PAN quer impor “período de nojo” para nomeações entre Governo e Banco de Portugal

  • Lusa
  • 5 Maio 2020

A proposta do PAN prevê um período de nojo de cinco anos para quem tenha ocupado cargos na banca comercial, no Governo e nas consultoras que trabalhem com o Banco de Portugal.

O PAN quer impor um “período de nojo de cinco anos” na nomeação do governador do Banco de Portugal para quem tenha desempenhado funções no Governo, na banca ou em consultoras que tenham trabalhado com aquele regulador.

Num vídeo divulgado esta terça-feira, o porta-voz refere que o partido “apresentou hoje uma iniciativa legislativa que procura trazer mais transparência à nomeação do governador do Banco de Portugal e dos restantes membros do Conselho de Administração”.

“O PAN defende um Banco de Portugal forte, independente e credível, livre de pressões da banca comercial, de consultoras financeiras ou do poder político”, salienta o líder do PAN.

André Silva explica que o projeto de lei “propõe que se impeça que estes cargos do Banco de Portugal sejam ocupados por membros de órgãos de soberania”, prevendo “um período de nojo de cinco anos para quem tenha ocupado cargos na banca comercial, no Governo e nas consultoras que trabalhem com o Banco de Portugal”.

“Caso esta iniciativa seja aprovada, pessoas como [o ministro das Finanças e líder do Eurogrupo] Mário Centeno ou [o secretário de Estado Adjunto e das Finanças] Mourinho Félix, por muito competentes que sejam, e são, não poderão ser nomeadas para substituir Carlos Costa”, assinala André Silva, considerando que a nomeação destas personalidades “estaria pejada de conflitos de interesses”.

O líder do PAN contesta que os administradores do banco central possam ser “nomeados pelo mesmo Conselho de Ministros de que fazem parte, para liderar um conselho regulador que eles próprios nomearam, para aplicar um conjunto de diplomas que andaram a rever e para levar a cabo estudos técnicos sobre o desempenho da economia portuguesa, em que o seu papel e as suas opções como membros do Governo terão sempre de vir à colação e de ser avaliados”.

Esta realidade não é nova e relembro que um estudo recente nos diz que o Banco de Portugal é o regulador que mais pessoas vindas do setor dos regulados, da banca comercial, tem no seu Conselho de Administração e, também, um dos que mais ex-políticos e ex-governantes tem”, acrescenta André Silva.

No projeto de lei, o PAN alega que “tão importantes como a alteração das regras sobre exoneração, são as regras de nomeação do governador”, porque é “nesta fase que se assegura a plena idoneidade da personalidade escolhida e se evita a necessidade de se discutirem futuras exonerações”.

Lembrando que na anterior legislatura o Governo apresentou uma proposta de lei sobre esta questão, mas que acabou por caducar e não ser sequer debatida em comissão na Assembleia da República, o partido quer reabrir esta discussão, através de “uma alteração à Lei Orgânica do Banco de Portugal no sentido de consagrar um novo modelo de nomeação do Governador de Portugal e dos demais membros do Conselho de Administração”, que reforça os “poderes da Assembleia da República” e os “mecanismos de prevenção de conflitos de interesse”.

Neste sentido, o PAN quer que a Assembleia da República deixe de apresentar um “mero relatório descritivo” e “passe a ser necessário um parecer da Comissão de Orçamento e Finanças relativo à adequação do perfil do indivíduo às funções a desempenhar”, documento que seria publicado em Diário da República.

O partido quer que o parecer, que teria caráter vinculativo, tenha de ser aprovado “por maioria qualificada equivalente a pelo menos dois terços dos deputados em efetividade de funções” e que seja possível também a audição do ministro das Finanças.

Neste projeto de lei, o PAN propõe igualmente “o aumento das quotas de género do Conselho de Administração de 33% para 40%”, como forma de “assegurar uma maior participação das mulheres neste tipo de cargos dirigentes, uma vez que a desigualdade de género nesta matéria ainda continua a ser excessiva e tem de ser combatida urgentemente”, adiantou André Silva.

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Liberty Mutual: efeito Covid-19 nas contas assemelha-se a “catástrofe de dimensão moderada”

  • ECO Seguros
  • 5 Maio 2020

A Liberty Mutual, companhia norte-americana com presença global em seguros e resseguro, recorre a uma analogia para descrever o impacto da covid-19 no balanço preliminar do primeiro trimestre.

A Liberty Mutual Holding Company, entidade que consolida as empresas do universo Liberty Mutual Insurance, adianta estimativas sobre os efeitos da crise pandémica nos resultados do seu primeiro trimestre fiscal, cujos números serão publicados a 14 de maio.

“Numa perspetiva financeira e enquanto a pandemia ainda está a evoluir, esperamos que o impacto da COVID-19 nas nossas operações de seguros seja semelhante ao que enfrentaríamos face a uma catástrofe de dimensão moderada”, afirma David Long, presidente e CEO da companhia norte-americana, citado em comunicado da instituição.

“No nosso negócio, as áreas mais expostas a perdas de seguros relacionadas com a pandemia e a consequente recessão económica incluem seguros de crédito comercial, responsabilidade geral, indemnizações de trabalhadores e cobertura de cancelamento de eventos, entre outras”, complementa Long. Mas, para qualquer uma destas linhas de negócio as perdas seriam inesperadas, uma vez tratar-se de áreas em que uma (re)seguradora com a dimensão da Liberty Mutual esperaria ver os prejuízos diminuírem, nota a empresa.

No comunicado, a holding antecipa que “o maior impacto da COVID-19 virá através da nossa carteira de investimentos”, rubrica em que a companhia reconhece perdas realizadas (e outras ainda não realizadas), “causadas pela recente queda do mercado financeiro”. Mas a instituição espera que as eventuais perdas – cuja contabilização em balanço pode afetar os capitais próprios e normalmente só aparecem nas contas do trimestre seguinte – surjam apenas nos resultados do segundo trimestre, mas sejam compensadas nos trimestres subsequentes.

A entidade realça ainda que a sua posição de liquidez “permanece excelente”, tanto em recursos de capital quanto em disponibilidades de tesouraria.

Confiando na robustez e resiliência com que enfrenta o atual contexto de incerteza, o grupo Liberty detalha, em termos preliminares, parte do que anunciará em meados de maio, e afirma que o montante líquido de prémios, estimado em 10 mil milhões de dólares, não foi materialmente afetado pela covid-19. Mas admite que esse impacto se torne mais evidente nos trimestres seguintes, também por causa da desaceleração global da economia.

Além de estimar o volume de prémios líquidos angariado nos primeiros três meses do exercício, a companhia antecipa que, no termo do primeiro trimestre, o rácio combinado se fixou em 97%, com perspetiva de alguma deterioração neste indicador de eficiência no segundo e terceiro trimestre.

Perspetivando riscos e incertezas no horizonte, a companhia afirma que o futuro depende da duração da pandemia e dos efeitos das medidas de contenção associadas à crise. O impacto destas condições é difícil de prever, considera a companhia admitindo que a operação e o negócio segurador possam ser afetados por perturbações:

– nas operações comerciais devido às condicionantes de confinamento e do trabalho remoto que perdurem indefinidamente (colaboradores do grupo, clientes, corretores, fornecedores, etc.) ;

– nas operações resultantes de restrições de viagem e redução do consumo e de despesas com casas novas ou automóveis novos, o que poderia reduzir a procura de seguros;

aumento dos sinistros relacionados com a responsabilidade geral, interrupção de negócios, cobertura e cancelamento de eventos e,

– eventuais perturbações nos mercados financeiros que resultem na depreciação de ativos da carteira de investimento do grupo.

No entanto, caso se assista a um aumento acentuado no número de novos contágios por covid-19 num número alargado de países ou regiões, ou “prolongamento da pandemia, poderiam ter efeito económico adverso para a companhia”, termina o comunicado.

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AXA XL nomeia 11 executivos para reorganização funcional

  • ECO Seguros
  • 5 Maio 2020

Uma equipa diretiva de onze elementos vai implementar alterações no modelo de negócio e estrutura funcional na subsidiária de linhas comerciais do grupo AXA.

O grupo especialista em linhas comerciais de seguros gerais, sobretudo P&C (propriedade e danos ou bens e acidentes), constituiu a nova equipa de líderes que vão conduzir a reorganização do modelo operacional da seguradora. “O AXA XL é o resultado de aquisições e fusões e, dada a nossa dimensão atual, é o momento de otimizar a nossa estrutura visando o equilíbrio certo entre os poderes de decisão local e central, de modo a mantermos a nossa agilidade e flexibilidade”, explica a companhia francesa.

No mesmo comunicado, Scott Gunter, CEO da companhia, comenta as alterações: “Passei os meus primeiros 60 dias como CEO a analisar as prioridades e a montar a nova estrutura para servir os nossos clientes e corretores como uma organização mais ágil e simples, por forma a decidir de maneira mais rápida ao nível local, beneficiando das nossas competências e experiência globais”.

Neste contexto, a estrutura é reorganizada em três unidades de negócio regionais (Américas, Eurásia, Reino Unido e Lloyd´s Market). Cada uma destas será chefiada por um administrador executivo (CEO), que também responde pelos resultados da região e pelas equipas de direção locais. Gunter (ex vice-presidente da Chubb) é administrador executivo desde fevereiro e, enquanto CEO da AXA XL, assumirá interinamente a liderança executiva da região Eurásia, continuando a reportar a Thomas Buberl, presidente do grupo AXA.

A decisão que resulta de uma revisão estratégica ao modelo de negócio cria uma nova direção funcional internacional, responsável por toda a atividade de subscrição do grupo. A área de subscrição, unificada agora numa nova direção global, será encabeçada por um Chief Underwriter Officer (CUO). Nancy Bewlay é a nomeada para a função e irá definir a estrutura do novo departamento, em termos da governação, fixação preços, gestores das linhas comerciais e estratégia de produto

Os restantes elementos da nova equipa diretiva composta por 11 pessoas vão ocupar-se das áreas operacional, financeira, risco, direção geral de resseguro, recursos humanos e secretário-geral do grupo.

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Central sindical no Luxemburgo quer seguro covid-19 para todos trabalhadores

  • ECO Seguros
  • 5 Maio 2020

Todos os trabalhadores expostos a riscos de contágio pela covid-19 devem ter cobertura total e simplificada, reclama uma central sindical cuja implantação se estende à Bélgica e Alemanha.

A Accident Insurance Association (AAA) declarou que uma infeção por COVID-19 contraída no local de trabalho deve ser equiparada a uma doença profissional. O OGB-L, maior organização sindical do Luxemburgo e com ação alargada a outros países da Europa central, saudou a iniciativa, mas exige que a medida seja simplificada e generalizada a todos os trabalhadores, além das profissões até agora abrangidas.

De acordo com o site Contacto (canal do Luxemburger Wort em língua portuguesa), a covid-19 é uma doença infeciosa e, no Grão-Ducado, estas doenças já estão abrangidas na tabela de doenças profissionais, indicando que os tratamentos médicos da infeção e das suas sequelas são pagos na totalidade ao segurado, como lembra a OGB-L.

No entanto, explica a fonte, de acordo com a lista de doenças profissionais, a cobertura a 100% é assegurada apenas aos trabalhadores de estabelecimentos ou serviços que tratam da profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças contagiosas, ou para os casos em que o segurado está particularmente exposto a riscos similares de contágio, devido à sua atividade profissional, como acontece os trabalhadores do setor da saúde.

A central sindical defende o alargamento da cobertura total do seguro – para casos de contágio pela covid-19 no local de trabalho – a todos os trabalhadores que estejam expostos ao risco.

“A OGB-L não aceita qualquer tratamento desigual dos trabalhadores” com base na sua atividade profissional, argumenta a central sindical. “Todos os funcionários expostos a riscos semelhantes de contágio por causa da sua atividade profissional, devem ter os mesmos direitos ao nível dos seguros”, devido à particularidade de transmissão da covid-19, como por exemplo acontece com as equipas que trabalham em vendas.

O sindicato pretende manter a contestação à existência de “obstáculos” nos procedimentos a seguir pelo trabalhador infetado fora do setor da saúde, até que a AAA admita o vínculo entre a infeção e o local de trabalho.

O reconhecimento deve não só ser “simplificado como acelerado” permitindo o tratamento igual para todos os trabalhadores, reclama o sindicato.

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Swiss Re apura prejuízo de 225 milhões no 1ºT por causa da pandemia

  • ECO Seguros
  • 5 Maio 2020

A pandemia representa encargo bruto equivalente a 438,4 milhões de euros no negócio património e danos (P&C), sendo o item que mais desequilibra as contas do primeiro trimestre de 2020.

A Swiss Re contabilizou resultado líquido negativo em 225 milhões de dólares (cerca de 207 milhões de euros ao câmbio corrente) no primeiro trimestre (1ºT) de 2020, atribuindo as perdas anunciadas a reservas constituídas para responder ao impacto da crise gerada pela pandemia (covid-19). Em igual trimestre de 2019, a companhia registou lucros de 429 milhões de dólares.

Citado no comunicado, Christian Mumenthaler, CEO do grupo, refere: “A pandemia da COVID-19 tem tido um impacto profundo na sociedade, nos governos e empresas em todo o mundo (…). O negócio da Swiss Re continua resistente apesar do impacto financeiro da crise nos nossos resultados.” A companhia assume um rácio de solvência acima de 200% no termo do trimestre, confortável à luz dos requisitos para o setor.

O volume global de prémios (incluindo comissões) cresceu 7,4%, em comparação homóloga, roçando os 9,6 mil milhões de dólares (mais de 8,8 mil milhões de euros), com destaque para um aumento de 12% nos prémios de resseguro em P&C, os quais somaram 4,7 mil milhões de dólares (4,33 mil milhões de euros) e um rácio combinado de 110,8%. No entanto, excluindo o impacto dos encargos por conta da covid-19, a principal unidade de negócio da Swiss Re está em posição de terminar o exercício anual com um rácio de 97%, afiança a companhia.

Explicando os encargos que penalizaram os resultados, a Swiss Re nota que, antecipando despesas com sinistros associados à pandemia covid-19, inscreveu nas contas 253 milhões de dólares em reservas para o negócio P&C (património e danos). O restante dos 476 milhões de dólares (cerca de 438,4 milhões de euros) de encargos antecipados para o resseguro P&C foi provisionado com recurso a reservas anteriores (não utilizadas) destinadas a resseguro de catástrofes naturais.

A instituição sediada em Zurique explica ainda que o balanço trimestral também reflete perdas decorrentes de ajustamentos no valor de ações cotadas que a Swiss Re recebe pela venda ReAssure (uma subsidiária britânica do negócio Vida alienada ao Phoenix Group) e mais perdas – neste caso também por efeito da pandemia – na unidade Corporate Solutions. Esta e o negócio Life Capital (onde é contabilizada a transmissão de títulos parte da transação com a Phoenix Plc) geraram resultado negativo agregado a rondar 430 milhões de dólares (396 milhões de euros). Aliás, das quatro unidades de negócio do grupo, Life Capital e Corporate Solutions foram as únicas a verificarem quebra no valor líquido de prémios, face a igual trimestre de 2019.

O dado mais positivo do reporte trimestral, mas insuficiente para compensar as perdas das restantes unidades da Swiss Re, veio do negócio de resseguro em Vida e Saúde (L&H), o qual apresentou lucro de 299 milhões de dólares e um RoE de 15,8% (rendibilidade sobre capitais próprios), com os prémios líquidos a crescerem perto de 8%.

A atividade de investimento evidenciou retorno de 3,2% (ROI) e, em abril (1º mês do segundo trimestre), as renovações de contratos P&C já cresciam 4% (em volume), com incremento nominal de 8% nos preços e destaque para a dinâmica do mercado japonês, complementa a informação da companhia.

Perspetivando o futuro e a fechar o documento divulgado no site da companhia, Mumenthaler afirma que a crise causada pela pandemia “está longe de terminar” e terá consequências económicas e sociais de grande alcance. ”A prazo, teremos de retirar ensinamentos da situação atual e procurar soluções de parceria público-privada para garantir que sociedade lida melhor com eventos desta escala no futuro.” Esta ideia alinha com sugestões já avançadas por outros responsáveis da indústria global de seguros.

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Banqueiros ganharam menos em 2019. Receberam 3,5 milhões de euros

Cinco líderes dos maiores bancos em Portugal receberam menos no ano passado. A pressão da pandemia nas contas das instituições poderá limitar os prémios em 2020.

Os salários dos maiores banqueiros em Portugal caíram no ano passado. Entre os líderes das cinco instituições financeiras com maior expressão no país, Pablo Forero, do BPI, foi o que ganhou mais, sendo também o único que superou a fasquia do milhão de euros. Na outra ponta da lista está António Ramalho, do Novo Banco. No total, os cinco receberam quase 3,5 milhões.

Entre remuneração fixa e variável, os CEO da Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Santander Totta, Novo Banco e BPI receberam 3.428.997,51 euros no ano passado. O montante fica 10% abaixo dos 3.796.327,99 recebidos em 2018.

Pablo Forero — que se prepara para abandonar a liderança do BPI — lidera a tabela e é um dos três que viram a remuneração a aumentar. O gestor recebeu 1.028.396,00 euros em remuneração fixa, a que acrescem 88.000,00 em remuneração variável. O total fixou-se em 1.116.396,00 euros, num ano em que o BPI lucrou 328 milhões de euros.

Quem caiu do grupo de gestores que recebe mais de um milhão de euros foi Miguel Maya, CEO do BCP. Em 2018, o desbloqueio do complemento de reforma tinha feito disparar o valor recebido por Maya. Em 2019, a remuneração fixa manteve-se praticamente inalterada (em 649.999,98 euros), mas a variável — incluindo prémios e complemento de reforma — caiu (para 230.912,21 euros), colocando o total recebido nos 880.912,19 euros.

Salários recuaram 10% em 2019

Fonte: Relatórios e Contas 2018 e 2019 dos cinco bancos

Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Totta, viu o salário aumentar para 590 mil euros em 2019, face aos 564 mil euros recebidos em 2018. Desse total, 403 mil euros dizem respeito a remuneração fixa e 187 mil euros a variável.

O CEO da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, é o quarto mais bem pago. A remuneração fixa manteve-se inalterada em 423 mil euros tanto em 2019 como em 2018. Mas, no ano passado, o gestor recebeu ainda 61.652,26 euros de rendimentos variáveis, elevando o total para 484.652,32 euros.

No fim da lista está o Novo Banco, banco que teve prejuízos de 1.058,8 milhões de euros em 2019 e anunciou que iria pedir 1.037 milhões ao Fundo de Resolução. Apesar de ser o que recebe menos entre os cinco, o CEO António Ramalho ganhou mais de 357 mil euros, no ano passado, um valor que fica abaixo dos 382 mil euros recebidos em 2018.

Com a pandemia de Covid-19 a pressionar toda a economia, é expectável que as contas dos bancos sejam fortemente penalizadas. Assim, os rendimentos dos banqueiros poderão ser igualmente penalizados em 2020.

Comissão Europeia, Autoridade Bancária Europeia e Banco Central Europeu já recomendaram aos bancos europeus que limitem as remunerações da administração. Em Portugal, a Caixa Geral de Depósitos, o BPI e o Santander Totta já anunciaram que vão reter os prémios dos gestores de topo devido à pandemia, mas os valores ainda não são conhecidos.

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Santander tem um prémio para apoiar projetos de universitários para combater a pandemia

Os vencedores terão direito a um donativo financeiro, que pode chegar ao valor global de 30 mil euros, para desenvolver ou expandir os projetos.

O Santander está à procura de projetos e ideias que contribuam para responder à situação provocada pela pandemia. Lançou um prémio, destinado a jovens universitários e à comunidade académica, cujos vencedores terão direito a um donativo financeiro, que pode chegar ao valor global de 30 mil euros, para desenvolver ou expandir os projetos.

As candidaturas para o prémio Santander UNI.COVID-19, estão abertas até 8 de junho, sendo que “são elegíveis iniciativas já existentes ou novas ideias a desenvolver, desde que relacionadas com a resposta ao contexto de emergência em que vivemos”, explica o banco, em comunicado.

O apoio será distribuído por três fases, e em cada uma podem ser selecionados vários projetos, dependendo dos montantes que sejam decididos atribuir a cada um. O anúncio dos projetos vencedores será feito sucessivamente nos dias 15 de maio, 29 de maio e 18 de junho. As candidaturas submetidas e não selecionadas numa das fases continuam válidas até ao último dia.

Podem candidatar-se pessoas singulares que representem projetos com uma ligação à comunidade académica; grupos de estudantes universitários; entidades coletivas com uma ligação à comunidade académica, por exemplo Associações Académicas; mas também entidades com ou sem fins lucrativos, como startups com ligações a uma instituição de ensino superior, nomeadamente numa relação de parceria.

Para concorrer basta preencher os elementos solicitados na plataforma de Bolsas Santander. Cada candidato poderá apresentar mais do que uma candidatura, mas só uma delas poderá ser apoiada.

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Novo Banco já aprovou 1.000 milhões de crédito com garantia do Estado

Banco sublinha que 300 milhões de euros "já estão do lado das empresas". António Ramalho sublinha que foi o primeiro banco a superar a fasquia dos 1.000 milhões de créditos já aprovados.

O Novo Banco revela que atingiu esta terça-feira os 1.000 milhões de euros de linhas de crédito com garantia do Estado aprovadas, que vai permitir ajudar 2.870 empresas cujo negócio foi afetado pela crise. O banco adianta que mais de 300 milhões já estão do lado das empresas: entre montantes já desembolsados ou em processo de assinatura final pelos clientes.

No Twitter, o CEO do banco, António Ramalho, sublinha que “com muito trabalho” o Novo Banco foi o primeiro a ultrapassar esta fasquia. “É o resultado de dois meses e muitas horas de esforço no apoio a quase três mil empresas”, refere o gestor.

Em causa estão linhas de crédito para apoiar as empresas e que beneficiam de uma garantia do Estado, no valor de mais de 6.000 mil milhões de euros. Porém, têm surgido bastante críticas em relação à burocracia do processo, ao custo (juros podem superar os 3%) e à demora do dinheiro a chegar às empresas. A CIP revelou esta segunda-feira que apenas 3% das empresas que recorreram às linhas receberam o crédito.

O Novo Banco diz que mais 200 milhões de euros serão operacionalizados ainda esta semana, “sendo o restante valor aprovado operacionalizado, na sua maioria, na semana seguinte”.

Em relação à primeira linha Covid-19 disponibilizada pelo Governo, no valor de 400 milhões, o Novo Banco também tinha assumido uma posição de destaque, ficando com uma quota de 48%, e cerca de 191 milhões de euros aprovados.

Para lá das linhas com garantia estatal, o Novo Banco frisa que tem ainda disponível uma linha de 6.200 milhões de euros para o apoio à economia: 4.500 milhões estão destinados a micro, pequenas e médias empresas (PME) dos vários setores, 900 milhões a empreendimentos turísticos, 200 milhões para turismo e 600 milhões para restauração e similares.

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BCE continua “plenamente empenhado” na compra de dívida, apesar da deliberação do Tribunal Constitucional alemão

Tribunal Constitucional alemão deu três meses ao Banco Central Europeu para alterar programa de compra de dívida por considerar que este é parcialmente ilegal.

O Banco Central Europeu (BCE) está “plenamente empenhado” no programa de compra de dívida, apesar da deliberação da Justiça alemã sobre o incumprimento dos tratados europeus. Em reação à decisão, a instituição liderada por Christine Lagarde lembrou que o Tribunal de Justiça Europeu (TJE) já tinha decidido de forma contrária, em 2018.

“O Conselho de Governadores recebeu uma notificação preliminar do governador do Bundesbank e do seu departamento legal”, diz a instituição em comunicado. “O BCE registou a decisão tomada hoje [terça-feira] pelo Tribunal Constitucional Federal Alemão sobre o Programa de Compras do Setor Público (PSPP)“.

Numa decisão quase unânime (7 contra 1), os juízes de Karlsruhe consideram que a parte do programa de compra de ativos, que prevê a aquisição de dívida pública, não cumpre com os tratados europeus. Deram, por isso, três meses à autoridade monetária da Zona Euro para o corrigir ou então o Bundesbank deixará de poder participar. E terá de vender a dívida em carteira.

Apesar de não especificar se o vai ou não fazer, o BCE garante apenas empenho em relação ao caminho que está a seguir. “O Conselho de Governadores mantém-se plenamente empenho em fazer tudo o que seja necessário, dentro do seu mandato, para assegurar que a inflação sobe para níveis consistentes com o objetivo de médio prazo”, refere.

O Tribunal de Justiça Europeu decidiu, em dezembro de 2018, que o BCE está a agir em linha com o mandato de estabilidade dos preços“, acrescenta o BCE, da mesma forma que a Comissão Europeia. Também Bruxelas já tinha lembrado que a lei da União Europeia tem primazia em relação à constituição alemã.

O processo arrancou na justiça alemã em março de 2015 após queixas de duas mil pessoas. Em 2017, o Tribunal Constitucional assumiu ter dúvidas de que a compra de ativos fosse compatível com a proibição de financiamento monetário, reencaminhando a sentença para o TJE, que se pronunciou a favor do BCE.

(Notícia atualizada às 19h10)

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Hipertensos e diabéticos excluídos do regime excecional de proteção

  • Lusa
  • 5 Maio 2020

Agora, só doentes cardiovasculares, portadores de doença respiratória crónica, doentes oncológicos e portadores de insuficiência renal podem faltar ao trabalho.

Os hipertensos e diabéticos ficam excluídos do regime excecional de proteção laboral para imunodeprimidos e doentes crónicos no âmbito da pandemia de covid-19, informou esta terça-feira o Conselho de Ministros, numa retificação publicada em Diário da República.

A declaração de retificação n.º 18-C/2020 veio corrigir o Decreto-Lei n.º 20/2020 que definiu em 1 de maio o novo enquadramento para a fase de desconfinamento, após três períodos de estado de emergência. Inicialmente integrados nos grupos de risco acrescido face ao novo coronavírus, os doentes hipertensos e diabéticos já não poderão agora justificar faltas ao trabalho na situação de calamidade atualmente em vigor.

“Os imunodeprimidos e os portadores de doença crónica que, de acordo com as orientações da autoridade de saúde, devam ser considerados de risco, designadamente os doentes cardiovasculares, os portadores de doença respiratória crónica, os doentes oncológicos e os portadores de insuficiência renal, podem justificar a falta ao trabalho mediante declaração médica, desde que não possam desempenhar a sua atividade em regime de teletrabalho ou através de outras formas de prestação de atividade”, pode ler-se na declaração de retificação.

Agora, só doentes cardiovasculares, portadores de doença respiratória crónica, doentes oncológicos e portadores de insuficiência renal podem faltar ao trabalho com a apresentação de uma declaração médica que ateste a condição de saúde do trabalhador e que justifica a sua especial proteção no âmbito da pandemia.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

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Em cinco dias, 30 mil pais pediram apoio para ficarem em casa. Menos 79 mil do que em abril

Dos quase 30 mil pais que já pediram o apoio para ficar com os filhos, a grande maioria são trabalhadores por conta de outrem. A estes, estão garantidos dois terços da remuneração.

Nos primeiros cinco dias de maio, quase 30 mil trabalhadores que tiveram de ficar em casa com os filhos face ao encerramento das escolas pediram à Segurança Social o apoio excecional previsto para estes casos. Em comparação, nos primeiros cinco dias do período em que foi possível solicitar esta ajuda relativamente a março, mais de 109 mil pais apresentaram requerimentos ao Estado nesse sentido.

Face à suspensão das atividades letivas presenciais, o Governo lançou um mecanismo especial que garante dois terços da remuneração (pagos em iguais partes pelo Estado e pela patrão) aos trabalhadores por conta de outrem que faltem ao trabalho para cuidar dos filhos até aos 12 anos. Aos trabalhadores independentes é garantido um terço da base de incidência registada no primeiro trimestre do ano, com o mínimo de 438,81 euros.

No caso dos primeiros, é o empregador que deve solicitar à Segurança Social este apoio; e no caso dos segundo, são os próprios a pedir a ajuda. Em ambas as situações, o requerimento é feito através da Segurança Social Direta.

No que diz respeito às faltas dadas em março, o formulário de acesso foi disponibilizado entre 30 desse mês e 9 de abril. No primeiro dia, foram registados mais de 37 mil pedidos. E ao fim dos primeiros cinco dias desse período, o número de requerimentos já tinha ultrapassado os 109 mil. No total, entraram na Segurança Social mais de 170 mil pedidos: quase 150 mil trabalhadores por conta de outrem, cerca de 20 mil trabalhadores independentes e pouco mais de dois mil trabalhadores de serviço doméstico.

Segundo os dados disponibilizados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, em média, este apoio cobriu 14 dias de março, por trabalhador.

Em comparação, os pedidos que estão a agora a dar entrada na Segurança Social — e que dizem respeito a abril — cobrem, em média, quase 25 dias, por trabalhador. A explicar esta evolução está o facto de as escolas terem sido encerradas já a meio de março, tendo sido abril o primeiro mês em que foi possível “gozar” em plenitude esta ajuda.

Por outro lado, o ritmo de entrada destas solicitações está a ser significativamente inferior do que aquele registado anteriormente. Desde 1 de maio que é possível avançar com este pedido e desde então 29.826 trabalhadores apresentaram requerimentos nesse sentido, menos 79 mil do que o número que foi registado no mesmo período (os primeiros cinco dias do prazo) no mês anterior (os tais mais de 109 mil).

Dos quase 30 mil pedidos já entregues relativos a abril, 24.827 dizem respeito a trabalhadores por conta de outrem, 4.070 a trabalhadores independentes e 960 a trabalhadores de serviço doméstico. O prazo para pedir este apoio só termina no domingo, dia 10 de abril. De notar que, no caso dos trabalhadores por conta própria, não é possível acumular esta ajuda com aquela prevista no caso da redução da atividade.

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SIC lidera audiências há 100 dias e bate recorde com 20 anos

  • Lusa
  • 5 Maio 2020

A SIC é líder há 100 dias consecutivos, batendo um recorde próprio de há 20 anos. O grupo Impresa diz que ainda não sofreu impactos relevantes na sua atividade decorrentes do surto do vírus.

A SIC lidera as audiências há 100 dias consecutivos, batendo um recorde com 20 anos que tinha sido atingido pela própria estação, anunciou esta terça-feira o canal do grupo Impresa.

Em comunicado, a SIC refere que “venceu 122 dos 125 dias de 2020 e já leva 100 dias de vitórias consecutivas”, segundo dados da GfK/CAEM.

Aliás, “a última vez que uma estação de televisão em Portugal conseguiu um tão longo período ininterrupto de dias consecutivos de liderança foi a própria SIC, há 20 anos”, sublinha a estação do grupo Impresa.

E numa incrível coincidência de datas, uma vez que tal feito remonta a 5 de maio de 2000, exatos 20 anos sobre o dia de hoje“, aponta.

Em abril, a SIC manteve-se como “o canal mais visto da televisão portuguesa com 20,1% de ‘share’ a uma distância de 6,3 pontos percentuais para a TVI”.

A SIC diz que “é líder há 15 meses consecutivos e lidera no ano de 2020 com 20,2% de ‘share'”, acrescentando que os “10 programas mais vistos da televisão portuguesa em março e em abril foram todos na SIC”.

O resultado líquido da SIC subiu 31,5% no ano passado, face a 2018, para 15,3 milhões de euros, com o total de receitas a progredirem 6,8% para 155,2 milhões de euros. O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) subiu 35% para 27 milhões de euros.

De acordo com o relatório anual da SIC publicado esta terça-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (os dados operacionais já tinham sido divulgados em 2 de março, aquando dos resultados anuais do grupo Impresa), a estação conta consolidar os “bons resultados atingidos em 2019, com foco no crescimento do EBITDA e melhoria da margem operacional”.

“Tendo sido aprovado o Plano Estratégico para o triénio 2020-2022, a SIC e a Impresa complementarão as suas atuais atividades com o crescimento para novas plataformas, indo ao encontro de mais e novas audiências e aumentando e diversificando o seu portfolio de conteúdos”, refere o relatório.

“Até à data de aprovação das demonstrações financeiras pelo Conselho de Administração, o grupo não sofreu impactos relevantes na sua atividade decorrentes do surto do vírus covid-19 que tem vindo a propagar-se à escala mundial, e também em Portugal“, lê-se no relatório.

O grupo está a fazer “um levantamento dos potenciais impactos do vírus covid-19 na sua atividade e consequente definição de um plano de resposta, tendo em curso a implementação de um plano de contingência para assegurar o regular funcionamento das suas operações, em particular da continuidade das emissões dos diversos canais de televisão explorados”, prossegue.

Face à incerteza relativamente à pandemia, “não é possível neste momento antecipar quais os impactos financeiros que poderão vir a decorrer para o grupo”, refere, destacando “a atividade da SIC, a qual desempenha um papel particularmente importante neste tipo de situações, em que a procura de informação atualizada, rigorosa e credível ganha ainda maior preponderância”.

“O grupo Impresa monitorizará as implicações económicas” da covid-19, “e, em particular, a identificação de potenciais fontes de risco para a sua atividade”, conclui.

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