Países da UE comprometem-se a só adotar restrições proporcionais e temporárias

  • Lusa
  • 13 Outubro 2020

Após vários meses de descoordenação nas restrições às viagens, o Conselho decidiu que as medidas restritivas da liberdade de circulação de pessoas terão de ser “proporcionais e não discriminatórias".

Os países da União Europeia (UE) comprometeram-se esta terça-feira a só adotar restrições à circulação no espaço comunitário, no âmbito da Covid-19, desde que sejam “proporcionais e não discriminatórias”, devendo também ser levantadas logo que possível, anunciou o Conselho.

“Hoje, o Conselho adotou uma recomendação sobre uma abordagem coordenada das restrições à liberdade de circulação em resposta à pandemia de Covid-19”, visando “evitar a fragmentação e as perturbações, bem como aumentar a transparência e a previsibilidade para os cidadãos e as empresas”, anuncia a estrutura que representa os Estados-membros em comunicado.

Após vários meses de descoordenação nas restrições às viagens dentro da UE, e numa altura de aumento do número de casos de infeção na Europa, o Conselho decidiu hoje que “quaisquer medidas restritivas da liberdade de circulação que visem proteger a saúde pública terão de ser proporcionais e não discriminatórias e terão de ser levantadas logo que a situação epidemiológica o permita”.

Tal como proposto no início do mês pela Comissão Europeia – que já se veio congratular com a adoção – em causa está a adoção de critérios comuns para identificar as zonas mais arriscadas dentro da UE, que terão por base dados agregados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), fornecidos pelos próprios países, sobre o total de novos casos notificados, de testes realizados e de resultados positivos.

“Com base nestes dados, o ECDC deverá publicar um mapa semanal dos Estados-membros da UE, discriminado por regiões, a fim de apoiar os países na sua tomada de decisões”, explica o Conselho.

Isso resultará num código de cores, no âmbito do qual o verde diz respeito às zonas onde a taxa de notificação de 14 dias é inferior a 25 casos e a taxa de positividade dos testes é inferior a 4%, e o laranja refere-se a regiões onde a taxa de notificação de 14 dias é inferior a 50 casos, mas a taxa de positividade dos testes é igual ou superior a 4%, ou quando a taxa de notificação de 14 dias se situa entre os 25 e os 150 casos e a taxa de positividade dos testes é inferior a 4%.

Já o vermelho será referente às regiões onde a taxa de notificação de 14 dias é igual ou superior a 50 casos e a taxa de positividade dos testes é igual ou superior a 4%, ou quando a taxa de notificação de 14 dias é superior a 150 casos.

Há ainda outra cor, o cinzento, para quando a informação disponibilizada for insuficiente ou quando a taxa de despistagem for inferior a 300 testes.

Isto significa, então, que “os Estados-membros não deverão restringir a liberdade de circulação de pessoas que se desloquem de/para zonas verdes” e que, a serem aplicadas restrições, “deverão respeitar as diferenças, em termos de situação epidemiológica, entre as zonas laranja e vermelha e agir de forma proporcionada”.

Por princípio, “os Estados-membros não deverão recusar a entrada a pessoas provenientes de outros países da UE”, recorda o Conselho, admitindo ainda assim que, quem provenha de regiões assinaladas a laranja ou vermelho, possa ter de cumprir quarentena ou fazer teste.

Além disso, os países podem “dar aos viajantes a possibilidade de substituir este teste por um teste antes da sua chegada” e ainda “exigir às pessoas que entram no seu território que preencham um formulário de localização do passageiro”.

Em Portugal, por exemplo, é entregue um formulário da Direção-Geral da Saúde a todos os passageiros que chegam ao país por via aérea.

Com o documento adotado esta terça-feira, os países da UE comprometem-se, ainda, a dar conhecimento de restrições aos Estados-membros abrangidos e de o fazer com 48 horas de antecedência.

Aos cidadãos, devem ser prestadas “informações claras, completas e atempadas sobre quaisquer restrições e requisitos” e até 24 horas antes da entrada em vigor das medidas”, adianta o Conselho.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e setenta e sete mil mortos e mais de 37,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo.

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Investimento na mobilidade sustentável triplica em 2021 para cerca de 650 milhões de euros

Na proposta de OE2021 o Governo fala de "montantes de investimento na área da mobilidade sustentável não têm paralelo na história recente do país". Trata-se de um salto de mais 450 milhões em 2021.

“Os montantes de investimento na área da mobilidade sustentável não têm paralelo na história recente do país, demonstrando a forte aposta do Governo na descarbonização dos transportes”.

A garantia é dada pelo Governo na proposta de Orçamento do Estado para 2021, entregue esta segunda-feira no Parlamento. O documento revela que no próximo ano o investimento na mobilidade sustentável “aumenta 450 milhões de euros, face a 2020, mantendo-se a inversão verificada a partir de 2016″.

Os investimentos nos transportes públicos tinham já mais do que duplicado entre 2019 e 2020 (de menos de 100 milhões para mais de 200 milhões de euros). Com este salto de gigante de mais 450 milhões em 2021, este investimento mais do que triplicará no próximo ano: de pouco mais de 200 milhões de euros para cerca de 650 milhões de euros.

Em 2022 o Governo prevê também um salto para quase 800 milhões de euros de investimento na mobilidade mais suave e sustentável.

Proposta de Orçamento do Estado para 2021

De acordo com o Governo, o investimento nos transportes públicos assume “relevância fulcral no quadro dos desafios ambientais, do aumento da coesão territorial e ainda da melhoria da qualidade de vida nos centros urbanos”, a que soma o desafio da pandemia de Covid-19, que revelou “a necessidade de aumentar a oferta dos serviços de transportes, garantindo a segurança dos utilizadores, face às exigências de distanciamento social”.

A proposta de OE2021 destaca três grandes eixos neste aumento de 450 milhões de investimento na mobilidade sustentável em 2021:

  • Requalificação, modernização e expansão da Rede Ferroviária Nacional, previstas no Plano Ferrovia 2020, que constitui uma mais valia para a sustentabilidade ambiental;
  • Desenvolvimento dos sistemas de metropolitano, com as expansões das redes do Metro do Porto e do Metropolitano de Lisboa, que permitem uma mobilidade mais suave, aliviando as pressões existentes nos centros urbanos associadas aos movimentos pendulares, enquanto contribuem para o alcance da meta da neutralidade carbónica em 2050;
  • Reforço da frota das empresas de transportes públicos, um investimento que permitirá efetivar o aumento da oferta de transportes, complementando o investimento na rede.

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INE confirma descida dos preços no consumidor em setembro

Os preços no consumidor em território nacional caíram 0,1% em setembro, confirmando a inflação negativa que já se esperava.

Os preços no consumidor em território nacional caíram 0,1% em setembro, confirmando a estimativa feita pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no final daquele mês. Ainda assim, a taxa de inflação nos produtos alimentares não transformados superou os 4%.

“A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi -0,1% em setembro de 2020, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais à registada no mês anterior”, referem os dados do INE, publicados esta terça-feira. “O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação homóloga de -0,2%, taxa inferior em 0,1 p.p. à registada em agosto”.

Contudo, apesar de a inflação ser negativa no conjunto, há variações dentro das diferentes categorias. No caso dos produtos alimentares não transformados, a inflação fixou-se em 4,2% face a setembro do ano passado. Por outro lado, os preços dos produtos energéticos estão 5,6% abaixo dos valores registados em setembro do ano passado.

A variação mensal (entre julho e agosto) do IPC foi de 0,8%. A média dos últimos 12 meses até setembro coloca a inflação nula. Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português — indicador utilizado pelo Eurostat para comparar a evolução dos preços nos vários Estados-membros –, fixou-se nos -0,8%, o que compara com os -0,2% observados em agosto.

(Notícia atualizada às 11h45 com mais informação)

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MOP revoluciona “out of home” em Portugal com passagem a digital de 20% das redes

  • Conteúdo Patrocinado
  • 13 Outubro 2020

A MOP lança este mês novos formatos digitais que serão implementados nos pontos mais movimentados de Lisboa e Porto, nomeadamente transportes públicos e centros comerciais.

A MOP lançou este mês três novos suportes digitais que implicaram um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros e que fazem parte de um crescente processo de digitalização do seu portfólio.

Foi há pouco menos de um ano que a MOP agitou o mercado de Out Of Home (OOH) ao apresentar-se com um novo posicionamento “Ideias Fora do Formato” e afirmando que o futuro do OOH passava pela crescente digitalização dos formatos. É nesse contexto que introduziu estes três novos suportes digitais: Mupis (pequeno formato), 3 Ecrãs e Leds (grande formato).

A partir de agora, cerca de 20% das redes da MOP passam a ser digitais tornando-se no operador de OOH com maior presença digital no mercado. Serão mais de 1400 faces até 2021, simultaneamente de pequeno e grande formato, colocadas nos pontos mais movimentados de Lisboa e Porto. Este processo começa já com a digitalização das principais estações do Metro Lisboa e das infraestruturas de Portugal (CP) e alguns Centros Comerciais na zona Norte.

Dentro do contexto “Ideias Fora do Formato”, os anunciantes, agências de publicidade e meios passam a dispor de inúmeras soluções tecnológicas que potenciam a criatividade.

A digitalização vai permitir comunicar com uma maior flexibilidade, impacto e cobertura, tornando qualquer comunicação OOH ainda mais “unskippable”.

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Lisboa recebe Centro de Excelência para Automação e Personalização de Marketing

O Centro de Excelência em Automação de Marketing e Personalização da Wunderman Thompson em Lisboa (WT Lisbon CoE) é uma das instalações mais avançadas de seu tipo no mundo.

A Wunderman Thompson inaugura um novo Centro de Excelência Global para Automação e Personalização de Marketing em Lisboa. O (WT Lisbon CoE) conta com um investimento de cerca de quatro milhões de euros nos próximos três anos e com a criação de cerca de 100 novos empregos nas áreas de dados, inteligência e operações de marketing em Portugal.

O Centro desempenhará um papel crítico no desenvolvimento e crescimento da prática na agência, permitindo que marcas ambiciosas em todo o mundo acelerem sua transformação digital, como explica em entrevista Nuno Santos, CEO da Wunderman Thompson Portugal.

http://videos.sapo.pt/IVKrnCzfPoLnUfyJWWzn

 

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O Grande Circo já está a chegar ao Algarve

  • Jorge Girão
  • 13 Outubro 2020

O dia do regresso da Fórmula 1 ao nosso país aproxima-se e os preparativos no circuito situado nos arredores de Portimão já tiveram início.

Estamos a menos de duas semanas do início do programa oficial do Grande Prémio de Portugal, mas existe já movimentação no Autódromo Internacional do Algarve.

O dia do regresso da Fórmula 1 ao nosso país aproxima-se e os preparativos no circuito situado nos arredores de Portimão já tiveram início com a montagem de diversas infraestruturas que permitirão a realização da prova.

Um Grande Prémio da categoria máxima do desporto automóvel é um de logística impressionante a diversos níveis.

As equipas têm de transportar dois carros, mais um chassis extra, todas as ferramentas e componentes suplentes para além do equipamento das boxes e os enormes palacetes a que chamam “motorhomes”, onde todos os seus membros e, sobretudo, convidados são principescamente alimentados.

Por seu lado, a Formula One Management (FOM) é responsável por toda parafernália técnica que permite a transmissão televisiva em todo o globo, tendo ainda sua própria área VIP, pela qual é também responsável.

A FIA tem a seu cargo o transporte de todas as ferramentas para poder verificar tecnicamente todos os monolugares de Fórmula 1 de modos a que possa garantir que todos cumprem o regulamento.

Tudo isto desloca-se por toda a Europa através de camiões, numa corrida contra o tempo para que tudo esteja no seu lugar na quinta-feira que antecede cada Grande Prémio que exige um planeamento logístico criterioso.

Crédito: Pedro Contente

O Grande Prémio de Eifel realizou-se no passado fim de semana, mas enquanto os carros rugiam em Nurburgring, a FOM estava já a realizar trabalhos no Autódromo Internacional do Algarve relacionados com as condições necessárias para a transmissão televisiva da prova portuguesa, como é o caso de torres e a distribuição de cabos em redor do circuito.

Nos próximos dias deverão chegar as imponentes “motorhomes” das equipas, enquanto a estrutura operacional de corridas de cada uma delas deverá marcar presença no Autódromo Internacional do Algarve no início da semana do Grande Prémio de Portugal.

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CP tem novos descontos. Há viagens entre Lisboa e Porto a cinco euros

A empresa de comboios tem mais de 12.000 bilhetes nas viagens de longo curso com descontos de 80%. Viajar entre Lisboa e Porto poderá custar cinco euros.

Voltaram os descontos nas viagens de comboio. A CP – Comboios de Portugal tem mais de 12 mil bilhetes Intercidades com descontos de 80%, válidos para a classe turística. As promoções são válidas para viagens realizadas entre 22 de outubro e 31 de dezembro e têm de ser compradas com, no mínimo, dez dias de antecedência.

“A partir de 13 de outubro, a CP-Comboios de Portugal vai disponibilizar cerca de 12.200 viagens, uma média de 178 viagens diárias, com descontos até 80%, nos comboios Intercidades, em 2.ª classe“, informa o comunicado divulgado pela empresa esta terça-feira.

Esta é a altura ideal para começar a planear a próxima viagem que vai fazer pelo país. Só tem de viajar entre os dias já mencionados e comprar os bilhetes com antecedência. Depois é só escolher o destino. Por dia, em média, a CP vai colocar à venda cerca de 178 bilhetes, sendo que no âmbito desta campanha “estão contemplados todos os destinos Intercidades”.

Entre as várias promoções estão bilhetes com saída de Lisboa e com destino a Évora a 2,5 euros. Ao passo que, se a partida for de Lisboa com destino a Beja, vai ter de desembolsar mais 50 cêntimos, ou seja, a viagem ficar-lhe-á por três euros.

Viajar entre a capital e Coimbra e Covilhã pode custar quatro euros, enquanto a viagem de Lisboa a Faro ou Guarda fica por 4,5 euros. Mais caro fica unir as duas principais cidades do país (Lisboa – Porto), cujo bilhete ficará por cinco euros. Já se quiser embarcar na capital com destino a Braga, Viana do Castelo ou Guimarães a viagem vai custar, no mínimo, 5,50 euros.

Desde 2013, a CP tem lançado várias campanhas semelhantes, que têm contribuído para o aumento da procura pelos comboios Alfa e Intercidades na ordem dos 40% entre 2013 e 2019.

Esta segunda-feira o Governo entregou na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2021. Entre as propostas está um empréstimo de 468,6 milhões de euros à CP, isto depois de o Ministério das Finanças ter emendado à mão um erro numa tabela de despesas excecionais que previa um empréstimo neste montante para o Fundo de Resolução.

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Leão admite que a TAP pode precisar de mais do que 500 milhões em 2021

O ministro das Finanças disse que os 500 milhões adicionais para a TAP, previstos no Orçamento do Estado para 2021, são um "valor indicativo", podendo ser superior ou inferior em função da pandemia.

Os 500 milhões de euros adicionais que o Governo pôs de parte para a TAP no Orçamento do Estado para 2021 é “um valor ainda indicativo”, ou seja, poderá ser superior ou inferior, em função da evolução da pandemia e do plano de reestruturação que for aprovado para a companhia aérea nacional.

A proposta entregue pelo Governo ao Parlamento na segunda-feira à noite antecipa que a TAP “deverá utilizar a totalidade dos 1.200 milhões de euros de empréstimo do Estado” e reconhece como “incerto” o valor que a TAP poderá necessitar no ano que vem. Na apresentação do documento, o ministro das Finanças deu mais detalhes, deixando em aberto que a empresa pode vir a precisar de mais dinheiro, ou menos, do que o previsto.

“Tudo indica que, no próximo ano, seja preciso uma verba adicional, e a nossa estimativa neste momento é de que será um valor próximo dos 500 milhões de euros. Não é o pior cenário, é o cenário indicativo que temos, e é o cenário base. É um contexto muito incerto, a evolução da pandemia vai ser determinante para a evolução do setor. Nesta fase, não só não sabemos qual vai ser a evolução da pandemia como o plano de reestruturação não está aprovado”, afirmou João Leão.

O ministro recordou então que o setor da aviação civil foi um dos “mais atingidos por esta crise” e que, noutros países europeus, os governos têm “apoiado este setor e executado empréstimos com garantia do Estado, empréstimos diretos do Estado ou capitalização direta do Estado”.

“O que temos previsto para a TAP em 2021 é um valor ainda indicativo e referencial, porque neste momento estamos a trabalhar, a TAP está a desenvolver de forma muito intensa o plano de reestruturação e esse plano tem de ser submetido à Comissão Europeia e deverá prever a melhoria da eficiência operacional da empresa e uma dimensão de melhoria da parte financeira da empresa”, argumentou o titular da pasta das Finanças.

Assim, acrescentou que “apenas na sequência desse plano de reestruturação, e da aprovação, e da evolução da pandemia no setor”, é que será possível ter “um valor mais certo do que será preciso no próximo ano para ajudar a liquidez da empresa”, por via de uma “garantia para assegurar as necessidades”.

“O que temos previsto para o próximo ano é uma operação de natureza diferente [do empréstimo deste ano]. Não é o Estado dar um empréstimo direto à empresa, mas o Estado dar uma garantia para que a empresa possa ter liquidez para funcionar no próximo ano”, referiu.

A TAP tem até 10 de dezembro para apresentar um plano de reestruturação a Bruxelas. Mas, segundo o secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, “a expectativa” é de que “esteja concluído mais cedo e possa vir a ser apresentado à Comissão Europeia ainda durante o mês de novembro”, revelou. O governante lembrou que as expectativas sobre o setor para 2020 e 2021 foram-se degradando significativamente ao longo dos meses.

“As últimas perspetivas apontam para uma recuperação dos níveis que se vivia pré-pandemia, de 2019, para algures em 2024 e 2025. Sendo contexto de elevada incerteza, é preciso ter noção de que esta situação é transversal para o conjunto das companhias aéreas”, concluiu Miguel Cruz.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h19)

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Concorrência analisa compra do controlo da Global Media pelo Grupo Bel

  • Lusa
  • 13 Outubro 2020

Grupo Bel, de Marco Galinha, notificou a Autoridade da Concorrência da compra de uma participação de controlo na Global Media. Proposta visa o relançamento estratégico do grupo de comunicação.

O Grupo Bel, de Marco Galinha, notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra de uma participação de controlo na Global Media, dona da TSF, Diário de Notícias e Jornal de Notícias, entre outros títulos, segundo um aviso publicado.

“A operação de concentração em causa consiste na aquisição, pela Páginas Civilizadas, do controlo exclusivo da Global Notícias – Media Group e respetivas subsidiárias”, refere o aviso publicado na página do regulador.

A Páginas Civilizadas está presente em áreas de negócio como distribuição e vending de produtos de tabaco, indústria, automação, indústria aeronáutica e aeroespacial, inovação, tecnologia e comunicação, green transportation, imobiliário e mobiliário.

A mudança na dona do DN, através da entrada de Marco Galinha como acionista da Global Media, é feita através da Páginas Civilizadas, uma empresa veículo controlada pelo Grupo Bel, e foi anunciada em meados de setembro, tal como a Lusa noticiou.

“Esta parceria, que será formalizada após a conclusão dos devidos procedimentos, visa o relançamento estratégico de um dos principais grupos de referência da comunicação social em Portugal, num momento desafiante para o setor e para o país”, afirmou, na altura, a Global Media, dona do Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), TSF, entre outros títulos, e acionista da Lusa.

A Global Media Group (GMG) tem como acionistas a KNJ Global Holdings Limited, com 35,25%, José Pedro Carvalho Reis Soeiro, com 24,5%, Olivemedia, Unipessoal, Lda, com 19,25%, o Novo Banco, com 10,5%, e a Grandes Notícias, igualmente com 10,5%.

A administração da GMG é presidida por José Pedro Soeiro, que assumiu o cargo, com o fim do mandato de Proença de Carvalho, até à eleição do novo Conselho de Administração.

O grupo Bel, que apresentou uma proposta de compra da Media Capital em abril, foi fundado em 2001 por Marco Galinha e tem atividades em vários setores, entre os quais máquinas de vending (máquinas de venda automática) e aeronáutica, e entrou nos media em 2018, através do Jornal Económico.

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Tribunal da Relação do Porto anula acórdão de julgamento de burla ao Montepio

  • Lusa
  • 13 Outubro 2020

Tribunal da Relação do Porto anulou o acórdão que condenou quatro pessoas, a penas entre seis e 12 anos de prisão, por terem burlado o banco Montepio Geral em 2,8 milhões de euros.

O Tribunal da Relação do Porto (TRP) anulou o acórdão que condenou a penas entre seis e 12 anos de prisão quatro pessoas por terem burlado o banco Montepio Geral em 2,8 milhões de euros.

O acórdão do TRP, datado de 24 de setembro e a que a Lusa teve acesso esta terça-feira, vem dar razão aos arguidos, que alegaram várias nulidades, colocando em causa despachos proferidos pelo juiz presidente durante o julgamento que decorreu no Tribunal da Feira, no distrito de Aveiro.

“Os despachos proferidos por juiz-presidente de tribunal coletivo no decurso do julgamento e que integram o âmbito da competência do tribunal coletivo e, por isso, deveriam ter sido decididos por meio de deliberação, são nulos por violação de uma regra de competência, legalmente qualificada de nulidade insanável”, refere o acórdão.

Em consequência, os juízes desembargadores declararam inválida a produção de prova requerida pelo Ministério Público e admitida por meio de mero despacho, a alteração não substancial dos factos emergente da prova produzida em julgamento, as alegações orais e o acórdão.

O processo deverá voltar assim ao tribunal de primeira instância para as questões tratadas nos despachos inválidos serem decididas pelo tribunal coletivo, com a reabertura da audiência.

Em setembro de 2019, o Tribunal da Feira deu como provado que os arguidos levaram o Montepio a conceder créditos a particulares e empresas que não vieram a ser pagos, apropriando-se de cerca de 1,1 milhões de euros.

Durante a leitura do acórdão, o juiz presidente disse que, com esta conduta, os arguidos lesaram a instituição em cerca de 2,8 milhões de euros.

A pena mais gravosa foi aplicada a um antigo gerente do balcão de Santa Maria da Feira do Montepio Geral, que era o responsável pela autorização dos empréstimos.

Este arguido foi condenado a 12 anos de prisão por 36 crimes de burla qualificada e um crime de branqueamento, tendo ainda de pagar 1,1 milhões de euros ao Estado, solidariamente com os restantes acusados.

Um comerciante dos ramos automóvel e imobiliário que terá sido o principal beneficiário do dinheiro recebido com a atividade delituosa foi condenado a 10 anos de prisão por 20 crimes de burla qualificada e um crime de branqueamento.

Foi ainda sentenciado por um crime de detenção de arma proibida na pena de 240 dias de multa à taxa diária de oito euros, totalizando 1.920 euros.

O tribunal condenou ainda um advogado, que se encontra detido à ordem de outro processo, e uma mulher a oito e a seis anos de prisão, respetivamente, por vários crimes de burla e um crime de branqueamento de capitais.

Os quatro arguidos também estavam acusados de associação criminosa, mas foram absolvidos deste crime.

A maioria dos empréstimos foi concedida a “empresas na hora” que os arguidos credibilizaram e justificaram através de documentação falsa. A maioria destas empresas não teve sequer atividade económica.

Os investigadores apuraram que quando o dinheiro dos empréstimos era creditado nas contas destas empresas, uma parte considerável do mesmo era transferida para contas bancárias dos arguidos ou de familiares.

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Afinal, impacto do Novo Banco no défice vai ser de 275 milhões

Orçamento do Estado para 2021 não prevê qualquer verba para o Novo Banco, mas vai pesar nas contas públicas. Défice de 4,3% conta com impacto de 275 milhões de euros.

O Novo Banco ficou fora do Orçamento do Estado para 2021. Não há empréstimo do Estado para o Fundo de Resolução (FdR), sendo as necessidades cobertas por um empréstimo da banca comercial no valor de 275 milhões de euros. A instituição liderada por António Ramalho irá ter assim um impacto nas contas públicas dos mesmos 275 milhões.

“O que temos no orçamento do FdR são empréstimos do setor financeiro no valor de 275 milhões de euros e receitas próprias do FdR“, diz o ministro das Finanças. “Não há aqui qualquer intervenção do Estado, [o OE 2021] não tem nenhum empréstimo ao FdR no próximo ano”, acrescentou Leão na apresentação do documento.

“O que está previsto é que o sistema bancário vai emprestar ao FdR e é apenas através do empréstimo e receitas próprias que este se financia”, reiterou João Leão, isto depois de na proposta ter sido incluído erradamente uma verba de 468 milhões para o FdR que, mais tarde, as Finanças vieram esclarecer que, afinal, se tratava de dinheiro para a CP.

Apesar de afastar a injeção direta do Estado no Novo Banco, que era uma das linhas vermelhas do Bloco de Esquerda nas negociações para a aprovação do documento na generalidade, o banco que resultou da resolução do BES em 2014 acabará por entrar no OE 2021. Irá ter um impacto nas contas públicas num ano em que o Governo prevê um défice de mais de 4%.

O FdR é “uma entidade que faz parte do sistema financeiro e essa entidade, por uma questão estatística, por estar no perímetro do Estado, pode ter impacto nas contas [públicas] de cerca de 200 milhões de euros”, disse Leão, mas após esclarecimento solicitado pelo ECO às Finanças, confirmou-se que o valor correto, e considerado no défice de 4,3% estimado para 2021, são os 275 milhões. “É algo que ainda não está concretizado. Ainda não é certo que essa operação se materialize. É o máximo que pode vir a atingir”, rematou.

Segundo explicaram os governantes, além dos 275 milhões emprestados pela banca (está a ser formado um sindicato bancário composto por Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander Totta e BPI), o Novo Banco será financiado no próximo ano com recursos próprios do FdR em 200 milhões. O FdR tem receitas anuais de 300 milhões (contribuições periódicas da banca e imposto sobre o setor), sendo que 100 milhões são para pagar juros ao Estado e aos bancos.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h10 com o esclarecimento do Ministério das Finanças de que o impacto nas contas públicas é de 275 milhões de euros e não de 200 milhões)

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Porto de Lisboa capaz de fornecer energia elétrica aos navios no próximo ano

  • Lusa
  • 13 Outubro 2020

O OE2021 prevê “a aposta no abastecimento de gás natural liquefeito e no fornecimento de energia elétrica a navios, no cumprimento das diretivas da União Europeia.

O Porto de Lisboa, em especial o terminal de cruzeiros, vai ter a capacidade de fornecer energia elétrica aos navios acostados no próximo ano, o que evita o uso dos geradores próprios que usam combustíveis poluentes.

De acordo com a Proposta de Lei do Orçamento de Estado para 2021 (OE2021), entregue na segunda-feira na Assembleia da República, “em 2021, dotar-se-á o porto de Lisboa, e em especial o terminal de cruzeiros, de capacidade de fornecer energia elétrica aos navios acostados (‘shore to ship’), evitando o uso dos geradores próprios que consomem combustíveis poluentes”.

O OE2021 prevê “a aposta no abastecimento de gás natural liquefeito e no fornecimento de energia elétrica a navios, no cumprimento das diretivas da União Europeia e inserindo-se num plano mais vasto de descarbonização e de adoção de fontes de energia mais amigas do ambiente conforme previsto no ‘European Green Deal’.

Mais, o Governo pretende apostar no desenvolvimento do projeto de uma via navegável no rio Tejo destinada a barcaças, com o objetivo de escoar as cargas por via fluvial a partir de Castanheira do Ribatejo e, assim, reduzir o recurso ao transporte rodoviário, mais poluente.

O documento hoje conhecido destaca, ainda, a aprovação das bases da concessão de exploração, em regime de serviço público, de um novo terminal de contentores no porto de Sines, incluindo o seu projeto e construção.

O projeto do novo Terminal Vasco da Gama será construído e financiado “exclusivamente pela concessionária que vier a ser selecionada num procedimento de contratação pública internacional”.

À administração portuária, enquanto concedente e gestora do porto, caberá apenas a construção e financiamento das obras de proteção marítima e as acessibilidades marítimas e terrestres.

O concurso para este terminal foi lançado em outubro de 2019, tendo o prazo de apresentação de propostas sido adiado para abril do próximo ano, seguindo-se, depois, a análise das propostas e a seleção dos concorrentes para negociação.

Ainda em Sines, está também prevista a execução da terceira fase da expansão do Terminal XXI, cujo projeto se iniciou em 2020 e que inclui a obra de requalificação do ramal ferroviário do Porto de Sines e ampliação da rede elétrica para alta tensão (60 quilovolt).

“A atividade portuária continua a desempenhar um papel de relevo no desenvolvimento da economia portuguesa, designadamente no aumento das exportações. Neste âmbito, prosseguirá o esforço de modernização dos portos nacionais, aumentando a sua competitividade e reforçando a sua ligação à rede transeuropeia de transportes, como resposta à intensificação dos transportes marítimos”, lê-se no documento.

A proposta orçamental foi entregue na segunda-feira no parlamento, sendo depois votada na generalidade em 28 de outubro e estando a votação final global do documento marcada para 26 de novembro.

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