Facebook condenado a pagar multa de cinco mil milhões de dólares

  • Lusa
  • 13 Julho 2019

A confirmar-se, esta será a maior sanção alguma vez aplicada pela Comissão Federal do Comércio dos EUA a uma empresa tecnológica.

A Comissão Federal do Comércio dos EUA (FTC, na sigla em Inglês) impôs à Facebook uma multa de cinco mil milhões de dólares (4,4 mil milhões de euros), pela sua gestão da privacidade dos utilizadores.

A informação foi avançada na sexta-feira pelos jornais The Wall Street Journal e The Washington Post que, citando fontes sob anonimato, indicaram que a medida foi aprovada por três votos, dos membros indicados pelo partido republicano, contra dois, dos nomeados pelo partido democrata para esta entidade reguladora.

A confirmar-se oficialmente, o montante da sanção corresponderia às estimativas que a empresa dirigida por Mark Zuckerberg divulgara em abril, ao apresentar os seus resultados trimestrais, alertando que estava preparada para receber uma multa “entre 3.000 e 5.000 milhões” de dólares por parte da FTC.

Até agora, nem a FTC nem a empresa fizeram qualquer comentário, nem confirmaram ou desmentiram a informação publicada.

Esta é a maior sanção alguma vez aplicada pelo organismo regulador a uma empresa tecnológica.

A investigação foi desencadeada pela informação revelada em março de 2018 segundo a qual a consultora britânica Cambridge Analytica utilizou uma aplicação para recolher dados de 87 milhões de utilizadores da Facebook sem o seu conhecimento e com fins políticos.

A empresa serviu-se de dados da Facebook para elaborar perfis psicológicos de votantes, que veio alegadamente a vender à campanha do agora Presidente dos EUA, Donald Trump, durante as eleições de 2016, entre outros clientes.

Partilhar dados com terceiros sem notificar os utilizadores constitui, como determinou a FTC, uma violação do acordo sobre privacidade que a rede social estabeleceu em 2011 com esta agência governamental.

Segundo o Wall Street Journal, depois da votação, o assunto foi transferido para o Departamento de Justiça, que vai tomar uma decisão final, ainda que por tradição o governo não modifique as sanções decididas pela FTC.

Por seu lado, o Washington Post acrescentou que, depois da multa, a Facebook vai também passar a informar a entidade sobre cada decisão que tome relativamente aos dados dos seus utilizadores, antes de disponibilizar novos produtos, e aumentar a vigilância sobre as aplicações de terceiros.

Os dirigentes máximos da empresa sedeada em Menlo Park, no estado da Califórnia, incluindo o cofundador e administrador-delegado, Mark Zuckerberg, terão de admitir publicamente que falharam na proteção da privacidade dos utilizadores da Facebook.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PCP promete baixar IVA. Depósitos acima de 100 mil alvo de taxa

  • Lusa
  • 13 Julho 2019

Redução da taxa normal do IVA em dois pontos percentuais, de 23% para 21%, com um “custo fiscal de 1.900 milhões de euros”, estima o PCP.

O PCP propõe baixar a taxa do IVA de 23% para 21% e cobrar um imposto de 0,5% aos depósitos bancários acima de 100 mil euros, estendendo esta medida fiscal a todo o património mobiliário (títulos, ações, obrigações).

As medidas de “reforma fiscal” vão constar do programa eleitoral comunista, cuja apresentação completa e formal está marcada para terça-feira, em Lisboa, e foram antecipadas à Lusa pelo dirigente do PCP Agostinho Lopes, um dos coordenadores da elaboração do documento.

“Queremos uma reforma fiscal que recoloque a justiça, fazendo pagar mais àqueles que pagam de menos e fazer pagar menos àqueles que pagam de mais, os trabalhadores. É uma fraude que andam aí a dizer em alguns partidos que a carga fiscal em Portugal é exagerada até porque o Estado precisa de receitas para poder fazer face aos problemas que tem a seu cargo”, disse o membro do Comité Central do comunista.

Além da redução da taxa normal do IVA em dois pontos percentuais, de 23% para 21%, com um “custo fiscal de 1.900 milhões de euros”, os comunistas defendem a “criação de um cabaz mais alargado de bens essenciais”, com aquele imposto a 6%, também na eletricidade e igualmente no gás natural e de botija, por exemplo.

A par daquelas ideias, o PCP tem como objetivo alcançar uma “maior tributação dos rendimentos e do património mobiliário” (quotas, títulos, ações, obrigações, depósitos de elevado valor) e o englobamento de todos os rendimentos em sede de IRS, algo que permitiria “uma subida significativa da receita fiscal, na ordem dos 8,7 mil milhões de euros, aproximadamente 4,2% do PIB”.

Segundo Agostinho Lopes, mesmo com a baixa no IVA, há a estimativa de um “saldo positivo de seis/sete mil milhões de euros”, já que as novas receitas do imposto sobre o património mobiliário significariam “mais de dois mil milhões de euros”.

Ainda em relação ao IRS, o PCP defende a “elevação do mínimo de existência, redução das taxas para os baixos e médios rendimentos e criação de taxas de 65% e 75% para rendimentos coletáveis superiores a 152 mil euros e a 500 mil euros anuais, respetivamente.

No IRC, os comunistas preconizam a reposição da taxa normal de 25% e uma taxa de 35% para lucros superiores a três milhões de euros.

O PCP vai voltar a concorrer às eleições legislativas de outubro na Coligação Democrática Unitária (CDU), juntamente com “Os Verdes”, quatro anos após terem alcançado 8,25 % dos votos, em outubro de 2015. A bancada comunista ficou então com 15 deputados e os ecologistas formaram grupo parlamentar autónomo, com dois tribunos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oitante aumenta lucros. Já reembolsou metade da dívida

  • Lusa
  • 13 Julho 2019

Sociedade criada para gerir ativos do ex-Banif já reembolsou 48,4% do montante inicial de dívida. Até ao final do mês, dívida paga chegará a 57,7%.

A Oitante, sociedade criada para gerir ativos do ex-Banif, lucrou 33,2 milhões de euros em 2018, um aumento de 10% face aos 30,1 milhões de 2017.

De acordo com um comunicado da empresa, ao qual a Lusa teve acesso, a Oitante adianta ainda que reembolsou 181 milhões de euros da sua dívida, que desceu 32% face a 2017.

“O valor de redução da dívida em 2018 iguala a redução atingida nos exercícios conjuntos de 2016 e 2017. A Oitante reembolsou assim, desde a sua constituição em dezembro de 2015, até ao final de 2018, 361 milhões de euros, isto é, 48,4% do montante inicial de dívida“, indica o comunicado da sociedade.

Segundo a Oitante, no final deste mês “o volume total da dívida já reembolsada desde a sua constituição chegará aos 57,7%”.

Os capitais próprios da empresa também aumentaram, tendo subido 88% para 78,7 milhões de euros face a 2017, enquanto os impostos pagos foram de 2,8 milhões de euros, indica o comunicado.

Em termos de reduções de carteiras, a de imóveis, detida diretamente pela sociedade, reduziu-se em 12%, e a carteira de crédito em 11% em termos nominais, segundo a Oitante.

Para isto terá contribuído “o processo transformacional da plataforma da Oitante que foi vendida à Altamira”, que gerou “melhorias significativas nos resultados na área da recuperação de créditos e uma transformação profunda na área da gestão de ativos imobiliários”.

O número de trabalhadores da empresa diminuiu 20% para os atuais 75 através de rescisões por mútuo acordo, o que contribuiu para uma redução de gastos com pessoal em 55%, de acordo com a sociedade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra da Saúde anuncia abertura de mais 446 camas para cuidados continuados em 2019

Marta Temido adiantou que até ao final do ano vão ter cerca de 1.600 camas em condições de disponibilizar cuidados de saúde.

A ministra da Saúde anunciou a abertura de mais de 400 camas de cuidados continuados ainda este ano, num esforço para reforçar esta área de cuidados. Marta Temido adiantou que, até ao final de 2019, estarão em condições de disponibilizar cuidados mais de 1.600 camas.

Nesta sexta-feira os Ministérios da Segurança social, Saúde e Finanças assinaram e autorizaram, por um despacho dos secretários de Estado, a abertura de mais 446 camas no ano de 2019, anunciou Marta Temido, na inauguração da primeira unidade da Rede Nacional de Cuidados Continuados integrados de media e longa duração em Lisboa, em declarações transmitidas pelas televisões.

A ministra da Saúde ressalvou, no entanto, que “não basta ter autorização para as camas, depois é preciso garantir que as unidades estão funcionais, têm os recursos humanos e as licenças“, razão pela qual têm de trabalhar com todos os parceiros. Sublinhou ainda que os valores podem não ser coincidentes com as expectativas dos operadores.

Nesta rede, no que diz respeito aos profissionais de saúde, o Estado “assegura o financiamento das respostas mas as respostas são compradas a entidades como misericórdias e IPSS”, esclareceu a ministra. Este sistema foi aplicado em Lisboa, que “tem défices significativos em vários tipos de respostas da área da saúde”, notou Marta Temido.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

DBRS coloca Açores um nível acima de “lixo” na primeira avaliação à região

A agência canadiana considera que o nível de dívida dos Açores "é elevado" e alerta para o efeito negativo que os fracos resultados financeiros da SATA têm sobre o rating da região autónoma.

Depois da Fitch, agora é a vez de a DBRS iniciar a cobertura da dívida da região Autónoma dos Açores. Colocou-a em grau de investimento, mas apenas um nível acima do ‘lixo’, com a notação de “BBB” (low) com perspetiva estável. Esta avaliação surge num momento em que a região autónoma está a preparar o lançamento de uma emissão de dívida de 223,5 milhões de euros.

O objetivo dos Açores será emitir obrigações a dez anos, segundo a Bloomberg, estando a concretização da operação e o preço sujeito às condições de mercado. O Beka Finance e o Credit Agricole CIB serão os bancos envolvidos na operação

A agência canadiana considera que o nível de dívida dos Açores “é elevado”, mas está a aumentar “apenas marginalmente”, mas alerta para os “desafios estruturais” que a região enfrenta, nomeadamente a companhia aérea SATA. O facto de a companhia aérea, detida a 100% pela região, “continuar a apresentar fracos resultados financeiros” “pesa na solvabilidade da região” e “continua a ser uma preocupação para a DBRS”, sublinha o comunicado enviado esta sexta-feira às redações.

Tal como a Madeira, a que a agência de notação financeira atribui um rating de “BB” positivo, “o posicionamento geográfico” dos Açores, “como arquipélago no Oceano Atlântico, também constitui um desafio ao perfil de crédito da região”, defende a DBRS que alerta que o rating poderia ficar sob pressão caso a região deixe derrapar o défice que terá como consequência o agravamento do rácio da dívida. Mas o desempenho financeiro das empresas da região — cujo nível de endividamento ascende a 227% das receitas operacionais da região no final de 2018 — também pode comprometer o nível de investimento que os Açores conquistaram, nomeadamente se forem acionadas garantias ou se houver um enfraquecimento da relação entre o governo regional e o Governo central.

A DBRS reconhece que o aumento do nível de endividamento das empresas regionais se deve despesas de capital e não a um aumento das despesas operacionais, o que “de alguma forma mitiga o risco”.

Mas a região autónoma tem vários pontos a seu favor, nomeadamente o “sólido crescimento económico desde 2015”, alavancado pelo turismo, “com uma taxa de crescimento anual de 2,5%, marginalmente superior aos 2,2% do crescimento nacional no mesmo período”, escreve a DBRS. E o rating até pode subir caso se “materialize algum destes fatores ou uma combinação de vários”: redução do endividamento e risco de exposição às empresas regionais, uma melhoria dos indicadores económicos e se uma maior diversificação da economia ou um estreitar de laços entre o o governo regional e central. Além disso, qualquer revisão em alta do rating da República — classificado com “BBB” positivo pela agência –, terá um efeito positivo na notação financeira da região.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fed leva Wall Street a fechar semana com recordes nos principais índices

Os principais índices de referência das bolsas norte-americanas tocaram em valores recorde nesta sessão, depois de uma semana de otimismo provocado pela tomada de posição da Fed.

Os sinais de que a Reserva Federal norte-americana se prepara para cortar os juros em breve animaram os investidores e levaram Wall Street a fechar a semana com recordes nos principais índices de referência. Os mercados aguardam também a semana de apresentações de resultados que se segue.

Jerome Powell, o líder da Fed, indicou que a entidade iria agir de forma apropriada à incerteza económica que se vive atualmente, num testemunho no Comité de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes, uma das áreas do Congresso. Para além da declarações de Powell, as minutas da última reunião da Fed também apontam para uma posição menos paciente.

O S&P 500 tocou um novo máximo e fechou pela primeira vez acima dos três mil pontos. O índice alargado subiu 0,46% para os 3.013,77 pontos. Já o industrial Dow Jones renovou o recorde que tinha estabelecido na última sessão, e avançou 0,90% para os 27.332,03 pontos. O tecnológico Nasdaq não foi exceção estabeleceu um valor recorde durante o dia, terminando a valorizar 0,59%, para os 8.244,14 pontos.

O setor financeiro é um dos impulsionadores deste desempenho, sendo que as instituições da áreas se mostram animadas com as perspetivas da ação da Fed. O Goldman Sachs subiu 1,24% para os 213,94 dólares, o JPMorgan valorizou 1,06% para os 115,30 dólares, e o Citigroup avançou 0,22% para os 71,77 dólares.

Nos ganhos desta sessão, destaque ainda para a Ford, que sobe mais de 3% depois do anúncio de que vai juntar forças com a alemã Volkswagen para desenvolver veículos autónomos e elétrico. Os títulos da fabricante de automóveis avançaram 3,05% para os 10,49 dólares nesta sessão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rosa Cullell: “Vou sair agora, ponto final. E acho que vou ser avaliada pelos oito anos que tenho na Media Capital”

Em entrevista ao ECO, a líder demissionária da Media Capital fala de tudo. Da saída de Cristina Ferreira à queda das audiências, da crise do Banif à venda falhada à Altice.

Rosa Cullell finaliza oito anos à frente do grupo que controla a TVI. Em entrevista ao ECO, garante que “a Media Capital vai dar a volta” à crise das audiências.Media Capital

Quando o ECO chegou às instalações da Media Capital, estava de saída Manuel Mirat. O líder da Prisa passou a sexta-feira em Queluz de Baixo para dar conta da decisão do board tomada um dia antes: deixar sair a gestora Rosa Cullell, passando a liderança a Luís Cabral. Oficializada a saída, Cullell tem muito a dizer: veio para ficar quatro anos, acabou por ficar oito. Espera que a avaliem por isso. Não pela queda das audiências da TVI.

“Eu vou sair agora, ponto final. E acho que vou ser avaliada pelos oito anos que tenho na Media Capital”, disse a gestora espanhola, numa grande entrevista ao ECO, que vai ser publicada este sábado, uma altura ideal para balanços e revelações. Não fugiu a nenhuma questão. Falou de tudo. Desde a saída de Cristina Ferreira à queda das audiências, passando pela crise do Banif e, claro, pela venda falhada da Media Capital à Altice.

Eu vou sair agora, ponto final. Eu acho que vou ser avaliada pelos oito anos que tenho na Media Capital.

Rosa Cullell

Ex-CEO da Media Capital

Sem pôr a mão no trabalho do novo CEO, Rosa Cullell garantiu que vem aí mudança. E “mudança a sério”, longe de ser só cosmética. “É difícil mudar quando estás a ganhar. Tens de mudar quando não ganhas. A SIC não ganhava e, por isso, foi mais fácil tomarem decisões. E ganharam. No fundo, fizeram aquilo que nós fazíamos”, disse, assumindo que esta nova SIC é “muito mais rápida do que a anterior”.

A ex-CEO disse ainda prever que vem aí o momento da viragem da Media Capital. “Agora que não somos líderes, temos a obrigação de fazer de outra forma”, assumiu. Com as mudanças à vista, mostrou-se igualmente esperançosa: “As audiências depois vão subir. Estou convencida disso. Já vivi isso noutras televisões.” Mais adiante, soltou, em jeito de desabafo: “A Media Capital vai dar a volta”.

Rosa Cullell deixa a liderança da dona da TVI e da Rádio Comercial com um pré-acordo, que foi acertado há quase um ano, na altura em que falhou a venda do ativo à dona da Meo. Sai diretamente para férias, planeando, depois, continuar a publicar artigos na imprensa. Regressa a Espanha, tencionando repartir esta nova fase da vida entre Barcelona e Madrid. Acima de tudo, sai com a consciência tranquila e a convicção de que fez um bom trabalho. E de que fechou um ciclo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nos e Vodafone juntam-se à dstelecom para nova rede de fibra

  • Lusa
  • 12 Julho 2019

Acordo “passará a servir mais de 5,3 milhões de casas passadas com rede de última geração”.

A NOS e a Vodafone assinaram um acordo com a dstelecom para a construção e utilização de uma nova rede de fibra ótica para aumentar a sua cobertura, anunciaram as empresas de telecomunicações.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a NOS realçou que o acordo tem por objeto “a definição dos principais termos da negociação da construção e utilização de uma nova rede de fibra ótica, de larga abrangência territorial, a qual permitirá aos clientes NOS beneficiarem de uma nova oferta fixa assente numa rede de alta velocidade”, lê-se no comunicado.

“O contrato entre a NOS e a dstelecom prevê uma duração de 20 anos e abrangerá entre 900.000 e 1.200.000 casas a construir em zonas do território nacional atualmente não cobertas e sem planos de cobertura pela rede FttH [Fiber-to-the-Home, ou seja, fibra para o lar] da NOS e zonas do território nacional atualmente não cobertas e sem planos de cobertura no âmbito do acordo de partilha existente entre a NOS e a Vodafone, independentemente de serem zonas onde já exista, esteja a ser construída ou haja planos para construção de uma outra rede FttH”, adianta a mesma fonte.

Já a Vodafone garantiu, numa nota separada, que com este acordo “passará a servir mais de 5,3 milhões de casas passadas com rede de última geração”.

Citado na mesma nota, Mário Vaz, presidente executivo da Vodafone Portugal referiu que o grupo “sempre defendeu um modelo de coinvestimento e de parcerias para as redes fixas de nova geração” e que, com este acordo, passará “a ter 90% da rede FttH partilhada com outros operadores. Este acordo é mais um importante marco na concretização desta estratégia, no aprofundar da relação de parceria” com a dstelecom, concluiu.

A NOS, por sua vez garantiu que “o acordo final permitirá aumentar significativamente a cobertura das redes fixas em Portugal em regime de concorrência, garantindo que um maior número de portugueses beneficie das ofertas de vários operadores de comunicações e de maior escolha de produtos e serviços em mais áreas do país”.

José Teixeira, presidente da dstelecom (grossista no mercado das telecomunicações) afirmou, citado no comunicado da Vodafone, que o grupo que lidera “inicia, com este acordo, a terceira fase de desenvolvimento da sua rede de banda larga focada nas zonas de menor densidade populacional, que continuará a ser explorada de forma transparente e aberta a todos os operadores que partilhem os mesmos princípios de sustentabilidade e cooperação”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Passageiros nos aeroportos portugueses aumentam. Foram 27,4 milhões na primeira metade do ano

  • Lusa
  • 12 Julho 2019

Vinci, dona da gestora ANA – Aeroportos de Portugal, aponta para um crescimento de 7,2% no número de passageiros no primeiro semestre deste ano.

Os aeroportos portugueses registaram um aumento de 7,2% no número de passageiros no primeiro semestre deste ano, atingindo um total de 27,4 milhões, de acordo com a Vinci, dona da gestora ANA – Aeroportos de Portugal.

No segundo trimestre, o número de passageiros que passou pelas infraestruturas aeroportuárias foi de 16,4 milhões, um aumento de 7,8% face ao período homólogo, avançou o grupo.

Nos 12 meses até ao final do semestre o aumento homólogo foi de 6%, para 57,1 milhões de passageiros.

O aeroporto de Lisboa registou 14,6 milhões de passageiros no semestre, uma subida de 6,6%, sendo que no segundo trimestre a infraestrutura atingiu os 8,3 milhões de passageiros, mais 8,5%.

No caso do Porto, a subida foi de 9,9%, registando os 6,1 milhões de passageiros no semestre, enquanto no trimestre o aumento foi de 10,3%, para 3,5 milhões de passageiros.

Já o aeroporto do Faro contabilizou um crescimento de 6,8% para 3,9 milhões de passageiros nos primeiros seis meses deste ano e de 5% para 2,9 milhões de pessoas no segundo trimestre.

Pela Madeira passaram no semestre 1,6 milhões de passageiros, mais 2,1% do que no período homólogo e 899 mil passageiros no segundo trimestre, uma subida de 0,3%.

O movimento nos Açores também cresceu, em 8,3% nos primeiros seis meses do ano (mais de um milhão de passageiros) e 9,2% no segundo trimestre (684 mil).

Globalmente, o grupo salientou que “durante o segundo trimestre de 2019, o número de passageiros na rede Vinci Airports aumentou 7,3% em comparação com o segundo trimestre de 2018, com um total de 66,2 milhões de passageiros movimentados em 46 aeroportos da rede”.

No primeiro semestre de 2019, o tráfego cresceu 6,7%, de acordo com a empresa.

No mesmo comunicado, a Vinci destacou que “em Portugal, por exemplo, onde o número de passageiros aumentou 7,8% no segundo trimestre nos 10 aeroportos da rede, a Qatar Airways abriu a primeira ligação direta entre Lisboa e Doha em junho, enquanto a TAP Air Portugal passou a voar para Washington DC”.

Na mesma nota, Nicolas Notebaert, presidente da Vinci Airports e presidente executivo da Vinci Concessions, comentou que “o desenvolvimento de novas rotas é essencial para o projeto de criação de valor da Vinci Airports, que adotou uma abordagem proativa nas parcerias com as companhias aéreas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Petrolíferas podem perder mais de 500 euros por cada carro elétrico vendido

  • Lusa
  • 12 Julho 2019

Estudo do Bank of America Merrill Lynch diz que, em sentido contrário, a indústria elétrica iria obter uma subida de mais de 479 euros nas receitas por cada veículo elétrico vendido.

A transição para o carro elétrico poderia significar uma perda de mais de 500 euros para as petrolíferas por cada carro elétrico vendido, conclui um relatório do Bank of America Merrill Lynch (BofAML) hoje divulgado.

Segundo o relatório do BofAML, citado pela EFE, este valor inclui também o montante que o Estado deixaria de receber pela venda de gasóleo.

No sentido contrário, pode ler-se no mesmo documento que, com esta transição, a indústria elétrica iria obter uma subida de mais de 479 euros nas receitas por cada veículo elétrico vendido.

Um dos setores que também iria ganhar é o segurador, já que o relatório antecipa um lucro superior a 267 euros por unidade na troca de um carro a combustão por um elétrico.

No caso dos fabricantes de baterias elétricas teriam um lucro de 100 euros por veículo, acrescenta.

Os analistas do BofAML referem ainda que, ao longo dos próximos anos, as grandes empresas petrolíferas vão apostar cada vez mais em fontes de energia de baixo carbono.

De acordo com o estudo, durante os próximos anos, as grandes companhias petrolíferas vão se concentrar cada vez mais em fontes de energia de baixo carbono.

O estudo sublinha que, apesar das perdas que a mudança para o carro elétrico acarreta, as petrolíferas poderiam substituir 90% das receitas de combustível que perderiam se passassem a fornecer eletricidade para estes carros.

O relatório do BofAML realça que as novas energias representam entre 3% e 9% dos orçamentos das grandes empresas do setor e os ativos ligados à eletricidade excedem o petróleo convencional.

Segundo o estudo, a redução na utilização de postos de abastecimento, em resultado da mudança de mentalidade dos consumidores, é diretamente proporcional ao aumento de pontos de recarga de carros elétricos, considerando que este facto é particularmente “crítico” para as petrolíferas.

O BofAML acrescenta ainda que, apesar de o carregamento rápido dos carros elétricos ser mais lento do que reabastecer um veículo movido a gasolina, é cada vez mais comum carregar um veículo destes nas estações de serviço e até mesmo em casa, já que se economiza cerca de 25% com os custos anuais do seu funcionamento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Luís Cabral é o novo líder da TVI, Mirat substitui Pais do Amaral como chairman da Media Capital

  • ECO
  • 12 Julho 2019

Já foi confirmada a nomeação de Luís Cabral na liderança da Media Capital, substituindo Rosa Cullell. Mirat, CEO da Prisa, assume o cargo de chairman do grupo de media nacional.

Já é oficial. Luís Cabral vai substituir Rosa Cullell na liderança da TVI, mas há mais mudanças na cúpula do grupo de media português. Miguel Pais do Amaral renunciou, sendo substituído no cargo de chairman da Media Capital por Manuel Mirat, o CEO da espanhola Prisa.

O Conselho de Administração da Prisa, que detém a Media Capital, reuniu-se esta quinta-feira para aprovar a substituição de Rosa Cullell no cargo de CEO. A saída da gestora terá sido acordada com os espanhóis da Prisa, e acontece na sequência do falhanço da venda da Media Capital à Altice no ano passado.

“Agradecemos à Rosa Cullell todos estes anos de trabalho e dedicação à Media Capital e que se traduziram num longo período de liderança nos vários segmentos, aliados a um percurso financeiro sólido e sustentável”, afirmou Manuel Mirat, CEO da Prisa.

“A empresa está hoje preparada para enfrentar os desafios presentes e futuros, agora sob a liderança de Luís Cabral, que está connosco há vários anos e no qual temos uma elevada confiança”, concluiu.

Luís Cabral é o novo diretor do Grupo Media CapitalRádio Comercial

Luís Cabral é o novo diretor. CEO da Media Capital Rádios desde julho de 2009, e um dos responsáveis pelo sucesso do negócio da rádio na dona da TVI, a Rádio Comercial, vai liderar Media Capital.

“É com enorme sentido de responsabilidade que assumo esta liderança. Aceito o repto com a convicção de que temos todas as ferramentas para enfrentar com sucesso os desafios que temos pela frente”, adiantou Luís Cabral, em comunicado.

Ao seu lado vai ter Pedro García Guillén e Xavier Pujol Tobeña, “na sequência da renúncia de Miguel Pais do Amaral e António Pires de Lima“, refere a empresa em comunicado. No seguimento destas alterações Manuel Mirat assume o cargo de Presidente do Conselho de Administração da Media Capital.

(Notícia atualizada às 18h53 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A tarde num minuto

Não sabe o que se passou durante a tarde? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.