Portugal tem 34 novos casos de coronavírus. São 112 no total

O número de casos de infeção pelo novo coronavírus subiu de 78 para 112, revelou a Direção-Geral da Saúde. Há 34 novos casos face à última atualização e cinco novas cadeias de transmissão.

As autoridades de saúde portuguesas registaram 34 novos casos de coronavírus em Portugal, elevando de 78 para 112 o número total de infeções registadas em território nacional. A informação, apurada até à meia-noite, foi divulgada na atualização diária da Direção-Geral da Saúde (DGS) à evolução da epidemia.

Esta leitura indica que a evolução da epidemia em Portugal está a acelerar, como já era esperado pelas autoridades, sendo o número mais alto de novos casos a ser registado num só dia pela DGS. Na quinta-feira, a DGS tinha reportado 19 novos casos, assim como 18 novos casos na quarta-feira. É também o dia em que o número de infeções passa a fasquia da centena, 11 dias depois de o surto ter chegado a território nacional.

A última atualização diária da DGS indica ainda que foram encontradas 11 cadeias de transmissão ativas em Portugal. São cinco novas cadeias desde a última atualização ao boletim. A maioria dos casos, 53, situa-se no norte do país. Há ainda seis casos no centro, 46 na região de Lisboa e Vale do Tejo, seis no Algarve e um no estrangeiro.

Boletim Epidemiológico da Direção-Geral de Saúde (13 de março)

O boletim epidemiológico da DGS indica também que a maioria dos casos situa-se na faixa dos 40 aos 49 anos, seguida dos 30 aos 39 e dos 50 aos 59. Há 11 casos de pessoas infetadas com idades entre 60 e 69 anos, seis com idades entre 70 e 79 anos e dois casos de idosos com mais de 80 anos.

Em média, dos casos confirmados 65% dos doentes apresentam sintomas de tosse, 48% têm febre, 39% têm cefaleia, 37% sofrem de dores musculares, 24% sentem fraqueza generalizada e 12% queixam-se de dificuldade respiratória.

Boletim Epidemiológico da Direção-Geral de Saúde (13 de março)

Dos 112 casos confirmados, 107 estão em internamento e, na quinta-feira, a DGS confirmou o primeiro caso de um cidadão infetado que recuperou do Covid-19: depois de infetado, o cidadão já fez dois testes espaçados por 48 horas, ambos negativos.

De acordo com as autoridades, 15 casos foram importados de Itália, nove de Espanha, cinco de França, três da Suíça e um de Alemanha ou Áustria.

A informação da DGS revela ainda que as autoridades registaram 1.308 casos suspeitos, sendo que 172 pessoas aguardam resultados laboratoriais. Estão 5.674 contactos sob vigilância.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h07)

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João Lourenço avisa que luta contra corrupção vai continuar apesar da “resistência organizada”

  • Lusa
  • 13 Março 2020

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, avisou que não é possível dispensar a justiça no combate à corrupção e que vai continuar esta luta apesar da “resistência organizada”.

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, avisou esta sexta-feira que não é possível dispensar a justiça no combate à corrupção e que vai continuar esta luta apesar da “resistência organizada” que tem encontrado.

“É evidente que a perda repentina dos direitos abismais que alguns pensam ser um direito divino inquestionável, tinha de criar resistência organizada na tentativa de fazer refrear o ímpeto das medidas em curso”, declarou o presidente no seu discurso de abertura da III Reunião ordinária do Comité Central do MPLA.

Sem citar nomes, falou de pessoas que tiveram “uma ambição desmedida”, mas que deviam, pelo contrário, agradecer a ação do executivo.

“Se deixássemos a festa continuar talvez viessem morrer de congestão de tanto comer”, ironizou.

Reforçou que foi o MPLA, partido do poder, que “teve coragem de encabeçar a luta contra estes fenómenos negativos e condenáveis” ao reconhecer os danos causados pela corrupção e nepotismo à economia e aos cidadãos, mas acrescentou que esta luta já não é só do MPLA e da oposição, e sim de toda a sociedade angolana

Uma luta que, continuou, “penalizará aqueles que dela desistirem ou pretenderem regressar ao passado”.

O combate à corrupção que João Lourenço elegeu como bandeira do seu mandato presidencial tem merecido elogios da comunidade internacional, mas também suscitado algumas vozes críticas que acusam o executivo de ser seletivo elegendo como alvos, os familiares e próximos do ex-presidente José Eduardo dos Santos.

A filha mais velha, Isabel dos Santos, é atualmente arguida num processo crime devido à sua gestão na petrolífera estatal Sonangol e viu igualmente a justiça arrestar os seus bens e participações sociais num processo em que o Estado reclama mil milhões de dólares.

No discurso desta sexta-feira, João Lourenço fez questão de sublinhar que é a sociedade angolana que exige a continuação desta luta “pelos ganhos morais, de reputação e económicos” que o país beneficiará.

Deixou também recado às “vozes discordantes” da forma como a luta vem sendo desenvolvida, nomeadamente pessoas e instituições que julgam que é possível combater a corrupção com campanhas de educação e sensibilização e apelo ao patriotismo, dispensando a ação da justiça.

Todas essas ações são importantes e necessárias, mas “servem para educar e prevenir os cidadãos para não enveredar por caminhos errados”, já que sendo a corrupção um crime, para quem nela está envolvido, “não há forma de se evitar a intervenção dos órgãos de justiça”, salientou João Lourenço.

Assinalou ainda que o Estado foi “benevolente e magnânimo” ao dar um período de graça de seis meses, quase equivalente a uma amnistia, para quem quisesse repatriar voluntariamente os capitais no exterior ou os bens ilicitamente adquiridos no país.

“A anterior situação beneficiou muita gente de dentro e de fora que obviamente não está satisfeita com o atual quadro e, por isso, luta com todas as forças para ver se ainda possível voltar a reinar no paraíso e usam todos os meios para descredibilizar o processo em curso”, acusou o chefe do executivo angolano.

Garantiu ainda que vai manter a postura e coragem política face ao fenómeno da corrupção, pois assim “o partido sairá mais forte” e em melhores condições de enfrentar os desafios que tem pela frente.

João Lourenço concluiu o discurso parabenizando a mudança de lideranças em alguns partidos com assento parlamentar, afirmando a vontade de manter um diálogo construtivo e relações salutares de amizade e de trabalho com os novos líderes.

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Banif mau sem património para pagar na íntegra credores privilegiados

  • Lusa
  • 13 Março 2020

Relatório da comissão liquidatária foi enviado ao Tribunal do Comércio de Lisboa, indicando que entre a criação do Banif mau e a revogação da autorização os prejuízos totalizaram 34,6 milhões.

O Banif banco mau não tem património para pagar sequer na íntegra aos credores privilegiados, casos de Fundo de Resolução, Autoridade Tributária e Segurança Social, segundo o relatório da comissão liquidatária do banco a que a Lusa teve acesso. Assim, uma vez que o património não chega sequer para reembolsar os credores que têm direito a ser ressarcidos primeiro, a hipótese de os credores comuns recuperarem parcialmente algum dinheiro tem que ver com a análise que está a ser feita para determinar se tiveram mais perdas na resolução do banco do que teriam numa liquidação.

“Tendo em conta a prática certeza de que as forças do património do Banif em liquidação não chegarão sequer para reembolsar na íntegra os credores privilegiados (Fundo de Resolução, Autoridade Tributária, Segurança Social), a única possibilidade de os credores comuns virem a ser parcialmente ressarcidos reside justamente na possibilidade de as conclusões da avaliação independente apontarem para que esses credores, num cenário ficcionado de liquidação, receberiam uma certa percentagem dos seus créditos, a pagar pelo Fundo de Resolução, em homenagem ao mencionado princípio No Creditor Worse Off than in Liquidation”, lê-se no relatório.

Atualmente, essa auditoria está a ser feita pela Baker Tilly (ao abrigo do princípio no creditor worse off, que estabelece que um credor não pode ter perdas maiores num cenário de resolução do que as que teria num cenário de liquidação) e as conclusões definitivas, segundo o relatório, deverão ser conhecidas “a breve trecho”. Se assim for, os credores comuns terão de ser parcialmente reembolsados pelo Fundo de Resolução, mas é um processo complexo e lento.

Na resolução do BES, a Deloitte estimou que se o banco tivesse sido liquidado os credores comuns teriam recuperado 31,7%, pelo que esse valor terá que lhes ser pago pelo Fundo de Resolução bancário, o que pode ser feito apenas no fim do processo de liquidação do BES, que está a decorrer e poderá demorar anos.

Aquando da resolução do Banif, em dezembro de 2015, os principais ativos e passivos do banco foram divididos entre Santander Totta, a sociedade Oitante (mais de quatro anos depois, diz o relatório, há ainda imóveis e carros em nome do Banif quando pertencem às outras entidades) e o Banif. O Banif, desde então designado banco mau, ficou com uma situação patrimonial residual e muito negativa, constituída sobretudo por ativos muito problemáticos, como o Banif Brasil (há desde janeiro de 2019 um acordo para a sua venda por um real a uma sociedade de advogados brasileira).

O seu principal ativo do Banif (atualmente em liquidação) é o pagamento que aguarda de cerca de 50 milhões de euros por parte do Estado, referente a ativos por impostos diferidos, que servirá para pagar parcialmente credores, mas muito insuficiente para fazer face às elevadas dívidas que tem. Só ao Fundo de Resolução bancário (com estatuto de credor privilegiado) deve 489 milhões de euros, a que acrescem juros, dinheiro emprestado ao Banif na resolução aplicada em 2015.

Além dos credores privilegiados (que têm preferência em ser ressarcidos), há ainda os credores comuns, destacando-se nestes o Novo Banco, uma vez que uma sentença judicial já transitada em julgado condenou o Banif a pagar-lhe 65 milhões de euros por financiamento que tinha sido concedido pelo BES. Entre outros credores comuns estão fornecedores do Banif, senhorios de agências bancárias, gestores de conta acusados de burla a clientes, entre outros.

No total, o Banif recebeu cerca de 6.000 reclamações de créditos, o que segundo o relatório é “revelador da extensão e complexidade que os trabalhos da liquidação em curso necessariamente envolverão, nomeadamente na fase de reconhecimento de créditos”. Na semana passada, segundo fonte ligada ao processo, o Banif enviou a reclamantes pedidos para que anexem aos processos documentos comprovativos dos créditos. Depois da fase da publicação da lista dos créditos reconhecidos, os credores ainda poderão impugnar judicialmente a decisão, pelo que não é possível prever quando será concluída a liquidação do banco.

Banif mau com prejuízos de 34,6 milhões entre dezembro de 2015 e maio de 2018

O banco mau Banif acumulou prejuízos de 34,6 milhões de euros entre dezembro de 2015 e maio de 2018, segundo o relatório da comissão liquidatária enviado ao Tribunal do Comércio de Lisboa, a que a Lusa teve acesso. De acordo com o documento, no conjunto do ano de 2015, o Banif teve prejuízos de 3,288 milhões de euros, resultado dos 943 mil de euros do período entre 01 de janeiro e 20 de dezembro de 2015 (data da resolução do banco) e 2,345 milhões de euros desde a resolução até final desse ano.

Devido ao processo de resolução do Banif e à dispersão de ativos de passivos por várias entidades (Santander Totta, Oitante e Banif ‘banco mau’), só em dezembro de 2017, dois anos depois, foram aprovadas as contas de 2015. Já em 2016, os prejuízos ascenderam a 14,288 milhões de euros e, em 2017, a 12,844 milhões de euros.

Quanto a 2018, os dados são relativos ao período entre 01 de janeiro e 22 de maio, quando o Banco Central Europeu (BCE) revogou a autorização do Banif, pondo fim ao estatuto de banco sob resolução e entrando em processo de liquidação, sendo que nesses quase cinco meses os prejuízos ascenderam a 5,143 milhões de euros.

Contudo, diz o relatório que os resultados referentes a 2018 são preliminares, “uma vez que não teve ainda lugar a aprovação do relatório e das demonstrações financeiras referentes a este período”. No total, desde a criação do Banif mau até à revogação da autorização os prejuízos totalizaram 34,620 milhões de euros. Já antes da resolução do Banif, o banco apresentou consecutivamente prejuízos entre 2011 e 2014, acumulando nesses quatro anos 1.340 milhões de euros negativos, o que segundo o relatório representou “uma destruição de valor dificilmente comportável para uma instituição com as características, dimensão e nível de capitalização do Banif”.

Atualmente, o Banif está em liquidação mas também tem de fazer face a custos, estimando o documento custos de 11 milhões de euros para fazer face aos encargos futuros, caso da impugnação de créditos e da auditoria que está a ser feita pela Baker Tilly. O relatório com mais de 200 páginas inclui-se nos reportes de informação sobre a sua atividade que a comissão liquidatária do Banif em Liquidação tem de dar conta à comissão de credores e ao juiz do processo no Tribunal do Comércio de Lisboa. O documento dá conta dos factos mais importantes nos três anos anteriores à resolução do banco, incluindo a sua opinião sobre os mesmos.

O Banif foi alvo de resolução em 20 dezembro de 2015 por decisão do Governo e do Banco de Portugal, com a venda de ativos da atividade bancária ao Santander Totta por 150 milhões de euros e a criação da sociedade-veículo Oitante, para a qual foram transferidos os ativos que o Totta não comprou e emitidas obrigações (garantidas pelo Fundo de Resolução e pelo Estado Português) entregues ao Banco Santander, para que os ativos e passivos com que ficou ficassem cobertos.

Já o Banif, desde então designado de ‘banco mau’, ficou com alguns ativos problemáticos (como Banif Brasil), “afetados por sérias contingências de ordem jurídica ou financeira”, de acordo com o relatório, uma situação patrimonial residual e muito negativa que conduziu à liquidação.

Sobre as causas da deterioração do Banif, fundado em 1988, o relatório atribui a vários fatores, desde logo problemas de governação e modelo de negócio, com “crescimento muito rápido e algo desordenado e de uma política de concessão de crédito pouco rigorosa”, mesmo com a crise financeira de 2008. Em 2012, face às graves dificuldades financeiras e à insuficiência de capital, o Estado entra no capital da instituição (com 1.100 milhões de euros), sendo impostas medidas pela Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia.

Contudo, os anos seguintes continuariam de agonia para o Banif, com oito versões do plano de restruturação apresentadas a Bruxelas, novo plano de reestruturação (com venda de ativos problemáticos, como crédito malparado) e até nova sugestão de recapitalização pública pelo Banco de Portugal (em dezembro de 2015), que não convenceram a Comissão Europeia.

Em 13 de dezembro de 2015, a TVI noticia problemas no Banif e eventuais medidas, o que segundo o relatório gerou “a perda continuada de recursos”, com a saída de “cerca de mil milhões de euros de depósitos (em concreto, 986 milhões, mais de 18% do total dos seus recursos)” logo na segunda-feira seguinte.

O Banif recorre então à linha de liquidez de emergência do Banco Central Europeu e o Banco de Portugal sugere mesmo que seja alargada a linha autorizada, mas em 16 de dezembro Frankfurt decide limitar a exposição, numa decisão que o relatório considera “rigorista”, e suspender a partir de 21 de dezembro o acesso às operações de política monetária, “desferindo o golpe de misericórdia em qualquer solução alternativa à resolução” face à falta de colateral e da “impossibilidade de encontrar novos colaterais”.

Assim, perante ofertas de compra do banco que não foram consideradas sólidas, foi aplicada a medida de resolução em 20 de dezembro de 2018. O relatório deixa fortes críticas à gestão do Banif, no período anterior à crise, sobretudo com um modelo de negócio arriscado e não sustentável, mas também refere que tanto Comissão Europeia como BCE “consideravam (e continuam a considerar) que existe um excesso de bancos no sistema bancário da área monetária do euro, o que naturalmente contribuiu para a forma como desde o início encararam a questão da viabilidade a prazo do Banif, procurando que este fosse comprado ou fusionado com outra instituição de crédito”.

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Verba para expansão do Metro do Porto reforçada em 95 milhões depois de primeiro concurso ficar deserto

Governo aprovou reforço de 95 milhões de euros para a expansão das linhas Amarela e Rosa. O Metro do Porto lançará um novo concurso a 18 de março.

O Governo viu-se forçado a aprovar um reforço de 95 milhões de euros para as empreitadas de expansão das linhas Amarela e Rosa do Metro do Porto, depois de o concurso inicial ter ficado deserto, já que todas as propostas apresentadas foram superiores aos valores base. O valor da empreitada para a Linha Amarela passa agora a ser de 130 milhões de euros, enquanto a da Linha Rosa fixa-se nos 235 milhões de euros.

“Concluído em 9 de março o prazo para a apresentação de propostas, verificou-se que todos os sete concorrentes apresentaram valores que ultrapassavam o valor base das empreitadas. Por essa razão, o Metro do Porto solicitou ao Governo um reforço de verba, reforço que foi ontem aprovado”, explica o Ministério do Ambiente em comunicado.

O Metro do Porto lançará um novo concurso a 18 de março. O objetivo é que as duas empreitadas sejam concluídas antes do final de 2023, utilizando em pleno os fundos do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

A extensão da Linha Amarela permitirá construir um novo troço com três estações e cerca de três quilómetros, que ligarão Santo Ovídio a Vila d’Este. A empreitada da Linha Rosa permitirá a construção de mais quatro estações e de cerca de três quilómetros de via, ligando a Praça da Liberdade à Casa da Música e servindo o Hospital de Santo António.

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RTP cumpriu obrigações do contrato de concessão em 2018, diz Conselho Geral Independente

  • Lusa
  • 13 Março 2020

O Conselho Geral Independente considera que a RTP cumpriu as obrigações do contrato de concessão, apesar de sublinhar que há aspetos que podem ser melhorados.

O Conselho Geral Independente (CGI) considera, no seu relatório de avaliação relativo a 2018, que a RTP “cumpriu na sua generalidade as disposições e obrigações vertidas” no contrato de concessão e as linhas de orientação do projeto estratégico.

Esta é a avaliação global que consta no “relatório de avaliação do cumprimento do projeto estratégico para a RTP e parecer sobre as obrigações legais de investimento em produção audiovisual e cinematográfica independente 2018”, que foi divulgado esta sexta-feira.

A RTP cumpriu na generalidade as disposições e as obrigações vertidas no contrato de concessão de serviço público de rádio e televisão e as linhas de orientação definidas no projeto estratégico, conforme a análise feita”, refere o órgão que supervisiona a gestão da RTP, no relatório.

A análise feita pelo CGI tem como pressupostos de elaboração duas análises prévias da atividade da RTP em 2018: a auditoria anual da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e o parecer do Conselho de Opinião sobre o relatório de cumprimento das obrigações de serviço público e projeto estratégico.

O estudo da KPMG sobre o cumprimento do projeto estratégico e a sua conformidade com o contrato de concessão é incluído em anexo no relatório, “devendo ser considerado parte fundamental da avaliação do CGI”, refere o órgão.

“Na análise a que procedeu, o CGI teve em linha de conta o teor das reuniões com diferentes entidades externas e internas da RTP, nomeadamente, o Conselho de Administração”, acrescenta.

De acordo com o órgão, “a RTP assumiu claramente as linhas de orientação estratégicas estabelecidas pelo CGI, no caminho que está a ser traçado e desenvolvido para a execução das mesmas, ao nível do investimento na qualidade e inovação de conteúdos, quer na rádio quer na televisão, na aposta no digital e nas novas gerações, no reforço do contributo para a cultura e indústrias criativas, no aprofundamento do valor da universalidade e na afirmação de uma empresa de referência no setor, tanto ao nível dos conteúdos como das boas práticas empresariais”.

O Conselho Geral Independente salienta que a RTP, liderada por Gonçalo Reis, “cumpriu a totalidade das suas obrigações de investimento em produção nacional independente, bem como outras obrigações legais relacionadas, os seus compromissos internacionais e a coprodução com outros países”.

Considera também que “a RTP consolidou a trajetória de sustentabilidade económica, num ano com eventos extraordinários como a organização do Festival Eurovisão da Canção 2018, e a transmissão do Mundial de futebol 2018”.

O CGI refere, no entanto, que há “aspetos, reiterados em relatórios anteriores, que podem ser melhorados”, como “dar uma cobertura mais abrangente de todo o território nacional nos espaços informativos e desenvolver o jornalismo de investigação” e “reforçar ainda mais a programação infanto-juvenil nos serviços de programas televisivos”.

Além disso, deve “reforçar, nas várias plataformas digitais, a oferta de conteúdos diversificados e apostar em novos produtos e funcionalidades inovadoras, conforme refere o estudo da KPMG”, “dar cumprimento integral das obrigações relacionadas com as acessibilidades para pessoas com necessidades especiais, conforme o previsto no plano plurianual da ERC”, bem como dar cumprimento integral das obrigações de quotas relativas à difusão de obras audiovisuais e de música portuguesa.

O cumprimento dos limites do tempo de publicidade comercial na televisão, “manter e reforçar o desenvolvimento de políticas, no âmbito dos recursos humanos” e “definir um novo modelo de atuação e funcionamento dos centros regionais dos Açores e da Madeira, aprofundando, designadamente, a informação de proximidade e a sua programação própria, conforme refere o parecer” do CGI são outros dos aspetos a melhorar.

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UEFA adia todos os jogos da Champions e Liga Europa da próxima semana

A UEFA decidiu adiar todos os jogos da Liga dos Campeões e da Liga Europa que estavam agendados para a próxima semana. A medida visa evitar a propagação do coronavírus.

A UEFA decidiu adiar todos os jogos da Liga dos Campeões e da Liga Europa que estavam marcados para a próxima semana, bem como as partidas da Youth League. A medida visa prevenir a propagação da pandemia do coronavírus. Depois de a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Liga Portugal também já ter suspendido os jogos de futebol não profissionais e futsal, bem como a Liga Nos e a Liga Pro.

Através de um comunicado, a UEFA informa que esta decisão irá afetar os restantes jogos dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, previamente agendados para os dias 17 e 18 de março, a segunda mão dos 16-avos-de-final da Liga Europa, previsto para 19 de março, e por fim os quartos-de-final da Youth League, que seriam realizados a 17 e 18 de março.

O organismo liderado por Aleksander Čeferin refere ainda que convidou representantes das suas 55 federações membros, juntamente com os conselhos da Associação Europeia de Clubes e das Ligas Europeias e um representante da FIFPro, para uma reunião na próxima terça-feira, 17 de março, para discutir a resposta do futebol europeu ao surto.

Federação Portuguesa de Futebol e Liga suspendem competições

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Liga de Clubes decretaram na quinta-feira a suspensão das competições de futebol não profissional, futsal, a Liga Nos e a Liga Pro, uma medida de prevenção para evitar o contágio pelo novo coronavírus. A suspensão entra em vigor a 13 de março e manter-se-á “por tempo indeterminado”.

A decisão de suspender o Campeonato de Portugal (terceiro escalão), a Liga Nos, Liga PRO e as competições de futsal, que iam realizar-se sem público, foi tomada numa reunião do grupo de emergência criado pelo presidente da FPF, Fernando Gomes, e contou também com a presença do Presidente da Liga de Clubes, Pedro Proença.

Paragens afetam apostas da Santa Casa

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa anulou o concurso n.º 11/2020 do Totobola de domingo na sequência da decisão da Liga Portuguesa de Futebol de suspender os jogos da 25.ª jornada da I e II ligas.

Num anúncio publicado na imprensa, o Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa esclarece que o valor das apostas registadas vai ser reembolsado aos apostadores.

O valor será reembolsado aos apostadores nos mediadores dos Jogos da Santa Casa, contra a entrega do recibo de apostas e no prazo de 90 dias contados sobre a data da anulação do concurso, sob pena de caducar o direito de reclamar o valor da aposta, explica a nota.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 131 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

(Notícias atualizada às 11:14)

 

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Conselho de Arbitragem da FPF suspeito de corrupção. PGR abre inquérito

A PGR abriu um inquérito ao Conselho de Arbitragem da FPF por suspeitas de corrupção e falsificação de documentos. O ex-árbitro Jorge Ferreira foi quem apresentou queixa.

A Procuradoria-Geral da República abriu um inquérito ao Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol, por alegados crimes de corrupção e falsificação de documentos. Segundo avançou o Jornal de Notícias e confirmou a RTP, a queixa anónima foi confirmada pelo antigo árbitro Jorge Ferreira à Polícia Judiciária.

“É tudo sobre as ilegalidades que este CA tem feito, de corrupção e de falsificação de documentos, e está tudo entregue às autoridades”, referiu Jorge Ferreira em declarações à RTP. Segundo o ex-árbitro, quando exercia funções e fiscalizava os principais jogos, sofria “pressões de responsáveis pelo CA”.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal vai investigar a queixa de forma a averiguar se existe algum tipo de favorecimento, por parte dos árbitros nacionais, ao Sport Lisboa e Benfica, Sporting Clube de Portugal e Futebol Clube do Porto.

Caso se confirmem as suspeitas de corrupção e falsificação de documentos, poderão estar em causa as classificações da época 2016/17 que levaram a despromoção de Jorge Ferreira.

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Petróleo sobe 5% mas vai a caminho da pior semana desde 2008

Cotação do barril de ouro negro sobe 5% esta sexta-feira, mas o desempenho não apaga a semana caótica no mercado. Petróleo prepara-se para a pior semana em mais de uma década.

O barril de petróleo está a valorizar 5% esta sexta-feira, mas o desempenho não apaga a semana caótica no mercado do ouro negro. A matéria-prima acumula uma desvalorização 20% desde a passada segunda-feira e prepara-se para o pior registo semanal desde 2008, na sequência da guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia anunciada no domingo.

O Brent, que serve de referência para as importações nacionais, valoriza 5,60% para 35,08 dólares esta manhã. Recupera parte das quedas registadas durante a semana e que vão já nos 22,73% desde segunda. Em Nova Iorque, a tendência é a mesma no contrato de Crude: valorização de 4,89% na sessão do dia, cotando nos 33,04 dólares, mas que só compensa muito parcialmente as descidas desde o início da semana: -19,99%.

“Tem sido uma semana muito difícil e não é impossível que as pessoas continuem fechadas durante o fim de semana”, referiu Michael McCarthy, da CMC Markets, à Reuters. “Também notaria que no contexto das recentes movimentações, não se trata de uma grande subida”, acrescentou o responsável, frisando que os “volumes são terríveis” e estão muito abaixo da média diária.

Barril sobe, mas não apaga perdas da semana

Com o surto do coronavírus, a atividade económica abrandou significativamente: voos foram cancelados e proibidos, eventos estão a ser suspensos ou adiados, as empresas também reduziram a sua atividade, tudo fatores que condicionam a procura por petróleo.

Por outro, às restrições no lado da procura soma-se uma aumento significativo da oferta, depois de a Arábia Saudita, o maior exportador mundial, e os Emirados Árabes Unidos terem anunciado aumentos da produção, inundando o mercado com mais barris do que consegue absorver. Esta reação surge depois de a OPEP ter falhado um acordo com a Rússia para travar a produção.

(Notícia atualizada às 10h55)

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Revista de imprensa internacional

O coronavírus continua nas "bocas do mundo" com o regulador da bolsa de Madrid a proibir vendas a descoberto de ações com maior queda. A China diz que 95% das empresas fora de Hubei já estão ativas.

No último dia da semana, o coronavírus continua a marcar a atualidade nacional. Em Espanha, o regulador da bolsa espanhol proibiu as vendas a descoberto de 69 empresas durante esta sexta-feira. Já a China, informou que cerca de 95% fora de Hubei, província onde foi detetado o primeiro caso, já retomaram a atividade. Nas empresas, o Airbnb admite que o surto está a ter um impacto no alojamento local, mas quer ir para a bolsa ainda este ano, ao mesmo tempo, a farmacêutica Roche desenvolveu um novo teste de despiste que promete resultados dez vezes mais rápido.

Bloomberg

Novo teste de despiste ao coronavírus promete resultados dez vezes mais rápido

A farmacêutica Roche desenvolveu um novo teste de despiste do coronavírus que é altamente automatizado e promete resultados dez vezes mais rápido. Este teste, que obteve “aprovação para uso de emergência” das autoridades norte-americanas, também deverá ser disponibilizado na Europa. As duas versões têm capacidade para testar 4.128 e 1.440 utentes por dia, numa altura em que os EUA e alguns países europeus têm sido criticados pela lentidão na realização de testes. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado).

The New York Times

China diz que 95% das empresas fora de Hubei já estão ativas

O vice-ministro da Indústria chinês assegurou que cerca de 95% das grandes empresas situadas fora da província de Hubei, epicentro do surto do novo coronavírus, e 60% das pequenas e médias empresas já retomaram a atividade. “A China está a tratar de voltar ao trabalho depois de ter imposto restrições estritas ao transporte e à mobilidade das pessoas para travar a propagação do vírus”, disse Xin Guobin, esta sexta-feira, em conferência de imprensa. O vice-ministro considerou que as medidas “incomuns” conseguiram que “o país, de forma preliminar, tenha conseguido conter a epidemia. Leia a notícia completa no The New York Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

El Economista

CMVM espanhola proíbe short selling de 69 empresas

A Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) proibiu as vendas a descoberto em Espanha, durante esta sexta-feira, das ações que mais caíram na sessão de quinta-feira da Bolsa de Madrid. De acordo com a CNMV, a proibição envolve 69 empresas e estende-se a todas as ações cujo preço caiu mais de 10% na sessão anterior e a todas as ações ilíquidas com uma queda superior a 20%, como foi o caso do BBVA, Santander, Bankia, Bankinter, CaixaBank, Iberdrola, Inditex, entre outras. Itália fez o mesmo. Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Financial Times

Airbnb ainda quer ir para a bolsa este ano, apesar dos riscos

A pandemia do coronavírus está a ter um impacto significativo na plataforma de alojamento local Airbnb, à medida que menos pessoas viajam para áreas fora da sua residência. O número de reservas afundou na Europa nas duas últimas semanas de fevereiro e, na China, as receitas deverão cair 43% este mês, depois de uma queda de 22% em fevereiro. Ainda assim, o Conselho de Administração está sob pressão dos trabalhadores para a concretização do IPO, na medida em que pretendem vender ações que foram acumulando nas opções de compra que lhes foram oferecidas como forma de remuneração. Para já, a empresa não dá sinal de querer adiar o plano para a entrada em bolsa, numa altura de alta volatilidade e risco nos mercados financeiros.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Reuters

Volkswagen quer usar baterias dos elétricos para estabilizar a rede

O setor automóvel está em transição para uma era de motores elétricos, menos poluentes. Mas, além do desafio, a Volkswagen vê também uma oportunidade. A fabricante automóvel vê um futuro em que as baterias dos automóveis elétricos são usadas para estabilizar a rede elétrica, carregando-as quando há excesso de oferta na rede e vendendo a energia quando a oferta de energia solar e renovável é mais baixa. Segundo a empresa, em 2025 existirão 350 GWh de capacidade de armazenamento de energia nas baterias do conjunto destes veículos, o que poderá representar uma oportunidade de negócio. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

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Governo aprova contratação de médicos aposentados por causa do coronavírus

  • Lusa
  • 13 Março 2020

O Governo aprovou a contratação de médicos aposentado, sem limites de idade, por forma a "garantir o estado de prontidão" do Serviço Nacional da Saúde.

O Governo aprovou a contratação de médicos aposentados, sem sujeição aos limites de idade, e a suspensão dos limites de trabalho extraordinário para fazer face à pandemia da Covid-19.

As medidas servem para “garantir o estado de prontidão” do Serviço Nacional da Saúde (SNS), refere um comunicado do Conselho de Ministros realizado na quinta-feira e divulgado esta sexta-feira.

Além destas duas medidas, o Governo aprovou para o SNS a simplificação da contratação dos trabalhadores e a mobilidade de trabalhadores.

A lista de medidas inclui regimes excecionais para a aquisição de serviços por parte de órgãos, organismos, serviços e entidades do Ministério da Saúde e de composição das juntas médicas de avaliação das incapacidades das pessoas com deficiência.

O Governo aprovou ainda um regime de prevenção para profissionais do setor da saúde diretamente envolvidos no diagnóstico e resposta laboratorial especializada. As medidas são de caráter excecional e urgente.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou quase cinco mil mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 130 mil pessoas, com casos registados em mais de 100 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados, dos quais 69 estão internados.

A região Norte continua a ser a que regista o maior número de casos confirmados (44), seguida da Grande Lisboa (23) e das regiões Centro e do Algarve, ambas com cinco casos confirmados da doença.

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Região de Madrid tem 40 mortos e quase 2.000 casos positivos

  • Lusa
  • 13 Março 2020

Região de Madrid, é a comunidade mais afetada de Espanha, revelou que já são quase 2.000 infetados, mais 612 do que na quinta-feira, e há 40 mortos.

O conselheiro da Saúde da região de Madrid revelou esta quinta-feira que os casos de Covid-19 registados nesta comunidade autónoma espanhola já são quase 2.000, mais 612 do que na quinta-feira, e há 40 mortos.

Em entrevista à estação de rádio EsRadio, Ruiz Escudero afirmou que há 190 pacientes internados em unidades de cuidados intensivos.

O governo regional anunciou na quinta-feira um plano de ação contra o coronavírus que, entre outras medidas, coloca as unidades de saúde privadas debaixo da responsabilidade da Comunidade de Madrid.

As comunidades autónomas espanholas são as responsáveis pelo sistema de saúde das suas regiões.

Na quinta-feira a meio do dia a Espanha tinha 84 mortos com coronavírus (34 a mais do que quarta-feira) e 2.968 casos confirmados de contaminação (816 mais).

Quase metade do total de infetados estava na região de Madrid (1.388), que é a comunidade mais afetada juntamente com o País Basco (346), Catalunha (260) e La Rioja (205).

A Comunidade de Madrid tinha no ano passado 6,7 milhões de pessoas (Portugal tem cerca de 10,1 milhões).

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Portugal está em estado de alerta. O que significa e como funciona?

A figura "estado de alerta" foi também usada pelo Governo na sequência da greve dos motoristas de matérias perigosas, em agosto de 2019. Implica a "prontidão" das forças de segurança e proteção civil.

O anúncio feito pela ministra da Presidência: “O ministro da Administração Inteira e a ministra da Saúde vão declarar, esta sexta-feira, o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão“, declarou Mariana Vieira da Silva.

De acordo com a Constituição portuguesa, existe a figura de “estado de sítio” ou “estado de emergência”, que permite aos órgãos de soberania declará-lo em todo ou em parte do território nacional “nos casos de agressão efetiva ou iminente por forças estrangeiras, de grave ameaça ou perturbação da ordem constitucional democrática ou de calamidade pública” mas, neste caso não é disso que se trata.

A figura de “estado de alerta” consta da Lei de bases da Proteção Civil e dá ao Governo poderes alargados para fazer face a um “acidente grave e catástrofe”, sendo que todas as decisões e atos legislativos produzem efeitos imediatos. Exemplo disso é o plano de contingência de 30 medidas, aprovado durante a noite desta quinta-feira, e apresentado por António Costa no final da reunião do conselho de ministros.

“A situação de alerta pode ser declarada quando, face à ocorrência ou iminência de ocorrência de algum ou alguns dos acontecimentos (…), é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou medidas especiais de reação“, explica a lei de bases da Proteção Civil. De acordo com o documento, “a declaração da situação de alerta determina o acionamento das estruturas de coordenação institucional territorialmente competentes, as quais asseguram a articulação de todos os agentes, entidades e instituições envolvidos nas operações de proteção e socorro”.

A lei prevê que, declarado o estado de alerta, sejam acionadas:

  • “as estruturas de coordenação institucional territorialmente competentes, as quais asseguram a articulação de todos os agentes, entidades e instituições envolvidos nas operações de proteção e socorro”;
  • “as estruturas de coordenação política territorialmente competentes, as quais avaliam a necessidade de ativação do plano de emergência de proteção civil do respetivo nível territorial”;
  • e uma situação de “obrigação especial de colaboração dos meios de comunicação social, em particular das rádios e das televisões, bem como das operadoras móveis de telecomunicações, (…) visando a divulgação das informações relevantes relativas à situação”.

Segundo a lei portuguesa, o ministro da Administração Interna pode declarar a “situação de alerta ou a situação de contingência para a totalidade do território nacional ou com o âmbito circunscrito a uma parcela”.

No final da reunião do conselho de ministros desta quinta-feira, Marta Temido anunciou ainda o reforço de medidas para o Serviço Nacional de Saúde, simplificando a contratação de trabalhadores — que a partir de agora será feita “por simples despacho” — e do fim do limite de idade para contratação de médicos.

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