Altri, Navigator e BCP caem mais de 1% e atiram PSI-20 para o vermelho

O papel e a banca estão a penalizar a bolsa de Lisboa na abertura dos mercados acionistas. As principais praças europeias caem ainda mais.

A bolsa de Lisboa abriu em terreno negativo, penalizada pelas cotadas da banca e do papel e pasta de papel. O BCP, cujas ações têm tido grande volatilidade nas últimas sessões, manteve esta quarta-feira a tendência de queda e desvaloriza 1,23% para 0,1851 euros.

O banco liderado por Miguel Maya rivaliza com a Navigator e com a Altri pelo título de cotada que mais cai na abertura do PSI-20. A Altri tomba 1,33% para 5,93 euros, enquanto a Navigator derrapa 1,19% para 3,14 euros. No mesmo setor, a Semapa cede 0,69% para 11,52 euros.

Em sentido contrário, a energia destaca-se pela positiva no índice. A REN — que comunicou ao mercado a conclusão da compra da chilena Transemel por 154 milhões — avança 0,58% para 2,58 euros. A EDP ganha 0,67% para 3,60 euros e a EDP Renováveis sobe 0,10% para 9,84 euros. A cotada que mais valoriza é, ainda, a operadora postal: após fortes perdas na semana passada, os CTT disparam 1,34% para 2,11 euros.

Apesar disso, as empresas que perdem valor estão a ter mais peso no PSI-20, que abriu a perder 0,16% para 4.941,25 pontos. No índice PSI Geral, a oferta pública de aquisição à Media Capital. A Cofina anunciou esta terça-feira que vai realizar um aumento de capital de 85 milhões de euros para comprar a dona da TVI e, na abertura da sessão, segue a perder 0,82% para 0,4840 euros.

Lisboa segue assim negativa, em linha com as perdas nas principais praças europeias. “Os mercados europeus sofreram uma brusca inversão após os sinais preocupantes vindos da economia americana”, referem os analistas do BPI, sobre o sentimento negativo entre os investidores que se prolonga desde a última sessão, quando foi conhecido que o indicador de produção industrial do Institute for Supply Management (ISM) caiu em setembro para o valor mais baixo em uma década.

“Até agora, existia uma convicção entre os investidores globais que a economia americana representava uma espécie de oásis de resiliência numa envolvente global de desaceleração. Após o dado de ontem do índice ISM, essa convicção foi abalada, sendo que alguns investidores começam a suspeitar que os EUA sejam, segundo uma expressão bastante utilizada no mundo financeiro anglo-saxónico, the last shoe to drop, ou seja a última economia a ceder“, acrescenta o BPI.

O índice pan-europeu Stoxx 600, o alemão DAX e o francês CAC 40 desvalorizam entre 0,5% e 0,6% e negoceiam em mínimos de uma semana. Com o impasse do Brexit a penalizar, o britânico FTSE 100 cai mais de 1%.

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Há margem de 800 milhões para carreiras e recrutamento no Estado, diz Joaquim Sarmento

  • Lusa
  • 2 Outubro 2019

Em entrevista à Lusa, o porta-voz do Conselho Estratégico Nacional do PSD diz que o partido tem 1,2 mil milhões de euros para descer o IRS a partir de 2021 e 800 milhões para recrutamento e carreiras

O porta-voz do Conselho Estratégico Nacional do PSD para a área das Finanças Públicas considera que um saldo orçamental nulo este ano “é perfeitamente alcançável”, tendo em conta os mais recentes dados da execução orçamental.

“Olhando a execução orçamental até agosto, diria que o objetivo de zero é perfeitamente alcançável”, afirmou Joaquim Miranda Sarmento em entrevista à agência Lusa.

Questionado sobre o motivo pelo qual o Governo não assume que o défice este ano pode ser nulo, o também mandatário nacional da campanha do PSD para as legislativas considera que se deve ao ambiente da campanha eleitoral e ao facto de o PS “não pode desperdiçar votos à esquerda”.

“À esquerda ainda há quem ache que devíamos ter um ligeiro défice, embora seja interessante ver que nenhum dos partidos com assento parlamentar que concorre a estas eleições defende qualquer desequilíbrio das contas públicas ou qualquer expansão orçamental, ou já sequer a reestruturação da dívida”, referiu Joaquim Miranda Sarmento.

Em 26 de setembro foi divulgado que o excedente das administrações públicas fixou-se em 402 milhões de euros até agosto, em contas públicas, uma melhoria de 982 milhões de euros face a 2018.

Os números divulgados pela Direção-Geral do Orçamento para o conjunto das administrações públicas são apresentados na ótica da contabilidade pública, tendo em conta o registo da entrada e saída de fluxos de caixa, enquanto o valor do défice é apurado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em contas nacionais, a ótica dos compromissos, que é a que conta para Bruxelas.

O ministro das Finanças afirmou à Lusa, em 27 de setembro, que o défice deste ano pode ficar “ligeiramente” abaixo dos 0,2%, nomeadamente na sequência das receitas de IVA.

O INE melhorou, na semana passada, em sete décimas a taxa de crescimento do PIB em 2017, de 2,8% para 3,5%, tendo também revisto em alta, em três décimas, a taxa de crescimento de 2018, para 2,4%, e melhorando ainda, em uma décima, o défice de 2018, de 0,5% para 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

“A revisão que o INE fez é positiva, mas é preciso olhar depois em detalhe os números. E aquilo que o INE veio dizer é que em 2017 houve de facto um pico do crescimento, mas aquilo que estamos a assistir é já uma desaceleração em 2018 e sobretudo agora em 2019”, referiu Joaquim Miranda Sarmento à Lusa.

O também professor de Finanças Públicas adiantou que, quando se olha “mais em detalhe os números”, verifica-se que o crescimento da economia resultou “de um maior investimento no setor da construção”. “Ou seja, resultou de uma alteração metodológica que passou a considerar algum do investimento em construção nesta revisão do PIB”, frisou.

Em entrevista à Lusa, Joaquim Miranda Sarmento sublinhou também que “desde há muitos anos que as finanças públicas são meramente instrumentais”, algo que o PSD quer mudar, nomeadamente através da reforma do Ministério da Economia.

“Nós não podemos continuar a ter as finanças públicas no centro do debate político, isso não faz sentido. Nós temos de ter finanças públicas equilibradas e elas depois são um instrumento para perceber que políticas públicas é que devemos ter e com que objetivo”, sustentou.

“Se o nosso objetivo é, obviamente, um crescimento económico e a melhoria das condições de vida das pessoas [ao nível dos] empregos, salários, etc., o ponto essencial das políticas públicas tem que ser a competitividade da economia”, defendeu.

PSD com 1,2 mil milhões de euros para baixar IRS a partir de 2021

Na mesma entrevista, o porta-voz do Conselho Estratégico Nacional do PSD para a área das Finanças Públicas adiantou que o PSD tem 1,2 mil milhões de euros para descer o IRS a partir de 2021.

“Para as famílias, no primeiro ano vamos baixar o IVA da eletricidade e do gás, portanto em 2020, e vamos também eliminar o Adicional ao IMI, e depois, a partir de 2021, em função da margem orçamental que tenhamos, se o nosso quadro [macroeconómico] se concretizar, nós temos 1,2 mil milhões de euros para reduzir o IRS, e fá-lo-emos de três maneiras”, afirmou Joaquim Miranda Sarmento, em entrevista à agência Lusa.

A primeira forma através da qual o PSD planeia descer o IRS é com a “redução dos escalões intermédios”.

“Dada a progressividade do imposto, obviamente [a medida] vai beneficiar quem está entre o segundo e o quinto escalão, mas também vai beneficiar quem está no sexto e no sétimo, embora menos”, explicou o também mandatário nacional da campanha do PSD.

“A segunda medida é melhorar as deduções à coleta de saúde e educação e a terceira medida é criar mecanismos de incentivo à poupança em sede de IRS, como houve durante muitos anos e que sensivelmente há 10, 15 anos começaram a desaparecer”, adiantou.

No total, considerando famílias e empresas, o PSD pretende “reduzir os impostos, de forma faseada ao longo dos quatro anos [da legislatura], em 3,7 mil milhões de euros, cerca de 1,5% do PIB de 2023”, indicou.

De acordo com o também professor de Finanças, metade deste pacote será para as empresas e a outra metade para as famílias.

“Nas empresas nós queremos atuar logo em 2020/2021, descendo dois pontos percentuais no IRC em 2020 e dois pontos percentuais em 2021 e portanto, reduzir quatro pontos percentuais nos primeiros dois anos”, explicou, adiantando que, o PSD tem também um conjunto de medidas em sede de IRC ao nível dos regimes fiscais de benefícios ao investimento, reinvestimento dos lucros retidos e reporte de prejuízos, entre outros.

“Temos um pacote para as empresas que queremos implementar nos primeiros dois anos e é exatamente essas medidas que nós esperamos depois que tragam um bocadinho mais de crescimento nos últimos dois anos [da legislatura], entre outras não fiscais, obviamente”, explicou.

Na entrevista à Lusa, Joaquim Miranda Sarmento adiantou ainda que “se houver menos crescimento económico em 2022 e 2023 do que aquilo que está no cenário” do PSD, isso não significará uma deterioração das contas públicas, mas sim que “haverá menos margem para reduzir o IRS e para aumentar o investimento público”.

Contudo, o também professor de Finanças Públicas salientou que “a consolidação orçamental está, sobretudo, dependente da capacidade de controlar a despesa corrente primária”.

“E essa depende, sobretudo, de nós sermos ou não capazes. E nós temos um conjunto de medidas, nomeadamente a reforma da administração financeira do Estado, que entendemos que são necessárias para poder controlar o crescimento da despesa a 2%” ao ano, sublinhou.

Há 800 milhões de euros para carreiras e recrutamento no Estado

Por outro lado, o mandatário nacional da campanha do PSD para as legislativas diz que há uma margem de 800 milhões de euros para alterações nas carreiras e no recrutamento no Estado nos próximos quatro anos.

Há margem para aumentar os funcionários públicos à taxa de inflação, para contratar em função do número de saídas, normalmente por aposentação, e há uma pequena margem, que creio que ao longo de quatro anos é de 800 milhões de euros, faseada ao longo desses quatro anos, para fazer cirúrgicas alterações quer nas carreiras, quer no recrutamento em alguns setores“, afirmou Joaquim Miranda Sarmento, em entrevista à agência Lusa.

O porta-voz do Conselho Estratégico Nacional do PSD explicou que o partido parte do cenário de políticas invariantes do Conselho de Finanças Públicas, que, em matéria de funcionários públicos tem duas premissas: “por um lado, um aumento [salarial] à taxa de inflação, que é que o Governo também prevê no Programa de Estabilidade, e o rácio de entradas e saídas de um”.

Joaquim Miranda Sarmento explicou que, em 2023, está previsto o correspondente a 10% do PIB para despesas com pessoal.

“Só que o PIB do Conselho de Finanças Públicas é ligeiramente menor do que o nosso, porque o nosso tem mais crescimento, exatamente por via das medidas e das políticas que pretendemos introduzir e, portanto, se quer o cenário do Conselho de Finanças Públicas, que já prevê os tais aumentos à taxa de inflação, 1,5%, e o rácio de entradas/saídas de um, com 10% do PIB, consegue fazer isso, nós com 10% de um PIB um bocadinho maior temos aqui uma pequena margem para poder rever as carreiras”, disse o também professor de Finanças Públicas.

“Obviamente a margem é muito estreita, mas ela existe e, para num ou noutro setor, poder fazer contratações cirúrgicas”, frisou.

Na entrevista à Lusa, Joaquim Miranda Sarmento disse também que é necessário “estabelecer carreiras que sejam estáveis”, de modo a que quando as pessoas entram numa determinada carreira na administração pública, “seja geral ou uma das especiais”, saibam com o que podem contar, “sem que os ciclos económicos afetem essa estabilidade”.

“Nós não podemos continuar a viver como vivemos nos últimos 20, 25 anos, em que quando a economia cresce um bocadinho está tudo bem e, portanto, damos. E quando a economia entra em recessão vamos lá tirar”, sublinhou.

Joaquim Miranda Sarmento considerou também que as pessoas com carreira na Administração Pública “merecem todo o apoio do país, porque ajudam o Estado a prestar quer serviços de soberania, quer serviços sociais que são indispensáveis à vida comum e à vida coletiva”.

“Essas pessoas o que querem é boas condições de trabalho, obviamente uma progressão clara, justa e com alguns ganhos ao longo da sua carreira, também em função do mérito que forem demonstrando e, sobretudo, estabilidade”, sustentou.

Nesse sentido, o mandatário do PSD salientou que o partido pretende “dentro daquilo que é possível, eliminar essa angústia”.

Sarmento: PS está preso a preconceitos contra investimento privado

O porta-voz do Conselho Estratégico Nacional do PSD para a área das Finanças Públicas considera que o PS está preso a preconceitos ideológicos contra o investimento privado e contra as empresas.

Entendemos que o Partido Socialista, sobretudo depois desta solução governativa de quatro anos, está muito agarrado a alguns preconceitos ideológicos contra o investimento privado e contra as empresas”, afirmou Joaquim Miranda Sarmento, em entrevista à Lusa.

O mandatário nacional da campanha do PSD para as legislativas salientou que a primeira grande diferença entre os programas eleitorais do PSD e do PS baseia-se no que consideram que deve ser um modelo de crescimento económico.

Nós entendemos que as empresas são o motor do crescimento económico e, portanto, que o país tem que crescer por via do investimento e das exportações”, frisou Joaquim Miranda Sarmento, acrescentando que, o “‘driver’ principal” do programa económico do PSD é a competitividade da economia.

Já a segunda grande diferença que, no entender do também professor de Finanças, separa os dois maiores partidos, “tem a ver com a parte orçamental”.

“Quer o nosso programa quer o Programa de Estabilidade têm taxas de crescimento real relativamente próximas, sobretudo em 2020 e 2021, e depois em 2022 e 2023 nós temos um bocadinho mais de crescimento, porque entendemos que as medidas que vamos tomar nos dois primeiros anos vão ter impacto, sobretudo nas exportações e investimento”, explicou.

Segundo Joaquim Miranda Sarmento, com o mesmo nível de crescimento económico existe uma margem orçamental que os dois partidos querem usar de forma distinta.

“O Partido Socialista quer, sobretudo, usar essa margem orçamental para a máquina do Estado, para os gastos públicos. Nós entendemos que uma parte, obviamente, tem de reforçar os serviços públicos, mas tem que haver uma redução da carga fiscal, um primeiro sinal para os portugueses de que os impostos têm que baixar e, por isso, alocamos sensivelmente um quarto dessa margem orçamental à redução de impostos”, disse.

Na entrevista à Lusa, Joaquim Miranda Sarmento frisou que o PSD quer controlar a despesa corrente primária a 2% ao ano, antecipando um crescimento económico de “sensivelmente 2,5% em termos reais, o que significa um crescimento em torno dos 4% do ponto de vista nominal”.

Questionado sobre se se considera o “Centeno de Rui Rio”, Joaquim Miranda Sarmento frisou que se tratou de uma comparação em termos de competências.

“Aquilo que o Dr. Rui Rio quis dizer, se eu interpreto as palavras dele, é que da mesma forma que o Partido Socialista tem um grupo de economistas em que o Dr. Mário Centeno, desde 2015, é a principal referência, o Partido Social Democrata também tem um grupo de economistas em que eu e o professor Álvaro Almeida temos sido, neste último ano e meio, as principais referências”, explicou.

No entender do professor de Finanças, aquilo que Rui Rio quis dizer foi que da mesma forma que António Costa “tem um académico respeitado e competente” a seu lado [Mário Centeno], que o aconselha e a quem ele ouve”, também Rui Rio tem a seu lado “pessoas com o mesmo perfil” ou um “perfil semelhante”.

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Furacão Lorenzo provoca 118 ocorrências. Costa já não vai aos Açores

  • ECO
  • 2 Outubro 2019

Foram registadas 118 ocorrências nos Açores na sequência da passagem do furacão Lorenzo. Não há feridos. Parte do molhe das Lages pode ter desaparecido. Costa já não vai ao arquipélago.

O furacão Lorenzo provocou, 118 ocorrências nos Açores, segundo números mais atuais da Proteção Civil dos Açores, e 36 desalojados. O pior furacão dos últimos 26 anos no arquipélago provocou o maior número de estragos na Ilha do Faial.

“Segundo as previsões do IPMA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera], o pior, a situação de maior risco, está neste momento ultrapassada”, disse António Costa, pouco depois das 9h00 (8h00 nos Açores), em declarações aos jornalistas na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no concelho de Oeiras (distrito de Lisboa).

António Costa, que tem estado em “contacto permanente” com o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, referiu que pela hora do almoço a situação deverá estar normalizada, embora as condições marítimas se mantenham “bastante alteradas”. Por isso, o chefe de Governo disse que afinal já não se vai deslocar aos Açores.

Num novo ponto de situação, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, Carlos Neves, revelou que o número de pessoas desalojadas aumentou para 26, que aumentou depois para 36. “Deveu-se nomeadamente a dois fatores — umas situações em São Jorge e nas Flores, que tiveram a ver com infiltração de água nas habitações, com o levantamento das telhas, e depois temos a situação de 19 pessoas na cidade da Horta, que necessitaram ser realojadas, porque houve galgamento do mar na zona da Avenida 25 de Abril”, adiantou aos jornalistas citado pela Lusa.

O anterior ponto de situação, feito pouco antes das oito da manhã, dava conta de 50 ocorrências: “três na ilha Terceira, sete em São Jorge, sete no Pico, 20 no Faial, 14 nas Flores e duas no Corvo“, disse Carlos Neves, da Proteção Civil dos Açores. O responsável acrescentou ainda que “se registaram duas situações de desalojados em São Jorge e três nas Flores já resolvidas, porque as pessoas já foram alojadas”, acrescentou.

O furacão Lorenzo baixou já para categoria 1, na intensidade prevista pela Proteção Civil açoriana. Mas ainda assim há vários cortes de energia e redes de telemóvel e de comunicações “ainda têm alguns problemas”, confirmou Carlos Neves, em declarações transmitidas pela Sic Notícias.

Está ainda a ser confirmada uma situação no porto das Lages das Flores “com desaparecimento de parte do molhe, do edifício de apoio e alguns contentores”, revelou ainda o responsável da Proteção Civil dos Açores, sublinhando que não há qualquer friso a registar.

O pico do furacão era esperado por volta das 6h00 (7h00 em Portugal continental). A rajada mais forte registada até ao momento pelo IPMA foi de 163 km/h, no Corvo. Por isso foram encerradas 61 estradas em várias ilhas dos Açores.

O “Lorenzo” irá afetar todo o arquipélago, mas “especialmente” a ilha das Flores e a do Corvo, indica ainda o IPMA, sublinhando que os efeitos da tempestade começarão a sentir-se progressivamente madrugada dentro e na manhã de quarta-feira.

(Notícia atualizada às 11h05 com novo ponto de situação)

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Hoje nas notícias: Paraísos fiscais, burlas e rendas

  • ECO
  • 2 Outubro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As empresas centram as atenções nos principais jornais desta quarta-feira, a começar pela perda para o Estado de 630 milhões de euros em IRC com paraísos fiscais. Uma nova burla online está a apanhar as multinacionais, enquanto 600 trabalhadores da Meo rejeitaram transferência para empresa técnica. A ANAC suspende aumento de taxas nos aeroportos de Lisboa e, duas semanas após o início das aulas, há escolas em Lisboa e no Algarve sem professores devido ao preço das casas.

Paraísos fiscais tiram 11% das receitas portuguesas com IRC

Portugal perdeu 630 milhões de euros em IRC devido a paraísos fiscais, segundo concluiu o relatório The Missing Profits of Countries, realizado por investigadores das universidades de Berkeley, nos Estados Unidos, e de Copenhaga, na Dinamarca. Apesar de as perdas dos países, associadas ao registo de lucros das multinacionais em paraísos fiscais, ser uma tendência global, é na União Europeia que os Estados são mais afetados. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

ANAC suspende aumento de taxas nos aeroportos de Lisboa

A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) suspendeu o processo de atualização das taxas aeroportuárias feito pela ANA-Aeroportos para os os aeroportos Humberto Delgado, Beja, Madeira e Açores. A suspensão surge por considerar que existe “uma aparente contradição” com o contrato de concessão e o cálculo feito pela ANA. A gestora aeroportuária “discorda do teor da decisão” do regulador, o que trava o processo de consulta das taxas nesses aeroportos. Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso condicionado).

Multinacionais perdem milhões com nova burla

Empresas portuguesas estão a ser apanhadas por um nova burla na Internet, que está a fazer as multinacionais perderem milhões de euros. Nos ataques, que aconteceram ao longo das últimas semanas, piratas informáticos têm conseguido manipular transferências bancárias. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

600 trabalhadores da Meo rejeitam transferência para empresa técnica

A Meo Serviços Técnicos foi criada pela Altice para autonomizar funções que eram da responsabilidade das divisão de operações no terreno da Meo SA. A nova empresa iniciou atividade com 1.300 trabalhadores, o que significa que 600 pessoas recusaram assinar o contrato de cedência ocasional, apesar de a Meo ter garantido a atribuição de um prémio de 800 euros a quem o fizesse. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Rendas travam colocação de professores

Os elevados preços das rendas estão a dificultar a colocação de professores nas escolas, duas semanas após o início das aulas. A situação está a causar problemas nas escolas da Área Metropolitana de Lisboa e no Algarve, onde há falta de docentes. Os profissionais do Norte recusam trabalho no sul devido aos custos com habitação e os diretores escolares pedem subsídios de deslocação para apoiar os professores. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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Sporting aprova aumentos salariais da administração apesar de prejuízos

  • Lusa
  • 2 Outubro 2019

O relatório e contas da SAD do Sporting relativo ao exercício terminado em junho deste ano foi aprovado esta quarta-feira em AG por ampla maioria, assim como o aumento salarial dos gestores.

O relatório e contas da SAD do Sporting relativo ao exercício terminado em junho deste ano foi aprovado esta quarta-feira de madrugada em Assembleia-Geral (AG), por ampla maioria, assim como o aumento da remuneração dos administradores.

No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD informa que o relatório e contas foi aprovado “por maioria, tendo obtido 627.630 votos a favor, 2.520 votos contra e 20 abstenções“. E provaram, portanto, um prejuízo de 7,8 milhões de euros no exercício em causa.

Na reunião foi também aprovada a política de remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Sociedade, tendo a proposta contado com “427.615 votos a favor, 202.521 votos contra e zero abstenções”.

O vice-presidente do Sporting Francisco Salgado Zenha já revelara, no entanto, que os administradores da SAD vão abdicar, esta época, do aumento das remunerações proposto em Assembleia-Geral.

“O clube vai aceitar a proposta, mas o conselho de administração vai abdicar neste momento. Não vai receber nem mais um cêntimo do que no ano passado. Temos de ser coerentes, é preciso que haja ajustamentos nos bastidores, mas não queremos passar a imagem de que estamos aqui por dinheiro”, afirmou, em entrevista à Rádio Observador, na segunda-feira.

Os acionistas aprovaram também a proposta de aplicação de resultados e a apreciação geral da Administração da Sociedade, de cada um dos seus membros, do Conselho Fiscal e da Sociedade de Revisores de Oficiais de Contas.

As deliberações sobre a eleição de dois administradores para o Conselho de Administração e eleição de um membro efetivo e de um membro suplente do Conselho Fiscal até ao final do mandato em curso foram igualmente aprovadas em AG.

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App da ADSE já permite ver descontos com cuidados de saúde

Aplicação da ADSE passa a permitir consultar informações como o estado dos pedidos de reembolso, resumo de descontos e despesas com cuidados de saúde.

A app da ADSE tem uma nova versão. Para além decorreções e melhorias, como o início de sessão autenticada mais simples, traz novas funcionalidades, como por exemplo consultar o resumo dos descontos e despesas no subsistema de saúde dos funcionários públicos.

As atualizações na aplicação MyADSE foram feitas a partir do feedback dos utilizadores, nomeadamente no que diz respeito ao cartão digital, indica a ADSE em comunicado. Este está agora disponível numa nova opção no menu, e pode ser usado offline, de forma semelhante ao cartão em papel.

É também agora possível ver o estado dos pedidos de reembolso, datas de pagamento e montantes. Esta atualização poderá ser útil numa altura em que se têm verificado atrasos nos reembolsos aos beneficiários, devido à falta de pessoal, um problema para o qual o Conselho Geral e de Supervisão da ADSE tem vindo a chamar a atenção.

Outra das novas funcionalidades prende-se com a possibilidade de consultar os limites aplicáveis aos cuidados de saúde em regime livre, por beneficiário do agregado. A app é desenvolvida no programa “ADSE Mais e Melhor”, que tem, no âmbito de apoio à modernização administrativa, um investimento global de 2,6 milhões de euros, e que recebeu um incentivo de 1,42 milhões de euros.

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Quer investir com segurança (e sucesso)? CMVM dá dez dicas

  • ECO
  • 2 Outubro 2019

Informe-se, tenha cuidado e desconfie do que parece bom demais para ser verdade. Conheça os conselhos do supervisor do mercado de capitais para os aforradores se sentirem protegidos nos investimentos.

A maior parte do dinheiro das poupanças em Portugal é aplicado em depósitos, com baixas rendibilidades. O risco, falta de informação ou ainda traumas da crise são fatores que impedem os investidores de arriscar em produtos que poderão conseguir retornos mais elevados.

Na Semana Mundial do Investidor, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) lançou uma série de novas brochuras, onde pretende ajudar os aforradores a estar mais informados e protegidos. Na brochura “Dicas CMVM ao Investidor”, o supervisor do mercado de capitais dá dez conselhos. São eles:

1. Certifique-se que o intermediário financeiro está registado

Antes de investir, verifique se a entidade com que pretende realizar o seu investimento está autorizada. Para exercer a sua atividade, nomeadamente para o aconselhar ou implementar as decisões dos investidores, os intermediários financeiros têm que estar registados junto da CMVM, uma informação que pode consultar no nosso site em: Sistema de Difusão de Informação -> Intermediários Financeiros (www.cmvm.pt). Em caso de dúvida, entre em contacto com a CMVM.

2. Garanta a qualidade da informação

Leia sempre os documentos que caracterizam o instrumento financeiro antes de o subscrever ou adquirir e não assine qualquer documento se tiver dúvidas ou não compreender as características do produto ou serviço que pretende contratar. Pergunte e obtenha resposta quanto ao risco do produto ou serviço tenha presente que há sempre risco. Certifique-se que todas as informações em que baseou a sua decisão constam de documentos escritos, datados e assinados: se quiser reclamar mais tarde este é um cuidado essencial.

3. Conheça o seu perfil de risco

O intermediário financeiro deve preencher um formulário para avaliar o seu perfil de risco enquanto investidor. As designações mais comuns para o perfil de risco são “conservador”, “moderado”, “arrojado/agressivo”. Esta é uma ferramenta essencial que o ajudará a conhecer se tem maior ou menor aversão ao risco e permitirá traçar uma estratégia de investimento responsável e adequada considerando ainda o seu objetivo de investimento e situação financeira, a sua disponibilidade para aplicações de curto, médio ou longo prazo, bem como os seus conhecimentos sobre os diferentes instrumentos financeiros.

4. Diversifique os seus investimentos.

Já deve ter ouvido a expressão “nunca colocar todos os ovos no mesmo cesto”. Aplicado ao investimento significa que deve diversificar os instrumentos financeiros em que aplica o seu dinheiro, de forma a reduzir os riscos. Ou seja, é recomendável investir em diferentes produtos financeiros, com graus de risco distintos, diversificando também em zonas geográficas e setores da atividade económica.

Fonte: CMVM

5. Informe-se e quantifique comissões e custos

Comprar, vender e manter produtos de investimento tem custos associados, sendo os principais em forma de comissões, custos de transação ou de corretagem, de guarda de títulos (ou custódia / registo e depósito) ou de reembolso, entre outras. Estes custos têm impacto na rentabilidade do investimento, pelo que deve tê-los sempre em conta no momento de investir, pedindo simulações e uma quantificação tão rigorosa quanto possível dos seus valores.

6. Cuidado com retornos garantidos

Promessas de rentabilidades elevadas com pouco ou nenhum risco são indícios clássicos de fraude. Todos os investimentos têm associado algum risco e a perspetiva de maiores retornos significa que estará a assumir também maiores riscos.

7. Reconheça indícios de fraude

Para se proteger de situações fraudulentas deve sempre:

  • duvidar de investimentos em que são prometidas elevadas rentabilidades e baixo risco;
  • desconfiar de retornos muito acima da média do mercado;
  • evitar tomar decisões precipitadas e desconfiar de pedidos de respostas rápidas, em particular associadas a temas complexos ou inovadores;
  • obter o máximo de informação sobre a entidade e operações propostas e verificar se as entidades são registadas na CMVM;
  • exigir respostas concretas a questões como: “Como conseguiram o meu nome e contacto?”, “Estão registados na CMVM?”, “Quais as comissões e custos nesta aplicação?”, “Podem enviar prospetos, fichas técnicas e propostas de investimento por email ou correio?”, “Qual é o risco?”; e
  • evitar dar informação pessoal a pessoas ou entidades quando tem dúvidas quanto à sua idoneidade.

8. Tome decisões conscientes

Enquanto investidor deve procurar aplicar as suas poupanças de forma consciente e responsável, exigindo toda a informação necessária à decisão e tomando precauções, como conhecer o seu perfil de risco ou diversificar as poupanças. O investimento é uma decisão individual, o que significa também que um produto financeiro pode ser adequado para determinado investidor, e não o ser para outro.

9. Preste atenção à conjuntura internacional

A economia mundial está cada vez mais globalizada e essa realidade é ainda mais evidente no sistema financeiro. Por isso, na gestão dos seus investimentos, deve procurar estar informado sobre o que se passa na conjuntura internacional e perceber que impactos poderá ter nos vários instrumentos financeiros.

10. Conte com a CMVM

O supervisor zela para que todas as regras que regem os mercados de capitais sejam cumpridas e presta apoio aos investidores nas suas dúvidas, necessidades de informação e reclamações. Pode contactar a CMVM por telefone ou por email para os contactos gerais ou, se for investidor de retalho, para a linha verde (gratuita) – 800 205 339 – ou para o email [email protected].

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Eurodeputados deixam caderno de encargos a Elisa Ferreira. Audição da nova comissária é esta quarta-feira

  • Vasco Gandra, em Bruxelas
  • 2 Outubro 2019

Na véspera da audição parlamentar de Elisa Ferreira, o ECO foi ouvir as preocupações e reivindicações dos eurodeputados que pertencentes às duas comissões que vão questionar a nova comissária.

Evitar cortes na Política de Coesão, acelerar a execução dos fundos europeus, impulsionar reformas nos Estados-membros, reduzir as disparidades territoriais, ativar o instrumento orçamental da zona euro e criar um novo fundo de transição energética. Estas são algumas das preocupações que fazem parte do caderno de reivindicações dos eurodeputados que pertencem às comissões que a vão questionar, esta quarta-feira, Elisa Ferreira, a comissária indigitada para a pasta da Coesão e Reformas.

“O caderno de encargos é muito importante”, reconhece o presidente da comissão de Desenvolvimento Regional do Parlamento Europeu, órgão competente para avaliar as competências e conhecimentos de Elisa Ferreira. Ao ECO, Younous Omarjee começa por dizer que é uma “boa notícia” a comissária portuguesa ter ficado com a Coesão. “Portugal é um país amigo da coesão”.

Por presidir aos trabalhos mostra-se prudente, mas não deixa de sublinhar várias prioridades para a audição. Elisa Ferreira deverá elencar as iniciativas que pretende tomar durante a legislatura. A comissária designada por Portugal deverá igualmente explicar “qual é a sua ambição para a política regional num contexto em que a proposta da Comissão é regressiva”. Bruxelas propôs um corte global no próximo orçamento europeu plurianual 2021-2027 para a política de coesão de 10% (cerca de 7% para Portugal). O quadro financeiro plurianual ainda está a ser negociado pelos Estados-membros e a aprovação global carece de consentimento do Parlamento.

Younous Omarjee compreende que a futura comissária não se pode dessolidarizar da proposta de orçamento plurianual apresentado pelo (ainda) executivo comunitário liderado por Jean-Claude Juncker, mas espera que, nas negociações entre o Parlamento Europeu e o Conselho, Elisa Ferreira “apoie os esforços do Parlamento” e não se afaste muito da proposta dos eurodeputados que rejeitam cortes no financiamento da coesão.

Outro aspeto importante está relacionado com o Pacto Ecológico Europeu (que pretende ser a marca de água da nova Comissão liderada por Ursula von der Leyen). Esse pacto deverá incluir um novo instrumento financeiro — o fundo para uma transição justa para apoiar os mais afetados pela transição energética –, que a comissária portuguesa deverá conceber. “O instrumento deverá reduzir as fraturas territoriais”, sublinha Omarjee. “As chaves de repartição não devem fragilizar” a coesão entre regiões da UE.

A defesa da solidariedade e a redução das disparidades entre regiões também é uma prioridade para José Manuel Fernandes, eurodeputado do PSD e coordenador do Grupo do PPE na comissão parlamentar dos Orçamentos, cujos membros são associados à audição. Para isso, considera essencial evitar cortes no quadro financeiro 2021-2027.

“O primeiro objetivo é ter uma posição próxima da do Parlamento Europeu, fazer com que o envelope global da política de coesão não seja reduzido e evitar os cortes de 7% para Portugal”. José Manuel Fernandes, que é um dos relatores parlamentares para o próximo orçamento plurianual, alerta para a necessidade de se manterem os critérios de distribuição dos fundos e as taxas de cofinanciamento. “Outro desafio imediato é acelerar a execução dos fundos”, diz o social-democrata que denuncia a baixa taxa de execução em países como Portugal. Finalmente, considera “urgente” ativar o futuro instrumento orçamental para a convergência e competitividade (vulgo orçamento da zona euro), cujos objetivos “não podem ser contrários aos da coesão”.

Este é precisamente um dos pontos que mais preocupa José Gusmão, da comissão dos Assuntos Económicos. O eurodeputado do Bloco de Esquerda pretende que Elisa Ferreira esclareça “como vão funcionar os instrumentos de política económica que terá ao seu dispor” e que tipo de reformas a comissária portuguesa vai promover, lembrando o registo da Comissão, “em termos de desregulação do mercado de trabalho e de cortes nos serviços públicos”. “Queremos garantias de que estes novos instrumentos não vão ser utilizados para prosseguir velhas políticas”. “A segunda questão está relacionada com a condicionalidade. Não aceitamos que o acesso aos fundos seja condicionado à aceitação da agenda de reformas estruturais que a Comissão quer impor aos governos“, diz o bloquista.

Já a eurodeputada socialista Margarida Marques, que pertence à comissão dos Orçamentos e é também relatora parlamentar do próximo quadro financeiro plurianual, destaca vários pontos na pasta da Coesão e Reformas. A começar pelo fundo para uma transição justa que “interessa a toda a UE”. Considera necessário “esclarecer o seu financiamento e o modelo de gestão”. Sublinha a importância da vertente das reformas estruturais e a forma de as financiar, através do instrumento orçamental para a zona euro. E aponta, igualmente, o quadro financeiro plurianual como um dos principais desafios do mandato da comissária portuguesa.

As primeiras críticas à comissária indigitada

Ainda antes de passar a audição parlamentar desta quarta-feira, Elisa Ferreira já recebeu algumas críticas de eurodeputados do PSD e do BE pela opinião que manifestou nas respostas às perguntas escritas que lhe foram dirigidas pelas comissões do Parlamento Europeu, competentes pela audição. A comissária indigitada considerou que os cortes na Política de Coesão previstos na proposta da Comissão para o orçamento comunitário 2021-2027 são “moderados” e “o melhor cenário possível”, face ao atual contexto (do Brexit, já que a saída do Reino Unido implica o fim da contribuição britânica, e de novas prioridades políticas).

O social-democrata José Manuel Fernandes critica estas afirmações. “Atirou a toalha ao chão. É uma estratégia errada”, diz. Admitir que “já vai perder” ainda antes de assumir funções “é um mau começo“, afirma o eurodeputado do PSD. “O Parlamento Europeu criou boas condições para uma negociação e isto não é positivo”.

Também o BE manifesta preocupação. “Elisa Ferreira dá o seu acordo ao corte na Política de Coesão que foi proposto pela Comissão e ao qual o Parlamento Europeu se opôs. Elisa Ferreira põem-se do lado dos que defendem cortes na coesão. Temos dificuldade em perceber que, ainda antes de ser comissária, venha a correr apoiar os cortes à sua própria pasta“, diz José Gusmão

Já a socialista Margarida Marques prefere sublinhar a importância de “assistir a uma nova geração de políticas” no novo orçamento plurianual que favoreçam a convergência e competitividade na UE. Sublinha que os comissários são europeus (e não representantes nacionais) e faz a distinção entre o orçamento plurianual global e os envelopes nacionais. “Não vamos discutir os envelopes financeiros, mas sim o quadro financeiro plurianual na sua globalidade”.

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Estas são as 12 reivindicações da Deco para o próximo Governo

  • ECO
  • 2 Outubro 2019

Em antecipação das próximas eleições legislativas, a Deco juntou várias reivindicações para o próximo Governo ter em atenção, em áreas como a saúde ou os transportes.

Com as eleições legislativas à porta, são vários os setores que fazem pedidos. Aconteceu com os sindicatos que representam os trabalhadores da Administração Pública, com a Confederação Empresarial de Portugal e com a Associação da Hotelaria e Restauração de Portugal, por exemplo, mas os consumidores também têm exigências a fazer. A Deco reuniu assim um conjunto de reivindicações que passam por vários setores, desde os transportes à saúde.

A associação de defesa dos consumidores defende uma maior consciência ambiental por parte do Executivo que resultar das eleições de 6 outubro, mas também alerta para a necessidade de um Fundo de Catástrofes. Outras das reivindicações é a descida do IVA na eletricidade, bem como uma travão às comissões cobradas pelos bancos, nomeadamente nas contas à ordem.

Conheça, ponto por ponto, as 12 “exigências” da Deco:

  1. Embalagens mais pequenas e produtos mais duradouros para salvar o ambiente. Otimizar o tamanho das embalagens em função do produto e aumentar o prazo de garantia dos produtos, bem como assegurar a possibilidade de estes serem reparados com peças de substituição por muito mais tempo do que acontece atualmente são as propostas da Deco para o setor da distribuição, tendo em vista uma maior sustentabilidade.
  2. Fundo de Catástrofes para fazer face a eventos de origem natural. Estes eventos são suscetíveis de gerar perdas humanas e materiais de grande dimensão, e, por isso, a Deco sublinha a necessidade de retomar o projeto de criação de um sistema de cobertura do risco de fenómenos sísmicos, alargando-o a outros fenómenos. Este assentaria num modelo de parceria público-privada, entre o Estado e as seguradoras.
  3. Eletricidade taxada como um serviço público essencial. A descida do IVA para 6% em todas as parcelas da fatura da energia, aplicável a todos consumidores, independentemente do escalão de consumo é uma das reivindicações da Deco, que já chegou a ser levada à Assembleia através de uma carta aberta. A associação recorda que o Governo reduziu o imposto, mas apenas sobre uma parte “irrisória” das faturas da eletricidade e do gás natural, que deixou ainda de fora metade dos consumidores. Para a Deco, eletricidade e gás fazem parte do serviço público essencial, não devendo, por isso, ser taxados a 23%.
  4. Tarifa social em todas as entidades gestoras e custos com resíduos consoante produção de lixo de cada família. A tarifa social, em muitos casos, não alivia suficientemente o peso da fatura da água nas famílias carenciadas, e não há regras claras e harmonizadas entre entidades gestoras, que garantam igualdade no acesso a esta tarifa, aponta a Deco. Por isso, é preciso tornar obrigatória a criação da tarifa social em todos os municípios e alargá-la ao saneamento e aos resíduos sólidos urbanos. Para a associação, o custo deste último serviço deve ser calculado com base no lixo que as famílias produzem e não no consumo de água.
  5. Travar comissões bancárias sem justificação. A falta de uma clara definição do que é um serviço efetivamente prestado, que justifique a cobrança de uma comissão, abre as portas a uma atuação descontrolada por parte das instituições financeiras, argumenta a associação. Defende, então, definir o que se considera um serviço efetivamente prestado e proibir comissões sem justificação, como a do processamento das prestações de crédito.
  6. Casa de família a salvo de penhoras. A Deco aplaude as propostas já aprovadas na habitação, como a lei de bases, mas defende que se devem adotar medidas concretas de proteção do consumidor, nomeadamente que a casa de morada de família do devedor ou fiador em processos de execução judicial de dívidas civis e comerciais de baixo valor não possa ser penhorável. Dá como exemplo dívidas relacionadas com o incumprimento do contrato de telecomunicações, que diz não justificar a penhora, na medida em que excede os princípios da proporcionalidade e necessidade.
  7. Regular plataformas eletrónicas de intermediação para evitar desresponsabilização. A associação de defesa dos consumidores recorda que as plataformas eletrónicas de marketplace, que funcionam como intermediários, têm demonstrado problemas em matéria de transparência da informação para os consumidores que as usam, e que a maioria das plataformas desresponsabiliza-se em caso de conflito. Defende assim que se deve regular as plataformas quanto à informação e ao cumprimento.
  8. Rever o que consumidor paga por rescisão antecipada da fidelização. Para que o mercado das telecomunicações goze de uma verdadeira concorrência e os custos imputados ao consumidor sejam mais baixos, a Deco defende uma revisão da fórmula de cálculo do valor a pagar pelo consumidor, em caso de rescisão antecipada dos contratos com um período de fidelização inicial. Os períodos de fidelização sucessivos têm de ser regulados e a lei tem de ser clarificada, exige a associação.
  9. Reforçar a rede de centros de arbitragem de conflitos de consumo. Apesar de cada vez mais empresas serem obrigadas a aderir aos centros de arbitragem, há regiões de Portugal onde este meio ainda não se encontra facilmente à disposição do consumidor. Por isso, a Deco exige um reforço da rede, tanto na cobertura territorial, como em recursos técnicos e financeiros.
  10. Máquinas de venda automática com opções mais saudáveis para estudantes. Disponibilizar alimentos saudáveis em máquinas de venda automática em escolas e em universidades e sancionar a oferta de produtos ricos em gorduras, açúcares e sal são as medidas propostas pela associação para promover uma alimentação equilibrada. A oferta das máquinas existentes é desadequada, e a lista de ingredientes ou a identificação de alergénios não está, muitas vezes, acessível aos consumidores.
  11. Mais qualidade nos transportes para responder à maior procura. Com o aumento da procura do transporte público e do número de reclamações, nomeadamente sobre o incumprimento de horários, o excesso de lotação do veículo e a baixa frequência do transporte, a Deco propõe uma revisão dos parâmetros de qualidade do serviço dos meios de transporte público, de modo a proteger os consumidores do incumprimento dos operadores, e garantir um serviço regular, contínuo, pontual, seguro e cómodo.
  12. Apertar critérios de avaliação dos prestadores de cuidados de saúde e ter contribuição dos cidadãos. Perante as várias queixas de incapacidade de resposta do sistema na prestação de cuidados de saúde, a Deco propõe a criação de um novo método de avaliação dos estabelecimentos que prestam cuidados de saúde, nomeadamente que dê voz aos consumidores e permita agir sobre as lacunas existentes.

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Secretário de Estado do Orçamento acusa PSD de “logro” e de ter números “estratosféricos”

As contas não são novas, mas a adjetivação é. A guerra de números entre socialistas e PSD sobe de tom. Secretário de Estado do Orçamento olha para o programa do PSD e fala de “logro, milagre e magia".

João Leão, secretário de Estado do Orçamento.Paula Nunes / ECO

A cinco dias de eleições, a discussão em torno dos programas eleitorais sobe de tom. Depois de Mário Centeno ter convocado esta semana uma conferência para dizer que existem “4.750 milhões de euros por explicar nas contas que o PSD apresenta no seu programa eleitoral”, agora é a vez do seu secretário de Estado entrar na discussão para acusar o PSD de “logro”.

Num artigo de opinião que assina esta quarta-feira no ECO, João Leão, secretário de Estado do Orçamento, faz as contas para chegar ao mesmo número de Mário Centeno, mas o artigo é acompanhado de críticas violentas ao programa social-democrata e a Joaquim Miranda Sarmento, o responsável pelo programa económico dos social-democratas e mandatário nacional da campanha do PSD.

O “logro destas propostas do PSD”, “exercícios de magia”, “um milagre”, “uma contradição insanável”, uma “verdadeira alquimia” e um “investimento público estratosférico” são algumas das expressões escolhidas pelo secretário de Estado para atacar o PSD, Rui Rio e o economista Joaquim Miranda Sarmento.

No artigo de opinião (que pode ler aqui na íntegra), João Leão diz que “o buraco de 4.750 milhões de euros no défice orçamental” provocado pelo programa do PSD “antecipa cortes nas pensões, salários e SNS”.

“Para compreendermos melhor o logro destas propostas do PSD, vejamos em que se baseia aquele cenário macroeconómico. O PSD prevê um milagre da multiplicação da receita: entre 2019 e 2023, as instituições independentes, como o FMI e o Conselho das Finanças Públicas, estimam um aumento médio da receita total do Estado de 11 mil milhões de euros. O PSD estima, certamente por milagre, que esse aumento seja de 15 mil milhões. Ou seja, a receita que nos prometem cortar é a receita que não existe em nenhuma estimativa independente. A isto chama-se um logro”, escreve o secretário de Estado.

Ainda sobre as contas das receitas do PSD, João Leão fala em “exercícios de magia” que podem resultar em “derrapagens, orçamentos retificativos e cortes nos rendimentos”.

No artigo, o governante compara ainda o programa do PSD com as propostas que Joaquim Miranda Sarmento fez no livro que publicou em janeiro, para falar em “contradição insanável” já que nessa publicação o economista propunha algumas medidas de aumento de impostos.

Sobre o investimento público, que o PSD quer aumentar de 2% para 3,2% do PIB, João Leão afirma que o aumento é “estratosférico” e que “não tem paralelo na Europa”. E aqui volta a fazer uma referência ao livro de Joaquim Miranda Sarmento que defendeu “o contrário”, ou seja, uma redução do investimento público dos atuais 2% para 1,5% do PIB.

FMI e Conselho das Finanças Públicas estimam um aumento médio da receita total do Estado de 11 mil milhões de euros. O PSD estima, certamente por milagre, que esse aumento seja de 15 mil milhões. Ou seja, a receita que nos prometem cortar é a receita que não existe em nenhuma estimativa independente. A isto chama-se um logro.

João Leão

Secretário de Estado do Orçamento

Esta terça-feira, ainda em resposta a Mário Centeno, Joaquim Miranda Sarmento publicou uma nota no site do PSD onde acusa o PS de falta de transparência e responde aos ataques do ministro das Finanças.

As nossas contas e o nosso cenário macro e orçamental é público e debatível. O que não podemos dizer do programa do PS”, acusava o porta-voz laranja para as contas públicas.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 2 Outubro 2019

Ferro Rodrigues reúne com os líderes parlamentares para discutir caso Tancos. Elisa Ferreira é ouvida no Parlamento Europeu e BCE divulga taxas de juro dos novos créditos e depósitos.

O Presidente da Assembleia da República vai reunir com os líderes parlamentares sobre o caso Tancos para se decidir se se vai avançar com uma comissão permanente extraordinária. No Parlamento Europeu continuam as audições dos comissários indigitados, com Elisa Ferreira a ser ouvida pela comissão parlamentar para o Desenvolvimento Regional, isto enquanto o BCE divulga os dados sobre a evolução das taxas de juro dos créditos e dos depósitos das famílias.

Tancos. Ferro Rodrigues reúne com os líderes parlamentares

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, vai reunir-se esta quarta-feira com os líderes parlamentares para discutir o requerimento apresentado pelo PSD no seguimento do caso Tancos. Esta reunião está marcada para as 11h30 e servirá para se decidir se se vai avançar com uma comissão permanente extraordinária, que funciona mesmo quando os trabalhos no Parlamento estão suspensos. O CDS, Bloco e PCP não se opõem ao agendamento. No entanto, o PS mostra-se contra.

Elisa Ferreira vai ser ouvida no Parlamento Europeu

O Parlamento Europeu (PE) continua a ouvir os comissários indigitados e esta quarta-feira é a vez de Elisa Ferreira. A comissária portuguesa com a pasta Coesão e Reformas deverá ser ouvida pela comissão parlamentar de Desenvolvimento Regional a partir das 18h30. Durante cerca de três horas de audição, Elisa Ferreira deverá anunciar quais as suas iniciativas para a legislatura e responderá a 25 perguntas dos eurodeputados. Além da audição à comissária portuguesa, estão previstas outras aos comissários da Bélgica, Malta e França. Estava também prevista a audição da comissária da Roménia, mas a indigitação foi chumbada pela comissão dos Assuntos Jurídicos do PE (JURI). A romena Rovana Plumb não terá declarado dois empréstimos no valor de um milhão de euros, tendo apresentado à JURI uma declaração financeira diferente daquela que apresentou na Roménia.

Tribunal da UE avança conclusões sobre processo do GES

O advogado-geral estónio, P. Pikamäe, apresentará esta quarta-feira no Tribunal de Justiça da União Europeia as suas conclusões sobre o processo do Banco Central Europeu (BCE) e que envolve o Grupo Espírito Santo. O BCE tinha recorrido para o Tribunal de Justiça do acórdão proferido pelo Tribunal Geral a 26 de abril de 2018. Em causa está recusa do BCE no acesso a documentos que deram origem à resolução do Banco Espírito Santo.

BCE publica primeiros dados para a €STR

A entidade liderada por Mario Draghi divulga os primeiros dados oficiais para a €STR, a nova taxa de juro de referência para as operações overnight. Esta taxa vai substituir a EONIA que é descontinuada no início de 2022. Os primeiros dados serão divulgados às 8h15.

BCE divulga taxas de juro dos novos créditos e depósitos

O Banco Central Europeu divulga esta quarta-feira os dados mais recentes sobre a evolução das taxas de juro dos créditos e dos depósitos das famílias. Os dados relativos ao mês de agosto permitirão saber, por exemplo, se a taxa de juro dos novos depósitos a prazo atingiu um novo mínimo de sempre. Em julho, a taxa de juro média oferecida pelos bancos nacionais nas aplicações a prazo era de 0,12%, um mínimo histórico.

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Rio pressiona Centeno: “Porque espera o CR7 das Finanças” para debater com Álvaro Almeida?

Rui Rio está a ganhar terreno nas sondagens e aumenta a pressão sobre o PS. "Porque espera o CR7 das Finanças para honrar a sua palavra", questiona o líder do PSD.

Rui Rio desafiou o ministro das Finanças para debater com o economista Joaquim Miranda Sarmento os programas económicos do PS e do PSD, mas Mário Centeno recusou e admitiu, em alternativa, um debate com um candidato a deputado. Mas, perante a sugestão de um debate com Álvaro Almeida, economista e candidato pelo PSD no Porto, o ministro ficou em silêncio. “Porque espera o CR7 das Finanças para honrar a sua palavra”, questiona o líder do PSD, num comentário no twitter.

O presidente do PSD, Rui Rio, tinha desafiado na terça-feira da semana passada o ministro das Finanças, Mário Centeno, a aceitar debater com o seu porta-voz para as Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, as contas e modelos económicos dos dois partidos. Mário Centeno disse que “os líderes debatem com os líderes, os candidatos debatem com os candidatos”. O que motivou uma resposta do economista e professor do ISEG: “Se o Dr. Mário Centeno acha que não deve debater comigo, então que venha debater com o professor Álvaro Almeida, que foi coautor do programa económico [do PSD] e, portanto, está tão à vontade para discutir o plano económico do PSD como eu e é, de facto, candidato a deputado pelo PSD no Porto”, afirmou esta segunda-feira Joaquim Miranda Sarmento, em entrevista à Lusa.

A resposta de Mário Centeno foi o silêncio. Preferiu, antes, dar uma conferência de imprensa para criticar o que considera ser os buracos nas contas do PSD. Mas o líder do PSD decidiu, esta noite de terça-feira, aumentar a pressão política sobre o ministro das Finanças. “Álvaro Almeida já aceitou e as rádios já os convidaram. Porque espera o CR7 das finanças para honrar a sua palavra?”

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