Lisboa segue ganhos da Europa com impulso do BCP e Galp Energia

O dia arranca positivo nas bolsas europeias e Lisboa não foge à regra. Ganhos do BCP e da Galp dão gás ao PSI-20.

A bolsa nacional está de volta aos ganhos, no arranque da sessão desta quarta-feira. A praça lisboeta acompanha assim a tendência positiva sentida na generalidade das congéneres europeias. A impulsionar o índice de referência nacional encontra-se o BCP e a Galp Energia, com valorizações a rondar os 1%.

O PSI-20 segue a somar 0,29% para os 5.027,06 pontos. Entre as 18 cotadas do índice de referência, a grande maioria encontra-se em “terreno” positivo, enquanto apenas três registam perdas.

A liderar os ganhos encontra-se o BCP. O banco liderado por Miguel Maya avança 1,65% para os 0,1172 euros. A ajuda a puxar pelo desempenho do PSI-20 encontra-se também a Galp Energia, que avança 0,87% para os 9,522 euros, numa altura em que o petróleo sobe devido a perspetivas otimistas quanto à procura.

Nas perdas, destaque para a EDP Renováveis, que recua 0,77% para os 20,56 euros, e para a casa-mãe EDP, que perde 0,50% para os 4,764 euros. Já a Jerónimo Martins oscila junto da linha d’água, no dia em que vai apresentar resultados do primeiro trimestre.

Pela Europa o dia é de ganhos ligeiros, com o índice pan-europeu Stoxx 600 a avançar 0,1% no arranque desta sessão. O britânico FTSE 100 sobe 0,3%, enquanto o francês CAC 40 e o espanhol IBEX 35 somam 0,4%. Já o alemão DAX sobe 0,5%.

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Dois terços dos portugueses confiam na vacina contra a Covid e querem tomá-la, revela sondagem

  • ECO
  • 28 Abril 2021

A confiança na eficácia das vacinas aumentou e são agora 66% dos portugueses a dizer que têm confiança grande (45%) ou muito grande (21%) nas vacinas contra a Covid-19, revela a sondagem da Aximage.

Dois terços dos portugueses confiam na inoculação e dizem querer tomar a vacina contra a Covid-19 assim que seja possível, revela a sondagem da Aximage para o Jornal de Notícias/ Diário de Notícias/ TSF.

A confiança na eficácia das vacinas aumentou e são agora 66% dos portugueses a dizer que têm confiança grande (45%) ou muito grande (21%) nas vacinas contra a Covid-19. Estes valores comparam com os 42% e 16% registados, respetivamente, em fevereiro. O barómetro da Aximage revela ainda que é na faixa etária acima dos 65 anos que há uma maior confiança, ao passo que a faixa etária dos 18-34 anos são os que menos confiam.

Ao mesmo tempo, o nível de confiança nas vacinas é proporcional ao interesse em tomá-la, já que 67% respondem que vão tomar a vacina assim que seja possível. A subir está também a percentagem de portugueses que acreditam que o Governo vai executar o plano de vacinação nos prazos estipulados, com 65% dos inquiridos a dizerem ter confiança grande ou muito grande. O grupo etário mais confiante é o das pessoas acima de 65 anos. Ao mesmo tempo, a larga maioria dos cidadãos não acredita que o regresso à normalidade ocorra antes de um ano.

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Groundforce prepara-se para anular acordo com a TAP

  • ECO
  • 28 Abril 2021

Alfredo Casimiro estará a planear alegar a nulidade do acordo com a TAP, fundamentando a ação com pareceres de auditores e do Conselho Fiscal.

A Groundforce deverá anular esta semana o contrato feito com a TAP que permitiu à empresa pagar os salários de fevereiro e março, que estavam em atraso, avançou a TVI e a SIC (acesso livre). Alfredo Casimiro, presidente do conselho de administração da Groundforce, está a planear alegar a nulidade do acordo, fundamentando a ação com pareceres de auditores e do Conselho Fiscal.

O acordo contemplava uma operação de sale and lease back, com a venda de equipamentos à TAP por cerca de sete milhões de euros, sendo que a Groundforce ficou com a opção de recompra no prazo de dois meses. O Governo terá já a decisão “praticamente fechada” de deixar a empresa entrar em insolvência controlada.

Entrando em insolvência controlada, existe a possibilidade de ser criada uma empresa semelhante que absorva todos os trabalhadores e preste os mesmos serviços que a Groundforce. De recordar que existiam também algumas empresas interessadas em comprar a participação da Pasogal na Groundforce.

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Hoje nas notícias: Groundforce, habitação e Novo Banco

  • ECO
  • 28 Abril 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Groundforce deverá alegar a nulidade do acordo com a TAP, que permitiu pagar os salários em atraso. Com o impacto da pandemia no turismo, investidores querem encontrar hotéis para converter em habitação. As empresas do presidente do Benfica vão ter de saldar créditos em incumprimento, sendo que Luís Filipe Vieira ainda terá garantias pessoais que não chegam aos dez milhões de euros. Veja estas e outras notícias que marcam as capas dos jornais nacionais.

Groundforce prepara-se para anular acordo com a TAP

A Groundforce deverá anular esta semana o contrato feito com a TAP que permitiu à empresa pagar os salários de fevereiro e março, que estavam em atraso, avançou a TVI e a SIC. Alfredo Casimiro, presidente do conselho de administração da Groundforce, está a planear alegar a nulidade do acordo, fundamentando a ação com pareceres de auditores e do Conselho Fiscal. O acordo contemplava a venda de equipamentos à TAP por cerca de sete milhões de euros, com a Groundforce a ficar com a possibilidade de os voltar a comprar mais tarde.

Leia a notícia completa na SIC (acesso livre)

Investidores procuram hotéis para converter em habitação

A pandemia colocou o turismo em suspenso e fez disparar as unidades hoteleiras à venda. A crise espoletou um novo fenómeno, com os investidores, sobretudo internacionais, a procurarem edifícios para converterem em habitações. A Casafari, agregadora de anúncios de todos os portais imobiliários presentes em Portugal, aponta que existem 943 unidades hoteleiras, o que representa um aumento de 36% face a 2020. Além disso, há também 957 edifícios destinados ao alojamento local à venda no país, um aumento de 42% em relação ao período homólogo. Lisboa, Porto, Algarve e Alentejo são as regiões onde este fenómeno mais se faz sentir.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Vieira tem garantias pessoais dadas ao Novo Banco de menos de 10 milhões

As várias empresas do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, vão ter de saldar os créditos em incumprimento, depois de terem acumulado mais de 400 milhões de euros de dívidas ao Banco Espírito Santo, durante o tempo de Ricardo Salgado. Vieira ainda terá garantias pessoais dadas ao Novo Banco que não chegam aos dez milhões de euros, mas grande parte da dívida foi reestruturada.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Há 1.500 alunos sem ir à escola há um ano devido à Covid-19

Há cerca de 1.500 que, em contexto de pandemia, deixaram de ir à escola continuando no ensino à distância. Os dados são do Ministério da Educação, fornecidos ao Público, relativamente ao número de crianças e jovens “atualmente” registados pelas escolas ao abrigo do despacho que prevê medidas de apoio educativo aos alunos que são considerados doentes de risco, pelo que se encontram impedidos de assistir às atividades letivas e formativas presenciais.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Dois terços dos portugueses confiam na vacina contra a Covid e querem tomá-la

Dois terços dos portugueses confiam na inoculação e dizem querer tomar a vacina contra a Covid-19 assim que seja possível, revela a sondagem da Aximage para o JN/DN/TSF. A subir está também a percentagem de portugueses que acreditam que o Governo vai executar o plano de vacinação nos prazos estipulados. Ao mesmo tempo, a larga maioria dos cidadãos não acredita que o regresso à normalidade ocorra antes de um ano.
Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível)

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Lucro do Santander Totta cai 71% no primeiro trimestre com provisões de 164,5 milhões para pagar rescisões

Santander quer rescindir unilateralmente com 100 a 150 trabalhadores por terem funções redundantes e tem um programa de saídas voluntárias para colaboradores com mais de 55 anos.

O Santander Portugal registou lucros de 34,2 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma redução de 71,2% face ao aos primeiros três meses do ano passado. Um resultado parcialmente explicado pelas provisões de 164,5 milhões para pagar a saída de trabalhadores no âmbito da reestruturação e pela necessidade de constituir imparidades (34 milhões de euros) para fazer face à situação económica desfavorável.

Esta provisão de 164,5 milhões de euros (líquida de impostos) visa “fazer face a uma reestruturação do banco, em especial do quadro de recursos humanos”, explica a instituição. O banco liderado por Pedro Castro e Almeida anunciou, em março, planos de redução de pessoal envolvendo rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas, o objetivo é que que saiam entre 100 a 150 colaboradores.

Em comunicado o banco explica que já foram feitos 68 acordos de saída do banco com colaboradores resultantes do movimento de redução de agências de 427 para 386 balcões (entre dezembro de 2020 e março de 2021). Mas o banco não vai ficar por aqui. “Nesta data são iniciados os procedimentos tendentes a uma redução unilateral que incluirá os demais colaboradores cujas funções se tornaram redundantes, medida que incluirá entre 100 e 150 colaboradores. Decorre adicionalmente um programa geral voluntário de saídas para colaboradores com 55 ou mais anos de idade (Plano 55+)”, acrescenta a instituição.

“Em junho, após a conclusão deste Plano, será aprovado um plano de reestruturação, cujo âmbito e dimensão será determinado em função dos resultados do Plano 55+”, revela o banco, que tem atualmente cerca de 950 colaboradores com mais de 55 anos.

A instituição liderada por Pedro Castro e Almeida revela que, no final do março, as moratórias, legal e privada, abrangiam cerca de 54 mil clientes, no montante global de 6,4 mil milhões de euros de crédito (16% da carteira total), o que corresponde a uma redução de 25% face ao valor de final de 2020, com o vencimento da moratória privada. Por outro lado, no âmbito das linhas de crédito com garantia do Estado o banco aprovou um conjunto de operações que ascendem a 2,1 mil milhões de euros, abrangendo cerca de 15 mil clientes.

O banco reconhece ainda que “em alguns casos”, ao nível das moratórias privadas, “foi necessário ajustar o plano de pagamentos, uma vez que o impacto do encerramento de algumas atividades inviabilizou que algumas famílias voltassem aos seus rendimentos normais para fazerem face às suas responsabilidades”.

“A redução na geração de receitas comerciais recorrentes continuou a refletir a dificuldade do contexto económico, fruto do aumento do ambiente concorrencial, do nível estrutural negativo de taxas de juro e da menor utilização de serviços bancários, bem como da alteração profunda e estrutural da forma de interação dos clientes com o banco – tendência que tem acelerado fortemente nos últimos trimestres em resultado da alteração dos hábitos dos consumidores na procura de serviços bancários”, explica o banco em comunicado.

Ainda assim, as receitas no primeiro trimestre estão “influenciadas positivamente pela geração de receitas não recorrentes associadas à gestão da carteira de títulos”. Em causa estão 140 milhões de euros que impactaram positivamente as contas.

O banco revela ainda que o total de crédito a clientes foi de 43 mil milhões de euros, uma subida de 5% face ao período homólogo; os recursos de clientes totalizaram 43,8 mil milhões, uma subida de 5% face ao mesmo período do ano passado, nomeadamente graças a um aumento de 3,5% dos depósitos. As quotas de mercado de novos empréstimos de crédito a empresas e habitação situaram-se em 21,5% e 21,9%, respetivamente. E o número de clientes digitais aumentou em termos homólogos 21,7%, atingindo 970 mil, enquanto o número de clientes de banco principal teve um crescimento de 4,4%, atingindo os 816 mil.

Em Espanha, o grupo Santander anunciou lucros de 1.608 milhões de euros no primeiro trimestre, quase cinco vezes mais que um ano antes, quanto teve de constituir provisões de 1,6 mil milhões de euros devido à pandemia.

(Notícia atualizada com mais informação)

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EPAL aposta 5 milhões em central hídrica nas condutas de água e 1,2 milhões em centrais solares em Lisboa

Esta quarta-feira, a empresa vai revelar novo investimento de 1,2 milhões de euros em centrais fotovoltaicas em Telheiras e no Parque das Nações. Até 2025 vai investir 70 milhões no EPAL 0% Energia.

A EPAL, empresa do Grupo Águas de Portugal, anuncia esta quarta-feira um novo investimento de 1,2 milhões de euros no projeto de centrais fotovoltaicas que a empresa tem em curso, desta feita em plena cidade de Lisboa, na Estação Elevatória de Telheiras (500 kW) e no Parque das Nações (650 kW).

A EPAL tem em curso o programa EPAL 0% Energia cujo objetivo é atingir, até 2025, a neutralidade energética e de emissões poluentes através da produção própria de toda a eletricidade que a empresa consome, potenciando assim a sustentabilidade das operações.

O desenvolvimento deste programa tem previsto um investimento total na ordem dos 70 milhões de euros para a construção de centrais de produção de energia hidroelétrica nas condutas de água, mas também centrais eólicas e fotovoltaicas, tendo já sido apresentado a 16 de abril o projeto da primeira central hidroelétrica para aproveitar a energia gerada pela água tratada na Estação de Tratamento de Água da Asseiceira, que se tornará na maior ETA do país 100% autossustentável em energia.

Com um investimento de cinco milhões de euros, esta central hidroelétrica que será instalada na ETA da Asseiceira terá uma capacidade de 1,5 MW e produzirá energia elétrica turbinando a água nas condutas que transportam água para Lisboa. Isto vai fazer com que esta seja a primeira ETA de Portugal a atingir a neutralidade energética, assim como a Estação Elevatória de Castelo do Bode. Além dos benefícios ambientais e económicos, este projeto de energia renovável “aumenta a resiliência do sistema de abastecimento face a tempestades e outras calamidades, dado que a alimentação energética à ETA e à estação elevatória será feita através de linha privativa instalada no subsolo”, frisa a EPAL.

A empresa do Grupo Águas de Portugal revela que “há mais investimentos para a eficiência energética e produção de eletricidade limpa em outras instalações e infraestruturas da empresa que estão em curso”. Durante o primeiro semestre de 2021 serão lançados os seguintes investimentos:

  • Central fotovoltaica da ETA de Vale da Pedra (650 kW)
  • Central fotovoltaica da Captação de Valada Tejo (850 kW)
  • Central fotovoltaica da Captação da Estação Elevatória de Amadora (1,5 MW)
  • Central fotovoltaica da Estação Elevatória de Vila Franca de Xira (2 MW)
  • Central fotovoltaica da ETA de Asseiceira (1 MW)

O projeto EPAL 0% deu origem ao Programa de Neutralidade Energética ZERO do Grupo Águas de Portugal, apresentado em 2020, e que tem como objetivo ser neutro em carbono e energeticamente autossustentável através de energia 100% renovável até 2030. Para isso, vai investir 370 milhões de euros num projeto a 10 anos que visa não só reduzir os consumos energéticos como também aumentar a produção própria de energia a partir de fontes limpas: biogás, eólica, hídrica e solar fotovoltaico, incluindo solar flutuante.

Além disso, permitirá passar de uma fatura de eletricidade atual de cerca de 65 milhões de euros por ano, para apenas 25 milhões de euros, graças à produção própria de energia e redução dos consumos. Este mega projeto não deixa de lado a aposta do momento e inclui também planos para produzir hidrogénio ver a partir da significativa capacidade renovável que vai acrescentar ao seu portfólio: dos atuais 30,4 GWh para 708 GWh por ano, ou seja cerca de “25 vezes mais”.

Com gastos energéticos superiores a 725,1 GWh por ano, em 2019 — mais de 1,4% do consumo de energia elétrica no país –, o Grupo AdP é hoje o maior consumidor público de energia elétrica em Portugal. Através do Programa de Neutralidade Energética ZERO, a empresa espera neutralizar o equivalente a 746 GWh — consumo energético estimado para 2030 –, o que representa uma neutralidade energética de 105,3%, bem como uma neutralidade carbónica equivalente.

Estacionamento com coberturas fotovoltaicas no Parque das Nações, 1MW de solar em Telheiras

Esta quarta feira, a EPAL dá assim mais um passo na direção da neutralidade energética com a sessão de apresentação pública do Projeto Centrais fotovoltaicas – Telheiras e Parque das Nações, no Laboratório Central da EPAL, com a presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.

As primeiras centrais fotovoltaicas no recinto do Parque das Nações, incluem um parque de estacionamento com coberturas fotovoltaicas, onde se localizam os carregadores elétricos para a frota elétrica da EPAL num total de 650 kW, e um investimento de 744.000 euros financiado pelo POSEUR. A energia renovável produzida será utilizada no carregamento de viaturas elétricas e para suprir as necessidades energéticas do complexo EPAL no Parque das Nações.

Está também em fase de preparação um novo concurso para instalar ainda mais 500 kW no Parque das Nações, num investimento de 700.000 euros, que tem como objetivo fornecer energia renovável à Estação Elevatória dos Olivais.

A Estação Elevatória de Telheiras terá uma central fotovoltaica de 500 kW, prevendo-se a médio prazo a ampliação para 1 MW. Um dos reservatórios será coberto, instalando, para já, cerca de 500 kW, com um investimento de 463.000 euros. Posteriormente, tudo ficará preparado para um segundo investimento para instalar mais 500 kW, na segunda célula, após alterações no modelo de exploração para a nova realidade fotovoltaica.

Ambos os projetos ficarão a cargo da Jayme da Costa, empresa portuguesa focada em soluções na área da energia. “A Jayme da Costa está presente no setor das energias renováveis no segmento das grandes centrais (>100MW), pelo que estes projetos de autoconsumo (UPAC) têm uma importância especial. Acreditamos que a produção de energia descentralizada e mais próxima do ponto de consumo, tirando partido de áreas de telhado sem outra utilização prevista, é muito competitiva do ponto de vista de eficiência energética e do aumento da resiliência da rede”, refere Vitorino Rocha, membro do Conselho Executivo da empresa.

Ainda em fase de concurso está o Centro de Controlo de Energia e Emissões da EPAL, que representa um investimento de cerca de três milhões de euros permitindo reforçar a monitorização do desempenho energético das instalações consumidoras de energia, num projeto de digitalização das operações e dos ativos consumidores de energia, mas igualmente das centrais de produção, possibilitando a avaliação em tempo real das respetivas performances e potenciar a utilização dos reservatórios de água como armazenamento de energia.

O programa EPAL 0% Energia permitirá ainda a coprodução de hidrogénio, cuja valorização se prevê tendencialmente na cadeia de valor da atividade da EPAL e na conversão de toda a energia renovável produzida em produtos de valor acrescentado, sem necessidade de injeção do excedente na rede elétrica.

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O meu vizinho tem um imóvel igual ao meu, mas o dele foi mais valorizado. Porquê?

Para os contribuintes que ainda não entregaram o IRS e que querem saber como aumentar o seu reembolso, o ECO escolheu 20 dicas do Guia Fiscal da Deco para o ajudar. Será partilhada uma dica por dia.

A campanha do IRS ainda agora começou, mas existem já muitas dúvidas na mente dos contribuintes. Para todos aqueles que veem o preenchimento do IRS como um “bicho-de-sete-cabeças” e que querem saber como podem “engordar” o seu reembolso, o Guia Fiscal 2021, da Deco Proteste, oferece respostas para muitas destas questões.

Os portugueses têm até ao final de junho para entregarem as declarações de IRS relativas a 2020. Num ano em que mais 250 mil contribuintes passaram a estar abrangidos pelo IRS Automático, para um total de 3,6 milhões de pessoas, o Fisco tem agora até 31 de julho para devolver às famílias os valores que lhes são devidos a propósito do IRS.

Assim, o ECO selecionou 20 das dicas disponibilizadas pela Deco para o ajudar a esclarecer todas as suas dúvidas. Cada uma será partilhada num dia diferente deste mês de abril.

O meu imóvel foi avaliado este ano. O do vizinho de cima é exatamente igual, mas foi mais valorizado. Porquê?

Dois apartamentos no mesmo prédio e com a mesma tipologia não têm necessariamente o mesmo valor patrimonial tributário. Basta, por exemplo, que a exposição solar ou a vista de um deles seja considerada melhor para haver uma diferença de valores.

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Cabrita explica futuro do SIRESP no Parlamento sem avanços nas negociações com a Altice

O ministro da Administração Interna vai explicar ao Parlamento esta quarta-feira o futuro da rede de comunicações de emergência do Estado. Faltam 63 dias para o fim do contrato com a Altice Portugal.

O ministro da Administração Interna vai ao Parlamento esta quarta-feira para explicar aos deputados qual será o futuro do SIRESP. A audição de Eduardo Cabrita acontece a 63 dias do fim do contrato de prestação de serviços com a Altice Portugal, que possibilita o funcionamento da rede de comunicações de emergência do Estado.

Na terça-feira à noite, fonte familiarizada com as negociações assegurou ao ECO não existir, até àquele momento, qualquer tipo de acordo entre o Governo e a Altice Portugal para uma eventual prorrogação do contrato. O último contacto formal entre as partes terá sido na quinta-feira, 22 de abril, seguido do envio de uma proposta por parte da Altice Portugal na passada sexta-feira.

Para já, ponto assente parece ser o “consenso” de que, havendo uma extensão, esta terá de ser por 18 meses, pelo menos. Isto mesmo foi assumido na semana passada pelo presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, que disse à TVI24: “Chegou-se a um consenso de 18 meses.”

Ora, como pano de fundo estão outras declarações recentes de Alexandre Fonseca. Em meados deste mês, o gestor pôs o SIRESP novamente na ribalta, ao afirmar, numa entrevista ao Diário de Notícias, que o serviço estava em risco de “acabar a 30 de junho”. “A esta curta distância, para um contrato desta complexidade, com os meios técnicos e humanos que envolve, diria que estamos em cima da hora”, detalhou.

À luz destas afirmações, Eduardo Cabrita apressou-se a tranquilizar os portugueses e assegurou que o SIRESP vai continuar a funcionar após 30 de junho, segundo um modelo que “o Governo tem neste momento já em processo legislativo”. Desconhece-se qual é esse modelo e se passa, ou não, pela continuidade da parceria com a Altice Portugal, gestora da rede há vários anos.

Já esta semana, na terça-feira, representantes da Altice Portugal foram recebidos pelo grupo parlamentar do PSD, de acordo com informações publicadas no site do Parlamento. Ao que o ECO apurou, o futuro da rede SIRESP foi o principal tema em cima da mesa.

Do controlo do Estado ao estado do SIRESP

Em dezembro de 2019, o Governo concluiu a compra da totalidade do capital do SIRESP aos acionistas privados, incluindo uma posição controlada pela própria Altice. Desde esse ano que o Executivo já constituiu dois grupos de trabalho para as estudar possibilidades para o futuro da rede após o dia 30 de junho.

O primeiro relatório concluiu, entre outras coisas, que é necessário que a rede dependa menos dos parceiros privados, como é o caso da Altice Portugal. As conclusões do segundo ainda não são conhecidas. O ECO já questionou o Ministério da Administração Interna acerca do teor deste relatório, mas não obteve resposta.

No dia 23 de abril, um relatório do Tribunal de Contas veio recordar que o relógio está a contar e que “urge” definir o futuro da rede de comunicações pública. “Entre os sistemas de comunicações utilizados, a rede SIRESP satisfaz atualmente as principais necessidades de comunicação de emergência, mas aproxima-se o termo do contrato vigente e anteveem-se alterações no modelo tecnológico e de gestão que urge definir”, avisou a entidade.

Por fim, também é público que o SIRESP está sem conselho de administração. O general Manuel Couto, anterior presidente, demitiu-se este ano do cargo por “razões pessoais” e a gestora que tinha o pelouro financeiro faleceu. De acordo com o relatório e contas de 2020, a empresa perdeu cerca de dois milhões de euros no ano passado.

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5 coisas que vão marcar o dia

Parlamento recebe esta quarta-feira Eduardo Cabrita, para explicar o problema da rede de comunicações de emergência do Estado, SIRESP. Jerónimo Martins apresenta resultados do 3º trimestre de 2021.

Esta quarta-feira é marcada pela audição do ministro da Administração Interna no Parlamento: Eduardo Cabrita irá, assim, responder às perguntas dos deputados sobre o problema da rede de comunicações de emergência do Estado, SIRESP. O dia será marcado também pelos resultados do terceiro trimestre do grupo Jerónimo Martins. IGCP vai realizar uma operação de troca de Obrigações do Tesouro, enquanto o INE vai divulgar a Procura Turística dos Residentes no quarto trimestre de 2020. Lá fora, a Reserva Federal dos EUA decide sobre taxas de juro.

Cabrita ouvido no Parlamento sobre SIRESP

O Parlamento vai ouvir esta quarta-feira o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, para explicar o problema da rede de comunicações de emergência do Estado, SIRESP, cujo contrato termina ainda este ano. A audição ao ministro da Administração Interna sobre o contrato do SIRESP foi aprovada por unanimidade. O Tribunal de Contas (TdC) avisou que é urgente definir o modelo de funcionamento da rede SIRESP após 30 de junho, quando termina o contrato com a Altice.

Jerónimo Martins apresenta resultados

O Grupo Jerónimo Martins vai apresentar esta quarta-feira os resultados do primeiro trimestre de 2021, numa altura que o grupo investiu onze milhões de euros e atribuiu um prémio de 500 euros a 23 mil trabalhadores em Portugal.

Portugueses continuam a viajar dentro do país?

O INE divulga esta quarta-feira a Procura Turística dos Residentes no quarto trimestre de 2020, numa altura que a procura turística continua a registar grandes quebras. No terceiro trimestre de 2020, as viagens turísticas de residentes diminuíram 84,8% com destino ao estrangeiro e 18,5% em território nacional.

IGCP realiza operação de troca de dívida

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realiza esta quarta-feira uma operação de troca de Obrigações do Tesouro. A agência liderada por Cristina Casalinho propõe-se comprar títulos com prazo em 2022 e 2024 e emitir novos com maturidade em 2028 e 2034.

Reserva Federal dos EUA decide sobre taxas de juro

Na sessão desta quarta-feira, as atenções estiveram viradas para a reunião da Reserva Federal dos EUA (Fed). Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, anuncia as decisões da reunião da Fed quanto a uma eventual subida das taxas de juro, tendo em conta a retoma da economia norte-americana.

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OPA sobre a Semapa em risco de falhar meta de dominar 90% do capital

Acionistas que detém cerca de 7% do capital da papeleira rejeitam preço. Ainda assim, é possível que a Sodim consiga avançar com a operação. A dúvida é quão reforçada sairá a posição da holding.

A oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela holding da família Queiroz Pereira, a Sodim, sobre a Semapa já está no mercado. A operação arrancou esta terça-feira e o objetivo da Sodim é comprar cerca de 28,1% das ações que estão na posse de outros investidores, num total de 22,8 milhões de ações. No entanto, deverá encontrar oposição de — pelo menos — investidores com 7%, colocando em risco o sucesso da operação.

“Apesar de o preço da oferta ter sido aumentado de 11,40 para 12,17 euros por ação, este preço ainda tem um desconto de 30% em relação ao valor patrimonial líquido (NAV) da Semapa. Pelo feedback que tivemos, esse nível de desconto é o principal motivo pelo qual os acionistas minoritários ainda estão insatisfeitos com o novo preço da oferta. O nosso entendimento é que os acionistas esperavam um aumento no preço da oferta superior ao feito pela Sodim”, diz Mariana Dos Santos, equity research analyst da United First Partners em declarações ao ECO.

A Sodim tem 58,4 milhões de ações da Semapa, incluindo os 19,4 milhões de títulos que detém e os 38,96 milhões de títulos na posse da Cimo – Gestão de Participações. Isto corresponde a 71,906% do total do capital da Semapa. A OPA visa o capital que a holding ainda não detém: ou seja, cerca de 28,1% do capital que estão na posse de outros investidores.

Para ficar com 100% da Semapa, a Sodim vai ter de comprar títulos à Bestinver (5,05%), ao fundo soberano da Noruega (2,13%), Cobas Asset Management (2,05%) e ir à bolsa adquirir 16,8% do capital que se encontra disperso por investidores não qualificados. É condição de sucesso que a Sodim passe a deter, em consequência da oferta, um mínimo de 90% dos direitos de voto.

No entanto, dois acionistas já se manifestaram negativamente. A associação de acionistas minoritários Maxiyield recomendou que aos associados não venderem por considerarem que há uma “evidente subavaliação” do valor de mercado feita pela Sodim à Semapa, empresa que o negócio avalia em 948 milhões de euros (contra 1.406,5 milhões de euros com base no price target médio dos analistas a 17,30 euros por ação).

"A saída da Semapa de bolsa deixaria provavelmente os investidores numa posição melhor do que se a Sodim detiver, por exemplo, 88% da Semapa e os restantes 12% permanecerem cotados. Com efeito, a liquidez da Semapa em bolsa será reduzida, o que significa que os investidores terão dificuldade em vender as ações na Semapa caso pretendam alienar as posições.”

Mariana Dos Santos

Analista da United First Partners

Inicialmente, a Sodim ofereceu uma contrapartida de 11,40 euros por ação, mas acabou por rever o preço em alta para 12,17 euros, considerado pela administração como “adequado”. Entretanto, no anúncio de lançamento da OPA, a Sodim lembrou que a assembleia geral da Semapa do próximo dia 30 de abril deverá aprovar um dividendo de 51,20 cêntimos, pelo que este valor terá de ser descontado da contrapartida, que passará assim para os 11,66 euros.

Tal como os pequenos acionistas, a Bestinver também criticou o preço por não refletir o valor “real” da empresa, sinalizando que não quererá vender os 5% que controla. “Temos o dever de defender os interesses dos nossos investidores”, justificou Ricardo Seixas, responsável pela gestão de ações ibéricas da sociedade espanhola, em entrevista no final do mês passado ao Jornal de Negócios.

Os analistas do BPI/CaixaBank concordaram que o preço não satisfaz e que limita as hipóteses de sucesso da operação, enquanto a XTB alinha com a administração e considera o preço “justo”. De qualquer forma, “neste momento, ao que parece, há cerca de 7% dos acionistas da Semapa que provavelmente não irão aceitar a oferta“, sublinha Dos Santos, mas ressalva que a Sodim poderá ainda avançar com a operação mesmo sem alcançar a meta.

“É verdade que a oferta é condicionada a uma adesão de 90% das ações, mas esta condição é passível de renúncia, o que significa que a Sodim pode completar a oferta sem conseguir os 90%”, afirma. Nesse caso, não poderá ainda assim retirar a Semapa de bolsa, “que parece ser o principal objetivo”.

É expectável que esta operação venha a ter um desfecho positivo“, considera também Henrique Tomé, analista da XTB. Se se concretizar, a operação pode vir a revelar-se uma “jogada estratégica interessante” para a Sodim. “Deve-se notar que a Semapa controla a Navigator e é dona da cimenteira Secil, fazendo com que a presença e o poder de decisão da holding da família Queiroz Pereira possa vir a ser reforçada”.

"Deve-se notar que a Semapa controla a Navigator e é dona da cimenteira Secil, fazendo com que a presença e o poder de decisão da holding da família Queiroz Pereira possa vir a ser reforçada. A curto prazo existem fatores de risco, mas a longo prazo os títulos da empresa poderão sair beneficiados com esta OPA.”

Henrique Tomé

Analista da XTB

A dúvida é quão reforçada sai a posição. Caso a Sodim venha a deter pelo menos 90% dos direitos de voto da Semapa e, simultaneamente, pelo menos 90% das ações objeto da OPA, irá recorrer ao mecanismo de aquisição potestativa das ações da Semapa que permanecerem na titularidade de outros acionistas (squeeze-out).

Contudo, se não adquirir pelo menos 90% das ações que são objeto da OPA mas vier a deter pelo menos 90% dos direitos de voto da Semapa, irá promover a perda de qualidade de sociedade aberta da Semapa e saída de bolsa e, posteriormente, ponderará então se irá proceder a uma aquisição potestativa das ações da Semapa que permanecerem na titularidade de outros acionistas.

“A saída da Semapa de bolsa deixaria provavelmente os investidores numa posição melhor do que se a Sodim detiver, por exemplo, 88% da Semapa e os restantes 12% permanecerem cotados em bolsa. Com efeito, a liquidez da Semapa em bolsa será reduzida, o que significa que os investidores terão dificuldade em vender as ações na Semapa caso pretendam alienar as posições”, considera Mariana Dos Santos.

A OPA arrancou esta terça-feira e vai durar cerca de quatro semanas, até 25 de maio, sendo que na primeira sessão os títulos desvalorizaram 0,33% para 12,12 euros por ação, após ter subido quase 28% face aos 9,50 euros por ação anteriores ao anúncio inicial da operação, a 18 de fevereiro.

“A evolução dos títulos da empresa têm vindo a registar um desempenho positivo nos últimos meses, apesar das fortes quedas que ocorreram durante o ano passado por causa da pandemia, as ações já conseguiram anular todas as perdas”, lembra Henrique Tomé, atribuindo a queda na sessão de terça-feira a uma “reação do mercado” ao início da OPA. “A curto prazo existem fatores de risco, mas a longo prazo os títulos da empresa poderão sair beneficiados com esta OPA“, acrescenta.

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Portugal estava numa situação mais grave da última vez que saiu do estado de emergência

Portugal transitou do estado de emergência para calamidade em maio do ano passado. Existiam mais pessoas internadas nos hospitais e registavam-se mais óbitos.

O atual estado de emergência termina a 30 abril, apenas três dias antes da próxima fase de desconfinamento que já prevê menos restrições à atividade e circulação pelo país. E o Presidente da República já anunciou que não haverá uma renovação do estado de emergência, tendo em conta a evolução de diversos indicadores. Mas como está o país face à última vez que deixou de estar neste regime de exceção? Melhor, em várias métricas.

Marcelo Rebelo de Sousa justificou a sua decisão com a redução do número de mortes, dos internados em enfermaria e cuidados intensivos, assim como a redução do Rt (indicador de contágio) e a estabilização do número de infetado (a incidência da pandemia). “Pesou também o avanço em testes e, ainda mais importante, em vacinação, que saúdo e incentivo”, acrescentou o Chefe de Estado na declaração que fez ao país na terça-feira.

Qual é a situação do país? Atualmente, encontramo-nos na “zona verde” da matriz de risco, com o índice de transmissibilidade, ou seja, quantas pessoas um infetado contagia, em média, a rondar o 1. Já a incidência é de cerca de 70 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, o que está abaixo do limiar de risco de 120 casos.

Quanto aos óbitos, estamos hoje com uma média de cinco mortes por milhão de habitantes, adiantou André Peralta Santos, da Direção-Geral da Saúde (DGS), na reunião do Infarmed desta terça-feira. Nas últimas semanas, o número de mortes diárias não tem chegado aos dez, sendo que esta segunda-feira foi o primeiro dia sem óbitos desde o início de agosto.

O número de hospitalizações devido à doença “mantém uma tendência ligeiramente decrescente” e a ocupação em unidades de cuidados intensivos (UCI) está abaixo das 100 camas ocupadas, o que é “manifestamente positivo”, segundo sinalizou o perito.

Já segundo o boletim da DGS de terça-feira, há 346 pessoas internadas, das quais 86 em unidades de cuidados intensivos, o que representa mínimos de setembro em ambos os casos.

Já quanto à taxa de positividade no território nacional, numa altura em que tem vindo a aumentar a testagem “está abaixo do indicador de referência dos 4%, o que é muito positivo”, salientou também o especialista da DGS.

No ano passado, foi decretado estado de emergência em Portugal a 18 de março. Depois de um confinamento para travar o contágio por Covid-19, o estado de emergência terminou à meia-noite do dia 2 de maio. A partir daí o país entrou em estado de calamidade e arrancou o desconfinamento, cuja primeira fase estava prevista para 4 de maio.

Como estavam os indicadores do país nessa altura? O número de novos casos rondava os 200 (203 a 2 de maio). António Costa revelou, no anúncio da saída do estado de emergência, que o número de novos casos continuava “a diminuir, não obstante ter aumentado significativamente o número de testes realizados”, sendo a percentagem de casos positivos relativamente aos testes realizados de 5,5%.

Novos casos diários de Covid-19

Já o número de óbitos rondava os 20 (16 a 2 de maio), sendo de sinalizar que a tendência foi de estabilização. A partir de 4 de maio, o número de mortes diárias nunca excedeu as 20 até 16 de outubro. Já o índice de transmissibilidade estava próximo de 1.

Na última vez que o país saiu do estado de emergência, o número de internados rondava os 800 (855 a 2 de maio), dos quais cerca de 150 em UCI. “A taxa de ocupação das camas das unidades de cuidados intensivos foi sempre entre 50% e 65%, e destes, só 50% a 60% são doentes com Covid, o que significa que, mesmo nos piores momentos, a nossa capacidade de assegurar cuidados intensivos nunca esteve em causa”, detalhou o primeiro-ministro, na altura.

Os números tiveram uma evolução positiva durante o desconfinamento no ano passado, existindo apenas problemas em Lisboa, onde as restrições se mantiveram durante mais tempo. Em setembro reabriram as escolas e o movimento foi retomado, nomeadamente com o regresso de alguns ao trabalho presencial. Os indicadores da pandemia começaram a piorar, e Portugal teve de regressar ao estado de emergência em novembro.

Na altura em que o país voltou ao estado de emergência, o objetivo era “poder eliminar dúvidas jurídicas”, segundo explicava António Costa, nomeadamente quanto à imposição de limitações à circulação em diferentes zonas do país e à legitimidade para medir a temperatura dos cidadãos em locais públicos ou de trabalho.

No início de novembro, registavam-se cerca de três mil novos casos e o número de óbitos diários era de cerca de 50. O número de internados rondava os dois mil, e na UCI existiam cerca de 300 camas ocupadas com doentes com Covid-19. Já o índice de transmissibilidade estava acima de 1, rondando o 1,1.

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Saiba se o seu concelho está em risco de não avançar no desconfinamento

O ECO analisou as incidências da Covid-19 e conta-lhe a evolução desde há 15 dias, quando seis concelhos não avançaram e quatro recuaram mesmo no desconfinamento. Governo decide na quinta-feira.

Ao fim de 15 renovações do estado de emergência, Portugal prepara-se para passar ao estado de calamidade, um regime de exceção menos grave, anunciou na terça-feira o Presidente da República. Os epidemiologistas também já fizeram o balanço da evolução da pandemia numa reunião no auditório do Infarmed. Só falta saber que decisões vão ser tomadas pelo Governo na quinta-feira, quando reunir em Conselho de Ministros.

Tudo indica que António Costa, primeiro-ministro, irá dar “luz verde” à quarta e última fase do plano de desconfinamento, a arrancar segunda-feira, 3 de maio. Confirmando-se, os restaurantes passam a poder ter dez pessoas à volta de uma mesma mesa nas esplanadas, ou seis pessoas por mesa no interior, e são retomados os grandes eventos exteriores. A vida começa a parecer-se um pouco mais “normal”.

Mas nem todos os concelhos vão poder dar este passo. Há cerca de 15 dias, o Governo viu-se obrigado a deixar seis concelhos na fase em que estavam. Quatro outros concelhos acabaram mesmo por recuar no desconfinamento, por terem incidências da Covid-19 muito elevadas. Ora, António Costa prometeu “critérios claros” e, por isso, o cenário deverá repetir-se segunda-feira, altura em que o desconfinamento voltará a assumir diferentes velocidades.

Através dos últimos dados locais divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), o ECO analisou a evolução da pandemia nos municípios que estão em xeque por causa das incidências da Covid-19. Uma série de concelhos estão em risco de ficarem a marcar passo no desconfinamento e outros deverão ser deixados de sobreaviso quando o primeiro-ministro anunciar as decisões do Conselho de Ministros, na quinta-feira.

Os concelhos que recuaram

Foram quatro os concelhos que recuaram no desconfinamento há cerca de 15 dias. Os seus munícipes estão impedidos de cruzarem as “fronteiras” do município, os estabelecimentos só podem servir ao postigo e os restaurantes só servem refeições para take-away ou entregas ao domicílio. São eles Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior. Como estão agora?

  • Odemira: Acumulava uma incidência de 340 casos por 100 mil habitantes a 9 de abril. Essa incidência aumentou para 757 a 16 de abril e, no dia 23, atingiu os 991 casos. Na reunião do Infarmed de terça-feira, contudo, o epidemiologista André Peralta Saltos, citando dados de 24 de abril, afirmou verificar-se já uma “inversão da tendência” e disse que a incidência está agora a cair.
  • Moura (153), Portimão (306) e Rio Maior (137) estão com incidências mais baixas, mas ainda assim acima da fasquia dos 120.

Os concelhos que não avançaram

A 15 de abril, o primeiro-ministro também deixou seis concelhos no estado em que estavam, impedindo-os de avançarem na reabertura. Nestes municípios, os restaurantes continuam sem poder servir clientes no interior, mantendo-se apenas as refeições nas esplanadas até um máximo de quatro pessoas por mesa. São eles: Alandroal, Albufeira, Carregal do Sal, Figueira da Foz, Marinha Grande e Penela. Como estão agora?

  • Alandroal: Da lista dos seis concelhos, é o único que já regista uma incidência abaixo do patamar de referência de 120 casos por 100 mil habitantes acumulados a 14 dias. A incidência era de 60 nos dados da DGS divulgados na passada sexta-feira, os mais atualizados até ao momento.
  • Albufeira (159), Carregal do Sal (227), Figueira da Foz (153), Marinha Grande (140) e Penela (278) continuam acima da linha vermelha dos 120 casos por 100 mil habitantes, segundo os mesmos dados da DGS.

Os concelhos deixados em alerta

António Costa deixou ainda 13 municípios de sobreaviso: se não baixassem as respetivas incidências da Covid-19, não poderiam avançar para a derradeira fase do plano de desconfinamento. Eram eles: Aljezur, Almeirim, Barrancos, Mêda, Miranda do Corvo, Miranda do Douro, Olhão, Paredes, Penalva do Castelo, Resende, Valongo, Vila Franca de Xira e Vila Nova de Famalicão. Como estão agora?

  • Miranda do Corvo (63), Olhão (110), Penalva do Castelo (28) e Vila Franca de Xira (111) já regressaram abaixo da linha dos 120 casos. Se assim se mantiverem, deverão poder prosseguir com o desconfinamento.
  • Aljezur (501), Almeirim (191), Barrancos (122), Mêda (153), Miranda do Douro (234), Paredes (209), Resende (572), Valongo (185) e Vila Nova de Famalicão (146), contudo, continuam acima da fasquia dos 120. Estão em risco de não avançar para a última fase da reabertura.

Os concelhos que podem levar recado

A análise aos dados de sexta-feira mostra, por fim, que 18 municípios poderão levar um recado do primeiro-ministro na quinta-feira, no sentido de baixarem as respetivas incidências da Covid-19. São eles:

  • Alijó (207), Alpiarça (170), Arganil (127), Baião (123), Cabeceiras de Basto (326), Castelo de Paiva (136), Cinfães (247), Coruche (200), Fafe (141), Marco de Canaveses (120), Melgaço (124), Paços de Ferreira (125), Penafiel (130), Peso da Régua (127), Sever do Vouga (150), Tabuaço (199), Vila Pouca de Aguiar (125) e Vila Real de Santo António (139).

Os concelhos que devem poder avançar

Os demais concelhos de Portugal continental devem poder avançar no desconfinamento. Esta é a lista completa dos concelhos com incidência inferior a 120 casos, por ordem alfabética, mas também pode usar as definições do seu browser para encontrar mais facilmente um concelho específico (ou premir Ctrl+F se estiver num computador):

Abrantes (83)
Águeda (15)
Aguiar da Beira (86)
Alandroal (60)
Albergaria-a-Velha (29)
Alcácer do Sal (9)
Alcanena (16)
Alcobaça (43)
Alcochete (45)
Alcoutim (0)
Alenquer (32)
Alfândega da Fé (0)
Aljustrel (0)
Almada (76)
Almeida (17)
Almodôvar (0)
Alter do Chão (0)
Alvaiázere (15)
Alvito (0)
Amadora (51)
Amarante (38)
Amares (17)
Anadia (18)
Ansião (42)
Arcos de Valdevez (38)
Armamar (17)
Arouca (24)
Arraiolos (0)
Arronches (35)
Arruda dos Vinhos (32)
Aveiro (43)
Avis (0)
Azambuja (4)
Barcelos (86)
Barreiro (81)
Batalha (50)
Beja (98)
Belmonte (0)
Benavente (65)
Bombarral (8)
Borba (45)
Boticas (60)
Braga (48)
Bragança (45)
Cadaval (15)
Caldas da Rainha (17)
Caminha (44)
Campo Maior (13)
Cantanhede (11)
Carrazeda de Ansiães (0)
Cartaxo (29)
Cascais (44)
Castanheira de Pêra (0)
Castelo Branco (10)
Castelo de Vide (34)
Castro Daire (94)
Castro Marim (16)
Castro Verde (14)
Celorico da Beira (29)
Celorico de Basto (116)
Chamusca (33)
Chaves (61)
Coimbra (38)
Condeixa-a-Nova (23)
Constância (25)
Covilhã (9)
Crato (0)
Cuba (65)
Elvas (29)
Entroncamento (23)
Espinho (71)
Esposende (88)
Estarreja (42)
Estremoz (16)
Évora (13)
Faro (100)
Felgueiras (34)
Ferreira do Alentejo (38)
Ferreira do Zêzere (13)
Figueira de Castelo Rodrigo (18)
Figueiró dos Vinhos (90)
Fornos de Algodres (0)
Freixo de Espada à Cinta (0)
Fronteira (0)
Fundão (19)
Gavião (0)
Góis (0)
Golegã (75)
Gondomar (48)
Gouveia (24)
Grândola (7)
Guarda (10)
Guimarães (68)
Idanha-a-Nova (0)
Ílhavo (18)
Lagoa (75)
Lagos (66)
Lamego (92)
Leiria (68)
Lisboa (96)
Loulé (44)
Loures (37)
Lourinhã (58)
Lousã (35)
Lousada (56)
Mação (64)
Macedo de Cavaleiros (34)
Mafra (55)
Maia (42)
Mangualde (0)
Manteigas (0)
Marvão (0)
Matosinhos (46)
Mealhada (20)
Mértola (49)
Mesão Frio (76)
Mira (59)
Miranda do Corvo (63)
Mirandela (83)
Mogadouro (0)
Moimenta da Beira (41)
Moita (39)
Monção (45)
Monchique (20)
Mondim de Basto (0)
Monforte (0)
Montalegre (44)
Montemor-o-Novo (0)
Montemor-o-Velho (44)
Montijo (78)
Mora (0)
Mortágua (0)
Mourão (0)
Murça (0)
Murtosa (0)
Nazaré (78)
Nelas (15)
Nisa (0)
Óbidos (0)
Odivelas (49)
Oeiras (58)
Oleiros (0)
Olhão (110)
Oliveira de Azeméis (53)
Oliveira de Frades (0)
Oliveira do Bairro (16)
Oliveira do Hospital (88)
Ourém (16)
Ourique (0)
Ovar (55)
Palmela (23)
Pampilhosa da Serra (25)
Paredes de Coura (0)
Pedrógão Grande (0)
Penacova (29)
Penalva do Castelo (28)
Penamacor (0)
Penedono (0)
Peniche (113)
Pinhel (35)
Pombal (21)
Ponte da Barca (72)
Ponte de Lima (27)
Ponte de Sor (20)
Portalegre (9)
Portel (0)
Porto (77)
Porto de Mós (21)
Póvoa de Lanhoso (74)
Póvoa de Varzim (51)
Proença-a-Nova (41)
Redondo (0)
Reguengos de Monsaraz (0)
Ribeira de Pena (83)
Sabrosa (34)
Sabugal (0)
Salvaterra de Magos (14)
Santa Comba Dão (38)
Santa Maria da Feira (29)
Santa Marta de Penaguião (15)
Santarém (14)
Santiago do Cacém (24)
Santo Tirso (72)
São Brás de Alportel (0)
São João da Madeira (32)
São João da Pesqueira (14)
São Pedro do Sul (39)
Sardoal (0)
Sátão (9)
Seia (9)
Seixal (46)
Sernancelhe (0)
Serpa (77)
Sertã (0)
Sesimbra (31)
Setúbal (82)
Silves (50)
Sines (29)
Sintra (70)
Sobral de Monte Agraço (38)
Soure (47)
Sousel (23)
Tábua (88)
Tarouca (13)
Tavira (90)
Terras de Bouro (0)
Tomar (24)
Tondela (34)
Torre de Moncorvo (13)
Torres Novas (9)
Torres Vedras (107)
Trancoso (0)
Trofa (55)
Vagos (53)
Vale de Cambra (14)
Valença (60)
Valpaços (81)
Vendas Novas (0)
Viana do Alentejo (19)
Viana do Castelo (85)
Vidigueira (0)
Vieira do Minho (17)
Vila de Rei (0)
Vila do Bispo (19)
Vila do Conde (43)
Vila Flor (17)
Vila Franca de Xira (111)
Vila Nova da Barquinha (0)
Vila Nova de Cerveira (34)
Vila Nova de Foz Côa (62)
Vila Nova de Gaia (61)
Vila Nova de Paiva (0)
Vila Nova de Poiares (0)
Vila Real (28)
Vila Velha de Ródão (0)
Vila Verde (47)
Vila Viçosa (91)
Vimioso (0)
Vinhais (77)
Viseu (8)
Vizela (21)
Vouzela (42)

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