Vacina volta a impulsionar bolsas. Galp Energia sobe mais de 7%

O dia voltou a ser de ganhos nas praças europeias. A bolsa nacional subiu 1%, impulsionada pela Galp Energia, mas também pelo BCP.

Depois de um dia marcado pela euforia que se seguiu ao anúncio da farmacêutica Pfizer, cuja vacina terá uma eficácia de 90% contra a Covid-19, o ânimo perante estes desenvolvimentos continuou a contagiar as bolsas europeias. A sessão desta terça-feira voltou a ser de ganhos, e a praça lisboeta não foi exceção, impulsionada pelos ganhos da Galp Energia, que subiu mais de 7%, e do BCP.

O principal índice de referência nacional, o PSI-20, avançou 1% para 4.264,82 pontos. Entre as 17 cotadas do índice, oito terminaram a sessão no “verde”, enquanto nove ficaram abaixo da “linha de água”.

Nos ganhos, o destaque vai para a Galp Energia, que subiu 7,34% para os 8,874 euros, máximos de 17 de setembro, depois de na sessão anterior ter disparado 19%. Já o BCP somou 4,31% para os 0,0944 euros. Nota também para a Sonae, que ganhou 4,57% para os 0,584 euros, e para a Nos, que avançou 3,24% para os 3,06 euros.

Galp Energia brilha em Lisboa

Por outro lado, nas perdas, encontra-se o grupo EDP e a Jerónimo Martins. A EDP Renováveis recuou 1,57% para os 16,34 euros, enquanto a EDP perdeu 1,47% para os 4,357 euros. Já a retalhista caiu 1,76% para os 13,99 euros.

Os títulos dos CTT caíram também, 1,38% para 2,150 euros por ação, depois de o CaixaBank/BPI ter cortado o preço-alvo da ação para 2,90 euros (contra o anterior 3,95 euros) devido a uma alteração na avaliação no Banco CTT.

No Velho Continente, o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 1%. O espanhol IBEX 35 avançou 3,8%, enquanto o francês CAC 40 e o britânico FTSE 100 ganharam 1,9%. Já o alemão DAX somou 0,8%.

(Notícia atualizada às 17h00)

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GNB Seguros procura novos parceiros para expandir negócios

  • ECO Seguros
  • 10 Novembro 2020

A seguradora do Crédit Agricole tem a administração confirmada por 4 anos e quer canais de distribuição com novos parceiros para alavancar o know-how da companhia e do Grupo francês.

A GNB Seguros, agora detida a 100% pela Crédit Agricole Assurances, o 7º maior grupo segurador europeu com 37 mil milhões de euros de prémios emitidos em 2019, teve a sua administração confirmada pela ASF e vai agora desenvolver a sua estratégia para Portugal.

François Baudienville, administrador delegado da seguradora, definiu a ECOseguros os eixos fundamentais de desenvolvimento da seguradora:

  • Continuar a desenvolver o negócio de seguros não vida com o Grupo Novo Banco, de forma a maximizar o forte potencial do modelo de bancassurance, e oferecer as melhores soluções possíveis em termos de seguros aos seus clientes;
  • Acelerar o programa de transformação com base na inovação, no intuito de cumprir a “razão de ser” do Grupo Crédit Agricole que é trabalhar todos os dias no interesse dos seus clientes e da sociedade;
  • Desenvolver canais de distribuição com novos parceiros para alavancar o know-how da empresa e do Grupo Crédit Agricole Assurances”, conclui.

Em relação aos novos parceiros o CEO refere: “atualmente somos especialistas no modelo de bancassurance para clientes de retalho, profissionais independentes e PME’s, por isso acreditamos conseguir trazer valor a novos parceiros na área da banca”. François Baudienville, acrescenta “estamos abertos e queremos aproveitar oportunidades que surjam, mas já estamos a estudar e a desenvolver parcerias B2B2C nos segmentos de retalho e negócios”.

Administração confirmada até 2023

Entretanto a ASF confirmou os nomeados órgãos sociais da GNB Seguros para os próximos quatro anos. François Baudienville continua administrador delegado/CEO, cargo que já ocupava. O gestor tem carreira feita no grupo financeiro Crédit Agricole, dos quais quatro anos como diretor de auditoria da CA Assurances. Começou carreira na EY, após licenciatura em Sciences Po e mestrado na HEC, ambas em Paris onde esteve até liderar a GNB Seguros.

Guillaume Michel Oreckin é o Presidente e Jean-Luc François o vice-presidente e ambos acumulam estas funções com iguais exercidas na Abanca Generales De Seguros Y Reaseguros, recente parceria do Abanca com o Crédit Agricole para uma seguradora ibérica digital only. Hervé Hassan, Isaac Dias da Cunha e Mário Gouveia completam o conselho de administração.

A GNB Seguros, que completa 25 anos em 2021, acabou de reforçar a parceria a longo prazo com o Grupo Novo Banco, na área de distribuição de seguros Não Vida. Com um volume de prémios de cerca de 78 milhões de euros em 2019, dos quais cerca de um terço proveniente de seguros de saúde, a companhia é a 13ª maior seguradora em Portugal nos ramos Não Vida. A GNB Seguros manteve o nível de faturação no 1º semestre deste ano em relação a igual período do ano passado.

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Administração Pública vai ter 500 estágios que pagam quase mil euros

No próximo ano, será lançado um programa de estágios nas Administrações Central e Local, que terão duração de nove meses e darão direito a uma bolsa de quase mil euros.

Com vista a rejuvenescer os recursos humanos da Administração Pública, o Governo planeia lançar no próximo ano um programa de estágios remunerados destinados aos jovens com habilitações superiores que estejam desempregados ou à procura do primeiro emprego. Em causa estão 500 estágios a tempo completo, com uma bolsa de 998,50 euros e que, no total, deverão custar aos cofres do Estado cerca de 6,7 milhões de euros.

De acordo com a nota explicativa entregue pelo Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública no Parlamento, no âmbito das audições de apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, o Governo tem preparadas três ferramentas para rejuvenescer os quadros públicos: aplicar a regra de, pelo menos, uma entrada por cada saída; colocar os trabalhadores selecionados no primeiro processo de recrutamento centralizado; e lançar um programa de estágios nas Administração Central e Local.

Segundo o Ministério de Alexandra Leitão, o objetivo desse último programa é construir um “espaço de desenvolvimento de competências de jovens com formação superior, permitindo um primeiro contacto com o mercado de trabalho onde os estagiários e as entidades empregadoras beneficiam mutuamente de uma lógica de transmissão e renovação de conhecimento institucional e intergeracional“.

Os estágios serão destinados, assim, aos jovens com habilitações superiores, que estejam desempregados ou à procura do primeiro emprego, contribuindo para que estes possam “desenvolver competências e adquirir experiência em contexto de trabalho”.

Este programa será lançado em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e já é certo que os estágios durarão até nove meses. O Governo estima gastar 6,7 milhões de euros para a realização de 500 estágios a tempo completo, ainda que haja a possibilidade de estagiar apenas a tempo parcial de modo a permitir a “acumulação com formação”.

Na nota explicativa enviada ao Parlamento, o Governo revela ainda que serão atribuídas bolsas de estágios de 998,5 euros (brutos, em princípio) e que os jovens que concluam o estágio com aproveitamento vão beneficiar de uma “majoração na pontuação em futuro procedimento de recrutamento”, ou seja, ficarão em vantagem num eventual processo de recrutamento para um posto de trabalho no Estado.

Promove-se assim, diz o Governo, a “integração destes nos quadros da Administração Pública, atraindo talento jovem, e evitando futuras situações de precariedade”.

Esta medida é importante também porque é prometida numa altura em que, face ao impacto da pandemia de coronavírus, o número de desempregados está a aumentar. Além disso, uma vez que a crise provocada pela Covid-19 também está a afetar outros países, as opções daqueles que perderam o posto de trabalho estão mais limitadas.

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Falta de apoios na hotelaria vai originar falências. “Quando houver turistas não haverá hotéis”

A hotelaria afirma que a forma como o Governo olha para o setor "revela um profundo erro de análise" e que se não houver apoios serão muitas as falências.

Assim como a restauração, também a hotelaria tem alertado para as consequências que as últimas medidas decretadas vão ter nos hotéis. A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) diz que o Governo está a olhar para o setor de forma errada e que, se não forem concedidos apoios, serão muitos os hotéis a abrirem falência. “O quarto que não se vende hoje não fica em stock para amanhã”, afirma a associação.

A forma como o primeiro-ministro encara a hotelaria revela um profundo erro de análise e a decisão de proibição de circulação no âmbito do estado de emergência agora decretado vem agravar ainda mais a situação do setor”, começa por referir a AHP, num comunicado enviado esta terça-feira.

O presidente da associação diz-se surpreendido com as medidas decretadas, mas sobretudo com as exceções, que preveem idas ao supermercado. “As medidas, mas sobretudo as exceções, deste decreto governamental surpreendem-nos, e muito. “Não se alcança o sentido de (…) serem admitidas certas exceções (…) e serem colocadas limitações em 121 concelhos aos empreendimentos turísticos e aos estabelecimentos de restauração. O que está a acontecer é que mesmo as poucas reservas que havia para estes dois fins de semana vão ser canceladas“, afirma Raul Martins.

O responsável deixou ainda críticas às declarações de António Costa esta segunda-feira, durante a entrevista à TVI. “E [surpreendem-nos] mais ainda as infelizes declarações do primeiro-ministro de ontem. Ao contrário do que o primeiro-ministro pensa, o quarto que não se vende hoje não fica em stock para amanhã“, diz.

Raul Martins afirma que “não há hóspedes” e antecipa que mais de 70% dos hotéis estejam encerrados e não reabram antes da primavera de 2021. “Na época baixa, vivemos sobretudo das reservas de fim de semana e dos eventos (…), que este ano pouco há. E com o estado de emergência e esta proibição da circulação (…), a situação é desesperante para quem ainda se mantém aberto”.

“Se somos os primeiros interessados em que exista um generalizado cumprimento das regras que permitam controlar o crescimento da pandemia no nosso país, não podemos concordar quando estas avançam com medidas pouco claras e discricionárias, decididas em cima da hora e sacrificam as poucas unidades hoteleiras e os trabalhadores que lutam por manter as suas portas abertas”, afirma o responsável.

O presidente da AHP termina relembrando que se estima uma quebra de até 46,6 milhões de euros nas dormidas este ano e de até 3,6 mil milhões de euros em receitas. “Esperamos, sinceramente, que o Governo corrija rapidamente este erro. Sem apoios as empresas de hotelaria irão à falência e quando houver turistas não haverá hotéis disponíveis“.

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Brisa é a operadora de infraestruturas rodoviárias mais sustentável da Europa

  • ECO
  • 10 Novembro 2020

A classificação foi atribuída pelo ranking ESG GRESB 2020 que inclui mais de 540 fundos e ativos, com um valor estimado superior a 5,3 biliões de dólares.

A Brisa comunicou esta terça-feira que foi classificada, no ranking GRESB 2020, como a operadora de infraestruturas rodoviárias mais sustentável da Europa e a segunda a nível mundial. Na edição deste ano, a empresa obteve 94 pontos, mais três do que em 2019, a melhor pontuação entre 21 empresas europeias do setor.

“Para este resultado contribuiu a aposta da Brisa num modelo de negócios sustentável, no investimento em programas de eficiência energética e descarbonização da mobilidade”, referiu a empresa em comunicado.

Criado em 2009, GRESB é o principal ranking ESG para investimentos imobiliários e de infraestruturas. Este ano atribuiu também, pelo segundo ano consecutivo, o rating cinco estrelas ao grupo Brisa pelo desempenho na promoção de boas práticas e resultados nos critérios ESG – ambientais, sociais e de governação.

António Pires de Lima, presidente executivo da Brisa, sublinhou que “o primeiro lugar no ranking GRESB 2020 é o reconhecimento do trabalho e do compromisso da Brisa com um futuro mais sustentável. Vamos prosseguir neste caminho e lançar novas iniciativas que nos mantenham na liderança ESG da indústria de infraestruturas”.

No critério ambiental, a Brisa obteve pontuação máxima (100/100), que compara com os 44 pontos de média do ranking GRESB 2020, cobrindo indicadores como Biodiversidade e Habitats, Qualidade do Ar, Emissões de Gases com Efeito de Estufa, Energia e Gestão de Resíduos.

Clientes, Saúde e Segurança, Relações com Stakeholders, Reporte e Liderança, foram os restantes indicadores em que a Brisa atingiu a pontuação máxima, num total de 14 indicadores avaliados pelo GRESB.

Desde 2017 que a Brisa participa no ranking GRESB, que mede e avalia empresas do setor imobiliário e de infraestruturas através de critérios ESG, monitoriza o progresso face às metas globais de sustentabilidade e serve de referência para o processo de decisão dos investidores e gestores de fundos em todo o mundo.

A Brisa já tinha, no ano passado, alcançado a liderança como operador europeu de manutenção de rede de autoestradas, uma posição consolidada em 2020 a nível global. Num total de 406 empresas imobiliárias e de operadores de infraestruturas, avaliadas pelo GRESB, a Brisa ocupa a décima posição no índice global de 2020.

O ranking de 2020, para infraestruturas, inclui mais de 540 fundos e ativos, com um valor estimado superior a 5,3 biliões de dólares. A avaliação do GRESB serve de referência a mais de 100 investidores institucionais e financeiros.

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Comissão Europeia fecha compra de vacinas da Pfizer “nos próximos dias”

  • Lusa
  • 10 Novembro 2020

A Comissão Europeia quer assegurar o acesso a seis potencias vacinas para a Covid-19 para distribuir na UE e vai “nos próximos dias” assinar um contrato de aquisição com a BioNTech e Pfizer.

A Comissão Europeia quer assegurar o acesso a seis potencias vacinas para a Covid-19 para distribuir na União Europeia (UE) e vai “nos próximos dias” assinar um contrato de aquisição com as farmacêuticas BioNTech e Pfizer. O anúncio foi feito pela comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, numa entrevista a várias agências de notícias europeias, incluindo a Lusa.

“Até agora, já concluímos três acordos, com a AstraZeneca, a Sanofi-GSK e a Johnson & Johnson, e já terminámos negociações com outras três produtoras de vacinas – a BioNTech e Pfizer, a Curevac e a Moderna –, portanto é provável que tenhamos um portefólio de cerca de seis vacinas promissoras”, declarou Stella Kyriakides.

“Este era o nosso objetivo desde o início, ter um portefólio que nos permitisse ter maiores possibilidades de sermos bem-sucedidos no acesso a vacinas seguras e eficazes”, acrescentou a responsável nesta entrevista à Lusa e a outras agências, como a AFP e Efe, que será publicada na íntegra na quarta-feira.

A comissária europeia da Saúde classificou ainda como “bastante encorajadora” a notícia de segunda-feira sobre a eficácia de 90% de uma potencial da vacina para a covid-19 das farmacêuticas norte-americana Pfizer e alemã BioNTech.

“No caso da BioNTech e Pfizer, nós já concluímos as negociações e esperamos que este contrato seja assinado nos próximos dias”, após a adoção formal do documento no colégio de comissários de quarta-feira, precisou Stella Kyriakides.

No que toca aos procedimentos de validação, a responsável indicou que “a Agência Europeia dos Medicamentos já começou a sua avaliação contínua dos dados relativos às vacinas da BioNTech e Pfizer e da AstraZeneca”.

“Isto significa que a Agência Europeia dos Medicamentos começou já a avaliar a parte preliminar destas vacinas, no que toca a estudos laboratoriais, não a dados clínicos”, explicou.

Já questionada sobre a disponibilização das vacinas aos Estados-membros da UE, Stella Kyriakides salientou que, tal como acordado pelos países, esta será uma distribuição “baseada na população” e será feita ao mesmo tempo para todos, quando as potenciais vacinas se revelarem eficazes e seguras.

Vacina da Pfizer com resultados promissores

Na segunda-feira, a Pfizer revelou que dados provisórios sobre a sua vacina contra o novo coronavírus indicam que pode ser eficaz em 90% dos casos. O anúncio não significa, contudo, que uma vacina esteja iminente. A análise provisória, de um conselho independente de monitorização dos dados, verificou 94 infeções registadas até agora num estudo que envolveu quase 44.000 pessoas nos EUA e em cinco outros países.

A Pfizer não forneceu mais detalhes sobre estes casos e alertou que a taxa de proteção inicial pode mudar até o final do estudo.

Também esta terça-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse em comunicado que o executivo comunitário irá aprovar na quarta-feira a aquisição de 300 milhões de doses da vacina da BioNTech e Pfizer, classificando como a “mais promissora até agora”.

Até ao momento, a Comissão Europeia já assinou contratos com três farmacêuticas para assegurar vacinas para a Europa quando estas se revelarem eficazes e seguras: a AstraZeneca (300 milhões de doses), a Sanofi-GSK (300 milhões) e a Johnson & Johnson (200 milhões).

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Investidores mais cautelosos. Wall Street negoceia misto depois da euforia da vacina

Depois de uma sessão de fortes ganhos por causa das novidades da vacina e da eleição de Biden, os mercados estão agora mais cautelosos. S&P 500 e Nasdaq recuam, enquanto o Dow Jones valoriza.

Os investidores estão mais cautelosos esta terça-feira, depois de a euforia despertada pela eleição de Joe Biden e a publicação de dados animadores da vacina da Pfizer terem atirado as bolsas mundiais para máximos históricos na sessão anterior. As negociações em Wall Street seguem mistas, com o S&P 500 e o Nasdaq a desvalorizarem, enquanto o industrial Dow Jones negoceia acima da linha de água.

O índice de referência cai 0,2%, para 3.543,26 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq perde 0,78%, para 11.622,44 pontos. As tecnológicas foram das cotadas que mais beneficiaram do boom do teletrabalho e estão agora entre as que mais perdem face à possibilidade de surgimento de uma vacina com mais de 90% de eficácia. Já o Dow Jones sobe 0,33%, para 29.254,17 pontos.

Os títulos da Netflix desvalorizam 0,76% para 466,92 dólares, enquanto os da Amazon caem 2,75% para 3.057,19 dólares, depois de a Comissão Europeia ter acusado formalmente a empresa de violar as regras da concorrência no mercado europeu, assim como uma nova investigação à gigante do e-commerce.

As ações do Zoom também são penalizadas pelas melhores perspetivas de combate à pandemia, afundando 7,46%, para 382,42 dólares. Já os da Apple avançam 0,35% para 116,72 dólares, no dia em que a gigante tem um evento marcado, onde se espera que apresente uma nova geração de computadores portáteis Mac.

Na indústria, a Boeing está a subir 5,62%, para 189,45 dólares, igualmente face às perspetivas de desconfinamento. Aliás, o sentimento está a impulsionar de um modo geral as cotadas do setor da aviação civil e dos cruzeiros, que têm sido dos mais fustigadas pelas restrições à circulação e às viagens impostas em resposta à crise pandémica.

Na segunda-feira, o índice industrial Dow Jones renovou máximos históricos, não só por causa da euforia em torno da vacina da Pfizer, mas também por causa da eleição de Joe Biden para novo presidente dos Estados Unidos. Os investidores esperam que a escolha do democrata seja sinónimo do fim das guerras comerciais que marcaram o mandato do republicano Donald Trump.

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Sitio vai abrir mais três espaços em Lisboa e no Porto ainda este ano

A rede de espaços partilhados Sitio continua a crescer e vai abrir três novos espaços em Lisboa e no Porto ainda este ano. Para 2021, está prevista a expansão para Setúbal e Torres Vedras.

A empresa portuguesa Sitio investiu mais de um milhão de euros na abertura de três novos espaços em Lisboa e no Porto até ao final deste ano. O investimento em novas unidades tem como objetivo responder à procura das empresas por soluções que permitam a mobilidade e o trabalho remoto dos seus colaboradores devido à pandemia. Para 2021, está prevista ainda a abertura de espaços em Setúbal e Torres Vedras.

Os dois espaços no Porto vão ficar instalados na Rua de Campo Alegre e na Rua Costa Cabral, com capacidade para acolher 98 pessoas em espaços de escritório privado. Em Lisboa, os espaços vão abrir no Centro de Escritórios das Laranjeiras, em Sete Rios, o espaço de cowork terá capacidade para 300 postos de trabalho.

Os espaços contam com áreas de trabalho flexíveis, salas de reuniões para uso comum, cozinhas e food courts equipados, e zonas lounge.

D.R.sitio

“Assim, e em contraciclo com a contração económica prevista, o plano de crescimento do sitio mantém-se para 2021, prevendo-se que possa ainda ser reforçado, fruto da crença inequívoca que os espaços partilhados serão o futuro. A atual crise que vivemos, e as consequentes alterações às dinâmicas de trabalho que esta fomenta, valorizam muito o serviço prestado, em especial a flexibilidade”, refere José Pedro Pinto, partner do sitio, citado em comunicado.

Na escolha geográfica dos espaços, a empresa adianta ainda que a sua estratégia passa por estabelecer-se nos centros urbanos mais significativos do país, mas também em outras zonas muito procuradas no mercado imobiliário e onde existe também qualidade de vida, como Torres Vedras, Ericeira, Setúbal, Sines ou Faro, que fazem parte dos planos de expansão da rede.

“Imagine o cenário: um membro do Sitio, que trabalha em Lisboa, tem uma reunião no Porto. Se quiser pode marcar com o seu cliente num dos espaços da rede existentes na cidade invicta. É isso que queremos ser no futuro, a maior rede de espaços de trabalho partilhados do país. Ser a melhor opção para as empresas enfrentarem os desafios do futuro em termos de instalações e localizações das suas equipas e colaboradores”, reforça o responsável.

Com a abertura dos três espaços até ao final do ano, o sitio aumenta a rede de espaços partilhados para 21 localizações no país, distribuídos por 12 espaços de trabalho e 9 residências, em Lisboa e no Porto.

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Parlamento Europeu e Conselho chegam a acordo sobre orçamento e fundo de recuperação

O Parlamento Europeu e a presidência alemã do Conselho da União Europeia chegaram a acordo sobre o Quadro Financeiro Plurianual (QFP 2021-2027) e o fundo de recuperação Próxima Geração UE.

Há fumo branco nas instituições europeias. O Parlamento Europeu e a presidência alemã do Conselho da União Europeia chegaram a acordo esta terça-feira sobre o Quadro Financeiro Plurianual (QFP 2021-2027) e o fundo de recuperação europeu Próxima Geração UE. Mas ainda não está tudo concluído para que os fundos comecem a ser libertados.

O anúncio do acordo foi feito no Twitter pelo porta-voz da presidência alemã do Conselho da União Europeia, Sebastian Fischer: “Um acordo para a Europa — os negociadores do Conselho e do Parlamento Europeu chegaram a um acordo político no Orçamento da União Europeia e no pacote da recuperação“, escreveu, referindo que houve um reforço dos programas centralizados na Comissão Europeia, ao mesmo tempo que são respeitadas as conclusões do Conselho Europeu de julho. Porém, avisa que agora é preciso a “aprovação final” do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu.

O mesmo anúncio foi também feito pelo comissário europeu para o Orçamento, Johannes Hahn: “Acordo feito! A UE mostrou a sua capacidade de ação ao assegurar a ajuda urgente, necessária e vital para as empresas, os cidadãos e as regiões nesta crise sem precedentes“, escreveu numa publicação no Twitter.

Se este acordo for aprovado tanto no plenário (pelos eurodeputados) como no Conselho Europeu (pelos chefes dos Estados-membros), será concretizado o acordo de julho dos líderes europeus. Após o processo legislativo, que pode demorar meses — há ainda Parlamentos nacionais que têm de o aprovar –, o dinheiro começará a chegar vários Estados-membros. Além disso, a Comissão Europeia tem ainda tem de ir aos mercados obter o financiamento.

A votação no plenário do Parlamento Europeu relativa ao Quadro Financeiro Plurianual (QFP 2021-2027) deverá ter lugar no final deste mês, enquanto a parte legislativa relativa à também chamada de “bazuca” europeia já foi aprovada anteriormente pelos eurodeputados. Aqui não se preveem problemas. O mesmo não se pode dizer do lado do Conselho Europeu.

O governo da Hungria, liderado por Viktor Orbán, já fez saber que não está agradado com o acordo, nomeadamente com a parte relativa ao Estado de direito que foi acordada na semana passada. De acordo com o Politico e o Expresso, Orbán, que é acusado de infringir várias regras do Estado de direito e que está suspenso do Partido Popular Europeu (PPE), enviou uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a ameaçar vetar o acordo, nomeadamente a legislação do aumento dos recursos próprios necessária para a “bazuca”, a qual precisa de unanimidade entre os Estados-membros.

Em reação, Manfred Weber, líder parlamentar do PPE, disse que “quem respeita o Estado de direito não tem nada a temer deste mecanismo”. “Se Viktor Orbán quer parar o uso dos fundos para todos, então terá de dar explicações aos milhões de trabalhadores e empresários, aos presidentes de câmara e aos estudantes, aos investigadores e aos agricultores que estão a contar com a ajuda destes fundos“, disse Weber ao Politico.

Ao todo, a União Europeia irá mobilizar 1,8 biliões de euros ao longo dos próximos sete anos para combater aos efeitos da crise pandémica. A maior fatia (1.074 mil milhões de euros) chegará através do Quadro Financeiro Plurianual, instrumento que já existia. Contudo, adicionalmente serão disponibilizados 750 mil milhões de euros (onde se incluem os 390 mil milhões de euros de subvenções a fundo perdido) do fundo de recuperação europeu.

Desse montante, Portugal deverá receber 15,3 mil milhões de euros em subvenções e poderá aceder a empréstimos no valor de 15,7 mil milhões de euros até 2023. Do Quadro Financeiro Plurianual chegarão da Europa 29,9 mil milhões de euros entre 2021 e 2027 para o país. O Governo já entregou um esboço do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) à Comissão Europeia, o qual será o instrumento que absorverá a maior parte das subvenções europeias.

Parlamento Europeu consegue reforço do Erasmus+

Desde cedo que os eurodeputados fizeram saber que não estavam contentes com o desenho final do acordo de julho do Conselho Europeu, apesar de elogiarem a criação de um instrumento sem precedentes na União Europeia. Apesar de não ter conseguido impor todas as suas exigências, o Parlamento conseguiu negociar um mecanismo que liga o Estado de direito ao orçamento europeu, e ainda mais algumas vitórias.

De acordo com o comunicado da presidência alemã, há um reforço de 15 mil milhões de euros em programas da UE como o Horizon Europe, EU4Health e o Erasmus+ face à proposta inicial. Foi ainda introduzida mais flexibilidade para “permitir à UE responder a necessidades imprevistas”, com mil milhões de euros, e foi introduzida uma maior ambição na despesa que envolva a biodiversidade, clima e igualdade de género. O orçamento do EU4Health, por exemplo, triplicou com as exigências dos eurodeputados. Este dinheiro virá de parte das receitas das multas da concorrência europeia que, até agora, iam na totalidade para os Estados-membros.

Ficou também fixado um calendário para a introdução de novos recursos próprios. De acordo com o eurodeputado José Manuel Fernandes, este calendário terá valor legal, se o acordo for aprovado, e será implementado da seguinte forma: em 2021 (com retroativos) haverá uma contribuição sobre os plásticos, a taxa sobre as emissões de carbono em 2023, uma taxa digital em 2024 e uma taxa sobre as transações financeiras ou uma base tributável comum para os impostos das empresas em 2026.

O objetivo é que a receita destes novos recursos próprios sejam suficientes para reembolsar a dívida contraída pela Comissão Europeia (750 mil milhões de euros), não sendo assim necessário recorrer a contribuições dos Estados-membros ou a cortes no QFP.

Eurodeputados pressionam chefes de Estado

Na conferência de imprensa em que anunciaram o acordo, os eurodeputados responsáveis pelas negociações colocaram o ónus no Conselho Europeu. “Já não há desculpas“, disse diversas vezes José Manuel Fernandes, o eurodeputado do PSD, pedindo aos chefes de Estado que aprovem em breve este acordo para que os próximos passos legais possam ser dados.

Espero que o dinheiro chegue aos países antes do final do próximo ano“, disse Margarida Marques, eurodeputada do PS, outra das responsáveis pelas negociações, referindo que o Parlamento Europeu está a cumprir com os prazos. Contudo, a eurodeputada admitiu que possivelmente só na primavera é que os parlamentos nacionais irão aprovar o acordo e só depois é que a Comissão Europeia poderá ir aos mercados financeiros, o que atrasará o processo. O objetivo inicial era ter os fundos a chegar aos países no início do próximo ano.

Tal como Manfred Weber, os eurodeputados responsáveis pelas negociações avisaram países como a Hungria e a Polónia, que ameaçam bloquear a parte do acordo que exige unanimidade, que se quiserem vetar terão de o fazer para o conjunto de todas as verbas, colocando em risco a recuperação económica de toda a União Europeia, inclusive dos seus cidadãos. A bola está do lado do Conselho Europeu.

(Notícia atualizada às 16h28 com mais informação)

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StayAway com 2,5 milhões de downloads, mas só 1.306 infetados

A aplicação de rastreio da Covid-19 em Portugal continua a somar downloads, mas a eficácia é comprometida pela reduzida quantidade de códigos inseridos voluntariamente pelos doentes no aplicativo.

A aplicação portuguesa de rastreio à Covid-19 ultrapassou os 2,5 milhões de downloads, número que representa mais de 38% dos 6,5 milhões de portugueses que terão capacidade para correr a aplicação num telemóvel. Foram já 2.559.432 as descargas da StayAway Covid a partir das principais “lojas” de aplicações, contabilizou o INESC TEC na segunda-feira.

Porém, a quantidade de códigos gerados e introduzidos por pessoas infetadas continua aquém dos números diários de novos casos de Covid-19, comprometendo a eficácia do aplicativo. Estes códigos, exclusivamente gerados por médicos credenciados, permitem a um utilizador da StayAway Covid diagnosticado com Covid-19 alertar os outros utilizadores com quem se cruzou nos últimos dias.

Segundo informação partilhada com o ECO, o total de códigos gerados pelos médicos após diagnóstico positivo da Covid-19 era de apenas 4.485 esta segunda-feira. E o número de códigos efetivamente introduzidos voluntariamente no sistema pelos utilizadores é ainda menor: foram apenas 1.306, numa altura em que Portugal apresenta uma média de novos casos diários a rondar os 5.000.

A aplicação StayAway Covid foi lançada pelo INESC TEC em setembro e permite detetar possíveis cadeias de transmissão do novo coronavírus de forma anónima. A ferramenta foi catapultada para o centro da agenda mediática no mês passado, depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter apresentado uma proposta para tornar a sua instalação obrigatória. A medida foi altamente criticada por especialistas e pela opinião pública e acabou por ser posta na gaveta.

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Bondalti: Hidrogénio verde precisa de mercado europeu regulado para ser competitivo

  • Lusa
  • 10 Novembro 2020

"Acreditamos que devemos ter um mercado regulado para conseguirmos produzir hidrogénio a preços competitivos", defende Teresa Marques.

A diretora de Energia da Bondalti, Teresa Marques, defendeu, esta terça-feira, a criação de um mercado regulado para toda a indústria europeia, para se conseguir produzir hidrogénio verde a preços competitivos e deixar de se importar de outros continentes.

A responsável pela área de Energia da produtora química portuguesa Bondalti (antigo grupo químico CUF, que pertence ao Grupo José de Mello) participava num painel do Fórum Luso-Alemão 2020, que decorreu em formato digital, a partir de Berlim, centrando-se este ano no tema “Como combinar competitividade e proteção climática? Um olhar sobre as empresas alemãs e portuguesas e as implicações da presidência do conselho da união europeia”, juntamente com Erica Bellmann, do Fundo Mundial para a Natureza – Alemanha (WWF Germany), o professor João Peças Lopes, do INESC TEC e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o vice-presidente da Evonik, Thomas Haas, e o diretor do Instituto para a Inovação e Tecnologia, Marc Bovenschulte.

Acreditamos que devemos ter um mercado regulado para conseguirmos produzir hidrogénio a preços competitivos, caso contrário vai continuar a ser importado hidrogénio de outros países fora da Europa, que pode ser verde ou não”, apontou Teresa Marques.

“O grande desafio é o custo da energia. Precisamos mesmo de uma plataforma estável para o hidrogénio, com uma estrutura previsível de políticas europeias”, acrescentou.

Por seu turno, Marc Bovenschulte também enfatizou a necessidade de um “mercado justo” no setor da energia, para que o “hidrogénio verde possa sobreviver, sem ser ultrapassado por hidrogénio azul ou cinza que vem de fora”. “Definitivamente, precisamos que a regulamentação garanta a conformidade com os objetivos climáticos”, acrescentou.

Na opinião do vice-presidente da Evonik, Thomas Haas, o setor político deve, antes de mais, criar um conjunto de regras que torne a energia competitiva para os investidores na Europa, sendo o segundo passo o financiamento. “O financiamento é algo que a União Europeia faz muito bem, mas precisamos de ambos”, considerou Thomas Haas.

Na ótica de Erica Bellmann, “critérios sustentáveis claros e regras também claras darão aos investidores confiança para apostar na Europa”. “Precisamos de compromisso por parte das empresas e do setor da inovação, mas também precisamos de muito compromisso por parte dos Governos”, defendeu a responsável da WWF Germany.

Para João Peças Lopes, outra prioridade da Europa deve ser igualmente o investimento na ciência, por forma a acelerar o ciclo de inovação na área da energia. “Temos de correr contra o tempo para encontrar soluções”, considerou o académico. “Em Portugal, já estamos a desenvolver um laboratório colaborativo, chamado High Lab, para desenvolver competências high tech para o hidrogénio”, adiantou João Peças Lopes.

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Covid-19 já fez mais de 3.000 mortes em Portugal. Há mais 3.817 infetados em 24 horas

Nas últimas 24 horas, foram identificados 3.817 novos casos de Covid-19 em Portugal. O número total de pessoas infetadas sobe para 187.237.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 3.817 novos casos de infeção por Covid-19 em Portugal, elevando para 187.237 o número de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma subida diária de 2,08%.

Portugal ultrapassou também a barreira das 3.000 mortes por Covid-19, depois de, nas últimas 24 horas, terem morrido 62 pessoas, menos uma do que no balanço anterior. Destes óbitos, 31 foram na região Norte, 17 em Lisboa e Vale do Tejo, 11 no Centro e três no Alentejo.

Há agora 77.338 pessoas (casos ativos) a lutarem contra a doença, menos 1.040 pessoas do que no balanço anterior. Tal como tem sido a tendência verificada nos últimos dias, a maioria dos novos casos foi registada na região Norte. Dos 3.817 novos casos confirmados no total das últimas 24 horas, 2.663 localizam-se nesta região (cerca de 70%), seguidos pela região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabilizou 736 novas infeções (19,3%).

Boletim epidemiológico de 10 de novembro:

O Norte continua a ser a região com mais casos até ao momento (91.212 casos de infeção e 1.370 mortes), seguindo-se de Lisboa e Vale do Tejo (70.751 casos e 1.1.162 mortes), do Centro (17.016 casos e 372 mortes), do Alentejo (3.641 casos e 69 mortes) e do Algarve (3.558 casos e 31 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 492 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 567 pessoas infetadas e duas vítimas mortais.

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 2.742 estão internados (mais 91 face ao dia anterior), dos quais 382 em unidades de cuidados intensivos (menos oito). Há ainda 90.063 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, menos 25 do que no balanço de segunda-feira.

Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 4.795 recuperados, mais do dobro do face ao registado no último balanço. No total, já 106.878 pessoas recuperaram da doença.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h59)

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