Coronavírus: Prazos processuais estão suspensos

Regime excecional de suspensão de prazos, justo impedimento, justificação de faltas e adiamento de diligências foi anunciado pelo Governo.

O Governo aprovou um regime excecional de suspensão de prazos, justo impedimento, justificação de faltas e adiamento de diligências para o setor da Justiça, no âmbito das medidas anunciadas para fazer face à pandemia de Covid-19. Ainda não se sabe até quando.

Esta medida foi aprovada no Conselho de Ministros de quinta-feira e surge depois da decisão revelada na quarta-feira do Conselho Superior da Magistratura, no sentido de que os tribunais de 1.ª instância só possam realizar atos processuais e diligências relacionados com os direitos fundamentais dos cidadãos.

O Gabinete de Apoio ao Vice-Presidente e aos membros do Conselho Superior de Magistratura anunciaram que a “medida excecional” do CSM se aplica aos tribunais de primeira instância, que só deverão realizar “os atos processuais e diligências nos quais estejam em causa direitos fundamentais” havendo ainda a hipótese de os processos serem realizados remotamente pelos juízes.

Também o Ministério da Justiça avisou os cidadãos para se deslocarem aos tribunais quando “forem convocados para diligências processuais” ou quando “tenham motivo absolutamente inadiável que não possam tratar pelo telefone ou imediatamente”, segundo o comunicado enviado à comunicação social.

Proteger as pessoas que exerçam funções nos Tribunais Judiciais por todo o país e as que lá se desloquem é o objetivo das medidas tomadas Ministério, que pediu ainda que os cidadãos que se deslocaram a tribunais nas passadas duas semanas, e que tenham estado em “zonas de risco de contrair o vírus”, devem informar, informática ou telefonicamente, o tribunal.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

China diz que 95% das grandes empresas fora do epicentro já operam

  • Lusa
  • 13 Março 2020

Cerca de 95% das grandes empresas do país localizadas fora da província de Hubei já retomaram a atividade.

O vice-ministro da Indústria da China, Xin Guobin, disse esta sexta-feira que cerca de 95% das grandes empresas do país localizadas fora da província de Hubei, epicentro da epidemia do novo coronavírus, já retomaram a atividade.

“A China está a tentar voltar ao trabalho depois de impor restrições apertadas ao transporte e mobilidade das pessoas como forma de conter a propagação do vírus”, disse Xin, em conferência de imprensa, em Pequim.

As medidas, apesar de “incomuns”, permitiram ao país “conter a epidemia de forma preliminar”, segundo o vice-ministro. “Voltar ao trabalho, retomar a produção e a atividade comercial é essencial e está a ser feito de maneira coordenada”, afirmou.

Fora de Hubei, a taxa de negócios que já retomaram atividade, entre as grandes e as pequenas e médias empresas é de 95% e 60%, respetivamente, segundo o responsável.

Embora tenha descrito o momento atual como “positivo”, ele reconheceu que as empresas chinesas ainda enfrentam “escassez de fundos, de pessoal e de fornecimento”.

“Em geral, a eficiência da operação da cadeia industrial é baixa”, admitiu Xin, acrescentando que “a disseminação do vírus pelo mundo está a criar muitas incertezas quanto ao retorno ao trabalho na China”.

“A China vai coordenar com outros países para promover o retorno à atividade”, afirmou.

“Faremos todo o possível para minimizar o impacto da epidemia e garantir que o desempenho industrial se fixe no nível certo“, acrescentou.

Apesar dos dados oficiais, a atividade económica na China está longe de voltar ao normal, com grande parte da população a trabalhar a partir de casa e muitos escritórios e instalações comerciais encerrados.

O Governo central vai ainda enviar pessoal para algumas regiões e províncias para “monitorizar” o progresso na retoma do trabalho e da produção, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

A China anunciou na quinta-feira que o pico da epidemia no país foi atingido, mas ainda não suspendeu as rigorosas medidas de prevenção que mantêm grande parte da população em casa.

Até à meia-noite de quinta-feira (16:00 horas de quarta-feira, em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu em 7, para 3.176. No total, o país soma 80.813 infetados.

No entanto, o país registou esta sexta-feira apenas oito novos casos de infeção pelo Covid-19, o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro, confirmando uma queda no número de novos infetados.

O surto de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos, entre mais de 131 mil pessoas infetadas numa centena de países e territórios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Passageiros da easyJet podem alterar voos sem pagar taxa

  • Lusa
  • 13 Março 2020

Os clientes da easyJet podem, a partir desta sexta-feira, alterar online a data ou destino de viagem sem pagar qualquer taxa.

Os clientes da easyJet podem, a partir desta sexta-feira, alterar online a data ou destino de viagem sem pagar qualquer taxa, foi anunciado pela companhia aérea, no âmbito de medidas excecionais relacionadas com o Covid-19.

“Dada a situação sem precedentes que estamos a enfrentar em resultado do Covid-19, […] compreendemos que esta situação possa gerar incertezas e, por isso, se tiveres planos de viagem existentes que agora preferes modificar, podes agora alterar a data da tua viagem ou destino online, uma vez que prescindimos da taxa para todas as reservas existentes e futuras”, diz a easyJet aos seus passageiros, numa informação publicada na internet.

Segundo o mesmo documento, a companhia de baixo custo vai continuar a operar um horário de voo que garanta aos clientes que ainda pretendam viajar que possam continuar a fazê-lo, desde que as restrições de viagem o permitam e estejam em sintonia com as orientações das autoridades de saúde.

Para os clientes que prefiram alterar ou adiar os seus planos de viagem a partir desta sexta-feira, podem mudar para um horário de voo ou destino alternativo sem pagar qualquer taxa de alteração, refere.

Mas se houver uma diferença na tarifa, os passageiros terão de pagar essa diferença.

A easyJet assume ainda que, nos casos em que tenha de cancelar voos, os clientes poderão transferir a sua viagem para um voo alternativo gratuitamente ou ser reembolsados.

“E nos casos em que todos os voos tenham de ser cancelados devido às orientações da autoridade local (na Itália, por exemplo), iremos operar voos de resgate para garantir que os passageiros possam regressar a casa”, garante a companhia.

A empresa recomenda aos seus clientes que façam as suas alterações ou reservas pela internet e, como incentivo, faz um desconto de 5,66 euros a quem seguir essa opção.

Para esclarecer os passageiros preocupados com a exposição ao Covid-19, a companhia aérea refere, na mesma informação, um conjunto de medidas preventivas relativas à higiene nos aviões.

Assim, o ar na cabina é filtrado e renovado constantemente com uma frequência de poucos minutos, são mantidos “os mais elevados padrões de limpeza”, cumprindo as diretrizes estabelecidas pela AESA e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e é disponibilizado a bordo sabão e desinfetante para as mãos, que pode ser utilizado por todos os clientes e tripulação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Ferro convoca reunião extraordinária da conferência de líderes da AR para esta sexta-feira

  • Lusa
  • 13 Março 2020

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, convocou esta sexta-feira uma conferência de líderes parlamentares extraordinária, que se realizará no final do plenário.

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, convocou esta sexta-feira uma conferência de líderes parlamentares extraordinária, que se realizará no final do plenário.

A informação foi confirmada à Lusa pelo gabinete de Ferro Rodrigues, adiantando que o tema oficial da reunião é “assuntos diversos”, em que se inclui a análise da resposta do parlamento ao novo coronavírus.

O novo coronavírus responsável pelo Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia. O número de infetados ultrapassou as 133 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Turismo reclama “urgência” de medidas específicas de apoio ao setor

  • Lusa
  • 13 Março 2020

Associação de Hotelaria, Restauração e Turismo considera “insuficientes” para o setor as medidas de apoio decretadas pelo Governo. Defendem “urgência” de medidas específicas “exequíveis”.

A Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT) considera “insuficientes” para o setor as medidas de apoio decretadas pelo Governo devido ao novo coronavírus, defendendo a “urgência” de medidas específicas “exequíveis” e “acessíveis” a todas as empresas.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, a associação considera “fundamentais” medidas como a “possibilidade de um lay off mais ágil no que diz respeito a prazos e processos”; a “concessão de moratória sem juros, por um período de seis meses, no pagamento da segurança social e do IVA”; e a concessão de moratória, por igual período, “no pagamento de financiamentos bancários, com juros suportados pelo Turismo de Portugal”.

Ainda reclamada é a “suspensão imediata das taxas municipais que vigoram sobre o setor”, designadamente a taxa turística e a taxa das esplanadas.

Salientando que “medidas deste género estão já a ser implementadas em países como Espanha, França e Itália”, a APHORT reclama do Governo um “maior esforço de resposta e de flexibilidade nas condições que permitam salvaguardar a tesouraria das empresas”.

Neste sentido, alerta o executivo para a “necessidade desta resposta ter um caráter de urgência”: “As medidas têm que ser exequíveis, acessíveis a todas as empresas e passíveis de serem postas em prática com a maior rapidez possível”, sustenta.

“Para além das famílias e dos cidadãos, é imperativo que o Governo possa também proteger e garantir a saúde das empresas. O turismo não pode ser só lembrado quando é conveniente. Este setor, que tanto tem dado ao país, não pode numa altura destas ser esquecido”, afirma o presidente da APHORT, Rodrigo Pinto Barros, citado no documento.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 131 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

A China registou nas últimas 24 horas oito novos casos de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro.

Até à meia-noite de quinta-feira (16:00 horas de quarta-feira, em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu para 3.176, após terem sido contabilizadas mais sete vítimas fatais. No total, o país soma 80.813 infetados.

A Comissão Nacional de Saúde informou que até à data 64.111 pessoas receberam alta após terem superado a doença.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 15.000 infetados e pelo menos 1.016 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou na quinta-feira o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (19), ao passar de 59 para 78, dos quais 69 estão internados.

A região Norte continua a ser a que regista o maior número de casos confirmados (44), seguida da Grande Lisboa (23) e das regiões Centro e do Algarve, ambas com cinco casos confirmados da doença.

O boletim divulgado na quinta-feira assinala também que há 133 casos a aguardar resultado laboratorial e 4.923 contactos em vigilância, mais 1.857 do que na quarta-feira.

No total, desde o início da epidemia, a DGS registou 637 casos suspeitos.

As escolas de todos os graus de ensino vão suspender todas as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, devido ao surto Covid-19, anunciou na quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa, numa declaração ao país.

Várias universidades e outras escolas já tinham decidido suspender as atividades letivas.

O Governo decidiu também declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

A restrição de funcionamento de discotecas e similares, a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional e o estabelecimento de limitações de frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança foram outras das medidas aprovadas.

Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão Europeia tem pacote de 37 mil milhões para resposta à crise do novo coronavírus

A iniciativa de resposta ao novo coronavírus prevê apoios ao setor da saúde, entre outros. Há também medidas para o mercado laboral e para as PME.

A Comissão Europeia anunciou uma iniciativa de investimento de resposta ao novo coronavírus no valor de 37 mil milhões de euros, que prevê apoios ao setor da saúde, do mercado laboral, entre outros. Para além disso, a presidente da Comissão adiantou ainda que iriam providenciar flexibilidade nas regras orçamentais, bem como esquemas para ajudar as Pequenas e Médias Empresas (PME).

“É um pacote económico importante. A situação está a evoluir muito rápido, estamos preparados para fazer mais“, reiterou a presidente da Comissão Europeia, em conferência de imprensa. Questionada sobre se estes são novos fundos ou verbas já existentes, Ursula von der Leyen explicou que este era “dinheiro adormecido”, que não podia ser utilizado e que foi agora ativado.

Quanto à flexibilização das regras orçamentais, que tinha já sido adiantada por Mário Centeno, a líder do Executivo comunitário apontou esta será providenciada para que os Estados-membros possam tomar todas as medidas necessárias para os setores mais afetados, bem como para apoiar pessoas em trabalho temporário e noutros casos.

Os Estados-membros terão uma maior margem de manobra sobre gastos necessários nesta altura. Ainda assim, esta medida não equivale a uma suspensão das regras fiscais da União Europeia, apesar de permitir mais despesa e a possível interrupção dos compromissos orçamentais assumidos pelos Governos.

Bruxelas irá também canalizar mil milhões de euros das garantias do Orçamento comunitário para providenciar até oito mil milhões em liquidez a pelo menos 100 mil PME. O vice-presidente executivo Valdis Dombrovskis adiantou ainda que as empresas afetadas pelo vírus vão poder atrasar pagamentos em empréstimos existentes.

Valdis Dombrovskis apelou ainda a que o Banco Europeu de Investimento e o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento recentrem as atividades e tomem medidas imediatas para apoiar empresas europeias. “É essencial que os bancos continuem a providenciar liquidez à economia“, disse o vice-presidente do executivo comunitário.

Apesar de admitir que esta pandemia está a provocar, para além dos perigos na saúde, um “grande choque para a economia global e europeia”, Ursula von der Leyen defendeu que é “temporário”. “Mas temos de trabalhar em conjunto para ter a certeza que é tão limitado e curto quanto possível”, apelou.

(Notícia atualizada às 13h20)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Saúde 24 vai receber 2.000 chamadas em simultâneo. Quarta-feira procura superou as 40 mil

Ministra da Saúde disse no Parlamento que novo call center da linha de Saúde 24 vai responder a 2.000 chamadas em simultâneo. Mas lembrou "o número significativo" de 40 mil chamadas de anteontem.

A ministra da Saúde anunciou o reforço da linha da Saúde 24 horas com um novo call center que irá permitir responder a 2.000 chamadas em simultâneo. Marta Temido reconheceu, contudo, os constrangimentos que existem face à elevada procura que esta linha tem tido por portugueses em busca de apoio na saúde no âmbito do novo coronavírus.

No debate de Atualidade, requerido pelo CDS-PP, sobre a resposta do país ao coronavírus – COVID 19, nesta sexta-feira, a governante disse que anteontem a procura da linha foi de 40 mil chamadas, lembrando “que é um número significativo”.

“Estamos empenhados em reforçar a linha de apoio ao médico e a linha de Saúde 24”, começou por dizer Marta Temido em resposta aos deputados que fizeram interpelações em que pediram, de uma forma transversal, que o Governo reforçasse as linhas de atendimento aos portugueses.

A ministra da Saúde anunciou assim que “o novo call center irá começar a funcionar na linha de saúde 24 e será feito um reforço tecnológico que permitirá responder a 2.000 mil chamadas simultaneamente“. Mas acrescentou logo de seguida que “anteontem a procura da linha foi de 40 mil chamadas, o que é um número significativo”.

A garantia da capacidade de camas, de ventiladores, de isolamento ou o alargamento de testes ao novo coronavírus também esteve entre as várias questões ou reptos feitos pelas diversas forças partidárias na discussão que teve lugar esta sexta-feira de manhã no Parlamento.

Avizinham-se dias de enorme esforço para todos os profissionais de saúde, todos os portugueses e todos os profissionais com responsabilidade.

Marta Temido

Ministra da Saúde

“É preciso reforçar já a resposta do serviço nacional de saúde”, apelou Moisés Ferreira do Bloco de Esquerda, enquanto que Ricardo Batista Leite, do grupo parlamentar do PSD, lembrou que apenas existem 1.400 camas com ventiladores. “Não podemos chegar a ter de escolher entre quem vive e quem morre”, disse.

Vamos prepararmo-nos para continuar a responder, o mesmo com camas e ventiladores“, assegurou, a esse propósito Marta Temido, explicando ainda que relativamente a “medidas de alargamentos de testes: introduzi-las-emos à medida que as autoridades o recomendem”, explicando que “neste momento, alargamos os testes consoante a nova definição de caso”.

Marta Temido lembrou ainda “que avizinham-se dias de enorme esforço para todos os profissionais de saúde, todos os portugueses e todos os profissionais com responsabilidade”.

Já Ana Catarina Mendes, presidente da Bancada do PS, apelou à necessidade de mais respostas não apenas a nível nacional, mas europeu. “Este não é um combate que tenha apenas respostas nacionais. Tem que ter respostas europeias”, disse acrescentando que “a Europa não pode falhar como falhou noutras crises“.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Recuperação europeia dá ganhos de 7% ao PSI-20. Disparo de 12% da EDP lidera

A sessão está a ser de forte recuperação após o selloff das ações europeias. O índice português chegou a mínimos de 24 anos, mas segue esta sexta-feira em alta.

Após um dos maiores selloffs de sempre nas bolsas europeias, a sessão está a ser de recuperação. Governos e bancos centrais estão a anunciar uma série de medidas para travar o impacto da pandemia de coronavírus na economia global e as ações reagem em alta. O índice português PSI-20 dispara 7,5% para 4.086,93 pontos, com a energia a impulsionar.

A EDP Energia lidera os ganhos com um disparo de 12% para 3,86 euros, enquanto a EDP Renováveis avança 10% para 10,96 euros e a Galp Energia ganha 9% para 9,19 euros. Estas têm sido das empresas mais penalizadas pelo surto de coronavírus, que levou esta quinta-feira a bolsa de Lisboa para o valor mais baixo em 24 anos. Na série de seis sessões em queda, o PSI-20 tinha perdido mais de 15 mil milhões de euros, dos quais quase dois terços eram destas três gigantes da energia.

Começou agora a recuperação, com as bolsas a corrigirem e a reagirem em alta aos anúncios de medidas de mitigação. Em simultâneo, o petróleo está também a ajudar, com o Brent de referência europeia a ganhar 5% para próximo dos 35 dólares por barril.

EDP dispara 12%

A par da energia, todas as cotadas do PSI-20 seguem em terreno negativo. O BCP, que tocou o valor mais baixo de sempre na quinta-feira, sobe 6,5% para 0,1205 euros, enquanto no retalho a Jerónimo Martins sobe 5,6% e a Sonae 5,37%. A Nos ganha 7,2% e a Mota-Engil sobe 8,7%.

“Os mercados chegaram a um ponto em que, num horizonte de seis a 12 meses, a recompensa pelo risco está a mudar positivamente. A questão principal é se a recessão irá acontecer na segunda metade do ano. Se acontecer, é possível que os mercados caiam um pouco mais“, diz Rupert Thompson, head of research da gestora de ativos Kingswood, à Reuters.

Ainda a tentar avaliar o que esperar do futuro, nomeadamente se os estímulos que estão a ser lançados irão travar o impacto económico do surto, os ganhos são generalizados. O índice europeu Stoxx 600 dispara 7,2%, o alemão DAX avança 6,7% e o francês CAC 40 sobe 7%. Os futuros de Wall Street indicam que também os EUA deverão abrir em alta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Conferência Episcopal Portuguesa suspende missas e catequese em Portugal

  • Lusa
  • 13 Março 2020

A Conferência Episcopal Portuguesa decidiu esta sexta-feira suspender as missas, catequeses e outros atos de culto até que esteja superada a atual situação de disseminação do novo coronavírus.

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) decidiu esta sexta-feira suspender as missas, catequeses e outros atos de culto até que esteja superada a atual situação de emergência de disseminação do novo coronavírus.

Em comunicado, a CEP anuncia que determina “que os sacerdotes suspendam a celebração comunitária da Santa Missa até ser superada a atual situação de emergência”.

“Também devem seguir-se as indicações diocesanas referentes a outros sacramentos e atos de culto, bem como à suspensão de catequeses e reuniões”, acrescenta.

No entanto, os bispos portugueses defendem que esta suspensão seja complementada com “as possíveis ofertas celebrativas na televisão, rádio e internet”.

De acordo com CEP, a decisão de suspender todas as celebrações está em “consonância com as indicações do Governo e das autoridades de saúde”.

Esta semana, a Organização Mundial de Saúde declarou a doença Covid-19 como uma pandemia e na quinta-feira à noite o Governo português declarou estado de alerta.

Desde dezembro do ano passado, o novo coronavírus infetou mais de 131 mil pessoas, das quais mais de metade Já recuperou da doença. A covid-19 provocou quase cinco mil mortos em todo mundo.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde comunicou esta sexta-feira que o número de pessoas infetadas subiu para 112.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19 já matou mais de 4.900 pessoas. Há mais de 133 mil infetados

  • Lusa
  • 13 Março 2020

Segundo o último balanço da AFP, o número de pessoas infetadas desde pelo novo coronavírus aumentou para 133.970 e o número de mortes subiu para 4.958.

O número de pessoas infetadas desde dezembro pelo novo coronavírus no mundo aumentou para 133.970 e o número de mortes subiu para 4.958, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France-Presse (AFP).

Citando fontes oficiais, a AFP refere, num balanço com dados atualizados às 9h00 desta sexta-feira, que, no total, foram registadas em 120 países e territórios 2.513 contaminações e 35 novas mortes desde o último balanço, às 17h00 de quarta-feira.

A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau), onde a pandemia eclodiu no final de dezembro, contabilizou um total de 80.813 casos, incluindo 3.176 mortes e 64.111 curados. Entre as 17h00 de quinta-feira e as 09h00 desta sexta-feira foram anunciadas 20 novas infeções e e sete novas mortes no país.

Em outras partes do mundo, houve até às 9h00 GMT, um total de 1.782 mortes (28 novas) para 53.163 casos (2.493 novos).

Os países mais afetados depois da China são Itália, com 1.016 mortes para 15.113 casos, Irão com 429 mortes (10.075 casos), Espanha com 84 mortes (3.004 casos) e Coreia do Sul com 67 mortes (7.979 casos).

Desde quinta-feira às 17h00, a Índia e a Noruega anunciaram as primeiras mortes relacionadas com o vírus. Gana, Quénia e São Vicente e Granadinas (Caraíbas) anunciaram o diagnóstico dos primeiros casos.

O novo coronavírus responsável pelo Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia. O número de infetados ultrapassou as 133 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 15.000 infetados e pelo menos 1.016 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou quinta-feira o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (19), ao passar de 59 para 78, dos quais 69 estão internados. A região Norte continua a ser a que regista o maior número de casos confirmados (44), seguida da Grande Lisboa (23) e das regiões Centro e do Algarve, ambas com cinco casos confirmados da doença.

As escolas de todos os graus de ensino vão suspender todas as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, devido ao surto Covid-19, anunciou quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa, numa declaração ao país.

Várias universidades e outras escolas já tinham decidido suspender as atividades letivas. O Governo decidiu também declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Combustíveis com descida histórica. Gasolina vai cair 11 cêntimos, gasóleo desce 8 cêntimos

Após o crash das cotações no mercado petrolífero, os preços dos combustíveis vão registar uma descida histórica na próxima semana. A gasolina cairá 11 cêntimos e gasóleo descerá oito cêntimos.

Após o crash das cotações no mercado petrolífero durante a semana, na sequência da disputa entre Arábia Saudita e a Rússia, os preços dos combustíveis em Portugal vão registar uma descida histórica na próxima semana. O litro da gasolina cairá, pelo menos, 11 cêntimos e o gasóleo descerá oito cêntimos, apurou o ECO junto de fonte do setor.

Embora as cotações do barril de petróleo estejam a valorizar esta sexta-feira mais de 5%, as subidas não são suficientes para apagar as perdas semanais. O “ouro negro” desvaloriza 20% desde segunda-feira e vai a caminho da pior semana desde 2008, isto após os sauditas terem anunciado que vão inundar o mercado com a matéria-prima porque a Rússia não concordou com a OPEP em limitar a produção para repor uma situação de equilíbrio nos preços.

Neste cenário, os postos de abastecimento no continente vão rever em baixa os preços tanto da gasolina como do gasóleo.

No caso da gasolina, uma descida de 11 cêntimos (histórica) levará o litro para os 1,356 euros, isto tendo em conta os dados oficiais da Direção-Geral de Energia. Será o valor mais baixo desde agosto de 2016.

Já o diesel, o combustível mais usado em Portugal, registando uma descida de oito cêntimos, deverá passar a custar 1,248 euros por litro, o preço mais baixo desde outubro de 2017, de acordo com as estatísticas oficiais.

Os preços ao consumidor final podem diferir de posto de abastecimento para posto de abastecimento.

(Notícia atualizada às 12h23)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo alerta que combate ao coronavírus pode exigir “medidas mais reforçadas”

Numa mensagem no site da presidência, Marcelo Rebelo de Sousa demonstrou o seu apoio face às medidas avançadas pelo Governo e insta os portugueses a seguirem recomendações. 

O Presidente da República deixa um alerta esta sexta-feira: a pandemia de coronavírus pode durar mais tempo do que o esperado e exigir “medidas mais reforçadas”. Numa nota no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa deixou o seu apoio relativamente às medidas tomadas pelo Governo para limitar a propagação do novo coronavírus em território nacional e exortou os portugueses a seguirem recomendações.

O surto de Covid-19, agora convertido em pandemia, sabe-se hoje, pode ser mais intenso e duradouro do que a própria Organização Mundial de Saúde pensava“, avisa o Presidente da República, numa nota publicada esta sexta-feira publicada no site da Presidência da República.

Nesse sentido, Marcelo Rebelo de Sousa defende que “o esforço de todos e de cada um terá de ser maior”, por forma a “enfrentar uma situação que pode ser mais grave e duradoura do que muitos especialistas diziam no começo do ano“. O Chefe de Estado apela aos portugueses que sigam as recomendações das autoridades de saúde e que se mantenham “mobilizados, mas serenos”, evitando situações de risco e “ficando em casa sempre que possível”.

O Presidente da República elogia ainda o sentido de Estado de todos os partidos e parceiros sociais. Ao mesmo tempo, sublinha que apoia todas medidas tomadas pelo Executivo para evitar uma maior propagação do vírus, deixando claro que, se necessário for, mais medidas poderão ser tomadas. “Se a situação o impuser, essas medidas mais reforçadas deverão ser mesmo tomadas”, aponta Marcelo Rebelo de Sousa.

Por fim, Marcelo Rebelo de Sousa deixa ainda uma mensagem de calma e esperança, apontado que “Portugal já enfrentou desafios financeiros, económicos e sociais ainda mais intensos” do que este e “ultrapassou todos eles”, agradecendo ainda o trabalho executado pelos profissionais de saúde “a dedicação sem limites”.

Segundo o último balanço, há mais de 113 mil pessoas infetadas por Covid-19, sendo que já foram registas mais de 4.900 mortes. Em Portugal, o número de casos confirmados aumentou para 112, segundo o último balanço da Direção-geral de Saúde.

(Notícia atualizada às 12h18)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.