Empenho dos privados no futuro da TAP é “nenhum”, diz Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos diz que os acionistas privados não têm "nenhum" empenho no futuro da TAP e afirma que a providência cautelar não impedirá o Estado de auxiliar a companhia aérea.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação afirma que os acionistas privados da TAP não têm qualquer empenho no futuro da companhia aérea nacional e, quando questionado se confia na comissão executiva (que não tem nenhum representante do Estado), respondeu confiar no conselho de administração (que tem seis representantes do Estado). Em declarações ao podcast do PS, Pedro Nuno Santos disse ainda que a providência cautelar não vai impedir que o Estado ajude a TAP.

“O empenho [dos privados] no futuro da TAP é nenhum”, disse o ministro, referindo que “são interesses que não estão alinhados com os interesses do país e do povo português”. Pedro Nuno Santos apontou o dedo à comissão executiva da companhia aérea, afirmando que “o mínimo para quem não tem recursos para injetar neste momento é que os créditos sobre a própria empresa que o acionista tenha não sejam executados”. E que se os privados não estão disponíveis para isso, é porque “não estão assim tão empenhados no futuro da companhia”.

Questionado se confia na comissão executiva para elaborar o plano de restruturação da TAP, Pedro Nuno Santos respondeu: “Eu confio no conselho de administração”, acrescentando: “Vamos ver” se será esta comissão executiva a elaborar o plano.

O responsável pela pasta das Infraestruturas e da Habitação acusou o atual CEO da TAP, Antonoaldo Neves, de “valorizar demasiado a briga”, fazendo referências às declarações do responsável no Parlamento esta terça-feira, onde apontou várias vezes o dedo à Comissão Europeia pelo facto de não terem sido aplicadas à TAP as mesmas medidas previstas para outras companhias aéreas. “Não acho que seja preciso brigar. É preciso trabalhar”, sublinhou Pedro Nuno Santos.

“Os representantes do Estado Português, nos contactos com a Comissão Europeia, defenderam o recurso ao quadro temporário Covid, e foi essa a opção que tentámos de início. O entendimento da Comissão Europeia era que a TAP era uma empresa em dificuldades em 2019 e, como tal, não podia recorrer a essa opção. Por isso a opção que está em cima da mesa é a única que a Comissão Europeia disse que estava disponível para a TAP”, explicou Pedro Nuno Santos.

Estado “não pode passar um cheque de 1.200 milhões sem exigir um conjunto de condições”

Pedro Nuno Santos falou ainda na “oferta” que Antonoaldo Neves fez, ao referir que a comissão executiva “está de portas abertas” para receber um elemento escolhido pelo Estado. “A minha reação a essa disponibilidade é de alguma perplexidade”, comentou o ministro. E justificou: “Porque quem vai fazer a injeção somos nós, Estado Português. Por isso não era a atual comissão executiva que estaria a favor um favor ao mostrar disponibilidade para aceitar um membro“.

“Faz-me muita confusão que o CEO de uma empresa que está de mão estendida ache que se possa relacionar com o Estado dessa maneira: ‘Estamos disponíveis para ter um representante do Estado na comissão executiva’. Como se nos estivessem a fazer um favor“, completou.

Também Miguel Frasquilho, presidente do conselho de administração, já tinha dito que essa não era a melhor alternativa, porque “daria a sensação de um falso poder”, defendendo um “reforço do poder do conselho de administração”. E, segundo Pedro Nuno Santos, essa deverá ser mesmo uma das condições impostas pelo Estado para fazer a injeção de até 1.200 milhões na companhia aérea, rejeitando a “proposta” de Antonoaldo Neves. “Essa exigência [de nomear um administrador executivo] não está neste momento no nosso quadro de exigências. Posso dizer que há um reforço dos poderes do conselho de administração”, disse o ministro.

“Nesta fase temos é de garantir o que se faz a cada cêntimo que vamos meter na empresa”, continuou Pedro Nuno Santos, referindo que “o Estado português não pode passar um cheque no montante global de 1.200 milhões de euros sem exigir um conjunto de condições”. E acrescentou: “O sistema de controlo e monitorização” que o Estado está a propor “é muito mais eficaz do que simplesmente ter um membro numa comissão executiva” onde nem sequer o Estado seria maioritário. Isto porque a comissão executiva é composta por três elementos e, somando-se um quarto, escolhido pelo Estado, este continuaria em minoria.

Providência cautelar? “Há forma de auxiliarmos a TAP na mesma”

A providência cautelar apresentada há dias pela Associação Comercial do Porto (ACP) para travar o empréstimo do Estado na TAP, e entretanto aceite pelo Supremo Tribunal, não deverá impedir que essa ajuda aconteça, afirma Pedro Nuno Santos. O ministro das Infraestruturas e da Habitação diz que o Estado continua a ter formas de “auxiliar” a companhia aérea.

A providência cautelar, “em princípio, não impedirá que possamos auxiliar a TAP”, disse Pedro Nuno Santos, referindo que “de outra forma seria uma coisa absolutamente desproporcional” dado que “estão em causa centenas de fornecedores e milhares de trabalhadores”. “Julgo que há forma de auxiliarmos a TAP na mesma”, sublinhou.

Na opinião de Pedro Nuno Santos, a providência cautelar “não foi a melhor forma de manifestar esse descontentamento”. Também o presidente do conselho de administração da TAP, Miguel Frasquilho, partilha dessa opinião. Esta quarta-feira, durante uma audição no Parlamento, disse ter ficado “muito surpreendido” com esta ação, dado que as reuniões com as associações envolvidas tinham sido “produtivas”.

Esta atitude por parte da associação nortenha acontece na sequência da divulgação do plano de rotas da TAP, que apresenta uma percentagem de voos com saída do Porto bastante inferior à percentagem de voos com saída de Lisboa. Já foram várias as manifestações de revolta face a este desequilíbrio, acusando a companhia aérea de desvalorizar o Norte do país.

Sobre este assunto, no mesmo podcast, Pedro Nuno Santos afirmou que “a região Norte e Centro dão um contributo determinante para o desenvolvimento económico nacional e, por isso, seria impensável que qualquer plano de regresso da TAP não incluísse a região Norte“. O ministro disse ainda compreender a “insatisfação e a inquietação” das empresas e cidadãos desta zona do país.

“É razoável a exigência de que a proporção de voos a partir do Porto seja a mesma que era no pré-Covid. E não há nenhuma alteração que justifique que se reduza essa proporção”, continuou o ministro, referindo que Portugal precisa de uma companhia aérea “com uma dimensão que permita suportar o turismo, apoiar as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, ligar os territórios com quem temos ligações históricas, apoiar os setores industriais e voar para o máximo possível de rotas de forma sustentável”.

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“É impossível”. Governo recusa dar mais dinheiro aos empresários para investir

Os empresários pedem o aumento da taxa de comparticipação dos fundos europeus nos investimentos das empresas, mas o Governo responde que "é impossível". Não há dotação no Portugal 2020.

Os empresário são claros: tempos extraordinários exigem medidas extraordinárias. Por isso pedem um aumento das taxas de comparticipação do investimento financiado com fundos comunitários, como avançou este fim de semana o Expresso (acesso pago). Mas apesar de o tema já ter sido abordado junto do Executivo, o ministro do Planeamento deita por terra estas intenções.

“Esse pedido é impossível de satisfazer porque a dotação do Portugal 2020 não o permite e porque uma comparticipação a 100% não seria possível face aos limites das regras gerais de auxílios de Estado”, disse Nelson de Souza ao ECO.

Os últimos dados do Portugal 2020 revelam que a taxa de compromisso — o dinheiro que já está comprometido a projetos específicos — era, no final de abril, de 93%, isto apesar da taxa de execução (a despesa feita e certificada por Bruxelas) ser apenas de 48%. Com apenas 1,9 mil milhões de euros para fazer face a todas as necessidades que se venham a apresentar até ao final deste ano, enquanto não surge um novo quadro comunitário de apoio, a posição do Executivo é de cautela.

Esse pedido [aumento das taxas e comparticipação] é impossível de satisfazer porque a dotação do Portugal 2020 não o permite e porque uma comparticipação a 100% não seria possível face aos limites das regras gerais de auxílios de Estado

Nelson Souza

Ministro do Planeamento

Mas os empresários alertam para os riscos, porque com a quebra de confiança, do consumo interno e das exportações, o futuro não se apresenta risonho e antecipam a necessidade de ajuda para executar os fundos. “É crucial que as taxas de cofinanciamento sejam mais elevadas, porque a liquidez das empresas é menor, assim como o acesso a recursos e capitas próprios” defende, em declarações ao ECO, o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP).

“As empresas são hoje confrontadas com um esforço terrível para manter os seus compromissos, tendo em conta a enorme quebra de receitas, por isso é necessária uma ajuda para executar o atual quadro comunitário, senão vamos ter dificuldades”, sublinha Luís Miguel Ribeiro. O presidente da AEP é peremtório: “Não podemos pensar no relançamento da economia em 2021 se não tivermos empresas“.

“Para já é fundamental que todos os instrumentos disponíveis – e os fundos comunitários são um modo de financiamento da atividade empresarial e da economia — sejam utilizados o máximo possível. Se melhorarmos as taxas de comparticipação estamos a criar melhores condições para a sua execução, numa fase em que sabemos que hoje o panorama das empresas é de falta de liquidez”, defende Luís Miguel Ribeiro.

“Propomos que a taxa de comparticipação seja de 95% com as majorações que venham a ser definidas”, sugere. “Para relançar a indústria e criar condições para robustecer o investimento, temos de ir ao encontro das necessidade das empresas no contexto que estamos a viver. É preferível termos menos projetos aprovados, mas com uma taxa de comparticipação maior, o que permite que haja execução”, acrescenta.

É preferível termos menos projetos aprovados, mas com uma taxa de comparticipação maior, o que permite que haja execução.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente da AEP

Mas o ministro Nelson de Souza, que tutela os fundos comunitários, lembra que “os apoios no âmbito dos concursos do Covid estão a ser dados a 80% ao abrigo de regimes excecionais criados pela Comissão Europeia para este efeito que caducam no final deste ano”. Uma solução que não poderá ser usada fora deste enquadramento excecional.

A AEP já discutiu as suas propostas com o ministro da Economia e com o secretário de Estado João Neves e justifica o pedido de aumento da taxa de comparticipação pelo facto de o país “viver um tempo excecional que exige que Comissão e Governo façam opções excecionais”. “As regras poderão ter de ser revistas. Isso deve acontecer a bem da continuidade de funcionamento das empresas e de manutenção dos postos de trabalho e revitalização da economia”, acrescenta Luís Miguel Ribeiro.

De facto, as regras podem ser revistas, confirmou ao ECO o antigo presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão. No entanto, José Soeiro alerta que, em termos práticos, o processo nunca estaria concluído a tempo do Portugal 2020. “Em abstrato é possível, mas o caminho das pedras é longo e difícil. Portugal teria de negociar com a Comissão Europeia um novo enquadramento específico do regime de auxílios de Estado. Teria de ser muito bem fundamentado. Depois, os serviços da DG Comp teriam de aceitar. E só posteriormente seria feita uma negociação com a DG Regio para alterar os programas operacionais, o Acordo de Parceria e da programação financeira”, explica.

“E como estes dois processos têm de decorrer de forma sucessiva, e não paralelamente, diria que a probabilidade de terem uma efetividade de aplicação ao Portugal 2020 é tão reduzida que não pagaria o esforço”, conclui José Soeiro.

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Metade dos gestores antecipa impacto negativo da pandemia nas empresas

A pandemia alterou a perceção dos gestores sobre as suas empresas, sobre o Governo e até os media. Reconhecem os impactos da crise, mas acreditam que é possível superar até 2021, revela barómetro.

A pandemia do novo coronavírus parece estar a mudar a perceção dos gestores portugueses perante o Governo, os media e até sobre os negócios. Com a crise pandémica, os gestores parecem dar mais importância a fatores como a visão e liderança, a cidadania e o ambiente de trabalho, para garantir a reputação da empresa. Durante o período de crise em Portugal, destacam o desempenho do Governo, apreciam a contribuição do setor do retalho alimentar e desvalorizam a posição do setor da banca.

De forma geral, os gestores portugueses esperam superar as perspetivas de contratação até ao final do ano, mas não sabem classificar se estão otimistas ou pessimistas. Estas são algumas conclusões barómetro “Covid-19: A perceção do top management em Portugal”, desenvolvido na plataforma para promover a reputação corporativa, Rep. Circle, e que reuniu 271 entrevistas online a gestores em Portugal, entre abril e maio deste ano.

Gestores esperam superar a crise num ano

Mais de metade dos gestores portugueses acredita que a pandemia terá um impacto negativo nos lucros da sua empresa. Apesar da incerteza, os gestores portugueses acreditam que, entre 2020 e 2021, a atividade económica voltará ao normal. Os dados revelam que 65,5% dos entrevistados não conseguiu definir se está pessimista ou otimista em relação à situação económica pós-Covid-19.

Contudo, a pandemia parece estar a ter um impacto real nas organizações, sendo que 31,4% dos gestores afirma que vai avançar com cortes nos recursos humanos, nos próximos seis meses, além de reduzir o investimento em comunicação e em tecnologia.

Apesar do impacto da crise económica, no topo das preocupações internas dos executivos estão as iniciativas corporativas que permitem manter os colaboradores e promover do teletrabalho.

Cerca de 45,7% dos entrevistados diz acreditar que, apesar da lenta atividade económica, a sua empresa terá superado a contração até ao final do próximo ano, havendo ainda uma fatia significativa dos executivos, 37,9%, convicta de que o retorno à normalidade se fará ainda em 2020. Apenas 5% não prevê uma recuperação económica da sua empresa antes de 2022.

Para veicular as suas mensagens, os gestores preferem os canais próprios digitais e as redes sociais, uma aposta que pretendem manter nos próximos anos, refere o estudo. Verifica-se ainda uma desvalorização da rádio, por 87,5% dos inquiridos, e dos principais canais de televisão, por 85,6%, considerados pouco relevantes para a comunicação das empresas.

A reputação é mais do que meros resultados

As dimensões de reputação corporativa mais importantes para os quadros diretivos, no contexto atual, são a visão e liderança, a cidadania e o ambiente de trabalho. De acordo com a Rep.Cirle, estes resultados contrariam a tendência para valorizar mais a dimensão ‘produtos e serviços’, que neste estudo acabou por ser a menos valorizada pelos gestores.

Contudo, a vasta maioria dos inquiridos — 80,2% não tem a certeza se o momento de crise terá repercussões na sua reputação e apenas 15,2% afirma ser uma oportunidade para melhor a perceção sobre a sua organização. A comunicação é, na verdade, um investimento pouco considerado ainda numa fase pré-Covid, sendo uma das suas áreas de intervenção – a gestão de crise – amplamente desvalorizada. Da amostra auscultada, quase 60% dos líderes corporativos afirma que a sua empresa não tem um responsável de crise, ficando essa tarefa repartida por vários elementos da direção.

Já é tempo de os gestores portugueses compreenderem a importância da reputação corporativa, um ativo por vezes desvalorizado, mas que traz grandes benefícios às organizações, sobretudo no contexto de crise como o que vivemos. Há demasiadas variáveis que não podemos controlar numa situação de pandemia, e daí o nível de incerteza aferido pelo barómetro, mas ter as ferramentas para medir, monitorizar, mitigar e gerir o impacto que as perceções poderão ter nos resultados do negócio, trará seguramente um nível de confiança acrescido aos decisores”, comenta Salvador da Cunha, CEO da Lift Consulting e fundador do Rep.Circle.

Serviços de saúde e retalho destacam-se na luta contra o Covid

O estudo quis ainda perceber que entidades se destacaram na gestão da crise pandémica. De acordo com os gestores portugueses, destacam-se pela positiva os serviços de saúde (63,4%), as forças de segurança (57,8%) e o Governo (52,1%) completam o top 3 das perceções positivas. No fim da tabela, surge a atuação do Presidente da República, valorizada por 23,1% dos inquiridos.

Com avaliação em causa própria, a maioria dos entrevistados acredita que o comportamento das empresas tem correspondido às expectativas, com destaque para o retalho alimentar e para empresas como a Sonae, Jerónimo Martins e Lidl. A contrariar a tendência, 78,6% dos gestores portugueses avaliam negativamente a posição do setor da banca no período de crise pandémica.

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Defesa de primo de Sócrates diz que acusação do MP é delirante

  • Lusa
  • 24 Junho 2020

A defesa de José Paulo Pinto de Sousa criticou esta quinta-feira a acusação de branqueamento de capitais no âmbito da Operação Marquês, dizendo que “é delirante e inacreditável”.

A defesa do arguido José Paulo Pinto de Sousa, primo de José Sócrates, criticou esta quinta-feira a acusação de branqueamento de capitais, dizendo que “é delirante e inacreditável” e que o Ministério Público tem “zero provas” do que incrimina.

Em cerca de três horas de alegações, no debate instrutório da Operação Marquês, o advogado João Costa Andrade, defensor do primo de José Sócrates, começou por censurar a atribuição do processo ao juiz Carlos Alexandre na fase de inquérito.

Depois de um curto Requerimento de Abertura de Instrução, Costa Andrade não foi parco em argumentos para contestar a narrativa do Ministério Público, dizendo que esta padece de algumas ilegalidades, que o MP não apresenta provas daquilo que supõe e que “o procurador sabe bem que não é verdade aquilo que traz a acusação”. “O Ministério Público quis acomodar os factos à história que pretendeu construir e se os factos não confirmam a tese, que se lixem os factos”, afirmou.

Costa Andrade afirmou que José Paulo Pinto de Sousa “não podia saber a origem do dinheiro” que passou pelas suas contas bancárias, nomeadamente que este era, alegadamente, fruto de um esquema de corrupção entre José Sócrates, Ricardo Salgado (BES) e Helder Bataglia, como indica o MP. Disse ainda que os procuradores do processo acusam o seu cliente de ter entregado ao antigo primeiro-ministro dois milhões de euros, mas que “não há nada que o comprove”.

Tal como tinha sido alegado esta quarta-feira pelo advogado de Joaquim Barroca, ex-administrador do Grupo Lena, o advogado afirma que o seu cliente não pode ser acusado de branqueamento de capitais, já que “era impossível José Paulo Pinto de Sousa saber a origem do dinheiro e como foi arquitetado um suposto esquema corruptivo”. Porém, o advogado diz concordar com o Ministério Público quando “não é imputada culpa nas mais de quatro mil páginas da acusação”.

“Não é escrita uma linha sobre a culpa do arguido e aqui só posso concordar com o Ministério Público em não ter imputado comportamento doloso e sem culpa e José Paulo Pinto de Sousa não pode ser pronunciado”, ressalva.

José Paulo Pinto de Sousa está acusado de dois crimes de branqueamento de capitais, em coautoria com José Sócrates, Ricardo Salgado, Hélder Bataglia e Carlos Santos Silva.

Segundo a acusação, José Paulo Pinto de Sousa, aceitou, a troco de dinheiro e a pedido do seu primo, que várias das suas contas bancárias, algumas sediadas na Suíça, fossem utilizadas para movimentar fundos do ex-governante, com o objetivo de ocultar a origem e o destinatário.

Na versão do MP, o arguido entregou nove milhões de euros a José Sócrates através de várias contas offshore, sendo o seu primeiro “testa de ferro”, antes do amigo de ambos e também arguido Carlos Santos Silva.

O debate instrutório prossegue na próxima sexta-feira com as alegações da defesa do empresário Hélder Bataglia. O inquérito Operação Marquês culminou na acusação a 28 arguidos – 19 pessoas e nove empresas – e investigou a alegada prática de quase duas centenas de crimes de natureza económico-financeira.

José Sócrates está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

Entre os 28 arguidos estão Carlos Santos Silva, Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Armando Vara, Bárbara Vara, Joaquim Barroca, Helder Bataglia, Rui Mão de Ferro e Gonçalo Ferreira, empresas do Grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resort Turísticos de Luxo.

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Empresário perde fábrica mas mantém 180 empregos e lança projetos

  • Lusa
  • 24 Junho 2020

Um empresário de Santo Tirso perdeu a fábrica num incêndio esta semana. Mas decidiu manter os 180 empregos e já anunciou novos projetos.

O produtor de gazes hidrófilas hospitalares de Santo Tirso, cuja fábrica foi destruída por um incêndio, vai garantir os 180 empregos da unidade e já está a ultimar um novo projeto na área dos tecidos não tecidos.

A informação foi dada à Lusa pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, após se deslocar a Santo Tirso, distrito do Porto, onde se inteirou da situação em que ficou a ADA Fios após o incêndio ocorrido nas instalações da empresa, durante a noite de segunda-feira e madrugada de terça.

A ministra adiantou que o responsável por este grupo empresarial, Luís Andrade, está já a agilizar a compra do equipamento necessário para reativar a empresa de gazes hidrófilas hospitalares, provavelmente noutro local, a encontrar em colaboração com a autarquia local.

Ana Abrunhosa sublinhou que se trata de uma empresa “de alta tecnologia”, produtora de tecido gaze com a finalidade de utilização em dispositivos médicos. “Estamos a falar, portanto, a falar de uma empresa altamente certificada e inovadora”, destacou.

As dificuldades por que passa a ADA Fios na sequência do sinistro, adiantou a governante, vão ser atenuadas com a agilização da entrega de verbas referentes a três projetos aprovados no âmbito do programa Portugal 2020, nos valores de 170 mil, 140 mil e 450 mil euros. “Esta tesouraria será absolutamente fundamental para o empresário ir já finalizando a compra do equipamento que já está a negociar”, sublinhou a ministra.

Nas suas declarações à Lusa, a titular da pasta da Coesão Territorial adiantou que o agente económico tem já um projeto para lançar uma empresa de tecidos não tecidos. “Este tecido não tecido não é produzido na Península Ibérica, sendo em geral importado da Turquia e da China”, disse a ministra, sublinhando que o empresário também candidatou o investimento ao Portugal 2020. “Vamos tentar perceber a importância deste projeto e, havendo possibilidade de o apoiar, tomar a decisão o mais rapidamente possível”, frisou.

Em declarações prestadas à agência Lusa na terça-feira, o presidente da Câmara de Santo Tirso, Alberto Costa, disse que, na sequência do incêndio industrial, a autarquia iria apurar em que medida poderia ajudar ou apoiar este grupo empresarial e particularmente a ADA Fios, que em 2016 recebeu o carimbo de projeto de Interesse Municipal.

A classificação, frisou o autarca, “implicou isenção de taxas e previa a ampliação das instalações, aumento de postos de trabalho e transferência da sede para o concelho. Portanto, é de todo o interesse da Câmara continuar a apoiar a empresa”. A intenção de Alberto Costa é, por isso, “criar caminhos para o futuro”, estando já “em contactos com o Governo”. “Espero ter algumas respostas para criar algum apoio a esta empresa”, afirmou.

Na terça-feira, peritos estavam ainda a avaliar “a dimensão dos estragos”, segundo o autarca. E ainda esta quarta-feira, de acordo com a ministra Ana Abrunhosa, o balanço dos prejuízos está por fechar. O incêndio chegou a estar ativo em mais de 50% das instalações da ADA Fios, que emprega cerca de 180 pessoas. Os funcionários que estavam a trabalhar quando o incêndio deflagrou saíram em segurança.

A combater o incêndio estiveram as corporações dos bombeiros voluntários de Santo Tirso, Tirsenses, Vila das Aves, Póvoa de Varzim, Paços de Ferreira, Valongo e Ermesinde. No local chegaram a estar 115 operacionais, entre bombeiros de várias corporações, PSP, INEM, Polícia Judiciária, Polícia Municipal e o Serviço Municipal da Proteção Civil da Câmara Municipal de Santo Tirso, apoiados por 35 veículos. Dois bombeiros foram transportados devido “a exaustão” para a Unidade Hospitalar de Santo Tirso, pertencente ao Centro Hospitalar do Médio Ave, segundo fontes da Proteção Civil.

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Glifosato leva Bayer a pagar 11 mil milhões em indemnizações

  • Lusa
  • 24 Junho 2020

O grupo químico e farmacêutico alemão Bayer comprometeu-se a indemnizar grande parte dos milhares de pessoas que o processaram nos EUA, devido ao herbicida glifosato, em mais de 10,9 mil milhões

O grupo químico e farmacêutico alemão Bayer comprometeu-se a indemnizar grande parte dos milhares de pessoas que o processaram nos EUA, devido ao herbicida glifosato, em mais de 10,9 mil milhões de dólares (9,7 mil milhões de euros).

A informação foi divulgada pela imprensa alemã e na base do caso estão as acusações ao glifosato de ter efeitos cancerígenos. Segundo a estação televisiva pública ARD, que cita fontes da empresa, o acordo resolve cerca de três quartos das mais de 125 mil queixas apresentadas contra o conglomerado alemão, das quais só uma parte tinha chegado ao circuito judicial.

Dos 11 mil milhões de dólares que a Bayer se compromete a pagar, cerca de 10% (1,25 mil milhões) estão reservados para processos futuros, com a imprensa alemã a estimar que ainda existam 30 mil casos por resolver.

Na base da disputa estão as alegações de que o polémico herbicida Roundup, que contém glifosato e foi adquirido pela Bayer em 2018, é cancerígeno. Vários tribunais deram por provada a correlação entre o uso do glifosato e os casos de cancro.

A vaga de processos contra a Bayer chegou às bolsas, com o presidente do grupo, Werner Baumann, a ser o alvo de fortes críticas, apesar de o conglomerado químico desmentir que o herbicida, comprado à Monsanto, seja prejudicial para a saúde. Esta mesma defesa do glifosato foi feita pelo Governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Ao comentar a situação, segundo o diário Frankfurter Allgemeine, Baumann afirmou: “É o passo adequado no momento adequado para acabar com a incerteza durante um largo período de tempo”.

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Suíça lança app de “contact tracing” esta quinta-feira

  • Lusa
  • 24 Junho 2020

A Suíça vai lançar uma aplicação de "contact tracing" a partir desta quinta-feira, anunciou o Governo do país. O país já tem 31.300 casos de Covid-19.

O Governo suíço anunciou a utilização generalizada da aplicação de alerta Covid-19, conhecida como SwissCovid, a partir de quinta-feira, numa tentativa de evitar uma segunda vaga de infeções pelo novo coronavírus. O uso da aplicação pela generalidade da população suíça representa o culminar de um processo longo, em que o parlamento teve de decidir, no início de junho, pela primeira vez sobre a utilização desta tecnologia.

A aplicação utiliza a tecnologia Bluetooth (que permite que dois dispositivos eletrónicos comuniquem a curta distância) para seguir os contactos de uma pessoa que tenha apresentado resultados positivos no teste ao novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19. Uma vez instalada nos telemóveis, a SwissCovid alerta quem esteve muito próximo de uma pessoa infetada durante um período. A sua utilização é voluntária e a informação não é armazenada.

A Suíça soma 31.300 casos de Covid-19 desde o início da pandemia e regista 1.680 mortos, numa população de 8,5 milhões de habitantes. O Governo decidiu também que os testes para detetar a doença serão gratuitos para toda a população.

A Suíça não adotou medidas de confinamento tão rigorosas como outros países europeus, mas impôs restrições, como o encerramento de escolas e lojas, que têm vindo a ser gradualmente levantadas desde 27 de abril. As medidas de barreira continuam a ser recomendados, assim como o uso de máscaras quando é impossível manter a distância física regulamentar de 1,5 metros.

A Suíça abriu as fronteiras em 15 de junho aos viajantes da União Europeia, do Reino Unido e da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA, na sigla em inglês), ou seja, Islândia, do Liechtenstein e da Noruega. Esta quarta-feira, o Governo deu mais um passo em frente ao anunciar o levantamento total das restrições à admissão de trabalhadores de países terceiros e da EFTA em 06 de julho. Contudo, os nacionais destes países ainda não poderão passar férias na Suíça.

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Wall Street tomba quase 3%, a pior sessão em duas semanas

As bolsas norte-americanas registaram perdas significativas numa sessão marcada pelo crescente receio de que os EUA estejam a entrar numa segunda vaga da pandemia de Covid-19.

As bolsas norte-americanas afundaram quase 3% esta quarta-feira, dia em que várias regiões dos EUA registaram picos no número de novas infeções diárias por Covid-19. O receio quanto à ameaça de uma nova vaga da pandemia ofuscou o otimismo vivido nas duas últimas sessões, que levou mesmo o índice tecnológico para um nível recorde.

A imprensa de referência dos EUA destaca o acelerar da pandemia no país e o valor dos ativos de risco começam a incorporar o risco da temida “segunda vaga”. O S&P 500 caiu 2,7%, o industrial Dow Jones derrapou 2,8% e o tecnológico Nasdaq cedeu 2,3%.

Todos os setores do índice de referência registaram perdas, mas o mais castigado foi o das viagens e lazer. Três grandes operadoras de cruzeiros ocupam os primeiros lugares da lista dos piores desempenhos, com a Norwegian Cruise Line a perder 12,42%, a Carnival Corp a cair 11,36% e a Royal Caribbean Cruises a ceder 11,29%. Na hotelaria, a Wynn Resorts desvalorizou 10,99%, enquanto a plataforma de reservas TripAdvisor subtraiu 9,74%.

Mesmo algumas empresas que têm estado em alta nas últimas semanas acabaram por “sofrer” com esta quebra de confiança dos investidores. As ações da Amazon recuaram 1,21% e a Apple, que estava cada vez mais perto de alcançar os dois biliões de dólares em capitalização bolsista, viu as ações caírem 1,72%.

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Seguradoras da Ageas Portugal oferecem peritagem remota e higienização de veículos

  • ECO Seguros
  • 24 Junho 2020

A Ageas Seguros, Ocidental e Seguro Directo, marcas com seguro automóvel da Ageas Portugal, começaram a disponibilizar o serviço de peritagem remota e de higienização de veículos.

“A partir de agora os Clientes não precisam de se deslocar a uma oficina para fazer a peritagem ao veículo em caso de acidente, podem fazê-la na comodidade da sua casa, garagem ou escritório. Basta ter um telemóvel com sistema Android, será enviado um SMS aos Clientes com um link e a partir daí pode fazer a peritagem com o acompanhamento telefónico do perito”, anunciou a instituição.

Para continuar a salvaguardar a segurança dos clientes, em caso de assistência em viagem e após desempanagem no local, “passa a estar assegurada a desinfeção de superfícies de risco da viatura como puxadores interiores e exteriores da viatura, chave, volante, comando de caixa de velocidades, comandos de vidros e outras em que possa existir contacto por parte do técnico”, detalha a Ageas em comunicado.

Os técnicos asseguram o serviço devidamente equipados, com luvas, máscara e viseira.

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2ª edição do Portugal FinLab atrai menos candidatos

  • ECO Seguros
  • 24 Junho 2020

O número de candidatos à 2ª edição do Portugal FinLab diminuiu 18% face ao total de projetos que se apresentaram a concurso em 2019.

Com o prazo da segunda fase de candidaturas à edição anual do concurso concluído a 29 de maio, decorre agora a notificação dos candidatos acolhidos e, entre 2 e 6 de julho, acontecem os pitch days (sessões de apresentação e defesa dos projetos pré-selecionados), estando previsto que, no final de julho, os cinco candidatos selecionados serão notificados.

De acordo com dados preliminares divulgados pelos organizadores do Portugal FinLab (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões; CMVM e Banco de Portugal), 32 startups de tecnologia financeira (fintechs) apresentaram -se este ano ao concurso (21 na 1ª fase e 11 na 2ª fase do concurso à presente edição), menos 18% face às 39 que acorreram às duas fases da edição anterior.

Por origem geográfica dos candidatos, Portugal é origem de 64% dos candidatos, os restantes 36% vêm do estrangeiro. Quanto aos segmentos de inovação que se apresentaram a concurso, a área “pagamentos” reúne 37% do total, destacando-se dos demais (mercados de capitais e gestão de património; operações bancárias de depósitos e crédito, operações intersetoriais e regtech).

Na primeira fase de candidaturas a esta segunda edição do evento foram pré-selecionados os projetos das startups Alfredo; iwels; MContabilidade; Coverflex e Criptalia.

O Portugal Finlab é um Innovation Hub que pretende ser uma ponte ou um canal privilegiado de comunicação e colaboração entre inovadores e os três reguladores do sistema financeiro nacional (BdP; CMVM e ASF), “procurando-se que seja uma plataforma eficiente, rápida e eficaz, com vista ao esclarecimento de questões que se enquadrem no quadro regulatório nacional”, explica uma nota da ASF.

A non-profit Portugal Fintech colaborou no lançamento do projeto e na 1ª edição do Portugal FinLab, mas já não integra a organização.

De acordo com a agenda da organização, entre 2 e 6 de julho decorre o Pitch Day, com a apresentação dos projetos pré-selecionados. O pitch constitui também o momento para reforçar a promoção do diálogo entre reguladores e inovadores (start-ups e instituições incumbentes) e para se obterem esclarecimentos adicionais sobre as candidaturas.

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Covid-19: Iniciativa de solidariedade de corretoras espanholas mobiliza 16 seguradoras

  • ECO Seguros
  • 24 Junho 2020

Uma iniciativa de associações de corretagem e mediação de seguros, em parceria com a Cruz Vermelha espanhola, mobilizou 16 seguradoras para recolher recursos de solidariedade contra a pandemia.

A campanha #CorredoreSegurosContraCovid19 é liderada pela Adecose (Asociación Española de Corridurías de Seguros) e assume atualmente o formato de um desafio de saúde e generosidade: #CorredoresContraCovid.

No final de março, a Cruz Vermelha espanhola disponibilizou uma conta especial para que os corretores e as associações pudessem fazer donativos para um objetivo inicial de 316.000 euros destinados a a entregar bens básicos em casa, ou outros espaços de confinamento, a pessoas em situações de especial vulnerabilidade.

Na primeira semana de maio, a campanha promovida pelo setor de mediação de seguros já havia recolhido 123 000 euros, tendo entregues 4.000 kits de alimentos a pessoas necessitadas e mais afetadas pela pandemia de Covid-19.

O movimento solidário
é promovido por entidades como a Adecose, Apromes, Aunna, CIAC, Cojebro, E2K, Espabrok, Fecor, Willis Network, Aemes e o Consejo General (órgão colegial de mediadores espanhóis), conta agora com o apoio de 16 seguradoras que operam em Espanha, nomeadamente Admiral, Allianz, Arag, Asefa, Axa, Berkley, Coface, Fiatc, HDI, Markel, Plus Ultra, Pool de Corredores, Preventiva, Previsión Mallorquina, Santalucía e Zurich.

“Para que a corrente de solidariedade não se rompa”, as entidades promotoras desafiam toda a comunidade (empresas e cidadãos) a juntarem-se à iniciativa “Ruta Solidaria 5x5x5 #CorredoresContraCovid”.

O repto tem a ambição de se tornar um movimento global e consiste em correr (ou caminhar) 5 quilómetros; doar 5 euros e nomear 5 pessoas (nas redes sociais) para replicarem a experiência, referindo o tópico #CorredoresContraCovid.

 

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PAN quer renegociar contrato do Novo Banco para condicionar injeções de capital

  • Lusa
  • 24 Junho 2020

O PAN entregou 20 propostas de alteração ao OE Suplementar, entre as quais a renegociação do contrato de venda do Novo Banco, de forma a condicionar as injeções de capital pelo Fundo de Resolução.

O PAN apresentou 20 propostas de alteração ao Orçamento Suplementar na especialidade, entre as quais a renegociação do contrato do Novo Banco para condicionar injeções de capital, e mais de cinco milhões de euros para a cultura.

Numa conferência de imprensa que decorreu na Assembleia da República, em Lisboa, a líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real, apresentou as propostas de alteração do Orçamento Suplementar, destinado a fazer face às consequências da pandemia de Covid-19.

Que o Estado promova, de facto, a revisão de cláusulas [do contrato do Novo Banco], nomeadamente aquelas que obrigam à injeção de capital”, afirmou a deputada Inês Sousa Real. A proposta de Orçamento Suplementar apresentada pelo Governo já foi aprovada na generalidade e está agora em debate na especialidade.

A parlamentar assinalou que “o contrato, quer com o Novo Banco, quer, sobretudo, com a Comissão Europeia, ainda não é do conhecimento dos deputados da Assembleia da República”, mas indicou que proposta do PAN é que “seja revisitado o contrato por parte do Estado, para que se possa, de alguma forma, condicionar aquelas que são as injeções de capital”.

Na ótica do partido, “não faz sentido continuar a sobrecarregar aquele que é o erário público” nem existir “um cheque em branco que reiteradamente o Estado está a emitir” e para “que possa haver um maior controlo e uma menor sobrecarga do erário público com subsequentes injeções de capital que, de repente, têm de ser colocadas no Novo Banco sem qualquer tipo de controlo ou uma palavra a dizer por parte da Assembleia da República”.

O PAN propõe também “um reforço de cinco milhões de euros para a área dos equipamentos culturais e também o reforço daquilo que são os apoios diretos aos artistas, neste caso no valor de 550 mil euros, fazendo assim com que o valor que passe a estar previsto seja de 1.100 mil euros”, disse também a deputada, acrescentando que o objetivo é reforçar “uma área que tem sido muito esquecida” durante a pandemia.

Outra das propostas do PAN passa pela restrição da “distribuição de bónus a gestores a empresas ajudadas pelo Estado” ao nível do lay-off, tendo Inês Sousa Real alertado que “uma situação económica mais debilitada pode depois empurrar com isso os trabalhadores para o desemprego”.

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