Taxa de desemprego subiu para 6,8% no primeiro trimestre

O INE regista mais desempregados e menos empregados no arranque de 2019 em relação à reta final de 2018. Governo diz que agravamento é sazonal e destaca descida face ao período homólogo.

A taxa de desemprego subiu para 6,8% no primeiro trimestre de 2019, depois de nos três meses anteriores se ter situado em 6,7%. Apesar do abrandamento esperado para a economia portuguesa para o conjunto do ano, o número de pessoas sem trabalho face à população ativa deverá voltar a baixar em relação a 2018, antecipa o Governo de António Costa.

Trata-se de um agravamento do desemprego face ao trimestre anterior, o que já não acontecia desde o primeiro trimestre de 2016, face ao último de 2015, quando a taxa de desemprego aumentou de 12,2% para 12,4%. Esta comparação parece sinalizar que num período de estabilização da taxa de desemprego há um aumento entre o último trimestre e o primeiro, já que a taxa apurada pelo INE no Inquérito ao Emprego não está corrigida de variações sazonais.

Apesar do agravamento, a taxa de desemprego voltou a cair face ao período homólogo, já que no arranque de 2018 a taxa de desemprego foi de 7,9%.

Em abril, quando fez o Programa de Estabilidade, o Governo reviu em alta a previsão que tinha para a taxa de desemprego para o conjunto do ano, o que aconteceu pela primeira vez nesta legislatura, sinalizando assim que os ganhos no mercado de trabalho podem estar a desvanecer-se.

Mais desempregados e menos pessoas a trabalhar

Segundo os números do INE, a explicar este aumento da taxa de desemprego entre o final de 2018 e o início de 2019 estão dois fatores: o aumento da população desempregada e a descida da população empregada.

“A população desempregada, estimada em 353,6 mil pessoas, aumentou 1,3% (4,5 mil) em comparação com o trimestre anterior”, escreve o INE na nota divulgada esta quarta-feira. “Na população empregada, 4.880,2 mil pessoas, foi observado um decréscimo trimestral de 0,1% (2,8 mil)”, acrescenta o instituto estatístico.

O INE avança que o aumento da população desempregada face ao trimestre anterior aconteceu “principalmente” nas mulheres (mais 7 mil), nas pessoas com 45 anos ou mais (mais 8,7 mil), nas que completam o 3.º ciclo de ensino básico (11,9 mil pessoas), em quem está à procura de novo emprego (13,8 mil). Além disso, os dados do INE mostram que o aumento do desemprego foi transversal a vários setores de atividade. O INE fala em agravamentos “provenientes maioritariamente do setor da indústria, construção, energia e água (5,1 mil;
7,8%)” e em pessoas “à procura de emprego há menos de 12 meses (5,8 mil; 3,2%)”.

Já no lado do emprego, a redução do universo aconteceu essencialmente nos homens, entre as pessoas com mais de 65 anos, entre os que têm no máximo até ao 3.º ciclo do ensino básico, e os que trabalham nos setores
da indústria, construção, energia e água, por conta de outrem e a tempo completo.

Vieira da Silva destaca sazonalidade do primeiro trimestre

Comentando os dados do primeiro trimestre, que apontam para o primeiro agravamento trimestral em três anos, o ministro do Trabalho e da Segurança Social avança que “os dados do desemprego mantém-se na linha dos últimos anos”. “Esta variação do primeiro trimestre face ao quarto trimestre acontece na maior parte dos anos”, devido à “sazonalidade do emprego”.

Vieira da Silva destaca que face ao que se passou no mercado de trabalho há um ano “assistimos a uma redução”. O ministro acrescenta que os movimentos mais importantes no mercado de trabalho apontam para uma “melhoria do desemprego juvenil” e uma “melhoria da qualidade do emprego e redução dos contratos a termo”.

(Notícia atualizada às 12h17)

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Fusões e aquisições movimentam 2,9 mil milhões. Imobiliário lidera, mas perde terreno

As operações de fusões e aquisições cresceram 31,2% nos primeiros quatro meses do ano, em Portugal. Já os investimentos de venture capital dispararam 189%.

O mercado de fusões e aquisições continua a crescer em Portugal. Nos primeiros quatro meses do ano, movimentou 2,9 mil milhões de euros, um crescimento de mais de 30% face ao período homólogo. As operações do setor imobiliário continuam na liderança, mas perderam terreno, com a tecnologia a destacar-se.

O mercado de fusões e aquisições de Portugal cresceu 31,2% em termos de volume entre janeiro e abril, em comparação com igual período do ano passado, de acordo com o relatório mensal de mergers and aquisitions (M&A) da Transactional Track Record. Mas em compensação foram celebrados menos negócios. Nesse período de tempo foram anunciadas 99 operações no país, uma quebra de 12,4%.

O crescimento do mercado de fusões e aquisições (M&A) foi apoiado pelos 985,8 milhões de euros movimentados por 15 operações que envolveram empresas portuguesas no mês de abril, que permitiu assim elevar para 2,9 mil milhões o montante acumulado desde o início do ano.

Movimentos de M&A no último ano

Fonte: TTR – Transactional Track Record

O setor imobiliário continua a liderar os movimentos de M&A, mas apresentando uma tendência de quebra que está a ser compensada pelo crescimento das operações no setor de tecnologia. As 21 operações registadas desde o início do ano no setor imobiliário ficaram 13% abaixo do registado nos mesmos meses do ano anterior. Já no caso da tecnologia, foi registado um crescimento de 29%, com 18 operações desde janeiro.

Quanto à proveniência do investimento, Espanha foi o país mais ativo. Do total de 46 negócios de aquisição de empresas portuguesas por estrangeiras, 19 foram espanholas. Oito destas operações tiveram como alvo o mercado imobiliário, que continua como o alvo principal das empresas estrangeiras, incluindo também cinco aquisições realizadas por empresas britânicas.

Se em número de operações Espanha foi líder, em termos de volume de investimento o mesmo não aconteceu. O país vizinho investiu uma parcela de 226,4 milhões de euros de um total de 1,77 mil milhões de euros que tiveram como alvo investimentos em Portugal. Tanto Reino Unido, com 360 milhões de euros em investimentos, como França, que ultrapassou a marca dos mil milhões, superaram os investimentos dos vizinhos espanhóis no país.

No movimento transfronteiriço com origem em Portugal, houve 13 empresas portuguesas a realizarem aquisições no mercado externo.

Comportamento por setores

Fonte: TTR – Transactional Track Record

O relatório indica ainda que o venture capital “segue em alta” em Portugal. Num total de 24 operações realizadas desde o início do ano, o investimento ascendeu a 95 milhões de euros. O venture capital disparou, assim, 189% face a igual período de 2018, tendo em conta os montantes revelados para 20 dessas transações. Os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos no ano os segmentos de Tecnologia, 15 operações, e Internet, cinco.

Neste segmento é destacada a ronda de financiamento de série A no valor de oito milhões de euros fechada pela startup portuguesa da área da saúde Sword Health, liderada pela Khosla Ventures. Com o investimento, a Sword Health pretende reforçar a expansão nos Estados Unidos da América e desenvolver as capacidades de engenharia do seu produto.

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Portugal paga taxa mais baixa de sempre para emitir 800 milhões em dívida a 10 anos. Juro cai para 1,059%

A agência liderada por Cristina Casalinho realizou esta quarta-feira um leilão duplo de obrigações do Tesouro. Entre títulos a 10 e 15 anos, o montante total colocado situa-se nos 1.250 milhões.

O Tesouro nunca pagou tão pouco para emitir dívida a 10 e 15 anos. No leilão duplo desta quarta-feira, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP colocou um total de 1.250 milhões de euros (o montante máximo indicativo) em obrigações do Tesouro (OT) que vencem a 2029 e a 2034. Em ambas as maturidades, o juro caiu face a anteriores emissões, atingindo mínimos históricos.

O IGCP emitiu 800 milhões de euros em OT que vem a 15 de junho de 2029, tendo pago um juro de 1,059%. No último leilão de dívida a 10 anos, realizado a 10 de abril, o Tesouro tinha pago uma taxa de juro de 1,143% (que era nessa altura a mais baixa de sempre nesta maturidade). Em mercado secundário, a yield das OT a 10 tocaram esta quarta-feira também mínimos históricos, em 1,074%.

Já no caso dos títulos que vencem a 18 de abril de 2034, a agência liderada por Cristina Casalinho colocou 450 milhões de euros, a uma taxa de juro de 1,563%. O valor representa também uma forte diminuição face aos 2,045% pedidos pelos investidores num leilão 13 de fevereiro, sendo igualmente um mínimo histórico.

“Foi um leilão normal, com taxas nos mínimos históricos, com o Estado Português a financiar-se em 1.250 milhões de euros”, afirmou o diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva. “Emitir dívida de longo prazo e com este custo é muito positivo para o país e continuará a permitir ir reduzindo o custo do serviço de dívida“, sublinhou.

Investidores ignoram “ruído político”, mas apetite desacelera

Portugal voltou a beneficiar de uma redução das taxas pagas pela emissão de nova dívida, graças ao reforço da confiança dos investidores em Portugal e às condições externas favoráveis, em linha com o que tem acontecido nos últimos meses. A taxa de juro média paga por Portugal em novas emissões de OT, Bilhetes do Tesouro e Obrigações situou-se em 1,7%, no primeiro trimestre do ano. O valor, que é o mais baixo de sempre, compara com a taxa de 1,8% registada ao longo de 2018 e representa uma forte quebra face aos 2,6% de 2017.

Apesar de termos tido algum ruído político nos últimos dias, tal não veio afetar o risco do país. Continuamos a beneficiar das baixas taxas da dívida soberana europeia”, acrescentou Silva, referindo-se à crise política gerada na sequência da aprovação na especialidade da contagem integral do tempo de serviço dos professores. A medida iria engordar a despesa pública, obrigar a um orçamento retificativo e levou o Governo a ameaçar demissão caso a lei seja aprovada.

Neste cenário de crise política, os investidores continuaram a mostrar forte apetite pela dívida portuguesa. Ainda assim, a procura foi menos robusta que em anteriores colocações. Na dívida a 10 anos, superou a oferta em 1,88 vezes (face às 2,28 vezes do último leilão comparável), enquanto nas OT a 15 anos, a procura foi 1,9 vezes maior que a oferta (contra as 2,29 vezes do anterior leilão desta maturidade).

(Notícia atualizada às 11h25)

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Grupo Pestana abre hotel de 11 milhões no centro histórico de Madrid

  • Lusa
  • 8 Maio 2019

O Pestana Plaza Mayor, com 87 quartos, deverá abrir portas na próxima segunda-feira. Resulta de um investimento de 11 milhões e a taxa de ocupação prevista para o primeiro ano é de 60%.

O grupo hoteleiro Pestana, de origem portuguesa, deverá abrir na próxima segunda-feira o Pestana Plaza Mayor, com 87 quartos, um investimento de 11 milhões de euros no centro histórico da capital espanhola.

Fonte do grupo hoteleiro disse esta quarta-feira à Lusa que a taxa de ocupação prevista para o primeiro ano de atividade é de 60%, estando este hotel de luxo já a aceitar reservas para dormidas a partir de 13 de maio próximo, segunda-feira. A inauguração oficial nesse dia está, no entanto, dependente da aprovação definitiva da licença de atividade, o que deverá acontecer “nos próximos dias”.

O grupo hoteleiro português ganhou em 2015 o concurso internacional para exploração durante 45 anos do edifício que renovou completamente, situado na emblemática Plaza Mayor da capital espanhola. O Pestana Plaza Mayor é o segundo hotel do grupo em Espanha, depois do Pestana Arena Barcelona, inaugurado em 2013, e antecede a abertura do Pestana CR7 Madrid, prevista para 2020.

O Grupo Pestana foi fundado em 1972 e tem quase 100 hotéis em 15 países e teve 400 milhões de euros em receitas em 2018, mais 1,5% do que no ano anterior. Recentemente, através da marca Pousadas de Portugal, o grupo apresentou em Câmara de Lobos, na Madeira, o Pestana Churchill Bay, resultado de um investimento de quatro milhões de euros, e que abrirá portas a 7 de junho.

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Comissão Europeia ameaçou deixar de financiar programa nacional de apoio aos refugiados

  • Lusa e ECO
  • 8 Maio 2019

A Comissão Europeia ameaçou retirar o financiamento ao Programa Nacional do Fundo para o Asilo, Migração e Integração por causa da baixa taxa de execução.

A Comissão Europeia ameaçou retirar o financiamento ao Programa Nacional do Fundo para o Asilo, Migração e Integração por causa da baixa taxa de execução, uma perda de 16,7 milhões de euros para Portugal, uma possibilidade que se mantém. O Governo diz que o país “é reconhecido como exemplar nesta matéria”

A conclusão consta do relatório de uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) ao Programa Nacional do Fundo para o Asilo, Migração e Integração (FAMI), a que a Lusa teve acesso, e que revela que em julho de 2018 a taxa de execução era de “apenas 25%”.

Este programa foi inicialmente estruturado com quatro objetivos (Asilo, Integração e Migração Legal, Regresso e Solidariedade), aos quais foi posteriormente adicionado um quinto objetivo especificamente para apoiar “casos especiais-‘lump sums’”, também designados por requerentes de proteção internacional. “Foi o esforço adicional decorrente do apoio aos requerentes de proteção internacional que aumentou o grau de execução do programa”, diz o TdC.

Segundo o TdC, “o montante executado do fundo, de 11,6 milhões de euros, em julho de 2018, representava cerca de 25,3% do valor aprovado” de 45,8 milhões de euros. Destes 11,6 milhões de euros, 10,5 milhões de euros eram referentes à componente ‘lump sums’, o que significa que sem a componente prevista para os refugiados “a execução não iria além de 1,1 milhões de euros”.

“Os níveis baixos de execução do FAMI levaram a Comissão Europeia a considerar, em março de 2018, um eventual ‘decommitment’ [anulação de autorizações] em 2018, o que representaria uma perda de cerca de 16,7 milhões de euros para Portugal”, lê-se no documento. O TdC refere que, no ano passado, uma derrogação da Comissão Europeia veio permitir aplicar as verbas não utilizadas noutros objetivos específicos, mas “tendo em conta o nível reduzido de execução registado, até à data, nesses objetivos, mantém-se latente o risco de perda de verbas”.

Relativamente ao objetivo integração e migração legal, o tribunal refere que apenas foram executados 300 mil euros face aos 9,2 milhões de euros aprovados, revelando, por isso, um “desempenho insuficiente”.

“Existem riscos significativos de que o programa venha a ter resultados limitados neste objetivo específico”, o que poderá pôr em causa, alerta o TdC, as políticas de migração e o trabalho de integração, capacitação e combate à discriminação de imigrantes e grupos étnicos na sociedade portuguesa, incluídos na Agenda 2030 das Nações Unidas.

O TdC aproveita também para chamar a atenção para o facto de Portugal não ter concretizado iniciativas para menores não acompanhados, inicialmente previstas no objetivo Integração e Migração Legal, “apesar das orientações da Comissão Europeia” para que os Estados-membros dessem especial atenção a estas crianças e jovens.

Relativamente à parcela para os refugiados dos ‘lump sums’, que representa 50% do financiamento total, a auditoria constatou que dos 1.520 refugiados recolocados em Portugal até final de novembro de 2017, 768 (50,5%) tinham saído do país. Entre os que ficaram, 55% conseguiu autonomizar-se do acolhimento institucional, tendo os restantes sido reencaminhados para respostas complementares, verificando-se, no entanto, “dificuldades na implementação do programa de acolhimento de refugiados, que prejudicam a integração efetiva dos mesmos”.

O TdC aproveita para recomendar ao Ministério da Administração Interna (MAI) que reveja o modelo de gestão e pondere medidas complementares para ultrapassar as dificuldades identificadas na integração dos refugiados.

Já à secretaria-geral do MAI, ao Alto Comissariado para as Migrações e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras recomenda níveis de execução que evitem perda de financiamento europeu, melhores procedimentos de controlo, critérios uniformes, recuperação das verbas indevidamente pagas e melhor sistema de informação sobre a execução física do programa. O Programa Nacional do FAMI foi inicialmente dotado pela União Europeia (UE) com 33,8 milhões de euros, para o período 2014/2020, valor que foi várias vezes revisto e está agora nos 75,2 milhões de euros.

Portugal “é reconhecido como exemplar nesta matéria”

Em resposta à conclusão do relatório do TC, os Gabinetes do Ministro da Administração Interna e da Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa emitiram um comunicado esta quarta-feira, onde explicam que “Portugal foi o 6º país da UE que mais refugiados acolheu ao abrigo do Programa de Recolocação e é reconhecido pela Comissão Europeia como exemplar nesta matéria, pela sua participação em todos os programas e todas as situações de emergência, nomeadamente no que se refere aos resgates no Mediterrâneo por navios humanitários”.

Portugal participa ativa e construtivamente no esforço europeu de acolhimento aos refugiados, apoiando as propostas da Comissão no sentido da construção de uma política europeia de asilo comum, assente nos princípios da responsabilidade e solidariedade, no respeito pela dignidade da pessoa humana e no combate ao tráfico de seres humanos”, continua o documento, enviado às redações.

Ambos os Gabinetes sublinham ainda que o país está a participar no Programa Voluntário de Reinstalação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e que “tem respondido sempre positivamente a todas as situações de emergência que têm sido colocadas nos últimos meses, em consequência dos resgates de migrantes no Mediterrâneo por navios humanitários”.

No quadro do Programa de Recolocação, concluído em março de 2018, refere o comunicado, Portugal acolheu 1.552 refugiados entre dezembro de 2015 e março de 2018, distribuídos por 99 municípios, proveniente da Grécia e de Itália. No âmbito do Programa Voluntário de Reinstalação do ACNUR, “Portugal assumiu o compromisso de reinstalar 1.010 refugiados”.

Para além dos programas de Recolocação e de Reinstalação, chegaram a Portugal 106 pessoas (86 em 2018 e 20 já em 2019), na sequência de resgates de navios humanitários no Mediterrâneo — Lifeline, Aquarius I, Diciotti, Aquarius II, Sea Watch III e outras pequenas embarcações. Em abril, o país manifestou disponibilidade para acolher até dez migrantes resgatados pelo navio humanitário Alan Kurdi, da ONG alemã Sea Eye, que se encontrava ao largo de Malta com 64 migrantes a bordo. “Portugal vai também acolher 100 pessoas que se encontram em campos de refugiados na Grécia, em resultado de um acordo bilateral entre os dois países”.

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Posição do PCP sobre professores pode levar Mário Nogueira a sair do partido

  • ECO
  • 8 Maio 2019

O líder da Fenprof não tem uma posição tomada, mas não exclui a possibilidade de deixar o PCP devido à "falta de abertura" que sentiu parte do partido face aos professores.

Mário Nogueira, líder da Federação Nacional de Professores (Fenprof) ainda não tem uma posição tomada, mas não afasta a possibilidade de deixar o PCP em resultado da falta de apoio que sentiu face aos professores, adiantou o sindicalista em declarações ao Público (acesso condicionado).

Em causa está a posição tomada pelo PCP na passada segunda-feira de que não abdica da contagem integral do tempo de serviço dos professores e votará contra as propostas do PSD e do CDS que condicionam aos “recursos existentes” a recuperação dos mais de nove anos de carreira que estiveram congelados.

O líder sindicalista não esconde a sua mágoa face à posição assumida pelo partido de que é militante de base, já que esta vai contribuir para deitar por terra a contagem integral do tempo de serviço congelado.

Poderia ter havido uma maior consideração pelos professores e isso põe-nos a pensar”, afirmou Mário Nogueira ao diário, isto depois de na segunda-feira ter apela diretamente aos partidos de esquerda para que se abstivessem na votação das condições propostas pelo PSD e CDS, no sentido de fazer depender a concretização da contagem do tempo de serviço das condições económicas do país.

Questionado sobre se está a pensar desfiliar-se do PCP devido à posição agora assumida por este partido, o líder da Fenprof disse que ainda não teve “tempo para pensar nisso”, mas também não descartou esta possibilidade.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 8 Maio 2019

O dia começa com más notícias para a Uber, com as paralisações dos motoristas nos Estados Unidos e no Reino Unido, e com a venda de 11 centros de dados pela Telefónica por 550 milhões de euros.

O dia começa com más notícias para a Uber que enfrenta paralisações dos motoristas nos Estados Unidos e no Reino Unido. Ainda nas empresas, a espanhola Telefónica vendeu 11 centros de dados e lucrou cerca de 260 milhões de euros, enquanto o Facebook escolheu Londres para começar a trabalhar no sistema de pagamentos através do WhatsApp. Importa ainda destacar os 40 milhões de dólares em bitcoin que foram roubados por hackers e o SUV elétrico mais barato que o da concorrência que a Mercedes vai lançar no mercado.

Reuters

Depois dos EUA, greve dos motoristas da Uber chega ao Reino Unido

A paralisação dos motoristas da Uber e da Lyft arranca esta semana nos Estados Unidos, mas o sentimento de descontentamento também se alastrou ao Reino Unido. A greve inicia-se esta quarta-feira, com os motoristas a protestarem contra a forma como são tratados pela empresa, nomeadamente no que diz respeito aos pagamentos. Nas redes sociais, os sindicatos usam a mensagem “Diga não à ganância” e pedem paralisações em Londres e outras três cidades britânicas. Estas paralisações acontecem um dia antes de a Uber lançar a sua oferta pública inicial, que a vai avaliar em 90 mil milhões de dólares (80,4 mil milhões de euros). Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Expansión

Telefónica vende 11 centros de dados. Encaixa 550 milhões

A empresa espanhola de telecomunicações, uma das maiores do mundo, chegou a acordo com o fundo de investimento Asterion Industrial Partners para a venda de 11 centros de dados em Espanha e na América Latina. O acordo inclui um contrato de prestação de serviços de housing, o que significa que a Telefónica vai continuar a prestar serviços aos clientes nesses mesmos centros. A operação deverá ficar concluída dentro de dois meses por 550 milhões de euros e a empresa prevê uma mais-valia de “aproximadamente 260 milhões de euros”. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Financial Times

Facebook escolhe Londres para testar pagamentos através do WhatsApp

A empresa fundada por Mark Zuckerberg escolheu Londres para começa a dar os primeiros passos no sistema de pagamentos através do WhatsApp. Para isso, o Facebook prevê contratar cerca de 100 novos funcionários, a maioria engenheiros de software, que serão recrutados em Londres e em Dublin, na Irlanda. A escolha do Reino Unido para este lançamento tem que ver com a força de trabalho multicultural, justificou a empresa. Na semana passada, Zuckerberg anunciou que os pagamentos através do WhatsApp seriam lançados em vários países este ano, depois de um teste inicial na Índia. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Hackers roubam 40 milhões de dólares em bitcoin

A Binance, uma das maiores bolsas de criptomoedas do mundo, viu 40 milhões de dólares (35,7 milhões de euros), o equivalente a 7.000 bitcoins, desaparecerem das suas contas através de uma única só transação. Foi uma “violação se segurança em grande escala”, disse a empresa, culpando hackers informáticos. Estes usaram uma “variedade de técnicas”, incluindo pishing e vírus, de forma a obter uma grande quantidade de dados de utilizadores. A Binance usará um fundo de emergência para cobrir qualquer incidente aos utilizadores afetados. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Cinco Días

SUV elétrico da Mercedes vai ser mais barato do que os da Tesla e da Audi

A Mercedes está decidida a vencer a concorrência e, para isso, decidiu lançar um SUV mais barato. A modelo da marca alemã vai custar 77.425 euros em Espanha (pouco mais de 78 mil em Portugal), um valor cerca de 5.000 euros inferior ao do Audi e-tron e quase 11.000 euros abaixo do Tesla Model X. Fabricado na fábrica da Mercedes em Bremen, o Mercedes EQC tem uma potência combinada máxima de 408 cavalos e dois motores elétricos. Vai dos zero aos 100km/h em apenas 5,1 segundos, atingindo uma velocidade máxima de 180 km/h. Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

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Irão faz ultimato para novo acordo nuclear e anuncia fim do limite de reservas de urânio

  • Lusa
  • 8 Maio 2019

Hassan Rouhani, presidente do Irão, deu 60 dias às potências mundiais para se negociar um novo acordo nuclear, caso contrário retomará o enriquecimento do urânio.

O Presidente do Irão deu esta quarta-feira 60 dias às potências mundiais para se negociar um novo acordo nuclear, caso contrário retomará o enriquecimento do urânio, e anunciou a redução de compromissos firmados no pacto de 2015.

Hassan Rouhani afirmou que o país vai deixar de limitar as suas reservas de urânio e água pesada, uma decisão que contraria o acordo nuclear de 2015.

O anúncio do líder iraniano foi feito num discurso à nação e teve lugar um ano após a decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar os Estados Unidos do acordo nuclear e de retomar as sanções contra Teerão.

Rouhani disse que o Irão quer negociar novos termos com os demais signatários do acordo, mas reconheceu que a situação era grave.

O Irão enviou também hoje cartas, nas quais informa da sua decisão os líderes do Reino Unido, China, União Europeia, Rússia, França e Alemanha, todos signatários e apoiantes do acordo nuclear.

Se os cinco países se juntarem às negociações e ajudarem o Irão a alcançar benefícios no campo petrolífero e bancário, o Irão retomará os compromissos assumidos no acordo nuclear“, garantiu Rouhani.

Nos termos do acordo, o Irão pode manter reservas que não podem exceder mais de 300 quilos de urânio de baixo índice de enriquecimento, um valor muito distante dos dez mil quilos de urânio enriquecido que já possuiu.

A pressão sobre o setor petrolífero aumentou no mês passado, quando Washington decidiu não renovar as isenções para a compra de petróleo cru iraniano por parte de oito países, incluindo grandes importadores, como a China, a Rússia e a Turquia.

Além disso, o Departamento de Estado dos EUA anunciou na sexta-feira a imposição de novas sanções com o objetivo de restringir o programa nuclear iraniano.

A Europa adotou uma série de medidas para tentar neutralizar as sanções dos EUA, incluindo um canal de pagamento especial mas, por enquanto, sem sucesso.

Os EUA consideram haver “uma ameaça credível” por parte de Teerão, que justifica a intensificação da sua presença militar na região.

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ACP alerta para número de mortos nas estradas. Quer colocar radares de velocidade nos semáforos

  • ECO
  • 8 Maio 2019

O Automóvel Clube de Portugal prevê mais de 500 mortos nas estradas em 2020 se não forem implementadas medidas urgentes de segurança rodoviária.

O Automóvel Clube de Portugal (ACP) acusa o Governo de ter colocado poucas coisas em prática daquilo que estava previsto no Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária aprovado há dois anos. Nesse sentido, e justificando com os números da segurança rodoviária, a entidade defende a implementação urgente de radares nos semáforos para evitar o aumento da sinistralidade nas estradas.

De acordo com um estudo feito pelo Observatório ACP à evolução da segurança rodoviária entre 2008 e 2018, citado pela TSF, se a tendência se mantiver, em 2020 deverão morrer 520 pessoas nas estradas portuguesas, muito acima da meta prevista nesse plano (399). Ou seja, são 121 vítimas mortais que podiam ser evitadas.

Assim, o ACP defende a necessidade da adoção de medidas urgentes de forma a evitar este cenário, num país que já está acima da média da União Europeia em número de mortos, feridos e acidentes rodoviários.

Uma dessas medidas é a instalação de radares nos semáforos, a alteração do Código Penal nos casos de condução sob efeito de substâncias psicotrópicas e um controlo de forma mais ativa dos veículos sem seguro ou inspeção. E ainda a criação de um Grupo de Trabalho no Parlamento e uma equipa no Ministério Público.

Basta apenas vontade política, sublinha a entidade, que apela ao cumprimento do Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária em vigor desde 2007 e até 2020. Se nada for feito, o ACP prevê mais mortos dentro e fora das localidades, entre peões e condutores, nas zonas de Lisboa, Centro, Alentejo e Algarve, bem como em acidentes com carros, motas e bicicletas.

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Exportações da China caem em período de disputas comerciais com EUA

  • Lusa
  • 8 Maio 2019

Os efeitos da guerra comercial entre a China e os EUA penalizou as exportações do país asiático. Só para os EUA, as exportações chinesas caíram 9,7% entre janeiro e abril.

As exportações da China diminuíram, em abril, numa altura em que as fricções comerciais com Washington se agravam, enquanto as importações aumentaram, reduzindo o crónico superávite do país asiático.

Os dados sobre a balança comercial chinesa foram anunciados nas vésperas de Washington aumentar as taxas alfandegárias sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares (178,4 mil milhões de euros) de bens importados da China.

As exportações chinesas caíram 2,7%, em relação ao mesmo mês do ano passado, para 193,5 mil milhões dólares (172 mil milhões de euros), depois de terem subido 14,2%, em março, segundo os dados difundidos pelas alfândegas do país.

As importações subiram 4%, para 179,6 mil milhões de dólares (160 mil milhões de euros), após o declínio de 7,6%, registado no mês anterior, num sinal de que os esforços do Governo chinês para estimular o consumo interno estão a surtir efeito.

Entre janeiro e abril, as exportações para os Estados Unidos caíram 9,7%, em termos homólogos, refletindo os efeitos da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

No mesmo período, as importações de produtos norte-americanos caíram 30,4%, após Pequim ter aumentando as taxas alfandegárias e ordenado as empresas do país a reduzir as compras ao país, em retaliação.

Os governos das duas maiores economias do mundo impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares das exportações de cada um.

Em causa está a política de Pequim para o setor tecnológico, que visa transformar as firmas estatais do país em importantes atores globais em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Os EUA consideraram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

Os exportadores americanos foram os mais atingidos pelas disputas comerciais, mas as indústrias chinesas consideradas chave nos planos de desenvolvimento de Pequim, incluindo o setor tecnológico, sofreram quedas de dois dígitos nas exportações para os EUA.

Os dois países estão em negociações desde que, em dezembro passado, acordaram um período de tréguas, que foi entretanto prolongado, visando chegar a um acordo.

No entanto, no domingo passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que os EUA vão aumentar as taxas alfandegárias, na sexta-feira.

“Durante dez meses, a China pagou taxas alfandegárias aos Estados Unidos de 25% sobre 50 mil milhões de dólares [44,6 mil milhões de euros] de [bens] tecnológicos, e 10% sobre 200 mil milhões de dólares de outros bens”, escreveu Trump, na rede social Twitter.

“Os 10% vão ser aumentados para 25% na sexta-feira”, acrescentou.

Os EUA acusam Pequim de tentar renunciar a compromissos assumidos em conversas anteriores.

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Venda da Opway revertida. Construtora regressa para as mãos dos antigos donos

  • ECO
  • 8 Maio 2019

No final de 2017, a construtora foi vendida à Nacala Holdings, mas o processo foi revertido. Em causa estão alegados incumprimentos contratuais por parte dos compradores.

A venda da Opway à Nacala Holdings, que aconteceu no final de 2017, foi revertida. A construtora voltou, assim, para as mãos dos antigos donos, que terão alegado incumprimento contratual por parte da compradora.

O processo voltou atrás em dezembro do ano passado, adianta o Jornal de Negócios (acesso pago), que fala em incumprimento contratual por parte da Nacala Holdings, relativamente ao contrato de venda assinado. O mesmo documento previa um compromisso de capitalização da Opway, que também acabou por não acontecer.

A Nacala Holdings, que chegou a planear incluir a Opway no Grupo Elevo, o qual tinha comprado em setembro de 2017 ao fundo Vallis, não terá levantado oposição ao acordo que ditou a reversão da venda.

Assim, com esta reversão, a Opway regressou à Spring Charisma e, em março, passou a ter um novo Conselho de Administração, liderado agora por Luís Duarte. Na administração inclui-se agora Daniel Lucas, com ligações à empresa moçambicana Nadhari, que em 2015 apresentou a proposta mais alta pela Opway no leilão realizado pela Espírito Santo Industrial (ESI), mas a venda não aconteceu.

Desde o colapso do Banco Espírito Santo (BES), a construtora já passou por várias dificuldades. A queda do banco teve um impacto imediato na Opway, tendo sido forçada a avançar com uma segunda restruturação pouco tempo depois de ter concluído a primeira. Em 2015 recorreu ao Processo Especial de Revitalização (PER) e, nesse mesmo ano, acabou por ser leiloada por 1,35 milhões de euros, diz o Negócios.

Continuou com dívidas de 150 milhões de euros à banca e 20 milhões a fornecedores e o PER acabou por se atrasar mais de um ano. Em 2016 o problema foi a Caixa Geral de Depósitos, o seu maior credor na altura.

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Papeleiras pressionam Lisboa. PSI-20 cai pelo sétimo dia

O índice de referência nacional sofre perdas ligeiras em linha com os pares europeus. Está a ser pressionado pelo recuo da Altri e Semapa em dia de ex-dividendo e de resultados para a EDP Renováveis.

A bolsa nacional arrancou em terreno negativo, naquela que é a sétima sessão consecutiva de perdas. O PSI-20 sofre perdas ligeiras, pressionado pelas papeleiras.

O índice PSI-20 iniciou a sessão a desvalorizar uns escassos 0,07%, para os 5.229,39 pontos, enquanto o Stoxx 600, referência europeia, perde 0,2%.

O rumo do índice bolsista nacional está a ser penalizado pela queda dos títulos das papeleiras, com a Altri e a Semapa a verem as suas ações recuarem 0,83% e 0,28%, respetivamente, para os 6,59 e 14,04 euros.

Também a Nos se destaca nas perdas, recuando em bolsa 0,85%, para os 5,81 euros por ação.

Contudo, compete à EDP Renováveis ser a principal referência da sessão. Antes da abertura do mercado, a empresa liderada por Manso Neto anunciou as contas do primeiro trimestre em que reportou uma quebra de 35% dos seus lucros, para 61 milhões de euros, castigada pelos custos da dívida.

O rumo das ações da empresa de energias renováveis está ainda a ser influenciado pela entrada em ex-dividendo, com estas a caírem ainda assim uns ligeiros 0,23%, para os 8,58 euros. Na próxima sexta-feira, a EDP Renováveis distribui um dividendo bruto de sete cêntimos por ação.

Pela positiva, destaque para os CTT que ganham 1,78%, para os 2,52 euros, a recuperar das fortes perdas recentes. Já a EDP soma 0,18%, para os 3,306 dando algum suporte adicional ao índice PSI-20.

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