Cidade onde coronavírus começou está isolada e começa a ficar sem comida

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2020

Wuhan, considerada o berço do coronavírus, está isolada do mundo há um mês. Os moradores estão confinados e lutam para se alimentar, já que as provisões são cada vez mais escassas.

Na cidade chinesa de Wuhan, onde foi detetado inicialmente o coronavírus e que foi isolada do mundo, tudo começa a escassear, nomeadamente os alimentos, contaram alguns dos habitantes à AFP.

“Temos a impressão de sermos refugiados”, admitiram alguns moradores de Wuhan, em conversa telefónica ou por mensagem. Wuhan, considerado o berço do coronavírus, está isolada do mundo há um mês. Os moradores estão confinados e lutam para se alimentar, já que as provisões são cada vez mais escassas e há restrições de compra, além de aumentos de preços sobretudo dos vegetais.

Guo Jing, uma jovem de 29 anos, vive atualmente enclausurada em casa. A sua liberdade de movimentos foi sendo gradualmente reduzida: primeiro, em 23 de janeiro, foi proibida de deixar Wuhan, que passou a estar isolada do mundo na esperança de conter a epidemia, que apareceu nesta cidade de 11 milhões de habitantes. Passado algum tempo, as restrições foram apertadas: os residentes só podiam deixar os seus complexos residenciais ou bloco de apartamentos uma vez a cada três dias.

Quando os mantimentos que temos em casa terminarem, não faço ideia de onde vamos comprar mais.

Pan Hongsheng

Habitante de Wuhan

Agora, até essa permissão desapareceu: Guo Jing já não pode pisar fora da sua porta de casa e depende totalmente de entregas ao domicílio. “Eu posso viver assim mais um mês”, afirma, referindo que as suas provisões de legumes em conserva e ovos só duram mais cerca de 30 dias.

Mas nem todos na cidade estão em tão “boa situação”. Para milhões de chineses presos em Wuhan, a proibição de deixar as suas casas levanta questões práticas alarmantes. “Quando os mantimentos que temos em casa terminarem, não faço ideia de onde vamos comprar mais”, disse Pan Hongsheng, que vive com a sua mulher e dois filhos.

Algumas comunidades ou grupos fazem pedidos de grandes quantidades nos supermercados, organizando-se através de fóruns de discussão improvisados em mensagens móveis do WeChat. Algumas empresas vendem cestas de produtos frescos por peso, desde que os pedidos sejam agrupados no mesmo endereço. No bairro de Guo Jing, é possível comprar 6,5 quilos de vegetais de cinco variedades, incluindo batatas e couve, mas a preços muito mais altos do que seria o normal. “Ninguém pode escolher o que gostaria de comer. Não estamos em época de olhar para as preferências pessoais”, suspira a jovem.

O sistema de compras em grupo deixa, no entanto, de fora algumas comunidades, já que os supermercados exigem um número mínimo de pedidos para fazer entregas ao domicílio. É o caso de Pan Hongsheng, que se queixa de estar a ser abandonado e sublinha que o seu “menino de três anos já não tem mais leite em pó”. “Honestamente, não podemos fazer isto de outra maneira”, justifica Yang Nan, chefe do supermercado Laocunzhang, que impõe um mínimo de 30 pedidos agrupados. “Temos apenas quatro veículos” e uma força de trabalho reduzida, explica.

Outro supermercado disse à AFP que atende apenas um máximo de 1.000 pedidos por dia. “Tornou-se muito complicado recrutar” estafetas, refere Wang Xiuwen, funcionário do departamento de logística da loja, indicando que se sente relutante em aceitar novos funcionários por medo de contaminação. A intensidade das restrições varia, no entanto, de acordo com o bairro.

Uma jovem de 24 anos, que falou sob condição de anonimato, explicou à AFP que os moradores do seu prédio podem sair, uma pessoa por família de cada vez, e pagar diretamente aos entregadores que lhes levam as compras. Noutros bairros, os supermercados estão proibidos de vender diretamente a particulares, o que significa obriga a formar e confiar em comités de bairro ou organizações de residentes capazes de comprar a granel.

A realidade é horrível (…) Recebemos muitos tomates e cebolas já podres.

David Dai

Habitante de Wuhan

É assim que funciona o condomínio onde vive David Dai, nos subúrbios de Wuhan, organizando-se para fazer pedidos de grupo, mas pagando sempre preços muito altos. “A realidade é horrível (…) Recebemos muitos tomates e cebolas já podres”, enfurece-se este pai, de 49 anos, referindo que um terço da comida entregue está pronta para ser deitada fora. Por isso, adianta, a sua família decidiu secar cascas de nabo para adicionar nutrientes a futuras refeições.

“O pior é a incerteza”, conclui Ma Chen, uma jovem de 30 anos que vive sozinha. Sem saber quando será possível fazer um novo pedido em grupo nem quanto tempo durarão as restrições, Ma Chen admite que nunca sabe quanta comida comprar e se a quantidade chegará até à próxima entrega. E não é só a comida que se transformou num item restrito ou, muitas vezes, impossível de adquirir.

Pan Hongsheng também não consegue entregar medicamentos aos sogros, de oitenta anos, que moram noutro bairro. “Tenho a impressão de ser refugiado”, queixa-se com amargura. Embora Wuhan já viva desta forma há mais de um mês, as autoridades apenas respondem com a necessidade de ter paciência. “O controlo rígido das comunidades incomoda um pouco a vida das pessoas, mas é inevitável”, alega o vice-secretário do Partido Comunista daquela província, Qian Yuankun.

Desde que foi detetado no final do ano passado, na China, o Covid-19 provocou 2.592 mortos na China continental e infetou mais de 78 mil pessoas a nível mundial. A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, a mais afetada pela epidemia. Além dos mortos na China continental, já houve também mortos no Irão, Japão, na região chinesa de Hong Kong, Coreia do Sul, Itália, Filipinas, França, Estados Unidos e Taiwan. As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

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Bancos vão ter de garantir confidencialidade dos denunciantes de irregularidades internas

O supervisor quer reforçar a participação de irregularidades dentro dos bancos. As instituições financeira vão passar a ter sistema que proteja a identidade dos denunciantes.

Os bancos vão ter de adotar uma política interna de participação de irregularidades que assegure a confidencialidade da identidade do trabalhador que fizer a denúncia. Este é um dos requisitos aplicáveis em matéria de governo interno que o Banco de Portugal que consta do novo Aviso colocado em consulta pública.

Em relação aos chamados “whistleblowers”, embora o atual regime jurídico aplicável ao setor financeiro já preveja denúncias da parte dos trabalhadores, o novo aviso estabelece que as instituições devem adotar uma política de participação de irregularidades e devem, igualmente, dispor de um sistema informático que proteja o anonimato dos denunciantes e de terceiros envolvidos na participação.

A política deverá consagrar que as denúncias anónimas sejam admitidas e que os denunciantes não são alvo de retaliação, discriminação ou qualquer outro tipo de tratamento injusto.

Com isto, o Banco de Portugal pretende assegurar que não há qualquer inibição na participação de irregularidades dentro de um banco e, dessa forma, a sua correção seja feita mais atempadamente.

Para garantir o anonimato dos envolvidos, os bancos podem subcontratar a uma terceira empresa o sistema informático para participação de irregularidades. Ainda assim, também nestes casos, o órgão de fiscalização do banco continua a ser o responsável por este processo.

A versão final do novo aviso deverá ser publicada em maio de 2020. Após a publicação, os bancos terão nove meses para se adaptarem a estes novos requisitos.

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Mercadona abre mais uma loja em Aveiro. Vai criar 60 empregos

A cadeia espanhola de supermercados vai inaugurar em março o seu 11.º espaço em Portugal. Com esta nova loja prevê-se a criação de 60 postos de trabalho no distrito.

A cadeia de supermercados espanhola continua o seu plano de expansão e, por isso, vai abrir uma nova loja, mais concretamente no centro de Aveiro, na zona do antigo Matadouro, a 24 de março. O objetivo é abrir dez novos espaços até ao final de 2020.

“Esta abertura é mais um importante passo no nosso projeto de expansão em Portugal, numa cidade tão dinâmica e em constante renovação como é Aveiro. Depois das lojas abertas neste distrito em 2019, em Ovar e São João da Madeira, a cidade recebe agora o primeiro dos dez supermercados Mercadona que abrem em 2020 e marca o arranque de mais um ano de sucesso no nosso país”, explica Inês Santos, diretora de relações externas centro e sul de Portugal, em comunicado.

Com esta nova loja, a Mercadona pretende criar “60 postos de trabalho no distrito”, por forma a contribuir para a “criação de emprego local”, aponta a nota de imprensa.

Para além deste novo espaço, a cadeia espanhola já anunciou para este ano a abertura do novo supermercado em Viana do Castelo, sendo que estão ainda confirmadas as lojas em Aveiro (onde tem previsto a abertura de dois supermercados), Trofa, Águeda, Penafiel, Santo Tirso, Ermesinde e Paços de Ferreira.

No ano passado, a Mercadona abriu a sua primeira loja em Portugal e atualmente já tem lojas no Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Maia, Ovar, São João da Madeira, Braga e Barcelos.

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EY quer descobrir o que motiva os trabalhadores portugueses

O estudo "EY - Motivação, de geração em geração!" quer auscultar a população ativa em Portugal e perceber aquilo que motiva e o que é mais atrativo em determinado setor de atividade.

A consultora EY Portugal, em parceria com a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), lançou um questionário online de 50 perguntas para o estudo “Motivação, de geração em geração!”, para perceber o que motiva as diferentes gerações no mercado de trabalho e os fatores atrativos em cada setor de atividade e por região. Estes dados poderão ajudar as empresas a entender melhor o futuro talento e a adaptar as técnicas de atração e retenção de talento nas organizações. O questionário é aberto a todos, anónimo, e pode ser preenchido online no site oficial da consultora.

No questionário que dura alguns minutos, os participantes terão de ordenar por grau de importância alguns temas relacionados com a sua experiência de trabalho, tais como a autonomia, os benefícios, os desafios, a dimensão da empresa, o ambiente de trabalho, a estabilidade, o reconhecimento profissional ou o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

Estudar as diferentes gerações de população ativa em Portugal tem permitido traçar perfis e fazer previsões. Num estudo da consultora Hays sobre os millennials (geração nascida entre os anos 80 e os 2000), chegou-se à conclusão de que estes jovens profissionais consideram que as suas conquistas não são valorizadas dentro da empresa e acreditam que as chefias não têm competências interpessoais necessárias para desenvolver a sua função.

Outros estudos revelam ainda que os millennials têm hoje, nas empresas, regalias que outras gerações anteriores não tiveram, tais como licenças remuneradas para quem é dono de animais, cobertura de custos do congelamento de óvulos ou programas de pagamento de empréstimos a estudantes por parte dos empregadores. Em Portugal, já formações para as empresas conseguirem atrair e reter jovens profissionais desta geração.

A mesma consultora assegura que a geração Z, nascida entre 1995 e 2012 e considerada a geração dos “nativos digitais”, é a menos interessada em mudar de empresa e em sair do país nos próximos anos.

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Arranca fase final de programa de capacitação de PME

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  • 24 Fevereiro 2020

Finance for Growth promove sessões para disseminação de resultados. Esta é a quinta e última fase do projeto.

Já arrancou a quinta e última fase do Finance for Growth, projeto que já impactou mais de 500 micro, pequenas e médias empresas (PME) portuguesas, com o objetivo de aumentar a competitividade, a inovação e a internacionalização das empresas, através do incremento das competências empresariais ao nível da informação e gestão estratégicas.

A última fase do projeto, denominada “Finance Events for Growth“, aposta na disseminação da mudança após as fases anteriores se terem debruçado sobre motivar, planear, iniciar e capitalizar a mudança. Nesta fase, são desenvolvidos workshops para disseminar as ações do projeto e partilhar os resultados alcançados, a fim de potenciar benchmarking e transferência de conhecimento.

É objetivo desta fase devolver à comunidade empresarial os resultados alcançados com a execução das primeiras quatro fases, numa lógica de partilha que permitirá convencer mais empresas para as questões da capitalização das PME, potenciando assim o impacto dos resultados obtidos. O programa prevê a apresentação de boas práticas e de resultados do projeto, nomeadamente através do testemunho de casos bem-sucedidos e inspiradores.

Será demonstrado à comunidade empresarial global como é que as empresas podem ver reforçadas as suas competências financeiras, a sua rede relacional e a sua capacidade para aceder a fontes diversificadas de capital como aceleradoras de oportunidades de crescimento.

Até à data, já foram realizados workshops em Leça da Palmeira, Vila Nova de Famalicão, Aveiro e estão programados mais dois, em Santarém (3 de março) e em Viseu (4 de março).

Cada empresa poderá inscrever-se aqui de acordo com a sua disponibilidade, mesmo que não tenha participado em qualquer das ações anteriores.

Veja o resumo do que foi discutido na última sessão da quarta fase, “Finance Meetings for Growth”, em Famalicão, nestes quatro vídeos:

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Sugestões para a nova estratégia do BCE? Lagarde quer ouvir os cidadãos do euro

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2020

Christine Lagarde vai iniciar os eventos de interação do Eurosistema com os cidadãos da área do euro em que estes são convidados a apresentar as ideias e comentários através da internet.

O Banco Central Europeu (BCE) indicou esta segunda-feira vai iniciar os eventos de interação do Eurosistema com os cidadãos da área do euro em que estes são convidados a apresentar as ideias e comentários através da internet.

O evento “O BCE escuta” dirigido à sociedade civil terá lugar em 26 de março em Bruxelas e será presidido pela presidente do BCE, Christine Lagarde, refere o banco central em comunicado.

“O BCE e os 19 bancos centrais nacionais da área do euro, que, em conjunto, formam o Eurosistema, convidam os cidadãos e as organizações da área do euro a apresentar ideias e comentários sobre a forma como o banco central conduz a política monetária ao abrigo do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia”, refere num comunicado hoje divulgado.

O BCE explicou também que preparou uma secção dedicada a esta matéria no seu sítio na internet, no qual explica o processo de reexame da estratégia e disponibiliza um formulário, através do qual os cidadãos podem apresentar propostas e comentários nas línguas da área do euro.

Na sequência do evento em Bruxelas, com Christine Lagarde, seguir-se-ão outros eventos de interação do Eurosistema com o público, organizados pelos bancos centrais nacionais.

Falando sobre o evento “O BCE escuta”, Lagarde disse, citada no comunicado, que o supervisor quer “ouvir os pontos de vista, as expectativas e as preocupações do público com abertura de espírito”.

O BCE lançou o reexame da estratégia em 23 de janeiro com o objetivo de ouvir as ideias e comentários de um público tão alargado quanto possível e de perceber melhor o modo como outras considerações – designadamente a estabilidade financeira, o emprego e a sustentabilidade ambiental – podem ser relevantes na prossecução do seu mandato.

O BCE vai organizar ainda eventos onde serão ouvidos especialistas do mundo académico, começando com a conferência “ECB and its Watchers”, que se realizará em 24 de março em Frankfurt.

Adiantou também que vai manter também o “diálogo permanente” com o Parlamento Europeu.

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Tecnologia da OutSystems rastreia coronavírus em Singapura

  • ECO
  • 24 Fevereiro 2020

Do It Lean, empresa tecnológica portuguesa de Leiria, parceira da OutSystems, desenvolveu aplicação para telemóvel para rastrear os sintomas do coronavírus numa empresa em Singapura.

Com o coronavírus a ganhar força, espalhando-se além do território chinês, aumenta a necessidade de controlo dos sintomas para evitar o alastrar do número de contágios. Neste sentido, uma empresa de Singapura desafiou a Do It Lean, empresa tecnológica portuguesa de Leiria, a desenvolver uma aplicação que faz o rastreio dos funcionários. A solução recorreu à tecnologia da OutSystems.

“Num esforço conjunto com a empresa de segurança [de Singapura], a Do iT Lean, recorrendo ao low-code da também portuguesa Outsystems, criou o Health Status Reporting, uma aplicação web responsive“, diz a empresa em comunicado. “A utilização do low-code da OutSystems permitiu que a Health Status Reporting fosse desenvolvida em apenas cinco dias e com recurso a um único programador”.

Esta aplicação permite, segundo a OutSystems, que os 15.000 funcionários da companhia que pediu anonimato “reportem diariamente e de forma rápida medições de temperatura e outros sintomas importantes do coronavírus como dores de garganta, tosse ou falta de ar, para que possam ser tratados e rastreados de forma célere”.

A empresa garante que toda a informação é privada e monitorizada apenas para deteção de potenciais casos para atuar em conformidade e com o apoio das entidades de saúde.

“De forma centralizada, é possível monitorizar sinais e alterações e atuar em conformidade com os processos implementados. Esta monitorização tem ainda maior relevo dada a elevada exposição dos funcionários desta empresa em locais públicos”, explica Pedro Delgado, CTO da Do iT Lean, em comunicado.

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Berkshire com lucros recorde. Buffett tem 128 mil milhões para aquisições de empresas

  • ECO
  • 24 Fevereiro 2020

Oráculo de Omaha ganhou milhares de milhões de dólares com os máximos históricos das bolsas americanas. Diz que faltam oportunidades para grandes aquisições.

Warren Buffett apresentou lucros recorde. A Berkshire Hathaway obteve um resultado líquido de 81,4 mil milhões de dólares (75,2 mil milhões de euros) em 2019, apesar da guerra comercial. Perante estes resultados, o Oráculo de Omaha (como é conhecido) viu o dinheiro em caixa da sua companhia aumentar para 128,2 mil milhões de dólares, depois de mais um ano em que voltou a não fazer qualquer aquisição.

Só no último trimestre do ano, o resultado líquido situou-se nos 29,16 mil milhões de dólares, acima do esperado pelos analistas. É um resultado que compara com os prejuízos de 25,39 mil milhões registados um ano antes.

Apesar das tensões comerciais e tarifas, a Berkshire beneficiou do consumo nos EUA, cuja resiliência ajudou a economia americana a ter um melhor desempenho do que o previsto no ano passado. E puxou os índices norte-americanos para novos máximos históricos.

“Se as taxas de juro atuais prevalecerem nas próximas décadas, e se os impostos também permanecerem em níveis baixos, é quase certo que as ações terão um desempenho muito melhor no longo prazo do que as obrigações“, disse Buffett na tradicional carta enviada aos investidores.

A Berkshire, “holding” com mais de 90 negócios, desde o setor segurador, transportes ferroviários, vestuário, energia e imobiliário, entre outros, tem fortes investimentos no mercado acionista, com posições em empresas de referência mundial como a Coca-Cola, Apple, Kraft Heinz ou American Express.

Liquidez aumenta. Não há compras

Perante os lucros recorde, a posição de liquidez da Berkshire aumentou ainda mais no último ano. A empresa de Buffett tem, atualmente, 128,2 mil milhões de dólares no balanço, à espera de oportunidades de investimento.

Há anos que a Berskshire não faz qualquer grande aposta. A última foi em 2016, quando pagou 32,1 mil milhões de dólares pela fabricante de componentes para a aviação, a Precision Castparts. Desde então, não houve compras, com o famoso investidor a lamentar a sua incapacidade para encontrar grandes empresas para comprar.

Buffett preparado para a transição

Na esperada carta anual aos investidores, Warren Buffett aproveitou, além de apontar para o mercado acionista como a grande aposta, para deixar uma mensagem de conforto para os acionistas, assegurando-os de que ficarão em boas mãos quando abandonar definitivamente a Berkshire.

Buffett, de 89 anos, tem vindo a passar a gestão de vários negócios da “holding” para outros gestores. “O Charlie [Munger, vice-presidente da Berkshire Hathaway] já entrámos na ‘zona urgente’ há muito tempo”, escreveu Buffett, apontando para a avançada idade de ambos. “Não são notícias propriamente boas para nós, mas os acionistas da Berkshire não precisa de preocupar-se: a vossa empresa está 100% preparada para a nossa partida”, atirou.

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Luísa Campos Ferreira é a nova sócia da JPAB

A JPAB-José Pedro Aguiar-Branco Advogados integrou recentemente o 13.º sócio na estrutura da sociedade. Luísa Campos Ferreira é a nova aquisição e vai coordenar a área de fiscal.

Luísa Campos Ferreira é o mais recente reforço da equipa de sócios da JPAB-José Pedro Aguiar-Branco Advogados. A advogada assumirá a coordenação da área de fiscal da sociedade de advogados.

A mais recente aquisição da JPAB desempenhou funções de in house lawyer na BA Glass, na Elastron e mais recentemente na Philip Morris, de onde transita. No âmbito da sua carreira profissional, prestou suporte jurídico a várias empresas multinacionais, tendo participado em decisões estratégicas das mesmas e no desenvolvimento do seu negócio.

Com a contratação de Luísa Campos Ferreira, a JPAB-José Pedro Aguiar-Branco Advogados passa a contar com 13 sócios, dos quais sete mulheres e seis homens.

Segundo a sociedade em comunicado, a integração de Luísa Campos Ferreira, que já fora associada da sociedade, é uma “oportunidade de adicionar talento e experiência reforçada de quem vem do mundo das empresas“.

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UE mobiliza 230 milhões de euros para lutar contra o coronavírus

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2020

"Rápidos desenvolvimentos verificados no fim de semana em Itália mostraram o quão rapidamente a situação pode mudar", alerta a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.

A Comissão Europeia anunciou a mobilização de 230 milhões de euros para apoiar a luta global contra o coronavírus Covid-19 e, face aos desenvolvimentos em Itália, solicitou ao Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças uma reavaliação de risco.

Hoje, em conferência de imprensa os comissários europeus da Saúde, Stella Kyriakides, e da Gestão de Crises, Janez Lenarcic, saudando a resposta “profissional e rápida” das autoridades italianas ao surto no norte país, sublinharam que “os rápidos desenvolvimentos verificados no fim de semana em Itália mostraram o quão rapidamente a situação pode mudar” e, como tal, a necessidade de os Estados-membros da UE e a comunidade internacional como um todo atuarem de forma coordenada, para prevenir a propagação do novo coronavírus, que continua a ser a “principal prioridade”.

Questionados sobre eventuais restrições a deslocações dentro do espaço Schengen de livre circulação de pessoas, e designadamente a possibilidade de reintrodução de controlos fronteiriços, à luz dos desenvolvimentos em Itália, os comissários sublinharam que essa é uma matéria da responsabilidade dos Estados-membros, que devem seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (CEPCD), escusando-se a especular sobre o cenário do encerramento do Espaço Schengen.

Já no domingo, a Áustria decidiu interromper momentaneamente ligações ferroviárias com Itália.

Os comissários europeus preferiram sublinhar a necessidade de reforçar e melhorar cada vez mais a coordenação entre os Estados-membros, para fazer face a todos os cenários.

“Há 10 dias, pedimos aos Estados-membros que melhorassem as medidas de preparação, o que agora se revela justificado. A epidemia já afetou 29 países. Isto apenas mostra que temos de acelerar a resposta e temos de atuar como uma União. Não deve haver dúvidas de que este é um desafio global e exige cooperação de toda a comunidade internacional, e também coordenação de todos os setores dentro dos próprios países”, sublinhou Lenarcic.

Para ajudar os esforços conjuntos, o comissário responsável pela Gestão de Crises anunciou a mobilização de 232 milhões de euros, “para ajudar a luta global contra o coronavírus”, especificando que, deste montante global, 140 milhões destinam-se a apoiar os esforços de preparação de organizações mundiais de saúde, 50 milhões para apoiar países parceiros a reforçar a sua resiliência e preparação, 100 milhões para financiamento de investigação, desenvolvimento de vacinas e tratamentos, e 3 milhões para apoiar os esforços dos Estados-membros no fornecimento de equipamento de proteção pessoal à China e repatriamento de cidadãos europeus.

Apontando que a Comissão tem “seguido de muito perto a situação em Itália” e em constante contacto com as autoridades italianas, a comissária europeia da Saúde indicou que, numa ação concertada com estas, vai ser enviada na terça-feira uma missão conjunta da OMS e da CEPCD a Itália, tendo também a Comissão Europeia solicitado ao Centro de Controlo de Doenças que “atualize a sua avaliação de risco, tendo em conta a evolução do surto em Itália”.

A comissária Kyriakides apontou que essa reavaliação já está em curso e que o CEPCD “também está a rever planos de contingência nos Estados-membros”, para a eventualidade de o surto se intensificar.

“Vamos fazer o máximo para apoiar os Estados-membros. Devemos estar preocupados, mas não podemos ceder ao pânico e, ainda mais importante, à desinformação. Temos de nos manter informados entre nós em tempo real”, sublinhou.

Detetado na China em dezembro de 2019, o coronavírus Covid-19 já provocou 2.592 mortos e infetou mais de 78 mil pessoas a nível mundial, registando-se atualmente um surto no norte de Itália, na região da Lombardia, que já provocou 185 infetados e quatro mortos.

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A importância das soft skills

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  • 24 Fevereiro 2020

Patrícia Vicente, EY Manager, People Advisory Services, explica porque é que esta é a grande oportunidade de as empresas ganharem maior consciência da revelância das competências comportamentais.

As soft skills, ou competências comportamentais, são competências relacionadas com o saber ser – remetem para a capacidade de as pessoas se relacionarem e interagirem entre si e na forma como agem perante os desafios do seu trabalho.

Até há alguns anos atrás, as soft skills tinham um papel menos relevante nas organizações, ultrapassadas pelas competências técnicas, que durante muito tempo dominavam os requisitos essenciais nos processos de recrutamento e sobre as quais as empresas davam maior importância na constituição das suas equipas. Com a abertura e maior facilidade de acesso à aquisição de competências, nomeadamente técnicas, começamos a assistir uma maior consciencialização de que o conhecimento técnico, sendo fundamental, não é suficiente. A empatia, a capacidade de se relacionar com os outros, a comunicação e a resiliência são neste momento vistas como competências-chave em qualquer organização.

Simultaneamente, o mundo atual das organizações também é muito diferente daquele que existia há uma década atrás. A velocidade, a complexidade, a incerteza e a forte concorrência são hoje realidades que as empresas têm de gerir diariamente através das pessoas que delas fazem parte, com equipas altamente qualificadas, mas também com capacidade de adaptação, flexibilidade e criatividade. A atitude passou a ser um fator diferenciador nas pessoas, em muitas áreas, até de forma mais vincada relativamente ao conhecimento técnico. Se isto é verdade hoje, será ainda mais no futuro!

O atual desafio passa por conseguir desenvolver culturas organizacionais que promovam o desenvolvimento destas soft skills.

A diversidade é uma das oportunidades de desenvolvimento de competências comportamentais. Através da criação de equipas multidisciplinares, com pessoas de diferentes nacionalidades, diferentes backgrounds, experiências, formações ou crenças, cria-se o modelo de análise perfeito para experimentar novas formas de estar e ser, fundamentais para o sucesso das pessoas e das empresas.

Se um mundo em constante evolução tecnológica traz muitas vantagens na forma como vivemos e comunicamos, traz também muitos desafios, especialmente no que se refere ao desenvolvimento e à aplicação de soft skills. O facto de estarmos em constante conectividade dificulta o desenvolvimento de competências relacionais, pois embora estejamos sempre online, reduzimos o contacto pessoal e a conexão entre as pessoas é mais digital que relacional. Cabe às empresas criarem uma cultura interna que promova e estimule o envolvimento e a relação entre as pessoas, conseguindo assim aproximá-las, mesmo que em contextos de base digital, trabalhando assim as soft skills que necessitam.

Na era da digitalização, em que assistimos à automação, inteligência artificial e robotização a substituírem várias tarefas e funções até hoje desempenhadas por humanos, esta é a grande oportunidade de as empresas ganharem ainda maior consciência da importância das soft skills, face à necessidade de mudança e à capacidade de adaptação. Temos não só novas formas de trabalhar, novas ferramentas e também novos “colegas”… Mas temos de continuar a olhar e a centrar-nos no fator humano!

Este trabalho de desenvolvimento das organizações é essencial. Deve ser desenvolvido através de ferramentas de desenvolvimento individual que permitam um crescimento pessoal ao nível da atitude e do comportamento, que passaram a ser os fatores diferenciadores das pessoas e as peças chave no sucesso das organizações.

Se tem interesse em receber comunicação da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc), por favor clique aqui.

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Coronavírus infeta investidores europeus. Bolsas afundam mais de 3%, ouro brilha

Apesar de sinais de abrandamento de novos casos na China, o coronavírus está a ganhar terreno na Europa. Itália está no centro das atenções, levando os investidores a procurarem refúgio.

É na China que está o maior número de casos de coronavírus, com o total de mortes provocadas pelo surto já acima das 2.500. Apesar de sinais de abrandamento de novos casos no país onde surgiu o Covid-19, está a aumentar o número de infeções além-fronteiras, com Itália a ser o país que mais preocupa. Este alastrar do surto à Europa está a fazer aumentar a ansiedade dos investidores um pouco por todo o mundo, levando a fortes quedas nas ações. A avaliação afunda.

Já foram registados cerca de 150 casos de infeção em Itália desde o final da semana passada. O número de mortes já vai em quatro, levando o país a implementar uma série de restrições na tentativa de conter o surto. Apesar dos esforços das autoridades italianas, há dúvidas sobre a eficácia. E crescem os receios em torno de um alastrar do vírus para outros países europeus, com os impactos económicos que daí podem resultar. A China mantém as metas de crescimento, mas admite o impacto.

Perante este propagar do vírus, os investidores, que já estavam preocupados, mostram-se cada vez mais apreensivos, afastando-se daquilo que são ativos de risco, como são as ações. A Europa a viver uma sessão de fortes quedas, com os principais índices a registarem quedas de mais de 2% e mesmo 3%. A bolsa de Milão, em Itália, é a mais castigada, recuando 4,22% para um mínimo de três semanas.

O Stoxx 600, que agrega as maiores empresas do Velho Continente, cede 3,31%, a maior queda diária desde outubro, com alguns setores a serem mais castigados que outros. A aviação está a ser fortemente penalizada, com os investidores a anteciparem o impacto da retração nas deslocações por causa do vírus, com empresas como a Easyjet, Ryanair, Air France e Lufthansa a apresentarem quedas entre 7% e 11%.

Fabricantes de automóveis, empresas de tecnologia e também o setor financeiro, os mais sensíveis às perspetivas para o rumo da economia, apresentam também fortes quedas, em torno de 3%. Em Lisboa, com o PSI-20 a ceder mais de 3%, o BCP apresenta uma das maiores quedas da sessão, recuando 4,05% para os 18,22 cêntimos, mas é a Galp Energia que se destaca pela negativa.

A petrolífera portuguesa afunda 4,3%, para 13,68 euros, num movimento de queda generalizada no setor europeu, mas também mundial. Estas fortes quedas acompanham a tendência negativa das cotações da matéria-prima nos mercados internacionais, com o Brent, negociado em Londres, a ceder 3,74% para 56,31 dólares. Em Nova Iorque, o West Texas Intermadiate recua 3,63% para 51,44 dólares.

Ouro brilha como ativo refúgio

Há uma fuga ao risco que está a deixar praticamente todas as cotadas europeias no “vermelho”, bem como o euro, que cai 0,2% para 1,0819 dólares. Esta queda da moeda única, para novos mínimos face ao dólar, traduz o crescente apetite dos investidores pela moeda americana, principalmente para comprarem ouro.

O metal dourado tem vindo a brilhar, este ano, perante receios em torno do ritmo de crescimento da economia mundial. Com o agravar do surto de coronavírus, a tendência tem-se acentuado, estando o valor da onça já nos 1.687,56 dólares. A cotação desta matéria-prima está a disparar 2,7%.

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