EMEL volta a cobrar estacionamento a partir de 11 de maio. Esta e outras medidas de desconfinamento da Câmara de Lisboa

A Câmara de Lisboa já tem preparadas as medidas de desconfinamento na cidade e, para além da abertura de vários serviços, vem aí o regresso da fiscalização da EMEL às ruas da capital.

Terminado o estado de emergência e em pleno estado de calamidade, a Câmara de Lisboa (CML) já está preparada para um regresso — embora contido — à normalidade nas ruas da capital. Entre aberturas de serviços e novos serviços de resposta, outra das medidas que já estão pensadas é também o regresso da cobrança de estacionamento pela EMEL a partir de 11 de maio, anunciou a autarquia esta quinta-feira.

“No seguimento do fim do estado de emergência e da definição pelo Governo de um plano gradual de desconfinamento”, a autarquia de Fernando Medina vai avançar com a “reposição da fiscalização do pagamento na via pública pela EMEL a partir de 11 de maio”, lê-se no comunicado.

A acompanhar esta reposição vêm outras decisões, como a “manutenção do estacionamento gratuito dos veículos de residentes com dístico válido (e a todos a quem já tenha sido garantido acesso) no conjunto dos parques de estacionamento da EMEL até ao dia 30 de junho” e a “manutenção da extensão automática de todos os dísticos atribuídos até junho de 2020, ou até junho de 2021 para os dísticos renovados a partir de 1 de março”.

Além disso, a CML vai ainda criar um “processo interno na EMEL com vista a processar com urgência pedidos de dísticos novos”, reabrir os elevadores públicos e voltar a disponibilizar o atendimento presencial da EMEL a partir de 1 de junho. Para os adeptos de bicicletas, vai ser feita a “manutenção das medidas de desinfeção das bicicletas do sistema partilhado GIRA, recomendando-se o estrito cumprimento das regras de higiene individual”.

Até dezembro, a autarquia vai ainda garantir a “gratuitidade de estacionamento para as equipas de saúde das unidades do SNS mais diretamente envolvidas no combate à pandemia”. E, para os profissionais de saúde, será criado um “serviço de resposta” para “qualquer esclarecimento que necessitem e adesão aos serviços de estacionamento”, para além da “manutenção da gratuitidade de utilização do sistema Gira”.

Reabertura de espaços verdes, museus e outros serviços públicos

Para além do regresso à normalidade no dia-a-dia dos condutores, a autarquia tem já planeadas outras medidas para a população no geral. A partir de 12 de maio serão reabertos vários espaços verdes, museus e serviços públicos, tais como:

  • Abertura dos espaços verdes do Palácio Pimenta, com acesso gratuito, a partir de 12 de maio, entre as 11h e as 17h;
  • Reabertura da Estufa Fria e do Jardim da Cerca da Graça, a 18 de maio;
  • Abertura dos museus da Marioneta, Fado, Bordalo, Aljube, núcleos do Museu de Lisboa e Galerias Municipais (com exceção do Atelier Museu Júlio Pomar e da Casa Fernando Pessoa), e do Padrão dos Descobrimentos a partir de 18 de maio;
  • Abertura das Bibliotecas Municipais a partir de 18 de maio, para empréstimo, devolução e reserva de livros (a partir de 1 de junho reabrem os restantes serviços, exceto salas infantis);
  • “Por razões de obras”, abertura do Castelo de São Jorge a 1 de junho;
  • Abertura do Arquivo Municipal de Lisboa, de forma faseada e com marcação prévia, do seguinte modo: Bairro da Liberdade, Arquivo Fotográfico e Arco do Cego a 18 de maio e Videoteca a 1 de junho, e abertura do Gabinete de Estudos Olisiponenses (sala de leitura), com marcação prévia, a partir de 18 de maio;
  • Abertura da Loja Lisboa Cultura, com marcação prévia, e da Lisboa Film Commission, a partir de 1 de junho, mantendo-se, em ambos os casos, preferencialmente, o atendimento não presencial.

Desde esta quarta-feira, 6 de maio, a autarquia já voltou a recolher o “lixo volumoso” através dos serviços de Higiene Urbana e será reforçada a desinfeção e higienização de todos os equipamentos de espaço público nas áreas envolventes às escolas que irão abrir no próximo 18 de maio.

Até dezembro, a CML vai garantir a “manutenção, em condições de total operacionalidade, do Hospital de Campanha do Estádio Universitário”, através da “manutenção da operação no Pavilhão 3 e da manutenção de capacidade de reativação nos Pavilhões 1 e 2 no prazo máximo de uma semana”. O objetivo é “fazer face a uma eventual segunda vaga da pandemia”.

Apesar de todas estas medidas, os serviços de atendimento presencial reabrem a partir de 11 de maio nas Lojas Lisboa (Entrecampos, Marvila, Alcântara e Baixa), mediante agendamento prévio. Até lá, e sempre que se possa evitar estas deslocações, o atendimento municipal deverá ser feito preferencialmente através das plataformas do Urbanismo Digital, Loja Lisboa Online, Portal Minha Rua LX, email [email protected] e da linha telefónica 808 203 232, de segunda a sábado, das 8h às 20h.

A autarquia ressalva que o atendimento presencial em espaços municipais obedecerá às regras gerais definidas, nomeadamente “a distância social de segurança, designadamente no que respeita, barreiras acrílicas, marcações de distanciamento e circuitos de circulação”, o “reforço da desinfeção e higienizacão, dos espaços e equipamentos municipais, designadamente, os equipamentos de utilização comum” e a “utilização obrigatória de máscaras nos espaços fechados”.

(Notícia atualizada às 13h com mais informação)

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Governo deve aprovar hoje Programa de Estabilidade

O documento, que será debatido no Parlamento a 14 de maio, está na agenda do Conselho de Ministros, que está a decorrer.

O Governo deverá aprovar esta quinta-feira o Programa de Estabilidade, apurou o ECO. O documento, que será debatido no Parlamento a 14 de maio, está na agenda do Conselho de Ministros, que está ainda a decorrer.

O Ministério das Finanças informou Bruxelas de que só iria entregar o documento em maio, e que este seguirá sem previsões. Na semana passada, o Ministério anunciou que o Governo transmitiu à Comissão Europeia a sua intenção de remeter o Programa de Estabilidade após a sua apresentação à Assembleia da República.

Normalmente, é em abril que os Estados-membros enviam os Programas de Estabilidade para Bruxelas, que os analisa e propõe recomendações específicas por país em maio.

Desta vez, o Programa de Estabilidade “não incluirá qualquer cenário macroeconómico para 2020, contendo apenas a quantificação das medidas extraordinárias adotadas”, devido à incerteza económica causada pela situação de pandemia de Covid-19, explicou o Ministério, numa nota enviada recentemente às redações.

Esta quarta-feira foram já conhecidas as previsões da Comissão Europeia, que apontam para uma contração de 6,8% e para um défice de 6,5% este ano. As projeções indicam ainda que o rácio do endividamento público no PIB deverá subir de 117,7% em 2019 para 131,6% em 2020. Quanto à taxa de desemprego, Bruxelas prevê que vai atingir os 9,7% este ano.

(Notícia atualizada às 12h40)

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Portugueses aceitam app de contact tracing, mas exigem proteção de dados

  • Lusa
  • 7 Maio 2020

A maioria dos portugueses reconhece vantagens na adoção de uma aplicação que permita saber se alguém esteve em contacto com uma pessoa infetada por Covid-19. Mas exigem que os dados sejam privados.

Os portugueses reconhecem as vantagens de uma aplicação para rastreamento de infetados com Covid-19 pelas autoridades e admitem utilizá-la, desde que a privacidade dos dados seja garantida, conclui um inquérito da Deco.

Realizado entre os dias 24 e 27 de abril, com base em mil respostas obtidas online, para avaliar a recetividade dos portugueses a uma aplicação para smartphone que permita às autoridades de saúde rastrearem casos positivos de Covid-19, o inquérito conclui que “a maior parte mostra-se confortável com esta solução para combate à pandemia”, refere a associação de defesa do consumidor.

“A grande maioria dos inquiridos reconhece a utilidade de uma aplicação que permita o rastreamento de contactos, enviando alertas aos utilizadores caso entrem numa zona em que circulam pessoas infetadas com o coronavírus ou após contacto com infetados, num transporte público ou num estabelecimento comercial, por exemplo”, refere a Deco.

Contudo, adverte a associação, “apesar de acreditarem que uma app com estas funcionalidades pode salvar vidas”, os inquiridos “não deixam de expressar reservas quanto à privacidade dos seus dados”.

Neste aspeto, a geolocalização é apontada como a questão “que gera maior desconforto”: Quando questionados sobre a possibilidade de as operadoras de telecomunicações recolherem dados de GPS para que as autoridades monitorizem os hábitos de mobilidade dos cidadãos durante a pandemia, cerca de metade concorda com a medida, mas apenas se esses dados forem anónimos. Caso contrário, esse número cai para um terço. Outra das reservas apresentadas pelos inquiridos é a partilha de dados, que apenas admitem sob anonimato.

Assim, medidas como a emissão de certificados de imunidade (que atestam que alguém recuperado do Covid-19 foi considerado imune à doença) ou a monitorização de pessoas infetadas (para garantir que estão a respeitar o período de quarentena) parecem ser “amplamente aceites pela maioria dos portugueses”, desde que esteja garantido o anonimato.

“Embora quase 80% dos inquiridos se sintam confortáveis com a utilização de uma aplicação que envia alertas aos utilizadores se entrarem numa área com infetados, essa percentagem cai para menos de 60% se os dados não forem anónimos”, nota a Deco.

De acordo com a associação, apesar da “aparente disponibilidade dos portugueses para a partilha de dados pessoais com as autoridades devido à pandemia, a privacidade não deixa de ser uma preocupação”, até porque 84% dos inquiridos “concordam que não existem garantias absolutas de anonimato”.

Neste contexto, quando questionados sobre se aceitariam instalar voluntariamente uma app que conceda às autoridades acesso total a informações sobre as suas deslocações e localização, “pouco mais de 40% responderam afirmativamente”. Ainda assim, os inquiridos “acreditam ser possível encontrar soluções tecnológicas que, ao mesmo tempo que permitam utilizar dados pessoais no combate ao coronavírus, respeitem os direitos de privacidade dos cidadãos”.

Na opinião da Deco, se as autoridades nacionais avançarem com uma solução desta natureza – conforme tem vindo a ser incentivado pela Comissão Europeia, desde que com garantias de anonimato e de instalação voluntária da app – “é essencial que o legislador tome todas as medidas para minimizar possíveis violações de privacidade”.

O inquérito revela também que “mais de um quinto dos portugueses já descarregou algum tipo de aplicação relacionada com o coronavírus”, sendo que as apps atualmente disponíveis permitem fazer o acompanhamento de informação sobre a evolução da pandemia, autodiagnóstico e monitorização de sintomas.

A este propósito, a Deco aconselha que, antes de descarregar qualquer aplicação, o consumidor leia atentamente os seus termos e condições e consulte a política de privacidade, prestando “especial atenção às permissões de acesso”, já que em causa estão “não apenas os seus dados pessoais, mas também os seus dados de saúde”.

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Apostas online superam mil milhões. Este é o perfil do apostador

As apostas online ganham cada vez mais adeptos em Portugal. Quase metade dos jogadores preferem as apostas desportivas à cota, mas foram os jogos de fortuna e azar a gerar mais receitas.

Com as recomendações de confinamento e o encerramento temporário dos casinos, as pessoas foram forçadas a encontrar novas formas de entretenimento e lazer. As apostas online estão a ganhar balanço em Portugal e só no primeiro trimestre deste ano verificou-se um aumento de 50% no número de apostas, face ao mesmo período de 2019. O aumento é também justificado pelo facto de terem sido emitidas mais seis licenças a operadores. Mas, afinal, qual é o perfil dos apostadores?

Entre janeiro e março deste ano, foram efetuados 157,4 mil novos registos de jogadores, ou seja, mais 32,3 mil do que em igual período do ano passado (125,2 mil novos registos), segundo os dados recolhidos pelo Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos do Turismo de Portugal (SRIJ). Em termos percentuais, isto significa um acréscimo de 25,8%, face ao período homólogo. Contas feitas, em Portugal há já 425,8 mil jogadores, cerca de mais 35 mil do que os registados no final ano passado (390,4 mil).

Quanto à distribuição de jogadores por faixa etária, continuam a ser os mais novos a ser os maiores apostadores, já que apenas 1% têm mais de 64 anos. Por outro lado, mais de metade têm entre os 25 e os 44 anos anos (62%) e 23,5% do total dos jogadores têm entre os 18 e os 24 anos. Se analisarmos exclusivamente os novos registos, quase dois terços (63,2%) têm menos de 35 anos.

Ao todo, os portugueses apostaram 1.109,9 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, isto somando o volume de apostas desportivas à cota (149,1 milhões de euros) com o de jogos de fortuna e azar (960,8 milhões). Trata-se do valor mais elevado de sempre, representando uma subida de 50% em termos homólogos.

Apostas desportivas são as preferidas dos apostadores. Futebol é “rei”

Apesar de a maioria das competições desportivas ter sido suspensa devido à pandemia de Covid-19, a apostas desportivas à cota continuam a ser as preferidas dos jogadores. Nos primeiros três meses de 2020, 41,2% dos apostadores fizeram exclusivamente apostas desportivas, 39,4% apostaram em jogos de fortuna e azar, e apenas 19,4% jogaram em ambas as categorias, revela o SRIJ.

Dentro das apostas desportivas à cota, o futebol continua ser a modalidade com mais adeptos, “representando 74,72% do total de apostas desportivas”, assinala o relatório. A Liga Portuguesa é a competição que angaria mais apostadores (15,2% do volume total de apostas), seguida da Premier Legue (7,9%) e da La Liga espanhola (7,1%). Já restantes modalidades, com o basquetebol, ténis ou até hóquei no gelo mobilizam apenas 22% do total de apostas desportivas.

Relativamente aos jogos de fortuna e azar, as apostas em jogos de máquinas representam mais de dois terços de todos os jogos realizados nesta categoria (69,79%). Segue-se as apostas em roleta russa (12,55%) e os jogos de póquer (11,30%).

Jogos de fortuna e azar geram mais dinheiro

Contudo, apesar de as apostas online serem mais apetecíveis para os jogadores, não foram as que geraram mais dinheiro para as entidades exploradoras, até porque a partir de finais de meados de março as competições foram suspensas, de forma a travar a propagação do Covid-19.

Entre janeiro e março, do volume total de 149,1 milhões de euros apostados pelos portugueses nas competições desportivas, os operadores obtiveram receitas de 34,5 milhões de euros, o que representa mais 9,7 milhões do que em igual período de 2019, período em que geraram 24,8 milhões.

os jogos de fortuna e azar geraram 35,3 milhões de euros em receitas brutas (de um total de 960,8 milhões apostados) durante o primeiro trimestre deste ano, ou seja, mais 12,8 milhões de euros face ao ano passado. Verifica-se que esta categoria foi beneficiada pela suspensão de competições desportivas já que, no primeiro trimestre de 2019, as receitas atingiam os 22,6 milhões de euros (menos 2,2 milhões do que as apostas desportivas).

Certo é que as apostas online têm vindo a ganhar cada vez mais adeptos em Portugal. O crescimento do setor permitiu que o Estado arrecadasse 20,8 milhões de euros em sede do Imposto Especial sobre o Jogo Online (IEJO), um crescimento de 41% (mais seis milhões de euros) face ao mesmo período de 2019.

No país, há já 13 entidades autorizadas a explorarem jogos e apostas online, mais três do que no ano anterior, e um total de 22 licenças emitidas, mais seis do que no final de março de 2019. Durante o estado de emergência, o acesso às plataformas de jogo online esteve limitado, por forma a evitar a adição ao jogo.

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Maioria das empresas portuguesas preocupada com ciberataques

  • Lusa
  • 7 Maio 2020

Os ciberataques continuam a ser uma das grandes preocupações das empresas portuguesas, figurando desde 2018 no primeiro lugar de um top elaborado pela Marsh Portugal.

As maioria das empresas portuguesas considerou os ataques cibernéticos o maior risco que enfrentam este ano, de acordo com o estudo anual da Marsh Portugal “A Visão das Empresas Portuguesas sobre os Riscos 2020”.

Segundo os resultados do mais recente estudo da consultora de riscos e corretora de seguros, o risco de ataques cibernéticos é o que mais preocupa as empresas nacionais, quer a nível interno (que elas podem vir a enfrentar), como a nível externo (que o mundo poderá enfrentar). Esta preocupação, refere a Marsh, mantém-se em primeiro lugar no top das preocupações dos empresários desde 2018.

Para a realização deste estudo, a Marsh contou com a participação de 170 empresas portuguesas (81% delas não cotadas em bolsa), de 22 setores de atividade, com diferentes volumes de faturação e número de colaboradores.

O inquérito revelou que 55% das empresas portuguesas considera que os “ataques cibernéticos em grande escala” são o principal risco que o mundo poderá vir a enfrentar em 2020, seguido de “eventos climáticos extremos”, com 39%. Em terceiro lugar, surgem as “crises fiscais e financeiras em economias chave”, com 37%, seguidas de “ataques terroristas em larga escala”, com 32%, e, por último, a “instabilidade social profunda”, com 26%.

A Marsh ressalva que a recolha de dados que suportam este estudo foi feita entre o mês de janeiro e o início de fevereiro de 2020, razão pela qual as preocupações demonstradas com o efeito da pandemia de Covid-19 não estão ainda muito presentes. No entanto, em janeiro, já 16% das empresas portuguesas identificava o risco de “pandemia/propagação rápida de doenças infecciosas” como um dos que poderia afetar o mundo, com 6% a referir considerá-lo um dos que a sua empresa iria enfrentar durante este ano.

“Assistiremos a um maior número de ataques cibernéticos aos sistemas informáticos estatais e da generalidade de empresas e particulares [em 2020], criando ainda maior disrupção e riqueza para organizações criminosas e terroristas. Serão tempos em que as forças políticas podem mudar de posição e as lutas pelo poder poderão dar origem a novas esperanças ou ainda maiores receios”, defendeu, em comunicado, o especialista de Risco da Marsh Portugal, Fernando Chaves.

Relativamente aos valores orçamentados para a gestão de riscos em 2020, o estudo revela que 35% das empresas diz ter disponibilizado mais verbas para esse segmento e 44% afirma ter estabilizado.

“A gestão de riscos é uma peça crucial nos modelos de gestão. A gestão de riscos está a experienciar um bom momento, algo que pode ser testemunhado nos resultados deste estudo. […] As empresas com uma gestão de riscos bem implementada são as mais resilientes em momentos difíceis como o que vivemos e, talvez por isso, continuam a encontrar oportunidades para continuarem a crescer”, considerou, na mesma nota, o diretor-geral da Marsh Portugal, Rodrigo Almeida.

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Um em cada dez portugueses vive numa casa com falta de espaço. Principalmente no Algarve e nos Açores

Quase um em cada dez portugueses (9,5%) vive em habitações com falta de espaço, uma percentagem que se manteve quase inalterada no espaço de um ano. Situação é mais preocupante no Algarve e Açores.

Um em cada dez portugueses (9,5%) vivia em habitações sobrelotadas, uma percentagem que se manteve praticamente inalterada face a 2018, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). A tendência é nacional mas é ainda mais acentuada em certas zonas do país, como o Algarve e os Açores, onde mais de 15% da população vive nestas condições.

Se em 2018, 9,6% dos portugueses viviam em casa com falta de espaço, em 2019 essa percentagem desceu ligeiramente para 9,5%. A situação é mais preocupante no Algarve, com 17,8% das pessoas nestas situações, na Região Autónoma dos Açores (15,7%) e na Área Metropolitana de Lisboa (12,9%).

E como se não bastasse a falta de espaço, cerca de 4,1% dos portugueses ainda viviam em condições severas de privação habitacional, ou seja, para além de sobrelotado, o alojamento em que viviam tinha, pelo menos, um dos seguintes problemas: não havia duche ou sanita com autoclismo no interior, infiltrações ou humidade e luz natural insuficiente num dia de sol.

As despesas com a habitação caíram no espaço de um ano para 11%, refere o INE. Mas há ainda 5,7% de famílias cujo rácio das despesas com a casa em relação ao rendimento é superior a 40%, uma tendência que também é mais acentuada no Algarve (8,2%), Área Metropolitana de Lisboa (7,7%) e Região Autónoma dos Açores (7,3%).

Fonte: Instituto Nacional de Estatística/2019

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Rute Oliveira Serôdio reforça a equipa de sócios da PRA

A PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados promoveu Rute Oliveira Serôdio a sócia. A advogada vai assumir as funções de responsável da Unidade Económica de Entertainment.

A sociedade de advogados PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados promoveu Rute Oliveira Serôdio a sócia, assumindo as funções de responsável da Unidade Económica de Entertainment. A advogada colabora com a firma desde janeiro, no departamento de contencioso e arbitragem.

“Esta nova Unidade proporcionará o acompanhamento da indústria do cinema e da televisão, de festivais de música e eventos de entretenimento nas mais várias áreas da cultura, disponibilizando aos seus clientes um serviço de consultoria muito especializado e focado em todas as fases dos seus projetos”, nota a sociedade em comunicado.

A Unidade Económica de Entertainment, transversal a todas áreas de prática jurídica e a nível nacional, abrange uma área fortemente afetada pela pandemia do Covid-19, permitindo o reforço do apoio jurídico numa fase de recuperação e relançamento das atividades culturais.

É uma área na qual venho trabalhando há vários anos, e a oportunidade da criação desta Unidade Económica na PRA, apoiada numa equipa alargada que bastante admiro, nos tempos complicados que o setor atravessa, é um desafio que abraço com muito empenho e otimismo”, refere Rute Oliveira Serôdio.

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Bruxelas quer novo supervisor do branqueamento de capitais

  • ECO
  • 7 Maio 2020

Vice-presidente Dombrovskis anunciou que a Comissão Europeia vai consultar os países sobre a criação de uma nova entidade ou o reforço dos poderes da Autoridade Bancário Europeia.

A Comissão Europeia está a estudar a criação de uma nova autoridade anti-lavagem de dinheiro. Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão e responsável pelos serviços financeiros, disse ao Financial Times (acesso condicionado) que Bruxelas irá proximamente começar a consultar os Estados-membros sobre um novo supervisor.

“Se queremos ser mais eficientes, temos de o fazer a nível da União Europeia”, disse Dombrovskis numa entrevista telefónica ao FT. “Por vezes, estes assuntos caem entre duas autoridades nacionais e nenhuma autoridade nacional é realmente responsável“, afirmou o vice-presidente da Comissão, explicando que ainda esta quinta-feira vão ser detalhados os planos para travar o branqueamento de capitais.

Entre as hipóteses em cima da mesa está a criação de um supervisor independente ou o reforço de poderes da Autoridade Bancário Europeia. Bruxelas quererá ainda introduzir nova regulação para harmonizar as práticas entre países, após uma série de escândalos terem abalado o sistema bancário. É o caso do Luanda Leaks, caso que envolveu a empresária angolana Isabel dos Santos e que implicou diretamente Portugal.

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Portugueses ganham em média 1.069 euros. Ordenados subiram 3,2% no primeiro trimestre

De janeiro a março, a remuneração bruta regular recebida, em média, pelos trabalhadores portugueses cresceu 3,2% para 1.069 euros.

Nos primeiros três meses do ano, a remuneração média dos trabalhadores portugueses voltou a subir. De acordo com os dados divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o ordenado bruto regular cresceu 3,2% para 1.069 euros mensais, de janeiro a março.

“A remuneração bruta mensal média por trabalhador (posto de trabalho) aumentou 3,2% no primeiro trimestre de 2020, em relação ao mesmo período de 2019, para 1.189 euros. O mesmo sucedeu com a componente regular daquela remuneração, bem como com a remuneração base, que aumentaram 3,2% e atingiram, respetivamente, 1.069 euros e 1.005 euros”, detalha o INE, que frisa que estes números ainda não refletem o impacto da pandemia de coronavírus no mercado de trabalho nacional.

No que diz respeito ao ordenado bruto regular (que excluiu os subsídios de férias e de Natal e tem, por isso, um comportamento menos sazonal), registou-se um salto de 3,2% de 1.036 euros, no primeiro trimestre de 2019, para 1.069 euros, no primeiro trimestre de 2020. Na variação em cadeia, verificou-se também uma “aceleração do crescimento”, tendo subido mais 0,6 pontos percentuais (p.p) do que tinha crescido nesse período.

Remuneração base ultrapassou, pela primeira vez, os 1.000 euros

Fonte: INE

A propósito da variação face ao trimestre anterior, foi a remuneração bruta base média (que, como a designação indica, inclui apenas a remuneração base, excluindo todas as outras componentes) a verificar a maior aceleração em relação a dezembro de 2019: 0,7 p.p. Face ao período homólogo, cresceu 3,2% de 974 euros para 1.005 euros, mensais.

Na nota divulgada esta quinta-feira, o INE lembra que as remunerações médias “variam substancialmente” consoante a atividade económica. Por exemplo, o ordenado bruto regular variou entre 680 euros na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca e 2.516 euros no setor da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio.

Face ao primeiro trimestre de 2019, foi no setor das atividades administrativas e dos serviços de apoio e no setor das indústrias extrativas que a remuneração regular mais cresceu: 5% e 4,6%, respetivamente. Em contraste, foi nas atividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais que se registou a variação menos acentuada: 0,6%.

No que diz respeito à remuneração média por dimensão da empresa, o ordenado regular variava, no primeiro trimestre, entre 733 euros mensais nas empresas com até quatro trabalhadores e 1.309 euros mensais nas empresas com até 499 trabalhadores.

Remunerações médias no Estado continuam mais altas

Fonte: INE

O INE destaca ainda: “No setor privado, a remuneração total registou uma variação homóloga superior à do setor das Administrações Públicas (3,3% contra 3,0%), passando de 1.064 euros em março de 2019 para 1.100 euros em março de 2020. A componente regular também aumentou mais no setor privado (3,3% contra 3,2%), passando de 937 Euros para 968 euros”. Ainda assim, no Estado, as remunerações médias continuam a ser mais elevadas: a regular, por exemplo, está nos 1.559 euros.

No segundo trimestre do ano, já é expectável que esta tendência de crescimento dos salários seja afetada pela pandemia de coronavírus e pela medidas que, consequentemente, foram lançadas, nomeadamente o lay-off simplificado.

Ao abrigo deste regime, os trabalhadores cujos contratos de trabalho sejam suspensos passam a receber apenas dois terços do seu salário, pagos em 70% pela Segurança Social e em 30% pelo patrão. Outra modalidade prevista no lay-off simplificado, é a redução da carga horária. Nesse caso, o trabalhador tem direito à remuneração correspondente às horas mantidas e a um apoio adicional (pago em 70% pelo Estado) de modo a que, no total, sejam garantidos, no mínimo, os tais dois terços da remuneração devida em circunstâncias normais.

(Notícia atualizada às 12h06)

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BCE avalia continuamente proporcionalidade das decisões, diz vice-presidente

  • Lusa
  • 7 Maio 2020

Luis de Guindos diz que as decisões do BCE levam em conta outros instrumentos políticos, como política orçamental ou reformas estruturais, e ainda efeitos secundários.

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, sublinhou perante o Parlamento Europeu que a instituição avalia “continuamente” a proporcionalidade das suas ações, quando questionado sobre o recente acórdão do Tribunal Constitucional alemão.

Numa audição por videoconferência com a comissão parlamentar de Assuntos Económicos, e ao ser questionado pelos eurodeputados sobre as dúvidas levantadas pelo Tribunal Constitucional alemão relativamente à idoneidade e proporcionalidade do programa de compra de ativos pela instituição, De Guindos garantiu que o BCE não coloca a sua política monetária “numa torre de marfim”, avaliando constantemente as suas consequências.

“Quando tomamos as nossas decisões de política monetária, procuramos avaliar as suas interações com outros instrumentos políticos, como a política orçamental ou as reformas estruturais, e também temos em conta os efeitos secundários das nossas políticas”, declarou o responsável espanhol, que em 2018 sucedeu ao português Vítor Constâncio na vice-presidência do BCE.

Estamos a avaliar continuamente a proporcionalidade das nossas ações e os efeitos secundários das nossas políticas”, reforçou, sublinhando que quando a instituição toma uma decisão é porque concluiu que a mesma tem “mais prós do que contras”.

Luis de Guindos recordou também que a instituição opera de forma independente em relação aos Estados-membros, à luz do mandato que lhe é conferido pelos Tratados europeus, e sob a jurisdição do Tribunal de Justiça da União Europeia, que já considerou legal o programa de compra de dívida levado a cabo pelo BCE desde 2015, e que tem sido determinante para manter as taxas de juro da dívida dos países da zona euro mais endividados em níveis baixos.

"Estamos a avaliar continuamente a proporcionalidade das nossas ações e os efeitos secundários das nossas políticas.”

Luis de Guindos

Vice-presidente do BCE

Na passada terça-feira, o Tribunal Constitucional alemão exigiu ao BCE que no prazo de três meses justifique a conformidade do seu mandato para as vastas compras de dívida, numa sentença com implicações incertas.

O tribunal alemão declarou que o programa de compra de dívida do BCE, adotado em 2015, é parcialmente contrário à Constituição da Alemanha, excedendo os seus poderes sem considerar a proporcionalidade da medida como uma ferramenta para aumentar a taxa de inflação para cerca de 2%, e considerou “duvidosa” a competência para recomprar massivamente a dívida pública.

O banco central alemão (Bundesbank) será proibido de participar neste programa anti-crise, que ainda ganhou mais amplitude devido à pandemia da covid-19, se “o Conselho do BCE” falhar em demonstrar, “de maneira compreensiva e substancial”, “que não excedeu os tratados europeus”, decidiu o Tribunal Constitucional alemão.

Com esta sentença, o tribunal alemão declarou que o programa de compra de dívida do BCE, adotado em 2015, é parcialmente contrário à Constituição da Alemanha, mas sublinhou que “não foi capaz de estabelecer uma violação” pelo BCE da proibição de financiar diretamente os Estados europeus.

Na quarta-feira, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, afirmou que Comissão Europeia atuará como guardiã dos Tratados, que definem claramente o primado das regras europeias e a independência do Banco Central Europeu.

“Vamos ser os guardiões dos Tratados, e isso significa duas coisas muito claras: a primazia no direito europeu é europeia, e não de tribunais nacionais, e, em segundo lugar, a independência do BCE é um pilar do nosso projeto europeu, pelo que não creio que haja consequências [desta sentença], pois estou confiante de que o Guardião dos Tratados, a Comissão, atuará nesta direção após esta decisão, tal como fizemos após outras decisões de outros tribunais constitucionais e outros tribunais de Estados-membros”, disse, numa entrevista à Lusa e a três outros órgãos de comunicação social europeus.

Em 2017, o Tribunal Constitucional já assumira ter dúvidas de que a compra de ativos fosse compatível com a proibição de financiamento monetário, reencaminhando a sentença para o Tribunal de Justiça da UE, que considerou que o programa do BCE não viola o direito da União.

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Projeto assessorado pela SRS Global vence o prémio “Deal of the Year – Africa”

A The Banker distinguiu um projeto assessorado pela SRS Global com o prémio "Deal of the Year - Africa" pelos resultados alcançados na oferta pública de venda inicial da Hidroelétrica de Cahora Bassa.

Um projeto assessorado pela equipa da SRS Global Moçambique venceu o prémio “Deal of the Year – Africa” da revista The Banker, uma publicação do Financial Times Group. O prémio foi atribuído como reconhecimento pelos resultados alcançados na oferta pública de venda inicial (IPO) de 4% do capital social da Hidroelétrica de Cahora Bassa SA realizada em julho de 2019.

“Não só a dimensão da transação representou um desafio, mas também o facto de que numa economia onde uma grande proporção da população ainda não tem conta bancária, alcançar o investidor comum foi um grande desafio”, explica The Banker.

Esta publicação considerou a transação como um “marco importante para o país”, que nunca tinha assistido a uma IPO, com o número de investidores registados na Bolsa de Valores de Moçambique a quase triplicar de menos de 8.000 para aproximadamente 23.000 como resultado da transação.

A SRS Global através da B&P Advogados e com o apoio da SRS Advogados assessorou os bancos coordenadores (Global Coordinators) da operação: BCI – Banco Comercial e de Investimentos, S.A. e Banco BIG Moçambique, S.A.. A equipa foi liderada pelos sócios José Luís Moreira da Silva e Alexandra Valente e contou com o apoio do advogado coordenador João Santos Carvalho. Da parte da B&P a equipa foi coordenada pelo sócio Nazir Bikha.

Esta é a segunda vez que a IPO da Hidroelétrica de Cahora Bassa ganha reconhecimento internacional, depois de ganhar o prémio de reconhecimento especial DealMakers Africa em março deste ano.

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Maioria das falhas no lay-off está “ultrapassada”, diz bastonária. Mas ainda há pedidos por despachar

Bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados adianta que maioria dos problemas nos processos de lay-off está ultrapassada, mas ainda há pedidos por processar.

Os problemas nos processos de lay-off estão “ultrapassados” na sua grande maioria, mas ainda há pedidos de empresas que estão por despachar, alertou a bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados. Em declarações à RTP 3, Paula Franco espera que até 15 de maio tudo esteja resolvido, como prometeu o primeiro-ministro.

“Na sua maioria está ultrapassado. Esta semana, na segunda-feira, ainda se verificou um enorme número de processos que foram despachados e pagos às empresas. Agora, ainda há processos por despachar, principalmente alguns que teriam ou tinham algum problema“, disse a bastonária dos contabilistas.

Ainda assim, Paula Franco tentou tranquilizar os empresários que ainda não viram o seu pagamento ser efetuado porque isso poderá significar apenas que o seu processo ainda está a ser resolvido.

De resto, a responsável lembrou a garantia deixada pelo primeiro-ministro, António Costa, de que até 15 de maio todos os processos entregues até 30 de abril vão estar despachados e os apoios correspondentes pagos.

“Vamos estando atentos a esta situação. Tudo aquilo que forem problemas e empresas que ainda não receberam, a Ordem está a articular e a receber essa informação para enviar para a Segurança Social e para se perceber se há algum problema nalgum tipo de processos”, referiu Paula Franco.

A bastonária deixou ainda um conselho aos empresários que estão agora a reabrir os seus negócios: Têm até oito dias para abrir as portas após a data decretada pelo Governo, caso contrário perdem o acesso ao regime de lay-off. Paula Franco diz que é importante que se faça um planeamento correto daquilo que poderão ser as necessidades das empresas.

“Se calhar as empresas não vão precisar de todos os trabalhadores. Alguns poderão se manter em horário reduzido ou mesmo em layoff total. Há que ter esse cuidado de não haver precipitações“, disse. “Provavelmente nem vão ter negócio para os 100% dos trabalhadores”.

O regime de lay-off foi criado pelo Governo no âmbito de um conjunto de medidas de apoio às empresas durante a crise da pandemia, permitindo uma redução total ou parcial do horário de trabalho, com o Estado a assumir uma parte do salário.

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