carlos Costa

O governador do Banco de Portugal diz que é necessário terminar as reformas da arquitetura financeira europeia para preparar o euro para uma crise. Instabilidade financeira pode alimentar populismo.

O governador do Banco de Portugal instou esta sexta-feira os países do euro a agirem e completarem as reformas da arquitetura financeira europeia, como a União Bancária, dizendo que o BCE permitiu aos países ganhar tempo, mas que agora chegou o tempo dos governos agirem. Carlos Costa avisou que o euro ainda não está totalmente capacitado para enfrentar uma nova crise e que a instabilidade financeira pode permitir o crescimento dos movimentos populistas.

Numa conferência sobre os primeiros 20 anos do euro, organizada pelo banco central, Carlos Costa admitiu que a construção e implementação da moeda única “nunca foi fácil ou consensual”, com muitos a preverem uma vida curta à moeda única, mas que o euro não só sobreviveu como se provou ser um sucesso, apesar dos profetas da desgraça.

“Vinte anos depois, e ao contrário das opiniões dos profetas da desgraça — que parecem ter voltado a ficar muito ativos recentemente — o euro está aqui para ficar”, disse Carlos Costa.

No entanto, depois de enunciar os benefícios que o euro trouxe a todos na Zona Euro, o governador do Banco de Portugal deixou o aviso que ainda há muito por fazer e que uma parte muito importante do trabalho incompleto compete aos governos.

“O BCE ganhou tempo, é tempo de agirem”, disse o governador. Entre o que ainda ficou por fazer, disse, está a finalização da União Bancária, da União dos Mercados de Capitais e a transformação do Mecanismo Europeu de Estabilidade. Em relação ao fundo de resgate do euro, Carlos Costa defendeu novamente que este deve ser transformado num verdadeiro fundo monetário europeu, integrado na lei europeia e com capacidade financeira alargada.

Sem a finalização destas reformas, diz o governador, a Zona Euro não estará completamente preparada para reagir a uma nova crise e a instabilidade financeira que dai resultaria, poderia alimentar os movimentos populistas que já existem espalhados pelos países europeus: “Temos de ter cuidado para não criar um problema de instabilidade financeira, porque criaria muitos problemas que alimentariam os populismos”, disse.

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5G: Altice reitera que calendário de migração da TDT proposto pela Anacom é impossível de cumprir

  • Lusa
  • 15 Novembro 2019

Calendário de migração da TDT, necessário para o arranque do 5G que é proposto pelo regulador Anacom, é "irreal e impossível de cumprir", diz a Altice Portugal.

A Altice Portugal reiterou esta sexta-feira que o calendário de migração da faixa 700 MHz da TDT, essencial para o arranque do 5G (quinta geração móvel), proposto pelo regulador Anacom, é “irreal e impossível de cumprir”.

A dona da Meo apresentou na quinta-feira à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) “o planeamento detalhado de migração da rede com a data de alteração de cada estação emissora, reiterando que o calendário apresentado e que consta da decisão é irreal e impossível de cumprir”, refere a empresa, em comunicado.

Aponta que, “tendo em conta o atraso no anúncio da decisão (segunda semana de outubro) e os resultantes constrangimentos de calendário, muito salientados em comunicações anteriores, a Altice Portugal identifica como calendário possível de cumprir (e num cenário em que não se verifiquem mais atrasos), o início em 10 de fevereiro de 2020 e o fim em 24 de julho de 2020”.

“Este calendário considera o prazo de quatro meses para a entrega dos equipamentos necessários para a migração da rede TDT [televisão digital terrestre] e o período de ‘rollout’ [desenvolvimento] de cinco meses e meio”, salienta a empresa liderada por Alexandre Fonseca.

“A Altice Portugal considera que na calendarização que consta da decisão, a Anacom não atendeu sequer aos prazos de entrega dos equipamentos necessários, nomeadamente desconsiderando a necessidade de realização de uma série de atividades de implementação técnica previstas para execução em período anterior ao ‘rollout’, incluindo as relativas ao piloto, à instalação de novos emissores e à instalação de sistemas radiantes”, argumenta.

Perante isto, a dona da Meo volta a rejeitar “qualquer responsabilidade pelo irrealismo do calendário previsto na decisão, atento às advertências por esta efetuadas e plano operacional de operação atempadamente apresentado, defendido e fundamentado, tanto do ponto de vista institucional como através de demonstrações operacionais”.

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Telecom BT diz que nacionalizar banda larga custaria 100 mil milhões

Partido Trabalhista quer nacionalizar a unidade de banda larga da BT, para garantir banda larga grátis para todos os britânicos. O CEO da telecom diz que tal custaria 100 mil milhões de libras.

O Partido Trabalhista comprometeu-se a fornecer aos britânicos serviço de banda larga totalmente gratuito no espaço de dez anos. Diz pretender nacionalizar a unidade de banda larga da telecom BT, prevendo que tal tenha um custo de 20 mil milhões de libras (23,38 mil milhões de euros). O CEO da BT diz que o custo é muito mais elevado: 100 mil milhões de libras (116,88 mil milhões de euros, avança a Bloomberg nesta sexta-feira.

Caso suba ao poder nas eleições de 12 de dezembro, o Governo trabalhista “realizará uma atualização maciça da infraestrutura de internet do Reino Unido, oferecendo ligações à internet rápidas, seguras e confiáveis para todos e pondo fim à cobertura irregular e lenta”, afirmou o partido num comunicado.

O plano dos trabalhistas prevê que os acionistas da BT sejam compensados com obrigações soberanas do Reino Unido, explicou, em entrevista à rádio BBC, o porta-voz para as Finanças e Trabalho, John McDonnell.

A promessa eleitoral do Partido Trabalhista teria, segundo o partido, um custo de cerca de 20 mil milhões de libras, que seria financiado parcialmente através da tributação às grandes empresas tecnológicas, tais como a Amazon, o Facebook e Alphabet, dona da Google.

O CEO da BT contesta, contudo, o custo estimado pelos trabalhistas. Philip Jansen diz que a proposta — incluindo a promessa de fibra integral — custaria quase cinco vezes esse valor. Ou seja, cerca de 100 mil milhões de libras.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 15 Novembro 2019

A Amazon acusa Trump de ter sido tendencioso no concurso que atribuiu um contrato milionário no setor da defesa à Microsoft. No Reino Unido, o Labour quer nacionalizar a Openreach da operadora BT.

A Amazon vai recorrer da decisão da Administração Trump de entregar um contrato de 10 mil milhões de dólares à Microsoft, acusando o Governo americano de ter sido tendencioso no processo. Ainda nos EUA, Donald Trump pediu ao Supremo para impedir divulgação das declarações fiscais. No Reino Unido, o Partido Trabalhista britânico quer tornar o acesso à banda larga gratuita para todos dentro de dez anos através da nacionalização da Openreach, a unidade da operadora BT.

Financial Times

Amazon critica Trump após dar contrato milionário à Microsoft

A Amazon vai recorrer da decisão da Administração Trump de entregar um contrato de 10 mil milhões de dólares à Microsoft, acusando o Governo americano de ter sido tendencioso no processo. A Microsoft ganhou um contrato para ser o fornecedor de serviços de armazenamentos cloud do Pentágono por um período de dez anos. A decisão foi divulgada dia 25 de outubro. A Amazon vai contestar a decisão em tribunal com acusações de que Donald Trump manipulou o concurso para prejudicar Jeff Bezos, o fundador da companhia.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Telecom BT diz que nacionalizar unidade de banda larga custaria 100 mil milhões

O Partido Trabalhista britânico quer tornar o acesso à banda larga gratuita para todos dentro de dez anos através da nacionalização da Openreach, a unidade da operadora BT, com um custo de 20 mil milhões de libras. Mas o CEO da telecom britânica fez outras contas: nacionalizar a Openreach custaria 100 mil milhões de libras, cinco vezes mais do que dizem os trabalhistas. As ações da BT estão a cair 2%.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

CNBC

Alibaba faz IPO superior a 12 mil milhões em Hong Kong

A gigante chinesa do comércio online Alibaba anunciou o preço das ações do seu segundo IPO, desta vez em Hong Kong, numa operação que permitirá arrecada 13,8 mil milhões de dólares, cerca de 12 mil milhões de euros. O grupo fundado por Jack Ma vai emitir 500 milhões de ações ordinárias mais 75 milhões em opções “greenshoe”

Leia a notícia completa na CNBC (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Pelosi diz que Trump admitiu subornos à Ucrânia

A presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, revelou que o Presidente norte-americano já admitiu subornos no escândalo da Ucrânia, acusando Donald Trump de ter cometido uma ofensa grave o suficiente para ser destituído de funções. “Um suborno é conceder ou reter assistência militar em troca de uma declaração pública sobre uma investigação falsa sobre as eleições. Isso é suborno, disse Pelosi.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Trump pede ao Supremo para impedir divulgação das declarações fiscais

Donald Trump pediu ao Supremo Tribunal dos EUA para reverter uma decisão do tribunal de primeira instância no sentido de travar a divulgação das suas declarações fiscais nos últimos anos. Os procuradores estão a exigir que sejam apresentadas as declarações de impostos do atual Presidente norte-americano entre 2011 e 2018 por parte da sua empresa de contabilidade Mazars.

Leia a notícia completa no NY Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Criptomoedas são “péssima ideia” e interferem com a política monetária, diz Nobel da Economia de 2007

  • Lusa
  • 15 Novembro 2019

Não há forma de os governos controlarem a circulação de Bitcoin, diz o Nobel da Economia de 2007, Eric Maskin. “A minha esperança é que a moda das criptomoedas desapareça”.

O Nobel da Economia de 2007, Eric Maskin, afirmou, em entrevista à Lusa, que as criptomoedas são uma “péssima ideia”, alertou que interferem com as medidas de política monetária e partilhou que tem esperança que a “moda desapareça”.

O Nobel da Economia de 2007 frisou que as criptomoedas, “em primeiro lugar, não acrescentam qualquer valor a não ser a facilidade de transferir dinheiro”, o que “pode ser replicado pelas moedas tradicionais”.

Eric Maskin disse acreditar que, eventualmente, os governos tornem possível transferir euros, dólares e outras divisas eletronicamente, sem necessidade de passar pelos bancos, algo que fará com que aquela vantagem das criptomoedas desapareça.

O Nobel da Economia de 2007 falava à margem da 11.ª edição do ‘Encontro UECE Lisbon Meetings in Game Theory and Applications’, um evento anual que reúne os principais estudiosos que realizam investigações teóricas ou aplicadas no campo da teoria dos jogos, e que decorreu no ISEG entre os dias 7 e 9 de novembro.

Na entrevista à Lusa, o economista norte-americano sublinhou que o mais grave é que as criptomoedas “interferem com a política monetária”. “Uma função importante que os governos das economias modernas desempenham é usar a chamada política monetária anticíclica para expandir a oferta monetária quando existe uma recessão ou perigo de recessão e reduzir a oferta monetária quando a economia está em risco de ‘sobreaquecimento’, e, se as pessoas usam criptomoedas, isso interfere na política monetária”, explicou.

[As criptomoedas], em primeiro lugar, não acrescentam qualquer valor a não ser a facilidade de transferir dinheiro, [o que] pode ser replicado pelas moedas tradicionais.

Eric Maskin

Nobel da Economia de 2007

Erik Maskin adiantou que não há forma de os governos controlarem a circulação de Bitcoin, por exemplo, e partilhou um desejo: “A minha esperança é que a moda das criptomoedas desapareça”.

Manifestando-se “contra as criptomoedas”, o economista norte-americano admitiu que “existem vantagens da tecnologia de blockchain [tecnologia que permite guardar dados de forma descentralizada] quando não se insiste no anonimato”.

Eric Maskin frisou que o anonimato pode ser uma vantagem, mas também pode fazer com que a tecnologia seja usada para fins ilegais, como lavagem de dinheiro e outras transações ilícitas. Já “quando se sabe quem são os outros agentes, esses riscos não existem”, disse.

“Nos próximos 20 anos haverá certamente uma recessão”

Questionado sobre quando poderá haver uma nova recessão, que tem sido antecipada em várias polls de economistas, o economista norte-americano respondeu que “nos próximos 20 anos haverá certamente uma recessão”.

“Isso posso dizer com confiança. Mas se um economista disser que isso vai acontecer no próximo ano, não acredite”, referiu na entrevista à Lusa, acrescentando que “não é algo previsível, os economistas não sabem quando ocorrerá e se disserem que sabem, não estão a dizer a verdade”.

Relativamente aos efeitos negativos sobre a economia mundial decorrentes da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, as consequências do Brexit e a desaceleração industrial norte-americana, Eric Maskin referiu que todos estes fatores já se verificam “há algum tempo e ainda não provocaram uma recessão”.

Convidado a comentar a performance da economia portuguesa nos últimos anos, o Nobel da Economia de 2007 escusou-se a fazer qualquer apreciação, alegando não se “sentir um especialista na matéria”. Contudo, quando questionado sobre como pode uma pequena economia muito aberta ao exterior, como é o caso da economia portuguesa, proteger-se de riscos internacionais, Eric Maskin apontou a importância da diversificação.

“Uma coisa que podemos aprender com economias que eram pequenas e cresceram dramaticamente é que a diversificação é uma proteção contra riscos internacionais”, disse na entrevista à Lusa.

Uma coisa que podemos aprender com economias que eram pequenas e cresceram dramaticamente é que a diversificação é uma proteção contra riscos internacionais.

Eric Maskin

Nobel da Economia de 2007

Eric Maskin referiu que, no caso da economia chinesa, “que é muito grande agora, mas há 40 anos era pequena”, uma forma de ter conseguido crescer foi “fazer um bom uso dos mercados internacionais”, o que referiu ter sido “a chave do sucesso”, assim como a “produção de uma grande variedade de produtos para o mercado internacional”.

“Eles não se concentraram apenas numa área. O facto de assegurarem a venda de muitos produtos diferentes em vez de apenas alguns foi uma garantia importante”, salientou o economista.

Eric Maskin ganhou o Prémio Nobel da Economia em 2007, juntamente com Leonid Hurwicz e Roger B. Myerson, pelo trabalho nas bases da teoria do desenho de mecanismos, um ramo da teoria dos jogos que analisa casos em que os agentes económicos têm informação privada e a utilizam de forma estratégica.

Aquela formulação teórica permite distinguir se os mercados funcionam bem ou não e ajudou os economistas a conceber mecanismos de mercado, como os leilões, e propor formas de regulação de mercado e procedimentos de votação com as propriedades desejadas.

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Amazon acusa Trump após atribuição de contrato de 10 mil milhões à Microsoft

  • Lusa
  • 15 Novembro 2019

Em causa está a atribuição pelo Pentágono de um contrato de armazenamento de dados online no valor de 10 mil milhões de dólares à Microsoft. Amazon fala em "lacunas evidentes, erros e equívocos".

A Amazon anunciou que vai contestar a atribuição por parte do Pentágono de um contrato de armazenamento de dados online (nuvem) no valor de 10 mil milhões de dólares à Microsoft.

Muitos aspetos do processo de avaliação do contrato apresentam lacunas evidentes, erros e equívocos. É importante que todas estas questões sejam examinadas e corrigidas”, disse um porta-voz da Amazon.

A divisão da Amazon Web Services domina o setor de armazenamento de dados online e já fornece servidores seguros a outros organismos governamentais norte-americanos, como a CIA.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tem boas relações com o fundador da Amazon, Jeff Bezos, que também é proprietário do jornal Washington Post, muitas vezes atacado pelo líder norte-americano.

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Governo prepara dois novos escalões de IRS para a classe média

  • ECO
  • 15 Novembro 2019

Governo quer aliviar a carga fiscal sobre a classe média e estuda dois novos escalões para quem tem rendimentos intermédios. Mas a medida depende se englobamento das rendas no IRS avançar em 2020.

O Governo tem como objetivo aliviar a carga fiscal sobre a classe média e está a preparar dois novos escalões de IRS para garantir um alívio nos impostos para as famílias com rendimentos intermédios. Medida dependerá do englobamento das rendas no IRS em 2020.

Segundo o Jornal Económico (acesso pago), o Executivo liderado por António Costa estuda o desdobramento dos atuais 5.º e 6.º escalões de IRS em 2020, passando a existir nove escalões — ultrapassando os oito escalões pré-troika.

A medida está a ser pensada para ser aplicada em simultâneo com englobamento dos rendimentos prediais no IRS, que poderá levar ao agravamento da fatura fiscal de algumas famílias. Porém, as reservas em torno do arranque do englobamento das rendas já em 2020 poderão ditar o adiamento da revisão dos atuais sete escalões do IRS para o Orçamento do Estado de 2021, adianta o mesmo jornal.

Atualmente, o 5.º escalão abrange os contribuintes com rendimentos entre os 25.000 e os 36.856 euros, tributados a uma taxa de 37%. Já o 6.º escalão, com uma taxa de 45%, diz respeito a rendimentos entre os 36.856 e os 80.640 euros.

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DCIAP perde um terço dos procuradores

  • ECO
  • 15 Novembro 2019

A unidade responsável pela investigação dos crimes mais complexos vai perder um terço dos procuradores devido a divergências e mudanças no estatuto do Ministério Público.

Um terço dos procuradores que compõem o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) vão abandonar o departamento mais especializado do Ministério Público, que tem a cargo as investigações mais complexas — desde o caso dos submarinos, à investigação ao roubo de armas em Tancos e a queda do Grupo Espírito Santo –, avança o jornal Público.

Os procuradores estarão a abandonar o departamento por várias razões, diz o jornal, como a decisão do líder da unidade, Albano Pinto, de não permitir a audição do primeiro-ministro e do Presidente da República na investigação do caso Tancos. Os procuradores estarão a abandonar o departamento também pela nova duração da comissão de serviço, que passou de um para três anos, e escolhas pessoais.

Com estas saídas, o DCIAP vai ter uma renovação de quadros e aumentar o número total de procuradores de 36 para 40. Uma parte substancial serão procuradores-adjuntos, que é a base da carreira e em que os investigadores têm menos experiência.

O Público dá ainda que entre as saídas estão dois dos três magistrados que assinaram a acusação ao caso de Tancos, a procuradora que assinou a acusação do caso dos Vistos Gold e uma das procuradoras que integrou a equipa que investiga o colapso do Grupo Espírito Santo.

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Cerca de 40% dos hospitais têm ruturas no fornecimento de medicamentos todos os dias

  • ECO e Lusa
  • 15 Novembro 2019

Os preços “excessivamente baixos dos medicamentos genéricos” são a causa mais importante identificada pelos hospitais para as ruturas de fornecimento.

Quase 40% dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) indicam ter diariamente ruturas no fornecimento de medicamentos e outros 30% afirmam que as ruturas ocorrem semanalmente, segundo um estudo que é apresentado esta sexta-feira.

Promovido pela Ordem dos Farmacêuticos, Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares e pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, o estudo sobre acesso ao medicamento hospitalar foi feito com base em questionários que foram respondidos em outubro por metade das unidades do SNS.

Os preços “excessivamente baixos dos medicamentos genéricos” são a causa mais importante identificada pelos hospitais para as ruturas de fornecimento. Estas ruturas são muitas vezes resolvidas com recurso à importação do medicamento.

Os dados do estudo mostram que 39,1% dos hospitais têm ruturas no fornecimento de medicamentos de uso hospitalar todos os dias, 30,4% dizem que ocorre semanalmente e outros 30% que as ruturas são mensais.

As ruturas no fornecimento de medicamentos de uso hospitalar são consideradas pela totalidade dos hospitais como um “problema grave”. Para 26% dos inquiridos é um problema grave que afeta todos os medicamentos, para 30% afeta essencialmente os fármacos que têm genéricos e para 44% é grave, mas apenas nalguns medicamentos.

O “Índex Nacional do Acesso ao Medicamento Hospitalar” avaliou ainda os maiores desafios na introdução de fármacos inovadores.

Mais de 60% consideram o processo para introdução de medicamentos inovadores como complexo, 52% apontam como problema a falta de recursos humanos, mas quase todos os hospitais entendem que o acesso a novas terapêuticas vai permitir melhores resultados clínicos e melhor qualidade de vida para os doentes.

Acesso a novos fármacos devia ter tempos máximos de resposta garantidos

Os administradores hospitalares defendem a criação de tempos máximos de resposta garantidos para os processos de aprovação de medicamentos inovadores, para melhorar o acesso e evitar desigualdades.

“Devia existir uma convergência do modelo de procedimentos e dos tempos de resposta. Faz sentido ter a definição de tempos máximos de resposta garantidos para os vários modelos ou fases de aprovação de medicamentos inovadores”, afirmou à agência Lusa o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço.

Atualmente, na área da saúde, já há definição de tempos máximos de resposta garantidos para a realização de consultas e de cirurgias, que são no fundo tempos considerados clinicamente aceitáveis consoante a gravidade ou urgência das situações.

Alexandre Lourenço defende que a definição de tempos máximos de resposta para os processos de aprovação de medicamentos inovadores servirá também para acompanhar o que está a acontecer nas várias áreas terapêuticas ou de tratamento.

A definição destes tempos, na sugestão do representante dos administradores hospitalares, devia ser um trabalho conjunto dos hospitais, da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Farmacêuticos e liderado pela Autoridade do Medicamento – Infarmed.

Os tempos máximos de resposta deviam ser definidos para as várias fases de aprovação de um medicamento hospitalar inovador: as aprovações antes da autorização de introdução no mercado, antes da decisão de financiamento pelo Serviço Nacional de Saúde e depois quando o medicamento entra no seu circuito normal já com a aprovação de mercado e com a decisão de financiamento.

O responsável advoga também que os hospitais criem modelos de aprovação de medicamentos mais convergentes ou semelhantes, uma espécie de “manual de aprovação de medicamentos mais ágil”, que tenham em conta a definição de tempos máximos de resposta.

Alexandre Lourenço salienta que há uma grande assimetria entre hospitais no cumprimento dos prazos e nas etapas administrativas ou burocráticas na aprovação da inovação de medicamentos, chegando a haver unidades em que intervêm mais de sete departamentos ou serviços hospitalares antes mesmo de um pedido de novo medicamento ser submetido ao Infarmed.

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