Certificados “engordam” há nove meses. Entraram mais 88 milhões em outubro

Tudo somado, os portugueses têm aplicados em produtos de poupança do Estado 29.628 milhões de euros, o valor mais elevado de sempre.

Os aforradores portugueses continuam a direcionar as aplicações para produtos de poupança do Estado em plena pandemia. Em outubro, o investimento em certificados aumentou um total de 88 milhões de euros, de acordo com os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira. É o nono mês consecutivo de crescimento.

Tanto os certificados do Tesouro como os certificados de aforro viram aumentar as subscrições, mas os primeiros continuam a atrair maior interesse. O investimento nos certificados do Tesouro aumentou 72 milhões de euros no mês passado para um total de 17.439 milhões. Já os certificados de aforro totalizaram 12.189 milhões de euros, o que significa um aumento de 16 milhões face ao mês anterior.

Tudo somado, os portugueses têm aplicados em produtos de poupança do Estado 29.628 milhões de euros, o valor mais elevado de sempre. Desde o início do ano, o reforço foi de 559 milhões de euros, dos quais 169 milhões referentes a certificados do Tesouro e 390 milhões em certificados de aforro.

No Orçamento do Estado para 2020, o Governo disse que esperava um reforço de apenas 149 milhões de euros este ano no financiamento junto do retalho, apesar de sublinhar que o cenário previa um perfil de reinvestimento prudente.

Já para 2021, o Executivo aponta para um saldo de 973 milhões de euros conseguidos com certificados do Tesouro, tendo excluído financiamentos através de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável.

Certificados atingem máximo histórico

Fonte: Banco de Portugal

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Livro de memórias de Obama vende quase um milhão de cópias no primeiro dia

Livro de memórias de Barack Obama vendeu 887 mil exemplares nos Estados Unidos e no Canadá nas primeiras 24 horas do seu lançamento.

O livro de memórias do ex-presidente dos EUA, Barack Obama, “A Promised Land” vendeu mais de 887 mil exemplares nas primeiras 24 horas nos Estados Unidos e no Canadá. O livro de Obama ocupa a primeira posição nas listas de best-sellers da Amazon e da BarnesandNoble.com.

“Estamos encantados com as vendas no primeiro dia”, disse David Drake, editor da Penguin Random House. “Refletem o grande entusiasmo que os leitores têm pelo livro, há muito anunciado, de Barack Obama”.

“A Promised Land”, o primeiro volume do relato de Obama sobre a sua carreira e anos na Casa Branca, ultrapassou ligeiramente as vendas do primeiro dia de abertura do livro de memórias escritas pela sua esposa, ex-primeira dama Michelle Obama, avança o The Wall Street Journal.

Barack Obama demorou pouco mais de um dois anos a escrever o livro, mais tempo que o esperado. No livro está descrita parte do caminho de Obama enquanto jovem, reflexões sobre o seu primeiro mandato, entre eles a a decisão de enviar mais tropas para o Afeganistão e a Primavera Árabe. Obama escreve ainda sobre a sua experiência enquanto pai e marido.

O livro de Barack Obama tem 768 páginas e custa cerca de 45 dólares (38 euros) e foi publicado duas semanas depois de Joe Biden ser eleito o presidente dos EUA.

Créditos: AmazonAmazon

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Governo estuda fechar fronteiras entre concelhos nos dois fins de semana dos feriados

  • ECO
  • 19 Novembro 2020

O Executivo está a estudar a possibilidade de aumentar o controlo da circulação entre concelhos nos fins de semana alargados dos feriados de 1 e 8 de dezembro.

O Governo está a ponderar aumentar o controlo de fronteiras entre concelhos no país, nos dois primeiros fins de semana de dezembro, avança o Jornal de Notícias (acesso pago). O Executivo está a ouvir epidemiologistas antes de decidir se altera medidas para concelhos com mais casos de Covid-19.

Em causa estão os fins de semana alargados dos feriados de 1 e 8 de dezembro, por forma a evitar os encontros familiares, numa altura em que é expectável um pico de internamentos pelo novo coronavírus. Segundo o mesmo jornal, exceção será feita para os trabalhadores e estudantes, bem como salvaguardo os direitos políticos, como tem acontecido.

Além disso, o Executivo estará ainda a estudar a possibilidade de antecipar as férias escolares do Natal, com início marcado para 18 de dezembro, em uma semana, de modo a evitar o cancelamento das aulas presenciais. Esta quinta-feira, o Governo está a ouvir epidemiologistas e políticos no Infarmed, antes de decidir quais as medidas que vão ser aplicadas.

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Mercadona vai investir mais de 140 milhões até 2025 para reduzir plástico e proteger o ambiente

Em setembro, a empresa apresentou a sua Estratégia 6.25, para reduzir 25% do plástico, ter todas as embalagens de plástico recicláveis e reciclar todos os resíduos de plástico. Já investiu 40 milhões.

Eliminar os sacos de plástico de uso único em todas as secções, eliminar os descartáveis de plástico de uso único (isto já em 2020), diminuir em 25% o plástico das embalagens, promover o desenvolvimento de embalagens recicláveis/compostáveis, reciclar os resíduos de plástico gerados nas lojas e, ainda, formar e informar os clientes de como se deve efetuar a separação correta dos resíduos, através de informação nas embalagens e nas lojas. Estas são as linhas mestras da Estratégia 6.25 da Mercadona, marca espanhola com presença em Portugal, que definiu um modelo com seis ações para um triplo objetivo até 2025.

Para avançar com esta estratégia a empresa já investiu 40 milhões de euros em 2019 e até 2025 investirá ainda mais de 140 milhões. A empresa criou uma equipa de trabalho multidisciplinar para identificar e definir as mudanças a implementar nos diferentes processos da cadeia de montagem para a redução de plástico composta por trabalhadores de diferentes departamentos da empresa, tais como Lojas e Prescrição Perecíveis, Obras e Expansão, Prescrição Secos e Informática, Logística, Financeiro e Relações Externas. Nos últimos dois meses, a Mercadona adaptou 72 lojas e transformou-as em Lojas 6.25.

Membros da equipa de trabalho da Estratégia 6.25 da Mercadona

Uma delas fica em Portugal e abriu ao público no passado dia 21 de outubro de 2020 em Matosinhos (Porto). “Esta loja pretende transmitir aos clientes e colaboradores as ações que estão a ser levadas a cabo em relação à redução de plásticos e à gestão de resíduos, sendo possível ouvir os comentários dos clientes no terreno. Este novo projeto implementou processos que permitem percecionar correções necessárias a implementar em toda a cadeia”, refere a Mercadona em comunicado.

Neste momento, a Mercadona conta já com vários exemplos de boas práticas: como a pool de caixas reutilizáveis ​​da Logifruit, que funciona há 25 anos; um modelo de gestão de resíduos que permite dar uma segunda vida a 220.000 toneladas de cartão e plástico por ano (100% das embalagens que a empresa utiliza e posteriormente recicla); ou a eliminação de sacos de plástico de um só uso na linha de caixas que a Mercadona implementou em 2019, deixando à disposição dos clientes outras opções mais sustentáveis: um saco de papel reciclável, um saco feito de plástico reciclado e um saco de ráfia reutilizável.

Para concretizar esta estratégia, a empresa irá formar os 90.000 colaboradores que integram a Mercadona em Espanha e em Portugal. Além disso, transmitiu também os objetivos da estratégia aos seus fornecedores, que já estão a trabalhar na sua implementação em conjunto com os departamentos de Compras e Prescrição

Paralelamente à redução de plástico, a Mercadona aposta também noutras áreas como é o caso da eficiência energética, da gestão responsável de resíduos ou ainda da produção e da logística sustentável, apostando na otimização de rotas e uso de energias renováveis.

A Mercadona é, desde 2009, membro do Fórum Europeu de Distribuição para a Sustentabilidade (REAP) e desde 2011 é membro do Pacto Mundial das Nações Unidas para a defesa dos valores fundamentais em Direitos Humanos, Normas Laborais, Meio Ambiente e Combate à Corrupção.

Em Portugal, integra o Pacto Português para os Plásticos, plataforma colaborativa que pretende fomentar a Economia Circular dos plásticos em Portugal e evitar que estes se transformem em resíduos, iniciativa liderada pela Smart Waste Portugal, da qual a Mercadona também faz parte.

Um ano sem microesferas de plástico

Sementes, sal marinho, sílica, entre outros, são alguns dos ingredientes que em 2019 vieram retirar as microesferas de plásticos das formulações de cremes e exfoliantes da Mercadona. A empresa assinala agora um ano sem microesferas de plásticos nos produtos da secção da Perfumaria.

Este movimento permitiu uma poupança de 10 toneladas de plástico, em 2019, em toda a cadeia em Portugal e Espanha.

A medida foi aplicada nos produtos de cosmética, tornando-os mais sustentáveis e amigos do ambiente no âmbito da sua estratégia global de futuro, anunciada em setembro de 2020: a Estratégia 6.25.

Já em 2015, a Mercadona tinha eliminado os parabenos da formulação dos seus produtos de perfumaria. O Gel de Duche Exfoliante, o Exfoliante Facial e o Bálsamo Capilar são alguns dos exemplos de produtos nos quais a empresa eliminou as microesferas de plástico.

(Notícia atualizada)

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Endividamento da economia atinge novo recorde nos 738 mil milhões de euros

A dívida acumulada por famílias, empresas e Estado aumentou em setembro pelo terceiro mês seguido. Fixou novo recorde nos 738,025 mil milhões de euros.

O endividamento da economia subiu pelo terceiro mês consecutivo em setembro. A dívida acumulada por famílias, empresas e Estado aumentou cerca de 1,5 mil milhões de euros naquele mês, tendo fixado um novo recorde nos 738,025 mil milhões de euros, de acordo com os dados do Banco de Portugal.

Com a pandemia a afetar duramente a atividade económica, também o rácio do endividamento do setor não financeiro aumentou para 359,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em setembro, um disparo de 21,3 pontos percentuais face a março deste ano.

O surto de Covid-19 obrigou os vários governos a aumentarem a despesa pública com medidas de apoio às empresas e trabalhadores, como os programas de lay-off e linhas de crédito com garantias públicas, algo que também foi seguido pelo Governo português. Também a nível local várias autarquias do país avançaram com medidas de ajuda.

Dívida da economia aumenta pelo terceiro mês

Fonte: Banco de Portugal

Isso ajuda a explicar que o aumento do endividamento da economia registado em setembro se tenha devido sobretudo à subida da dívida do setor público: aumentou 900 milhões de euros para 335,3 mil milhões.

Por outro lado, no setor privado, que inclui empresas não financeiras e particulares, a dívida subiu 600 milhões para 402,7 mil milhões. “O crescimento do endividamento do setor privado resultou do acréscimo do endividamento dos particulares perante o setor financeiro, em 300 milhões de euros, e das empresas face ao exterior, igualmente em 300 mil milhões de euros”, adianta o supervisor.

Feitas as contas, em seis meses de pandemia, o endividamento da economia portuguesa aumentou em 17,4 mil milhões.

(Notícia atualizada às 11h11)

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Número de desempregados inscritos no IEFP diminui após três meses a subir. São 403.554

O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) caiu 1,6% em outubro face a setembro. Ainda assim, aumentou 34,5% em termos homólogos.

O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) caiu 1,6% em outubro face a setembro. Há três meses consecutivos que o universo de desempregados estava a aumentar. Ainda assim e de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira, em outubro, o número de inscritos cresceu 34,5% face a mesmo mês de 2019. São, atualmente, 403.554.

“No fim do mês de outubro de 2020, estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas 403.554 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi superior face ao verificado no mesmo mês de 2019 (+103.535 indivíduos; +34,5%) e inferior face ao mês anterior (-6.620 indivíduos; -1,6%)”, explica o IEFP, na nota estatística divulgada esta quarta-feira.

De acordo com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o referido recuo em cadeia traduz a “tendência de estabilização das variações mensais face a março, abril e maio”, meses que ficaram marcados por um agravamento do número de desempregados causado pelo impacto da pandemia de coronavírus na economia.

A trajetória de aumento do número de desempregados foi interrompida em junho, mês em que se verificou um recuo em cadeia 0,6%, mas acabou por ser retomada logo em julho. Assim, há três meses consecutivos que o número de inscritos no IEFP estava a aumentar, representando os dados de outubro uma inversão nessa evolução.

De notar que, em outubro face a setembro, o número de desempregados inscritos no IEFP encolheu em todas as regiões de Portugal continental, exceto uma: a do Algarve. No norte, verificou-se uma queda de 2,3%, no centro de 4,1%, em Lisboa e Vale do Tejo de 2,3% e no Alentejo de 3,4%. Pelo contrário, no Algarve, o universo de desempregados cresceu 13%.

Face ao período homólogo, todas as regiões do país registaram aumentos do número de desempregados, exceto os Açores, onde se verificou um recuo de 0,8%. Entre as subidas, destacou-se o Algarve com um salto de 134,2%. O emprego nesta região tem sido fortemente prejudicado pela pandemia de coronavírus, já que está muito ligado ao turismo, setor que continua a sofrer significativamente por causa da pandemia de coronavírus.

Na nota divulgada esta manhã, o IEFP sublinha ainda que, face ao período homólogo, o desemprego aumentou nos três setores de atividade económica, ainda que o do serviços se tenha destacado com uma subida de 42,3%. E dentro desse setor, foram as atividades de alojamento, restauração e similares a verificar um agravamento mais significativo. Em causa está uma subida de 83,1% do número de desempregados.

Numa nota mais positiva, em outubro, o IEFP conseguiu captar 11.158 ofertas de emprego, mais 5,2% do que no mês homólogo. E a taxa de cobertura de prestações de desemprego atingiu os 55,5%, ficando acima dos 52,5% registados em outubro de 2019.

Para mitigar a escalada do desemprego provocada pela pandemia de coronavírus, o Governo lançou logo em março o lay-off simplificado, para apoiar a manutenção dos postos de trabalho. Em agosto, esse regime foi “substituído” pelo apoio à retoma progressiva, que o Executivo já disse que quer prolongar, pelo menos, para o primeiro semestre de 2021.

(Notícia atualizada às 11h15)

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DGS proíbe realização de AG de advogados que ia decidir valor a pagar à CPAS

Estava previsto que os advogados discutissem esta quinta-feira, em Assembleia Geral, a sustentabilidade da CPAS, mas a DGS emitiu um parecer desfavorável.

A Assembleia Geral de advogados e solicitadores marcada para discutir as condições de sustentabilidade da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) foi desmarcada. A reunião estava agendada para esta quinta-feira, mas acabou por não se realizar face a parecer desfavorável quer da Direção-Geral da Saúde (DGS), quer do Delegado de Saúde por não estarem reunidas as condições de segurança.

Nesta assembleia, convocada em finais de outubro, os advogados iriam analisar a sustentabilidade da CPAS, a fixação do fator de correção do indexante contributivo para 2021 (valor que todos os meses advogados têm de pagar à CPAS) e ainda o novo benefício de proteção na doença.

“Nos termos legais, o bastonário da Ordem dos Advogados que é também o presidente da mesa da Assembleia Geral dos advogados beneficiários da CPAS, solicitou previamente um parecer relativo ao plenário – marcado há várias semanas, com vista à decisão do valor das contribuições para a Caixa de Previdência destes profissionais. Todavia, face à evolução da situação epidemiológica, as autoridades de saúde entenderam não estarem reunidas as condições de segurança para a sua realização“, lê-se em comunicado da OA.

Recorde-se que ainda este mês, dia 30 de novembro, está convocada uma Assembleia Geral Extraordinária onde, entre vários pontos, será abordado o tópico da realização de um referendo para que os cerca de 33 mil advogados possam escolher o regime de previdência: o atual (obrigatório) da CPAS ou o regime geral da Segurança Social (SS).

A discussão sobre o regime de previdência social dos advogados tem sido recorrente ao longo dos anos, mas face ao período de estado de emergência que o país enfrentou, intensificou-se. Durante este período os tribunais estiveram encerrados impedindo que os advogados tivessem direito a qualquer apoio social por parte da CPAS.

“Esta circunstância tornou ainda mais evidente a incapacidade da CPAS em se configurar como um verdadeiro regime de previdência e proteção social. O descontentamento geral dos advogados em relação à sua Caixa de Previdência culminou com o pedido de convocação daquela assembleia geral extraordinária”, nota o grupo de advogados dinamizadores do referendo.

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Portugal é dos países europeus que menos gastos extra fez na saúde por causa da Covid

Gastos adicionais dos Governos da UE com a saúde devido à pandemia vão desde quase 450 euros por pessoa a 21 euros, segundo os dados da OCDE.

Portugal está entre os países europeus que menos se comprometeram com gastos adicionais na saúde por causa da Covid-19, em termos despesa per capita, de acordo com os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). As respostas dos Governos vão desde quase 450 euros por pessoa a apenas 21 euros.

No caso de Portugal, as medidas anunciadas pelo Governo representam um gasto de 57 euros por pessoa, abaixo da média da União Europeia, de 112 euros. As conclusões são do relatório Health at a Glance Europe 2020, que fez as estimativas a partir de anúncios oficiais de medidas contra a Covid-19, sendo compromissos e não despesas reais.

No topo dos gastos surge o Reino Unido, com 446 euros, a Alemanha, com 302 euros e a Irlanda (220 euros). Segue-se ainda a Espanha, cujos gastos adicionais são de 220 euros por pessoa, segundo as contas da OCDE. Por outro lado, no extremo oposto, encontra-se a Letónia (21 euros), a Grécia (30 euros) e a Islândia (32 euros).

As medidas mais comuns relacionadas com a pandemia adotadas na saúde incluem a aquisição de equipamentos médicos especializados e de proteção individual (EPI), ampliar a capacidade de testagem, contratação de trabalhadores adicionais e pagamentos de bónus, apoio a hospitais e contribuições para o desenvolvimento de vacinas.

Apesar de Portugal ser dos que menos gastam, o país destaca-se pela positiva noutros indicadores. Brilha na quantidade de testes, ao situar-se acima da média na testagem diária, segundo as estimativas que se focaram 30 dias após o país contabilizar 10 mortes por milhão de habitantes (em média durante uma semana). Portugal fez 126 testes por 100 mil habitantes, enquanto a média foi de 124.

E também foi mais rápido do que a média a travar a propagação do vírus na primeira vaga. Demorou em média 34 dias para os países europeus controlarem a primeira onda do surto, de acordo com a OCDE, enquanto Portugal demorou 32 dias a colocar o valor do R, ou seja, o índice de transmissibilidade do vírus, abaixo de 1 por mais de quatro dias consecutivos.

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Advocatus Summit: “é raro um concurso público que não acabe em tribunal”, diz Pedro Melo, da Miranda

  • ADVOCATUS
  • 19 Novembro 2020

Pedro Melo, sócio da Miranda & Associados, Ana Celeste Carvalho, juíza desembargadora, e Nuno Cunha Rodrigues, professor da FDUL, são os participantes da terceira talk da Advocatus Summit.

Com o tema “Contratação Pública e contencioso: excesso de garantias ou proteção da concorrência?”, Pedro Melo, sócio da Miranda & Associados, Ana Celeste Carvalho, juíza desembargadora, e Nuno Cunha Rodrigues, professor da FDUL, apresentam-se na terceira talk da 3.ª edição da Advocatus Summit Lisboa.

Em debate estiveram temas como a relevância da contratação pública para o PIB nacional e europeu, os problemas associados à contratação pública, nomeadamente o contencioso, e ainda a atuação do sistema judicial na área administrativa.

A conversa entre os três convidados já está disponível. Veja aqui o vídeo.

Até dia 26 de novembro, será lançado no site da Advocatus e ECO, diariamente, um novo painel.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou, nas duas edições em Lisboa de 2018 e 2019, com a participação das principais sociedades de advogados a operar em Portugal.

Os escritórios patrocinadores são Abreu Advogados, Cerejeira Namora, Marinho Falcão & Associados, CMS Rui Pena & Arnaut, Cuatrecasas, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Sérvulo & Associados, SRS Advogados e Vieira de Almeida.

Conheça aqui o programa da Advocatus Summit

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Governo torna mais rápido recrutamento de profissionais de saúde em plena pandemia

O Governo quer reforçar a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde e, para isso, vai contratar mais profissionais. Devido à urgência, o processo será mais célere.

O Governo vai recrutar mais profissionais de saúde para reforçar a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) numa altura de pandemia e, para isso, decidiu tornar mais rápidos os processos de recrutamento e seleção dos candidatos.

Foi publicada esta quinta-feira em Diário da República uma portaria “com vista a agilizar os procedimentos tendentes à conclusão dos recrutamentos para a constituição dos vínculos de emprego público por tempo indeterminado”.

Esta portaria “regulamenta de forma excecional e temporária as matérias relativas à publicitação do procedimento, prazos, forma de apresentação de candidatura, notificações e utilização de meios eletrónicos”, estabelecendo prazos curtos para cada fase do processo.

Passo a passo, é assim que vai funcionar todo o processo

Assim, de acordo com o documento, a abertura do procedimento concursal é obrigatoriamente tornada pública pela entidade responsável pela sua realização, através de uma publicação em Diário da República e no site da entidade empregadora. Esta publicação deve “conter os elementos referidos em cada portaria dos procedimentos concursais das respetivas carreiras”.

O prazo de apresentação de candidaturas é de 10 dias úteis, contados da data da publicação do aviso de abertura no Diário da República, e a apresentação da candidatura é feito online, através do preenchimento de um formulário. Nesta fase, devem ser anexados os documentos exigidos para o recrutamento, preferencialmente online, ou, não sendo possível, através de correio registado com aviso de receção.

“O procedimento concursal é urgente, prevalecendo as funções de júri sobre todas as outras”, lê-se na portaria, que refere ainda que, “quando o número de candidatos assim o justifique, o júri pode ser desdobrado em secções, compostas por um número ímpar de membros“.

Uma vez terminado o prazo para a apresentação de candidaturas, o júri usa os 10 dias seguintes para analisar as candidaturas, nomeadamente o cumprimento dos requisitos exigidos e a apresentação dos documentos. Terminados estes 10 dias, no prazo de três dias úteis, o júri procede à publicação no site da entidade empregadora pública da lista de candidatos admitidos e excluídos.

Os candidatos excluídos são notificados no prazo de cinco dias úteis contados da publicação da lista, “para a realização da audiência de interessados”, sendo a notificação feita por email, “com recibo de entrega da notificação ou por outro meio de transmissão escrita e eletrónica de dados”. Estes têm, depois, dez dias para contestar, tendo depois o júri cinco dias para nova deliberação.

Os candidatos admitidos são convocados com a antecedência de cinco dias úteis para a aplicação dos métodos de seleção, com indicação do local, data e horário em que devam ter lugar. Os métodos de seleção devem ter início no prazo de 10 dias úteis a contar da publicação da alteração ou da conversão em definitiva da lista de candidatos admitidos e excluídos ao concurso definitiva.

“É privilegiada a utilização de meios telemáticos, designadamente vídeo ou teleconferência, na participação dos membros do júri nas respetivas reuniões”, sendo que a prestação de provas pode, também, ser realizada por videoconferência.

A publicação dos resultados obtidos em cada método de seleção é “efetuada por lista ordenada alfabeticamente afixada em local visível e público das instalações” da entidade empregadora pública e no seu site, sendo que os candidatos aprovados em cada método são convocados para o método seguinte, com a antecedência de cinco dias úteis. “Dada a natureza urgente do procedimento concursal, da aplicação de cada método de seleção não cabe a realização de audiência de interessados”.

Uma vez terminada a aplicação dos métodos de seleção, o júri tem 10 dias para elaborar a lista de ordenação final dos candidatos, feita “por ordem decrescente das classificações quantitativas obtidas em cada método de seleção, expressa numa escala de 0 a 20 valores”. Terminado estes dez dias, a lista de ordenação final é publicado online no prazo de três dias úteis.

Finalmente, os candidatos aprovados, bem como os excluídos são notificados, no prazo de três dias úteis a contar da publicação da lista final, “para efeitos da realização de audiência dos interessados”. Depois, têm dez dias para “se pronunciarem”. No prazo de cinco dias úteis após a conclusão da audiência de interessados, a “lista unitária de ordenação final dos candidatos aprovados”, que inclui as deliberações do júri, é “submetida a homologação do dirigente máximo do órgão ou serviço que procedeu à publicitação do procedimento concursal”.

“Nos casos em que o dirigente máximo seja membro do júri, a homologação é da responsabilidade do membro do Governo responsável pela área da saúde”, refere a portaria, que entra em vigor esta sexta-feira, 20 de novembro.

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Juros da dívida portuguesa a 10 anos renovam mínimo histórico nos 0,04%

A yield das obrigações do Tesouro a 10 anos tocaram num novo mínimo histórico, chegando a apenas 0,04% nos mercados internacionais.

Portugal nunca teve juros tão baixos. A yield das obrigações do Tesouro a 10 anos tocaram num novo mínimo histórico, chegando a apenas 0,04% nos mercados internacionais. Taxa está cada vez mais perto de zero.

Os juros a 10 anos seguem em queda, tendo chegado aos 0,040%, um novo mínimo histórico, contra os 0,046% registados na última sessão, acompanhando a tendência verificada nos restantes países da Zona Euro.

O país tem sentido, tal como os outros membros do euro, uma forte pressão compradora na dívida, levado à valorização das obrigações e consequente queda das taxas exigidas pelos investidores.

Apesar da pandemia, que está a provocar uma forte contração da economia, mas também novamente a um défice nas contas públicas que fará aumentar a dívida de Portugal, as taxas têm vindo a cair, estando próximas de zero no prazo a 10 anos e abaixo da “linha de água” nas restantes maturidades.

Portugal conta com juros de -0,669% a dois anos, estando a taxa a cinco anos a negociar nos -0,429%, o que tem permitido fazer baixar o custo da dívida emitida pelo IGCP, liderado por Cristina Casalinho.

Este fenómeno de crise com juros em queda é explicado, em parte, por alguma fuga ao risco do mercado acionista, mas é principalmente resultado da atuação do Banco Central Europeu (BCE).

O BCE lançou uma “bazuca” para ajudar os países do euro a financiarem-se nos mercados de forma a obterem os fundos necessários para as medidas de apoio à economia em plena pandemia.

A “bazuca” de Christine Lagarde tem funcionado. Ainda mantém boa parte da sua capacidade de “fogo” disponível, mas os investidores acreditam que esta poderá ser ainda maior.

A expectativa é de que em dezembro sejam anunciadas novas medidas. Aliás, a presidente do BCE veio agora sinalizar isso mesmo ao afirmar que “abordaremos a atual fase da crise com a mesma abordagem e determinação”, falando na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu.

Contudo, alerta que a política monetária não irá resolver a crise sozinha, devendo ser complementada com estímulos orçamentais para recuperar as economias que foram duramente afetadas pelo vírus.

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Lagarde promete responder à segunda vaga “com força” em dezembro

Presidente do BCE pediu aos líderes europeus que acabem com o impasse em torno do fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros, e desbloqueiem o pacote Next Generation EU "sem demora".

O Banco Central Europeu (BCE) deixou para dezembro o anúncio de novas medidas de estímulo para travar o impacto económico da pandemia. Christine Lagarde promete que o banco central irá responder “com força” à segunda vaga do surto, mas também pediu aos governos para disponibilizarem os apoios orçamentais “sem demora” face aos riscos que representam as novas medidas de restrição.

“Respondemos prontamente e com força à primeira vaga que atingiu as economias da área do euro, concebendo novos instrumentos especificamente adaptados à natureza do choque e recalibrando a nossa carteira bem diversificada de instrumentos existentes”, disse a presidente do BCE esta quinta-feira.

Abordaremos a atual fase da crise com a mesma abordagem e determinação“, prometeu Lagarde, que falava na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu.

A próxima reunião do conselho de governadores do BCE está agendada para 10 de dezembro, momento em que o banco central deverá alargar as medidas estímulos com mais compras de obrigações e empréstimos baratos aos bancos.

Lagarde considerou, ainda assim, que a política monetária não irá resolver a crise sozinha, devendo ser complementada com estímulos orçamentais para recuperar as economias que foram duramente afetadas pelo vírus.

"Respondemos prontamente e com força à primeira vaga que atingiu as economias da área do euro. (…) Abordaremos a atual fase da crise com a mesma abordagem e determinação.”

Christine Lagarde

Presidente do Banco Central Europeu

Neste sentido, pediu aos líderes europeus que coloquem um ponto final no impasse em torno do fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros, e desbloqueiem o pacote Next Generation EU “sem demora”.

“A economia da Zona Euro deverá ser severamente afetada pelas consequências do rápido aumento das infeções e pelo regresso das medidas de contenção, representando um claro risco de queda para as perspetivas económicas de curto prazo”, afirmou.

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