Fitch alerta que “renovado stress no setor financeiro” requer “apoio adicional”

  • Lusa e ECO
  • 29 Abril 2021

No "Panorama do Crédito Soberano da Europa Ocidental, segundo trimestre de 2021", divulgado esta quinta-feira, a agência de rating Fitch alerta para riscos negativos.

A Fitch prevê para Portugal uma perspetiva estável do rating ‘BBB’ no segundo trimestre deste ano, porque acredita que o rácio da dívida face ao PIB retome uma trajetória descendente baseada numa política orçamental prudente, depois de um forte aumento em 2021.

No “Panorama do Crédito Soberano da Europa Ocidental, segundo trimestre de 2021”, divulgado esta quinta-feira, a agência de rating Fitch estima “uma melhoria do potencial de crescimento a médio prazo de Portugal, particularmente se apoiado por reformas estruturais”. Como riscos negativos para Portugal, a Fitch sublinha “uma deterioração das perspetivas a médio prazo projetadas para as finanças públicas” e um “renovado stress no setor financeiro que requer um apoio adicional significativo do setor público e/ou afete a estabilidade financeira e as perspetivas de crescimento”.

A empresa refere que “existe incerteza quanto ao futuro apoio ao Novo Banco e à companhia aérea portuguesa TAP” e que “o apoio relacionado com a pandemia, sob a forma de linhas de garantia estatal, aumentou o passivo contingente do Estado”.

Em relação ao turismo em Portugal, a Fitch sublinha que a recuperação no setor continua a ser uma incerteza fundamental para as previsões de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) e que para 2021 assume que as receitas do turismo recuperarão 50% dos níveis de 2019. A perturbação no setor do turismo continuará a pesar no mercado de trabalho, adianta, prevendo que o desemprego aumente para 8,5% em 2021, contra 6,5% em 2019 e 7,0% em 2020.

“Os ratings de Portugal equilibram fortes indicadores de governação e rendimento ‘per capita’ acima dos pares da categoria “BBB”, contra altos níveis de dívida pública e baixo potencial de crescimento a médio prazo”, refere a Fitch, sublinhando que, com 133,6% do PIB no final de 2020, o rácio da dívida de Portugal está entre os mais elevados da Europa.

Contudo, a Fitch considera que “os riscos a curto prazo associados ao elevado stock da dívida são mitigados pelos baixos custos dos juros e por uma maturidade média da dívida de cerca de 7,4 anos” e que “as condições de financiamento de Portugal são altamente favoráveis, porque beneficia do programa de aquisição de ativos do Banco Central Europeu (BCE) e da resposta à pandemia à escala da UE (União Europeia).

A última revisão do rating da Fitch para Portugal foi em divulgada em 20 de novembro de 2020 e a próxima será em 14 de maio de 2021. Na altura, a agência de notação financeira manteve o ‘rating’ da dívida de longo prazo de Portugal em BBB, nível de investimento, e com perspetiva estável, alertando para os níveis de dívida pública.

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Portugal tem mais 12 praias com Bandeira Azul do que em 2020

  • Lusa
  • 29 Abril 2021

Portugal tem 372 praias fluviais e costeiras galardoadas com Bandeira Azul este ano, mais 12 do que em 2020, distribuídas por 98 municípios, cinco dos quais entram pela primeira vez na lista.

Portugal tem 372 praias fluviais e costeiras galardoadas com Bandeira Azul este ano, mais 12 do que em 2020, distribuídas por 98 municípios, cinco dos quais entram pela primeira vez na lista, anunciou esta quinta-feira o Programa Bandeira Azul.

Apresentada esta quinta-feira na Direção de Faróis, em Paço de Arcos, no concelho de Oeiras (Lisboa) pela coordenação nacional do Programa Bandeira Azul, a lista contempla 330 praias costeiras, mais oito do que em 2020, e 42 fluviais, mais quatro do que no ano passado.

As praias estão distribuídas pelo Norte (72), Centro (29), Tejo (50), Alentejo (31), Algarve (87), Açores (45) e Madeira (16).

De acordo com a coordenação nacional do Programa Bandeira Azul, Fafe (Braga), Oleiros (Castelo Branco), Óbidos (Leiria), Avis (Portalegre) e Beja entram pela primeira vez na lista, enquanto a Calheta (Madeira) reentra.

A Bandeira Azul abrange ainda 16 portos de recreio e marinas (menos duas do que em 2020), nove no continente e sete nas regiões autónomas, e 11 embarcações ecoturísticas (mais duas do que no ano passado), cinco em Portugal continental e seis na Madeira.

As cerimónias oficiais do hastear da Bandeira Azul em praia costeira iniciar-se-ão em 01 de junho, na praia de Moledo, no concelho de Caminha (Viana do Castelo).

Já o primeiro hastear da Bandeira Azul em praia fluvial realizar-se-á, em 15 de junho, na Albufeira de Santa Clara, em Odemira (Beja), e o hastear em marina acontecerá, em 05 de junho, na Marina de Vila do Porto, na ilha de Santa Maria (Açores).

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Economia mantém ritmo apesar do maior desconfinamento

Apesar de Portugal estar mais desconfinado, a economia não acelerou face às semanas anteriores.

O indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal mostra que a economia portuguesa manteve o mesmo dinamismo na semana terminada a 25 de abril, apesar de ter entrado numa fase de maior desconfinamento com a abertura dos centros comerciais e dos espaços interiores da restauração.

“Na semana terminada a 25 de abril, o indicador diário de atividade económica (DEI), assim como a taxa bienal correspondente, registaram variações próximas das observadas na semana anterior“, revela o Banco de Portugal esta quinta-feira na atualização do indicador diário de atividade económica.

Economia estabiliza na terceira semana de abril

 

Apesar de diário, o DEI é apenas publicado à quinta-feira, com dados até ao domingo anterior. Com efeito, a 25 de abril, o último dia para o qual foi apurado o DEI, o crescimento (e não queda, como nos meses anteriores) homólogo do indicador foi de 15,5%. Quanto à média móvel semanal, o último valor é o de 22 de abril: uma subida homóloga de 23,5%.

Uma vez que a comparação homóloga já é feita com um período marcado pelo primeiro confinamento provocado pela pandemia, o Banco de Portugal decidiu fazer um novo gráfico em que compara o DEI atual com o acumulado de dois anos para tentar atenuar esse efeito. “Assim, obtém-se a variação da atividade entre um determinado dia num ano face ao mesmo dia dois anos antes”, explica. A taxa bienal também estabilizou na terceira semana de abril, de acordo com o banco central.

Estes dados sugerem que, pelo menos para já, ainda não é visível na economia o impacto do maior desconfinamento que Portugal vive há cerca de duas semanas e que, ao que tudo indica, vai continuar na próxima semana (ou já este fim de semana), o que deverá contribuir para um maior dinamismo da economia portuguesa em comparação com o ano passado, altura em que o país estava muito mais confinado e pouco adaptado à nova realidade.

Este novo indicador divulgado este ano pelo banco central incorpora diversas séries de informação, como o tráfego de pesados de mercadorias nas autoestradas, o tráfego de correio nos aeroportos nacionais ou as compras efetuadas com cartões bancários. O impacto da pandemia gerou uma maior necessidade de recurso a este tipo de indicadores económicos de divulgação mais frequente, como é o caso do DEI. Isto acontece porque um dos mais relevantes, o Produto Interno Bruto (PIB), é apenas apurado e divulgado trimestralmente. O PIB do primeiro trimestre será divulgado esta sexta-feira.

A próxima divulgação do DEI está marcada para 6 de maio. “Refira-se que os valores do DEI podem ser revistos devido a revisões da informação de base ou à incorporação de nova informação, em particular referente ao tráfego de veículos comerciais pesados e carga e correio desembarcados, que têm um desfasamento de divulgação superior”, ressalva o Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 12h10 com mais informação)

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Declaração Modelo 22: com ou sem aprovação de contas?

  • ECO + EY
  • 29 Abril 2021

Rui Carvalho, Associate Partner EY, Tax Services - Global Compliance & Reporting, clarifica os reajustes de calendário para a realização de Assembleias Gerais e da submissão da declaração Modelo 22.

Desde março de 2020 que o Governo tem vindo a adotar várias medidas de apoio às empresas, no sentido de mitigar os impactos sociais e económicos que resultam da pandemia COVID-19.

Uma das medidas implementadas em 2020 está relacionada com a alteração do prazo para a realização de Assembleias Gerais (AG) das sociedades comerciais e das associações ou das cooperativas, para efeitos de aprovação de contas do período de 2019, que beneficiaram assim de uma dilação de três meses face ao prazo normal, conforme Decreto-Lei nº 10-A/2020, de 13 de março.

Rui Carvalho, Associate Partner EY, Tax Services – Global Compliance & Reporting

Em março de 2021, o Governo procedeu à adoção de medida similar através do Decreto-Lei nº 22-A/2021. Nos termos do referido decreto, as AG que devam ter lugar por imposição legal ou estatutária poderão ser realizadas até ao dia 30 de junho de 2021 ou, no caso das cooperativas e das associações com mais de 100 cooperantes ou associados, até 30 de setembro.

Ainda que não se verifiquem objeções quanto à realização das AG em qualquer momento através de meios telemáticos nos termos legais, o presente decreto vem permitir, novamente, para a generalidade das empresas, a possibilidade de dilação de três meses face ao prazo normal no processo de aprovação de contas (regra geral 30 de março).

Trata-se sem dúvida de uma medida que vem possibilitar uma maior flexibilidade na gestão de todo o processo de encerramento do ano para efeitos estatutários por parte dos departamentos financeiros das empresas e Contabilistas Certificados (CC).

"No passado dia 22 de abril, através do Despacho do SEAAF n.º 133/2021-XXII, procedeu-se a mais um reajustamento do calendário fiscal de 2021, nomeadamente quanto ao prazo limite de entrega da Modelo 22, o qual é prorrogado para 30 de junho de 2021.”

Contudo, não se verificando uma alteração no prazo legal para a submissão da Declaração periódica de rendimentos Modelo 22 (Modelo 22) de 2020, que termina até ao final do 5º mês seguinte ao termo do respetivo período, ou seja, no final de maio de 2021 (para os contribuintes com período de tributação coincidente com o ano civil), tal situação colocaria uma pressão adicional para os contribuintes. De facto, querendo estes aproveitar a flexibilização concedida para a aprovação de contas de 2020 até ao final do mês de junho, os contribuintes viam-se forçados a antecipar esse processo, por forma a garantir a preparação da Modelo 22 com base nas contas finais aprovadas pela gerência/administração das empresas.

Aguardava-se assim, com expectativa, uma eventual prorrogação do prazo para a submissão desta declaração, conforme se verificou também em 2020. No passado dia 22 de abril, através do Despacho do SEAAF n.º 133/2021-XXII, procedeu-se a mais um reajustamento do calendário fiscal de 2021, nomeadamente quanto ao prazo limite de entrega da Modelo 22, o qual é prorrogado para 30 de junho de 2021.

Numa altura em que alguns contribuintes e CC ponderavam já a possibilidade de submissão da Modelo 22 considerando contas “preliminares”, esta alteração, ainda que coincidente com o prazo para a realização de AG, vem trazer alguma tranquilidade, tendo estes agora um prazo mais alargado para a preparação e submissão desta declaração.

Para saber mais sobre Tax & Finance, visite a página da EY. Se tiver interesse, subscreva aqui as comunicações da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc).

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Reclamações na energia aumentam 69% no primeiro trimestre de 2021

Com uma maior carteira de clientes no mercado liberalizado, a EDP Comercial foi também a comercializadora que recebeu mais reclamações neste primeiro trimestre: 3.722 reclamações.

De acordo com os mais recentes números da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) entre janeiro e março de 2021 registou-se um aumento bastante significativo de 69% das reclamações dirigidas ao setor da energia, face às 6.111 reclamações registadas no 1.º trimestre de 2020 e de 52% relativamente às 6 770 reclamações recebidas no 4.º trimestre de 2020.

Com uma maior carteira de clientes no mercado liberalizado, a EDP Comercial foi também a comercializadora que recebeu mais reclamações neste primeiro trimestre: 3.722 reclamações , face a 2.532 registadas em igual período do ano passado. Segue-se a E-Redes (ex- EDP Distribuição), com 2.429 reclamações entre janeiro e março, a Endesa com 1.442 reclamações, a Iberdrola com 600 reclamações, a Galp Power com 539 e a Goldenergy com 350.

Diz a ERSE no seu boletim que o setor elétrico continua a ser o mais reclamado, com valores superiores ao trimestre homólogo de 2020. Os temas mais reclamados pelos consumidores de eletricidade são a faturação, o contrato de fornecimento e as questões relativas à qualidade de serviço técnica. No setor do gás natural e do fornecimento dual (eletricidade e gás natural), existe uma maior incidência nos temas da faturação, seguindo-se os da contratação.

“O fornecimento “Dual”, o “GPL” canalizado e o setor do gás natural (GN) acompanham esta tendência de subida das reclamações. Enquanto o setor de “Outros Temas” (que integra maioritariamente o subsetor dos combustíveis líquidos) apresenta uma descida do número de reclamações”, refere o regulador.

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Vou permutar a minha casa por uma 50 mil euros mais cara. Irei pagar IMT?

Para os contribuintes que ainda não entregaram o IRS e que querem saber como aumentar o seu reembolso, o ECO escolheu 20 dicas do Guia Fiscal da Deco para o ajudar. Será partilhada uma dica por dia.

A campanha do IRS ainda agora começou, mas existem já muitas dúvidas na mente dos contribuintes. Para todos aqueles que veem o preenchimento do IRS como um “bicho-de-sete-cabeças” e que querem saber como podem “engordar” o seu reembolso, o Guia Fiscal 2021, da Deco Proteste, oferece respostas para muitas destas questões.

Os portugueses têm até ao final de junho para entregarem as declarações de IRS relativas a 2020. Num ano em que mais 250 mil contribuintes passaram a estar abrangidos pelo IRS Automático, para um total de 3,6 milhões de pessoas, o Fisco tem agora até 31 de julho para devolver às famílias os valores que lhes são devidos a propósito do IRS.

Assim, o ECO selecionou 20 das dicas disponibilizadas pela Deco para o ajudar a esclarecer todas as suas dúvidas. Cada uma será partilhada num dia diferente deste mês de abril.

Em março, vou permutar a minha casa de 100 mil euros por uma maior. Como o novo imóvel nova vale 150 mil euros, irei pagar IMT?

Não, desde que a casa nova se destine a habitação própria e permanente. Em teoria, teria de suportar o imposto, pois ficou com a casa de maior valor. Mas como a diferença entre as duas casas é de 50 mil euros, este é considerado o valor da transação, a qual fica isenta do pagamento de IMT.

 

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Impacto do confinamento nas vendas leva Jerónimo Martins a disparar 8%

Na primeira sessão após apresentar resultados, retalhista valoriza. Forte desempenho do negócio na Polónia num contexto muito difícil é apontado de forma geral pelos analistas como a principal razão.

A Jerónimo Martins dispara quase 8% em bolsa depois de ter apresentado resultados. A retalhista está entre os maiores ganhos da sessão na Europa graças ao aumento da atividade na Polónia causado pelo impacto do confinamento nos hábitos de consumo. Os analistas esperam agora um contínuo reforço tanto do negócio como do desempenho no PSI-20.

A empresa liderada por Pedro Soares dos Santos registou um aumento de 66% do lucro para 58 milhões de euros no primeiro trimestre do ano. As vendas totais do grupo cresceram 1,5% para 4.786 milhões de euros no mesmo período, sendo que a Polónia reforçou o estatuto de principal mercado. A unidade polaca Biedronka alcançou vendas de 3.388 milhões de euros, um aumento de quase 4% face ao primeiro trimestre de 2020.

“As medidas de confinamento, embora com impacto negativo nas compras de impulso, beneficiaram as vendas a retalho, já que o encerramento dos restaurantes e escolas se traduziu num aumento do número de refeições em casa”, explicou a empresa em comunicado enviado ao mercado esta quarta-feira após o fecho de Lisboa.

Na primeira sessão após o anúncio, a Jerónimo Martins dispara 7,9% para 15,24 euros por ação, no valor mais elevado desde 15 de julho de 2020. O forte desempenho do negócio na Polónia num contexto muito difícil é apontado de forma geral pelos analistas, sendo que o CaixaBank/BPI aponta considera que “a evolução das perdas na Colômbia também é tranquilizante“. O crescimento de 7% do EBITDA superou as estimativas do banco e consenso dos analistas pelo que “reafirmamos a nossa posição positiva”, diz o CaixaBank / BPI, numa nota enviada esta quinta-feira aos clientes, a que o ECO teve acesso.

O Barclays subiu o preço-alvo das ações da Jerónimo Martins para 14 euros, dos anteriores 13,70 euros. Olhando para o futuro, “esperamos um melhor desempenho financeiro nos próximos meses, à medida que a diluição do zloty polaco diminui e o fim do pico de danos da Covid-19 no segundo e terceiro trimestres”, aponta numa outra nota a Jefferies, citada pela Reuters.

O ganho da Jerónimo Martins é o terceiro maior do Stoxx 600 — que segue a subir 0,4% — e o primeiro do português PSI-20, que avança 0,92% para 5.064,09 pontos. Animada pelo desempenho da concorrente, a Sonae sobe 0,9% para 0,79 euros por ação.

Entre as restantes cotadas do índice, os CTT ganham 1,76% para 3,765 euros, o BCP sobe 1% para 0,1182 euros e a Galp Energia 0,54% para 9,68 euros. A contrariar o sentimento positivo está a família EDP: a casa-mãe tomba 0,76% para 4,698 euros e a empresa de renováveis 0,68% 20,32 euros. A Nos perde 0,13% para 3,154, mas é a Novabase a liderar as perdas, com uma desvalorização de 4%.

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Revolut quer contratar quase 100 pessoas na Península Ibérica

Globalmente, a fintech vai criar cerca de 1.000 novos postos de trabalho. Além de Portugal, equipas da Polónia, Lituânia, França, Reino Unido e EUA serão reforçadas.

A Revolut vai contratar cerca de 1.000 pessoas a nível global e para Portugal “está prevista a criação de quase 100 postos de trabalho” na área das vendas, indica a fintech em comunicado.

Além de Portugal, equipas da Polónia, Lituânia, França, Reino Unido e EUA serão reforçadas. Com a criação de novos postos de trabalho, esperam “contratar dezenas também a partir de Portugal”, mas o número de vagas certo “dependerá do número de candidatos”. Contudo, “para a estrutura ibérica está prevista a criação de quase 100 postos de trabalho”.

A Revolut emprega já 2.500, das quais mais de 100 trabalham a partir de Portugal, onde a empresa já tem mais de 500 mil clientes.

Os novos trabalhadores da fintech já serão contemplados com a nova política de trabalho flexível da empresa que “permitirá aos colaboradores decidir, junto dos seus managers, quantas vezes desejam frequentar os escritórios ou trabalhar a partir de casa”.

Queremos chegar a milhões de empreendedores na Europa e nos Estados Unidos. Para isso, estamos à procura de cerca de 1.000 candidatos, que tenham pelo menos seis meses de experiência em vendas B2B, bom inglês e francês, alemão ou espanhol”, diz, citado em comunicado, o líder da nova estrutura e diretor global de vendas da Revolut, Matthew Acton Davis.

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Depósitos dos portugueses atingem recorde de 164,6 mil milhões de euros em março

Com os portugueses a iniciarem o desconfinamento, os depósitos atingiram um novo máximo histórico de 164,6 mil milhões de euros. O anterior recorde era de 163,8 mil milhões de euros.

No mês em que se iniciou o desconfinamento em território nacional, os portugueses reforçaram ainda mais as suas poupanças nos bancos. Os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal indicam que, em março, o montante associado aos depósitos bancários das famílias atingiu um novo máximo, fixando-se agora nos 164,6 mil milhões de euros.

“Os depósitos de particulares nos bancos residentes totalizaram 164,6 mil milhões de euros no final de março”, lê-se no comunicado do Banco de Portugal. Em comparação com março do ano passado, está em causa uma taxa de variação anual de 8,2%. Face a fevereiro, está em causa uma subida de 794,3 milhões de euros no que toca aos montantes depositados pelos portugueses nos bancos. Um aumento que fica abaixo do registado no mês anterior (956,1 milhões de euros), em que o país estava totalmente confinado.

Depósitos de particulares (taxa de variação anual)

Fica, desta forma, registado um novo máximo histórico nos valores associados aos depósitos de particulares (164,6 mil milhões de euros). O anterior recorde tinha sido registado, precisamente, no mês de fevereiro, fixando-se nos 163,8 mil milhões de euros. Desde que a pandemia chegou a Portugal, em março de 2020, tem-se registado uma tendência de subida nos montantes depositados pelas famílias nos bancos. A exceção encontra-se em agosto passado, que registou uma quebra face ao mês anterior.

Empréstimos às famílias sobem novamente

À semelhança do que tem acontecido nos tempos recentes, os montantes associados aos empréstimos concedidos a famílias voltaram a subir. Porém, o mesmo não se pode dizer do financiamento disponibilizado às empresas.Em março de 2021, os empréstimos concedidos pelos bancos a sociedades não financeiras apresentaram uma taxa de variação anual (tva) de 10,0%, menos 1,2 pontos percentuais (pp) do que o observado no mês anterior. Destacou-se a evolução dos empréstimos às grandes empresas, cuja tva diminuiu 6,9 pp, para 1,3%”, revela o comunicado do Banco de Portugal.

No que toca aos empréstimos a particulares, estamos perante aquele que é o valor mais elevado desde maio de 2015. O montante concedido às famílias através de empréstimos subiu, no mês de março, para os 121,4 mil milhões de euros. Está em causa um aumento de 398,4 milhões face ao mês anterior.

Nos empréstimos para habitação, a taxa de variação anual foi de 3,0%, um acréscimo de 0,3 pontos percentuais face a fevereiro. Em março, o montante concedido para esse fim estava fixado nos 95.935 milhões de euros. O valor destinado à aplicação em outros fins também aumentou nesse mês, para os 6.587 milhões de euros.

Nos empréstimos ao consumo, continua a identificar-se uma tendência decrescente. Em março, as financeiras concederam apenas 18.834,4 milhões de euros para esse fim, menos 19,3 milhões de euros face a fevereiro. Ainda assim, a taxa de variação anual aumentou, aqui, 0,4 pontos percentuais relativamente ao mês anterior, para – 1,3%.

(Notícia atualizada às 11h41 com mais informação)

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Desemprego recua para 6,5% em março. Está em mínimos de maio de 2020

A taxa de desemprego desceu para 6,5 %, em março, indicam os dados do INE. A subutilização do trabalho também diminui, no terceiro mês de 2021.

Em março, o desemprego recuou. De acordo com os dados publicados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), taxa fixou-se em 6,5%, menos 0,3 pontos percentuais (p.p.) do que no mês anterior, mas 0,2 p.p. acima do valor registado no período homólogo. Tocou, assim, mínimos de maio de 2020. No terceiro mês de 2021, também a taxa de subutilização do trabalho decresceu, na variação em cadeia, e a população empregada aumentou.

Segunda a nota divulgada pelo INE, em março, mês em que o país começou a desconfinar — depois de ter estado dois meses fechado para mitigar a propagação do vírus pandémico –, a população empregada cresceu 0,3%, face a fevereiro, e a população desempregada caiu 4,2%,na variação em cadeia. Já em comparação com o período homólogo, o primeiro desses indicadores subiu 0,6% e o segundo agravou-se em 3,7%.

Quanto à taxa de desemprego, o INE revela que se situou em 6,5%, menos 0,3 p.p. do que em fevereiro, mas mais 0,2% do que no mesmo mês de 2020, altura em que foram identificados os primeiros casos de Covid-19 em Portugal e foram colocadas no terreno as primeiras restrições à vida dos cidadãos e das empresas.

Com os referidos 6,5%, em março, a taxa de desemprego tocou, assim, mínimos de maio de 2020, ocasião em que estava nos 6%; E caiu pelo segundo mês consecutivo, tendo registado em fevereiro um recuo menos significativo (0,1 p.p.).

A contrariar, entre os jovens, a taxa de desemprego agravou-se, em março. Fixou-se em 23%, mais 0,1 p.p do que no mês anterior. Entre os adultos, a taxa de desemprego (5,4%) diminuiu. Já a taxa de emprego situou-se em 61,2%, mais 0,1 p.p. do que em fevereiro, mas menos 0,4 p.p. do que no mês homólogo.

No que respeita à subutilização do trabalho, março trouxe a nota positiva de que esta taxa recuou 0,5 p.p., na variação em cadeia, situando-se em 13,3%. Ainda assim, ficou 0,6 p.p. acima do valor registado em março de 2020. “Em março de 2021, a subutilização do trabalho
situou-se em 699,5 mil pessoas, o que corresponde a uma diminuição de 3,6% (26,1 mil) em relação a fevereiro de 2021 e de 2,9% (20,6 mil) relativamente a dezembro de 2020 e a um aumento de 5,3% (35,0 mil) por comparação com março de 2020″, observa o INE.

É importante explicar que a subutilização do trabalho inclui a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego mas não disponíveis e os inativos disponíveis mas que não procuram emprego.

Esta quinta-feira, o INE adianta, por outro lado, que a população ativa diminui para 5.029,6 mil pessoas, menos 0,3% do que no período homólogo, mantendo-se praticamente inalterada face a a fevereiro de 2021. “Semelhante padrão foi observado para a taxa de atividade desse mês (65,5%): permaneceu inalterada quando comparada com fevereiro de 2021 e diminuiu 0,2 p.p. quando comparada, quer com dezembro, quer com março de 2020″, detalha-se na nota publicada esta quinta-feira.

Para “salvar” postos de trabalho e mitigar o impacto da pandemia de coronavírus nas contas das empresas, o Governo tem lançado vários apoios, como o popular lay-off simplificado e o apoio à retoma progressiva. O Executivo de António Costa estima, no Orçamento do Estado para 2021, que, no conjunto do ano, a taxa de desemprego se situe em 8,2%. Já o Banco de Portugal vê esse indicador nos 7,7%.

(Notícia atualizada às 11h38)

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Marcação de férias vencidas na Saúde tem de salvaguardar resposta à Covid

O gozo do período de férias dos profissionais da saúde que transitou do ano anterior deixa de ficar condicionado ao limite de 30 de abril.

Na marcação de férias dos profissionais do Ministério da Saúde já vencidas, “tem de ser salvaguardada a dotação dos serviços com um número de trabalhadores que garanta a resposta em cuidados de saúde, nomeadamente à evolução da Covid-19″, determina a ministra da Saúde, num despacho publicado esta quinta-feira.

“A evolução da situação epidemiológica não permitiu, em particular, no 2.º semestre de 2020, e ainda, no 1.º trimestre de 2021, acautelar as necessárias condições ao gozo da totalidade das férias vencidas em 1 de janeiro de 2020 pelos trabalhadores dos órgãos, organismos, serviços e demais entidades do Ministério da Saúde”, começa por recordar o despacho.

Agora, para permitir o gozo das férias vencidas, é conferido “aos órgãos máximos das mencionadas entidades a flexibilidade de gestão na marcação dos períodos de férias em 2021, compatibilizando os direitos ao repouso e à proteção da saúde, mediante um necessário equilíbrio de proporcionalidade e adequação“, determina o Governo.

Os “dirigentes máximos dos órgãos, organismos, serviços e demais entidades do Ministério da Saúde” têm assim de assegurar que, “na marcação dos períodos de férias já vencidas dos respetivos dirigentes e trabalhadores, independentemente da natureza da sua relação jurídico-laboral, carreira, categoria e funções, se encontra salvaguardada a dotação dos serviços com um número de trabalhadores em exercício de funções que, de forma proporcional e na medida do necessário, garanta a resposta em cuidados de saúde, nomeadamente à evolução da Covid-19″.

O gozo do período de férias transitado de 2020 não fica condicionado ao limite de 30 de abril, e as férias não gozadas este ano, devido à pandemia, “podem ser acumuladas com as férias que se vencem a 1 de janeiro de 2022”. Este despacho não prejudica, ainda assim, a “aplicação de quaisquer regras sobre a aquisição do direito a férias, designadamente relativas ao seu posterior gozo e duração”.

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BioNTech espera ter vacina para crianças entre os 12 e os 15 anos na Europa já em junho

  • ECO
  • 29 Abril 2021

A atual vacina já é indicada para maiores de 16, ainda que vários países estejam só a adminsitrar aos maiores de 18. CEO da empresa alemã espera que vacina para todas as crianças chegue em setembro.

O CEO da BioNTech, empresa que, em conjunto com a Pfizer, produz uma das vacinas contra a Covid-19, disse, ao Der Spiegel, que espera ver a vacina disponível para jovens entre os 12 e os 15 anos a partir de junho na Europa. Acredita ainda ter vacina disponível para todas as crianças a partir dos seis meses já em setembro.

Ugur Sahin, disse ao jornal alemão que a vacina estava “nas fases finais” de preparar a proposta para aprovação na Agência Europeia do Medicamento (EMA, sigla em inglês). A avaliação dos dados do ensaio “leva de quatro a seis semanas em média”, acrescentou o CEO da empresa alemã.

Sendo que, na Europa o objetivo é ter 70% dos adultos vacinados ainda antes do final do verão, esta vacina poderia ajudar a vacinar também as crianças mais jovens antes do ano letivo começar. Em Portugal, por exemplo, a comunidade educativa ficaria com o processo de vacinação praticamente concluído uma vez que docentes e não docentes já tomaram a primeira dose.

“É muito importante permitir que as crianças voltem às suas vidas escolares normais e permitir que se reúnam com a família e amigos”, disse o responsável. Além destes adolescentes, o CEO da BioNTech esclareceu que em julho já deverá haver resultados dos ensaios “para crianças dos cinco aos 12 anos” e para as mais novas — a partir dos seis meses — em setembro.

Nos EUA a BioNTech/Pfizer já pediu a autorização de uso de emergência para esta vacina e Ugur Sahin quer fazer o mesmo, na EMA, na próxima quinta-feira.

No final de março a Pfizer emitiu um comunicado que indica que a vacina é 100% eficaz em adolescentes dos 12 aos 15 anos, de acordo com os resultados dos ensaios da fase 3 que foram realizados em 2.260 adolescentes nos Estados Unidos.

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