Portugal em risco de repetir super incêndios da Austrália, diz relatório

São "incêndios muito perigosos para a população e impossíveis de apagar, com um comportamento explosivo e extremo, que se propagam a grande velocidade". Provocam "verdadeiras tempestades de fogo".

São conhecidos como super incêndios, ou incêndios de sexta geração, e Portugal é um dos países do mundo com maior vulnerabilidade a este tipo de evento climáticos extremos de alta intensidade, conclui o relatório “Um Planeta em Chamas”, divulgado esta quinta-feira pela A Associação Natureza Portugal, em associação com a WWF (ANP|WWF) e a WWF Espanha.

São exemplos de super incêncios aqueles os que assolaram a Austrália entre setembro de 2019 e o início de 2020 e resultaram em 107.000 km2 de área ardida e mataram 29 pessoas no país. Diz o relatório que são “incêndios muito perigosos para a população e impossíveis de apagar, com um comportamento explosivo e extremo, que se propagam a grande velocidade”. Provocam “verdadeiras tempestades de fogo” e estão diretamente ligados às alterações climáticas.

Também já aconteceram por cá: o primeiro incêndio com estas características aconteceu em em Portugal em junho de 2017, resultando em 64 vítimas mortais. Repetiu-se em outubro do mesmo ano, resultando em mais 43 mortos. No verão de 2019, o incêndio de Valleseco (Gran Canaria) também mostrou um comportamento bastante agressivo e perigoso, obrigou a evacuar 10.000 pessoas e devorou cerca de 10.000 hectares, 6,5% da superfície da ilha.

“Os super incêndios da Austrália são um exemplo do que poderia acontecer aqui. As alterações climáticas desempenharam um papel fundamental na propagação dos fogos e a área mediterrânica é, de acordo com os especialistas do IPCC, uma das áreas mais vulneráveis a nível global. No ano de 2017, Espanha e Portugal sofreram fortes secas e nesse mesmo ano aconteceram na região incêndios de alta intensidade sem precedentes, que causaram centenas de vítimas mortais. Ambos os territórios apresentam ecossistemas semelhantes, com invernos suaves e verões quentes e secos, como na Califórnia ou no Chile. Espanha e Portugal são e serão países de incêndios extremos que muito provavelmente viverão cenários muito perigosos de intensidade semelhante”, pode ler-se no documento.

A Associação Natureza Portugal, em associação com a WWF (ANP|WWF) e a WWF Espanha evidencia assim o “desequilíbrio existente entre medidas de prevenção e de extinção. Para combater os super incêndios é essencial apostar na prevenção, na valorização das áreas rurais, tornando as paisagens mais resilientes, e na mudança de comportamentos da população em geral”.

Ângela Morgado, diretora executiva da ANP|WWF defende que “é urgente inverter as políticas super fracassadas de combate aos super incêndios e garantir que estas se focam na prevenção em vez de na extinção. O combate às alterações climáticas é a mais eficaz solução para este problema ambiental grave, assim como a gestão responsável do território, a promoção de paisagens rentáveis e menos inflamáveis e o combate à desflorestação nos trópicos”.

A nível europeu, Portugal é o “campeão dos incêndios”, diz o relatório: todos os anos, o país vê arder mais de 3% da sua superfície florestal, em comparação com 0,4% em Espanha. Nos últimos 30 anos é o que mais sinistros enfrentou e aquele em que mais hectares foram queimados. Em média, por ano, ocorrem em Portugal cerca de 17.000 fogos, 35% mais do que em Espanha. Além disso, são queimados cerca de 120.000 hectares em média
por ano, 20% mais do que em Espanha, apesar de ter menos 80% de superfície florestal. Portugal é o primeiro país da Europa e o quarto do mundo que perdeu a maior massa florestal desde o início do século XXI.

Isto deve-se, segundo a ANP|WWF, ao “abandono rural, cessação de atividades agrícolas tradicionais, ausência de políticas sérias de gestão do território e gestão florestal responsável”. O relatório destaca o Plano Nacional de Gestão Integrada dos Fogos Rurais, lançado este mês pela Agência de Gestão Integrada dos Incêndios Rurais para a prevenção de incêndios de alta intensidade baseado em quatro pilares: responder às fraquezas do sistema e reduzir a exposição ao risco; valorizar os espaços rurais como geradores de riqueza, produtividade e sustentabilidade; modificar comportamentos para garantir a segurança da população; e gerir o risco de forma eficiente em toda a cadeia de decisão, com uma definição clara de prioridades e um uso eficiente dos recursos públicos.

Com 500 milhões de euros de investimento público e privado, este plano abrange período 2020-2030 e tem como objetivo “reduzir para metade, nos próximos dez anos, a área anualmente ardida em incêndios rurais e diminuir os danos provocados por eventos graves”. De acordo com o Governo, nos últimos dois anos registou-se uma diminuição de 47% de ignições, face ao período 2008-2017, e igualmente uma diminuição de 69% de área ardida, comparando com a média 2008-2017.

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Bancos arrecadam quase cinco milhões de euros por dia em comissões

Comissões exigidas pelos bancos voltaram a crescer nos três primeiros meses do ano. Por dia, os cinco maiores bancos cobraram em média quase cinco milhões de euros.

As comissões assumem-se como uma fonte de receitas cada vez mais importante para as contas dos bancos. E as contas dos bancos refletem isso mesmo. Só nos primeiros três meses deste ano, os cinco maiores bancos nacionais arrecadaram quase 450 milhões de euros em comissões. Por cada dia que passou foram quase cinco milhões de euros que entraram para os cofres dos bancos em receitas captadas por essa via.

Os resultados relativos ao primeiro trimestre do ano mostram que os cinco bancos mais representativos do sistema financeiro nacional — Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Santander, BPI e Novo Banco — angariaram, em termos líquidos, 449 milhões de euros em comissões. Este montante contempla não só as comissões bancárias como as obtidas pela prestação de outros serviços financeiros.

O valor amealhado em comissões cresceu assim 2,3% face ao verificado nos primeiros três meses do ano passado, refletindo o aumento da atividade relacionada com a concessão de crédito, tanto a famílias como a empresas, mas também fruto do agravamento dos encargos que os bancos nacionais têm vindo a exigir aos clientes pelos serviços prestados na gestão financeira do dia-a-dia.

Comissões líquidas dos cinco maiores bancos no 1.º trimestre

Fonte: Resultados dos bancos

Dos cinco bancos mais representativos em Portugal, a CGD foi a que mais aumentou as comissões obtidas no primeiro trimestre do ano. No total, o banco público angariou por esta via 103 milhões de euros entre janeiro e março deste ano, em termos consolidados. Trata-se de um aumento de 6,2% face ao verificado no mesmo período de 2019. Considerando apenas a atividade doméstica, há um crescimento de 4,1%.

Só no ano passado, o maior banco nacional, anunciou por duas ocasiões aumentos de comissões: em março e em outubro. Este último aumento entrou em vigor já em janeiro deste ano, tendo tido como principais alvos as contas “pacote” e “low cost”, mas também as transferências, com a Caixa a começar ainda a cobrar no MB Way.

Variação da cobrança de comissões face ao período homólogo

Fonte: Resultados dos bancos

Mas se a CGD foi o banco apresentou o maior aumento das receitas obtidas com as comissões nos três primeiros meses do ano, o BCP foi o que mais dinheiro angariou por essa via, numa análise absoluta, ou seja, sem levar em linha de conta o volume de negócios dos diferentes bancos. O banco liderado por Miguel Maya registou comissões líquidas de 119,3 milhões de euros entre janeiro e março, uma subida de 3,8% comparativamente ao mesmo período do ano passado.

Cabe ao Santander ocupar a terceira posição do pódio das comissões. A instituição financeira comandada por Pedro Castro e Almeida somou 96,6 milhões de euros em comissões, um crescimento de 1% face ao primeiro trimestre do ano passado.

Já o BPI no último trimestre que contou com a liderança de Pablo Forrero amealhou 60,8 milhões de euros em receitas de comissões até ao final de março, um aumento de 0,7% face ao período homólogo.

Um pouco mais arrecadou o Novo Banco — 69,3 milhões de euros –, tendo contudo sido o único a ver as suas receitas com comissões diminuírem face ao primeiro trimestre do ano passado. A quebra foi na ordem dos 2,3%, com o banco liderado por António Ramalho a explicar que “neste período as comissões relacionadas com os serviços de pagamentos e comissões sobre empréstimos e garantias registaram uma diminuição, condicionadas por um menor nível de transações e pelo atual contexto da atividade bancária em Portugal“.

De salientar que o Novo Banco anunciou em meados de fevereiro que iria aumentar um conjunto de comissões aos clientes, sendo que desde a venda ao Lone Star o banco não fez grandes revisões ao seu preçário.

Contudo, pouco depois deste anúncio, estalou a pandemia com os bancos a anunciarem a suspensão da cobrança de diversas comissões, incluindo o Novo Banco.

Novas subidas nas comissões à espreita?

A suspensão de diversas comissões habitualmente cobradas aos clientes, visando fomentar a utilização dos meios digitais em detrimento das deslocações ao balcão, foi uma das medidas tomadas pela generalidade dos bancos nacionais. Esta situação poderá mesmo pesar de alguma forma nas suas contas do segundo trimestre do ano, mas à espreita poderá estar um eventual agravamento dos encargos exigidos aos clientes bancários.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAU) alertou para essa possibilidade num relatório em que apreciou a proposta de Orçamento Suplementar, documento que trouxe uma série de medidas de apoio social, mas também um novo encargo para a banca, precisamente para financiar a Segurança Social.

Segundo esta entidade especializada do Parlamento, face à implementação pelo Governo de um adicional à contribuição de solidariedade sobre o setor bancário, para ajudar a financiar a crise, “deve o legislador esperar […] uma repercussão nas comissões e noutros encargos cobrados pelos bancos aos consumidores de serviços bancários”.

Este alerta surge numa altura em que o tema das comissões tem sido debatido no Parlamento, isto depois de no final de fevereiro, ter sido aprovado na generalidade, o travão à cobrança de um conjunto de comissões, onde se destaca o MB Way.

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Supermercados pedem apoios às rendas nos centros comerciais

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) diz que a situção agravou-se depois das medidas excecionais tomadas para a Grande Lisboa. Apela também ao Governo para um "equilíbrio".

Os supermercados também defendem novas soluções temporárias para as rendas nos centros comerciais, devido à situação provocada pela pandemia, sobretudo depois das medidas adotadas pelo Governo para a Grande Lisboa. A associação que representa as empresas de distribuição fala na necessidade de um “equilíbrio entre senhorios e arrendatários” e apela aos partidos com assento parlamentar para tomarem medidas.

“A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) defende a criação temporária de novas soluções para as rendas das lojas em centros comerciais, que venham ao encontro de um equilíbrio entre senhorios e arrendatários em tempo excecional de pandemia”, refere a associação, em comunicado enviado esta quinta-feira.

Assim, defende soluções como moratórias nas rendas e a renegociação de contratos, assim como um “equilíbrio” face à quebra na faturação ocorrida nestes meses. E estas têm sido medidas já pedidas junto da Associação Portuguesa de Centros Comerciais bem como do Governo.

“No atual contexto político, é crucial que os partidos com assento na Assembleia da República tenham consciência clara dos desafios que o retalho especializado atravessa e de que o tema das rendas nos centros comerciais é crucial para a sua sobrevivência”, diz a APED.

De acordo com a associação, o cenário agravou-se ainda mais depois das medidas excecionais tomadas pelo Governo para a Área Metropolitana de Lisboa, decretando o encerramento de centros comerciais e supermercados às 20h. Estas são decisões que “contribuem para agravar as débeis condições financeiras de alguns lojistas, já muito fragilizadas pelo surto pandémico que afeta o país”.

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PAN perde deputada da Assembleia da República. Cristina Rodrigues desvincula-se do partido

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

"Não consigo adiar mais esta decisão e apenas a tomo por não ver outra saída e por acreditar que, ao adiá-la, poderia vincar ainda mais as divergências existentes e ser mais prejudicial".

A deputada Cristina Rodrigues, eleita por Setúbal nas últimas eleições legislativas, desvinculou-se do PAN e vai passar ao estatuto de não inscrita, acusando a direção do partido de a silenciar e condicionar a sua “capacidade de trabalho”.

“Hoje, de coração extremamente apertado, decidi desvincular-me do PAN, após ter dado tanto de mim a este partido. Infelizmente, não consigo adiar mais esta decisão e apenas a tomo por não ver outra saída e por acreditar que, ao adiá-la, poderia vincar ainda mais as divergências existentes e ser mais prejudicial para o partido, para mim e para as causas com que continuo a identificar-me”, afirma a parlamentar numa nota enviada à agência Lusa.

Cristina Rodrigues diz já não conseguir “lidar com a forma como o PAN tem sido orientado” e considera não ser possível “inverter esse rumo através dos atuais mecanismos internos”. “Fui sentindo cada vez mais a minha voz silenciada e a minha capacidade de trabalho condicionada, o que culminou com o meu recente afastamento da Comissão Política Permanente do PAN, feito à minha revelia e sem aviso prévio”, indica também.

A deputada refere igualmente que se mantém na Assembleia da República como deputada não inscrita, afirmando acreditar que pode “fazer a diferença”, orientando-se daqui para a frente “pelos princípios e valores” que a levaram “à causa pública e ao desafio parlamentar”.

Além de deputada, Cristina Rodrigues integrava a Comissão Política Nacional (CPN) do PAN. Entre os argumentos para a sua saída do partido, aponta que “já há algum tempo que a estratégia definida pela direção tem primado por um afastamento face a princípios estruturais do PAN” e fala numa “clara centralização do poder” em que deixou de haver “tolerância para com a diferença” e em que “qualquer opinião divergente é rotulada de desleal”.

“Passou-se de um discurso construtivo, positivo, imbuído da vontade de fazer pontes e de dialogar, para um discurso agressivo que chega a colocar em causa pessoas e não ideias, algo que contraria os estatutos do partido”, considerou a deputada, que era coordenadora do grupo parlamentar do PAN em várias comissões parlamentares.

Por outro lado, acusa a direção de “distanciamento face a medidas estruturais”, como o Rendimento Básico Incondicional, considerando que este tema “sempre viu a sua discussão bloqueada, algo que se tornou ainda mais evidente durante a primeira fase da pandemia”.

O mesmo sucede com a causa animal. Embora continue a ser abordada, é-o de forma residual, deixou de ser uma causa prioritária para o partido”, critica, assinalando que também quanto à Lei do Clima, “uma das bandeiras de campanha do PAN”, não foi tomada “qualquer diligência para a fazer avançar” depois de baixar a comissão.

“Encontramo-nos no final da primeira sessão legislativa e o partido tem descurado a possibilidade de dar cumprimento a este ponto do seu programa”, insiste. No comunicado enviado à agência Lusa, Cristina Rodrigues assinala que os exemplos que deu “são três de vários que denotam alguma quebra do compromisso assumido para com os eleitores”.

“Também os funcionários do partido se podem, justamente, sentir defraudados, pois o PAN não aplica internamente medidas que defende, como a redução do horário de trabalho e o direito à desconexão profissional”, acusa.

Na nota, a dirigente salienta que esta decisão incluiu-se no lote daquelas “profundamente difíceis de tomar” e refere foi o culminar de uma situação de “desgaste”. A saída de Cristina Rodrigues acontece depois de o PAN ter perdido a representação no Parlamento Europeu, com a desfiliação (na semana passada) do seu único eurodeputado, Francisco Guerreiro, que era também membro da CPN.

No mesmo dia, também a deputada municipal em Cascais, membro da CPN e mulher do eurodeputado, Sandra Marques, se desvinculou desta força política. Já na quarta-feira, o PAN perdeu também a representação na Madeira depois de os membros da Comissão Política Regional do arquipélago terem deixado o partido. Todos estes dirigentes deixaram críticas à atuação da atual direção do PAN, liderada pelo porta-voz, André Silva.

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Trump diz que Huawei é detida e controlada por forças militares chinesas

Em causa estará um documento do departamento de Defesa norte-americano, onde constam 20 empresas que operam nos Estados Unidos e que Washington alega serem apoiadas pelas forças armadas chinesas.

A administração de Donald Trump concluiu que algumas das empresas chinesas mais proeminentes, como a gigante Huawei e a Hikivision, são detidas e controladas pelas forças militares chinesas, o que poderá abrir caminho à aplicação de novas sanções financeiras.

Em causa está um documento do departamento de Defesa norte-americano, onde constam 20 empresas que operam nos Estados Unidos e que Washington alega serem apoiadas pelas forças armadas chinesas, revela a Reuters (acesso livre). Além da Huawei e a Hikivision, a lista inclui o China Mobile Communications Group, a China Telecommunications Corp, bem como a fabricante de aeronaves Aviation Industry Corp da China.

No ano passado, a administração de Donald Trump já tinha posto a Huawei e a Hikivision na “lista negra” do comércio por considerar que são uma ameaça à segurança nacional. Desde então, os Estados Unidos têm tentado convencer outros países a excluir a Huawei das redes 5G.

A criação da lista em causa aconteceu ao abrigo de uma lei de 1999, que permite ao departamento da Defesa indicar que empresas chinesas apoiadas pelas forças militares chinesas operam nos Estados Unidos. Tal não implica a aplicação de coimas, mas pode motivar o bloqueio das propriedades das empresas indicadas.

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Wirecard avança com pedido de insolvência após desaparecimento de dois mil milhões de euros

Após o desaparecimento de dois mil milhões de euros das contas, a fintech alemã, cujo antigo CEO foi detido pelas autoridades germânicas, avançou com um processo de insolvência.

A Wirecard pediu insolvência. A fintech germânica deu início ao processo depois de ter sido descoberto um buraco nas contas num valor de dois mil milhões de euros, dinheiro que segundo a empresa pode nem nunca ter existido.

O processo de insolvência avança, segundo a Reuters, depois de a empresa ter anunciado que estava a estudar um conjunto de possíveis medidas de forma a assegurar a continuação das operações, que incluíam a redução de custos restruturação, venda ou fecho de unidades de negócio.

A decisão surge depois de o antigo CEO da Wirecard, Markus Braun, ter sido detido em Munique. As autoridades alemãs investigam Braun por suspeitas de ter prestado informações falsas sobre o desaparecimento de dois mil milhões de euros das contas da empresa que liderou durante 20 anos.

Em causa está um buraco na empresa de pagamentos encontrado pela auditora EY, que se recusou a assinar as contas. O montante representava cerca de um quarto do balanço da Wirecard e a informação disponível indicava que os fundos estariam no sistema financeiro das Filipinas, para facilitar a concretização de operações com outras empresas.

Contudo, no domingo, as autoridades financeiras do país consideraram provável que esse dinheiro não exista ou sequer tenha entrado no sistema financeiro filipino. A própria empresa, já com uma nova equipa de gestão, disse o mesmo.

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Bruxelas avisa EUA que ameaça de novas tarifas prejudica “ambos os lados do Atlântico”

"[A ameaça de novas tarifas aduaneiras] cria incerteza para as empresas e inflige danos económicos desnecessários em ambos os lados do Atlântico", diz fonte da Comissão Europeia.

Depois de a administração de Donald Trump ter anunciado estar a ponderar impor novas tarifas aos produtos de origem europeia, Bruxelas salienta que tais declarações criam incerteza na vida das empresas e infligem “danos económicos desnecessários em ambos os lados do Atlântico”.

“[A ameaça de novas tarifas aduaneiras] cria incerteza para as empresas e inflige danos económicos desnecessários em ambos os lados do Atlântico”, salienta uma fonte do Executivo comunitário, citada pelo Financial Times (acesso pago), esta quinta-feira. “Ao fazer mira potencialmente a novos produtos, os Estados Unidos estão a exacerbar o impacto negativo face aos custos destas novas disrupções nas cadeias de abastecimento”, acrescenta a mesma fonte.

A administração liderada por Donald Trump anunciou, na terça-feira, estar a ponderar impor novas taxas alfandegárias a produtos de origem europeia no valor de 3,1 mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros). Em causa estão artigos tão variados como cerveja produzida na Alemanha e camisolas fabricadas em França.

Este novo capítulo nas tensões comerciais transatlânticas foi motivado, de resto, por um desacordo quanto aos subsídios públicos atribuídos às fabricantes aéreas, em particular à Boeing e à Airbus. E os esforços feitos no sentido de um acordo sobre esta questão não têm sido bem-sucedidos.

Apesar de ainda não ser conhecida a posição concreta dos Estados Unidos — isto é, se avançam ou não com as tarifas adicionais –, as ameaças recentes complicam as relações entre Bruxelas e Washington ao mesmo tempo que prejudicam a vida das empresas já mais fragilizadas pela pandemia de coronavírus.

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Tik Tok tem uma nova versão. Esta é dedicada aos negócios

  • ECO
  • 25 Junho 2020

A conhecida rede social de vídeos chinesa vai lançar o “Tik Tok for Business”, uma plataforma dedicada ao futuro do marketing e à comunicação das marcas.

O Tik Tok vai ganhar uma nova cara. Chama-se “Tik Tok for Business” e é uma plataforma dedicada ao futuro do marketing e à comunicação das marcas. As novas funcionalidades incluem: novos formatos para publicidade, desafios via hashtag e efeitos associados a marcas.

De acordo com o Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês), essa última ferramenta permitirá às marcas terem a sua incluída pegada em vídeos em 2D, 3D e até em realidade aumentada. Além disso, as marcas podem disponibilizar vídeos ou imagens com a duração de três a cinco segundos. No feed, os vídeos podem ser ainda mais longos, chegando aos 60 segundos e ter som.

Quanto aos desafios via hashtag, permite que as marcas interajam com a comunidade de utilizadores, convidando-os a criar conteúdos relacionados com a hashtag criada.

Ao mesmo tempo, a plataforma está também a lançar um novo centro e-learning, com o intuito de ajudar os profissionais ligados à área do marketing a aprenderem mais sobre o Tik Tok e as suas ofertas. Este centro vai incluir guias de produto, recursos e técnicas de práticas criativas para os ajudar a lançar campanhas bem-sucedidas.

“Com o lançamentos do Tik Tok for Business decidimos abraçar momentos criativos, positivos e reais que tornam a nossa comunidade tão especial com soluções para as empresas comunicarem e crescerem de forma maravilhosamente expressiva”, assinala o diretor de negócios da rede social, Katie Puris, citado pelo Tech Crunch.

Quanto ao preço estes serviços, a Tik Tok não faz qualquer comentário público, mas sublinha que o preço é baseado no que a marca pretende alcançar. Certo é que app chinesa é cada vez mais popular, nomeadamente entre os jovens. No entanto, têm surgido algumas preocupações com a privacidade, segurança nacional e censura dos conteúdos, devido às origens chinesas da empresa. Para responder, a TikTok tem transferido a tomada de decisões sobre a moderação e políticas de conteúdo da China para equipas locais.

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Auchan reforça compras a produtores nacionais. Aumenta 25% este ano

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

Auchan comprou 6.251 toneladas de produtos a fornecedores locais no ano passado. Foi um aumento de 13% face a 2018, sendo que este ano regista-se um crescimento de 25%.

A Auchan comprou 6.251 toneladas de produtos a fornecedores locais no ano passado, um aumento de 13,2% face a 2018, disse à Lusa a diretora de produto da Auchan Retail Portugal, Filipa Rebelo Pinto.

“A Auchan é militante proativa do local, tudo o que é produção nacional e, especificamente o local, tem sido sempre a aposta da nossa marca. No ano passado fechámos com mais de 6.000 toneladas compradas à produção local e este ano já vamos com um crescimento de 25%”, adiantou Filipa Rebelo Pinto.

Já entre janeiro e abril deste ano, “foram compradas 2.400 toneladas”, mais 25,9% do que um ano antes, acrescentou a diretora de produto da cadeia de retalho Auchan em Portugal.

“Desde há 25 anos que estamos presentes em Portugal e esta tem sido uma batalha e uma conquista que todos os anos tem revelado os seus frutos”, não só em termos de sustentabilidade como reforço da relação “com os nossos parceiros”, apontou.

A Auchan tem um conceito de “produtor local no sentido mais restrito”, que é “50 quilómetros de produção dentro daquilo que é a zona de influência da loja”, explicou a responsável.

“Num sentido mais lato, consideramos também os produtores nacionais com sendo locais”, acrescentou Filipa Rebelo Pinto.

“Mais de 90% das nossas compras são feitas a nível nacional, o que é muito representativo daquilo que é a nossa faturação”, referiu.

A Auchan trabalha com “100 produtores locais, estamos a falar de 700 artigos dentro deste raio de 50 quilómetros”, adiantou a diretora de produto da cadeia de supermercados.

Questionada sobre que tipo de produtores locais, Filipa Rebelo Pinto apontou que é a “área de frutos e verduras”, sendo que a área de produtos frescos é a “mais relevante em termos de faturação”.

Desde “verduras a fruta, temos uma oferta representativa muitíssimo interessante e isso tem sido a nossa área mais desenvolvida”, embora haja também a padaria, pastelaria, talho e peixaria.

Sobre o destino dos produtos comprados a fornecedores locais — para consumo interno ou exportação –, a responsável disse que “essencialmente são para venda nacional, até porque o objetivo é a proximidade da produção”, privilegiando o consumo local.

Filipa Rebelo Pinto confirmou que a Auchan pretende reforçar parceiras, considerando “claramente estratégico”.

Relativamente aos vinhos e azeites, Filipa Rebelo Pinto referiu serem duas áreas de produção nacional que cadeia tem vindo a desenvolver, nomeadamente porque são dois produtos nacionais que o consumidor português prefere.

“Tem vindo a ser reforçado, temos vários grupos com quem trabalhamos”, incluindo associações cooperativas.

Também no caso do peixe, a Auchan tem vindo a comprar o produto “em diferentes lotas a nível local”

Sobre a capacidade de resposta dos fornecedores português, a responsável considerou que a “produção portuguesa, de uma forma geral, é suficiente, quer em termos de qualidade, quer em qualidade para aquilo que é o consumo em Portugal”.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 25 Junho 2020

Os Estados Unidos ameaçaram impor novas tarifas aos produtos europeus e Bruxelas já deu resposta: Incerteza trazida por tensões prejudica empresas de ambos os lados do Atlântico.

Depois de os Estados Unidos terem ameaçado impor mais tarifas aos produtos europeus, Bruxelas responde: as tensões comerciais prejudicam as empresas de ambos os lados do Atlântico. O dia fica ainda marcado pela nota de que o maior acionista da Lufthansa deu “luz verde” ao seu resgate, de que a EasyJet quer aumentar capital para enfrentar a pandemia e de que o Tik Tok vai lançar uma nova versão da plataforma dedicada aos negócios. Donald Trump diz que Huawei é detida e controlada por forças militares chinesas.

Financial Times

Bruxelas avisa EUA: Ameaça de novas tarifas prejudica ambas partes

A administração de Donald Trump anunciou estar a considerar impor novas tarifas aduaneiras aos produtos com origem europeia, declarações que Bruxelas critica e considera “muito prejudiciais”. A Comissão Europeia frisa que a aplicação de novas taxas afetaria de modo negativo as empresas, cuja situação já está fragilizada face à pandemia de coronavírus. “[A ameaça] cria incerteza para as empresas e inflige danos económicos desnecessários para ambos os lados do Atlântico”, sublinha uma fonte do Executivo comunitário.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Reuters

Maior acionista dá “luz verde” ao resgate da Lufthansa

A Lufthansa tem “luz verde” dos acionistas para o resgate. Heinz Hermann Thiele, que até agora se opunha às condições impostas pelo governo germânico para ajudar a companhia aérea a sair da crise provocada pela pandemia, já veio dar o seu apoio à injeção de 9 mil milhões de euros. “Irei votar a favor da proposta” de injeção que dará 20% do capital da empresa alemão ao Estado, ao abrigo do acordo que permite “salvar” a companhia aérea.

Leia a notícia completa na Reuters (conteúdo em inglês, acesso livre).

The Guardian

EasyJet quer aumentar capital para enfrentar a pandemia

A EasyJet quer avançar com um aumento de capital no valor de 450 milhões de libras para obter fundos que lhe permitam enfrentar a crise provocada pela pandemia. Esta operação de capitalização, que implica a emissão de novas ações equivalentes a cerca de 15% das atuais, necessitará da aprovação dos acionistas, mas poderá enfrentar oposição junto do fundador e principal acionista da companhia aérea de baixo custo, Sir Stelios Haji-Ioannou.

Leia a notícia completa no The Guardian (conteúdo em inglês, acesso livre).

Reuters

Trump diz que Huawei é detida e controlada por forças militares chinesas

A administração de Donald Trump concluiu que algumas das empresas chinesas mais proeminentes, como a gigante Huawei e a Hikivision, são detidas e controladas pelas forças militares chinesas, o que poderá abrir caminho à aplicação de novas sanções financeiras. No ano passado, Washington já tinha posto as duas empresas em causa na “lista negra” do comércio por considerar que são uma ameaça à segurança nacional. Desde então, os Estados Unidos têm tentado convencer outros países a excluir a Huawei das redes 5G.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Tech Crunch

Tik Tok tem uma nova versão e é dedicada aos negócios

O Tik Tok vai ganhar uma nova cara. Vem aí o “Tik Tok for Business”, uma plataforma dedicada ao futuro do marketing e à comunicação das marcas. As novas funcionalidades incluem: novos formatos para publicidade, desafios via hashtag e efeitos associados a marcas. Essa última ferramenta permitirá às marcas terem a sua pegada incluída em outros vídeos em 2D, 3D e até em realidade aumentada.

Leia a notícia completa no Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Bolsa de Lisboa pintada de vermelho. Galp perde mais de 2%

Com os investidores receosos quanto aos aumentos de novos casos na Europa, as bolsas caem. Em Lisboa, Galp, BCP e Jerónimo Martins pressionam a bolsa.

Lisboa segue a tendência da generalidade das praças europeias, numa altura em que os investidores estão receosos quanto à evolução de novos casos na Europa e aos sinais de uma eventual segunda vaga. Na praça nacional, Galp, BCP e Jerónimo Martins ditam as maiores perdas.

Após a queda expressiva na sessão anterior, o Stoxx 600 desvaloriza 0,3%, enquanto o francês CAC-40 perde 0,4%, o britânico FTSE 100 recua 0,5%. Em contrapartida, o alemão DAX avança 0,05%. Em Lisboa, o PSI-20 recua 1,25%, para 4.318,220 pontos, com 16 das 18 cotadas em “terreno” negativo e apenas uma a valorizar.

A praça nacional prolonga, assim, as perdas registadas na sessão anterior. Entre os “pesos-pesados”, a Galp Energia tomba 2,27% para os 10,34 euros, acompanhando o deslize das cotações do petróleo nos mercados internacionais. O preço do barril de Brent cai 0,89%, para os 39,95 dólares no mercado londrino. Já o WTI cai 1,16%, para os 37,57 dólares, no mercado de Nova Iorque.

Ao mesmo tempo, a Jerónimo Martins cai 1,87% para os 15,50 euros, enquanto o BCP desvaloriza 1,99% para 10,83 cêntimos. No setor das telecomunicações, a Nos perde 1,11% para os 3,758 euros.

Destaque ainda para o setor da pasta e papel, com a Altri a desvalorizar 1,29%, a Navigator a perder 1,64% e a Semapa a deslizar 0,97%.

Apesar de quase todas as cotadas ligadas ao setor energético estarem a cair, a EDP e a EDP Renováveis abriram a sessão no “verde”. A empresa liderada por António Mexia abriu a valorizar 0,73% para os 4,1510 euros, enquanto a subsidiária chegou a ganhar 1,73% para os 11,80 euros.

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Maior acionista dá “luz verde” ao resgate da Lufthansa. Ações disparam

Perspetiva de salvação da empresa está a levar as ações a dispararem quase 30% em Frankfurt.

A Lufthansa tem “luz verde” dos acionistas para o resgate. Heinz Hermann Thiele, que até agora se opunha às condições impostas pelo governo germânico para ajudar a companhia aérea a sair da crise provocada pela pandemia, já veio dar o seu apoio à injeção de 9 mil milhões de euros.

“Irei votar a favor da proposta” de injeção que dará 20% do capital da empresa alemão ao Estado, ao abrigo do acordo que permite “salvar” a companhia aérea.

Esta declaração de Heinz Hermann Thiele, que detém 15,5% do capital da Lufthansa, ao Frankfurter Allgemeine, citada pela Reuters, permite acabar com o impasse que poderia por em risco a empresa.

Os acionistas da Lufthansa vai votar o acordo com o Estado através de uma reunião virtual, estando a aprovação garantida. Isto no mesmo dia em que Bruxelas formalizou o seu aval à recapitalização de seis mil milhões de euros e um empréstimo com garantia estatal de três mil milhões, dada a pandemia de Covid-19.

Apesar de significar o reforço do poder do Estado na companhia, a perspetiva de salvação da empresa está a levar as ações a dispararem quase 30% em Frankfurt.

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