Primeiros países europeus a desconfinar sem impacto nos contágios

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

Na Europa, os primeiros países a levantar restrições continuam a registar menos casos de infeção. República Checa, Áustria, Dinamarca e Noruega, entre o 18.º e 23.º na lista de 54 países.

Os primeiros países na Europa a levantar restrições, em abril, continuam a registar menos casos de infeção, embora todos estejam entre os que foram, desde o início, menos afetados pela pandemia associada ao novo coronavírus.

República Checa, a 7 de abril, Áustria, a 14, Dinamarca, a 15, e Noruega, a 20, foram os primeiros na Europa a levantar algumas das limitações impostas para controlar a epidemia da covid-19, nuns casos reabrindo o pequeno comércio e as creches, noutros voltando a permitir a saída à rua e as deslocações.

Na primeira semana de abril, quando anunciaram o princípio do processo de desconfinamento, estes países eram dos menos atingidos na Europa, longe de Itália ou Espanha, os mais afetados.

Mais de um mês depois, os números da Organização Mundial de Saúde (OMS) relativos a 54 países do continente europeu colocam estes quatro países entre o 18.º e 23.º lugares, numa lista que começa no Estado com mais casos (Federação Russa) para o que tem menos casos (Vaticano).

Nessa lista, Portugal está em 11.º lugar.

Noruega assegura que reabertura das escolas não teve impacto

A Noruega, que decretou o lockdown a 12 de março, iniciou o desconfinamento a 20 de abril, com a reabertura das creches e de estabelecimentos como oculistas, consultórios de dentistas e psicólogos, clínicas de fisioterapia e laboratórios, e com o levantamento da proibição de deslocações a casas de férias ou de fim de semana.

Seguiram-se, a 27 de abril, a reativação das escolas primárias incluindo universidades, e a reabertura de cabeleireiros e clínicas de massagens e tratamentos dermatológicos.

Outras etapas sucederam-se, a mais recente das quais, anunciada hoje, de reabertura das fronteiras para outros cidadãos europeus que tenham residência ou familiares no país e para trabalhadores sazonais.

Não notámos, até agora, que a reabertura das escolas e creches tenha tido um efeito negativo na situação epidemiológica”, afirmou na segunda-feira um responsável do Instituto de Saúde Pública norueguês, Frode Forland, acrescentando que o mesmo é válido para a retoma de atividade de cabeleireiros e outros estabelecimentos.

“Se o alívio das medidas tivesse um efeito negativo, já o devíamos ter começado a ver, sob a forma de um aumento do número de infeções”, acrescentou.

A reabertura das escolas para as crianças mais pequenas foi contestada por muitos pais. Uma página no Facebook intitulada “O meu filho não deve ser uma cobaia para a covid-19” chegou aos 27.000 membros.

As escolas básicas, para alunos a partir dos 10 anos, e secundárias, reabrem esta semana.

A 7 de abril, quando foi anunciada a primeira fase de desconfinamento, a Noruega registava, segundo números oficiais, 5.863 casos e 69 mortes.

A 12 de maio, segundo números da OMS, o país tinha 8.106 casos e 224 mortes.

Nos 35 dias que separam as duas datas, foram notificadas pouco mais de 2.200 infeções (64 por dia em média) e 155 mortes (4 por dia em média).

A Noruega, que não integra a União Europeia (UE), tem uma população de 5,4 milhões.

Áustria declara superada com êxito 1.ª fase do alivio de restrições

A Áustria, que foi o primeiro país da Europa a anunciar o levantamento de restrições, começou por autorizar a reabertura das pequenas lojas a partir de 14 de abril e decretou o fim do confinamento a 1 de maio, data a partir da qual puderam também reabrir os estabelecimentos comerciais maiores.

Os alunos começaram a regressar às escolas a 4 de maio, em três etapas definidas por idades, começando pelos alunos do secundário ou cursos técnico-profissionais com exames finais.

Quatro semanas depois das primeiras medidas de alívio, o ministro da Saúde austríaco, Rudolf Anschober, declarou superada com êxito a primeira fase do processo de desconfinamento.

“A primeira etapa foi muito bem gerida”, declarou o ministro a 5 de maio.

“A situação é muito estável, tomámos as decisões certas no momento certo”, assegurou, acrescentando que o impacto da segunda fase, iniciada na véspera, será avaliado em meados de maio: “Se lá chegarmos sem um forte aumento [de casos] e os números continuarem estáveis, então teremos dado um grande passo em frente”.

O país prepara-se para reduzir os controlos na fronteira com a Alemanha, fechada desde meados de março, já a partir de sexta-feira, reabrindo-a totalmente a 15 de junho, e está a negociar acordos bilaterais no mesmo sentido com os restantes países vizinhos.

A 6 de abril, quando anunciou as primeiras medidas de alívio, a Áustria registava 12.058 casos de infeção e 204 mortes.

A 12 de maio, segundo a OMS, o país registava 15.874 casos e 620 mortes.

Entre as duas datas, foram registadas 3.816 novas infeções (uma média de cerca de 100 por dia) e mais 416 mortes (11,5 por dia em média).

A Áustria tem 8,8 milhões de habitantes.

Dinamarca diz ter a pandemia controlada e afasta 2.º surto

A Dinamarca foi o primeiro país europeu a reabrir as creches e escolas pré-primárias e primárias, a 15 de abril, a que se seguiram, a 10 de maio, os níveis de ensino seguintes.

Cabeleireiros, estúdios de tatuagem, escolas de condução, oculistas, dentistas, psicólogos, clínicas de fisioterapia e laboratórios de investigação foram autorizados a reabrir a 19 de abril e, a 27 de abril, os tribunais e serviços públicos relacionados com o apoio às famílias e a adoção.

“Conseguimos controlar o contágio de coronavírus graças a um esforço coletivo consistente”, afirmou hoje a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, apontando “motivos fundamentados para otimismo”.

E, com uma taxa de reprodução do vírus (R) de 0,7, o diretor do Instituto Nacional de Saúde da Dinamarca, Kare Molbak, afasta a possibilidade de uma segunda vaga de infeções: “Se o vírus estivesse descontrolado e não fizéssemos nada, era possível uma segunda vaga, mas aprendemos muito com a doença e temos capacidade para testar e para isolar os expostos ao contágio”.

Quando anunciou o princípio do plano de desconfinamento, a 6 de abril, a Dinamarca registava 4.875 casos e 187 mortes, segundo números oficiais.

Hoje, passados 36 dias, o país regista 10.789 casos e 527 mortes, também segundo números oficiais.

Entre as duas datas, registaram-se 5.914 novas infeções (em média 164 por dia) e 340 novas mortes (nove por dia em média).

A Dinamarca tem 5,7 milhões de habitantes.

República Checa alivia uso obrigatório de máscara

A República Checa, que a 24 de abril se tornou o primeiro país europeu a voltar a autorizar todas as viagens ao estrangeiro, inclusivamente para férias, teve como primeira medida de alívio de restrições o levantamento da obrigatoriedade de uso de máscara para os praticantes de ciclismo, corrida ou outras atividades desportivas ao ar livre, a 7 de abril.

Também desde o final de abril, o país autorizou os cidadãos a voltar a sair à rua e a deslocar-se dentro do território nacional, mantendo embora a obrigação de uso de máscara, o distanciamento social e a proibição de reuniões de mais de 10 pessoas.

A partir de 25 de maio, anunciou na segunda-feira o ministro da Saúde checo, Adam Vojtech, o uso de máscara passa a ser obrigatório apenas dentro de edifícios, transportes públicos e outros espaços fechados.

Nos espaços ao ar livre, onde desde 19 de março era forçoso usar máscara, a proteção passa a só ter de ser usada se duas ou mais pessoas que não residam na mesma casa estiverem a uma distância entre elas inferior a dois metros.

“Podemos permitir-nos isso”, disse o ministro, apontando que o número diário de novas infeções está bem abaixo das 100 há dez dias consecutivos e o de mortes abaixo das 10 por dia desde 13 de abril, com apenas três de domingo para segunda-feira.

A 6 de abril, quando anunciou a primeira medida, a República Checa registava 4.735 casos de infeção, 78 dos quais mortais.

Trinta e cinco dias depois, o país registava na segunda-feira 8.176 casos e 282 mortes.

Nesse período, os casos de infeção aumentaram 3.441 (98,3 em média por dia) e as mortes 204 (5,8 em média por dia).

A República Checa tem uma população de 10,65 milhões.

Surgido em dezembro na China, o vírus SARS-CoV-2 infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios e fez 290 mil mortos.

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Centros comerciais pedem medidas iguais ao comércio. Defendem abertura a 18 de maio

Os centros comerciais defendem que as medidas aplicadas ao comércio também deviam ser aplicadas aos lojistas dos shoppings já a 18 de maio.

Os centros comerciais dizem estar prontos para abrir a 18 de maio, tal como está previsto para o comércio e restauração. A associação que representa o setor defende que deviam ser aplicadas aos lojistas as mesmas medidas que estão definidas para o comércio e que uma abertura mais tardia — definida pelo Governo a 1 de junho — só vai prejudicar a economia.

As medidas definidas pelo Governo para a reabertura do comércio — nomeadamente comércio não alimentar e restauração — “devem aplicar-se também a todos os lojistas dos centros comerciais já a 18 de maio, tal como aconteceu na fase 1 do plano de desconfinamento”, defende a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC).

Citado em comunicado, o presidente da associação afirma que os centros comerciais são responsáveis por mais de 100 mil postos de trabalho no país e que “podem dar um contributo fundamental para a retoma da economia”. Assim, António Sampaio de Mattos defende que é “essencial o regresso [dos shoppings] ao normal funcionamento o mais brevemente possível”.

“Ora, sendo estes espaços supervisionados em permanência por equipas especializadas para garantir o cumprimento das normas de segurança, higienização, controlo da lotação e distanciamento social, consideramos que existe fundamento para os lojistas serem autorizados a abrir também quando as mesmas atividades fora dos centros comerciais vão retomar o seu funcionamento já no início da próxima semana“, continua o responsável.

Mas, enquanto as orientações do Governo se mantiveram, a APCC criou um guia com medidas para os centros comerciais, que inclui distância de segurança, lotação máxima, regras de higienização, tempo máximo de permanência e uso obrigatório de equipamentos de proteção.

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Resolução desastrosa? Estudo destaca “caso bem-sucedido” da intervenção no BES

  • ECO
  • 13 Maio 2020

Um estudo de três economistas, entre eles um atual membro do BCE, destacou o caso bem-sucedido da resolução do BES numa análise a regimes de resolução bancária em vários países.

Mário Centeno classificou esta quarta-feira a medida de resolução aplicada ao BES, em 2014, como “a mais desastrosa resolução bancária alguma vez feita na Europa”. Mas um estudo divulgado esta semana, da autoria de três economistas, incluindo de uma atual responsável do Banco Central Europeu (BCE), destacou o caso da intervenção no banco português como um dos exemplos “bem-sucedidos” de resoluções bancárias.

“Avaliações de recentes resoluções bancárias na Europa apontaram casos bem-sucedidos, como a resolução do Banco de Espírito Santo”, indica o artigo Bank Resolution Regimes and Systemic Risk, da autoria Thorsten Beck (Cass Bussiness School, Reino Unido), Deyan Radev (Universidade de Sofia, Bulgária) e Isabel Schnabel (Universidade de Bona, na Alemanha, e membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu), que analisou regimes de resolução bancária em vários países.

O estudo, publicado na terça-feira no portal Vox, refere que uma intervenção atempada e a amortização dos direitos dos acionistas e obrigacionistas ajuda não só a minimizar os danos de falência de bancos para o resto do sistema financeiro e para a economia real, como também reduz os incentivos para os bancos assumirem comportamentos de risco mais agressivos e os quais podem resultar em falências.

Também se concluiu que ter uma autoridade de resolução “parece ser um fator mitigador do risco sistémico durante choques negativos no sistema”.

Os autores olharam para a resolução do BES em 2014 e também outros dois casos — das perdas na bolsa do Société Générale em 2008 e ainda os prejuízos do Deutsche Bank em 2016 — para concluir que não houve “efeitos exacerbados” para o sistema.

O BES foi alvo de uma medida de resolução em agosto de 2014, dando origem ao Novo Banco que recebeu logo na altura uma injeção de 4,9 mil milhões. Entretanto, depois de acordada a venda aos americanos do Lone Star, em 2017, foi criado um mecanismo de capital contingente que tem obrigado o Estado a emprestar dinheiro ao Fundo de Resolução para este injetar no banco, a fim de cobrir as perdas com um conjunto de ativos herdados do BES.

Esta garantia pública tem o valor de 3,89 mil milhões de euros e em três anos o Novo Banco já pediu quase três mil milhões.

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L’Oréal destina 150 milhões de euros à proteção social e ambiental

O programa “L'Oréal Para o Futuro” vai destinar 150 milhões de euros para apoiar mulheres vulneráveis a combater as consequências da pandemia e, ainda, investir em projetos de impacto ambiental.

Para ajudar a combater as consequências da pandemia, a L’Oréal criou o programa “L’Oréal Para o Futuro”, que inclui fundos de 150 milhões de euros para apoiar mulheres vulneráveis e ajudar a proteger o ambiente.

Para o ambiente, o grupo vai destinar 100 milhões de euros a investimentos de impacto ambiental, com o objetivo de contribuir para a regeneração de ecossistemas naturais danificados e a esforços para prevenir alterações climáticas. O Fundo L’Oréal para a Regeneração da Natureza visa restaurar um milhão de hectares de ecossistemas degradados, capturar 15 a 20 milhões de toneladas de CO2 e criar centenas de oportunidades de emprego até 2030.

“É essencial não dar passos atrás no que toca à transformação sustentável que o mundo precisa. Desejamos, portanto, reafirmar o nosso compromisso para com o meio ambiente e preservação da biodiversidade, enquanto ajudamos a mitigar a crise social das mulheres. Estas duas causas refletem os valores e o compromisso histórico da L’Oréal”, sublinha Jean-Paul Agon, CEO do grupo.

A crise do Covid-19 não poupa ninguém, mas também exacerba desigualdades existentes, com efeitos particularmente devastadores sobre as pessoas já desfavorecidas social ou economicamente ou vítimas de abuso, especialmente mulheres.

Alexandra Palt

Diretora de responsabilidade corporativa da L'Oréal.

Para ajudar as mulheres em dificuldades, que em muitos casos são as primeiras vítimas da crise, a L’Oréal criou um fundo de 50 milhões de euros. Este montante servirá para apoiar organizações e instituições de caridade locais nos seus esforços para combater a pobreza, ajudar as mulheres a integrar o mercado de trabalho, disponibilizar assistência de emergência a refugiadas e mulheres com deficiência, prevenir a violência contra as mulheres e apoiar as vítimas.

“A crise do Covid-19 não poupa ninguém, mas também exacerba desigualdades existentes, com efeitos particularmente devastadores sobre as pessoas já desfavorecidas social ou economicamente ou vítimas de abuso, especialmente mulheres“, sublinha Alexandra Palt, diretora de responsabilidade corporativa da L’Oréal.

Devido à pandemia, a L’Oréal decidiu renunciar ao aumento planeado de 10,4% dos dividendos e o CEO Jean-Paul Agon renunciou parte do seu salário variável, relativo a objetivos financeiros, ou seja, menos 30% da quantia máxima salarial anual 2020.

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Sete em cada 10 startups reduziram custos devido a Covid

Mais de 36% das startups inquiridas referem temer pela continuidade do projeto, em consequência do coronavírus.

Dois meses depois do início da pandemia de coronavírus em Portugal, o ecossistema nacional de startups está mais otimista, referem as conclusões do estudo “O Ecossistema de Empreendedorismo Português e o Covid-19 – Análise do Impacto” feito pela Aliados Consulting e pela FES Agency. No entanto, mais de três em cada dez startups afirmam que estão preocupadas com um possível encerramento do seu projeto em consequência da pandemia (36,1%).

De acordo com os resultados do inquérito, 67,2% das startups inquiridas teve de reduzir custos, a maioria em serviços contratados e marketing, e mais de metade (59%) está a sofrer impactos negativos decorrentes da pandemia, sendo que 32,4% regista perdas de vendas superiores a 60%. Mais de nove em cada dez inquiridas (90,2%) não teve, por enquanto, de despedir trabalhadores em resposta às quebras de vendas. Apenas 1,6% das startups que participaram no estudo tiveram de despediu entre 21% a 40% da equipa. Em contrapartida, mais de 44% das startups quer continuar a contratar, especialmente pessoas com perfis tecnológicos (67,9%).

O cenário é, contudo, mais otimista do que há dois meses, adiantam as conclusões do estudo já que, nessa altura, 44,9% das startups referia registar perdas nas vendas superiores a 60%.

O primeiro estudo do género foi lançado em março e referia que sete em cada 10 startups já sofria com os efeitos da pandemia nessa altura. Agora, o estudo refere que há mais startups — das áreas da saúde e da educação — que referem estar a ser positivamente impactadas pelo Covid-19 (13,1%). Mais de metade dos inquiridos acredita ainda que a situação das vendas evolua de forma positiva nas próximas semanas (em comparação com os 60,3% que acreditava, em março, que a situação pioraria).

Ainda assim, referem os resultados, quase metade das startups (49,2%) tem apenas até seis meses de capital disponível pelo que o prolongar da situação decorrente da pandemia pode “ameaçar seriamente a sua sobrevivência”.

Capital disponível mas mais cauteloso

Das startups que participaram no estudo, 60,7% refere não estar a levantar capital de risco e mais de 72% está, de momento, à procura de alternativas de financiamento para financiar a empresa, seja através de projetos como Portugal 2020 ou setor bancário. Nesta matéria, o Ministério da Economia anunciou um conjunto de cinco novas medidas e o reforço de outras duas — no valor de 25 milhões de euros — para ajudar diretamente o ecossistema de startups nacional que, em 2018, representou 1,1% do PIB nacional. Entre as medidas mais “populares” entre as startups está o lay-off simplificado, do qual usufruíram 11,5% das startups que participaram neste estudo.

Em conversa com o ECO, os investidores portugueses de capital de risco referem que a existência de capital para investir se mantém mas admitem que os processos que resultam em rondas podem diversificar áreas de negócio e demorar mais do que é habitual, em resultado da crise pandémica.

Neste estudo, realizado entre 27 de abril e 6 de maio, participaram 61 CEO e fundadores de startups com escritórios em Portugal, das quais 67,2% do Porto, 16,4% de Lisboa, 14,8% de Braga e 1,6% de Coimbra e que, na sua maioria, contam com equipas de entre 1 a 10 trabalhadores.

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Merkel diz que Tribunal Constitucional levantou “questões” sobre poderes cedidos à UE

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

Decisão do Tribunal Constitucional alemão sobre o programa de compra de dívida pública do BCE levanta “questões” sobre os poderes cedidos pelos Estados da União Europeia, disse a chanceler alemã.

A decisão do Tribunal Constitucional alemão sobre o programa de compra de dívida pública do Banco Central Europeu (BCE) levanta “questões” sobre os poderes cedidos pelos Estados da União Europeia (UE), disse esta quarta-feira a chanceler Angela Merkel.

Há questões que podem ser levantadas por essa decisão”, disse Angela Merkel, pedindo a manutenção de uma “política de orientação clara” que, defendeu, deve ser a manutenção de uma “moeda forte e comum, o euro”.

Na decisão que tomou na semana passada, o Tribunal Constitucional alemão considerou que o programa de compra de dívida pública do BCE é legal, mas solicitou à entidade que esclareça a proporcionalidade das suas medidas de política monetária.

Também ordenou que o Bundesbank (banco central alemão) parasse de comprar dívida em três meses se o BCE não justificasse a proporcionalidade das compras.

No fim de semana passado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ameaçou adotar sanções contra a Alemanha por essa sentença, eventualmente abrindo um processo de infração.

Nas declarações hoje feitas no parlamento, Merkel defendeu que as autoridades alemãs têm de “respeitar” a decisão do Tribunal Constitucional e “devem aproveitar para diminuir os conflitos no país em vez de os aumentar”.

A chanceler alemã também desvalorizou as palavras de Von der Leyen, afirmando que “a presidente da CE, no exercício das suas responsabilidades”, levanta questões, e que “isso é normal”.

“As dúvidas (que tenha) serão respondidas pelo Governo federal da melhor maneira e com total responsabilidade da República Federal da Alemanha”, disse a chanceler.

Merkel também se pronunciou sobre a possibilidade de os tratados da UE poderem ser sujeitos a modificações, lembrando que isso “não é um tabu”.

“As mudanças nos tratados são sempre atos conscientes dos Estados nacionais”, referiu.

“Daremos a nossa contribuição para que o euro continue forte”, sublinhou Merkel, que também considerou que “quanto mais forte for a resposta europeia” em relação ao impacto económico do coronavírus” que causa a doença covid-19, mais confiante estará o BCE”.

No seu discurso no Bundestag, a chanceler mencionou ainda o antigo presidente da Comissão Europeia, o francês Jacques Delors, usando uma das suas ideias.

“Tem de haver uma união política, uma união monetária não é suficiente. Demos alguns passos em frente, mas não são suficientes”, disse.

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KuantoKusta dispara crescimento e quer contratar mais 50 pessoas

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

O comparador online de preços KuantoKusta quer reforçar a equipa com mais 50 trabalhadores e contratar 20 até ao final do ano para responder ao aumento da procura, devido à pandemia.

O comparador online de preços KuantoKusta quer reforçar a equipa com mais 50 pessoas, para integrar os projetos que prevê desenvolver no setor do retalho e comparação de serviços. Até ao final do ano, a empresa quer recrutar pelo menos 20 pessoas. Até 2025, a empresa prevê quintuplicar a faturação para 25 milhões de euros, foi esta quarta-feira anunciado.

“Temos vários projetos em carteira que envolvem o setor do retalho, comparação de serviços e a contratação de 50 colaboradores para esse fim, sendo que 20 serão contratados até final deste ano”, adianta o presidente do KuantoKusta, Paulo Pimenta, citado num comunicado.

O portal diz ter registado um crescimento homólogo “sem precedentes”, de 130%, nas visitas, atribuído ao aumento do e-commerce na sequência do confinamento imposto pela pandemia de Covid-19, tendo atingido só em abril um total de 6,5 milhões de visitas, o que fez deste “o melhor mês da história da empresa”.

Nos próximos meses, a empresa quer “continuar a reforçar a colaboração com as transportadoras nacionais para melhorar as entregas do seu marketplace, com o intuito de entregar mais depressa, no momento escolhido pelo consumidor – incluindo sábados – e com um seguimento em tempo real, e tornar as devoluções mais cómodas, outro grande desafio”, refere em comunicado.

A KuantoKusta espera acabar o ano com uma equipa de 70 colaboradores e chegar aos 65 milhões de visitas. A empresa começou a atividade em 2005, com 10 lojas, e atualmente integra 800 lojas na sua plataforma, o que permite a comparação de preços de mais de dois milhões de produtos.

*Notícia corrigida às 18h18. A empresa quer contratar, pelo menos, 20 colaboradores até ao final do ano.

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CFP diz que Programa de Estabilidade não cumpre os mínimos. “Seria de esperar uma projeção para 2020”

O Conselho das Finanças Públicas critica o Governo pela sua opção de apresentar um Programa de Estabilidade sem previsões. É uma "lacuna importante" de transparência orçamental.

Ao contrário do habitual, o Programa de Estabilidade deste ano que foi entregue à Assembleia da República não foi acompanhado por um parecer do Conselho das Finanças Públicas (CFP). Essa avaliação chegou esta quarta-feira sem números nem análises, mas com várias críticas ao Governo. Para o CFP, este documento não cumpre os mínimos definidos pela Comissão Europeia e devia ter, pelo menos, previsões para 2020.

“O documento apresentado a 7 de maio de 2020 pelo Governo não apresenta os elementos informativos mínimos para que possa ser considerado um verdadeiro Programa de Estabilidade“, vaticina logo o comunicado da entidade liderada por Nazaré Costa Cabral divulgado esta quarta-feira, assinalando que o documento entregue pelo Governo não cumpre nem a legislação nacional nem as orientações dadas pela Comissão Europeia para a simplificação do Programa de Estabilidade na sequência da pandemia.

O CFP compreende que “a ausência de informação fidedigna em tempo real sobre a economia e as finanças públicas portuguesas nestas circunstâncias dificultam a elaboração de previsões rigorosas”, mas considera que é exatamente nestes períodos em que previsões oficiais “não enviesadas” são mais úteis. Contudo, o Programa de Estabilidade “fica bastante aquém desse conteúdo mínimo de informação”.

A entidade que monitoriza as finanças públicas diz que “seria de esperar uma projeção pelo menos para o ano de 2020, alicerçada em algumas hipóteses sobre a evolução epidemiológica e sobre a evolução externa”. Na opinião do Conselho das Finanças Pùblicas, que também é partilhada na questão da falta de transparência orçamental pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), “torna-se preferível a perspetivação, mesmo que se venha a revelar imprecisa, do que a sua ausência”.

Segundo o CFP, faltam três informações “cruciais”: as previsões macroeconómicas; a previsão para o saldo orçamental e dívida pública; e a quantificação do impacto orçamental direto das medidas adotadas em resposta à pandemia de COVID-19 para o conjunto do ano de 2020. “Não incluindo o documento em apreço um cenário macroeconómico, o Conselho das Finanças Públicas não teve ocasião de fazer nem a sua habitual apreciação prévia das previsões macroeconómicas nem das projeções orçamentais”, justifica o CFP.

O Governo tem dito pela voz do ministro das Finanças que a atual situação não permite fazer, neste momento, previsões sérias, tendo Mário Centeno dito esta manhã no Parlamento que fazer previsões seria “especulativo”. Até agora, instituições como a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional, o Banco de Portugal e o Banco Central Europeu já divulgaram previsões, tendo, em alguns casos, apresentado diversos cenários. Foi essa a opção de alguns Estados-membros quando entregaram o Programa de Estabilidade, sendo Portugal o único (à exceção da Eslováquia que ainda não entregou) que não tem previsões.

Para o CFP “a ausência deste conjunto mínimo de elementos informativos constitui uma lacuna importante no plano da transparência orçamental, com eventuais consequências na confiança dos agentes económicos, uma das dimensões mais relevantes da atual crise e, em termos mais gerais, na capacidade de escrutínio público das medidas e das políticas que têm vindo a ser adotadas neste contexto tão adverso”.

Mas a crítica do Conselho não se fica pela ausência de previsões macroeconómicas e orçamentais, chegando também à quantificação do impacto orçamental das medidas relacionadas com a pandemia: “Apenas se apresentam quantificações de medidas relacionadas com a Covid-19, quantificação essa que se faz numa base per diem (ou, em rigor, per mensem)”. “Como a despesa anual vai depender da duração e alcance diferenciado ao longo do tempo destas medidas, a informação resultante é escassa e excessivamente preliminar“, diz, afirmando que a quantificação deveria ser anual.

Dito isto, o Conselho pede ao Governo, à semelhança da UTAO, que disponibilize mais informação “no mais curto espaço de tempo, de modo a que os agentes económicos possam formar as suas expectativas e adequar as suas estratégias no sentido de se obter uma recuperação da economia e da coesão social tão rápida quanto possível”.

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Primeiro-ministro lança recandidatura de Marcelo

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

Depois de António Costa afirmar que espera voltar à fabrica da Autoeuropa com Marcelo no próximo ano, o Presidente da República respondeu: "Cá estaremos todos!".

O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que espera voltar com Marcelo Rebelo de Sousa à fábrica da Autoeuropa, em Palmela, após a reeleição do atual Presidente da República, logo no primeiro ano do seu novo mandato, em 2021.

António Costa fez esta alusão à eventual recandidatura do chefe de Estado no final de uma visita de hora e meia à Autoeuropa, tendo o chefe de Estado ao seu lado, assim como o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira. Segundo o primeiro-ministro, em relação à Autoeuropa, “estabeleceu-se uma nova tradição de que o Presidente da República e o primeiro-ministro visitam-na em conjunto”.

“Foi assim em 2016, no primeiro ano de mandato do Presidente da República, e foi agora no último ano do seu atual mandato. Tenho uma boa data simbólica a propor para fazermos uma terceira visita em conjunto e para partilharmos uma refeição com os colaboradores da Autoeuropa: a terceira data é no primeiro ano do próximo mandato do senhor Presidente da República“, declarou António Costa.

Depois, numa nota de humor, o primeiro-ministro referiu que, ao longo daquela visita à Autoeuropa, o Presidente da República experimentara um pastel de bacalhau e ele não. “Eu fiquei com vontade de experimentar o pastel de bacalhau. Espero que, para o ano, possamos partilhar uma refeição completa“, insistiu António Costa.

Já após o chefe de Estado ter feito uma breve intervenção, o primeiro-ministro voltou a aproximar-se do microfone que fora instalado pela Autoeuropa para os discursos, deixando então mais uma referência sobre a eventual recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições presidenciais de janeiro de 2021. “Como é sabido, sendo eu um otimista, não tenho a menor dúvida do que se seguirá no próximo ano”, afirmou o primeiro-ministro.

Na sua intervenção, António Costa observou que visitou com o Presidente da República a Autoeuropa no dia 9 de dezembro de 2016, quando se assinalavam os 25 anos desta fábrica alemã. “Foi um momento muito importante para a nossa economia, numa altura em que o país estava a recuperar de uma crise económica e onde o sinal de confiança da Autoeuropa, anunciando que se preparava para lançar um novo modelo, foi muito importante”.

“Hoje, eu o Presidente das República regressámos num momento também muito difícil e em que foi possível verificar que, numa grande unidade industrial como esta (cerca de 2300 pessoas a trabalhar em cada turno), é possível regressarmos ao trabalho em segurança, apesar de continuarmos a viver no quadro de uma pandemia“, continuou o primeiro-ministro.

De acordo com António Costa, perante a covid-19, as condições de trabalho exigem agora o uso de máscara, distanciamento social e acesso a constantes produtos de desinfeção. “Mas é muito importante este sinal de confiança de que é possível regressar ao trabalho em segurança. Quero felicitar a Autoeuropa”, declarou o líder do executivo, tendo perto de si o diretor-geral da fábrica, Miguel Sanches.

Depois das declarações de António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou: “Cá estaremos todos”. “Nós vamos ultrapassar esta pandemia e os efeitos económicos e sociais este ano, no ano que vem, nos anos próximos. E eu cá estarei, e cá estaremos todos, porque isto é um espírito de equipa que se formou e que nada vai quebrar. Cá estaremos este ano e nos próximos anos a construir um Portugal melhor“, declarou.

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Decathlon encerra loja online. Quer despachar encomendas “em atraso”

A marca desportiva Decathlon decidiu encerrar a loja online para se focar em despachar encomendas que estão "em atraso". Com ginásios fechados, vírus resultou num "aumento extraordinário" da procura.

A cadeia de artigos desportivos Decathlon decidiu encerrar “temporariamente” a sua loja online em plena pandemia. A empresa explica que tomou a decisão para se poder focar nas encomendas que “estão em atraso” em resultado do impacto do Covid-19.

“Devido ao elevado número de encomendas, neste período excecional e inesperado, estamos a dar prioridade máxima e exclusiva às encomendas que, infelizmente, estão em atraso. Por este motivo, as compras online estão temporariamente indisponíveis”, avisou a Decathlon numa mensagem no seu portal na manhã desta quarta-feira.

No site da Decathlon surgiu ainda a indicação de que, apesar do encerramento da loja online, os clientes podem “continuar a recolher ou comprar” à porta dos estabelecimentos. “Fica disponível apenas o serviço de recolha em loja. Pode também comprar à porta da sua loja”, acrescentou a marca, que prometeu tentar resolver a situação com a maior rapidez possível.

Decathlon encerra loja online para despachar encomendas “em atraso”.Decathlon

Entretanto, já depois da publicação desta notícia, a loja online da Decathlon voltou a ficar disponível. O site apresenta agora outra indicação: “Tendo em conta a situação extraordinária que estamos a viver, alargámos o prazo médio de entrega para sete dias úteis. Estamos a fazer tudo para voltar a entregar em 24 horas”, lê-se no portal.

Procura registou “aumento extraordinário”

No atual contexto de pandemia, em que uma parcela significativa da população portuguesa está confinada ao respetivo domicílio para prevenir o contágio pelo novo coronavírus, os artigos desportivos têm sido alvo de forte procura. Os ginásios estão fechados e a prática desportiva cingiu-se às atividades que podem ser feitas dentro das quatro paredes de casa.

Contactada no sentido de esclarecer se o encerramento se deveu a um aumento da procura ou a outras dificuldades logísticas, a marca confirmou estar, efetivamente, a assistir a um momento de maior procura pelos artigos vendidos através da loja virtual. Porém, não deu mais detalhes quanto à dimensão desse aumento.

“O excecional período que vivemos e a importância da manutenção da prática desportiva, e consequente adaptação à nova realidade, levou a um aumento extraordinário da procura online”, indica fonte oficial da empresa. Face a isto, com o surgimento da pandemia, a marca explica que decidiu manter ativa a operação com a venda online, por considerar que é “importante o acesso a material desportivo, até como forma de contribuir para o bem-estar físico e psicológico de quem está a cumprir recomendações de confinamento”.

Mas a procura pelos artigos pela internet foi tal que a empresa tem vindo a aplicar um travão, de forma a garantir que continua apta a dar resposta: “Tivemos recentemente que tomar esta decisão para garantir a satisfação e expectativa dos nossos clientes”, confessa fonte oficial da Decathlon.

“A nossa loja online esteve efetivamente indisponível durante algumas horas [esta quarta-feira], de forma a que a operação logística conseguisse dar a melhor resposta às encomendas pendentes”, continua. Questionada sobre o facto de a loja online também ter estado indisponível na terça-feira, a mesma fonte acrescentou, noutra resposta, que a situação se “verificou nos últimos dias por alguns períodos de tempo”.

(Notícia atualizada às 22h54 com mais informação cedida pela Decathlon)

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PS quer BdP a bloquear prémios de gestão no Novo Banco

Horas depois de Mário Centeno ter estado na Comissão de Orçamento e Finanças a falar sobre o Novo Banco, as transferências do Fundo de Resolução e os bónus aos gestores vão a debate no plenário.

O Novo Banco continua na ordem do dia na Assembleia da República. Horas depois de o ministro das Finanças, Mário Centeno, ter estado a falar sobre a transferência de dinheiro do Fundo de Resolução para o banco, o tema volta à agenda política num debate no plenário durante a tarde desta quarta-feira.

Os deputados deverão colocar questões ao Governo sobre a alegada “falha de comunicação” entre Centeno e o primeiro-ministro, agora que o Presidente da República também mostrou desconforto com a realização da transferência para o Novo Banco antes de concluída uma auditoria, mas também sobre o pedido que o ministro das Finanças fez à administração de António Ramalho para que recue na decisão de pagar prémios aos gestores.

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OPEP revê em alta colapso da procura mundial de petróleo

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

OPEP previu um colapso ainda maior da procura mundial de petróleo este ano devido ao Covid-19.

A OPEP previu esta quarta-feira um colapso ainda maior da procura mundial de petróleo provocado pela pandemia de Covid-19 em 2020, ao aumentar a queda da procura para 9,1%, contra 6,87% há um mês, foi anunciado.

O mundo, em grande parte paralisado para travar a expansão de Covid-19, consumirá em média 90,59 milhões de barris por dia este ano, menos 9,07 milhões de barris por dia do que os quase 100 milhões de barris consumidos em 2019, estima a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) no relatório mensal sobre o mercado petrolífero, publicado esta quarta-feira.

Ainda mais pronunciada, com um decréscimo de 17,26%, é a queda homóloga neste segundo trimestre do ano, quando o consumo deverá atingir 81,30 milhões de barris por dia, ou seja, inferior em 17 milhões de barris por dia, contra 98,56 milhões de barris por dia no mesmo período de 2019 e menos 5,4 milhões de barris por dia do que o previsto no relatório anterior.

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