Cofina aumenta capital em 85 milhões para comprar a TVI

O grupo liderado por Paulo Fernandes anunciou ao mercado que está a preparar um aumento de capital de 85 milhões de euros para financiar a compra da Media Capital.

Já se sabia que a Cofina vai aumentar o capital, mas agora é oficial. Segundo um comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliário (CMVM), a Cofina está a preparar um aumento do capital de 85 milhões de euros para financiar a Operação Pública de Aquisição (OPA) sobre a Media Capital, anunciada no dia 21 de setembro, e que envolve um valor global de 255 milhões de euros.

Como o ECO já tinha revelado, este aumento de capital vai ser realizado pelos atuais acionistas, mas também por novos, como o empresário Mário Ferreira e o banco espanhol Abanca. Segundo o comunicado, a Cofina perspetiva a realização de um aumento de capital “num montante que atualmente se estima de € 85.000.000,00 (oitenta e cinco milhões de Euros), destinado ao financiamento parcial da referida operação de aquisição”.

Esta era um passo necessário para dar seguimento à própria oferta, ainda preliminar e que terá de ser registada oficialmente até ao dia 11 de outubro, após a qual a administração da Media Capital terá de emitir um comunicado sobre as condições e oportunidade da oferta.

De acordo com o anúncio preliminar, a dona do Correio da Manhã propõem-se pagar 2,3336 euros por cada ação da dona da TVI que não é controlada pela Prisa e 2,1322 euros pelas mais de 80 milhões de ações que estão nas mãos do grupo espanhol. Assim, a oferta global ascende a 180 milhões de euros. Incluindo a dívida (enterprise value), a operação de compra da Media Capital envolve cerca de 255 milhões de euros.

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Tancos: Exército reabre averiguações internas para apurar infrações disciplinares

  • Lusa
  • 1 Outubro 2019

"Vai ser reaberto o processo de averiguações e, no caso de se concluir que existem indícios de infração disciplinar (...) serão instaurados os consequentes processos disciplinares".

O Exército vai reabrir o processo de averiguações interno na sequência do despacho do Ministério Público (MP) que acusa 23 arguidos no caso do furto e reaparecimento do material furtado em Tancos, disse à Lusa fonte do ramo.

Numa resposta escrita a perguntas da Lusa, a porta-voz do ramo, major Elisabete Silva, adiantou que, aquando da constituição de militares do Exército como arguidos, foi determinada a instauração de um processo de averiguações. O processo visou o “apuramento de indícios da prática de infração disciplinar e identificação dos seus autores”.

No âmbito desse processo, foram realizadas as “diligências probatórias que então se mostravam possíveis” e “foi determinada a suspensão desse processo até que fosse proferido despacho final no inquérito”, o que ocorreu no passado dia 25.

Face ao despacho final do MP, “vai ser reaberto o processo de averiguações e, no caso de se concluir que existem indícios de infração disciplinar, à luz do disposto no Regulamento de Disciplina Militar, serão instaurados os consequentes processos disciplinares“, disse.

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Vendas de carros recuperam em setembro. Saldo do ano está negativo

Apesar de as vendas de carros registarem um aumento face ao período homólogo, quando se olha para o número de unidades matriculadas de janeiro a setembro há uma quebra de cerca de 4%.

As vendas de automóveis em Portugal recuperaram em setembro, com mais de 18 mil carros matriculados. No entanto, no acumulado do ano verifica-se uma quebra, em relação a 2018, de 4,7% no caso dos ligeiros de passageiros, segundo revelam os dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP).

Em setembro foram matriculados no total 18.036 automóveis, ligeiros e pesados, mais 8,9% do que no período homólogo. O valor compara com setembro do ano passado, altura em que as vendas caíram com a entrada em vigor das novas regras para medição das emissões de CO2 dos automóveis.

No que diz respeito apenas aos automóveis ligeiros, as vendas em setembro cresceram 8,4% para 17.268 unidades. Nos nove primeiros meses do ano totalizam as 202.180 unidades, o que se traduz numa quebra de 4,2% face ao mesmo período do ano anterior.

Continua, assim, a verificar-se uma tendência negativa no total dos carros vendidos desde o início do ano. Só em janeiro é que as vendas bateram o período homólogo, registando-se uma variação global negativa desde então.

Ainda nos ligeiros de passageiros, a Renault manteve-se a marca líder de vendas, tendo vendido 23.172 unidades entre janeiro e setembro. É seguida pela Peugeot, que vendeu já 18.305 desde o início do ano. O pódio fica completo com a Mercedes-Benz, que nos primeiros nove meses do ano matriculou 12.693 carros.

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€STR no crédito da casa? Bancos vão manter-se fiéis à Euribor

A nova taxa de juro do BCE procura responder à falta de fiabilidade dos indexantes atuais, definidos pelos bancos, mas dificilmente conseguirá impor-se nas soluções que estes apresentam aos clientes.

Nasceu a €STR, a nova taxa do Banco Central Europeu (BCE). Vem substituir a Eonia como juro overnight na Zona Euro, coexistindo com a Euribor, que serve de referência em prazos um pouco mais alargados. Procura dar resposta à falta de fiabilidade dos indexantes atuais, definidos pelos bancos, mas dificilmente conseguirá impor-se nas soluções que estes apresentam aos clientes, sejam produtos financeiros, sejam financiamentos. Os créditos da casa continuarão a usar as mesmas taxas variáveis que utilizam atualmente, sendo o recurso às taxas fixas um objetivo no futuro.

A entrada em vigor, em junho de 2016, de novos requisitos que têm de ser cumpridos no cálculo dos índices de referência do euro — de forma a garantir a respetiva transparência e fiabilidade, o que se tornou evidente após os escândalos de manipulação das taxas de juro, incluindo da Euribor — levou o BCE a arrancar com a €STR em 2017. Mas só agora a taxa se torna oficial, contando o contributo de 50 bancos para a sua definição. Só as operações efetivas de cedência de fundos dos bancos a outros bancos serão contabilizadas.

É uma taxa muito mais fiável que a Euribor, que se baseia em taxas comunicadas pelos bancos, mas que não vai conseguir, para já, atrair os bancos portugueses. A Associação Portuguesa de Banco (APB) explica que “tratando-se de um índice de referência de curto prazo [a €STR], não se antevê que possa vir a ser utilizado em contratos de crédito à habitação“.

Tratando-se de um índice de referência de curto prazo [a €STR], não se antevê que possa vir a ser utilizado em contratos de crédito à habitação.

Associação Portuguesa de Bancos

A entidade liderada por Faria de Oliveira esclarece ainda que “embora esteja em curso um processo de transição para uma nova metodologia de cálculo, a Euribor continuará a existir como índice de referência crítico“.

Contactados pelo ECO, tanto a CGD como o Santander e o BPI descartaram uma eventual alteração dos indexantes atualmente utilizados nos contratos de crédito para a compra de casa. “Não está previsto, nesta fase, a utilização deste novo indexante nos contratos de Crédito Habitação da CGD”, disse por exemplo o banco liderado por Paulo Macedo, acrescentando que irá assim continuar a utilizar o indexante Euribor a 12 meses.

€STR? Euribor, mas na versão 2.0

Apesar de as soluções disponibilizadas pelos bancos aos seus clientes não virem a considerar a €STR, estes já não conseguirão escapar às mudanças que se avizinham para a Euribor. A taxa de juro que serve de referência aos empréstimos para a compra de casa também foi “apanhada” pelos novos requisitos europeus no que respeita à transparência e fiabilidade dos juros de referência. Nesse quadro, está a ser reformulada, com vista a ser determinada, o mais possível, com base nos financiamentos efetivamente concretizados entre os bancos.

Após o falhanço dos testes que visavam que a Euribor passasse a ser determinada exclusivamente a partir de transações efetivas, a decisão passou pela criação de um modelo híbrido. Segundo este, a taxa passa a ser calculada, tanto quanto possível, com base em transações efetivas de obtenção de fundos no mercado monetário sem garantia do euro, por parte do painel de bancos contribuidores. No entanto, quando estas não estiverem disponíveis, poderá recorrer-se também a cotações indicativas.

A reforma desta nova Euribor híbrida deverá estar concluída até ao final do ano, podendo trazer boas notícias para as famílias. Testes efetuados demonstraram que a €STR, que já tem o modelo de operações efetivamente realizadas, é mais baixa que as Euribor. Ou seja, o modelo híbrido que sustenta a reformulação da Euribor também assente preferencialmente em transações efetivas poderá conduzir à diminuição do respetivo valor, traduzindo-se em prestações mais baixas.

Bancos de olho na taxa fixa

Face a este possível cenário não é de estranhar que os bancos estejam cada vez mais a tentar encaminhar os clientes para soluções de taxa fixa em vez de crédito à habitação indexado à Euribor. Ainda para mais que esta taxa está abaixo de zero e promete manter-se em “terreno” negativo por um período de tempo prolongado.

Ilustrativo disso mesmo são as recentes campanhas de crédito à habitação por parte de vários bancos, onde a oferta de indexantes com prazos mais dilatados sobressaem. Em vez de Euribor a 3, 6 ou 12 meses, a aposta é na taxa fixa.

Neste momento, são já quatro os bancos a operar em Portugal que disponibilizam ofertas de crédito à habitação de taxa fixa a 30 anos. Este é o caso da CGD, do Novo Banco, do BPI e do Bankinter.

Para além de se protegerem dos custos impostos pelo atual contexto de juros negativos, os bancos garantem ainda previsibilidade ao seu negócio — tal como aos clientes –, bem como asseguram margem de manobra para negociarem financiamentos no mercado interbancário a taxas mais atrativas.

Os bancos nacionais estão ainda a ir atrás daquela que é a tendência seguida pelos pares do norte da Europa, onde contrariamente às indexações à Euribor, a norma são os contratos de crédito à habitação de taxa fixa.

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Economia desacelerou e produtividade “continua a ser insatisfatória”, diz Fórum para a Competitividade

  • Lusa
  • 1 Outubro 2019

Apesar da recente revisão em alta pelo INE, o Fórum para a Competitividade classifica de "baixíssimos" os valores de crescimento da produtividade entre 2016 e 2018.

O Fórum para a Competitividade avisa que a economia desacelerou no terceiro trimestre e classifica de “baixíssimos” os valores de crescimento da produtividade entre 2016 e 2018, apesar da recente revisão em alta pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Dados preliminares do 3.º trimestre apontam para uma desaceleração da economia, sobretudo pelo lado das contas externas”, afetadas pelo contexto de desaceleração generalizada da economia europeia e mundial, refere a nota de conjuntura assinada por Pedro Braz Teixeira, diretor do Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade, divulgada esta terça-feira.

O INE reviu em alta o valor do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 a 2018 e também o dos dois primeiros trimestres de 2019, estimando agora que, no arranque deste ano, a economia avançou 2,1% e 1,9% em vez dos 1,8% anteriormente estimados. Apesar desta revisão, “o abrandamento da economia, generalizado na União Europeia, afinal também se verificou em Portugal no 2.º trimestre”, refere a nota de conjuntura.

Relativamente à produtividade, aquela revisão aponta para que este indicador tenha crescido 0,4%, 0,2% e 0,1% em, respetivamente, 2016, 2017 e 2018, valores que o Fórum para a Competitividade afirma serem “baixíssimos” e que “continuam a ser insatisfatórios”, revelando que “pouco mudou”. Numa análise mais detalhada a esta revisão do PIB, o documento assinala que se manteve a tendência que já se verificava, ou seja, de evolução em 2017 e de desaceleração em 2018.

A taxa de poupança das famílias caiu de 6,1% para 5,9% no segundo trimestre de 2019, traduzindo um desenvolvimento que a nota de conjuntura assinala ser “particularmente infeliz” ao mostrar que, ao contrário do que se esperava, o abrandamento do consumo privado não resultou de um aumento da poupança.

O documento assinala ainda o aumento homólogo do défice externo, considerando “preocupante que os serviços já não estejam a compensar a balança de bens”. Porém, tendo em conta que o padrão sazonal é de recuperação até ao final do ano, “ainda é possível que, para o conjunto de 2019, se consiga atingir um saldo positivo”.

O Fórum para a Competitividade refere, a este propósito que, até julho de 2019, o défice externo subiu para 1.633 milhões de euros, face a 616 milhões no período homólogo, com deterioração na balança de bens (2.028 milhões) e diminuição do excedente da balança de serviços (137 milhões).

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Navigator cai 3%. BCP arrasta bolsa de Lisboa

As perdas das ações da papeleira ditaram as primeiras perdas do PSI-20 após três sessões de ganhos. A praça bolsista nacional fechou ainda em linha com o vermelho que pintou as pares europeus.

A bolsa nacional encerrou no vermelho após três sessões de ganhos, em linha com as pares europeias. Acabou por ser condicionada pelo recuo das ações do BCP, isto num dia em que a Navigator se destacou nas quedas ao perder mais de 3%.

O PSI-20 desvalorizou 0,5%, para os 4.948,99 pontos, com 12 títulos em queda e os restantes seis em alta. Na Europa, o Stoxx 600, referência para as ações europeias, perdeu 1,1%.

Em Lisboa, a Navigator foi o principal destaque pela negativa, num dia em que as ações da papeleira recuaram 2,99%, para os 3,184 euros, liderando as quedas na praça nacional.

A pesar na praça lisboeta esteve ainda o BCP, que voltou a mergulhar no vermelho após várias sessões no vermelho. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya recuaram 1,68%, para os 18,74 cêntimos, registo que fica em linha face às perdas de 1,5% do setor europeu. Este desempenho acontece no dia em que o BCP deu a conhecer em comunicado a fusão do Bank Millennium, subsidiária por si detida em 50,1%, com o Euro Bank.

Entre as maiores perdas, destaque ainda para os CTT que viram os seus títulos desvalorizarem 1,79%, para os 2,086 euros.

Em alta, destaque para a Nos e Sonae. As ações da telecom somaram 1,7%, para os 5,095 euros, enquanto as da retalhista avançaram 1,11%, para os 86,45 cêntimos.

Esta terça-feira, a Sonae informou que concluiu a venda e posterior arrendamento (sale and leaseback) de dois ativos de retalho alimentar localizados em Portugal. Esta operação totalizou 24,4 milhões de euros e gerou um ganho de capital estimado de 10,9 milhões.

No universo EDP o rumo das ações foi dispare. A EDP também valorizou (0,39%, para os 3,576 euros), enquanto a EDP Renováveis foi pressionada (-0,61%, para os 9,83 euros).

A empresa liderada por António Mexia informou que através da EDP Renováveis assegurou 421 milhões de dólares através de um financiamento “tax equity”, com o Bank of America, em troca de um interesse económico num portefólio de projetos eólicos onshore de 405 MW. Os projetos estão localizados no estado de Illinois e têm garantidos contratos de aquisição de energia de longo prazo.

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Resumo de mercado de 30 de setembro

  • ECO + DIF
  • 1 Outubro 2019

Os principais acontecimentos nos mercados financeiros comentados por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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Começar a investir na Bolsa de Valores? Saiba as 5 regras essenciais

  • ECO + DIF
  • 1 Outubro 2019

Neste artigo, vamos tentar detalhar cinco princípios que qualquer investidor que se inicia neste meio deverá seguir para ter sucesso nos mercados financeiros.

Ao longo da história, foi sempre prática corrente nomear pessoas ou grupos sem rosto como forma de espiar todos os males da sociedade. Tipicamente, numa crise, aparece sempre alguém com o dedo em riste: A culpa é dos estrangeiros! A culpa é da falta de regulação!

É sempre fácil acusar alguém sem rosto. Tranquiliza as massas, pois o culpado já está identificado e não é ninguém em concreto, nenhum familiar, conhecido ou amigo. A lista de iniciativas para solucionar o problema passa sempre, regra geral, por uma destas: maior poder e controlo sobre a sociedade para um grupo de burocratas “iluminados”, início ou reforço de uma guerra ou legislação discriminatória para um determinado grupo da sociedade – por exemplo, entraves à entrada num dado negócio, maior tributação sobre uma atividade.

A expressão “a culpa é dos especuladores” é particularmente interessante, pois dá a entender que existem por aí, à solta e sem controlo, indivíduos a ganhar “uma pipa de massa”, com a maior das facilidades e sem nenhum esforço: nada mais errado, estimado leitor!

Especular em bolsa, ao contrário do propalado, é extremamente difícil. Assim, neste artigo, vamos tentar detalhar 5 princípios que qualquer investidor que se inicia neste meio deverá seguir para ter sucesso nos mercados financeiros. Se o leitor não sabe, então deveria saber que, uma grande maioria dos investidores não profissionais perde dinheiro em bolsa.

Investir na Bolsa de Valores

  • Seja ambicioso, não tema os mercados

Não é necessário ser-se economista para entender que na sociedade em que vivemos somos todos agentes económicos. O mundo das finanças, contrariamente ao que muitos julgam, não é assunto só para especialistas, ou não estivesse sempre presente, por exemplo, quando pagamos os impostos ou quando sofremos os efeitos da inflação.

A Bolsa de Valores não é um jogo, nem deverá ser encarada como um casino. Todos nós, sem exceção, temos posições curtas (shorts) ou longas (longs). O mais curioso é que para isso não é necessário ter feito uma única operação nos mercados financeiros.

Alguns exemplos do dia-a-dia: quem tem um filho de 16 anos ou menos está curto (short) nos seus custos de formação universitária, ou pode estar longo se criou um fundo próprio e específico para este efeito.

A compra de uma habitação é um exemplo ainda mais fácil: para o proprietário, o ativo, neste caso a casa, fica longo, e curto no empréstimo bancário correspondente.

No contexto das posições que as pessoas tomam como suas escolhas, os seus “investimentos” ao longo da vida devem ter o intuito de maximizar o valor da carteira de ativos que possui, de acordo com a sua tolerância ao risco. O mesmo se passa na Bolsa de Valores, só que de forma mais rápida e mais fácil. Assim, não hesite em tomar o assunto em mãos, em lugar de o entregar a terceiros. Não tenha medo de assumir-se como um especulador em bolsa. Todos especulamos ao longo da vida, ao tomarmos decisões com base em expectativas futuras.

  • Tenha um plano de investimento

Qualquer investidor que decide aplicar as suas poupanças nos mercados financeiros deverá ter um plano claro, assente em três aspetos: (1) entrada; (2) montante a investir; e (3) estratégia de saída. Previamente a qualquer investimento, é crítico ter em conta estes aspetos, caso contrário, as consequências poderão ser terríveis.

No que respeita à entrada, deverá sempre questionar-se se o momento de entrada é o correto, em particular, se o preço de compra ou de venda é o ideal. O momento de entrada deverá ter em conta: se o preço rompeu uma formação gráfica, uma resistência ou um suporte. Após esta análise, deverá ser definido um intervalo de preço como entrada aceitável, caso contrário, a decisão de abrir uma determinada posição não deverá ter lugar.

Por outro lado, o montante a investir é outra regra importante. Deve estar consciente da percentagem da carteira que deverá estar investida num determinado valor. Por exemplo, uma regra simples poderá ser adotada: qualquer que seja o valor da minha carteira nunca deverá representar mais de 5% da mesma. Desta forma, o risco da carteira é mitigado, pois não estamos dependentes unicamente do desempenho de um valor.

Por fim, a estratégia de saída. Talvez a mais importante. Os grandes investidores, na maioria dos casos, não apresentam taxas de acerto superiores a 50%. Ou seja, se um investidor profissional decide abrir 10 posições no mercado, é muito provável que apenas 3 ou 4 apresentem ganhos. Desta forma, o leitor deverá perguntar-se: então como ganha dinheiro?

Para cada posição, deverá existir um plano para uma saída com ganhos ou perdas, neste caso, através de um stop. Vamos imaginar que um investidor entrou numa posição longa a 100 euros, colocando uma ordem limite, para ganhos, a 125, e uma ordem stop, a 95, para eventuais perdas. Assim, o rácio ganho/perda é de 5 (25/5). Ou seja, uma posição ganhadora vale por 5 de uma perdedora.

Outra possibilidade, consiste em deixar “correr” as posições ganhadoras, ajustando apenas o stop à medida que os ganhos potenciais incrementam. Estas posições são, na maioria dos casos, aquelas onde se obtêm rendibilidades excecionais.

  • Defina o risco da sua carteira; não ponha todos os ovos no mesmo cesto

Para além de não dever estar dependente de um valor, tal como explicado no ponto anterior, deverá procurar investir em instrumentos financeiros não correlacionados. O que significa?

Este conceito é muito simples; basta analisar uma série histórica e verificar se um determinado ativo, por exemplo A, quando valoriza, e outro ativo, por exemplo, o B, desvaloriza; neste caso, os ativos A e B não estão correlacionados, a situação perfeita para um investidor que deseja reduzir o risco.

Um exemplo desta situação é o Ouro: tem tendência a valorizar-se quando os índices bolsistas desvalorizam, ou seja, em momentos de crise e pânico bolsista tem tendência a beneficiar de fortes apreciações.

Infelizmente, atendendo à recente evolução dos mercados financeiros, a maioria dos ativos estão crescentemente correlacionados, ou seja, as intervenções dos bancos centrais estão a originar movimentos no mesmo sentido, gerando movimentos semelhantes em todas as classes de ativos. Apesar disto, o investidor deverá sempre diversificar a sua carteira tendo em conta o seguinte:

  1. A geografia; se decide investir numa determinada classe de ativos, por exemplo, ações, deverá ter em conta a região ou regiões onde o desempenho é superior e segue uma tendência.
  2. A classe de ativos; o investidor deverá ter em conta as várias classes de ativos e de que forma se correlacionam. Em caso algum, o investimento deverá limitar-se a uma classe de ativos, devendo considerar outras classes de ativos, tais como as ações, obrigações, divisas, taxas de juro e matérias-primas.
  3. O setor de atividade; o investidor quando investe em ações, também deverá dar especial atenção ao setor de atividade em que o valor se insere. Regra geral, as empresas do setor das utilities são mais defensivas em momentos de crise, ou seja, podem não sofrer desvalorizações, ao passo que as empresas tecnológicas podem apresentar quedas abruptas em mercados com tendências descendentes. Por conseguinte, o peso de um determinado setor de atividade é crítico para o desempenho de uma carteira.
  4. A volatilidade do ativo onde deseja investir; atualmente, a maioria das plataformas de negociação já permite calcular com facilidade esta variável, medida através do desvio padrão. Em termos simples, quanto maior este valor, maior a volatilidade; ou seja, se um determinado valor A é mais volátil que o índice B, significa que quando o último sobe 2% é provável que o A suba 4 ou 5% e vice-versa. Assim, o investidor deverá estar consciente que uma carteira com valores muito voláteis, significa maior risco, mas provavelmente maior rendibilidade.
  • Siga a tendência

Os mercados financeiros permitem que milhões pessoas possam negociar e fazer valer a sua opinião relativa ao preço de um determinado ativo, ou seja, a maioria sempre ganha, não vale a pena lutar contra a opinião da maioria.

Podemos utilizar a analogia de uma sala de cinema. Imaginemos que o leitor se encontra nessa sala de cinema. É a única pessoa que está certa relativamente à saída de emergência, ou seja, a saída é na parte frontal da sala, enquanto a maioria julga que é nas traseiras da sala. Na eventualidade de acontecer alguma emergência, o que irá acontecer? O leitor irá correr para a frente e a multidão para trás, sendo provavelmente esmagado por ela. É precisamente isto que acontece a muitos investidores que decidem ir contra a opinião da maioria, no entanto, podiam estar certos.

Em Maio de 2019, a empresa Uber foi valorizada em cerca de 75,5 mil milhões de USD, apesar de apresentar prejuízos trimestrais de 900 milhões de USD aproximadamente! Assim, um determinado investidor pode ter toda a razão do mundo ao afirmar que a Uber vale 0 ou que o retorno de 0,4% da dívida da República Portuguesa a 10 anos é uma insanidade, atendendo a que o Estado português está tecnicamente falido, no entanto, a maioria dos investidores julga o contrário. Ou seja, no médio prazo muitos investidores isolados podem ter razão, como se viu no filme “The Big Short”, mas é importante ter em conta a tendência, pois negociar contra a mesma, e apesar de poder estar errada, pode arruinar uma conta: quando o investidor, finalmente, vê que tem razão, pode, entretanto, já ter a conta arruinada.

Em conclusão, independentemente do tipo de análises realizadas, inclusive a fundamental, é crítico antes de investir em bolsa conhecer a opinião da maioria. Essa maioria manifesta-se através da tendência do valor, podendo ser ascendente, descendente ou lateral. Esta última, é a que menos interessa, pois os dois lados da contenda estão equilibrados.

  • Tenha paciência

A quinta e última regra, será, talvez, a mais determinante para o sucesso de um investimento em bolsa: ter paciência. Não se deve esperar resultados imediatos. Muitos investidores traçam um plano claro, abrem várias posições para diversificar, com uma estratégia clara de saída; no entanto, quando algumas posições se tornam perdedoras ou saltam «stops», desatam a encerrar todas as posições, reagindo, em pânico, a um mau início. Deve sempre concluir o seu plano, caso contrário, não poderá realizar um diagnóstico correto quando algo correu mal.

Outro aspeto onde se revela a falta de paciência é a tendência em reforçar posições que estão a correr mal. Ou seja, compro 100 ações a 10 euros e, de repente, o preço cai para 9 euros, a reação é comprar, por exemplo, mais 100 ações para diminuir o custo de aquisição. Em lugar de 10 euros, o custo de aquisição passa a 9,5 euros. Isto é um erro que pode custar muito caro. Um dos maiores exemplos desta desgraça foi o caso BCP. Este valor, apesar de apresentar uma tendência descendente há vários anos, continuou a atrair investidores, sempre com a seguinte expectativa: agora sim, isto vai dar a volta; no entanto, frustrados com a evolução do título, muitos investidores compravam mais e mais, afundando-se em perdas.

Por fim, a tendência que muitos investidores têm em fechar de imediato as posições ganhadoras. Ou seja, se perdem, pensam: o mercado está errado e eu estou certo, por isso, importa reforçar, eu vou mostrar-lhes que tenho razão; se perdem: deixa-me já fechar e meter ao bolso o lucro. Nada mais errado! Como dissemos anteriormente, os investidores profissionais obtêm excelentes desempenhos em posições vencedoras, deixando-as “correr”, enquanto que as perdas, estancam-nas de imediato, não insistindo no desastre. É isto que deverá ter em conta e seguir à risca.

Julgamos que com formação em bolsa e tendo em conta estes cinco princípios, seguramente os mercados financeiros serão uma agradável surpresa para as suas poupanças.

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Revolut duplica prejuízos em 2018 com investimento e novos mercados

  • Lusa
  • 1 Outubro 2019

A plataforma britânica Revolut apresentou um prejuízo de 32,8 milhões de libras (37 milhões de euros) no ano passado, mais do dobro do verificado no ano anterior.

A plataforma financeira Revolut, com sede em Londres, apresentou um prejuízo de 32,8 milhões de libras (37 milhões de euros) no ano passado, mais do dobro do verificado no ano anterior.

Fundada em 2015 por Vlad Yatsenko e Nik Storonsky, a fintech (startup de tecnologia financeira) fundamentou em comunicado que o prejuízo verificado no ano passado teve a ver com “o investimento continuado e expansão para novos mercados”.

A plataforma, que disponibiliza, entre outros serviços, transferências e pagamentos com comissões nulas ou baixas, troca de criptomoedas, ferramentas de gestão e negociação de ações, explicou também que os custos diretos subiram 247% devido à emissão de cartões, encargos associados a parceiros e custos de aquisição de clientes.

A Revolut realça que, apesar disso, “os resultados mostram uma melhoria na margem de lucros brutos para o negócio, na medida em que o crescimento da receita excedeu o aumento dos custos”. Quanto às receitas, estas registaram um aumento de 354% no ano passado para 58,2 milhões de libras (65,5 milhões de euros), face ao ano anterior (12,8 milhões de libras, isto é, 14,4 milhões de euros).

O presidente executivo da Revolut, Nikolay Storonsky, falando sobre o desempenho da startup disse, citado em comunicado: “O final do ano de 2018 parece que já foi há imenso tempo, mas estes números são muito importantes porque revelam o nosso crescimento sustentado enquanto negócio”.

“O salto que demos em receita e número de clientes, desde o início de 2019, é sintomático dos motivos pelos quais criámos este negócio, e a prova de que continua a justificar-se”, salientou o responsável. A Revolut pretende ainda triplicar as receitas no final deste ano, atendendo ao aumento do número de clientes, ao lançamento de novos produtos, à otimização dos existentes, bem como à expansão para novos mercados.

Só em agosto e setembro a Revolut integrou (onboarding) mais de 800 mil clientes, sendo que no segundo semestre deste ano a margem de crescimento bruto deverá situar-se entre 40% e 50%, que compara com menos de 10% no mesmo período do ano anterior.

A Revolut tem atualmente mais de sete milhões de clientes na Europa e uma média de 3,7 milhões de utilizadores mensais ativos, tendo transacionado desde o seu lançamento mais de 85 mil milhões de dólares. Criada como uma alternativa digital aos bancos tradicionais, a plataforma tem tido um rápido crescimento, pertencendo ao grupo dos unicórnios, as empresas avaliadas em mais de mil milhões de dólares.

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OAL e Cardigos promovem conferência sobre o setor autárquico

Os processos de atribuição das concessões de distribuição de eletricidade em baixa tensão vão estar em discussão na conferência promovida pela OAL e pela sociedade Cardigos.

A associação Observatório das Autarquias Locais (OAL) e a sociedade de advogados Cardigos estão a promover uma conferência sobre os processos de atribuição das concessões de distribuição de eletricidade em baixa tensão, que irá decorrer no próximo dia 8 de outubro, pelas 9h30, no auditório do IMPIC, em Lisboa.

O evento vai abordar diversas questões, entre elas, os modelos de concessão, a Lei n.º 31/2017, de 31 de maio e a sua aplicação no setor autárquico e o recurso à arbitragem prevista pelo legislador como potencial solução de resolução de conflitos. As novas tendências no setor energético, nomeadamente a utilização do blockchain e as experiências de implementação noutros países, e a análise das implicações fiscais destas concessões estarão também em destaque na conferência.

“Este evento enquadra-se no posicionamento que a Cardigos quer manter: uma prática jurídica de acompanhamento e valor acrescentado, rigoroso e com capacidade de antecipação. A associação com o Observatório das Autarquias Locais surge de forma natural, pelas provas dadas que tem, não apenas no setor autárquico, mas a respeito do tecido empresarial em geral”, refere Pedro Santos Azevedo, coorganizador e of counsel da área de público, regulação e concorrência na Cardigos.

A conferência contará com a participação de oradores especialistas nas mais diversas áreas, entre eles, Filipe Matias Santos, diretor jurídico da ERSE, Pedro Moniz Lopes, sócio da Cardigos, Bartolomeu de Noronha, presidente da direção da OAL, e Francisco Paes Marques, professor na Faculdade de Direito de Lisboa.

“Espera-se que a reunião, num único dia, de um conjunto de especialistas das mais diversas áreas e provenientes de entidades públicas, privadas e universidades, que abordarão variadíssimas vertentes do tema, como as concessões, a utilização da arbitragem, as experiências municipais concretas e as suas implicações fiscais, entre outros, sirva o desiderato de capacitar todos os seus participantes para os desafios que esta nova realidade convoca e alimentar o ainda muito necessário debate sobre esta matéria”, nota o coorganizador.

As inscrições na conferência podem ser feitas no site da associação OAL.

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CMS vai lançar uma obra em homenagem a Rui Pena

A obra "Estudos de Homenagem a Rui Pena" vai ser lançada no próximo dia 23 de outubro. Os testemunhos de Marcelo Rebelo de Sousa e António Guterres estarão presentes na obra de homenagem ao advogado.

A obra “Estudos de Homenagem a Rui Pena”, que reúne testemunhos e artigos jurídicos da autoria de amigos, colegas e personalidades próximas do advogado Rui Pena, vai ser lançada no próximo dia 23 de outubro, pelas 18 horas, no salão nobre da Ordem dos Advogados.

A obra é composta por mais de 40 artigos jurídicos assinados por académicos e colegas advogados que se juntaram a esta iniciativa como forma de homenagear o percurso profissional do advogado. A coordenação dos “Estudos de Homenagem a Rui Pena” foi assumida por Nuno Pena e Pedro Melo, com o apoio de Rui Machete, José Matos Correia e Agostinho Pereira de Miranda.

O obra contará com os testemunhos do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do secretário-geral das Nações Unidas, de António Guterres, e dos empresários João Pereira Coutinho e Manuel Gallo.

“O meu pai sempre se alegrou com a partilha do seu tempo, sabedoria e conhecimento e, em bom rigor, cada um dos estudos que compõem esta obra constituiu um exercício de algum modo semelhante, de esforço e partilha”, refere Nuno Pena, filho do homenageado. “Considero, por isso, que esta é, porventura, a mais adequada das homenagens que podíamos fazer-lhe e aquela que o deixará certamente mais reconhecido“, nota.

A obra insere-se num conjunto de iniciativas de homenagem que a sociedade de advogados CMS Rui Pena & Arnaut tem desenvolvido, após a morte do seu fundador, em janeiro de 2018. Recentemente foi lançada a 2.ª edição do Prémio Rui Pena – Direito da Energia, que visa distinguir os melhores trabalhos académicos nesta área de investigação jurídica.

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JPAB promove conferência sobre as alterações laborais

A JPAB e CCP estão a promover a conferência “As Alterações da Legislação Laboral”. O ministro do trabalho, José António Vieira da Silva, é uma das presenças confirmadas no evento.

A sociedade JPAB – José Pedro Aguiar-Branco Advogados e a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) estão a promover a conferência “As Alterações da Legislação Laboral”, que irá decorrer no dia 9 de outubro, na Associação Nacional das Farmácias, em Lisboa.

O evento contará com a participação de José António Vieira da Silva, ministro do trabalho, solidariedade e segurança social, de Sandra Ribeiro, diretora geral da DGERT e de João Vieira Lopes, presidente da CCP.

A iniciativa, promovida pelo departamento de direito do trabalho da JPAB, irá reunir especialistas da área “com o intuito de clarificar as implicações diretas no mercado laboral, tanto do lado das empresas como dos trabalhadores, decorrentes das mais recentes alterações ao Código do Trabalho“, nota a sociedade.

José Pedro Aguiar-Branco, Pedro Botelho Gomes, Joana Carneiro, Ricardo Codeço e Ângela Vieira também irão marcar presença no evento em representação da JPAB. A moderação ficará a cargo de Ana Vieira, secretária geral da CCP.

O evento é de acesso livre, requerendo apenas inscrição prévia até ao dia 7 de outubro.

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