Energia motiva 24 queixas de consumidores por dia à Deco

  • Lusa
  • 5 Novembro 2020

Deco lançou um serviço gratuito de aconselhamento. Gabinetes vão funcionar no continente e no arquipélago da Madeira, e que nos Açores a associação pretende promover parcerias.

A associação de consumidores Deco recebeu este ano uma média de 25 reclamações por dia sobre energia, num total de 7.642 queixas até outubro, e lançou esta quinta-feira, 5 de novembro, um serviço gratuito de aconselhamento.

O número de reclamações, este ano, relacionados com gastos dos consumidores para iluminar, cozinhar e aquecer as habitações, aumentou face às 7.392 queixas registadas pela Deco entre janeiro e outubro do ano passado.

Carolina Gouveia, coordenadora deste gabinete da Deco, adiantou à Lusa que os gabinetes vão funcionar no continente e no arquipélago da Madeira, e que nos Açores a associação pretende promover parcerias. A responsável explicou que gabinetes semelhantes já existem em outros oito países europeus.

Financiado por fundos europeus, do programa H2020, o Gabinete de Aconselhamento de Energia – GAE, hoje inaugurado pela Deco, pretende prestar aconselhamento personalizado e detalhado aos consumidores sobre energia, tendo em vista combater a pobreza energética, como dificuldades em aquecer as casas devido a dificuldades financeiras ou outras situações de falta de capacidade de assegurar os níveis mais básicos de energia.

A equipa do GAE, que recebeu formação específica na área, pretende informar e ajudar a melhorar a eficiência energética, gerindo os seus consumos, ajudando a compreender o funcionamento do mercado de energia e a recorrer a mecanismos de apoio em situação de pobreza energética.

“Apoios como a tarifa social, acesso a incentivos financeiros do Fundo Ambiental, mudança de comercializador ou de tarifa são recomendações que podem ser dadas” pelo gabinete, explicou Carolina Gouveia, adiantando que também podem ser propostas aos consumidores medidas de baixo custo, como calafetar janelas ou mudar lâmpadas, e de elevado custo, como candidatar-se a apoios para colocar janelas novas ou escolher um frigorífico de baixo consumo energético.

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Economia chinesa contraria recessão mundial ao crescer quase 2%

  • Lusa
  • 5 Novembro 2020

Economia chinesa ainda está exposta a "crescentes vulnerabilidades financeiras" e a um "ambiente estrangeiro cada vez mais complexo", alerta o FMI.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia da China cresça 1,9%, este ano, e 8,2%, em 2021, evitando a contração registada a nível global devido à pandemia da covid-19.

Estas previsões representam a última atualização do FMI, depois de uma ronda de consultas, incluindo reuniões entre o chefe da missão para a China, Helge Berger, o primeiro vice-diretor-geral, Geoffrey Okamoto, e o governador do banco central chinês e os diretores dos reguladores do mercado de ações, do setor bancário e de seguros.

Apesar das perspetivas positivas, Okamoto alertou que o crescimento continua a ser desequilibrado, pois depende excessivamente da intervenção do Governo, enquanto o consumo privado “ficou para trás”.

O vice-diretor lembrou que a economia chinesa ainda está exposta a “crescentes vulnerabilidades financeiras” e a um “ambiente estrangeiro cada vez mais complexo”.

As projeções do FMI são de que os preços de produtos tradicionalmente mais voláteis, como de alimentos ou energia, vão manter-se sem aumentos, o que levará o índice de preços ao consumidor, o principal indicador da inflação no retalho, a não ultrapassar, no próximo ano, o limite de 3% estabelecido por Pequim antes da crise do novo coronavírus.

Okamoto exortou o Governo chinês a continuar “a modernizar” as políticas monetárias, a apoiar os grupos mais vulneráveis na sociedade chinesa e a fortalecer os marcos regulatórios do sistema financeiro para reduzir riscos.

O FMI instou Pequim a aprofundar a reforma das empresas estatais para que não sejam beneficiadas face às empresas privadas, e a abrir o mercado doméstico às empresas estrangeiras.

Sobre o papel do país na crise global da Covid-19, o diretor do FMI lembrou que a China “pode ajudar a comunidade internacional a superar muitos dos principais desafios que a economia global enfrenta”.

O responsável citou o acesso a possíveis vacinas contra o novo coronavírus, o alívio da dívida dos países pobres, o financiamento sustentável para o investimento global em infraestrutura e o combate às mudanças climáticas.

De acordo com dados oficiais, o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,9%, em termos homólogos, no terceiro trimestre do ano, o que representou um retorno a valores positivos, no conjunto do ano até setembro (+0,7%), após uma queda de 6,8% no primeiro trimestre de 2020 e uma subida de 3,2% no segundo.

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Regras do 5G são conhecidas hoje. O que pode mudar no regulamento?

Anacom vai apresentar esta quinta-feira o regulamento final do 5G. Só se conhece a versão preliminar, de fevereiro. Setor estará atento: sem mudanças face ao proposto, operadoras partem para tribunal.

Esta quinta-feira, pelas 10h30, o setor das telecomunicações português conhecerá finalmente o documento mais aguardado dos últimos meses: o regulamento final com as regras para o leilão do 5G. A Anacom tem uma conferência de imprensa marcada em Lisboa para essa hora, esperando-se que ponha fim à incógnita sobre as regras que definirão a atribuição de frequências às empresas interessadas em explorar a tecnologia no país.

As expectativas são altas. Apesar de uma versão preliminar do regulamento ter sido sujeito a consulta pública este ano, que a Anacom diz ter sido bastante “participada”, o projeto de regulamento data de fevereiro, uma altura em que ninguém antecipava a crise sanitária e económica que se viria a instalar em março em todo o mundo, incluindo em Portugal, por causa da pandemia da Covid-19.

Subitamente, o tabuleiro de jogo mudou, suscitando grande ansiedade nas operadoras de telecomunicações. Já reticentes perante os investimentos avultados que teriam de fazer na quinta geração, as novas prioridades decretadas pela pandemia passaram a exigir mais cautela e contenção nas despesas. Por isso, nas últimas semanas, Meo, Nos e Vodafone subiram o tom das críticas ao regulador, apelando a alterações de fundo nas regras do leilão.

Coloca-se, por isso, a questão: quão diferente da versão preliminar será o regulamento final do leilão do 5G aprovado pela Anacom, e que será conhecido esta quinta-feira? Outra pergunta: terá o regulador cedido aos apelos do setor — que, no que à adaptação à pandemia diz respeito, mereceram também a concordância do próprio Governo?

As “ajudas” aos novos entrantes

O projeto de regulamento do leilão do 5G, apresentado em fevereiro, “contempla uma reserva de espetro para novos entrantes”.

E quem são estes novos entrantes? O conceito aplica-se a qualquer entidade que não detenha outros direitos de utilização de frequências para serviços de telecomunicações. Resumindo, qualquer outra empresa ou operadora estrangeira que possa aproveitar este procedimento para se lançar no mercado português.

Mas não foi apenas a reserva de espetro que a Anacom contemplou nas regras preliminares do leilão. No projeto apresentado há quase nove meses, o regulador pretende também incentivar o surgimento de um quarto operador no mercado, mediante a atribuição de “um desconto de 25% sobre o preço do espetro que adquirirem nas faixas” reservadas.

Ao verem estas condições mais benéficas para empresas externas ao setor, as três principais operadoras portuguesas irromperam em críticas à Anacom. Tanto a Meo como a Nos e a Vodafone têm-se mostrado fortemente contra o que consideram ser condições “injustas”, porque beneficiam empresas externas com reserva de espetro e um desconto, mas não impõem obrigações de cobertura apertadas, como aquelas a que estarão sujeitas qualquer operadora já estabelecida em Portugal que adquira frequências no leilão.

Uma operadora, além das críticas, partiu para a ação. O presidente executivo da Nos, Miguel Almeida, disse no Parlamento que, com estas condições mais benéficas para novos entrantes, a Anacom está efetivamente “a oferecer um auxílio de Estado de 800 milhões de euros” a um eventual quarto operador, que pode nem ser uma empresa do setor (a Nos admite que um hedge fund possa aproveitar a operação para gerar mais-valias de curto prazo, em prejuízo do setor como um todo). Por isso, apresentou uma queixa à Comissão Europeia, que está a ser analisada.

Os preços de reserva

À luz da informação atualmente disponível, não são de esperar alterações significativas nas faixas de frequências e números de lotes a concurso. O que pode haver é mudanças nos preços de reserva, nomeadamente uma redução, para ter em conta o impacto da pandemia na economia do país.

Pelo menos é isso que empresas, como a Altice Portugal, apelaram mal foram conhecidas as regras preliminares do leilão, um pedido que reforçaram nas últimas semanas.

Mediante os termos do projeto de regulamento, a operação renderá pelo menos 238 milhões de euros ao Estado. E, já nessa altura, a diferença de expectativas era elevada, na ordem dos 50 milhões de euros, como noticiou o ECO com base numa carta dos líderes da Meo, Nos e Vodafone enviada ao primeiro-ministro, António Costa.

Esse fosso será agora maior por causa do impacto da Covid-19 e os preços poderão ser determinantes na estratégia que cada operadora vai seguir. Para já, está definido que o leilão não será “cash cow” do Estado, como temia em 2018 o presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca. Pelo menos, não diretamente. Toda a receita angariada será afeta a um novo Fundo para a Transição Digital, que investirá na digitalização da economia portuguesa.

O roaming nacional

É outro ponto sensível e que já provou discórdia até dentro do próprio Governo. O presidente da Anacom, João Cadete de Matos, é um fervoroso adepto do roaming nacional.

A avançar, como está previsto no projeto de regulamento, significará que um cliente não ficará “preso” à cobertura da operadora que contratou. Assim, à medida que se vai deslocando no território, um smartphone ou outro aparelho pode ir-se ligando à rede da operadora que tiver melhor cobertura na região em que se está.

Para a Anacom, esta é uma forma de assegurar a máxima cobertura de 5G no país, chegando a mais zonas. O regulador argumenta ainda que um cliente estrangeiro que se desloque a Portugal já pode ligar-se a qualquer rede, independentemente da operadora, beneficiando de melhor cobertura do que um cliente nacional.

Mas, para o setor, é uma forma de canibalizar investimento e até uma falácia: numa primeira fase, o 5G funcionará por cima da atual rede 4G — ou seja, uma zona sem cobertura, que não tenha 4G, não passará a ter cobertura só porque há roaming nacional. As operadoras temem que este seja um fator de desleixo no investimento dos concorrentes: “Nenhuma empresa vai investir se, ao o fazer, em vez de melhorar a qualidade de serviço aos seus clientes, está a melhorar o serviço aos seus concorrentes”, argumentou recentemente o presidente executivo da Nos.

Sabe-se que, para além da Anacom, também o ministro da tutela, Pedro Nuno Santos é a favor do roaming nacional. O mesmo foi transmitido há semanas pelo novo secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Hugo Santos Mendes. Já o anterior secretário de Estado, Alberto Souto de Miranda, era fortemente contra.

É improvável que o regulamento do leilão do 5G conhecido esta quinta-feira dê baixa da exigência de roaming nacional para as empresas do setor, que terão, assim, de partilhar rede 5G e infraestruturas. Eventualmente, também manterá as obrigações de acesso à rede para os chamados operadores móveis virtuais — empresas que, não tendo espetro, poderão fornecer serviços de 5G em cima das redes das operadoras que compraram direitos de utilização de frequência neste leilão.

De qualquer forma, Nos e Vodafone estão já a partilhar infraestruturas. Em outubro, as duas operadoras fecharam acordos nesse sentido, abrangendo todo o país e as tecnologias 2G, 3G e 4G. No 5G, afirmaram que dependerá do resultado do leilão.

As licenças da Dense Air

A Dense Air é uma empresa do grupo japonês Soft Bank que, apesar de ainda não ter começado o leilão, já é detentora de licenças de 5G.

Para entender como, é necessário recuar no tempo. Estas licenças na faixa dos 3,6 GHz remontam a 2010, altura em que foram atribuídas a uma empresa chamada Bravesensor por um prazo de 15 anos. Nessa altura, não se sabia que, mais tarde, valeriam “ouro” por poderem ser usadas para o fornecimento de serviços de 5G (a definição do padrão só foi estabelecida pela Comissão Europeia em 2018).

Ora, essa empresa mudou entretanto de nome para Zappwimax e, em dezembro de 2016, a Anacom autorizou que as referidas licenças fossem transferidas para uma outra empresa, chamada Broadband Portugal. Como recorda o Público, em março de 2018, a Broadband foi vendida à Airspan Spectrum Holdings, do grupo SoftBank, passando a chamar-se Dense Air.

As licenças que acabaram na posse da Dense Air previam que fossem prestados serviços no prazo de dois anos após a atribuição, o que não aconteceu. Ora, a Anacom decidiu, no entanto, reconfigurar o espetro da Dense Air, não expropriando as referidas licenças quando começou a alinhavar o 5G. A decisão cai bastante mal junto do setor.

O projeto de regulamento do leilão do 5G prevê que as frequências que se mantiveram na posse da Dense Air sejam incluídas no leilão, mas com restrições, sendo disponibilizadas apenas a partir de 5 de agosto de 2025, quando expirarem as licenças da Dense Air. Assim, se esta empresa quiser ir a jogo, terá de as renovar no leilão. A Dense Air tem mostrado intenção de vir a ser um operador grossista no mercado do 5G, prestando serviços às operadoras de retalho.

Mas Meo, Nos e Vodafone não se deixam convencer. Concretamente, a Nos tem em curso dois processos em tribunal, um para reverter a decisão da Anacom sobre a reconfiguração do espetro e outra, mais recente, em que exige à Anacom uma indemnização de 42 milhões de euros pelo mesmo motivo, noticiou o Público em outubro.

E se nada mudar?

O pior cenário, na ótica das operadoras, é um em que o regulamento final tenha poucas ou nenhumas alterações face à versão preliminar divulgada em fevereiro. Nesse caso, Meo, Nos e Vodafone já ameaçaram avançar para tribunal contra a Anacom, ou até mesmo de boicotarem o leilão por completo.

É pouco provável que o regulamento que será conhecido esta manhã seja tal e qual como o que foi divulgado no início do ano. Até porque o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, neste mês de outubro, avisou, num evento promovido pelo próprio regulador, que o regulamento final deve “ter em conta” o impacto da Covid-19 no país.

Porém, se a Anacom entender que as regras que foram a consulta pública são as corretas e promovem a concorrência no mercado, tal pode inaugurar uma nova página no processo, com a forte litigância a atrasar mais uma vez o lançamento do 5G em Portugal — pela avaliação inicial do Governo e da Comissão Europeia, feitas antes da pandemia, era suposto as primeiras ofertas comerciais arrancarem até ao fim deste ano, algo que já só acontecerá, provavelmente, no primeiro semestre de 2021.

Concretamente, a Vodafone Portugal ameaça que, se as regras não forem satisfatórias, desistirá de instalar no país um novo centro de investigação e desenvolvimento na área do 5G, com capacidade para criar 400 postos de trabalho qualificados.

Mário Vaz, presidente executivo da operadora, considerou mesmo que a intenção inicial da Anacom “hipoteca o futuro do país”, e citou um estudo da consultora Roland Berger, feito a pedido de um cliente não identificado, em que se conclui que regras “injustas” no leilão do 5G poderão arrasar com 2.000 empregos no setor das telecomunicações português.

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5 coisas que vão marcar o dia

Serão divulgadas as novas previsões económicas da Comissão Europeia, no dia em que o Governo revela novos apoios às micro, pequenas e médias empresas.

Num dia cheio, serão conhecidas as novas previsões económicas da Comissão Europeia, que mostram o impacto da pandemia nas economias europeias. Já o Governo vai dar a conhecer novos apoios para as micro, pequenas e médias empresas, numa altura em que apertam as restrições para travar a propagação da Covid-19. Em destaque estará também o Orçamento do Estado, com a ministra da Saúde a ser ouvida no Parlamento e o Conselho das Finanças Públicas a publicar o relatório sobre o documento. Serão ainda conhecidos resultados de empresas como a Novabase e a Corticeira Amorim, bem como da CGD.

Governo revela novos apoios às micro, pequenas e médias empresas

O Executivo vai divulgar novos apoios às micro, pequenas e médias empresas, após a reunião do Conselho de Ministros. O primeiro-ministro anunciou, esta quarta-feira, que as novas medidas que serão aprovadas para dar resposta ao impacto da crise pandémica no tecido empresarial terão particular atenção às micro, pequenas e médias empresas, “que estão a fazer um esforço muito grande e a suportar um custo muito grande”.

Comissão Europeia publica novas previsões

A Comissão Europeia divulga as Previsões Económicas de Outono 2020, atualizadas face às últimas estimativas. Nas previsões de verão da Comissão, onde foi feita a atualização do impacto da pandemia nas economias, Portugal era o quinto país, no conjunto dos 27, com uma quebra mais acentuada do PIB, atrás apenas de Itália (-11,2%), Espanha (-10,9%), Croácia (-10,8%) e França (-10,6%).

Temido e CFP pronunciam-se sobre OE

A Ministra da Saúde, Marta Temido, vai ser ouvida na Assembleia da República, no âmbito das audições sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano, num momento em que o número de mortos diários devido à Covid-19 atingiu um novo recorde e depois de a ministra ter voltado a suspender os tratamentos não urgentes nos hospitais. Será também conhecido esta quinta-feira o relatório da análise da proposta de Orçamento do Estado elaborado pelo Conselho das Finanças Públicas.

CGD e cotadas do PSI-20 divulgam resultados

Esta quinta-feira serão conhecidas as contas do terceiro trimestre de 2020 de várias cotadas no índice de referência nacional, PSI-20, como é o caso da Novabase, Corticeira Amorim e Sonae Capital. Para além disso, a Caixa Geral de Depósitos vai também fazer a apresentação dos resultados do terceiro trimestre deste ano. Os lucros da CGD afundaram 40% para 249 milhões de euros no primeiro semestre do ano, isto depois de ter registado imparidades e provisões de 156 milhões para responder a eventuais problemas da crise provocada pela pandemia.

INE publica estatísticas do emprego e transportes

O Instituto Nacional de Estatística (IE) divulga esta quinta-feira as Estatísticas do Emprego para o terceiro trimestre do ano, que vão permitir perceber qual é a remuneração bruta mensal média por trabalhador. Para além disso, o INE vai ainda publicar as Estatísticas dos Transportes e Comunicações referentes ao ano passado.

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Vodafone avançará para tribunal sem revisão das regras do 5G: “Potencial de litigância é elevado”

A Vodafone avançará para tribunal contra a Anacom se o regulador não revir as regras do leilão do 5G no regulamento que apresentará esta quinta-feira. "Potencial de litigância é elevado."

A Vodafone Portugal avançará para tribunal contra a Anacom se as regras preliminares do leilão do 5G não forem revistas no regulamento final que vai ser divulgado esta quinta-feira. Pelas 10h30, o regulador apresentará o regulamento do leilão do 5G, nove meses depois de ter divulgado um documento preliminar que suscitou fortes críticas da parte do setor.

Reconhecendo que “o potencial de litigância entre a Vodafone e o regulador é elevado”, a operadora liderada por Mário Vaz reforça que não quer ver no documento final condições que beneficiem novos entrantes sem obrigações de cobertura.

“Se na versão final do regulamento continuarem a constar matérias e/ou procedimentos que se afiguram ilegais, nomeadamente a configuração de ajudas de Estado a novos entrantes e/ou regras discriminatórias favoráveis aos mesmos, a Vodafone não deixará de usar todos os meios processuais e legais ao seu alcance para defender uma implementação do 5G que maximize o seu potencial estratégico para o desenvolvimento do país”, afirma ao ECO fonte oficial da operadora.

A Vodafone não deixará de usar todos os meios processuais e legais ao seu alcance para defender uma implementação do 5G que maximize o seu potencial estratégico para o desenvolvimento do país.

Fonte oficial da Vodafone Portugal

Operadoras desconhecem regulamento final

A poucas horas do anúncio do regulamento, o setor continua às escuras e não conhece o teor do documento. Destacando que “o regulador não antecipou nenhuma informação do documento final” à Vodafone, a empresa aponta que “é público, e amplamente reconhecido, que o leilão do 5G em Portugal está atrasado”.

“No entanto, otimistas como somos, na Vodafone ainda queremos acreditar que este atraso serviu para um bem maior: corrigir o que não estava bem na proposta de regulamento para o leilão de 5G apresentada em fevereiro. Corrigir, sobretudo, um documento que não beneficia o país, e que descurou a importância estratégica da tecnologia 5G para o seu desenvolvimento”, afirma fonte oficial da companhia.

Assim, “se foi para isso, se com este atraso passarmos a ter um regulamento final com regras claras, não discriminatórias, sem ilegalidades e que se adequam ao novo contexto socioeconómico provocado pela pandemia, achamos bem o timing da Anacom”, continua a Vodafone Portugal, para que, “o tempo que se perdeu até agora, é tempo que se ganha quando a tecnologia for lançada, para que a rede 5G cumpra a sua promessa maior: ser o grande impulsionador do progresso económico e social do país”.

Questionada sobre quanto tempo precisa a Vodafone para avaliar o regulamento antes do arranque formal do leilão, fonte oficial da empresa não quis dar uma indicação. “Não podemos definir datas e traçar objetivos sem antes conhecer as regras.” Este é um ponto que também será tido em conta pelas operadoras quando forem anunciadas as regras do leilão esta quinta-feira: o tempo que terão para avaliar um regulamento que não conhecem, definindo a estratégia para o procedimento de atribuição de frequências.

Contactada nos mesmos termos, fonte oficial da Altice Portugal não respondeu a tempo de publicação deste artigo. Já fonte oficial da Nos optou por não tecer qualquer comentário, preferindo esperar pela publicação do regulamento para, depois, reagir.

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Governo prepara terceira vaga de apoios. Patrões pedem lay-off mais simples e dinheiro a fundo perdido

Face ao agravamento da pandemia, o Governo vai lançar um novo pacote de apoios às empresas. Os patrões pedem que o lay-off volte a ser simplificado e que haja ajudas a fundo perdido.

O Governo vai apresentar, esta quinta-feira, novos apoios às empresas e ao emprego, face ao agravamento da pandemia. A garantia foi deixada pelo primeiro-ministro, que não quis revelar que instrumentos farão parte desta terceira vaga de ajudas. Do lado dos patrões, defende-se que nesse quadro sejam lançados apoios a fundo perdido e que se volte a simplificar o acesso ao lay-off.

Numa nota de agenda entretanto enviada à empresa, o gabinete de Pedro Siza Vieira já confirmou que os novos instrumentos serão relevados às 18h00 desta quinta-feira, numa sessão que contará com a presença, além do ministro da Economia, da ministra do Trabalho, do ministro do Planeamento e da ministra da Coesão Territorial.

Perante o “esforço muito grande” que está ser feito pelas empresas portuguesas, o Governo irá aprovar, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros “um novo conjunto de medidas de apoio à atividade económica, em particular às micro, pequenas e médias empresas“, anunciou o chefe do Executivo, na quarta-feira.

O ministro da Economia já tinha defendido que é preciso ter mais ambição nos apoios ao emprego e às empresas, tendo explicado que o Governo estava a ponderar, nesse sentido, estender e aumentar estas medidas.

À saída da reunião de Concertação Social da semana passada, Siza Vieira sinalizou que tal aconteceria por via não só do apoio à retoma progressiva (que deverá ser prolongado para 2021 e aprofundado), mas também pela criação de novos instrumentos, que serão conhecidos, confirmou entretanto António Costa, esta quinta-feira.

O objetivo do Executivo é evitar uma vaga de falências, que resultaria num aumento mais acentuado do desemprego do que o previsto e num aprofundamento da crise.

Apesar desta abertura revelada aos jornalistas, o Governo ainda não adiantou aos parceiros sociais que novas medidas estão a ser desenhadas, garantem ao ECO o líder da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, o líder da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, e o líder da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa.

Em conversa com o ECO, o responsável da CAP frisa a necessidade de fazer regressar os apoios lançados aquando da chegada da pandemia a Portugal, como o lay-off simplificado, e que entretanto foram deixados cair face à perspetiva de retoma económica.

Na mesma linha, António Saraiva apela ao recurso a dois grandes instrumentos: apoios à liquidez das empresas que sejam, pelo menos, em parte a fundo perdido e uma eventual retoma da versão simplificada do lay-off.

E Francisco Calheiros, da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) também insiste na necessidade de medidas de apoio à capitalização das empresas, “seja a fundo perdido de capital de risco ou outra forma de diversificar os instrumentos de capitalização necessários”.

João Vieira Lopes defende, por sua vez, que, nesse âmbito, devem ser concretizados três pontos principais: voltar a simplificar o lay-off, lançar apoios a fundo perdido e aliviar, pelo menos, parcialmente os encargos das empresas com as rendas.

Lay-off simplificado pode voltar?

A simplificação do lay-off foi uma das primeiras respostas do Governo à crise pandémica, mas a porta de acesso a esse regime fechou, em julho, para a generalidade das empresas.

Só os empregadores encerrados por imposição legal, como os bares, continuam a poder desfrutar do lay-off simplificado, que lhes permite suspender os contratos de trabalho e cortar os horários, ao mesmo tempo que lhes garante um apoio para o pagamento dos salários e a dispensa total das contribuições sociais.

Face às novas restrições impostas em resposta ao agravamento da pandemia, o líder da CCP entende que é preciso “voltar a simplificar o lay-off para apoiar o emprego”. João Vieira Lopes admite que não se repita a receita usada na primavera e sugere que, em alternativa, se pense numa versão desse instrumento “orientada para os setores que vão ser mais afetados” pelo endurecer das medidas anti-Covid e pela própria pandemia, nomeadamente o turismo, o comércio e os serviços.

Na mesma linha, o presidente da CIP defende uma retoma do lay-off simplificado para auxiliar as empresas na manutenção dos postos de trabalho, neste momento mais difícil.

E também o líder da CAP defende o regresso dessa versão extraordinária do lay-off, ainda que este instrumento não tenha tido grande adesão no setor agrícola. Eduardo Oliveira e Sousa explica, de qualquer modo, que o travão a esse regime teve como premissa a retoma da economia, que não se verificou como se estava à espera, pelo que é necessário voltar a disponibilizá-lo.

Aliás, já no verão, os patrões defenderam insistentemente o prolongamento do lay-off simplificado, mas o Governo decidiu lançar uma nova medida, em alternativa: o apoio à retoma progressiva. As críticas a esse regime têm sido muitas, tendo o Executivo “calibrado” recentemente este regime para abranger mais empresas e reforçar os apoios.

Ainda assim, o líder da CCP insiste: “É preciso retomar o lay-off. E António Saraiva acrescenta que o próprio apoio à retoma progressiva “tem de ser corrigido”, já que as medidas sanitárias foram entretanto alteradas e o contexto sofreu mudanças.

No turismo, Francisco Calheiros salienta, por sua vez, que a retoma económica “é ainda uma miragem”, pelo que não se pode manter a premissa “errada” da qual partiu a primeira versão desse apoio à retoma progressiva. Em 2021, diz o responsável, é preciso, além disso, “alargar o acesso a cada vez mais empregadores e assim melhorar a sua cobertura” desse regime.

É fulcral que medidas com o cariz do lay-off simplificado ou desta nova versão do apoio à retoma progressiva existam até que a crise se dissipe“, sublinha o líder da CTP.

Patrões querem apoios a fundo perdido, mas Governo tem resistido

João Vieira Lopes defende que devem ser lançados apoios a fundo perdido, como perdões fiscais, à semelhança do que já foi feito noutros países europeus. Esta medida também vem sendo repetidamente exigida pelas confederações patronais, mas o Governo tem resistido.

Também a CIP tem insistido na necessidade de serem disponibilizados apoios a fundo perdido. No âmbito do Orçamento do Estado para 2021, por exemplo, essa confederação apelou à conversão das garantias das linhas de crédito em incentivos a fundo perdido. Em conversa com o ECO, António Saraiva volta a essa questão, apelando a que sejam lançados “apoios à tesouraria das empresas nalgumas tipologias até a fundo perdido”.

No mesmo sentido, Francisco Calheiros, da CTP, defende: “As empresas precisam de medidas de apoio à capitalização, seja a fundo perdido de capital de risco ou outra forma de diversificar os instrumentos de capitalização necessários”. O responsável considera que o Governo deve fazer “uma aposta clara no tecido empresarial, com medidas de apoio à exportação, à internacionalização e ao aumento da competitividade”. “Só assim é possível salvar a economia”, acrescenta.

Por outro lado, João Vieira Lopes aponta também como “questão fundamental” o peso do arrendamento nas contas das empresas. O líder da CCP diz que para o “comércio de rua não há nada”, considera que as moratórias não chegam e defende que as rendas “deveriam ser limitadas”, com o Governo a cobrir parcialmente essa despesa. “Dividia-se o esforço pelos três: senhorios, empresas e Governo”, diz o mesmo.

O representante do comércio e serviços frisa, por outro lado, que a baixa das taxas de retenção na fonte do IRS — anunciada no Orçamento do Estado para 2021 como medida cujo propósito é animar a economia e reforçar os rendimentos — “não é um verdadeiro incentivo ao consumo”, já que terá pouco impacto mensal na carteira dos trabalhadores. João Vieira Lopes apela, por isso, a medidas mais musculadas também nesse campo.

A propósito, a CIP também tem criticado duramente o Orçamento do Estado para 2021, considerando que essa proposta não apoia as empresas nem o emprego, só suporta o desemprego.

O líder da CAP, por sua vez, insiste no regresso dos instrumentos lançados logo que a pandemia chegou a Portugal, nomeadamente a flexibilização dos impostos e das contribuições sociais, e defende que deveriam também ser lançadas novas linhas de crédito.

Em específico para o setor agrícola, Eduardo Oliveira e Sousa pede alterações no IVA das viaturas comerciais e nas contribuições autónomas das viaturas, bem como uma revisão do preço da energia e a inclusão dos trabalhadores independentes (situação em que está grande parte dos agricultores) nos benefícios fiscais relativos ao investimento que hoje estão reservados às empresas com IRC.

Se nada disto for feito e não forem lançados apoios adicionais aos que já estão em vigor, João Vieira Lopes, da CCP, antecipa um disparo do desemprego e das falências, perante a evolução negativa da pandemia e, a par disso, o endurecimento das restrições à mobilidade.

Já o líder da CAP garante que a agricultura fará “todos os esforços para não parar”, mas avisa que é preciso proteger as cadeias de abastecimento. No turismo, Francisco Calheiros avisa que o futuro “dependerá muito das medidas que forem tomadas” e defende que o país não pode “ficar à espera dos fundos comunitários adicionais, que só chegarão em 2021”.

O presidente da CIP também deixou um alerta, à saída de uma reunião com Marcelo Rebelo de Sousa: “É preciso combater a pandemia, mas salvar a economia. Não nos iludamos que esta crise vai desaparecer nos próximos meses, vai é aumentar”. António Saraiva rematou dizendo esperar que as medidas que saiam do Conselho de Ministros desta quinta “sejam dignas desse nome”.

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Apoio à retoma progressiva tem novas regras. Veja as simulações de quanto vai receber

O Governo decidiu mudar as regras do apoio à retoma progressiva, alargando o universo de empresas potencialmente abrangidas e possibilitando cortes maiores nos horários de trabalho.

As regras do apoio à retoma progressiva mudaram. O Governo decidiu abrir a porta desse regime a mais empregadores, ao mesmo tempo que tornou possível reduzir em 100% os horários de trabalho, nas empresas em maiores dificuldades. As simulações feitas pela EY para o ECO mostram como ficam os rendimentos dos trabalhadores das entidades empregadoras que, por estarem em crise, adiram a este regime conhecido como “sucedâneo” do lay-off simplificado.

De acordo com a legislação em vigor, podem aderir ao apoio à retoma progressiva as empresas que registem quebras de, pelo menos, 25%. Até aqui, era exigido um recuo da faturação de, pelo menos, 40%, ou seja, o Governo facilitou o acesso a este regime.

No quadro deste apoio, os empregadores podem reduzir os horários de trabalho, em função das suas quebras de faturação, recebendo um apoio da Segurança Social para o pagamento dos salários. Assim:

  • As empresas com quebras iguais ou superiores a 25%, mas inferiores a 40%, podem aplicar um corte máximo de 33% nos horários de trabalho. Ficam responsáveis por pagar a 100% o vencimento das horas trabalhadas, além de 30% de quatro quintos do ordenado referente às horas não trabalhadas, garantindo a Segurança Social os restantes 70%. No total, os trabalhadores recebem 92% da remuneração, indicou o Executivo.
  • Já as empresas com quebras iguais ou superiores a 40%, mas inferiores a 60%, podem reduzir até 40% os horários de trabalho. Pagam 100% das horas trabalhadas e 30% de quatro quintos das horas não trabalhadas, ficando a Segurança Social responsável pelos outros 70%. Os trabalhadores recebem, tudo somado, 88% da remuneração.
  • No caso das empresas com quebras iguais ou superiores a 60%, mas inferiores a 75%, é possível cortar até 60% os horários de trabalho. O empregador paga 100% das horas trabalhadas, além de 30% de quatro quintos das horas trabalhadas, assegurando a Segurança Social os outros 70%. Os trabalhadores recebem, tudo considerado, 93% da sua remuneração.
  • Já as empresas com quebras iguais ou superiores a 75% podem reduzir até 100% os horários de trabalho. Neste caso, os empregadores pagam 65% do vencimento referente às horas trabalhadas, assegurando a Segurança Social os outros 35%. E os tais quatro quintos do ordenado relativo às horas não trabalhadas são pagos a 100% pelo Estado. No caso dos horários serem reduzidos na totalidade, cabe à Segurança Social pagar todo o valor devido ao trabalhador, que é o equivalente a 88% da remuneração normal bruta.

Estas regras são diferentes das que estiveram em vigor nos meses de agosto e setembro e também diferem das que se previam para o período entre outubro e dezembro. O Governo decidiu, então, “calibrar” o apoio à retoma progressiva, abrindo a porta a mais empregadores e reforçando o apoio a pagar às empresas, em alguns casos. E como ficam os trabalhadores? As simulações da EY respondem.

Por exemplo, um trabalhador com uma remuneração bruta de 750 euros que veja o seu horário reduzido em 100% passará a ganhar 660 euros por mês, isto é, 88% do seu salário original, como dita a lei.

Receberá o mesmo valor se sofrer um corte de 60% do seu horário, sofrendo em ambos os casos um corte de 12%, estima a EY. Isto porque a legislação obriga a que, quando há um corte no horário superior a 60%, se assegure, pelo menos, 88% do salário ao trabalhador.

Já se o horário for cortado em apenas 33%, esse mesmo trabalhador terá a receber 700,50 euros, menos 7% do que a sua remuneração em circunstâncias normais. Esse valor é o resultado da soma dos 502,50 euros devidos pelas horas trabalhadas com os 198 euros equivalentes ao vencimento de quatro quintos das horas não trabalhadas.

O mesmo nível de cortes é aplicado, por exemplo, no caso de um trabalhador que receba 1.500 euros de remuneração bruta: um corte 12%, se vir o horário reduzido em mais de 60%, e, caso sofra um corte de 33% no período normal de trabalho, uma redução salarial de 7%.

Nessa última situação, o trabalhador tem a receber 1.401 euros: 1.005 euros pelas horas trabalhadas e 396 euros pelas horas não trabalhadas.

Os cortes vão sendo agravados, contudo, à medida que aumentam os salários, uma vez que a Segurança Social paga no máximo 1.905 euros de apoio. Isto tanto no que diz respeito às horas não trabalhadas, como no que diz respeito à soma das ajudas dadas pelo Estado às empresas com quebras mais acentuadas.

Por exemplo, um trabalhador com um salário de 2.500 euros ao ficar com o horário reduzido em 100% passa a receber 1.905 euros, sofrendo um corte de 24%. Neste caso, a fatia de 88% do salário original ultrapassa o tal teto máximo da Segurança Social, aplicando-se então esse último valor: os tais 1.905 euros.

Se este mesmo trabalhador mantiver 40% do seu horário passa a ter direito a 2.200 euros: 1.000 euros pelas horas trabalhadas e 1.200 euros pelas horas trabalhadas, que neste caso não atingem o limite máximo previsto na lei.

Num outro exemplo, um trabalhador com um salário de 5.000 euros que veja o horário reduzido em 100% passa a ganhar 1.905 euros mensais, sofrendo um corte de 62%, estima a EY. Mais uma vez, aplica-se o limite máximo do apoio da Segurança Social e não a regra que dita que os trabalhadores devem receber no mínimo 88% do seu salário.

E se mantiver 40% do seu horário? Neste caso, recebe cerca de 78% da sua remuneração normal, isto é, 3.905 euros: 2.000 euros referentes às horas trabalhadas e 1.905 euros referentes às horas não trabalhadas, aplicando-se mais uma vez o máximo fixado na lei.

No caso de sofrer um corte no horário de 33%, tem a receber 93% do salário original, isto é, 4.670 euros: 3.350 euros pelas horas trabalhadas e 1.320 euros pelas horas não trabalhadas.

O apoio à retoma progressiva está disponível até ao final do ano, mas o Governo já se mostrou disponível para o prolongar para 2021 e até aprofundar esse regime.

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Comunidades intermunicipais do Centro apresentam oito investimentos prioritários

  • Lusa
  • 4 Novembro 2020

CIM querem ajudar Governo a definir com exatidão os projetos que vão ser financiados pelo PRR e, por isso, concertaram posições e apresentaram oito projetos no montante de mil milhões de euros.

As comunidades intermunicipais do Centro reunidas esta quarta-feira em Conselho Regional, em Coimbra, anunciaram a aprovação de um documento com oito investimentos prioritários, um por cada uma, no montante de mil milhões de euros.

“É um momento importante, mas mais do que isso é um momento político da maior relevância para que o Centro conte mais num país onde a centralidade em termos de disputa financeira está muito à volta de Lisboa e Porto”, disse aos jornalistas Ribau Esteves, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, no final da reunião.

O dirigente, que é também presidente do município de Aveiro, salientou que o Conselho Regional do Centro “nunca tinha concertado uma posição com definição de projetos em concreto”.

Nos investimentos considerados prioritários, cinco são na área da saúde: ampliação e qualificação do Hospital de Aveiro, a criação do Centro Oncológico no Centro Hospitalar Viseu/Tondela e criação e reforço da rede de psiquiatria e de cuidados continuados, construção da nova maternidade de Coimbra, novo hospital do Oeste e beneficiação e ampliação do Centro Hospitalar de Leiria.

Na lista encontram-se dois projetos na área das acessibilidades, com a construção do IC31 (Beira Baixa) e da ponte de Constância/Abrantes, com ligação ao IC9, e um no setor tecnológico, com a criação de uma rede de alta conectividade em baixa densidade (Beiras e Serra da Estrela).

“Estamos numa fase muito importante de ajudar o Governo a definir com exatidão os projetos que vão ser financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e, por isso, fizemos um exercício de concertação das oito comunidades e decidimos qual é a prioridade por cada uma das comunidades”, disse Ribau Esteves.

Estamos numa fase muito importante de ajudar o Governo a definir com exatidão os projetos que vão ser financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e, por isso, fizemos um exercício de concertação das oito comunidades e decidimos qual é a prioridade por cada uma das comunidades.

Ribau Esteves

Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro

O autarca realçou ainda a proposta para existir um “pacto regional” entre o próprio PRR, as comunidades intermunicipais da região Centro e os seus vários atores, de forma a assegurar a “territorialização do PRR”. Segundo Ribau Esteves, as oito comunidades intermunicipais da região Centro querem fazer “parte da conceção e gestão das operações, materializando-as”.

“Queremos ser parte da construção e da conceção dos vários projetos, onde há necessidade de envolvimento de atores com capacidade de realizar”, frisou.

O autarca salientou que o pacto serve para “assumir, de forma clara e nominativa, quais são os projetos que a região centro assume a parceria na conceção e construção, de entre as opções que sejam assumidos pelo Governo, depois de terminadas as negociações com as entidades europeias”

Para o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, os oito projetos apresentados “têm de estar nas opções do PRR” para a região Centro, que representa 20% da população nacional e 30% da área territorial.

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Wall Street fecha em alta à espera do vencedor das eleições

Quando Wall Street fechou, a contagem dos resultados colocava Joe Biden à frente, com 248 votos eleitorais, contra os 214 votos eleitorais de Trump. São precisos 270 votos.

Ganhos expressivos nas bolsas norte-americanas, ainda que não haja um vencedor das eleições presidenciais e Donald Trump tenha ameaçado contestar os resultados.

Quando Wall Street fechou, a contagem dos resultados colocava Joe Biden à frente, com 248 votos eleitorais, contra os 214 de Trump. São precisos 270 votos para o colégio eleitoral para ser eleito o próximo Presidente dos EUA.

Neste cenário, o S&P 500 fechou em alta de 2,20% para 3.443,44 pontos. Também o industrial Dow Jones avançou 1,34% e o Nasdaq ganhou 3,85%.

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Hospital Lusíadas Porto e Braga assinam acordo para tratar doentes do SNS

Hospital Lusíadas Porto e Braga vão apoiar o Sistema Nacional de Saúde. Objetivo é contribuir de forma mais ativa nas consultas diagnóstico e tratamento das demais patologias não Covid.

Face ao recorde de casos de Covid-19 em Portugal e à escassez de recursos na zona norte, o grupo Lusíadas Saúde está a reajustar o perfil do Hospital Lusíadas Porto e Hospital Lusíadas Braga para ajudar o Sistema Nacional de Saúde (SNS) no combate à pandemia. De acordo com o grupo existe uma “imperativa necessidade de atuar nas consultas, diagnóstico e tratamento das demais patologias não Covid-19″.

“A Lusíadas Saúde tem vindo a ter contactos diretos com a ARS Norte e iniciado o processo de adesão ao acordo que, para além da duplicação da capacidade instalada para o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) – já informada e em operação –, irá permitir o internamento de doentes com patologia médica em fase aguda. Por outro lado, está ainda a ser ultimada a negociação de capacidade com um Hospital de referência, no Porto, para acelerar a execução das cirurgias urgentes em lista de espera, num total de 25 camas médicas e cirúrgicas”, explica o grupo em comunicado. Este é o segundo acordo que a ARS Norte assina esta semana. O primeiro foi com a José de Mello Saúde (Grupo CUF) para que a CUF do Porto receba doentes Covid do SNS.

Em causa está o despacho do gabinete da ministra da Saúde, de 3 de novembro de 2020, que suspende “a atividade assistencial não urgente que, pela sua natureza ou prioridade clínica, não implique risco de vida para os utentes”. Para o grupo esta contingência implica um “crescimento ainda mais acentuado das listas de espera, que atualmente já se encontram na ordem de um milhão de consultas, 100 mil exames e mais de 60 mil cirurgias”. Um alerta que tinha sido lançado também pelo Tribunal de Contas perante o agravamento das listas de espera e para o risco de incapacidade do SNS em lidar com o aumento da procura tendo em conta a suspensão dos atos médicos não urgentes entre 15 de março e 2 de maio.

O grupo adianta ainda que o Hospital Lusíadas Porto está ainda a estudar a possibilidade de ajustar o seu perfil assistencial para poder contribuir para o internamento de doentes com Covid-19 e “aguarda a atualização do respetivo protocolo por parte do Ministério da Saúde, que deverá assentar na experiência associada à duração média de internamento em enfermaria e em cuidados intensivos e nos respetivos custos efetivos suportados pelos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

A Lusíadas Saúde refere que desde o fim do período de confinamento já realizou de mais de 1.500 cirurgias ao abrigo do programa Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) do Serviço Nacional de Saúde.

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Governo admite avaliação ambiental estratégica do aeroporto do Montijo

  • Lusa
  • 4 Novembro 2020

Pedro Nuno Santos disse que a crise causada pela pandemia veio dar ao Governo tempo para ponderar sobre a possibilidade de uma avaliação ambiental estratégica sobre o novo aeroporto do Montijo.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, disse que a crise causada pela pandemia veio dar ao Governo tempo para ponderar sobre a possibilidade de uma avaliação ambiental estratégica sobre o novo aeroporto do Montijo.

Numa audição no parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) e em resposta à deputada Inês Sousa Real, do PAN, o ministro sublinhou que, antes da pandemia de covid-19, a capacidade do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, estava “esgotada”, sendo recusados “muitos voos” o que levava à perda de receitas para vários setores da economia.

A urgência fazia com que nós não perdêssemos mais tempo na necessidade de expandir a capacidade aeroportuária de Lisboa“, continuou Pedro Nuno Santos.

“[Agora], não ignoramos que a pandemia, não retirando a necessidade de aumentar a capacidade aeoportuária, porque contamos com a recuperação dentro de alguns anos, dá-nos algum tempo para ponderarmos a possibilidade de avaliação ambiental estratégica”, afirmou o ministro.

Várias organizações ambientais têm defendido que o processo referente ao novo aeroporto de Lisboa tem de ser apreciado no contexto de uma avaliação ambiental estratégica, em que sejam ponderadas várias opções possíveis.

Questionado ainda pela deputada do PAN sobre a abertura do Governo para acolher, durante a discussão na especialidade, a proposta do seu partido sobre a criação de uma taxa de carbono de dois euros para o fundo ambiental e para a ferrovia, o ministro manifestou-se disponível para discutir o tema.

“Estamos disponíveis para falar convosco sobre políticas de descarbonização”, repondeu Pedro Nuno Santos à deputada do PAN, partido que se absteve na votação na generalidade da proposta de OE2021, contribuindo assim para a sua aprovação.

Antes, Pedro Nuno Santos já tinha indicado que o Governo está “disponível” para “encontrar formas de o setor da aviação contribuir para um futuro mais sustentável, enquanto não tem alternativas em termos de fonte de energia”.

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Ex-administrador do Montepio afirma que operações na origem de multa visaram recuperar crédito

  • Lusa
  • 4 Novembro 2020

O ex-administrador do Montepio Eduardo Farinha afirmou em tribunal que operações na origem da coima do Banco de Portugal visaram recuperar crédito.

O ex-administrador do Montepio Eduardo Farinha disse hoje ao Tribunal da Concorrência que as operações na origem das contraordenações aplicadas pelo supervisor visaram recuperar crédito “ajustando à situação concreta da vida das pessoas”.

Falando na primeira sessão do julgamento dos pedidos de impugnação apresentados no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, pelo banco Montepio e oito dos seus ex-administradores às coimas de perto de cinco milhões de euros aplicadas pelo Banco de Portugal (BdP) por violações das regras de controlo interno e incumprimento nos deveres de implementação de controlo interno, referentes à concessão de crédito, Eduardo Farinha admitiu que possam ter existido “falhas”, mas nunca “intenção”.

O economista, atualmente reformado, procurou explicar cada uma das operações de reestruturação de créditos em que esteve envolvido, a partir de 2007, enquanto membro do Conselho de Administração da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) e, à época, igualmente da Associação Mutualista (cuja separação foi forçada em 2015 pelo BdP).

Eduardo Farinha admitiu que algumas das operações de concessão e reestruturação de créditos “correram mal”, sublinhando que as sucessivas aprovações visaram sempre recuperar o dinheiro concedido.

A juíza Mariana Sousa Machado foi confrontando o arguido com os factos constantes da decisão administrativa, questionando sobre as operações que envolveram construtoras como a Eletrofabril, com um financiamento de 1,8 milhões de euros e que acabou por entrar em insolvência, a Investfundo II (com um empréstimo de 25 milhões de euros do Montepio e outros 25 milhões do BES) ou os financiamento relativos a navios de cruzeiro de um operador grego.

Na decisão administrativa constam ainda operações de crédito a António Ministro dos Santos para aquisição de lotes destinados ao campus da Universidade Católica, que nunca se concretizou, à Cintra Urbanizações, Turismo e Construções, para uma urbanização na Tapada das Mercês, à Imoholding, ao grupo Vicaima, à Imocom, entre outros.

O economista afirmou que muitos projetos de construção civil se depararam com dificuldades junto das autarquias e referiu o contexto económico de crise e intervenção da ‘troika’ no país, nomeadamente nos casos de famílias que entraram em incumprimento nos pagamentos dos créditos à habitação, tendo sido a opção encontrar acordos de pagamento e evitar a execução.

Eduardo Farinha explicou ainda os procedimentos internos que levaram a que as operações fossem aprovadas pelo Conselho de Administração.

O mandatário dos arguidos, Alexandre Mota Pinto, pediu a junção aos autos das folhas da auditoria realizada pela Ernst & Young à Caixa Geral de Depósitos para mostrar “como se forma uma amostra representativa de créditos”, já que considera “enviesada” a amostra que consta da auditoria da Deloitte ao Montepio, na origem do presente processo.

Mota Pinto afirmou que a principal contraordenação imputada pelo BdP aos arguidos se baseia “numa amostra escolhida a dedo de créditos em reestruturação”, sublinhando que neste processo não está em causa “o mérito ou o resultado das operações, mas os procedimentos”, e que, “em muitos casos”, a recuperação dos créditos “foi bem-sucedida”.

Mota Pinto afirmou que o processo surgiu num momento de “tensão”, já que muitos administradores não concordavam com o processo de separação da Associação Mutualista da CEMG imposta pelo BdP.

Em causa no processo estão coimas aplicadas em fevereiro de 2019 pelo BdP à Caixa Económica Montepio Geral, Caixa Económica Bancária, S.A (2,5 milhões de euros), ao seu antigo presidente Tomás Correia (1,25 milhões de euros) e a outros sete ex-administradores (entre 17,5 mil e 400 mil euros) por várias ilegalidades, como violações das regras de controlo interno e incumprimento nos deveres de implementação de controlo interno, referentes à concessão de crédito.

Além da CEMG e de Tomás Correia, recorrem da decisão do BdP os ex-administradores Álvaro Dâmaso, Eduardo Farinha, Fernando Pereira Magalhães, Jorge Luís, José Serra e Pedro Alves Ribeiro.

O processo teve origem na auditoria especial feita ao banco Montepio, a pedido do Banco de Portugal, em 2014, pela Deloitte, que incidiu no período entre 2009 e 2012, incluindo atos praticados até 2014.

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