“O SNS é melhor hoje do que em 2015, não tenho nenhuma dúvida sobre isso”, afirma Mário Centeno

O Estado começou o ano com as contas positivas, mas, em contrapartida, o serviço público continua a ser alvo de duras críticas. Para Mário Centeno, não há "dúvida" que foram feitas melhorias no SNS.

No dia em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou que as Administrações Públicas tiveram um excedente orçamental no primeiro trimestre do ano de 178,5 milhões de euros e numa altura em que as críticas aos serviços públicos se intensificam — seja na área da saúde, dos transportes ou da educação — Mário Centeno utiliza o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e recua a 2015 para mostrar melhorias.

“O SNS é melhor hoje do que em 2015. Não tenho nenhuma dúvida sobre isso”, disse o ministro das Finanças, em entrevista ao Jornal das 8, da TVI.

“O Estado tem hoje mais recursos afetos ao SNS”, afirmou, acrescentando que a saúde tem, atualmente, mais 1.600 milhões de euros por ano em recursos financeiros. Mário Centeno apresentou um cenário de largas melhorias nos serviços públicos e em particular na Saúde. De acordo com o ministro, há mais pessoal, depois de as contratações “terem sido reduzidas de forma muito significativa nos anos anteriores a esta legislatura”, mais diagnósticos e tratamentos.

Um cenário que não condiz, contudo, com as queixas dos médicos e enfermeiros. Questionado sobre as diferentes visões do Governo e dos profissionais de saúde, Mário Centeno afirmou que “1.600 milhões de euros por ano não podem ser despesa em vão”. “E não são”, rematou.

“Mais 31 mil funcionários públicos do que no final de 2015”

Percorrendo os serviços públicos, o ministro passou da Saúde para a Autoridade Tributária (AT), onde também vê investimentos como “não havia há uns anos”. “Na relação com o contribuinte, a AT implementou ao longo dos últimos quatro anos inúmeras medidas de simplificação, começando, desde logo, com as declarações automáticas, que já não são apenas no IRS, mas também no IVA”, disse.

Mário Centeno salientou, também, o reforço da administração pública. “Temos mais 31 mil funcionários públicos do que tínhamos no final de 2015”, disse, admitindo, contudo, que se trata de um crescimento que ainda fica “aquém do número de trabalhadores do setor privado”. Segundo o ministro, a saúde, a educação e a ciência foram as três áreas que mais cresceram em termos de pessoal.

Este trabalho, no sentido de continuar as contratações, é de “continuidade”. “O tempo permitirá fazê-lo durante a próxima legislatura”, continuou.

Saldo positivo no arranque do ano. “É preciso continuar nesta trajetória”

Para já, Mário Centeno prefere salientar que Portugal conseguiu “cumprir as suas metas orçamentais”. “Em 2016 foi uma novidade da história da democracia portuguesa. Hoje, quatro anos depois, podemos dizer que o saldo orçamental estará em linha com o apresentado na Assembleia da República [AR]”, afirmou o ministro, acrescentado que sai reforçada a credibilidade da política económica e orçamental do país.

Recorde-se que o INE divulgou, esta segunda-feira, que as Administrações Públicas tiveram um excedente orçamental no primeiro trimestre do ano de 178,5 milhões de euros, o equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB). É a quinta vez desde 1999 — ou seja, nos 80 trimestres para os quais há dados –, que o Estado regista um saldo positivo nas suas contas públicas.

Segundo o instituto, a despesa cresceu 2,6% entre janeiro e março, mas a receita mais do que compensou com um aumento de 6,2%, ambas em comparação com o que aconteceu no primeiro trimestre de 2018.

Mário Centeno considera que o país precisa de “continuar nesta trajetória de redução do endividamento e de estabilização financeira” e, fazendo uso a uma analogia que já é recorrente, disse: “o investimento não é como ir às compras, temos de prepará-lo”. E há caminho para melhorias. O objetivo de Portugal nos próximos anos é, segundo o ministro, melhorar a qualidade da despesa e melhorar aquilo que é a relação entre a carga de impostos e quem a suporta.

(Notícia atualizada às 21h08)

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Maternidades debilitadas em fase de aumento de gestações de risco. Governo promete plano de urgências para esta semana

Maternidades cada vez mais fragilizadas obrigadas a lidar com um aumento do número de gravidezes de risco devido à idade das parturientes em Portugal. Mortalidade está a níveis de 1991.

A falta de profissionais nas urgências de obstetrícia que afeta a rede pública de saúde, com especial força nos principais hospitais de Lisboa e Porto, surge numa altura em que aumentam as gravidezes com riscos acrescidos no país, conforme assume o Ministério da Saúde a propósito do aumento da taxa de mortalidade materna em Portugal — que em 2017 foi de 10,4 por cada 100 mil nascimentos, isto quando Portugal não chegava aos dois dígitos neste indicador desde 1991.

Esta segunda-feira, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde revelou no Fórum TSF que ainda esta semana será divulgado um plano de contingência para as urgências das maternidades em Lisboa, antecipando que “as grávidas que são encaminhadas pelo INEM irão apenas para três desses quatro hospitais em cada momento”.

Apesar de contestar as estatísticas sobre a evolução da mortalidade materna — “um ou dois casos implicam variações grandes do indicador” –, o Ministério da Saúde reconhece, em resposta a uma questão apresentada por André Silva, deputado do PAN, sobre o aumento da mortalidade materna no país, que a opção pela maternidade tardia está a colocar novos problemas ao SNS.

“Existe um risco acrescido para as mulheres que engravidam no extremo superior da idade reprodutiva, aumentando especialmente acima dos 35 anos. Este facto é preocupante se se tiver em atenção o consistente aumento da idade média das parturientes em Portugal que, de 2010 a 2017, passou de 30,6 anos para 32 anos, ou seja, mais de um ano de idade em apenas sete anos”, aponta a tutela. E, segundo o gabinete de Marta Temido, ao aumentar a idade média das grávidas, aumentam os riscos.

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“Em mulheres com mais idade, existe um maior risco de multipatologia, como a hipertensão, a diabetes, a obesidade, e outras doenças prévias à gestação, que são fatores de risco para complicações”, prossegue o ministério na resposta enviada através do Parlamento. “O aumento da idade está associado a um risco progressivo e cumulativo de todas estas situações, dificultando a capacidade de controlar simultaneamente todos os fatores de emergência, no entanto, a idade não será determinante único”, conclui.

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Esta alteração estrutural no perfil das parturientes em Portugal significa que o país atravessa uma época em que a capacidade de resposta das maternidades precisa de ser ajustada aos impactos e riscos que o aumento da idade média das mães arrasta consigo, pois as unidades hospitalares são cada vez mais chamadas a enfrentar gravidezes de riscos acrescidos. Contudo, esta época está antes a coincidir com uma redução dos recursos à disposição das unidades hospitalares, o que provocou uma falta de especialistas para responder às urgências de obstetrícia.

Conforme o Público noticiou na semana passada, e o Governo posteriormente confirmou, as urgências de obstetrícia da Maternidade Alfredo da Costa, do Hospital de Santa Maria, do São Francisco Xavier e ​​​​​​​do Amadora-Sintra vão funcionar em rotatividade no atendimento de situações de parto entre a última semana de Julho e o final de Setembro, notícia que motivou mesmo um pedido de esclarecimentos por parte de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, para “serenar os espíritos das pessoas”.

Segundo o diário, esta foi a solução encontrada pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo para fazer face à falta de obstetras e anestesistas nos quatro hospitais, situação que se agrava no período em que muitos profissionais vão de férias, com a rotatividade das maternidades a ser a forma de minorar os efeitos da falta de médicos. Dados citados pelo Público, apontam que o Santa Maria recebe diariamente 80 grávidas, a Alfredo da Costa 100 e o São Francisco Xavier 70.

Mas os problemas não estão apenas na região de Lisboa, já que pouco depois de ser conhecida a opção pela rotatividade de maternidades em Lisboa, o Jornal de Notícias noticiou que também 13 diretores de serviços de obstetrícia das maternidades do Norte do país deram conta à tutela que se continuarem impedidos de contratar novos profissionais “não será possível garantir as urgências nos meses de julho, agosto e setembro“.

DGS estuda mortalidade materna

A propósito do aumento da taxa de mortalidade materna em Portugal, o Ministério da Saúde na resposta ao PAN lembra que “existem dificuldades em todo o mundo na obtenção de dados fiáveis sobre Mortalidade Materna”, tanto que até existem variações da própria definição do termo. Ainda assim, aponta, as oscilações sentidas em Portugal nos últimos anos “são típicas de fenómenos raros, em que um ou dois casos implicam variações grandes do indicador”.

A tutela explica de seguida que desde 2014 que o Sistema de Informação de Certificados de Óbito distingue “com mais clareza” a ocasião da morte em relação à gravidez, deixando de fora as mortes ocorridas depois dos 42 dias de puerpério, num critério que a ser utilizado para 2017 teria resultado na exclusão de uma morte, o que reduziria a taxa de mortalidade materna de 10,4 para 9,2.

Independentemente das diferenças metodológicas, admite ainda a Saúde, “verifica-se de facto, mesmo de 2014 para 2017, com qualquer das definições de morte materna, uma subida da taxa de mortalidade que também preocupa a DGS“. Nesse sentido, esta direção-geral avançou para a criação de um “grupo que investigará todas estas mortes materna e desenvolverá um inquérito epidemiológico a ser utilizado prospetivamente, mantendo-se atenta à evolução deste fenómeno”, assegura o ministério.

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Capgemini avança com proposta de compra da Altran

A oferta da empresa de consultoria e tecnologia para comprar a Altran é descrita, pelas entidades, como "amigável" e atinge os 3,6 mil milhões de euros.

A multinacional francesa Capgemini avançou esta segunda-feira com uma proposta de compra da Altran, com uma oferta de 14 euros por cada ação, valor que foi “aprovado por unanimidade pelos conselhos de administração das duas empresas”.

A oferta, descrita como “amigável”, ascende a “3,6 mil milhões de euros, excluindo a dívida líquida (cerca de 1,4 mil milhões de euros)”, lê-se no comunicado da Capgemini. Segundo as estimativas da empresa de consultoria e tecnologia, caso esta operação venha a concretizar-se, deverá traduzir-se, em 2023, num aumento de 25% dos resultados por ação. No comunicado, a empresa fala em “gerar entre 200 milhões e 350 milhões de euros em receitas anuais adicionais”.

Por agora, a Capgemini avança que decorrem as negociações com a Altran, mas destaca, desde logo, que o acordo foi “recomendado” e “aprovado” pelos conselhos de administração das empresas, que têm ambas presença em terreno nacional.

“Esta combinação proposta permite à Capgemini assumir a liderança num segmento de mercado muito promissor. A complementaridade e o poder dos nossos conhecimentos combinados de negócios e tecnologia são ativos realmente notáveis”, disse Paul Hermelin, presidente e CEO do grupo Capgemini.

Também o presidente e CEO do grupo Altran, Dominique Cerutti, se mostrou confiante e favorável à operação. “Não há dúvida que a Capgemini é o parceiro ideal para construir um líder mundial na transformação digital. Esta operação criará valor para os nossos clientes e é uma excelente oportunidade para mostrar o talento de nossas equipas”, afirmou.

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Anacom conclui que CTT subvalorizam gastos da atividade bancária. Correios obrigados a separar contabilidade

Auditoria ao sistema de contabilidade dos CTT concluiu não existir adequada separação entre área bancária e postal: empresa sobrevaloriza gastos na área postal para subvalorizar gastos bancários.

Os CTT – Correios de Portugal têm 40 dias úteis para avançar com “uma correta separação dos gastos afetos à atividade postal e à atividade bancária” na sua rede comercial de modo a adequá-la às normas do sistema de contabilidade analítica, determinou esta segunda-feira a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). Em causa uma “inadequada repartição de gastos” entre as duas áreas de atuação dos correios, uma das quais vinculada à prestação de serviço universal.

“Esta determinação foi tomada na sequência de uma auditoria ao sistema de contabilidade analítica dos CTT em 2016, a qual concluiu por uma inadequada repartição de gastos entre a atividade postal e a atividade bancária ao nível da rede comercial (estações de correio), e após a audiência prévia dos CTT”, explica a Anacom em comunicado.

A auditoria, da responsabilidade da Grant Thornton & Associados, “enquanto entidade externa independente”, identificou “uma sobrevalorização de gastos alocados à atividade postal, por contrapartida de uma subvalorização dos gastos imputados à atividade bancária“. Como exemplo a Anacom aponta as rubricas de “despesas com pessoal, depreciações e amortizações, custo de capital, rendas e alugueres, seguros, impostos e taxas, condomínio, água, eletricidade e consumíveis diversos”, detalha o comunicado da Anacom.

A exigência de uma melhor desagregação das contas entre as duas atividades praticadas pelos CTT é particularmente relevante porque os Correios prestam o serviço universal nos serviços postais, onde a fixação do preço obedece a um princípio de orientação para os custos. E os CTT estão obrigados a ter um sistema de contabilidade que permita perceber bem quais custos são de quais serviços.

“Os CTT, como prestador do serviço universal, estão obrigados a dispor de um sistema de contabilidade analítica que permita a separação de contas entre cada um dos serviços e produtos que integram o serviço universal e os que não o integram e, adicionalmente, a separação entre os custos associados às diferentes operações integrantes do serviço postal (aceitação, tratamento, transporte e distribuição)”, explica a nota do regulador.

Assumindo que o desenvolvimento da atividade bancária nas estações de correio dos CTT tem implícita uma partilha de recursos entre as duas atividades, a Anacom aponta que em algumas tipologias de despesa os Correios podem desagregar os gastos “em função do espaço utilizado (m2) por cada atividade” no interior das agências, ao passo que noutros será necessário ou uma desagregação sobre o que cada atividade consumiu ou, em alternativa, “deverá ser utilizada a proporção dos gastos com pessoal alocadas a cada uma das respetivas entidades jurídicas”.

Além dos 40 dias úteis para avançar com a separação de gastos das duas atividades, a Anacom deu igualmente 20 dias úteis aos Correios para reformular e enviar ao regulador os resultados do sistema de contabilidade analítica de 2017.

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52-Fresh investe 50 milhões em nova unidade de transformação em Almeirim. Cria 183 postos de trabalho

  • ECO
  • 24 Junho 2019

Empresa 52-Fresh vai construir uma unidade de transformação de cenouras pequenas para exportação em Almeirim, projeto que vai criar mais 183 novos postos de trabalho no concelho.

A AICEP e a empresa 52-Fresh assinam esta terça-feira um contrato para a construção de uma unidade de transformação de cenouras pequenas para exportação que será responsável pela criação de mais 183 novos postos de trabalho em Almeirim. Em causa um investimento de 50 milhões de euros celebrado no âmbito de programas de incentivos fiscais e financiamento.

Segundo nota divulgada pela autarquia de Almeirim, este é mais um projeto que se integra na estratégia deste município de afirmar o seu potencial agroalimentar, somando-se a um investimento já antes feito pela Sumol+Compal no município, no valor de 25 milhões de euros.

“Em 2017 tinha falado de um conjunto de investimentos que não podiam ser divulgados. Dois deles já são públicos. A Sumol+Compal e agora a 52-Fresh. No total, cerca de 80 milhões de investimento e mais de 250 novos postos de trabalho. O caminho faz-se caminhando”, comenta Pedro Miguel Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Almeirim, citado no comunicado.

Este foi um processo que demorou cerca de quatro anos a concretizar-se e, além dos postos de trabalho, esta unidade agroindustrial vai permitir criar novos mercados para a agricultura deste concelho da Lezíria do Tejo.

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“O excedente é a prova que se pode investir mais”, diz Catarina Martins

Confrontada com os números divulgados pelo INE, a líder do Bloco afirmou que existir excedente orçamental significa que pode haver investimento e insistiu que os transportes devem ser um dos alvos.

O excedente orçamental do Estado é a “prova”, para a líder do Bloco de Esquerda, “que se pode investir mais”. Esta manhã, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgou que as Administrações Públicas tiveram um excedente orçamental no primeiro trimestre do ano de 178,5 milhões de euros, o equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em declarações aos jornalistas, Catarina Martins, após um encontro com a Comissão de Trabalhadores do Metro de Lisboa, relembrou que a medida que reduziu o valor dos passes sociais está a ser “um sucesso”. Contudo, há o reverso da moeda: “Esta medida está a ser assombrada por um objetivo que não está a ser cumprido, que é o investimento”, disse, em declarações emitidas pela RTP 3. Objetivo esse que, a seu ver, pode ser concretizado graças ao excedente orçamental do Estado.

Nos transportes coletivos, o primeiro problema passa, desde logo, pela falta de mão-de-obra. “Não há gente suficiente nas bilheteiras, não há maquinistas…”, disse a líder do Bloco, acrescentando que mesmo que sejam encomendadas novas carruagens, até lá é preciso fazer contratações.

“É essencial (e pode ser feita já) a contratação dos trabalhadores que faltam nos transportes coletivos”, afirmou. “Não investir hoje quer dizer aumentar a dívida por falta de transportes e quer dizer aumentar a crise climática”, continuou.

Dos transportes para as taxas moderadoras

Catarina Martins comentou, também, as taxas moderadoras na saúde. A líder do Bloco recordou que vários portugueses “não acedem aos cuidados de saúde por causa das taxas moderadoras” e reforçou que esta medida, que acaba com estas taxas, é “muito importante” para os bloquistas.

“Registo, com simpatia o enorme consenso que se gerou no Parlamento para que as taxas moderadores (que não moderam) acabem”, disse, acrescentando que acabar com este “bloqueio” significa “promover a saúde pública”.

Questionada pelos jornalistas sobre as declarações de Carlos César, líder parlamentar do PS, Catarina Martins disse apenas que “alguns partidos mudaram de ideias e agora querem limitar este avanço, que é tão essencial para a saúde”. “O Bloco fez uma proposta e quer que essa proposta seja lei”, rematou.

Recorde-se que, esta segunda-feira, Carlos César invocou o sentido de “responsabilidade financeira” e a rejeição de “aventureirismos” para defender o faseamento do fim das taxas moderadoras e afirmou que o Bloco de Esquerda não manda no país.

“Aceitamos uma acusação: o PS atua com sentido de responsabilidade, com conta peso e medida nas opções a tomar. Se nós fossemos sempre atrás do estilo de aventura de que tudo é fácil, tudo é barato e tudo pode ser feito – argumentos que o Bloco de Esquerda, em especial, mas também alguns dos nossos parceiros alimentam frequentemente -, teríamos um país com uma mão à frente e outra atrás de novo. Voltaríamos ao tempo da bancarrota. Mas com o PS isso não volta a acontecer”, disse o socialista.

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Multimilionários norte-americanos pedem a candidatos presidenciais imposto sobre fortunas

  • Lusa
  • 24 Junho 2019

Multimilionários pedem aos candidatos às eleições de 2020 que criem um imposto sobre "as fortunas de um décimo dos 1% mais ricos". Imposto podia ajudar a enfrentar problema das alterações climáticas.

Dezanove bilionários norte-americanos, incluindo George Soros, divulgaram esta segunda-feira uma carta onde pedem aos candidatos às eleições presidenciais norte-americanos de 2020 que seja aplicado um imposto sobre as famílias do país com as maiores fortunas.

“Escrevemos para pedir a todos os candidatos presidenciais, quer sejam republicanos ou democratas, para apoiarem [a criação de] um imposto sobre a riqueza moderado, [que incida] sobre as fortunas de um décimo dos 1% de norte-americanos mais ricos – sobre nós”, afirmam os signatários da carta hoje difundida.

Entre os dezanove nomes que assinam a missiva encontram-se George Soros, o cofundador do Facebook Chris Hughes e os herdeiros dos impérios Hyatt e da Disney.

O próximo dólar [proveniente] das novas receitas fiscais deve vir dos [norte-americanos] financeiramente mais afortunados, e não dos norte-americanos com rendimentos médios ou baixos”, lê-se na carta do clube dos norte-americanos mais ricos.

“A América tem a responsabilidade moral, ética e económica para taxar mais a nossa riqueza”, argumentam os dezanove signatários, acrescentando que um imposto sobre a riqueza podia ajudar a enfrentar a crise climática – um dos temas que tem estado em destaque na corrida presidencial – melhorar o estado da economia, os resultados da saúde, criar oportunidades e fortalecer as liberdades democráticas.

“Instituir um imposto sobre a riqueza é do interesse da nossa república”, sustentam.

Os subscritores da carta enumeram seis razões pelas quais defendem um imposto sobre riqueza: “é uma ferramenta poderosa para resolver a crise climática”, “é um vencedor económico para a América”, “tornará os norte-americanos mais ricos”, “é justo”, “fortalece a liberdade e democracia norte-americanas” e é “patriótico”.

Vários candidatos às eleições presidenciais norte-americanas, nomeadamente Pete Buttigieg, autarca de South Bend, no estado do Indiana, e Beto O’Rourke, antigo membro da Câmara dos Representantes, já manifestaram o seu apoio a esta medida.

No entanto, a carta apresenta a proposta específica da senadora Elizabeth Warren, que planeia tributar as famílias com um património superior a 50 milhões de dólares (o equivalente a 44 milhões de euros).

Nas contas da candidata, seria possível recolher, através da medida, 2,75 biliões de dólares em 10 anos (cerca de 2,41 biliões de euros).

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Alunos do secundário vão “experimentar” ensino superior

  • Ricardo Vieira
  • 24 Junho 2019

Durante uma semana, os diferentes departamentos "mostram" através de atividades laboratoriais o que cada curso tem para oferecer.

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria (ESTG-IPLeiria) volta com mais uma edição da Academia de Verão, que vai decorrer entre 1 e 5 de julho, dando a oportunidade aos estudantes do ensino secundário da região, que podem “experimentar” o ensino superior e conhecer mais de perto o curso preferido.

Atividades científicas, mini projetos, visitas de estudo, workshops e outros eventos, organizados e acompanhados por estudantes e docentes da ESTG-IPLeiria, “num ambiente descontraído e informal”, fazem parte do programa desta edição.

“Os participantes podem inscrever-se nas atividades que mais lhes interessam nas diversas áreas científicas da academia, sendo possível mostrar um pouco do que se faz na ESTG, desde a lecionação em sala de aula, à aplicação dos conhecimentos nos laboratórios, em empresas e outras entidades externas, numa experiência enriquecedora e única”, explica Fernando Silva, subdiretor da Escola. “Esta participação pode ser importante na escolha informada do estudante, sobretudo face à perceção que terão do mercado de trabalho e da área a seguir no ensino superior”, acrescenta.

Os programas previstos pelos diferentes departamentos estão disponíveis na página da iniciativa.

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Trump anuncia sanções ao Irão

  • ECO
  • 24 Junho 2019

Donald Trump diz que as sanções têm como objetivo vedar Ayatollah Ali Khamenei a recursos financeiros e justifica a decisão dizendo que o líder é responsável pela "conduta hostil" do Irão.

O presidente Donald Trump anunciou que os EUA vão impor sanções ao líder do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, e outros altos cargos do país. O anúncio foi feito em declarações aos jornalistas na Casa Branca, citadas pela agência Bloomberg (acesso livre, conteúdo em inglês), e aumenta as tensões geopolíticas entre EUA e Irão.

Trump disse esta segunda-feira aos jornalistas que as sanções têm como objetivo vedar Khamenei a recursos financeiros e justificou a decisão dizendo que o líder é responsável pela “conduta hostil” do Irão. “Vamos continuar a aumentar a pressão a Teerão. O Irão não pode ter armas nucleares“, afirmou Trump enquanto assinava a ordem executiva, segundo o New York Times.

O clima de tensão entre o Irão e os Estados Unidos dura há bastante tempo, mas a crispação tem aumentado desde que Donald Trump retirou os Estados Unidos, há um ano, do acordo nuclear internacional assinado, em 2015, entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China (mais a Alemanha) – e o Irão, restaurando sanções devastadoras para a economia iraniana.

O anúncio de novas sanções acontece numa altura de escalada de tensões entre os dois países, especialmente após vários incidentes aéreos e marítimos nos últimos dias, que começou com um ataque a navios petrolíferos norte-americanos no Golfo Pérsico, com os EUA a culpar o Irão.

Trump anunciou na semana passada um ataque contra três locais no Irão, que acabou por cancelar, à última hora, alegando querer evitar um elevado número de mortos. O ataque foi planeado em resposta à destruição de um drone norte-americano de 130 milhões de dólares pelas forças iranianas, na quinta-feira.

Este domingo, o enviado americano para o Irão, Brian Hook, assegurou, em conferência de imprensa no Kuwait, que os Estados Unidos “não têm nenhum interesse num confronto militar com o Irão”. O mesmo responsável adiantou que Washington “reforçou” o seu dispositivo na região “por razões puramente defensivas”.

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Cristas quer dedução dos seguros de saúde no IRS

  • ECO Seguros
  • 24 Junho 2019

O CDS, partido liderado por Assunção Cristas, defende a dedução integral dos seguros de saúde no IRS

O CDS quer que os seguros de saúde tenham o mesmo tratamento fiscal da ADSE, o regime complementar de saúde dos trabalhadores do Estado. O partido quer que o subsistema seja aberto a todos os portugueses, considerando que não se justifica que o acesso à ADSE seja uma prerrogativa dos funcionários públicos, recordando que o subsistema deixou de ser um benefício concedido pelo Estado à função pública, uma vez que é exclusivamente financiado pelos descontos mensais dos funcionários.

Para o CDS o regime aplicável aos trabalhadores do Estado só deve ser distinto do que é aplicado aos trabalhadores privados no que for específico da função pública.

A proposta centrista implica a criação de uma comissão técnica que efetuará um estudo sobre o perfil e as condições de acesso dos novos beneficiários da ADSE e será analisada em sede de concertação social.

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GFI Portugal compra tecnológica do setor dos seguros

  • ECO Seguros
  • 24 Junho 2019

A operação de aquisição da I2S, empresa que fornece soluções tecnológicas ao setor dos seguros, pela subsidiária portuguesa da GFI foi notificada à Autoridade da Concorrência.

A I2S, que fornece soluções tecnológicas para o setor segurador, foi comprada pela GFI Portugal, que notificou a Autoridade da Concorrência (AdaC) sobre a transação.

A GFI Portugal, subsidiária portuguesa da GFI Informatique, sociedade francesa que atua nos setores de software, de serviços IT e de soluções de negócio, passa a deter o controlo exclusivo sobre a I2S, que tem a forma jurídica de sociedade gestora de participações sociais. A empresa dedica-se à atividade de conceção, desenvolvimento e implementação de soluções de informação para o setor de seguros, bem como a prestação de serviços de implementação e assistência técnica com base em tais soluções.

A operação está agora sujeita e pareceres de eventuais interessados até ao início de julho.

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