Costa e Jerónimo não vão negociar programa de Governo, mas vão trabalhar Orçamentos ano a ano

Já terminou a reunião entre o PS e o PCP. Os comunistas não querem um compromisso escrito e querem avaliar, ano a ano, os Orçamentos do Estado que o Governo for apresentando.

António Costa e Jerónimo de Sousa não vão negociar o Programa de Governo. O PCP considera que as exigências de um apoio ao PS são agora menores do que há quatro anos e, por isso, vai analisar as opções dos socialistas caso a caso. É o que acontecerá nos Orçamentos do Estado, com negociações “ano a ano”.

Questionado sobre se as negociações vão continuar, António Costa disse que “relativamente à elaboração do Programa de Governo não”, acrescentando no entanto que “vai haver trabalho conjunto nomeadamente sobre o Orçamento do Estado”, frisou o primeiro-ministro indigitado depois do encontro com os comunistas na sede do PCP.

Em 2015, os dois partidos assinaram uma posição conjunta antes da entrega do Programa de Governo, que contemplou medidas negociadas entre os socialistas e os parceiros políticos com vista à formação da solução governativa. Este passo não vai existir desta vez.

No entanto, o PCP não espera que o Programa de Governo afronte o PCP. “É um Governo do PS com um Programa do PS”, disse o secretário-geral do PCP no final do encontro. Jerónimo de Sousa lembrou que “o Programa de Governo não prevê votação” e disse acreditar que o “PS fará um esforço para que esse Programa seja aceitável”.

Das intervenções de António Costa e Jerónimo de Sousa fica claro que os trabalhos para que o Orçamento do Estado seja aprovado vão começar em breve.

“Será em função das opções do PS e dos instrumentos orçamentais que o PCP determinará o seu posicionamento”, afirmou o líder comunista. Jerónimo de Sousa acrescentou que os comunistas estão disponíveis para “trabalhar para que os documentos centrais” contribuam para a melhoria da vida dos portugueses. “Sobre o Orçamento do Estado cada ano é um ano”, disse, não se querendo comprometer com todos os documentos orçamentais.

“No curto prazo, perante a proposta que vai chegar brevemente, teremos conhecimento e analisaremos para que ela melhore”, detalhou.

Já antes, António Costa tinha colocado todo o foco no Orçamento do Estado. “A apreciação dos Orçamentos do Estado foi sempre feita ano a ano. Iremos prosseguir assim. O que foi manifestado [pelo PCP] é a disponibilidade para fazer a apreciação conjunta do OE e de outras medidas que o Governo queira apresentar ao Parlamento“.

(Notícia atualizada às 18:38)

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Não sabe o que aconteceu nos mercados? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 9 Outubro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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Estas 20 empresas são responsáveis por um terço das emissões de carbono

As 20 empresas por detrás de 35% das emissões de carbono são todas exploradoras de combustíveis fósseis. A maioria são empresas estatais.

Mais de um terço das emissões de gases com efeito de estufa na era moderna estão ligadas à exploração das reservas mundiais de petróleo, gás e carvão por parte de 20 empresas. Este grupo, que inclui tanto multinacionais como empresas detidas pelo Estado, é responsável por 35% das emissões.

As emissões dos combustíveis que estas empresas extraíram são contabilizadas desde 1965, altura em que o impacto dos combustíveis fósseis já era conhecido pelos líderes das empresas e por políticos, no estudo Climate Accountability Institute, citado pelo The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Em conjunto, as 20 empresas são responsáveis por 480 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente desde essa altura. A liderar a lista está a estatal Saudi Aramco, responsável por 4,38% do total das emissões. São 12 as empresas neste grupo que são detidas pelo Estado, como por exemplo a Gazprom e a Companhia Nacional Iraniana de Petróleo.

Já entre as oito empresas detidas por investidores, a primeira a figurar na lista é a norte-americana Chevron, seguida pela Exxon, BP e Shell. Juntas, estas quatro energéticas foram responsáveis por mais de 10% das emissões de carbono mundiais desde 1965, de acordo com o estudo.

Veja aqui as 20 empresas que contribuíram para 35% das emissões de dióxido de carbono equivalente de 1965 a 2017:

Em mil milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente.
Fonte: Climate Accountability Institute, The Guardian

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Accenture considerada a empresa mais diversa e inclusiva do mundo

A multinacional foi distinguida pelo segundo ano consecutivo no Índice Diversidade & Inclusão, da Refinitiv, que destaca as 100 empresas cotadas em bolsa que mais apostam na diversidade e inclusão.

A Accenture foi considerada, pelo segundo ano consecutivo, a empresa mais diversa e inclusiva do mundo no Índice Diversidade & Inclusão, da Refinitiv. A multinacional é reconhecida pela aposta na diversidade em cargos executivos, pela igualdade no local de trabalho, investimento no desenvolvimento de talento e promoção de um diálogo global.

O conselho de administração da Accenture é composto por pessoas de seis países em quatro continentes, entre elas cinco mulheres (42%), incluindo a CEO, Julie Sweet. Até 2025, a Accenture definiu como objetivo alcançar “uma força de trabalho equilibrada a nível de género“, através do programa global da empresa “Pride Ally” e da rede global “Disability Champions”, para pessoas com capacidades reduzidas.

Construir uma cultura de igualdade onde todos podem progredir é a chave para quem somos enquanto empresa”, sublinha Julie Sweet, CEO da Accenture. “Valorizamos os backgrounds, capacidades e experiências únicas de cada colaborador e responsabilizamo-nos pelo progresso feito face aos grandes objetivos a que nos propomos.”

"Quando as pessoas têm um sentimento de pertença e se sentem valorizadas pelas suas contribuições, perspetivas e circunstâncias únicas, estão mais propensas a progredir e sentem que podem inovar”

Ellyn Shook

chief leadership e human resources officer da Accenture

O ano passado, a Accenture investiu 927 milhões de dólares (cerca de 845 milhões de euros) em aprendizagem contínua, desenvolvimento profissional e na requalificação dos seus colaboradores para os ajudar a manterem-se relevantes em áreas como cloud, inteligência artificial e robótica. Para promover o diálogo global, a empresa desenvolve publicações anuais em liderança com o objetivo de contribuir para o diálogo sobre igualdade no local de trabalho, como é exemplo o relatório Getting to Equal: Disability Inclusion Advantage.

O índice identifica as 100 empresas cotadas em bolsa com os ambientes de trabalho mais diversos e inclusivos, baseando-se em dados relacionados com fatores ambientais, sociais e de governance. No pódio, em segundo lugar ficou a empresa de bebidas britânica Diageo e em terceiro o Royal Bank of Canada, no Canadá. Entre as primeiras dez empresas mais inclusivas encontramos ainda a Natura Cosmeticos, a BlackRock, Inc., a Telecom Italia, a Novartis e a Allianz.

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COLLECTIVE e a vontade de nunca parar de inovar e crescer

Nos dias 12 e 13 de outubro, a 3.ª edição do Check Point está de regresso na ModaLisboa, um espaço dedicado ao futuro da moda e que tem o Ecoolhunter como parceiro.

A moda está de regresso a Lisboa já esta semana, com desfiles, mas também com eventos abertos ao público, porque a “moda só existe na liberdade”, diz a ModaLisboa. É o caso do CHECK POINT, criado com o objetivo de fomentar a partilha de conhecimento, a inovação e a promoção das melhores práticas na Indústria de moda nacional.

No programa estão as Fast Talks, Workshops, Roundtables, diferentes atividades no âmbito do saber-fazer, da sustentabilidade, das novas tendências e tecnologia, permitindo ao público enriquecer os seus conhecimentos e ter contacto com diversos intervenientes chave e que estão a mudar o curso da moda portuguesa, como explica Graziela Sousa, responsável pelos projetos especiais.

http://videos.sapo.pt/K0zrnqMVu4OQ8kNNGilV

Domingo, 13 de outubro, às 14h30 nas Antigas Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento do Exército, e em parceria com o Ecoolhunter by ECO, será apresentado o Estudo “Novas Tendências da Moda” da autoria da consultora Augusto Mateus e Associados (EY – Parthenon), que identifica e destaca os grandes processos de mudança que atravessam as indústrias de moda na atualidade. É seguido de uma mesa redonda onde se falará sobre futuro, moda e tecnologia, com a presença de marcas e negócios inovadores.

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Bioeconomia azul leva 15 startups a concurso na segunda edição do Blue Bio Value. Cinco são portuguesas

O Blue Bio Value permite o desenvolvimento de projetos ligados à bioeconomia azul. Dos nove países a concurso, Portugal é o país mais bem representado com cinco startups na competição.

Já arrancou a segunda edição do Blue Bio Value, um programa de aceleração de empresas ligadas à bioeconomia azul, que junta projetos de nove países. Entre as 110 candidaturas de vários países, apenas quinze foram selecionadas. Portugal é o país mais bem representado, com cinco startups a concurso.

Projetos de Portugal, Espanha, Dinamarca, Suíça, Itália, Canadá, Brasil, Reino Unido e Índia estão desde esta terça-feira em competição e as empresas que melhor se destacarem “poderão receber um prémio de 45 mil euros, para o desenvolvimento dos seus projetos”, refere o comunicado conjunto da Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian.

Durante as próximas cinco semanas, as empresas selecionadas irão validar a tecnologia desenvolvida, adquirir competências de gestão e criar bases de novos negócios sustentável e economicamente viáveis e estabelecer contactos com mentores, nacionais e internacionais, bem como, com parceiros especialistas de várias indústrias e potenciais clientes e investidores.

Entre os projetos portugueses a concurso está a Bluman, que, de acordo com a Blue Bio Value, se foca nos biopolímeros e aplicações médicas desenvolvidas a partir de organismos marinhos, por forma a desenvolver soluções para instituições que trabalhem em biomedicina, farmácia e cosmética. Por outro lado, a BodyOcean desenvolve produtos para cuidar da pele, a partir de recursos sustentáveis, como algas marinhas provenientes dos Açores.

Já a Inclita Seaweed Solutions é uma startup biotecnológica, ainda em fase inicial, que se dedica ao desenvolvimento sustentável, produção, valorização e comercialização de extratos de algas funcionais. Em contrapartida, a Sea4Us é uma biofarmacêutica focada na descoberta e desenvolvimento de novos medicamentos feitos a partir de compostos marinhos. Por outro lado, a Vieaqua é uma startup de aquacultura que está a desenvolver o primeiro incubador de vieiras e cultura offshore, descreve a organização.

Além de concorrerem pelo prémio, ao longo do projeto serão ainda atribuídas ajudas de custo às empresas até ao montante de 7.500 euros. Esta segunda edição atraiu mais do dobro das candidaturas do que a edição anterior.

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David Justino diz que “não é óbvio” que Rui Rio se recandidate

  • ECO
  • 9 Outubro 2019

David Justino apontou que a recandidatura de Rui Rio para a presidência do partido irá depender da sua "vontade" e da "circunstância pessoal".

O vice-presidente do PSD disse que “não é óbvio” que Rui Rio se volte a candidatar à liderança do partido. David Justino, um dos conselheiros mais próximos de Rio, apontou que irá depender da “vontade” e da “circunstância pessoal” do atual presidente social-democrata.

“Acho que o doutor Rio — como já é reconhecido e característico da sua forma de atuar — não vai expressar-se quando existe este coro autêntico de apresentação de candidaturas, de críticas, de ataques“, apontou David Justino, em declarações à TSF (acesso livre).

Mesmo assim, o vice-presidente do PSD afirma que continua a “ser pertinente a estratégia e a opção que foi feita há um ano e meio”, em resposta à dúvida sobre se o partido continua com Rui Rio. O atual líder social-democrata enfrenta várias críticas internas, nomeadamente depois da noite eleitoral. Cavaco Silva expressou já ter ficado “entristecido” com os resultados do partido.

Luís Montenegro, a principal figura de oposição interna a Rio, já mostrou disponibilidade para ocupar o cargo de líder do PSD e vai anunciar a candidatura esta quarta-feira. É no início de janeiro que se deverão realizar as eleições diretas no PSD, sendo que o congresso vai acontecer um mês depois.

(Notícia atualizada às 17h30)

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Oracle escolhe Lionesa para abrir novo centro de inovação e tecnologia

Multinacional Oracle escolheu a Lionesa para abrir novo centro de inovação e tecnologia. Junta-se à Vestas, Klöckner Pentaplast e Cofco. Lionesa acolhe 110 empresas nacionais e internacionais.

O centro empresarial Lionesa acaba de acolher mais uma multinacional no setor da tecnologia e informática, a Oracle. A inauguração oficial realiza-se quinta-feira, 10 de outubro, em Matosinhos.

A empresa está a reforçar a sua presença em Portugal e escolheu Matosinhos e a Lionesa para a instalação de um centro Global de inovação e tecnologia. Junta-se assim a outras multinacionais que muito recentemente se instalaram na Lionesa como é o caso da dinamarquesa Vestas (turbinas de energia eólica), a alemã Klöckner Pentaplast (filmes para embalagens) e a chinesa Cofco (agro-alimentar), que criaram centros de desenvolvimento de negócio e de serviços partilhados.

“A Lionesa é, atualmente, a nível nacional, o maior centro empresarial na indústria 4.0 e o maior e mais dinâmico polo localizado a Norte na atração de novos negócios, essencialmente, multinacionais na área de IT, inovação e shared services nas áreas financeira, de recursos humanos e de supply chain“, de acordo com o comunicado enviado.

A Lionesa conta com cerca de 110 empresas nacionais e internacionais o equivalente a mais de 5.000 postos de trabalho e mais de 25 nacionalidades representadas.

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Mota-Engil vai construir edifício Infinity em Lisboa e reforça presença em África. Três novos contratos garantem 327 milhões

A construtora portuguesa anunciou três novos negócios em Portugal, Angola e Moçambique. São geografias onde "perspetiva continuar a afirmar-se como um player relevante", diz.

A Mota-Engil vai construir os 195 apartamentos do edifício residencial Infinity, em Lisboa, da Vanguard Properties. O contrato, de 77 milhões de euros, prevê a execução ao longo de 28 meses e faz parte de um conjunto de três novos contratos fechados pela construtora não só em Portugal, mas também em Angola e Moçambique.

A freguesia de Campolide vai receber um dos edifícios mais altos da capital, construído exclusivamente para habitação. A torre de 26 andares, com outros três no subsolo, vai contemplar 195 apartamentos, cujo metro quadrado não ficará abaixo dos 3.500 euros. A imobiliária Vanguard Properties tinha anunciado o empreendimento em março e sabe-se agora que é a Mota-Engil que o vai concretizar.

“Em Portugal, a Mota-Engil Engenharia e Construção, S.A., celebrou com a Vanguard Properties, um contrato para a construção do edifício residencial Infinity, um projeto que será um ícone da cidade de Lisboa, com um total de 195 apartamentos, entre as tipologias T1 e T6, e que reforça a Mota-Engil como empresa líder do mercado nacional e de referência em obras privadas de construção civil de elevada dimensão”, anunciou a empresa em comunicado.

Construtora reforça presença em Angola

Além deste contrato, a empresa fechou outros dois em África. No total, a Mota-Engil garantiu 327 milhões de euros. Distribuídos pelos segmentos de obras públicas, serviços de mineração e construção civil, os negócios dizem respeito a operações em geografias “onde a Mota-Engil perspetiva continuar a afirmar-se como um player relevante no setor das infraestruturas”.

Em Angola, a Mota-Engil ganhou contratos que visam a construção de barragens, sistemas de captação de água e canais adutores, no seguimento de um concurso público para a implementação de projetos na província do Cunene. A obra vai durar 20 meses e está avaliada em 177 milhões de dólares (160 milhões de euros).

“Neste conjunto de projetos anunciados pela Presidência angolana, a Mota-Engil Angola venceu, em consórcio com uma participação de 50%, o concurso referente ao terceiro lote, para a construção da Barragem de Calacuve, um projeto integrado no âmbito do Programa de Ações Estruturantes de Combate aos efeitos da Seca – Província do Cunene”, refere a empresa.

Moçambique é “um dos principais eixos” da Mota-Engil África

Em Moçambique, o contrato celebrado prevê a execução de serviços mineiros em Moatize. “O contrato totalizará cerca de 100 milhões de dólares (90 milhões de euros) e contemplará execução dos serviços mineiros, incluindo a perfuração, desmonte com explosivos, carga e transporte do carvão e estéril”, explica a Mota-Engil.

Os trabalhos, a executar em mina a céu aberto pela subsidiária da construtora Mota-Engil Engenharia e Construção África, terão um prazo de 60 meses e o início em outubro de 2019.

“A assinatura de mais um contrato em Moatize, suportando o desenvolvimento da atividade económica que se alarga a toda a região de Tete, confirma Moçambique como um dos principais eixos da dinâmica comercial da Mota-Engil África neste continente, onde tem vindo a reforçar a sua posição como empresa de referência no setor da mineração”, acrescenta a empresa.

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Lisboa avança em linha com Europa. Sonae soma mais de 3%

A par das demais praças do velho continente, Lisboa terminou a terceira sessão da semana em terreno positivo, com a Sonae a puxar. Do outro lado da linha de água, a EDP Renováveis destacou-se.

Na terceira sessão da semana, foi a Sonae a liderar os ganhos. Os títulos da dona do Continente avançaram mais de 3% e puxaram por Lisboa, que fechou em terreno positivo, em linha com as demais praças do velho continente. Do outro lado da linha de água, foi a EDP Renováveis a sobressair (mas pela negativa), tendo visto as suas ações recuar 1,55%.

O índice de referência nacional valorizou 0,16% para 4.921,06 pontos. O PSI-20 seguiu, assim, a tendência registada nas restantes praças europeias com o Stoxx 600 a subir 0,4%, o alemão Dax a somar 1%, o francês CAC 40 a avançar 0,7% e o espanhol Ibex a valorizar 0,5%.

Por cá, foi a Sonae a liderar os ganhos. Os títulos da dona do Continente avançaram 3,43% para 0,8905 euros. No mesmo setor, as ações da Jerónimo Martins recuaram 0,23% para 15,05 euros e pesaram sobre Lisboa.

Também a Mota-Engil sobressaiu, tendo visto os seus títulos valorizarem 1,76% para 1,7930 euros, num dia em que a empresa anunciou que venceu novos contratos, no valor de 327 milhões de euros, em segmentos diferenciados de obras públicas, serviços de mineração e construção civil, em Angola, Moçambique e Portugal. No verde, destaque ainda para as ações dos CTT — que subiram 1,59% para 2,178 euros — e da EDP — que somaram 0,22% para 3,613 euros.

Do outro lado da linha de água, a EDP Renováveis destacou-se, tendo as suas ações recuado 1,55% para 9,51 euros. Os títulos da Altri perderam 1,54% para 5,13 euros e os do BCP desvalorizaram 0,21% para 0,19 euros.

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Via aberta para uma nova comissão de inquérito a Tancos

A generalidade dos partidos garante não se opor a uma nova comissão de inquérito ao caso de Tancos. Mas esquerda e direita não concordam na distinção entre o que é da política e o que é da justiça.

O PSD quis reunir a Comissão Permanente do Parlamento antes das eleições legislativas, mas o plenário só se realizou esta quarta-feira. No debate, o caminho ficou mais aberto a uma nova comissão de inquérito ao Caso Tancos. Na foto, Fernando Negrão, líder da bancada parlamentar do PSD.EPA/TIAGO PETINGA

O caminho está aberto para a abertura de uma segunda comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao “Caso Tancos”. A hipótese já tinha sido admitida durante a campanha eleitoral, mas ganhou um apoio mais alargado na reunião plenária da Comissão Permanente da Assembleia da República (AR), realizada esta quarta-feira.

O plenário tornou evidente que o PSD é favorável à abertura de uma nova CPI, em conjunto com o CDS, BE e PS, enquanto o PCP prefere esperar pelo fim do processo criminal. O principal desacordo, porém, assentou na distinção entre o que deve ser matéria política e o que é do domínio judicial.

No debate da Comissão Permanente, os sociais-democratas não pouparam nas críticas ao Governo e aos partidos da esquerda — sobretudo o PS –, por não terem permitido a realização da sessão antes das eleições, alegando a judicialização da política.

“É da política querer saber se um primeiro-ministro que quer voltar a ser primeiro-ministro merece a confiança dos portugueses, sobretudo quando há dúvidas e suspeitas que nunca foram cabalmente esclarecidas”, disse Fernando Negrão, referindo-se à incerteza sobre se António Costa foi informado da encenação montada pela Polícia Judiciária Militar (PJM) em torno da recuperação das armas roubadas às Forças Armadas.

Após a intervenção inicial, os partidos foram abordando as suas posições. O deputado Telmo Correia disse que, “se for necessário”, o CDS apoiará uma nova CPI. Já Pedro Filipe Alves, do BE, disse mesmo que o partido está aberto a mudar “a conclusão” da comissão de inquérito anterior: “Se novos factos forem levantados, e a acusação do Ministério Público [MP] assim o parece indicar, essa conclusão da CPI deve ser alterada. Da nossa parte, há toda a abertura para isso. Sempre com factos e não com suposições”, disse.

Do lado do PS, o deputado Filipe Neto Brandão apontou baterias aos partidos da direita, criticando o PSD por ter querido abordar no Parlamento “uma matéria confiada ao poder judicial”. “Só a antevisão de um resultado eleitoral desastroso — que se viria a confirmar — pode justificar converter um processo criminal em arma de arremesso político”, rematou. Ainda assim, num discurso em que apelou várias vezes à presunção da inocência do ex-ministro Azeredo Lopes, o socialista garantiu que o partido “quer que todos os factos relativos a Tancos possam ser apurados”: “Se uma nova CPI vier a ser requerida, viabilizá-la-emos”, confirmou.

Críticas à direita com as quais o PCP alinhou. António Filipe disse que “o PSD quis tornar o Caso Tancos no tema central da campanha eleitoral”, lembrando que o tema já foi “amplamente discutido” na AR. Ainda assim, indicou que esta é uma questão que vai ter ser “acompanhada na próxima legislatura”, nomeadamente do ponto de vista da prevenção, com reforço das medidas de segurança em torno do armamento à guarda do Exército, preferindo uma nova CPI apenas depois do desfecho do processo-crime.

“[No passado] considerámos que, estando a decorrer um processo-crime, era prematura uma CPI. Teria limitações por causa do segredo de justiça”, disse António Filipe. No entanto, o partido admite que vai estar a “acompanhar” este tema durante a próxima legislatura.

José Luís Ferreira, d’Os Verdes, disse igualmente que é preciso “apurar” se o ex-ministro da Defesa “prestou ou não falsas declarações” na anterior CPI. Mas também lembrou que Azeredo Lopes “continua a gozar da presunção de inocência”.

É da política querer saber se um primeiro-ministro que quer voltar a ser primeiro-ministro merece a confiança dos portugueses, sobretudo quando há dúvidas e suspeitas que nunca foram cabalmente esclarecidas.

Fernando Negrão

Líder da bancada parlamentar do PSD

Este ponto da reunião da Comissão Permanente foi encerrado com um discurso de Duarte Marques, do PSD. Apontando o dedo ao PS, o deputado considerou que “a justiça não pode ser um biombo para esconder a responsabilidade política de um Governo em funções“, garantindo que o encobrimento da recuperação das armas “contou com a preciosa colaboração do PCP e BE”.

“O então ministro da Defesa mentiu no Parlamento. Apesar de adiado para hoje [quarta-feira] um debate que deveria ter ocorrido antes das eleições, não restam dúvidas de que o Governo sabia de tudo desde a primeira hora. Alguém acredita que um assunto tão importante não tenha sido do conhecimento do primeiro-ministro?”, interrogou Duarte Marques, pondo fim ao principal assunto que motivou o plenário.

A 26 de setembro, o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes foi acusado pelo MP de abuso de poder, denegação de justiça e prevaricação no Caso Tancos e proibido do exercício de funções. O MP acusou 23 arguidos no total.

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Concurso europeu está à procura das melhores startups de tecnologia. Candidaturas abertas até 21 de outubro

Inscrições abertas até 21 de outubro. Os projetos que se destacarem terão oportunidade de apresentar o seu pitch a 6 de novembro, na Web Summit, num típico autocarro britânico de dois andares.

O Global Entrepreneur Programme (GEP), programa de mentoria e aceleração promovido pelo departamento de Comércio Internacional do Reino Unido, acaba de abrir candidaturas para startups que estejam presente em mais uma edição do Web Summit, considerado o maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo.

As startups vencedoras vão receber apoio do Governo britânico através da disponibilização das redes de contactos dos mentores que integram este programa, de forma a acelerar os seus negócios, a contactar especialistas na indústria e a captar investimento no mercado de capital de risco do Reino Unido.

As candidaturas podem ser feitas até 21 de outubro através deste link. Os projetos que se destaquem nas candidaturas terão a oportunidade de apresentar o seu pitch a 6 de novembro, num típico autocarro britânico de dois andares, em Lisboa. O painel será composto por mentores do programa, incluindo Shalini Khemka, CEO da E2Exchange, uma associação de empreendedorismo fundada com o apoio de Sir Richard Branson.

“Trata-se assim de uma oportunidade única para todos os empreendedores presentes no Web Summit, mas em especial para as empresas portuguesas, que terão acesso a este palco privilegiado no seu próprio país”, explica João Sebastião, diretor do departamento de Comércio Internacional na embaixada do Reino Unido em Lisboa.

“O GEP tem sido um sucesso ao longo destes nove anos de existência e isso deve-se ao talento que temos encontrado em todo o mundo e à extraordinária competência dos mentores do programa. Até agora fomos identificando empresas para integrarem este programa à medida que as fomos conhecendo, mas quisemos aproveitar o maior evento de tecnologia na Europa que decorre em Portugal, um dos ecossistemas mais vibrantes atualmente, para dar a conhecer o programa a mais empreendedores e as vantagens do Reino Unido como plataforma para uma estratégia de internacionalização de sucesso”, destaca João Sebastião, em comunicado.

O GEP apoia as empresas mais inovadoras de base tecnológica no seu crescimento e internacionalização, estabelecendo-se naquele que é o mercado líder na atração de investimento estrangeiro na Europa. Desde 2010 centenas de empresas a captar mais de mil milhões de euros de investimento,

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