AIG nomeia novo CEO e prepara cisão do negócio Vida e pensões

  • ECO Seguros
  • 9 Novembro 2020

A companhia anunciou mudanças no topo da hierarquia, intenção de separar a atividade de seguros Vida e Reforma e impacto estimado da pandemia nas contas do 3ºT, período em que o lucro caiu 57%.

O American International Group, entidade que opera globalmente sob a marca de seguros AIG, anunciou alterações na liderança da companhia.

Peter Zaffino, até agora presidente e COO, foi nomeado Chief Executive Officer (CEO), assumindo já funções de direção mas sendo presidente executivo com efeitos a partir de março de 2021, sucedendo a Brian Duperreault, atual CEO, por sua vez, nomeado para a presidência executiva do Board (conselho de administração). As mudanças na estrutura dirigente enquadram-se também na reorganização estratégica que o grupo norte-americano iniciou em 2017 para impulsionar crescimento do negócio de seguros gerais.

Vida e Reforma serão atividades separadas da AIG

Num segundo comunicado, a companhia que opera seguros P&C (propriedade e acidentes), Vida, reforma e seguros gerais, informa sobre a intenção de implementar um plano para a cisão dos negócios Vida e Reforma (separação através da criação de entidade autónoma) para se centrar nos ramos de responsabilidade civil e acidentes.

“A direção executiva e o Conselho de Administração da AIG acreditam que uma estrutura simplificada pode desbloquear mais valor para os acionistas e outras partes interessadas. Embora não tenham sido tomadas decisões sobre como conseguir uma separação total, a intenção da administração é realizá-la de uma forma que maximize o valor acionista, estabelecendo duas empresas independentes líderes de mercado”, explica a AIG sobre a reorganização que visa recentrar o foco no negócio de seguros gerais.

Peter Zaffino, responsável global pela área operacional e CEO eleito, referiu: “a nossa empresa ficará mais forte separando a área Vida e Reforma da AIG. Isso permitirá que cada entidade terá mais possibilidade de alcançar valorização própria e mais sustentável.”

Preliminares do 3ºT apontam 185 milhões de perdas com Covid-19

No mesmo dia, um terceiro comunicado da AIG avança números preliminares do terceiro trimestre, atualizando também estimativa do período em responsabilidades atuariais de Vida, Reforma e carteira legacy.

No trimestre de julho a setembro, a área de seguros gerais contabilizou perdas (antes de impostos) estimadas em 790 milhões de dólares (cerca de 668,5 milhões de euros) relacionadas com catástrofes (valor líquido de resseguro).

Perto de 25% da quantia, ou 185 milhões de dólares, refere-se a custo de sinistros associados a Covid-19, nomeadamente em coberturas de viagens, eventos cancelados, crédito comercial, propriedade e seguro agrícola. Os restantes 605 milhões foram perdas causadas pelas tempestades tropicais e eventos ciclónicos (no continente americano e no Japão), além dos incêndios florestais na costa oeste dos EUA.

Em resultado das atualizações (carteiras Vida e reforma), a companhia antecipou que a conta trimestral refletirá encargos líquidos de sete milhões de dólares penalizando o lucro atribuível, compensado por um ganho de 13 milhões na reavaliação da designada carteira legacy (apólices mais antigas que geram fraca rentabilidade e a que normalmente se associam necessidades em reserva de capital).

Lucros caem 57%

Depois destes números preliminares, a companhia norte-americana apresentou os resultados trimestrais na primeira semana de novembro. Segundo anunciado, a AIG encerrou o terceiro trimestre de 2020 com 281 milhões de dólares de lucro, em queda de quase 57% quando comparado com os 648 milhões de um ano antes.

A atividade de seguros gerais contabilizou 8,25 mil milhões de dólares em valor de prémios brutos, menos 4% do que um ao antes, apresentando rácio combinado de 107,2%, agravado em 3,2 pontos.

Enquanto a receita do negócio Vida e pensões cresceu 51%, para os 975 milhões de dólares, as perdas associadas à pandemia da Covid-19 confirmam os 185 milhões de dólares estimados dias antes.

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Allianz Portugal vende imóveis no Norte

  • ECO Seguros
  • 9 Novembro 2020

A seguradora vendeu os antigos escritórios em Viana do Castelo e colocou a consultora imobiliária JLL à procura de novas instalações em Braga. No Porto optou por arrendar a antiga sede a um hotel.

Mandatada pela Allianz Portugal, a consultora imobiliária JLL concluiu a venda dos antigos escritórios da seguradora em Viana do Castelo. Situado em pleno centro histórico desta cidade, o imóvel tem 250 m² e encontrava-se devoluto, tendo sido agora adquirido por um investidor privado português.

Este mandato foi atribuído à JLL na sequência de uma colaboração anterior com a seguradora na região Norte, mais concretamente no Porto, no âmbito da qual a Allianz contactou a consultora com o objetivo de vender a sua antiga sede na cidade Invicta, um imóvel com 2.600 m² na rua Gonçalo Cristóvão. A seguradora viria a optar por arrendar a totalidade do edifício a uma marca hoteleira nacional, “garantindo assim um contrato de longa duração que além de gerar rendimento, resulta também numa valorização do edifício”, afirma a JLL.

Entretanto, a Allianz quer vender os seus atuais escritórios na região Braga, com cerca de 450 m², e procura uma nova morada para a seguradora naquela cidade, com uma área de escritórios alinhada com as suas necessidades atuais.

Fernando Ferreira, Head of Capital Markets da JLL, comenta esta operação: “Numa altura de plena pandemia, concretizar uma operação com estas características, nomeadamente de imóveis de menor dimensão em cidades secundárias, revela que o mercado está ativo e que é cada vez mais diversificado em termos de geografias e perfis dos imóveis”, conclui o gestor.

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Grupo de cidadãos questiona Governo sobre despesas “largamente inflacionadas”

  • Lusa
  • 9 Novembro 2020

Grupo questionou o Governo sobre algumas despesas previstas que “estarão eventualmente largamente inflacionadas”, como os 10 mil milhões de euros inscritos nas despesas excecionais.

Um grupo de 18 cidadãos questionou o Governo sobre um conjunto de despesas, previstas na proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2021, “eventualmente largamente inflacionadas”, nomeadamente, quase 10 mil milhões de euros em gastos excecionais.

“A proposta de Orçamento do Estado para 2021 que V. Exa. apresentou […] surge num contexto económico e social particularmente grave […]. Essa razão – a par de preocupações estruturais, que sempre devemos ter, de prudência e boa gestão orçamental – impõe ao Governo obrigações especialmente relevantes de transparência e boa fundamentação das opções políticas”, lê-se numa carta dirigida ao primeiro-ministro, António Costa, assinada por 18 cidadãos, entre os quais o empresário Henrique Neto e a professora Susana Peralta.

Neste sentido, o grupo questionou o Governo sobre algumas despesas previstas que “estarão eventualmente largamente inflacionadas”, como os 10 mil milhões de euros inscritos nas despesas excecionais.

Por outro lado, os 18 cidadãos querem saber qual o destino dos cerca de cinco mil milhões de euros para empréstimos concedidos pelo Estado em 2021, dos 2.245,2 milhões de euros previstos em participações de capital e ainda “porque motivo se mantêm orçamentados 852,5 milhões de euros para o Fundo de Resolução Europeu da Banca”.

No documento, o grupo contestou ainda a inscrição de 50 milhões de euros para as despesas de reprivatização do Banco Português de Negócios, 22% superior à verba orçamentada em 2020, e de 500 milhões de euros para a TAP.

“Qual o motivo pelo qual o Estado irá pagar pelas parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias quase mil seiscentos milhões de euros em rendas garantidas, quantia ainda superior à de 2020? Esta verba é para nós incompreensível, já que o valor atualizado líquido do património alocado a estas PPP é de cerca de cinco mil milhões de euros, segundo o Eurostat, a que portanto deveriam corresponder rendas anuais de cerca 300 milhões”, perguntaram.

Para os signatários do documento, estes “milhares de milhões de euros” não podem ser “desperdiçados”, sem uma discussão “pública alargada e informada”.

Assim, pedem ao primeiro-ministro que preste explicações sobre as rubricas em causa, “em nome de um Orçamento do Estado mais transparente, mais participado e mais capaz de responder às necessidades do país”.

Além de Henrique Neto e Susana Peralta, assinam esta carta António Manuel Ribeiro, Bárbara Rosa, Eduardo Cintra Torres, Henrique Trigueiros Cunha, João Paulo Batalha, José Matos, Luís Castro, Manuel Mendes Monteiro, Mário Frota, Nuno Barroso, Nuno Garoupa, Óscar Afonso, Paulo de Morais, Raquel Varela, Rui Torres e Teresa Serrenho.

Em 12 de outubro, o Governo entregou, no parlamento, a proposta de lei do OE 2021, na qual prevê, para este ano, uma recessão de 8,5% e que a economia cresça 5,4% em 2021 e 3,4% em 2022, “ano em que se alcança um nível de PIB equivalente ao registado no período pré-crise pandémica”.

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Da tecnologia aos hotéis, descontos da Black Friday chegam mais cedo devido à Covid-19

A Black Friday tornou-se um fenómeno também em Portugal. Este ano, para evitar ajuntamentos na “sexta-feira negra", as empresas anteciparam os descontos. Da tecnologia aos hotéis, veja as promoções.

O fenómeno nasceu nos Estados Unidos, mas é também considerado um dos dias mais movimentos do ano em Portugal. Em tempos “normais”, a Black Friday, que se assinala a 27 de novembro, levaria milhares de portugueses numa azáfama completa às lojas. Contudo, a pandemia de Covid-19 veio trocar as voltas ao comércio e, por isso, os espaços comerciais estão a preparar descontos antecipados, por forma a evitar ajuntamentos.

É o caso da Worten que dadas as restrições de pessoas por loja já está a comunicar aos clientes os descontos. Sob o mote “um mês de descontos que nunca mais acabam”, a empresa detida pela Sonae SGPS decidiu antecipar as promoções ao longo de todo o mês de novembro, até dia 30, bem como alargar o prazo de devoluções até 15 de janeiro do próximo ano. Tradicionalmente conhecida pelo evento noturno que costuma realizar na Black Friday, que concentra centenas de clientes junto às lojas, a Worten tem neste momento uma campanha que contempla até 50% de descontos nos produtos selecionados, como eletrodomésticos, telemóveis e até jogos para consolas, e é válida de 5 a 9 de novembro, esta segunda-feira.

O cenário repete-se na concorrência. Ao contrário da Worten, a Fnac não é tão explícita quanto aos descontos antecipados relacionados com a Black Friday, ainda assim, a empresa francesa revela que está “a preparar dias de descontos antes do Natal”, com várias promoções nas áreas da “tecnologia, espaço Apple, gaming e naturalmente… livros”, pode ler-se no site oficial. Neste contexto, a Fnac desvenda um pouco o véu, chamando a atenção dos clientes para o dia 13 de novembro, período onde deverão ser lançados mais descontos.

Neste momento e até quarta-feira, há uma campanha a decorrer para celebrar o aniversário da marca com promoções até 80% exclusivamente online em tecnologia, livros, música, brinquedos, entre outros. Paralelamente há uma outra campanha destinada aos mais pequenos com descontos até 50%, esta mais alargada, até 3 de janeiro de 2021, por forma a incentivar os portugueses a prepararem o Natal com antecedência. Além disso, para antecipar o fluxo de loja natural da época natalícia, tal como a Worten, a empresa decidiu alargar o prazo de trocas até 31 de janeiro de 2021, em compras efetuadas a partir de 19 de outubro de 2020.

Ao mesmo tempo, também a Rádio Popular optou por avançar com uma campanha de descontos antecipados para assinalar a Black Friday. Com dezenas de artigos com descontos diretos até 50%, a “Dark Days” decorre durante este mês. A campanha que está neste momento em vigor e que termina esta quarta-feira, além ser direcionada aos artigos de tecnologia também inclui eletrodomésticos das marcas Beko, Bosh e Whirlpool com “descontos diretos até 900 euros numa seleção de arcas, frigoríficos e combinado”, destaca a Rádio Popular. Também o El Corte Inglés tem uma campanha direcionada à tecnologia e aos eletrodomésticos, com descontos até 40% nos artigos selecionados. Sob o mote “countdown Black Friday” a campanha termina esta quinta-feira. Além disso, tal como a Fnac, a marca espanhola está a incentivar os clientes a fazerem compras antecipadas para o Natal através de várias iniciativas, como a happy hour de descontos, de modo a evitar aglomerações nas lojas.

Dos perfumes aos hotéis também há descontos

Mas estas promoções antecipadas não são apenas exclusivas a empresas do setor da tecnologia e dos eletrodomésticos. Sob o mote “este ano, a Black Friday chega mais cedo”, a Body Shop, marca de perfumes e cremes que não testa os produtos em animais, lançou no domingo passado, dia 2 de novembro, uma campanha com descontos até 20% em produtos selecionados pela marca. Excluídos desta oferta estão “presentes de Natal e calendários de Advento” ressalva a empresa. Adicionalmente os membros do The Body Shop Friends Club podem usufruir de um desconto de 10% em presentes de Natal, sendo que esta promoção não é acumulável com outras ofertas.

Ainda no plano dos perfumes e cosméticos, a Notino, loja online que vende produtos de marcas conceituadas como Calvin Klein, Yves Saint Laurent ou Jean Paul Gaultier a preços mais baixos, vai lançar uma campanha especial com descontos de 20%, através de um código promocional. Esta campanha vai estar disponível durante uma semana inteira, a começar dia 23 de novembro, segunda-feira, e a terminar a 29 de novembro, lê-se no site.

Os descontos estendem-se também à Sport Zone, que arrancou na semana passada com uma campanha semanal de descontos exclusivos online e que culmina numa campanha específica de Black Friday online e em loja. Durante esta semana, o destaque é a tecnologia desportiva com descontos que chegam aos 40%, com especial incidência nos auriculares, smartwatches e pulseiras para medir a atividade física A par do online, a empresa tem apostado também nas vendas por telefone ou por Whatsapp, bem como nas encomendas sem entrar em loja e sem contacto, na entrega através de Drive In e o alargar do prazo da Black Friday por um período mais longo.

E apesar das recomendações do Governo para reduzir a circulação ao mínimo possível, nomeadamente nos 121 concelhos onde a situação pandémica é mais alarmante e onde, por isso, vigoram medidas mais restritas, há também descontos em hotéis e outras experiências ligadas ao turismo. A Black Friday faz parte do calendário habitual da Odisseias e este ano não é exceção. Assim, e tal como acontece todos os anos, a empresa de experiências oferece um conjunto de descontos para assinalar a data durante todo o mês de novembro, o chamado “Black November“.

Neste contexto, na “Black November” há várias experiências da Odisseias com descontos, sendo que até segunda-feira, dia 9 de novembro, há desconto extra até 40%, mediante apresentação de um código promocional que consta no site da marca. A título de exemplo, uma estadia de uma noite para duas pessoas no Evidência BelVerde Hotel 4*, que custaria 108 euros, fica agora, com o desconto de 25%, em 69,99 euros, já um cruzeiro das 6 Pontes no Douro com Almoço a Bordo para Dois custa agora 31,99 euros, face aos anteriores 50 euros.

E se com a Covid-19 quer evitar a todo o custo deslocar-se a lojas físicas, preferindo encomendar os produtos pela internet também há solução para si. Também a Dott, plataforma de e-commerce, não escapa à tendência do “Black November”, com um mês recheado de descontos. Com uma panóplia de produtos à escolha, as promoções variam entre os 35% de desconto nos produtos de cuidados do corpo, até aos 70% em eletrodomésticos. A título de exemplo, há ainda produtos de desporto com promoções até 50% e brinquedos a -60%.

Com a época natalícia a aproximar-se, o primeiro-ministro quer garantir que os portugueses podem ter “um Natal tão parecido com o Natal” tradicional. quanto possível. Nesse sentido, o Executivo assinou na quarta-feira passada um protocolo com as diversas associações comerciais para mostrar que é possível fazer compras de Natal em plena pandemia. Apelando à sensibilização dos consumidores para que façam as compras com a devida antecedência, uma das novidades trazidas pela “Campanha Natal 2020 – Compre cuidando de todos” é que as compras realizadas entre 4 de novembro a 25 de dezembro, nos espaços que aderirem à iniciativa, vão poder ser trocadas até 31 de janeiro.

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Trump anuncia no Twitter a demissão do secretário da Defesa Mark Esper

  • Lusa
  • 9 Novembro 2020

Decisão de Trump foi tomada dois dias depois do anúncio da sua derrota na eleição presidencial nos EUA, face ao seu rival, o democrata Joe Biden.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, através de uma mensagem divulgada na rede social Twitter, a demissão do secretário da Defesa, Mark Esper, e a sua substituição pelo diretor do centro nacional de contraterrorismo, Christopher Miller.

“Chris vai fazer um trabalho SUPER! Mark Esper é demitido. Agradeço-lhe o seu serviço”, escreveu, sem cerimónias e explicações, o Presidente norte-americano.

Esta decisão de Trump foi tomada dois dias depois do anúncio da sua derrota na eleição presidencial nos EUA, face ao seu rival, o democrata Joe Biden.

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Moody’s antecipa que governos têm de voltar a apoiar mais a economia

  • Lusa
  • 9 Novembro 2020

"Esperamos um foco crescente na capacidade orçamental e na vontade política dos Governos de todo o mundo em fornecer mais apoio a famílias, empresas e instituições financeiras", diz a Moody's.

A agência de rating Moody’s considera que os Governos terão de voltar a apoiar fortemente a economia perante o continuar do choque da Covid-19 e avisa para os efeitos negativos da retirada prematura de ajudas a famílias e empresas.

“À medida que o choque do coronavírus se estende até 2021, esperamos um foco crescente na capacidade orçamental e na vontade política dos Governos de todo o mundo em fornecer mais apoio a famílias, empresas e instituições financeiras. Provavelmente, os Governos vão novamente intervir no caso de outro grande golpe para a economia, como uma segunda onda de infeções por coronavírus acompanhada por confinamentos”, considera a Moody’s numa análise hoje divulgada.

E avisa que uma retirada prematura dos apoios, embora permitisse menos défices orçamentais, terá efeitos graves na economia, incluindo volatilidade financeira.

Contudo, sobretudo em países emergentes, a capacidade de os Governos apoiarem a economia pode ser agora mais difícil, admite a agência de rating.

Na política monetária, estima, os principais bancos centrais continuarão a usar ferramentas não convencionais e a apoiar a liquidez, mantendo as taxas de juros baixas até que o crescimento económico se recupere, as taxas de desemprego baixem e a inflação atinja as metas estabelecidas.

Sobre o sistema bancário, considera que depois das reestruturações e do reforço da regulamentação nos últimos anos, está melhor posicionado para fazer face à atual crise do que esteve na anterior, resistindo ao choque económico, à baixa de lucros e ao aumento do crédito malparado. Já os bancos maiores estão melhor preparados do que os mais pequenos.

A Moody’s considera que a crise pandémica vai continuar a beneficiar o comércio digital e outros serviços digitais, com o acelerar de hábitos dos consumidores que proporcionou, e a dar vantagem às grandes empresas de tecnologia.

As Big Tech estão a demonstrar estabilidade quando quase todos os outros setores enfrentam ameaças à procura e receitas e deverão reforçar-se levantando questões da privacidade e de concorrência, defende.

Também estima que o teletrabalho irá continuar, o que terá consequências negativas sobre setores como imobiliário (menos procura de escritórios) e comércio a retalho e restauração nos centros urbanos, limitando as receitas do Estado.

Considera ainda a Moody’s que a Covid-19 aumenta o risco de maiores desigualdades (rendimento, raciais, género). O acesso a tratamento de saúde é diferenciado em muitos países face à situação socioeconómica.

Na parte laboral, enquanto muitos trabalhadores de baixo rendimento sofrem perdas de empregos e de rendimento, outros profissionais trabalham em casa com relativamente poucos transtornos e alguns acumulam dinheiro ao reduzirem gastos discricionários. Em muitos países, as perdas de empregos relacionadas com a pandemia afetaram desproporcionalmente as mulheres, refere ainda.

Na parte energética, a pandemia tem induzido mudanças no consumo de energia, provavelmente resultado dos bloqueios às deslocações e às viagens de negócios, que podem acelerar a mudança estrutural em setores como petróleo e carvão e é esperado que, em 2021, as decisões de investimento tenham mais em consideração os aspetos ambientais (estão previstos para 2021 os primeiros testes que avaliam a ligação entre solidez dos ativos financeiros e os riscos climáticos).

Sobre a eventual disponibilidade de uma vacina em 2021, tal aliviaria as preocupações com a saúde e apoiaria a recuperação económica, mas alerta a Moody’s que o acesso desigual pode aumentar riscos sociais (se os preços das vacinas forem considerados muito altos ou se a distribuição de vacinas for vista como injusta).

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Comércio diz que novas restrições são discriminatórias e poderão aumentar falências

O regresso do país ao estado de emergência é sinónimo de novas restrições, que para a CCP discriminam certos setores e são "pouco claras".

Face ao agravamento da pandemia e a par da declaração de estado de emergência, o Governo decidiu endurecer as medidas de luta contra a Covid-19. Para a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), as novas restrições promovem discriminação entre setores de atividade, são “desproporcionadas face aos objetivos de saúde pública” e abrem a porta a que “muitas micro, pequenas e médias empresas do comércio e serviços” venham a “encerrar ou reduzir o seu quadro de pessoal”.

“A CCP não pode deixar de manifestar a sua preocupação sobre o profundo impacto das medidas apresentadas nos setores do comércio e serviços ao consumidor”, explica a confederação liderada por João Vieira Lopes, em comunicado.

Apesar de compreenderem a necessidade de novas medidas para conter a pandemia, os representantes do comércio e dos serviços frisam que as restrições escolhidas pelo Governo — em particular, o recolher obrigatório imposto aos fins de semana entre as 13h00 e as 5h00 — são “desproporcionadas face aos objetivos de saúde pública que se pretende salvaguardar” e discriminam certos setores.

De notar que a legislação em vigor prevê que, mesmo durante o período em que há o recolher obrigatório, é possível ir aos supermercados e outros estabelecimentos de venda de produtos alimentares e de higiene, para pessoas e animais, sendo possível adquirir aí, por exemplo, também peças de vestuário ou artigos para o lar. É proibido, contudo, visitar as lojas especializadas em vestuário ou em peças para a casa durante esse período.

A CCP diz ainda que os empresários estão a ver “as suas expectativas de negócio serem frustradas com base em medidas avulsas“, às quais falta clareza, “já para não referir as discrepâncias que se verificam entre as mensagens políticas e os textos legais, confundindo ainda mais as empresas e os cidadãos”.

A confederação liderada por João Vieira Lopes sublinha, além disso, que, “a manterem-se estes níveis de restrições, muitas micro e PME do comércio e serviços vão encerrar ou reduzir o seu quadro de pessoal, conduzindo ao desemprego de muitos milhares de trabalhadores”.

Na semana passada, o Governo anunciou um novo pacote de apoios às empresas, incluindo 750 milhões de euros em subsídios a fundo perdido para as micro e pequenas empresas dos setores mais afetados, como comércio e serviços abertos ao consumidor, alojamento e restauração.

Agora, face ao endurecimento das restrições, a CCP defende que essas medidas “pouco impacto terão se não forem ampliadas para compensar tantos meses de perdas sucessivas de vendas”.

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Matrizauto investe mais de 10 milhões de euros em nova loja no Porto

  • Lusa
  • 9 Novembro 2020

Nestas novas instalações, com segurança e higiene reforçadas devido à pandemia, cabem mais de 500 viaturas novas, seminovas e usadas.

AMatrizauto, marca do Grupo JAP, investiu mais de 10 milhões de euros na sua nova loja no Porto, tornando-se numa “das maiores megastores automóvel da Península Ibérica”, adiantou esta segunda-feira.

Em comunicado, a marca referiu que a loja, na Rua Santa Luzia, tem 5.000 metros quadrados de área coberta e 7.000 metros quadrados de área total. Nestas novas instalações, com segurança e higiene reforçadas devido à pandemia, cabem mais de 500 viaturas novas, seminovas e usadas, sublinhou.

“Numa altura em que a procura por soluções de mobilidade individual voltou a crescer, esta nova etapa da Matrizauto no Porto reforça o compromisso com o seu público, ou seja, grande variedade de escolha em viaturas certificadas (mais de 2.000 em `stock´)”, referiu, na nota.

Esta nova loja acompanha o lançamento da nova página `online´ da Matrizauto onde, através da qual, o cliente pode comprar carro sem sair de casa e com financiamento e seguro incluídos, sendo o mesmo entregue à porta de casa, frisou.

A Matrizauto, marca do centenário Grupo JAP, surgiu em 2008 e está presente também em Braga, Aveiro, Viseu, Leiria e Sintra.

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Mudanças na Global Media. TSF, DN, JN e Dinheiro Vivo têm novos diretores

A Global Media anunciou novas direções para os seus principais meios. Domingos de Andrade é diretor-geral e da TSF, Inês Cardoso é diretora do JN e Rosália Amorim é diretora do DN.

O Conselho de Administração da Global Media propôs um conjunto alargado de mudanças na estrutura editorial do grupo. Entre elas está a nomeação de Domingos de Andrade para diretor-geral editorial e diretor da TSF, Inês Cardoso para diretora do Jornal de Notícias e Rosália Amorim para diretora do Diário de Notícias.

“Numa altura em que a incerteza domina e os efeitos da pandemia se sentem de forma avassaladora na atividade económica, é com confiança redobrada que o Global Media Group procede a mudanças na estrutura editorial dos seus títulos. Alterações que visam criar uma estrutura mais ágil e mais forte, com uma visão integrada das diferentes plataformas”, informou a empresa num comunicado.

A estes nomes, que ainda estão dependentes de pareceres dos respetivos de Conselhos de Redação, junta-se ainda o de Joana Petiz, que passa a diretora do Dinheiro Vivo, e o de de Pedro Ivo Carvalho, que fica com a direção da Volta ao Mundo, em acumulação com o cargo de diretor-adjunto do JN. Manuel Molinos, também em acumulação com o cargo de diretor-adjunto do JN, será diretor para a área do digital.

“Aguarda-se que as formalidades internas possam ficar concluídas nos próximos dias, tendo as nomeações efeitos imediatos”, refere a nota.

Estas mudanças acontecem dias depois depois de a empresa ter anunciado um despedimento coletivo de 81 trabalhadores “em diferentes áreas”, 17 dos quais jornalistas. Surgem ainda numa altura em que a empresa está em processo de mudanças na sua estrutura acionista, nomeadamente a compra de 40% da empresa pelo empresário Marco Galinha, do grupo Bel.

Como o ECO avançou há exatamente um ano, Rosália Amorim, até aqui diretora do Dinheiro Vivo, chegou a ser apontada internamente para a direção da TSF, mas tal acabou por não se materializar. Desde essa altura, após a saída do antigo diretor Arsénio Reis, a TSF tem contado como Pedro Pinheiro como diretor interino, e Ricardo Alexandre como diretor-adjunto interino. Passa agora a diretora do DN, com Domingos de Andrade, até aqui diretor do DN, a liderar a rádio de informação da Global Media.

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Marcelo diz que incompatibilidades para o BdP ficam “aquém das expetativas”

  • Lusa
  • 9 Novembro 2020

Presidente promulgou as alterações das regras de nomeação do governador e restante administração do Banco de Portugal. Mas diz que diploma fica aquém do esperado em termos de incompatibilidades.

O Presidente da República promulgou o diploma que altera as regras de nomeação do governador e restante administração do Banco de Portugal, embora considerando que ficou aquém das expectativas e que reforça a intervenção governamental.

Numa nota divulgada no site da Presidência da República, lê-se que o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou esta segunda-feira este decreto do parlamento “apesar de, em matéria de incompatibilidades, ficar aquém das expectativas criadas pelos debates dos últimos anos e meses, e de suprimir a intervenção do governador na escolha dos restantes membros do Conselho de Administração, reforçando assim a intervenção governamental”.

Em causa está um diploma aprovado em votação final global no dia 02 de outubro na Assembleia da República, com votos a favor de PS, PAN, Chega e Iniciativa Liberal, votos contra do CDS-PP e abstenções de PSD, BE, PCP, PEV e das deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues, que altera a Lei Orgânica do Banco de Portugal.

Nos termos deste decreto, não podem ser designadas para a administração do Banco de Portugal “pessoas que nos três anos anteriores à designação tenham integrado os órgãos sociais, desempenhado quaisquer atividades ou prestado serviços, remunerados ou não, ou detido participações sociais de valor igual ou superior a 2% do capital social, em entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal ou em cuja supervisão o Banco de Portugal participe no âmbito do Mecanismo Único de Supervisão, ou em empresas ou grupos de empresas que controlem ou sejam controlados por tais entidades, no referido período ou no momento da designação”.

Também ficam impedidas de aceder a um lugar na administração do Banco de Portugal “pessoas que nos três anos anteriores à designação tenham integrado os órgãos sociais, desempenhado quaisquer atividades ou prestado serviços, remunerados ou não, ou detido participações sociais de valor igual ou superior a 2% do capital social, em empresas de auditoria ou de consultadoria no referido período ou no momento da designação“.

"Apesar de, em matéria de incompatibilidades, ficar aquém das expectativas criadas pelos debates dos últimos anos e meses, e de suprimir a intervenção do Governador na escolha dos restantes membros do Conselho de Administração, reforçando assim a intervenção governamental, o Presidente da República promulgou hoje o decreto da Assembleia da República que modifica as regras de nomeação do Governador e dos demais membros do Conselho de Administração do Banco de Portugal.”

Presidente da República

Este texto foi acordado na Comissão de Orçamento e Finanças. Na sua origem, esteve um projeto de lei do PAN apresentado em maio, que visava também impedir a nomeação de “pessoas que nos cinco anos anteriores à designação tenham ocupado os cargos de primeiro-ministro, de membro do Governo responsável pela área das finanças ou de secretário de Estado em áreas conexas com as finanças”, norma que não prevaleceu na versão final do diploma.

Se esta norma tivesse sido aprovada na altura, como pretendia o PAN, Mário Centeno não poderia ter transitado de ministro de Estado e das Finanças para o cargo de governador do Banco de Portugal, para o qual foi nomeado em julho pelo Governo, cerca de um mês depois de ter deixado de ter funções governativas.

Quanto à nomeação dos restantes membros da administração do Banco de Portugal, a respetiva lei orgânica estabelecia até agora que era feita por resolução do Governo, sob proposta do governador do Banco de Portugal, após audição em comissão parlamentar.

De acordo com o decreto hoje promulgado, passa a ser feita por proposta do membro do Governo responsável pela área das finanças, em vez de pelo governador do Banco de Portugal.

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Ferro propõe que Parlamento volte às regras de março e que recorra a testes rápidos à Covid-19

  • Lusa
  • 9 Novembro 2020

No primeiro estado de emergência realizava-se apenas um plenário semanal, com um quinto dos deputados em modo presencial.

O presidente da Assembleia da República vai propor na terça-feira aos partidos que o parlamento regresse às regras do primeiro estado de emergência, com apenas um plenário semanal e um quinto dos deputados em modo presencial.

De acordo com a proposta de Ferro Rodrigues enviada aos grupos parlamentares, que será discutida na reunião de terça-feira da conferência de líderes, a Assembleia da República poderá ainda recorrer a testes rápidos de antigénio, “no âmbito de uma vertente de rastreio e de diagnóstico, com vista a detetar atempadamente eventuais casos e diminuir a probabilidade da ocorrência de surtos”.

O objetivo, explica uma nota do gabinete de Ferro Rodrigues, é permitir que “a Assembleia da República se mantenha em funcionamento, como aconteceu nos anteriores períodos de estado de emergência”.

Portugal voltou esta segunda-feira a entrar em estado de emergência, pelo menos até 23 de novembro, depois de um período de 45 dias em emergência entre 19 de março e 2 de maio na primeira vaga da pandemia de covid-19. Portugal contabiliza pelo menos 2.959 mortos associados à covid-19 em 183.420 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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Pfizer dá injeção de confiança. Bolsas europeias disparam 8%, Lisboa ganha 1,6 mil milhões de euros

A Pfizer anunciou a primeira vacina contra a Covid e deixou as bolsas em êxtase. Ganhos nas bolsas europeias chegaram aos 8%. Lisboa acelerou 4,5% e ganhou 1,6 mil milhões de euros.

Desde o primeiro dia da pandemia que todos aguardavam por uma vacina contra a Covid-19. Hoje foi o dia, com a farmacêutica Pfizer a dizer que terá uma eficácia de 90%. É um primeiro passo para o fim dos confinamentos e restrições. A perspetiva de regresso à normalidade deixou os investidores em euforia. Por cá, a bolsa de Lisboa “engordou” 1,6 mil milhões de euros só esta segunda-feira. A Europa também registou ganhos expressivos. Madrid disparou 8% e Paris acelerou mais de 7%, ainda na sequência da eleição de Joe Biden para Presidente dos EUA, anunciada no fim de semana.

O PSI-20, o principal índice português, fechou esta segunda-feira com uma valorização de 4,50% para 4.222,68 pontos. Isto foi o equivalente a um ganho da capitalização bolsista das suas 17 cotadas na ordem dos 1,62 mil milhões de euros, com destaque para a Galp e do BCP. Tanto as ações da petrolífera como do banco dispararam 17,4% e 18,9%, respetivamente.

No caso da Galp, um dos títulos mais castigados por uma pandemia a baixar o consumo de petróleo e a acelerar a transição para a energia verde, isso representou 944 milhões de euros a mais no seu valor de mercado apenas nesta sessão, passando a valer 6,3 mil milhões de euros.

Para o BCP, a subida de 19% foi o equivalente a um ganho de 218 milhões de euros no seu “market cap”, atingindo agora uma avaliação em bolsa de 1,37 mil milhões.

Galp acelera

A vacina ajudou ainda a ganhos noutros setores mais sensíveis à evolução da economia, como o papel e da construção. As papeleiras Altri e Navigator somaram 7,71% e 5,48% e a construtora Mota-Engil acelerou 8,38%. Numa perspetiva de melhoria do turismo e do consumo em geral, a Ibersol, que explora várias cadeias de fast food, disparou 9,42%.

Apenas duas cotadas fecharam abaixo da linha de água: a EDP Renováveis (-1,3%) e a Novabase (0,87%).

Lá por fora, o Ibex-35 de Madrid disparou 8,6% no melhor dia numa década. O Dax-30 de Frankfurt ganhou 5,2% e registou a melhor sessão desde maio de 2018. O Cac-40 de Paris ganhou 7,6%.

“Quando foi divulgada a notícia sobre os desenvolvimentos da vacina da Pfizer/BionTech, o mercado disparou. Tal como o inesperado presente de Natal, causou uma grande euforia nos mercados, embora nem todos estejam contentes”, referiram os analistas da XTB.

Setores do turismo foram dos mais favorecidos. A operadora de cruzeiros Carnival disparou mais de 36%. Também se registaram ganhos significativos entre companhias aéreas e grupos hoteleiros. A própria Pfizer acelera 15% com o anúncio da vacina experimental, mas o setor da saúde do Stoxx 600 fechou em terreno negativo. A Zoom, que fornece soluções de comunicação por vídeo online, estava a cair 15%.

Outro fator positivo do dia foi a eleição de Joe Biden, depois de conquistar os estados do Nevada e Pensilvânia. Trump ainda não reconheceu a derrota. “Espera-se que a tendência de subida das bolsas se mantenha, já que é pouco provável que o ruído criado por Trump e setores do partido Republicano venha a impedir o normal desenrolar dos acontecimentos”, disse Ricardo Evangelista, analista sénior da ActivTrades.

Nos outros mercados, o petróleo dispara mais de 7% com perspetivas de abertura das economias e maior consumo com o regresso da atividade económica. O contrato de Brent para entrega a 30 de novembro acelera 7,4% para 42,43 dólares por barril.

Nas obrigações, os juros portugueses a 10 anos subiram mais de oito pontos base para 0,172%. A yield associada aos títulos espanhóis a 10 anos subiu mais de 10 pontos para 0,203%. No caso italiano, a subida foi de 11,5 pontos para 0,733%. O mesmo se passou com a dívida alemã perante o cenário de melhores perspetivas para a economia.

(Notícia atualizada às 17h17)

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