Incêndio em habitação provoca um morto em Vila Nova de Gaia

  • Lusa
  • 2 Junho 2019

De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorros do Porto, a vítima foi encontrada sem vítima no seu quarto já depois de o incêndio ter sido dado como extinto.

Uma pessoa morreu em resultado de um incêndio que deflagrou este domingo numa habitação familiar em Arcozelo, Vila Nova de Gaia, disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorros (CDOS), Porto.

“Na altura em que os bombeiros deram o incêndio como estando na fase de rescaldo, por volta das 12h42, é que encontraram uma vítima mortal no quarto”, declarou fonte do CDOS, do Porto, precisando que a habitação se localiza na avenida Sacadura Cabral.

Fonte dos bombeiros de Aguda disse à Lusa que a vítima estava carbonizada, desconhecendo-se ainda a sua identidade.

No incêndio, cujo alerta foi dado às autoridades pelas 11h23, estiveram 28 elementos entre Bombeiros de Aguda, Sapadores de Vila Nova de Gaia, Polícia Judiciária, Guarda Nacional Republicana e Instituto Nacional de Emergência Médica.

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5 apps do Estado que põem os serviços públicos na palma da sua mão

Sabia que há uma app do Estado que lhe permite deixar o cartão de cidadão e a carta de condução em casa? E outra que dá acesso ao boletim de vacinas e às receitas eletrónicas? Conheça estas e outras.

O Estado está mais digital e são cada vez mais os serviços públicos à distância de um toque no ecrã. Se, antes, um simples leitor de cartões, que custa pouco mais de dez euros, permitia poupar horas em filas de espera para coisas tão simples quanto alterar a morada do cartão de cidadão, há agora uma série de aplicações móveis do Estado capazes de simplificar a vida a quem disponha de um smartphone.

id.gov.pt. Para deixar os cartões em casa

Sabia que há uma aplicação do Estado que permite deixar o cartão de cidadão e a carta de condução em casa? Chama-se “id.gov.pt” e permite a qualquer cidadão português ter no smartphone cópias válidas do cartão de cidadão, carta de condução e cartão ADSE. Ao instalar a aplicação, só tem de criar um PIN de acesso e usar a Chave Móvel Digital para carregar para o sistema os seus documentos pessoais. Os documentos ficam visíveis e, quando necessário, a autenticidade pode ser validada com recurso a um código QR.

Está disponível para iOS (aqui) e Android (aqui).

MySNS Carteira. Para ter as receitas à mão

A MySNS Carteira também permite um acesso fácil a cartões e a informações úteis, desta vez na área da saúde. Desde o Boletim de Vacinas ao Cartão de Acesso à Saúde, esta aplicação permite agrupar tudo de forma simples, no seu telemóvel, igualmente através da Chave Móvel Digital. Contudo, a funcionalidade mais útil poderá ser os guias de tratamento eletrónico: receitas eletrónicas passadas pelo médico podem ser consultadas na aplicação e dispensadas em qualquer farmácia.

Está disponível para iOS (aqui) e Android (aqui).

sigaApp. Para evitar as filas de espera

Esta aplicação foi desenhada pelo Estado para gerir melhor as filas de espera dos serviços públicos como o IMT, IEFP e Segurança Social. Permite estimar quanto tempo tem de estar à espera na fila e tirar a senha em casa, para um atendimento mais célere.

Está disponível para iOS (aqui) e Android (aqui).

MyADSE. O cartão digital de beneficiário

Se é beneficiário da ADSE, esta aplicação é para si. “Esqueceu-se ou perdeu o seu cartão de beneficiário da ADSE? Não se preocupe. Identifique-se através do novo Cartão Digital Online”, lê-se na descrição da aplicação. Há ainda uma funcionalidade para encontrar clínicas com acordo com a ADSE nas proximidades e um simulador para saber o valor do reembolso.

Está disponível para iOS (aqui) e Android (aqui).

App.Gov.pt. A loja de aplicações do Estado

Ainda é pouco conhecida, mas o Governo criou uma “loja” de aplicações públicas para Android e iOS, chamada App.Gov.pt, ou “APP STORE – Governo de Portugal”. “Esta aplicação permite que os seus utilizadores instalem aplicações desenvolvidas por entidades públicas do Estado Português”, lê-se na descrição. Permite ficar a par das últimas novidades no campo da digitalização do Estado.

Só está disponível para Android (aqui), mas há uma versão web para os restantes sistemas operativos.

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Avião da TAP com “problemas técnicos” aterra em segurança em Lisboa com 106 passageiros

  • Lusa e ECO
  • 2 Junho 2019

Um avião que saiu do Porto com destino a Zurique pediu para aterrar de emergência devido a problemas técnicos. Avião foi desviado para Lisboa devido à baixa visibilidade, onde aterrou em segurança.

Um avião da companhia aérea TAP com destino a Zurique, com 106 pessoas a bordo, teve problemas técnicos e foi desviado do Porto para o aeroporto de Lisboa, devido à baixa visibilidade, disse a empresa à Agência Lusa. O avião aterrou em segurança ao início da manhã.

A companhia aérea TAP confirmou este domingo à Lusa que um avião Embraer teve “problemas técnicos” e que foi desviado do Porto para Lisboa devido a “baixa visibilidade”, tendo aterrado em segurança com os 106 passageiros às 09h17.

O Aeroporto Sá Carneiro (Porto) accionou hoje um “alerta de nível 1” para uma “aeronave com problemas elétricos que pediu aterragem e que foi desviado para o Aeroporto de Lisboa por causa da nebulosidade, disseram fontes oficiais.

Em declarações à Lusa, fonte oficial da TAP explicou que os 106 passageiros que deviam ter chegado hoje a Zurique (Suíça), pelas 10h40 (hora local), aterraram no Aeroporto de Lisboa pelas 09h17 e que a aterragem decorreu “em segurança” e “normalmente”.

“Os passageiros estão com uma equipa da TAP para encontrar soluções e alternativas de voos na TAP para chegarem a Zurique ainda hoje ou amanhã (segunda-feira) de amanhã”, acrescentou fonte da TAP.

O avião da TAP descolou pelas 07h29 do Aeroporto do Porto com destino a Zurique, mas devido a problemas “técnicos” pediu aterragem de emergência no aeroporto mais próximo que era o do Porto, mas devido “à baixa visibilidade”, relacionada com o nevoeiro, o voo TP 922 foi redirecionado para Lisboa, onde aterrou às 09h17, conforme se pode ver na página da ANA Aeroportos.

Fonte aeronáutica explicou à Lusa que a tripulação não chegou a declarar emergência no ar.

Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorros (CDOS) do Porto explicou à Lusa que o Aeroporto Sá Carneiro acionou hoje pelas 07h59 um “alerta nível 1 para uma aeronave com problemas elétricos” e que “pediu aterragem” na pista.

Os meios mobilizados e “postos em prontidão foram “30 bombeiros de 11 corporações, com 11 veículos”, disse o CDOS do Porto, referindo que os mesmos meios foram “desmobilizados pelas 08h44”.

Em declarações à Lusa um funcionário da ANA – Aeroportos disse que “até pelo menos às 13h00 de hoje vai haver condicionamentos na aviação no Aeroporto Sá Carneiro devido ao nevoeiro” e que, devido às “alterações climatéricas, um voo da Easyjet, que devia ter aterrado pelas 08h30 no Sá Carneiro, foi desviado para o aeroporto em Santiago de Compostela”, no Norte de Espanha.

O “nevoeiro está a afetar os voos desde as 06h00 de hoje”, avisou a mesma fonte, acrescentando que há “vários voos com atrasos”.

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Moscovici pede mudança na liderança da Comissão Europeia e defende ‘eurogeringonça’

O comissário europeu dos Assuntos Económicos diz que já chega de liderança do centro direita na Comissão Europeia e que chegou o tempo de uma Comissão "mais aberta e mais progressista".

O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, defendeu este domingo uma mudança na liderança da Comissão Europeia. O francês, que é socialista e faz parte da Comissão liderada por Jean-Claude Juncker (eleito pelo centro-direita), diz que “15 anos [de liderança do centro-direita na Comissão Europeia] é suficiente” e que está na altura de novas forças políticas — como os socialistas, os liberais e os Verdes — formarem uma Comissão mais aberta e mais progressista.

Pierre Moscovici tem sido um dos grandes defensores do Governo de António Costa em Bruxelas e foi um dos comissários que defendeu a eleição de Mário Centeno para o Eurogrupo, por ser da família política dos socialistas.

Agora, numa entrevista à rádio pública francesa, o comissário que detém uma das pastas mais importantes diz que 15 anos é mais do que suficiente para o PPE liderar o cargo mais importante em Bruxelas.

“O presidente da Comissão é um conservador há 15 anos, é há 15 anos do PPE. (…) 15 anos é suficiente para mim”, disse.

Pierre Moscovici, um dos comissários que não deve fazer parte da próxima Comissão, diz que a nova relação de forças no Parlamento Europeu demonstra que é necessário uma mudança também na liderança do executivo europeu, que traga uma comissão “mais aberta e mais progressista”.

O socialista coloca-se assim do lado das forças liberais e socialistas que estão a tentar negociar uma espécie de ‘eurogeringonça’. António Costa e o primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchéz são quem está a negociar pelos socialistas com os liberais Mark Rutte, da Holanda, e Charles Michel, da Bélgica, com o presidente francês Emmanuel Macron, cujo partido se juntou aos liberais, a ser a principal força no Conselho Europeu a promover uma mudança.

O PPE, família política que engloba os partidos de centro-direita no Parlamento Europeu, voltou a ser o partido mais votado mas perdeu força, tal como os socialistas. As famílias políticas que ganharam com a queda do centro foram os liberais e os Verdes, que se tornaram na terceira e quarta forças políticas no Parlamento Europeu, respetivamente.

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Sindicato dos inspetores do SEF exige ao Governo que ponha “ANA na ordem”

  • Lusa
  • 2 Junho 2019

O sindicato que representa os inspetores do SEF diz que a ANA não dá condições mínimas para que estes desempenhem as suas funções com dignidade e ameaça com novas formas de luta.

O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) exigiu este domingo ao Governo que ponha a gestora de aeroportos “ANA na ordem” para que os inspetores tenham “condições aceitáveis” de trabalho.

Em comunicado, o sindicato SCIF/SEF acusa a Vinci Airports, que detém a ANA Aeroportos, de não atribuir aos inspetores do SEF no aeroporto Humberto Delgado “salas condignas para as suas refeições, restringindo-lhes as áreas comuns, mantendo as mesmas salas de entrevistas e as mesmas instalações sanitárias do tempo em que o trânsito aeroportuário era um terço do atual”.

O sindicato refere que há 10 anos havia 120 inspetores no aeroporto de Lisboa e que “agora são 280”.

“Os franceses do grupo Vinci, bem como os serventuários nacionais que para eles trabalham na administração, são os mesmos responsáveis que prejudicam o país desde que têm a concessão dos aeroportos portugueses”, acusa o SCIF/SEF.

Aponta ainda que “a Vinci fez com que a ANA tenha resistido, até há poucos meses, a fazer os investimentos a que estava contratualmente obrigada para a construção de um novo aeroporto em Lisboa. Só com muito custo o Governo português os pôs a cumprir a sua obrigação”.

O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras refere que a ANA não criou espaços adequados ao controlo de passageiros, “vingando-se dos inspetores do SEF através de instalações que não lhes concedem e das dificuldades que lhes criam”, pelo que “não tolera este comportamento”.

Nesse sentido, “se o Governo não puser a ANA na ordem e se não garantir aos inspetores do SEF condições mínimas para que estes exerçam o seu trabalho em condições aceitáveis de eficiência e de dignidade mínimas, o SCIF/SEF irá recorrer a todos os meios legais de luta sindical ao seu dispor para defender os seus associados”.

A ANA é a empresa responsável pela gestão de 10 aeroportos em Portugal Continental (Lisboa, Porto, Faro e Terminal Civil de Beja), na Região Autónoma dos Açores (Ponta Delgada, Horta, Santa Maria e Flores) e na Região Autónoma da Madeira (Madeira e Porto Santo).

A posição do sindicato acontece na véspera de o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, presidir à receção aos 45 novos inspetores estagiários do SEF no aeroporto de Lisboa.

Após dois meses de formação teórica, 45 dos 67 estagiários iniciam, agora, uma nova fase formativa, em exercício tutelado de funções, permitindo um reforço naquela estrutura aeroportuária nos meses de maior fluxo de passageiros, de junho a setembro.

Desde abril que estes 45 novos elementos estavam em estágio no âmbito do concurso interno para a admissão de inspetores da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

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IATA prevê menos lucros no transporte aéreo em 2019

  • Lusa
  • 2 Junho 2019

As empresas estão a ser "estranguladas" devido à desaceleração da procura e o aumento dos custos, diz o líder da Associação Internacional de Transporte Aéreo.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) baixou este domingo a sua previsão de lucros para este ano para 28 mil milhões de dólares (cerca de 25 mil milhões de euros), devido à desaceleração na procura e ao aumento de custos.

Apesar de 2019 dever representar dez anos consecutivos positivos para o setor, os números implicam uma redução significativa em relação aos 35,5 milhões de dólares (31,7 mil milhões de euros) em lucros previstos em dezembro, número que, por sua vez, já traduzia uma revisão em baixa em relação às previsões anteriores.

Esta nova previsão para 2019, apresentada no âmbito da 75.ª Assembleia Geral da IATA, realizada em Seul, também deverá ser inferior aos 30 mil milhões de dólares (26,8 mil milhões de euros) de lucro líquido que as companhias aéreas embolsaram em 2018, de acordo com os cálculos da IATA.

O organismo atribui esta descida, sobretudo, ao aumento dos preços dos combustíveis e ao enfraquecimento do comércio mundial.

Até 2019, a IATA espera que os custos operacionais cresçam 7,4%, de acordo com o relatório global apresentado hoje em Seul, na Coreia do Sul.

Portanto, a margem líquida de lucro médio seria de 3,2% neste ano, cinco décimas abaixo dos números de 2018.

O benefício médio por passageiro cairia para 6,12 dólares, abaixo dos 6,85 dólares registados no ano anterior.

“As companhias aéreas ainda apresentarão benefícios este ano, mas não é dinheiro fácil”, disse o diretor-geral daquele organismo, Alexandre de Juniac, durante a apresentação do relatório, apontando que as margens “estão a ser estranguladas pelo aumento dos custos em todas as áreas”, incluindo mão-de-obra, combustível e infraestruturas.

“O enfraquecimento do comércio mundial provavelmente continuará à medida que a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China se intensificar, afetando principalmente os negócios de carga, mas o tráfego de passageiros também pode ser afetado à medida que as tensões aumentam”, alertou. .

Depois da procura no negócio de carga já ter diminuído em 2018, a IATA prevê que permanecerá praticamente estável este ano (cerca de 63,1 milhões de toneladas), devido ao aumento das tarifas comerciais.

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Líder do SPD demite-se e coloca em risco coligação que sustenta governo alemão

A líder do SPD, o parceiro minoritário da coligação que sustenta o governo liderado por Angela Merkel na Alemanha, demitiu-se este domingo devido ao mau resultado nas eleições europeias.

A líder do partido Social Democrata alemão (SPD), o segundo maior partido da Alemanha e parceiro de coligação da CDU de Angela Merkel, demitiu-se este sábado e vai sair também da liderança do partido no Parlamento alemão, uma decisão inesperada e que pode colocar em causa a coligação que sustenta o governo alemão.

Andrea Nahles justificou a decisão, anunciada este domingo, com o fraco resultado do partido nas últimas eleições europeias. “O apoio necessário para desempenhar as minhas funções já não existe”, disse a líder do partido, num curto comunicado publicado na página do partido (texto em alemão).

O SPD foi apenas o terceiro partido mais votado nas eleições europeias do passado domingo, sendo ultrapassado pelos Verdes como segundo partido mais votado. Os sociais-democratas alemães conseguiram 27,27% dos votos em 2014, mas este ano não foram além dos 15,82%, perdendo 11 deputados no Parlamento Europeu. A Alternativa para a Alemanha (AfD), o partido de extrema-direita alemão, ficou em quarto lugar e aproxima-se cada vez mais do SPD.

A liderança da CDU de Angela Merkel, que também perdeu vários lugares no Parlamento Europeu apesar de ainda ser o partido mais votado, também tem marcada uma reunião para este domingo, precisamente para discutir o mau resultado eleitoral.

A decisão de Andrea Nahles pode agora vir a pôr em causa a Grande Coligação entre a CDU, a CSU (partido irmão da CDU na Baviera) e o SPD, parceiro minoritário no governo. Nahles era uma das maiores defensoras da coligação e conseguiu evitar que o partido quebrasse o acordo feito com a CDU.

Em 2017, quando se realizaram as legislativas alemãs, o então líder do SPD, Martin Schultz também acabou por se demitir no seguimento do mau resultado eleitoral e depois de ter mudado a sua posição e aceitado uma nova coligação com o partido de Angela Merkel.

Vários altos responsáveis do SPD, incluíndo membros do governo alemão, acreditavam na altura que os maus resultados do SPD deviam-se à participação numa grande coligação da qual Merkel celebrava as vitórias, mas deixava as derrotas para os seus parceiros de coligação.

A demissão pode levar agora a um distanciamento entre os partidos. Se o SPD decidir abandonar a coligação, a CDU e a CSU só reúnem 37% dos votos, longe da maioria necessária no Bundestag.

A própria CDU enfrenta a sua própria crise de liderança. Para conseguir formar governo, Angela Merkel prometeu abandonar o seu partido no final da legislatura e a CDU nomeou como sua sucessora Annegret Kram-Karrenbauer (que foi a escolha de Merkel). Mas, segundo a Bloomberg, a liderança da sucessora de Merkel já está a ser questionada.

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Presidente do IPO do Porto saiu em liberdade do TIC com caução de 20 mil euros

  • Lusa
  • 2 Junho 2019

O presidente do IPO do Porto voltou a ser ouvido no TIC no âmbito das suspeitas de corrupção de que é alvo. Saiu em liberdade sob caução de 20 mil euros. Medidas de coação conhecidas na segunda-feira.

O presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, saiu cerca das 20h20 em liberdade do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, mas vai ter de pagar uma caução de 20 mil euros, informou fonte judicial.

Em declarações à porta do TIC, Laranja Pontes, que desde sábado é um homem reformado, emocionou-se ao falar do “enxovalho” de que disse ter sido vítima a sua filha, atual chefe de gabinete na Câmara de Matosinhos.

Na base da saída está, segundo fonte judicial, o facto de o “Ministério Público ter pedido a suspensão das funções, a proibição de contactos com outros arguidos e funcionários do IPO e uma caução carcerária de 20 mil euros, o que foi aceite pela defesa”.

“Fui restituído à liberdade e as medidas de coação serão conhecidas na próxima segunda-feira”, acrescentou o arguido que saiu do TIC pelo próprio pé, acompanhado pelo advogado Pedro Ávila, no final do dia em que esteve a ser interrogado cerca de quatro horas.

Laranja Pontes foi ouvido no âmbito do caso conhecido por “Teia”, que se centra nas autarquias de Santo Tirso e Barcelos bem como no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, relacionando-se com “viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto”, segundo um comunicado da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, o órgão de polícia criminal que apoia o Ministério Público nesta investigação.

Detidos pela Polícia Judiciária na quarta-feira, no âmbito desta operação, foram os presidentes das câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, e de Santo Tirso, Joaquim Couto, o presidente do IPO/Porto, Laranja Pontes, e a empresária Manuela Couto, mulher de Joaquim Couto, administradora da W Global Communication, que já tinha sido constituída arguida em outubro, no âmbito da operação Éter, relacionada com o Turismo do Norte.

A saída de Laranja Pontes coincidiu com a pausa para jantar, ficando para mais tarde a decisão em torno dos restantes três arguidos.

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Feedback loop? Sem querer, Banco de Portugal está a travar o preço das casas

O Banco de Portugal queria travar o crédito. Está a conseguir fazê-lo, mas a medida macroprudencial que tomou até pode estar a ter um efeito mais abrangente, abrandando a subida dos preços das casas.

Feedback loop? Como o Banco de Portugal está a ajudar a travar os preços das casas

O Banco de Portugal quis travar a loucura na concessão de crédito. Decidiu por isso emitir uma recomendação que se não fosse acatada pelos bancos passava a regra e com coimas para os infratores. Os bancos parecem estar sido “bons alunos”, já que nove meses após a entrada em vigor, a entidade liderada por Carlos Costa faz um balanço positivo da forma como implementaram a medida. E como esta acabou por ter impacto nos preços do mercado imobiliário.

Foi a 1 de julho de 2018 que entrou em vigor a medida macroprudencial do Banco de Portugal, popularmente conhecida como travão ao crédito, que teve como objetivo prevenir riscos para os bancos, situações de sobreendividamento das famílias e riscos para a economia. A recomendação visou que os bancos respeitassem três tipos de limites na hora de darem crédito, tendo como principal foco o financiamento para a compra de casa cujos níveis de concessão não paravam de crescer.

Designadamente, um teto para o rácio entre o montante do financiamento face ao valor do imóvel que serve de garantia (LTV), um limite máximo para o rácio entre os encargos com créditos e o rendimento familiar (taxa de esforço), bem como uma limitação à maturidade dos empréstimos.

Nas três frentes de atuação, o Banco de Portugal detetou melhorias e a orientação dos bancos rumo aos objetivos traçados. Deixaram de ser dados créditos correspondentes a 100% do valor do imóvel, deixaram de existir ainda financiamentos com prazos acima de 40 anos e a taxa de esforço também convergiu rumo ao estipulado.

Daí resultou que entre julho de 2018 e março de 2019, a percentagem de empréstimos para a compra de casa com perfil de risco mais elevado se tenha reduzido de 35% para 9%.

Novo crédito para a casa em desaceleração

Ao mesmo tempo que melhora o perfil de risco associado aos empréstimos às famílias, a entrada em vigor da recomendação do Banco de Portugal também pode ter um impacto positivo no mercado imobiliário, ajudando a travar a subida dos preços. Ou seja, mitigando o feedback loop entre o crédito e os preços do imobiliário, como o próprio banco central classifica.

“A medida [recomendação do Banco de Portugal] não pretende influenciar os desenvolvimentos do mercado imobiliário per se, podendo, no entanto, ter um efeito mitigador do potencial risco de feedback loop entre o crédito concedido internamente e os preços do imobiliário”, concretiza o banco central no relatório de acompanhamento da recomendação macroprudencial sobre novos créditos a consumidores.

Mas o que é o feedback loop e de que forma este pode ser mitigado? O feedback loop é um canal ou caminho formado por um “efeito” que retorna sempre à sua “causa”, gerando um impacto cada vez mais positivo ou cada vez mais negativo consoante o sentido da relação criada.

No caso concreto do referido pelo Banco de Portugal, a recomendação macroprudencial incide sobre o crédito e não permite controlar a evolução dos preços do mercado imobiliário. Mas ao estabelecer um conjunto de limites que se auto-reforçam, a medida pode ajudar a mitigar o risco de a situação do mercado imobiliário sobreaquecido se transmitir ao mercado de crédito, e de o próprio mercado de crédito validar essa subida de preços e depois estimular o próprio mercado imobiliário pela via do crédito. Ou seja, entrando num ciclo vicioso, e induzindo numa bolha nos preços do imobiliário.

Apesar de o Banco de Portugal não usar a palavra “bolha” no mercado imobiliário nacional, já falou em sinais de sobrevalorização nos preços das casas em Portugal “ainda que limitados”. A chamada de atenção foi feita no seu Relatório de Estabilidade Financeira divulgado no final do ano, mas desapareceu nas publicações mais recentes.

No ano passado, os preços das casas continuaram a crescer em Portugal, mas na fase final do ano já foi notória uma desaceleração do ritmo de subida. No quarto trimestre do ano, os preços subiram 9,3% aquém da subida de 10,5% registada no mesmo trimestre de 2017.

A mesma tendência de desaceleração também tem sido notória no que respeita à concessão de crédito para a aquisição de casa. Os últimos dados disponíveis mostram que nos primeiros três meses de 2019, os bancos concederam 2.351 milhões de euros para a compra de habitação, 7,5% acima do mesmo período de 2018, mas aquém o crescimento de 21% verificado entre o primeiro trimestre de 2017 e 2018.

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Liverpool vence a milionária Liga dos Campeões

  • ECO e Lusa
  • 1 Junho 2019

O Liverpool ganhou ao Tottenham por duas bolas a zero e venceu a milionária Liga dos Campeões.

O Liverpool ganhou ao Tottenham por duas bolas a zero e venceu a milionária Liga dos Campeões. O primeiro golo foi marcado logo aos 2 minutos de jogo, de penálti, pelo egípcio Mohamed Salah (na fotografia). O segundo golo foi marcado perto do final da partida, por Origi, após um canto de Milner.

Depois de perder a final da ‘Champions’ em 2017/18, frente ao Real Madrid, o Liverpool conquistou pela sexta vez a principal prova europeia de clubes, repetindo os feitos de 1976/77, 1977/78, 1980/81, 1983/84 e 2004/05.

A final foi disputada no estádio Wanda Metropolitano, em Madrid.

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Feira do Livro volta a crescer, mas o setor ainda “não recuperou da crise”

A Feira do Livro de Lisboa continua a crescer, em espaço e em visitantes, mas o setor do livro ainda não voltou ao que era antes da crise de 2008.

São muitas as histórias sobre antigas livrarias e alfarrabistas que ameaçam fechar portas. O mercado dos livros já não é o que era, mas mesmo assim o gosto por virar as páginas e descobrir uma história ainda está presente. Todos os anos, abrem-se as portas da Feira do Livro de Lisboa para milhares de portugueses, tanto leitores habituais como estreantes.

Acontecimento obrigatório na agenda de muitos lisboetas, a Feira do Livro de Lisboa volta a abrir portas esta tarde, pronta a albergar ainda mais participantes, na expectativa de ver crescer o número de visitantes do ano passado. Ao todo 492 mil pessoas subiram e desceram as laterais do Parque Eduardo VII, visitando os stands que este ano se estendem igualmente para o relvado, uma medida que permitirá aumentar o espaço de exposição em dois mil metros quadrados.

Ainda que uma visita à Feira do Livro seja mais do que um ato de consumo e o evento represente um momento alto nas contas das editoras, a verdade é que estas trabalham 12 meses por ano. E os leitores, mantém o interesse durante o resto do ano? A resposta é consensual e a conclusão é que o setor livreiro atravessa dificuldades há vários anos.

“O setor do livro não recuperou da crise que se instalou em Portugal em 2009”, diz ao ECO Paulo Rebelo Gonçalves, responsável pela comunicação da Porto Editora. Uma visão que é corroborada por Bruno Pacheco, secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que organiza a Feira do Livro. “Este é um mercado que ainda está a tentar recuperar da crise”, diz ao ECO.

Durante a crise, entre 2011 e 2016, o mercado teve uma queda acentuada, perdendo quase 30% do seu valor. Em 2017 e 2018, assistimos a um ligeiro aumento que, acumulado andará em torno dos 2%

Bruno Pacheco

Secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL)

Bruno Pacheco aponta ainda que “os baixos índices de leitura são ainda um obstáculo“. De facto, os últimos dados disponibilizados pelo INE mostram que, em 2017, quase dois terços dos portugueses não tinham lido um livro nos últimos doze meses.

Para o responsável da Porto Editora, “é muito preocupante a atual situação do setor: apesar do esforço e do dinamismo das editoras, o mercado tem diminuído ano após ano, e isto resulta da inexistência de uma verdadeira estratégia política de valorização do livro”. Bruno Pacheco aponta também que “as livrarias e as editoras têm feito esforços constantes de modo a fazer face aos desafios que o mercado imprime”.

Até mesmo “em contexto educativo o livro tem sido desvalorizado”, aponta Paulo Rebelo Gonçalves. Com o objetivo de estimular a leitura nos jovens foi criado, em 2006, o Plano Nacional de Leitura (PNL). Onze anos depois, foi aprovada uma resolução em Conselho de Ministros que ampliava e reforçava o PNL, por ser “amplamente reconhecida a necessidade de um maior investimento numa política pública de leitura”.

Bruno Pacheco explica que, apesar deste contexto, já se está a ver uma pequena recuperação. “Durante a crise, entre 2011 e 2016, o mercado teve uma queda acentuada, perdendo quase 30% do seu valor. Em 2017 e 2018, assistimos a um ligeiro aumento que, acumulado andará em torno dos 2%, no entanto, insuficiente para recuperar da queda que se verificou ao longo dos cinco anos anteriores”, diz o secretário-geral.

A quebra da faturação do setor livreiro não é exclusiva do mercado português. Em nove anos, as vendas de livros no espaço europeu afundaram de 24 mil milhões de euros, em 2008, para 22,2 mil milhões de euros, em 2017. Por cá, as contas do INE apontam para que, em 2016, o volume de negócios das empresas especializadas na edição de livros tenha chegado aos 331 milhões. Nesta área registou-se uma queda acentuada de 2008 para 2009, de 403,9 milhões de euros para 357 milhões. Já para aquelas dedicadas ao comércio a retalho de livros o volume foi de 144 milhões de euros, em 2016, o que compara com uma faturação de 157 milhões de euros, em 2006.

Ponto de encontro entre leitores e autores

Tendo em conta este cenário, a Feira do Livro de Lisboa, o maior evento dedicado ao livro realizado no nosso país, afigura-se como uma aposta essencial das editoras para conseguir alcançar mais público. Num sábado típico durante o evento, passam cerca de vinte mil pessoas em média no espaço do grupo Porto Editora, que inclui chancelas como a Bertrand.

“É óbvio que queremos que tenha retorno comercial que compense o investimento que é feito para estarmos presentes, mas encaramos sempre a Feira do Livro de Lisboa como uma oportunidade excecional de contacto direto com os leitores e de envolvimento dos nossos autores, e isso tem um valor intangível”, explica Paulo Rebelo Gonçalves.

Para a LeYa, a Feira do Livro tem-se provado uma fórmula de sucesso. “A edição do ano passado foi uma das mais bem sucedidas de sempre”, indica José Menezes, diretor de comunicação da editora, ao ECO. “Este ano o que desejamos é que este sucesso se repita e, se possível, possa ser superado, quer no que diz respeito à venda de livros quer, também, no que diz respeito à adesão às muitas atividades que planeámos para o nosso espaço”, confia.

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Mazda 3: Familiar? Sim, mas com alma desportiva

A Mazda arrojou na estética do 3, mas também na mecânica. Tem diesel, embora a estrela seja a gasolina. É um 2.0 sem turbo, pouco mais de uma centena de cavalos, que se revela uma boa surpresa.

O Mazda 3 não perdeu a forma, mas foi só mesmo isso que restou. Do chassis, às linhas mais esguias, a piscar o olho ao apetite por um estilo mais desportivo, é tudo novo. E até debaixo do capot houve uma revolução. Há diesel, mas a estrela é a gasolina, naquela que é a primeira versão com algum tipo de eletrificação.

É, sem dúvida alguma, um automóvel que dá nas vistas. A começar pela grelha de grandes dimensões, em preto mate ou brilhante, consoante a cor da carroçaria, os faróis esguios, passando pelo longo capot — quase que faz lembrar o do MX-5 –, até à linha de cintura elevada, que sobe, sobe e sobe até se encontrar com a curva descendente do tejadilho.

É um desenho arrojado que cria um pilar volumoso que primeiro se estranha, mas depois se entranha. Dá o mote para uma inclinação pronunciada do óculo traseiro, “amparada” por um gigante spoiler. É um bónus para o look mais desportivo que, na traseira, é complementado pelos farolins em relevo, mas também as saídas de escape. Mas vem a custo do espaço na mala: 358 litros.

A curvatura pronunciada custa alguns litros à bagageira, mas também algum espaço para os ocupantes do banco traseiro. Apesar de oferecer espaço suficiente para as pernas, mesmo para alguém com 1,80 metros, entrar e sair do 3 pode exigir algum cuidado extra para evitar uma cabeçada.

Quem viaja à frente, não tem esses problemas. Só quando se tem de olhar para trás, para fazer uma simples manobra de saída do estacionamento acaba por se perceber que o óculo traseiro limita a visão, isto ao mesmo tempo que o volumoso pilar traseiro acaba por criar uma zona “cega”. Um contra compensado pelos sensores, bem como pelo ecrã de maiores dimensões que a Mazda colocou por cima do tablier. Não tem câmara, mas é intuitivo.

É neste ecrã, assente num tablier minimalista, com a ventilação embutida de tal forma que quase não se dá por ela, que estão tanto o sistema de infoentretenimento como muita da informação sobre o veículo. Por detrás do volante de três braços é possível ter muitos dados sobre a condução, mas este ecrã é especialmente útil para o condutor quando debaixo do capot se ouve um ronronar a gasolina.

A Mazda mantém a aposta no diesel, apresentando no 3 o 1.8 Skyactiv-D de 116 cv, um bloco capaz de imprimir ritmos acelerados ao familiar compacto, sendo embalado pelo turbocompressor. Mas é no motor a gasolina que a fabricante nipónica começa a desvendar o caminho para a eletrificação — está para breve a chegada do híbrido plug-in, o Skyactiv-X –, a optar por um 2.0 mild hybrid (conta com um motor elétrico de 6 kW).

Optar por um 2.0 pode parecer arriscado. Mas mais ainda é a ausência de turbo, o que faz com que a potência não impressione: 122 cv. Mas isso tudo tem uma explicação: necessidade de controlar os consumos. Este bloco, sem turbo, conta com a ajuda do motor elétrico, mas também de um sistema que desativa os cilindros quando estes não são necessários. E isso é visível no tal ecrã.

Esta conjugação permite ter debaixo do pé direito um motor com um ronronar simpático que, apesar de não ser muito solicito a baixas rotações, acaba por subir rapidamente de regime assim que se passa das 3.500 rotações. E aí é ver o ponteiro chegar perto das 7.000. Não é um carro rápido — aliás, o diesel até é mais “vivo” –, mas a posição de condução mais próxima do chão acaba por dar uma sensação de maior velocidade. E transmite também uma segurança que nos impele a desafiar o chassis curva após curva.

Enquanto no caso do diesel a marca anuncia consumos de 4,1 litros aos 100 km, para o 2.0 a gasolina o valor homologado é pouco superior, de apenas 5,1 litros. Em condução real, acabam por ficar muito próximos, ainda que o motor a gasolina obrigue a um regime mais regrado. E em termos de preço, o 3 a gasolina sai bem mais barato que a versão a gasóleo. São 26 contra cerca de 30 mil euros para as versões Evolve.

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