TikTok condena decisão dos EUA de proibir o seu download

  • Lusa
  • 18 Setembro 2020

A TikTok diz estar desapontada com o bloqueio dos downloads de novas aplicações a partir de domingo nos EUA e assegurou ter apresentado todas as garantias de segurança aos utilizadores.

A aplicação chinesa TikTok condenou esta sexta-feira a decisão norte-americana de proibir o seu descarregamento a partir de domingo nos Estados Unidos e assegurou ter apresentado todas as garantias de respeito da segurança dos utilizadores.

Não estamos de acordo com a decisão do Departamento do Comércio e estamos desapontados com o bloqueio dos descarregamentos de novas aplicações a partir de domingo e com a proibição da utilização do TikTok nos Estados Unidos a partir de 12 de novembro”, disse uma porta-voz da empresa à agência France-Presse.

A mesma responsável acrescentou que, na sua proposta à administração norte-americana, a empresa se comprometeu “a níveis sem precedentes de transparência e responsabilidade suplementares, muito além do que as outras aplicações estão prontas a fazer”, nomeadamente aceitando a possibilidade de auditorias realizadas por terceiros, “a verificação da segurança do código e a vigilância pelo governo americano da segurança dos dados nos Estados Unidos”.

O Departamento de Comércio anunciou esta sexta-feira que o descarregamento das aplicações digitais chinesas TikTok e WeChat será interdito nos Estados Unidos, a partir de domingo, por razões de “segurança nacional”.

O Partido Comunista Chinês demonstrou que possui os meios e tem a intenção de utilizar essas aplicações para ameaçar a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos”, argumentou o Departamento de Comércio, num comunicado.

Os Estados Unidos cumprem, assim, a ameaça feita pelo Presidente Donald Trump, que há vários meses tem vindo a alertar para os riscos destas duas aplicações, dando-as como exemplo do potencial de interferência chinesa.

Washington deixa no entanto uma porta aberta ao TikTok, aplicação que permite produzir vídeos curtos, antes de proibir completamente a empresa de operar em solo norte-americano.

“O Presidente dá até 12 de novembro para se resolverem os problemas de segurança nacional colocados pelo TikTok. As proibições poderão ser levantadas consoante as circunstâncias”, disse o departamento do Comércio.

O anúncio surge quando se arrastam as negociações com a ByteDance, empresa chinesa proprietária da TikTok, para ceder as suas atividades nos EUA a um grupo norte-americano. O TikTok é muito popular entre os adolescentes, tem cerca de 100 milhões de utilizadores nos Estados Unidos e quase mil milhões em todo o mundo.

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Nos e Galp Energia penalizam Lisboa. EDP Renováveis trava maior queda

A bolsa de Lisboa encerrou a última sessão da semana em terreno negativo, penalizada pelos títulos da Nos e da Galp Energia. A travar uma descida mais acentuada esteve a EDP Renováveis.

A bolsa de Lisboa terminou a semana a perder quase 1%, com a maioria das cotadas no vermelho. A penalizar o desempenho do índice estiveram as ações de “pesos pesados” como a Nos e a Galp Energia, que recuaram 5% e 4%, respetivamente. No lado oposto, a travar uma queda mais acentuada da bolsa esteve a EDP Renováveis, ao somar 3,17%, apresentando a maior subida da sessão.

O PSI-20 desceu 0,8% para 4.252,43 pontos, naquela que foi a segunda sessão consecutiva de perdas. Entre as 18 cotadas nacionais, o destaque foi para as ações da Nos que recuaram 5,21% para 3,128 euros, acompanhadas pelas da Galp Energia que caíram 3,59% para 8,712 euros. Este desempenho da petrolífera acontece num dia em que o preço do barril de Brent desvalorizou nos mercados internacionais.

Nos lidera quedas em Lisboa

A penalizar a bolsa esteve também o BCP ao recuar 1,95% para 0,0907 euros, assim como a EDP que desvalorizou 0,05% para 4,218 euros. Destaque também para a Navigator que perdeu 2,2% para 2,31 euros, enquanto a Sonae caiu 1,41% para 0,5965 euros.

Por sua vez, a impedir uma queda mais acentuada do índice de referência nacional esteve a EDP Renováveis que somou 3,17% para 14,34 euros, naquela que foi a maior subida desta última sessão da semana.

Ainda no lado das subidas esteve a Jerónimo Martins ao somar 0,78% para 14,165 euros, assim como a Altri que avançou 0,09% para 4,24 euros.

Lisboa acompanhou, assim, o cenário de quedas que se viveu no resto da Europa, numa altura em que aumentam as preocupações quanto a uma segunda vaga da pandemia, tendo em conta o aumento do nímero de casos de infeção pelo novo coronavírus. O Stoxx 600 caiu 0,52% para 369,31 euros.

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Mais de quatro pessoas por mesa perto de escolas dá multa até 5.000 euros

Restaurantes, cafés e pastelarias a 300 metros das escolas têm um limite máximo de 4 pessoas por grupo. Violação das regras dá multa até 500 euros para pessoas singulares.

Com a entrada em vigor do estado de contingência, quem estiver sentado numa mesa com mais de quatro pessoas num raio de 300 metros dos estabelecimentos de ensino pode incorrer numa multa até 500 euros. Já os estabelecimentos comerciais, como restaurantes, cafés e pastelarias, podem ter de pagar uma coima até cinco mil euros.

O Governo proibiu ajuntamentos de grupos com mais de quatro pessoas em todos os restaurantes, cafés e pastelarias que estejam num raio de 300 metros dos estabelecimentos de ensino. O objetivo é evitar “grandes ajustamentos à saída da escola”, nomeadamente nos estabelecimentos próximos onde os alunos tendem a reunir-se, apontou o primeiro-ministro no final do Conselho de Ministros em que decretou o estado de contingência nas vésperas do regresso à escola de cerca de 1,2 milhões de estudantes.

Os infratores podem ser punidos com “uma coima de 100 a 500 euros para pessoas singulares e de mil a cinco mil euros para pessoas coletivas, sem prejuízo da responsabilidade civil do infrator nos termos gerais do direito“, segundo explicou fonte oficial do Ministério da Administração Interna (MAI), ao ECO.

Esta penalização insere-se no regime contraordenacional aprovado pelo Decreto-Lei n.º 28-B/2020, de 26 de junho, onde constam ainda outras regras, como o uso obrigatório de máscara em escolas, transportes públicos e comércio ou a proibição do consumo de bebidas alcoólicas na via pública. Assim, em caso de negligência, “os montantes referidos no número anterior são reduzidos em 50%”, lê-se.

São os próprios estabelecimentos que deverão certificar-se de que os negócios estão, ou não, abrangidos pela medida, sendo que a fiscalização é feita pelas mesmas entidades que fiscalizam as restantes normas aplicadas ao estado de emergência, ou seja, forças e serviços de segurança e as polícias municipais.

Os montantes relativos a estas coimas são distribuídos de forma faseada: 50% para o Estado, 25% para a entidade fiscalizadora e 25% para a secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, de acordo com o decreto publicado em Diário da República.

Os números mais recentes do MAI revelam que desde julho já foram efetuadas mais de 80 detenção e registadas quase 2.000 contraordenações por violação das regras de contenção da Covid-19.

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Já arrancou no ISEG o primeiro programa de formação de executivos sobre Finanças Sustentáveis em Portugal

  • ECO
  • 18 Setembro 2020

O programa abordará o Acordo de Paris, Economia Circular, Due Diligence ESG: ambiente, social e governance na análise de risco das organizações, Produtos Financeiros Sustainable Asset Management.

Arrancou esta semana o primeiro programa executivo de Finanças Sustentáveis em Portugal. Lançada no início do ano, e inicialmente planeada para ocorrer em maio, a primeira edição deste curso vai decorrer entre 17 de setembro e 9 de outubro. Serão 8 dias de formação no ISEG Executive Education dedicados ao tema Sustainable Finance: Green and Climate Finance, com o apoio institucional do Ministério do Ambiente e Ação Climática.

A sessão de abertura deste programa executivo esteve o encargo da professora Clara Raposo, Presidente do ISEG e co-coordenadora do programa, em conjunto com Sofia Santos, economista especializada em sustainable and climate finance. Perante uma turma de participantes constituída por profissionais do setor das finanças, mas também dos setores da engenharia e biologia, as mensagens principais das duas responsáveis pela formação focaram-se “num futuro mais verde, que trará muitas obrigações, mas acima de tudo oportunidades”.

Do seu lado, Clara Raposo colocou como principal objetivo do programa em geral “perceberem como a sustentabilidade é compatível, quem sabe fundamental, com o futuro dos negócios”. Sofia Santos, por sua vez, enalteceu o potencial da sustentabilidade: “Esta luta contra as alterações climáticas pode ser também uma oportunidade de negócio. Um novo modelo económico traz também oportunidades de negócio”.

O programa tratará temas como o Acordo de Paris, Redefinição de Crescimento, Economia Circular, Due Diligence ESG: ambiente, social e governance na análise de risco das organizações, Produtos Financeiros Sustentáveis e Sustainable Asset Management.

“O ISEG teve a coragem de ser pioneiro ao lançar o curso para executivos sobre Sustainable Finance que se tornou, no último ano, um dos principais temas da Agenda Europeia”, tinha já escrito Sofia Santos no ECO/Capital Verde. A primeira edição deste curso de 8 dias avança com 32 alunos, tendo mais de 40 pessoas concorrido às 5 “Bolsas Gulbenkian Competências Verdes para Executivos” que foram atribuídas pela Fundação.

“Constatamos assim que há uma imensa apetência para saber mais sobre como podemos e iremos financiar a economia verde”, sublinhou a economista.

A lista de professores inclui, na sua opinião, “alguns dos melhores do mundo no tema da sustainable finance”: Paul Fisher com 16 anos experiência no Banco de Inglaterra, nomeadamente como Deputy Head Prudential Regulation Authority and Executive Director for Supervisory Risk Specialists and Regulatory Operations, tendo sido também membro do High Level Experts Group on Sustainable Finance da Comissão Europeia; Pierre Rousseau, Senior Strategic Advisor for Sustainable Busines no BNP Paribas; Ana Jantarada, que lidera a equipa de Sustainable Finance Markets do BPN Paribas em Lisboa; Richard Burret Head of Sustainability na Earth Capital e Administrador não executivo independente do Triodos Bank UK, e Administrador não executivo do Union Bank of Nigeria PLC; Erick Van Labeck , Head of Research de Investimento Sustentável na OFI Asset Management; e Matteo Bigoni, Head of Certifications na Carbon Bond Initiative; Miguel J. Martins, ex-Banco Mundial IFC e atualmente professor na Harvard Graduate School of Design, entre outros professores especializados em Alterações Climáticas, Serviços dos Ecossistemas e Economia Circular.

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Tribunal holandês afasta marido de Isabel dos Santos da Exem Energy

  • Lusa
  • 18 Setembro 2020

Ministério Público da Holanda congelou a participação do empresário Sindika Dokolo da Exem Energy, forçou a sua saída do conselho de administração da Esperaza e ordenou a divisão de dividendos.

Um tribunal de Amsterdão decidiu na quinta-feira congelar a participação de Sindika Dokolo, marido da empresária angolana Isabel dos Santos, na Exem, no âmbito de uma disputa sobre um negócio com a Sonangol, em 2006.

De acordo com a decisão, consultada esta sexta-feira pela Lusa, o tribunal comercial arbitral holandês congelou a participação do empresário na Exem e forçou a saída do conselho de administração da Esperaza do representante desta empresa, tendo ainda ordenado que os dividendos sejam devolvidos.

Em causa está a venda, por parte da Sonangol, da participação de 40% na holding Esperaza à Exem, que tem como principal beneficiário o empresário congolês Sindika Dokolo, marido da empresária Isabel dos Santos, filha do antigo Presidente de Angola José Eduardo dos Santos.

A Sonangol detém 60% das ações da Esperaza, tendo a Exem os outros 40%. A Exem é uma holding holandesa que tem como principal beneficiário Sindika Dokolo, de acordo com os documentos do tribunal.

A Sonangol argumenta que a Exem adquiriu a participação na Esperaza em “condições extremamente vantajosas”, ao pagar 11,3 milhões de euros à cabeça e os restantes 63,8 milhões de euros através de empréstimos financiados pela Sonangol.

Em declarações às agências financeiras internacionais, o representante da Exem na Esperaza, Mário Leite Silva, disse que “não há qualquer conclusão sobre qualquer irregularidade cometida pela Exem, ou por Sindika Dokolo”.

A representante de Isabel dos Santos, por seu turno, salientou que a empresária “não lidera a Exem e não tem qualquer papel na Exem ou Esperaza e, portanto, não tem qualquer envolvimento nestes assuntos”.

Na segunda-feira, a Exem Energy, empresa de Isabel dos Santos e Sindika Dokolo que detém uma participação indireta na Galp, confirmou ser alvo de inquérito por parte das autoridades holandesas, relacionado com a Sonangol, mas garante nada dever à petrolífera angolana.

Em resposta à Lusa, após o jornal holandês De Volkskrant noticiar que o Ministério Público da Holanda está a investigar a empresa do marido de Isabel dos Santos, Sindika Dokolo, através da qual a filha do ex-presidente angolano é acionista indireta da Galp, fonte oficial da Exem Energy confirmou a informação, sublinhando que o inquérito é “bem-vindo” e será uma oportunidade para “esclarecer várias falsidades e alegações infundadas”.

Segundo a Exem, o inquérito pretende averiguar se existem relações familiares que possam ter influenciado a celebração de contratos, parcerias ou relações comerciais entre esta ou outras relacionadas com Sindika Dokolo e a Sonangol, na altura em que Manuel Vicente era presidente do conselho de administração da petrolífera angolana.

A Esperaza Holding, ‘joint venture’ da Exem e Sonangol detém 45% da Amorim Energia que, por sua vez, é acionista de referência da Galp.

A Exem afirma que acordou o investimento e a participação na Galp com Américo Amorim em 2005 que pagou as suas ações na Esperaza, no valor aproximado de 75 milhões de euros, em duas parcelas: 11,5 milhões de euros pagos na assinatura do contrato e 64 milhões de euros mais juros pagos em outubro de 2017, em kwanzas, ao câmbio do dia, “nada devendo à Sonangol pela entrada no capital da Esperaza e desta na Galp”.

De acordo com a mesma fonte, o pagamento em kwanzas foi feito na sequência de um acordo celebrado entre as duas acionistas da Esperaza (Exem e Sonangol), em antecipar o pagamento da dívida para outubro de 2017, uma vez que a dívida remanescente apenas vencia em dezembro de 2017.

Isabel dos Santos, que foi presidente da petrolífera durante cerca de 18 meses até ser exonerada pelo sucessor de José Eduardo dos Santos, João Lourenço, terá tentado fazer o pagamento da dívida da Exem em kwanzas o que foi rejeitado pelo novo presidente da Sonangol.

Carlos Saturnino “fez a devolução dos valores, indicando não aceitar kwanzas, e informando pretender receber o valor em euros, uma afirmação contrária à prática de pagamentos recebidos pela Sonangol na altura, de outras entidades”, alega a Exem.

As autoridades judiciais angolanas contrariam esta versão e sustentam que a Esperaza foi financiada em 100% pela Sonangol, num total de mais de 193 milhões de euros, tendo emprestado à Exem Energy 75.075.880 euros, valores não devolvidos até à data.

“Houve uma tentativa de pagamento da dívida por parte dos requeridos em kwanzas, facto que foi rejeitado, em virtude de a dívida ter sido contraída em euros e esta cláusula resultar do próprio contrato”, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana.

A Exem defende, por seu lado, que tendo a Sonangol concordado em receber o pagamento em kwanzas ao câmbio atualizado, “não se entendeu a razão da devolução do dinheiro, o que gerou um litígio entre as partes, estando a decorrer uma arbitragem na Holanda”.

A empresária, o marido e o gestor e ex-presidente do conselho de administração do Banco de Fomento Angola, Mário Leite Silva, viram as suas contas bancárias e participações sociais em várias empresas serem alvo de arresto em dezembro de 2018, por ordem do Tribunal Provincial de Luanda.

A medida, segundo um comunicado da PGR divulgado na altura, surgiu na sequência de uma ação intentada pelo Serviço Nacional de Recuperação de Ativos.

Uma investigação de um consórcio internacional de jornalistas de investigação (ICIJ), denominada Luanda Leaks, revelou, através do acesso a mais de 715 mil ficheiros, os supostos esquemas financeiros de Isabel dos Santos e Sindika Dokolo, que permitiram retirar milhões de dólares ao erário público angolano através de paraísos fiscais.

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António Costa consulta a StayAway “todas as manhãs”. É mesmo preciso?

O primeiro-ministro diz que "todas as manhãs" consulta a aplicação StayAway para saber se esteve perto de alguém com Covid-19. O hábito não é necessário. Contudo, é recomendável.

De visita a uma escola em Alcochete, o primeiro-ministro apelou à instalação da aplicação StayAway Covid, que rastreia de forma anónima eventuais contactos de risco com pessoas infetadas pelo novo coronavírus. António Costa afirmou também que todas as manhãs abre a aplicação para saber se esteve perto de alguém entretanto diagnosticado com Covid-19. Mas será mesmo necessário consultar a app todos os dias?

Primeiro, o que disse o primeiro-ministro: “Esta aplicação é de uso voluntário. Eu uso, e é com muita satisfação que, todos os dias de manhã, tenho verificado até agora que ainda não estive próximo de alguém que era um contacto de risco”, disse António Costa, em declarações transmitidas pela RTP 3. Mas é suposto a aplicação enviar uma notificação de alerta no telemóvel caso detete que o utilizador esteve, nos últimos 14 dias, durante alguns minutos a menos de dois metros de alguém infetado.

António Costa não está errado. O INESC TEC, promotor da aplicação StayAway Covid, tem recomendado aos utilizadores que, mesmo assim, abram a aplicação pelo menos uma vez por dia. A explicação está numa definição técnica presente em alguns telemóveis que pode impedir o funcionamento correto da aplicação, apesar de deixar em funcionamento o sistema que rastreia a possível exposição à Covid-19.

São coisas diferentes. E, para compreender este detalhe, é preciso entender que a aplicação StayAway Covid assenta em dois “sistemas”: a app propriamente dita e um mecanismo desenvolvido pela Google e pela Apple, que usa o Bluetooth dos smartphones, e que é conhecido por GAEN. Uma vez que a aplicação consome bateria, os sistemas de algumas marcas de telemóveis estão programados para “matar” o aplicativo, deixando em funcionamento o GAEN.

Nesses casos, o que pode acontecer é que o GAEN deteta um possível contágio, mas a aplicação não emite o alerta. Se assim for, a notificação de aviso só é emitida quando o utilizador abrir a app. É por este motivo que António Costa e o INESC TEC têm recomendado os portugueses que instalam voluntariamente a aplicação que abram a StayAway Covid pelo menos uma vez por dia, garantindo que uma eventual notificação é sempre enviada em tempo útil.

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EDP adere a aliança global para acelerar o fim do carvão na energia

Ainda com ativos de carvão em Portugal, Espanha e Brasil, a EDP é uma das 44 empresas presentes neste grupo, que assume o compromisso de eliminar o carvão até 2030 na OCDE e na UE, e até 2050 no mundo

A EDP anunciou esta sexta-feira que aderiu à Powering Past Coal Alliance (PPCA), uma aliança global de governos e organizações do setor privado criada pelo Canadá e pelo Reino Unido para acelerar a transição da geração de energia a carvão para energias limpas. Ainda com ativos de carvão em Portugal, Espanha e Brasil, os quais têm encerramento previsto para 2030, a EDP é uma das 44 empresas presentes neste grupo, que assume o compromisso de eliminar o carvão até 2030 na OCDE e na UE, e até 2050 no resto do mundo.

Desde o início de setembro, além da EDP, mais seis membros aderiram a este esforço global de descarbonização: o Peru, o primeiro membro da PPCA na América do Sul; Seul, a capital da Coreia do Sul; Gyeonggi, a província com maior população da Coreia do Sul; Baden-Württemberg, um estado no sudoeste da Alemanha e as cidades de Kaohsiung e Taichung. Estes novos membros foram anunciados pela PPCA na conferência da Coligação para a Transição Energética das Nações Unidas.

“É um privilégio para a EDP poder aderir à PPCA para reforçar o nosso compromisso com o Acordo de Paris. A redução das emissões de CO2 a partir do carvão é um passo importante para as empresas no combate às mudanças climáticas”, destaca Miguel Stilwell de Andrade, CEO interino da EDP. “Temos investido em tecnologias de baixo carbono há mais de duas décadas e, recentemente, reafirmámos o nosso compromisso com o crescimento sustentável ao anunciarmos o encerramento das nossas centrais a carvão na Península Ibérica.”

A aliança global conta agora com 111 membros, incluindo 34 governos nacionais, 33 governos subnacionais e 44 empresas.

Em nome dos co-presidentes da aliança (Reino Unido e Canadá), o ministro do Ambiente e das Mudanças Climáticas do Canadá, Jonathan Wilkinson, aplaudiu as novas adesões. “Ao aderir à PPCA, estão a demonstrar como os seus respetivos setores podem trabalhar para um futuro movido por uma energia mais limpa e sustentável. Estão a responder com determinação ao apelo do Secretário-Geral da ONU para reduzir a produção de carvão e parar a construção de novas centrais a carvão até 2020. É empolgante ver a aliança crescer enquanto lutamos por uma transição justa, equitativa e justa para fora da energia a carvão”.

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Há mais 780 infetados com Covid-19. Morreram mais seis pessoas

Nas últimas 24 horas foram identificados 780 novos casos do novo coronavírus em Portugal. O número total de pessoas infetadas sobe para 67.176.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 780 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 67.176 o número de infetados desde o início da pandemia. O número total de vítimas mortais subiu para 1.894, após terem sido registadas mais seis mortes nas últimas 24 horas.

Pelo segundo dia consecutivo, Portugal volta a estar acima da fasquia dos 700 novos casos. Face a este aumento o primeiro-ministro convocou esta sexta-feira uma reunião de emergência para avaliar o ponto de situação. À saída, António Costa avisou que a manter-se esta tendência “chegaremos seguramente” aos mil casos já na próxima semana.

Entre os casos de infeção confirmados desde o início da pandemia, mas considerando também os recuperados, existem atualmente 20.229 casos ativos, mais 515 nas últimas 24 horas.

A maioria dos novos casos foi registada na região de Lisboa e Vale do Tejo. Dos 780 novos casos confirmados nas últimas 24 horas, 426 foram registados em Lisboa (cerca de 54,6% do total), seguidos pela região Norte, que contabilizou 250 novas infeções (32,1%).

Boletim epidemiológico de 18 de setembro

Neste contexto, Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com mais casos até ao momento (34.386 casos de infeção e 717 mortes), seguindo-se do Norte (24.234 casos e 864 mortes), do Centro (5.526 casos e 254 mortes), do Algarve (1.324 casos e 20 mortes) e do Alentejo (1.267 casos e 23 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 241 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 198 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.

Tal como avançou António Costa à saída da reunião de urgência, há uma diminuição de pessoas internadas, bem como, em unidades de cuidados intensivos. Nesse sentido, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 465 estão internados (menos 15 face ao dia anterior), dos quais 57 em unidades de cuidados intensivos. Há ainda 38.721 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, mais 817 do que no balanço de quinta-feira.

Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 259 recuperados, um número ligeiramente inferior relativamente ao último balanço. No total, já 45.053 pessoas recuperaram da doença.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h10)

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“A manter-se esta tendência, chegaremos a 1.000 novos casos por dia na próxima semana”, diz António Costa

António Costa afastou um novo confinamento e disse que o controlo da pandemia depende da responsabilidade de cada cidadão. Vê o país a voltar a 1.000 novos casos diários mantendo-se a tendência atual.

O primeiro-ministro alertou que, “a manter-se” a tendência atual de crescimento da pandemia, “chegaremos a 1.000 novos casos por dia na próxima semana”. Declarações transmitidas pela RTP 3 à saída de uma reunião do gabinete de crise em São Bento, Lisboa.

Perante este cenário, o controlo da pandemia está agora nas mãos de cada um dos portugueses, uma vez que está excluída a hipótese de um novo confinamento como o que foi decretado no estado de emergência em março, explicou o chefe do Governo. “Seria inimaginável repetir no Natal o que tivemos de fazer na Páscoa”, rematou.

Num discurso centrado no apelo à responsabilidade individual dos portugueses, António Costa indicou o que considerou serem “cinco regras” que todos têm de cumprir para controlar a pandemia: o uso de máscara “sempre que possível e obrigatoriamente sempre que necessário”; a manutenção da higiene regular das mãos; o respeito pela etiqueta respiratória; o distanciamento físico “em qualquer circunstância”; e o uso da aplicação StayAway Covid para rastreio de contágios por Covid-19.

“Se todos cumprirmos estas regras, conseguiremos controlar a pandemia”, disse o primeiro-ministro, reforçando que esta é a forma de “garantir que o ano letivo possa decorrer sem sobressaltos” e que as empresas podem continuar a “retomar gradualmente” a atividade, protegendo o emprego e o rendimento das famílias. “O custo social do confinamento foi brutal. O sofrimento pessoal de cada um foi enorme. A dor nas famílias foi enorme. Temos de evitar passar por isto tudo outra vez”, rematou.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) vai apresentar “na próxima semana” um “plano específico para o outono e inverno”, informou também o primeiro-ministro. “Perante um vírus novo, a comunidade científica tem vindo a evoluir no conhecimento do vírus”, explicou António Costa, que não comentou diretamente a possibilidade de vir a ser introduzida a obrigatoriedade de uso de máscara mesmo nos espaços públicos ao ar livre. “Antes de pensarmos que novas medidas vamos adotar, devemos concentrar-nos nas que já sabemos que temos de cumprir”, argumentou.

Dito isto, António Costa disse compreender que “haja alguma fadiga” dos portugueses, mas voltou a apelar à mobilização individual. “Não é corrida de 100 metros, é longa maratona que não sabemos quantos quilómetros vai durar. Só acabará quando surgir vacina ou tratamento eficaz. Todos desejamos que seja já amanhã, mas podemos ter de esperar muito tempo”, alertou o governante.

No discurso após a reunião do gabinete de crise por causa da situação epidemiológica no país, e numa altura em que começa um novo ano letivo, António Costa apelou a que as regras sejam respeitadas dentro e fora das escolas. “É tão necessário cumprir regras na escola como fora da escola. Se uma pessoa na escola faz tudo para não se contaminar nem aos colegas, tem de fazer o mesmo no espaço envolvente, nos jardins, no caminho para a escola, em casa. Tem de cumprir essas regras também”, finalizou.

Minutos depois destas declarações do primeiro-ministro, a DGS emitiu um novo boletim epidemiológico, apontando para um crescimento diário de 780 casos face a quinta-feira. O número total de casos confirmados é de 67.176 desde o início do surto.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h13)

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Facebook ganha mais de 1% após Trump proibir rival TikTok

Bolsas americanas abriram última sessão da semana sem tendência definido. Nasdaq recupera fôlego depois de duas sessões sob pressão. Facebook dá uma ajuda após EUA proibirem TikTok e WeChat.

O índice tecnológico Nasdaq abriu a última sessão da semana a subir, depois de dois dias de pressão vendedora. Ainda assim, os outros dois influentes índices de Wall Street arrancaram sem grandes variações, por causa da subida do número de casos de coronavírus e das incertezas em relação à recuperação da economia.

As bolsas americanas iniciaram esta semana em alta, com os investidores a apostarem em mais estímulos por parte da Reserva Federal norte-americana. Porém, na quarta-feira, Jerome Powell pouco adiantou em relação a novas medidas de política monetária, tendo sublinhado os desafios que a maior economia do mundo tem pela frente por causa da pandemia, para desilusão do mercado.

O S&P 500 abriu a sessão desta sexta-feira a somar 0,10%. O industrial Dow Jones também negoceia abaixo da linha de água, com uma descida de 0,15%.

Em contramão, o Nasdaq, que assistiu a um intenso sell-off nas últimas duas sessões, soma alguns ganhos no arranque: avança 0,35% para 10.947,32 pontos.

Duas tecnológicas estão em destaque: o Facebook e a Snapchat estão em alta de 1,30% e 0,50%, depois de Donald Trump ter ordenado a proibição de downloads nos EUA das aplicações rivais TikTok e WeChat a partir de domingo.

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Bruxelas fecha contrato para mais 300 milhões de doses de vacina

  • Lusa
  • 18 Setembro 2020

Bruxelas confirmou a participação no mecanismo Covax para um acesso equitativo às vacinas Covid-19 a preços acessíveis e e assinou um segundo contrato para aquisição de 300 milhões de doses de vacina.

A Comissão Europeia confirmou esta sexta-feira a sua participação no mecanismo COVAX para um acesso equitativo às vacinas Covid-19 a preços acessíveis e assinou um segundo contrato para aquisição de 300 milhões de doses de vacina.

Segundo um comunicado, entrou em vigor esta sexta-feira o contrato entre as farmacêuticas Sanofi-GSK e a Comissão Europeia para a aquisição pelos 27 Estados-membros da União europeia (UE) de 300 milhões de doses da vacina que estão a desenvolver para a Covid-19, o segundo do género assinado por Bruxelas.

A Sanofi e a GSK procurarão igualmente fornecer em tempo útil uma parte significativa do seu abastecimento de vacinas através de uma colaboração com o Mecanismo de Acesso Mundial às Vacinas contra a Covid-19 (COVAX) — o pilar para as vacinas do acelerador do acesso aos meios de combate à Covid-19 para países de rendimento baixos e médios.

A Comissão já assinou um contrato com a AstraZeneca e continua a discutir acordos semelhantes com outros fabricantes de vacinas (Johnson & Johnson, CureVac, Moderna e BioNTech), com os quais concluiu conversações exploratórias.

No âmbito do COVAX, num esforço conjunto entre a Comissão Europeia e os 27 Estados-Membros da UE, a Equipa Europa contribuirá com um montante inicial de 230 milhões de euros em dinheiro através de um empréstimo do Banco Europeu de Investimento, apoiado pelo mesmo montante em garantias fornecidas pelo orçamento da UE.

Uma contribuição de 230 milhões de euros é equivalente a reservas ou opções para comprar 88 milhões de doses e a UE transferi-las-ia para países elegíveis do Compromisso de Mercado Avançado (AMC).

Esta contribuição é complementada com 170 milhões de euros em garantias financeiras a partir do orçamento da UE.

A Sanofi e a GSK estão a desenvolver uma vacina recombinante para a Covid-19, utilizando técnicas inovadoras de ambas as empresas.

A Sanofi contribuirá com o seu antigénio da proteína S da covid-19, que se baseia em tecnologia do ADN recombinante.

A GSK contribuirá com a sua tecnologia adjuvante, particularmente importante numa situação de pandemia, uma vez que pode reduzir a quantidade de proteína necessária por dose de vacina, permitindo a produção de mais doses da vacina e assim ajudando a proteger mais pessoas.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 943 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.888 em Portugal.

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Trump proíbe download do TikTok e uso do WeChat nos EUA

A Administração Trump tomou a decisão de excluir o TikTok e o WeChat das lojas de aplicações no domingo, proibindo mesmo o uso deste último aplicativo.

A Administração Trump anunciou que vai proibir o download das aplicações TikTok e WeChat a partir deste domingo. Os aplicativos de origem chinesa, que são usados por mais de 100 milhões de pessoas nos EUA, deverão ser expulsos das lojas de aplicações da Google e da Apple, sob o pretexto de representarem uma ameaça à segurança nacional e à privacidade dos cidadãos.

No caso do WeChat, uma plataforma de mensagens instantâneas e serviços, serão também proibidas todas as transferências de dinheiro ou pagamentos com recurso à aplicação. Além disso, todas as empresas ficarão impedidas de oferecer alojamento, redes de distribuição de conteúdo ou outros recursos que permitam contornar as restrições ao WeChat, passando ainda a ser ilegal usar código da app em qualquer serviço ou software nos EUA.

Em relação ao TikTok, uma rede social de vídeos, as proibições relativas ao fornecimento de serviços também se aplicarão a partir de 12 de novembro. Até lá, continuam as negociações para a venda da aplicação, sendo que um consórcio liderado pela Oracle está na frente da corrida pela operação da aplicação.

Ou seja, na prática, passará a ser ilegal descarregar o TikTok e o WeChat a partir de domingo, mas será também ilegal usar o WeChat. E a partir de 12 de novembro, se não houver venda do TikTok, a rede social poderá seguir o mesmo caminho.

Em declarações citadas pela imprensa norte-americana o secretário do Comércio, Wilbur Ross, considerou que a decisão desta sexta-feira “prova mais uma vez que o presidente Trump fará tudo o que estiver ao seu alcance para garantir a segurança nacional e a proteção dos americanos das ameaças do Partido Comunista Chinês”. A Administração Trump teme que as duas aplicações podem ser usadas pelo regime de Xi Jinping para espiar os cidadãos.

O WeChat é detido pela Tencent, um dos maiores grupos chineses de tecnologia. A aplicação é usada por largas centenas de cidadãos chineses como uma plataforma única para os mais variados serviços, desde a comunicação à entrega de pizas e ao transporte privado. O TikTok é controlado pela chinesa ByteDance e tem também vários milhões de utilizadores nos EUA, estando a ganhar popularidade dia após dia.

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