Só há 300 das 2.500 novas camas prometidas para estudantes

  • ECO
  • 25 Setembro 2020

Ao contrário das 2.500 que prometia o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, há apenas cerca de 300 novas camas em residências estudantis.

Governo prometeu, no ano passado, 2.500 novas camas para o ensino superior, mas há pouco mais de 10% desse total. De acordo com o Público (acesso pago), o aumento da oferta de camas em residências estudantis fica-se pelas cerca de 300.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior anunciou a existência de 18.455 camas disponíveis para os alunos para o novo ano letivo, naquela que é a maior oferta dos últimos anos no alojamento estudantil. Contudo, deste número são escassas as camas novas criadas em residências universitárias, ao contrário das 2.500 que prometia o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior.

Contas feitas pelo Público mostram que o aumento do número de camas se cifra em apenas quase 300. Há um incremento de 208 camas no saldo global a que se juntam depois alguns investimentos pontuais, mas cuja oferta total não é muito alargada, casos do Politécnico de Coimbra e da Universidade do Porto.

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BCP quer vender ativos tóxicos no valor de 750 milhões

  • ECO
  • 25 Setembro 2020

O banco liderado por Miguel Maya prepara-se para vender duas carteiras de ativos tóxicos, com um valor global de cerca de 750 milhões de euros.

O Millennium BCP está a preparar a venda de duas carteiras de ativos tóxicos, com um valor global de cerca de 750 milhões de euros, revelou fonte próxima do processo ao Jornal Económico (acesso pago).

Em causa estão dois pacotes, um de crédito malparado e outro de ativos imobiliários, cuja venda está a ser assessorada pela KPMG. O projeto “Webb” engloba aproximadamente 300 milhões de euros de crédito malparado de pequenas e médias e empresas, enquanto o outro pacote envolve dívida corporate e ativos imobiliários, num montante que ronda os 450 milhões de euros, avança o mesmo jornal.

O banco liderado por Miguel Maya ainda não prestou esclarecimentos sobre a operação. O BCP tem procedido à venda de crédito malparado, bem como de ativos imobiliários, com o intuito de limpar e fortalecer o balanço. Segundo conta no plano estratégico da instituição financeira até 2021 o BCP pretende reduzir o stock de NPE para três mil milhões de euros.

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Nas notícias lá fora: Vacina, dívida chinesa e Google

Em troca de preços mais baixos, a AstraZeneca terá imunidade parcial na UE caso seja alvo de pedidos de indemnização por efeitos secundários inesperados. Esta e outras notícias em destaque lá fora.

A Telefónica pode vir a ter um novo concorrente de peso em Espanha. A Vodafone, terceira maior operadora no país, abordou a MásMóvil para uma possível aquisição. Juntas, as duas empresas superariam a Orange, que é atualmente a segunda principal fornecedora de serviços de comunicações eletrónicas naquele mercado. Lá fora, destaque também para a imunidade parcial negociada pela AstraZeneca com a UE por causa da vacina, e 140 mil milhões de dólares podem estar a caminho dos mercados de capitais chineses.

Reuters

AstraZeneca vai ter imunidade parcial na UE por causa da vacina

A AstraZeneca, que está a desenvolver uma potencial vacina para a Covid-19 com a Universidade de Oxford, negociou com a União Europeia imunidade parcial no caso de vir a ser processada por possíveis efeitos secundários. Em troca de preços mais reduzidos, os governos europeus aceitaram pagar eventuais pedidos de indemnização acima de um valor acordado. É rara a existência de efeitos secundários inesperados após a inoculação de vacinas. Porém, a urgência na aprovação de uma vacina para a Covid-19 que seja minimamente segura vai exigir o encurtar dos ensaios clínicos, que normalmente poderiam demorar cerca de dez anos. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

Financial Times

Dívida chinesa a caminho de um influente índice de obrigações

A dívida soberana chinesa deverá ser incluída entre as componentes do FTSE World Government Bond (ticker: WGBI), um grande índice obrigacionista que atrai muitos milhares de milhões de dólares em investimento em todo o mundo. Confirmando-se esta decisão em março, estima-se que cerca de 140 mil milhões de dólares poderão ser canalizados para os mercados de capitais chineses por via da compra de dívida da segunda maior economia do mundo. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

The Guardian

Google pode não voltar ao escritório a tempo inteiro

A Google está a planear uma transição para um modelo de trabalho híbrido, em que uma parte dos funcionários pode não voltar ao escritório a tempo inteiro. De acordo com o presidente executivo da multinacional, 62% dos trabalhadores demonstrou interesse num modelo de trabalho no escritório a tempo parcial e a empresa deverá acomodar esse desejo mesmo depois da pandemia. A decisão mostra como o choque do novo coronavírus forçou um novo equilíbrio no mercado laboral, com a tecnologia a permitir a deslocalização de equipas nas empresas. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

El Economista

Vodafone quer comprar a MásMóvil em Espanha

A Vodafone está interessada em adquirir a MásMóvil e já desenvolveu os primeiros contactos junto da operadora espanhola, através de intermediários financeiros. As empresas ainda estão longe de fechar qualquer acordo. Mas, avançando, significaria que a terceira maior telecom espanhola fundir-se-ia com a quarta maior, ultrapassando a Orange e tornando-se a principal concorrente da líder Telefónica. Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Business Insider

Google Maps vai mostrar zonas onde há mais Covid-19

O Google Maps vai passar a ter um novo recurso que permite aos utilizadores visualizarem as zonas onde há mais casos de infeção por Covid-19 através de um sistema de camadas de cores. Cada cor representa a média de casos nos últimos sete dias por 100.000 habitantes e mostra se a tendência é de aumento da incidência ou de diminuição. O objetivo é ajudar os utilizadores a “tomarem decisões mais informadas sobre onde ir e o que fazer”, justificou a Google. Leia a notícia completa no Business Insider (acesso livre/conteúdo em inglês).

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Saídas para a reforma na função pública disparam 43%

  • ECO
  • 25 Setembro 2020

Nos primeiros seis meses do ano, houve 17.806 saídas das administrações públicas, das quais 6.504 para a reforma. Um quinto do total das aposentações sucederam na educação.

No primeiro semestre, houve 17.806 saídas das administrações públicas, das quais mais de 6.500 para a reforma, segundo os últimos dados estatísticos da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público. Um quinto do total das aposentações sucederam na educação, revela o Diário de Notícias/Dinheiro Vivo (acesso livre).

Das mais de 17 mil saídas das administrações públicas, 6.504 funcionários públicos foram para a reforma, de acordo com a última síntese divulgada esta quinta-feira. Trata-se de um crescimento de 43% face ao mesmo período do ano passado. A maioria das aposentações aconteceram no setor do Estado e, em particular, na educação. No total, 1.308 profissionais ligados a esta área foram para a reforma.

O setor empresarial do Estado regista também 821 saídas para a aposentação e a Administração Interna outras 640. A saúde também foi penalizada, com a reforma de 404 trabalhadores. Apesar destas saídas, a função pública conseguiu na primeira metade deste ano voltar a superar os 700 mil profissionais, algo que não se verificava desde há oito anos.

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Lisboa regressa aos ganhos. Energia puxa pela bolsa

Lisboa segue a tendência de ganhos da Europa, beneficiando da valorização do setor energético. O BCP toca novos mínimos históricos, enquanto a Cofina baixa da fasquia dos 20 cêntimos.

Após seis sessões consecutiva em queda, Lisboa está de regresso aos ganhos. Praça portuguesa acompanha a tendência positiva da generalidade das praças europeias, beneficiando da valorização dos títulos do setor da energia.

O PSI-20 soma 0,09% para 4.053 pontos, com sete das 18 cotadas em alta, sete em queda e as restantes inalteradas. Está, assim, a recuperar de um ciclo de quedas que atirou o índice de referência do mercado português para os mínimos registados em maio, a mês após o confinamento por causa da Covid-19. Na Europa, o Stoxx 600 soma 0,2%.

A animar a negociação em Lisboa estão os títulos do setor energético, com a Galp Energia a destacar-se ao apresentar uma valorização de mais de 1%. A petrolífera está a beneficiar da recuperação das cotações da matéria-prima nos mercados internacionais.

EDP e EDP Renováveis também seguem em alta, assim como outro dos “pesos pesados” da bolsa nacional, a Jerónimo Martins, que ganha 0,33% para 13,77 euros.

Nota positiva ainda para a Semapa, num dia em que Navigator e Altri estão a registar perdas em torno dos 0,3%.

Do lado das quedas, o destaque vai novamente para o BCP, que continua a tocar mínimos históricos em bolsa. As ações do banco liderado por Miguel Maya seguem a cair 0,97% para cotarem nos 8,19 cêntimos.

A tocar mínimos, mas fora do índice principal, está também a Cofina. A empresa de media continua a perder valor, seguindo a desvalorizar 0,51% para cotar abaixo da fasquia dos 20 cêntimos. Cada ação da dona do Correio da Manhã está a ser transacionada nos 19,4 cêntimos.

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Passes de setembro em Lisboa com venda de 60% em relação ao período homólogo

  • Lusa
  • 25 Setembro 2020

Durante o mês de setembro, pelo menos 440 mil passes foram vendidos na Área Metropolitana de Lisboa, ou seja, cerca de 60% em relação ao mês homólogo. Procura pelos transportes continua a aumentar.

Pelo menos 440 mil passes foram vendidos na Área Metropolitana de Lisboa (AML) em setembro, cerca de 60% em relação ao mês homólogo, revelou esta sexta-feira a AML, realçando, contudo, que a procura pelos transportes continua a aumentar.

De acordo com o primeiro Secretário Metropolitano, Carlos Humberto, a venda de passes e a procura “têm vindo a aumentar de forma regular” desde a quebra sentida no início da pandemia e os dados mais recentes relativamente a este mês, até 17 de setembro, demonstram que foram comprados cerca de 60% dos passes em comparação com o mesmo período do ano passado.

O responsável lembrou que em abril verificou-se “uma perda significativa” e “uma redução da venda de passes à volta dos 90%”, passando dos 760 mil passes vendidos no mês homólogo para os 72 mil vendidos nesse mês.

No entanto, a venda de passes, e consequentemente a procura pelo transporte público, começou a crescer em maio. “Nós, neste momento, passámos de uma perda que foi quase de 90% para uma perda de cerca de 40%. Isto é: estamos [em setembro] com uma procura na venda de passes Navegante e na procura do transporte por volta de 60% daquilo que tínhamos no mês homólogo”, explicou.

Em relação aos bilhetes ocasionais, os dados disponíveis são ainda referentes a agosto e demonstram uma venda de cerca de 40%, salientou.

Carlos Humberto destacou que estes resultados estão de acordo com as previsões da AML e que os transportes rodoviários em Lisboa estão já com uma oferta de cerca de 100%.

“Estamos a fazer ajustes, agora quase diários, por causa da adaptação ao horário das escolas e é preciso primeiro deixar estabilizar, mas se for preciso ir mais longe, nós estamos em condições de oferecer um bocadinho mais”, realçou.

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Hoje nas notícias: Reformas, CP e faturas da luz

  • ECO
  • 25 Setembro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Em média, todos os dias 500 famílias portuguesas pedem para pagar a fatura da energia a prestações. A marcar o dia está a ainda a notícia de que a CP se prepara para avançar com a compra de 129 comboios, por meio de um concurso que ronda os mil milhões de euros. No mercado de trabalho, houve, nos primeiros seis meses deste ano, mais de 6.500 trabalhadores do Estado a ir para a reforma, sendo que a maioria das saídas sucedeu na educação.

Conselheiros da Mutualista avisam que estrutura do Montepio é insustentável

Sabe-se agora que o Banco Montepio quer cortar 800 postos de trabalho e está a planear uma reestruturação, mas há já algum tempo que os conselheiros da Associação Mutualista vinham a alertar que a estrutura do banco é “insustentável a prazo”. Um desses alertas partiu de João Costa Pinto, antigo vice-governador do Banco de Portugal. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

500 famílias por dia pedem para pagar luz a prestações

Em média, todos os dias 500 famílias portuguesas pedem para pagar a fatura da energia a prestações, um indicador da crise social e económica que se tem abatido também sobre os cidadãos. Os pedidos são enquadrados nas medidas extraordinárias de apoio por causa da pandemia e cerca de 4.000 pequenas empresas clientes da EDP também estão a beneficiar desta flexibilidade. A par dela, o Governo aprovou esta semana o prolongamento das moratórias do crédito por mais um ano, até setembro de 2021. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

CP vai avançar com concurso de mil milhões para a compra de 129 comboios

Através do plano de recuperação e resiliência europeu, a CP prepara-se para comprar 62 comboios suburbanos, 55 regionais e 12 composições de longo curso, num total de 129. O valor deverá ascender aos mil milhões de euros. O caderno de encargos ainda está a ser preparado, mas o número de comboios a comprar parece decidida. Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Saídas para a reforma na função pública disparam 43%. Um quinto são professores

No primeiro semestre, houve 17.806 saídas das administrações públicas, das quais 6.504 para a reforma, segundo os últimos dados estatísticos da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público. Este aumento representa um crescimento de 43% face ao mesmo período do ano passado. A maioria das aposentações acontecem na área da educação: 1.308 profissionais, ou seja, um quinto do total. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso livre).

José Eduardo Moniz sai do Benfica e da TVI para colaborar com plataformas de streaming

José Eduardo Moniz, vice-presidente e administrador da SAD do Benfica e consultor da TVI e da Plural, vai colaborar com com canais por cabo e plataformas de streaming de outros países. Eleições no Benfica e mudança acionista da Media Capital coincidem com a saída. Leia a notícia completa no Jornal Económico (link indisponível).

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Quarentena de 14 dias está a desaparecer. Nestes países já encolheu

O Governo está a avaliar se vai encurtar o período de isolamento profilático. Contudo, há vários países a fazê-lo. Se nos EUA, Espanha e Croácia a quarentena é de dez dias, em França e Bélgica é de 7.

Se no início da pandemia a comunidade científica acreditava que o período de incubação do vírus SARS-CoV-2, que causa a doença Covid-19, se prolongava por, pelo menos, 14 dias, agora o entendimento é diferente. Estudos recentes revelam que a probabilidade de desenvolver o vírus dez dias após o último contacto com o novo coronavírus é pouco provável. Por isso, há já vários países a encurtar o tempo de isolamento profilático.

À medida que alguns países estão já a enfrentar uma segunda vaga da Covid-19, os governos estão a reduzir o período de quarentena, apoiando-se no facto de vários especialistas defenderem que o tempo de incubação da doença não ultrapassa os dez dias. O objetivo é claro: reduzir a pressão sanitária e incentivar o cumprimento do período de quarentena na totalidade.

Ainda assim, a União Europeia mantém a recomendação dos 14 dias de isolamento. “Recomenda-se uma quarentena de 14 dias para as pessoas que tenham estado em contacto com um caso confirmado de SARS-CoV-2. Esta pode ser reduzida para um período de dez dias após a exposição, caso se realize um teste ao décimo dia e este dê negativo“, lê-se no documento do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).

Em Portugal, o período de isolamento profilático é ainda de 14 dias. Contudo, a Direção-Geral da Saúde já admitiu encurtar esse tempo para dez dias. Graça Freitas adiantou que esta é uma decisão “complexa” e que está a ser estudada pelas autoridades de saúde portuguesas em conjunto com os epidemiologistas. “Veremos a melhor evidência, mas era uma boa notícia”, disse, na semana passada, a diretora-geral da Saúde.

Más além-fronteiras há já países com a decisão tomada. Os Estados Unidos foram o primeiro país a fazê-lo, seguindo a recomendação do Centro de Controlo de Doenças. Pela Europa, Espanha, Croácia e Polónia seguiram-lhe o exemplo encurtando a quarentena para dez dias, ao passo que França e Bélgica foram mais longe e encolheram o período para metade: apenas sete dias.

Estados Unidos foram o primeiro país a adotar quarentena de 10 dias

Em julho, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) recomendou a redução do tempo total de isolamento, alegando que estudos demonstravam que o vírus não tem capacidade de transmissão após o décimo dia, em pacientes com sintomas leves a ligeiros. “Estima-se que em 88% a 95% dos pacientes infetados o vírus não tem capacidade para se replicar entre dez a 15 dias, respetivamente, após o início de sintomas“, revela a nota informativa do CDC.

No entanto, a entidade de saúde norte-americana alertou para o facto de a recomendação não se aplicar a casos graves de infeção por coronavírus – essas podem permanecer infecciosas até 20 dias após o início dos sintomas – e também não reflete aqueles que foram expostos ao vírus e não foram testados, mantendo nesses casos a recomendação dos 14 dias. Certo é que os Estados Unidos decidiram seguir a recomendação, tendo encurtado o período de isolamento profilático para dez dias. Nesse sentido, terá sido também com base na investigação do CDC que vários países europeus começaram a ponderar reduzir o tempo de quarentena.

Espanha impõe quarentena de dez dias

Espanha é o mais recente país europeu a encurtar o tempo de isolamento profilático. Até esta quinta-feira, só os casos positivos que não manifestassem nenhum sintoma da doença durante 72 horas podiam ver o seu período de isolamento reduzido a dez dias. Ainda assim, todos os contactos diretos com os infetados tinham que permanecer em quarentena durante 14 dias.

A Catalunha foi a primeira região autónoma a encurtar o período de quarentena da Covid-19 de 14 para dez dias, mas esta quinta-feira o Governo espanhol decidiu estender a medida a todo o território nacional. Assim, com esta medida, o Ministério da Saúde espanhol dispensa a partir agora os contactos de alto risco da necessidade do período de quarentena em dez dias, estabelecendo por definição o período de quarentena em dez dias, revela o jornal ABC.

Croácia também reduziu período de quarenta esta semana

Dois dias antes de Espanha ter tomado a decisão, foi a vez de a Croácia se juntar à lista de países onde o período de isolamento profilático é de apenas dez dias. Assim, pacientes com manifestações clínicas leves ou moderadas da doença vêem agora o seu período de quarentena ser reduzido para dez dias, mas se apenas não tiverem febre nas últimas 24 horas e caso os outros sintomas melhorarem significativamente, revela o Daily News Hungary (acesso livre, conteúdo em inglês).

Já os pacientes com sintomas graves terão de se isolar por um período mínimo de 20 dias, que pode ser encurtado para 15 caso apresentem dois testes de despiste negativos. Estas novas recomendações foram publicadas esta segunda-feira no Instituto de Saúde Pública croata.

Polónia: um dos países pioneiros da UE na redução da quarentena

A Polónia foi um dos primeiros países da Europa, a seguir as pisadas dos EUA. Em finais de agosto, a Polónia decidiu encurtar o período de isolamento de infeção por Covid-19 de 14 para dez dias. “Vamos mudar as regras de quarentena e de isolamento. Vamos avançar com a redução da quarentena para dez dias“, anunciou o ministro da Saúde polaco, Adam Niedzielski, em conferência de imprensa a 27 de agosto, citado pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

França reduz tempo de quarentena para metade

Se os Estados Unidos, Espanha e Polónia decidiram encurtar a quarentena para dez dias, certo é que França foi mais longe. A 11 de setembro, o Governo francês decidiu reduzir o período de quarentena para metade, passando dos 14 dias para apenas sete. A decisão foi justificada não só com base no conhecimento científico disponível, mas também com o argumento de que é mais fácil as pessoas cumprirem de forma rigorosa uma quarentena mais curta. “É fundamental que todos respeitem rigorosamente esse isolamento, que serve para travar a pandemia”, alertou primeiro-ministro francês, Jean Castex, aquando do anúncio, citado pelo Le Fígaro (acesso livre, conteúdo em francês).

O chefe de Governo alertou ainda que o vírus continua a circular, apesar de se manifestar “muito nos jovens, acaba por infetar aqueles que são mais vulneráveis”. Perante esta decisão, o ministro francês da Saúde, Olivier Véran explicou ao jornal France Inter, citado pela TVI, que a doença “é mais contagiosa durante os primeiros cinco dias após o surgimento de sintomas. Depois, a capacidade infecciosa diminui drasticamente”, referiu.

Bélgica tem quarentena de apenas sete dias

Se em junho, a Bélgica decidiu reduzir o tempo de quarentena, possibilitando que as pessoas que tiveram contacto próximo com alguém infetado pudessem realizar um segundo testes diagnóstico a fim de reduzir a quarentena obrigatória de 14 dias, agora ainda foi mais longe. Esta quarta-feira, a primeira-ministra belga, Sophie Wilmes, anunciou que, a partir de 1 de outubro as pessoas que tiveram contacto com uma pessoa infetada só terão que ficar em quarentena durante sete dias, avançou a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

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500 famílias por dia pedem para pagar luz a prestações

  • ECO
  • 25 Setembro 2020

Por dia, meio milhar de famílias portuguesas veem-se obrigadas a pedir para pagar a fatura da eletricidade em prestações. Cerca de 4.000 pequenos negócios clientes da EDP também beneficiam.

Todos os dias, em média, 500 famílias portuguesas pedem para pagar a fatura da eletricidade a prestações. Um apelo à flexibilidade dos fornecedores de energia que é indicador da crise económica e social que se tem abatido sobre os cidadãos.

Estes pedidos enquadram-se nas medidas extraordinárias de apoio por causa da pandemia, e cerca de 4.000 pequenas empresas clientes da EDP também estão a beneficiar desta flexibilidade, noticia o Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Com o coronavírus a alastrar-se cada vez mais pelo país, o Governo decidiu esta semana alargar alguns dos apoios que já estavam previstos. Um desses apoios é a possibilidade de as famílias pedirem moratórias no crédito, uma medida que foi alargada por mais um ano, até setembro de 2021.

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Rendas caíram em Lisboa e no Porto. Veja quanto custa o metro quadrado

A pandemia provocou uma descida das rendas no segundo trimestre, mas no acumulado do ano os preços estão mais altos que em 2019. Veja os preços em cada freguesia de Lisboa a Porto.

A pandemia mexeu com o mercado de arrendamento. Depois de um salto no primeiro trimestre, os preços das rendas praticamente estagnaram no segundo. Ainda assim, estão mais altos que no ano passado. Quanto terá de pagar, agora, por cada metro quadrado em cada freguesia das duas maiores cidades do país?

Arrendar uma casa em Lisboa custa atualmente 11,92 euros por metro quadrado. É mais do que há um ano, mas menos 6,4% do que os proprietários exigiam, em média, aos inquilinos no final do primeiro trimestre, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

No topo das freguesias mais caras da capital portuguesa estão Santa Maria Maior e Santo António, com o metro quadrado a custar 13,73 e 14,23 euros, respetivamente. Mas a liderar, com as rendas mais elevadas da capital, está a Misericórdia, com um metro quadrado a fixar-se nos 14,42 euros. Nesta freguesia, arrendar um T2 com 70 metros quadrados pode custar pouco mais de 1.000 euros por mês.

No lado oposto, Marvila e Santa Clara apresentam-se como as mais baratas, com o metro quadrado a custar menos de dez euros. Arrendar o mesmo T2 numa destas freguesias poderá custar cerca de 700 euros.

Valor mediano das rendas por metro quadrado nas freguesias de Lisboa | Fonte: INE

Mais a norte, no Porto, as rendas também caíram, mas menos: -1,1%. O metro quadrado custa atualmente 8,93 euros, refere o INE. O Bonfim é a segunda freguesia mais cara (9,4 euros o metro quadrado), atrás da União das freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, que lidera com rendas de 9,49 euros por metro quadrado. Arrendar um T2 com 70 metros quadrados nesta freguesia custa cerca de 665 euros.

Pelo contrário, Paranhos e Campanhã são as freguesias com as rendas mais baratas: 8,35 e oito euros por metro quadrado. O mesmo T2 custa entre 560 a 585 euros.

Valor mediano das rendas por metro quadrado nas freguesias de Lisboa | Fonte: INE

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Farmacêutica chinesa diz que vacina estará pronta no início de 2021

  • Lusa
  • 25 Setembro 2020

"O nosso objetivo agora é fornecer a vacina para todo o mundo, incluindo os Estados Unidos, União Europeia e outros", diz o CEO da empresa chinesa.

Uma empresa farmacêutica da China disse que a vacina contra o novo coronavírus que está a desenvolver deve estar pronta no início de 2021 para distribuição em todo o mundo, incluindo na Europa e Estados Unidos.

Yin Weidong, o CEO da SinoVac, disse que recebeu pessoalmente a vacina experimental.

“No início, a nossa estratégia foi desenhada para a China e para Wuhan, mas em junho e julho, ajustámos para abranger todo o mundo“, revelou.

“O nosso objetivo agora é fornecer a vacina para todo o mundo, incluindo os Estados Unidos, União Europeia e outros”, assegurou Yin.

Regulamentos rigorosos nos EUA, União Europeia, Japão e Austrália têm historicamente bloqueado a venda de vacinas chinesas, mas Yin disse que isso pode mudar.

A SinoVac está a desenvolver uma de quatro vacinas candidatas na China, juntamente com a estatal SinoPharm, que possui duas outras em desenvolvimento, e a empresa privada filiada ao exército chinês CanSino.

Mais de 24.000 pessoas estão a participar dos testes clínicos realizados pela CoronaVac no Brasil, Turquia e Indonésia, disse Yin.

A SinoVac escolheu estes países porque todos tiveram surtos graves, são populosos, e têm uma capacidade limitada de pesquisa e desenvolvimento, disse.

Yin falou à imprensa durante uma visita a uma fábrica da SinoVac no sul de Pequim.

Construída em poucos meses, a planta foi projetada para permitir que a SinoVac produza meio milhão de doses da vacina por ano.

A instalação já estava a operar hoje, com funcionários a encher frascos minúsculos com a vacina e a embalá-los. A empresa projeta que poderá produzir centenas de milhões de doses até fevereiro ou março do próximo ano.

A SinoVac também está a começar a testar pequenas doses da CoronaVac em crianças e idosos na China.

Embora a vacina ainda não tenha passado pelos testes clínicos de fase 3, um padrão globalmente aceite, a SinoVac já injetou milhares de pessoas na China.

Yin disse que foi um dos primeiros a receber a vacina experimental, há vários meses, junto com investigadores, depois de as fases um e dois dos testes em humanos não causarem efeitos adversos graves.

“Isto é uma espécie de tradição na nossa empresa”, disse Yin, acrescentando que fez o mesmo com uma vacina contra a hepatite em desenvolvimento.

No início do ano, a China permitiu o “uso de emergência” de vacinas candidatas para populações em risco, como funcionários nas fronteiras e médicos, se as empresas mostrassem “segurança e bons anticorpos” em testes com cerca de mil pessoas, disse Yin.

A SinoVac recebeu a aprovação em junho passado, junto com a SinoPharm e a CanSino, e foi capaz de fornecer dezenas de milhares de doses da CoronaVac para o governo municipal de Pequim, disse Yin.

Os funcionários da SinoVac foram qualificados para uso de emergência da vacina porque um surto dentro da empresa prejudicaria a sua capacidade de desenvolver a vacina, disse Yin.

Cerca de 90% dos colaboradores da empresa já foram vacinados, revelou.

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Concurso para substituir presidente da Agência da Coesão ainda não saiu da gaveta

"Determino a abertura do procedimento concursal para preenchimento do lugar" de presidente da Agência que gere os fundos europeus, diz Nelson Souza. Cresap diz ao ECO que não recebeu pedido nenhum.

A Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap) ainda não recebeu nenhum pedido do Governo para abrir um concurso para escolher o novo presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, confirmou ao ECO fonte oficial do organismo responsável pelo recrutamento e seleção de candidatos para cargos de direção superior da Administração Pública. António Costa Dieb cessou funções a 28 de julho e o seu substituto tem de ser escolhido através de um concurso público.

A “cessação da comissão de serviço”, por ter sido atingido o limite de cinco anos foi publicada em Diário da República, a 2 de setembro. O despacho explicava que a opção do Executivo foi não renovar o mandato de António Costa Dieb, nomeado em 2015, pelo então ministro Miguel Poiares Maduro, que tinha a tutela dos fundos comunitários no Governo de Pedro Passos Coelho.

“A comissão de serviço do presidente da AD&C terminou. Seguir-se-á o procedimento concursal para provimento do lugar, nos termos da legislação aplicável”, explicou ao ECO fonte oficial do Ministério do Planeamento, acrescentando que “a realização do concurso é competência da Cresap”.

O decreto publicado em Diário da República era claro especificando que o ministro do Planeamento, Nelson Souza, já tinha dado instruções para que o concurso fosse aberto. “Determino a abertura do procedimento concursal para preenchimento do lugar de presidente do conselho diretivo da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, I. P”, pode ler-se no documento.

Mas, fonte da Cresap garante, ao ECO, que até esta quarta-feira não recebeu nada: “Não foi recebido nesta Comissão qualquer pedido de abertura de procedimento concursal para a Agência para o Desenvolvimento e Coesão”.

Não foi recebido nesta Comissão qualquer pedido de abertura de procedimento concursal para a Agência para o Desenvolvimento e Coesão.

Fonte oficial da Cresap

O ECO sabe que António Costa Dieb continua a exercer o cargo de presidente na Agência, apesar do seu mandato ter terminado no final de julho, garantindo assim o funcionamento da agência responsável pela gestão dos fundos europeus, pela programação das verbas atribuídas pelos Programas Operacionais, mas também pela avaliação dos resultados e pela auditoria dos apoios concedidos.

O novo presidente da agência vai exercer funções num momento particularmente importante para os fundos já que entrará em vigor o novo quadro comunitário e será necessário concluir a execução do Portugal 2020. Além disso, há a “bazuca” que a Comissão Europeia acordou para ajudar os Estados-membros a recuperarem as respetivas economias dos efeitos da pandemia de coronavírus.

A Agência para o Desenvolvimento e Coesão resultou da fusão de três entidades públicas: o Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional (IFDR), o Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu (IGFSE) e a Estrutura de Missão Observatório do QREN. António Costa Dieb, que já foi presidente da CCDR Alentejo, foi substituir Rosa Maria Simões, ex-presidente do IGFSE e que ocupava o cargo em regime de substituição, quando José Soeiro foi nomeado o primeiro curador dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, um cargo extinto na primeira legislatura de António Costa.

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