TikTok condena decisão dos EUA de proibir o seu download
A TikTok diz estar desapontada com o bloqueio dos downloads de novas aplicações a partir de domingo nos EUA e assegurou ter apresentado todas as garantias de segurança aos utilizadores.
A aplicação chinesa TikTok condenou esta sexta-feira a decisão norte-americana de proibir o seu descarregamento a partir de domingo nos Estados Unidos e assegurou ter apresentado todas as garantias de respeito da segurança dos utilizadores.
“Não estamos de acordo com a decisão do Departamento do Comércio e estamos desapontados com o bloqueio dos descarregamentos de novas aplicações a partir de domingo e com a proibição da utilização do TikTok nos Estados Unidos a partir de 12 de novembro”, disse uma porta-voz da empresa à agência France-Presse.
A mesma responsável acrescentou que, na sua proposta à administração norte-americana, a empresa se comprometeu “a níveis sem precedentes de transparência e responsabilidade suplementares, muito além do que as outras aplicações estão prontas a fazer”, nomeadamente aceitando a possibilidade de auditorias realizadas por terceiros, “a verificação da segurança do código e a vigilância pelo governo americano da segurança dos dados nos Estados Unidos”.
O Departamento de Comércio anunciou esta sexta-feira que o descarregamento das aplicações digitais chinesas TikTok e WeChat será interdito nos Estados Unidos, a partir de domingo, por razões de “segurança nacional”.
“O Partido Comunista Chinês demonstrou que possui os meios e tem a intenção de utilizar essas aplicações para ameaçar a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos”, argumentou o Departamento de Comércio, num comunicado.
Os Estados Unidos cumprem, assim, a ameaça feita pelo Presidente Donald Trump, que há vários meses tem vindo a alertar para os riscos destas duas aplicações, dando-as como exemplo do potencial de interferência chinesa.
Washington deixa no entanto uma porta aberta ao TikTok, aplicação que permite produzir vídeos curtos, antes de proibir completamente a empresa de operar em solo norte-americano.
“O Presidente dá até 12 de novembro para se resolverem os problemas de segurança nacional colocados pelo TikTok. As proibições poderão ser levantadas consoante as circunstâncias”, disse o departamento do Comércio.
O anúncio surge quando se arrastam as negociações com a ByteDance, empresa chinesa proprietária da TikTok, para ceder as suas atividades nos EUA a um grupo norte-americano. O TikTok é muito popular entre os adolescentes, tem cerca de 100 milhões de utilizadores nos Estados Unidos e quase mil milhões em todo o mundo.
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