Banco de Fomento chumba crédito à Groundforce por fragilidade dos acionistas

Banco de Fomento exigia plano de reestruturação da Groundforce e questiona a capacidade da TAP e de Alfredo Casimiro para suprirem perdas de 40 milhões em 2020 e 2021.

A Groundforce não vai ter acesso ao empréstimo de 30 milhões de euros da Caixa Geral de Depósitos (CGD), e o Banco Português de Fomento, que prestaria uma garantia pública àquela operação de crédito, identifica as razões desta decisão. De acordo com uma resposta do Banco de Fomento à administração da Groundforce, uma das três razões apontadas para o chumbo da operação é mesmo a fragilidade dos dois acionistas, isto é, de Alfredo Casimiro, mas também da própria TAP, uma empresa maioritariamente pública.

Em resposta a um pedido da Groundforce, a presidente do Banco de Fomento, Beatriz Freitas, elenca as razões para a decisão. Depois de receber os documentos solicitados e esclarecimentos adicionais pedidos em várias reuniões técnicas conjuntas entre a equipa do BPF, da Caixa Geral de Depósitos e da administração da Groundforce, “consideramos, conforme transmitido, existirem reservas quanto à viabilidade económica e financeira da empresa, bem como à sua capacidade de reembolsar a linha de crédito solicitada“, diz Beatriz Freitas a Casimiro, e identifica três razões para não dar garantia ao empréstimo de 30 milhões de euros a seis anos com um período de carência de 18 meses.

O primeiro elemento é a “ausência da aprovação e implementação efetiva por parte da administração da Groundforce, de um plano de reestruturação profundo, que adeque a estrutura de custos à nova realidade de receitas, e à recuperação lenta esperada para o setor da aviação comercial“. Dito de outra forma, rescisões e saídas de trabalhadores, processo que a administração da Grounforce já tinha antecipado para breve prazo.

O segundo é o facto de não estar garantida a “disponibilidade financeira robusta dos acionistas” — a Pasogal com 50,1% do capital e a TAP com os restantes 49,9% — para cobrirem os mais de 40 milhões de euros de prejuízos previstos para 2020-2021 e desta forma “estabilizarem a recapitalização do balanço” da empresa em todo o horizonte temporal da operação. A TAP, recorde-se, está em processo de reestruturação e de saída de pessoal e aguarda a aprovação de um plano por parte de Bruxelas. Já Alfredo Casimiro tem as ações da Groundforce dadas como penhor e o grupo Urbanos está em processo de recuperação.

Por último, o banco justifica ainda que as licenças emitidas pela ANAC para a Groundforce operar nos aeroportos nacionais cessam a validade entre 2023 e 2025. “Neste último ano, 70% do financiamento ainda estará por liquidar, podendo a empresa deixar de ter condições para operar”, considera.

Face a estas três razões, a operação “não mereceu aprovação” do Banco de Fomento. “No entanto, continuamos a estar totalmente ao dispor para continuar a trabalhar numa solução se enquadre no pretendido por todos os intervenientes no processo”, acrescentou a carta, que foi enviada com cópia para quatro membros do Governo: o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital Pedro Siza Vieira, o ministro de Estado e das Finanças João Leão, o secretário de Estado das Finanças João Nuno Mendes e o secretário de Estado do Tesouro Miguel Cruz.

Mas não terá sido enviada ao ministro que tutela a TAP e tem aparecido como rosto político do dossiê da Groundforce, o ministro Pedro Nuno Santos. O ECO contactou o Governo e o Banco de Fomento, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.

O empréstimo era uma solução que estava a ser estudada para os problemas financeiros da empresa de handling, após ter fechado uma opção de curto prazo com a TAP, que além de acionista, é também o maior cliente. Numa situação de rutura de tesouraria, a Groundforce vendeu todos os equipamentos à companhia aérea (que aluga para usar na atividade) e desbloqueou sete milhões de euros que cobrem as necessidades até final de abril.

A expectativa de Casimiro era a de que o empréstimo, entretanto, chegasse, mas o Governo já confirmou que não irá acontecer. “Compreendo bem a posição da Caixa Geral de Depósitos. Espero que a breve prazo tenhamos notícias boas sobre a Groundforce“, disse ministro das Infraestruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos esta terça-feira, referindo-se ao empresário — que está a negociar a venda da sua participação aos espanhóis da Atitlan — como “ainda sócio” da TAP.

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Restrições podem ser relaxadas “lentamente” à medida que a vacinação avançar, diz ECDC

Medidas como distanciamento físico e uso de máscaras poderão ser relaxadas para pessoas já vacinadas, diz o ECDC. Mas há que ter em conta o acesso à vacinação, alertam.

As medidas para travar o contágio por Covid-19 como o distanciamento social e o uso de máscaras poderão “lentamente” começar a ser levantadas, à medida que a vacinação vai avançando nos países, sinalizou o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), esta quarta-feira.

“À medida que a vacinação avança, é encorajador ter recomendações baseadas em evidências de que a imunização pode lentamente permitir o relaxamento de intervenções não farmacêuticas, como o uso de máscaras e distanciamento físico”, apontou Andrea Ammon, diretora do ECDC, numa comunicação publicada na página do centro.

À luz dos dados disponíveis, o ECDC desenvolveu “cenários em que os Estados-membros podem considerar a renúncia ou o relaxamento das medidas em reuniões entre dois indivíduos, agregados familiares ou bolhas sociais”. Por um lado, quando indivíduos totalmente vacinados se encontram, “medidas como distanciamento físico e uso de máscaras faciais podem ser relaxados, inclusive para adultos mais velhos”.

Por outro, quando adultos jovens e de meia-idade totalmente vacinados encontram pessoas não vacinadas, essas medidas de distanciamento e máscaras “podem ser relaxados, desde que ninguém presente tenha um fator de risco para doença grave”, diz o ECDC.

Estas recomendações têm em conta que “o risco de desenvolver doença Covid-19 grave para um indivíduo totalmente vacinado é muito baixo em adultos jovens e de meia-idade, sem fatores de risco para Covid-19 grave, e baixo em adultos mais velhos ou pessoas com fatores de risco subjacentes”, de acordo com o documento.

Para além disso, “o risco de desenvolver doença Covid-19 grave para um indivíduo não vacinado que esteve em contacto com uma pessoa totalmente vacinada exposta à infeção por SARS-CoV-2 é muito baixo a baixo em adultos jovens e de meia-idade, sem fatores de risco para casos graves de Covid-19 e moderado em idosos ou pessoas com fatores de risco subjacentes (evidências limitadas disponíveis até o momento)”.

“Requisitos para teste e quarentena de viajantes (se implementados) e testes regulares nos locais de trabalho podem ser dispensados ​​ou modificados para indivíduos totalmente vacinados, desde que não haja ou haja um nível muito baixo de circulação de variantes” que escapam à imunidade na comunidade do país de origem, no caso de viajantes, acrescentam ainda.

Ainda assim, as medidas “devem ser mantidas em espaços públicos e em grandes aglomerados, independentemente da situação vacinal dos indivíduos”.

A diretora da instituição ressalvou que, “embora o relaxamento das medidas de proteção deva ser feito gradualmente e com base em avaliações cuidadosas dos riscos envolvidos”, o ECDC está “confiante de que o aumento da cobertura de vacinação terá um impacto positivo e direto no retorno à vida normal”.

O centro europeu alerta ainda que “países que consideram medidas mais relaxadas para pessoas totalmente vacinadas devem levar em consideração o potencial de acesso desigual à vacina em toda a população”.

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“Humanidade precisa urgentemente de tratado internacional para as pandemias”, diz Costa

Primeiro-ministro aponta que é necessário um tratado para que não seja preciso "improvisar ou reagir na emergência como temos feito com muito custo ao longo deste ano". 

O primeiro-ministro defende que a principal lição internacional a retirar da Covid-19 é que “a humanidade precisa urgentemente de tratado internacional para as pandemias”. Isto para que, no futuro, não seja necessário “improvisar ou reagir na emergência como temos feito com muito custo ao longo deste ano”.

António Costa sublinha que a Covid-19 “continua a causar milhares de vítimas”, pelo que é “essencial unir esforços para acelerar vacinação a nível global”, em declarações na Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo. Para o primeiro-ministro, este “desafio comum não será ultrapassado sem cooperação e solidariedade”.

Portugal tem-se “associado a esforços, através da contribuição conjunta da União Europeia destinada à Covax, mas também diretamente no apoio aos países africanos de língua oficial portuguesa e Timor Leste”, ao redirecionar 5% das vacinas adquiridas pelo país, recorda Costa. Já no âmbito da presidência do UE, tem-se “impulsionado criação de mecanismo europeu de partilha de vacinas”, acrescenta.

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Carlos Silva foi eleito secretário-geral da UGT há oito anos e deixa liderança no próximo congresso

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

O secretário-geral da UGT diz que a sua decisão de deixar a liderança da central sindical é irrevogável e que se quer reformar. Congresso da UGT deve ter lugar no final de outubro ou novembro.

Carlos Silva completou oito anos enquanto secretário-geral da UGT esta quarta-feira e reafirmou que deixará a liderança da central no seu próximo congresso, previsto para novembro, em Lisboa.

“Faz hoje oito anos que fui eleito secretário-geral da UGT, devia estar agora a abandonar o cargo, mas a pandemia obrigou-nos a adiar o congresso e a mim a ficar mais algum tempo, mas não vou ficar 12 anos no cargo, não posso apregoar uma coisa e fazer outra”, disse Carlos Silva à agência Lusa.

Eleito no XII congresso da UGT, que se realizou em Lisboa, nos dias dias 20 e 21 de abril de 2013, Carlos Silva sucedeu a João Proença que liderou a central sindical durante 18 anos.

Quando foi reeleito, no XIII congresso da UGT, que se realizou no Porto, a 25 e 26 março de 2017, Carlos garantiu que seria o último mandato. No entanto, vários dirigentes da UGT têm tentado convencê-lo a ficar mais quatro anos. Mas Carlos Silva assegurou à Lusa que a sua decisão é irrevogável e que se quer reformar.

O sindicalista completa 60 anos a 01 de novembro, mas já tem 43 anos de trabalho e é bancário, nos quadros do Novo Banco, não estando abrangido pela regras da segurança social para se reformar. O próximo congresso da UGT está previsto para Novembro, em Lisboa.

O vice secretário-geral da UGT Sérgio Monte disse à Lusa que o local para o congresso já está reservado, “mas tudo depende das circunstâncias” pois a reunião magna deverá contar com a participação de cerca de mil pessoas.

O congresso deveria ter-se realizado em março ou abril mas foi adiado devido à pandemia da covid-19. Antes disso, “o mais tardar em outubro”, terá de se realizar o congresso da tendência sindical socialista, para eleger quem irá substituir Carlos Silva na sua liderança.

Carlos Silva, a quem cabe convocar este congresso, disse à Lusa que gostaria de o marcar para 27 de outubro, véspera do 43.º aniversário da UGT, mas só tomará a decisão depois do 1.º de Maio. Por enquanto, só o líder da Federação dos sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, manifestou disponibilidade para se candidatar a secretário-geral da UGT.

O secretário-geral da UGT é eleito em lista uninominal pelo congresso, sendo as candidaturas propostas no mínimo por 20% dos delegados ou pelo secretariado nacional cessante.

Os estatutos da UGT determinam a limitação de mandatos para o presidente, o secretário-geral e os secretários gerais adjuntos, que não podem ser eleitos mais de duas vezes consecutivas. Mas o congresso pode autorizar, por maioria de dois terços, mais um mandato ao secretário-geral.

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PS disponível para “aperfeiçoar” regime de declarações de titulares de cargos públicos

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

José Luís Carneiro diz que o PS tem "abertura para aperfeiçoar" as responsabilidades declarativas de titulares de órgãos políticos ou de de altos cargos públicos.

O secretário-geral adjunto do PS manifestou esta quarta-feira disponibilidade dos socialistas para “aperfeiçoar” o regime de declarações de titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, após ser questionado pelo PCP sobre a criminalização do enriquecimento injustificado.

Durante o período de declarações políticas na Assembleia da República, o líder da bancada parlamentar comunista, João Oliveira, perguntou a José Luís Carneiro se “o PS desta vez vai acompanhar o PCP nesse combate pela criminalização do enriquecimento injustificado“.

Sem responder diretamente à questão, o secretário-geral adjunto do PS afirmou que o seu partido tem “abertura para aperfeiçoar o regime que já atribui maiores, mais amplas e mais complexas responsabilidades às responsabilidades declarativas daqueles que são titulares de órgãos políticos ou de altos cargos públicos“.

Segundo José Luís Carneiro, esta posição já foi assumida pelos socialistas e isso “hoje foi também já afirmado” pelo grupo parlamentar do PS.

O deputado e dirigente do PS não especificou que alterações legislativas poderão ser feitas ao regime de declarações de rendimentos de titulares de cargos políticos e altos cargos públicos.

“Recordo, aliás, porque é importante sublinhar, dada a desinformação na opinião pública, que a Lei n.º 52/2019 ampliou o leque das responsabilidades declarativas, que vão desde o responsável de serviço de uma autarquia até ao Presidente da República, como ao mesmo tempo estabeleceu uma moldura penal para responsabilizar aqueles que incorrem em faltas de ocultação de património ou de rendimentos, que deve ser, naturalmente, justificada”, acrescentou José Luís Carneiro.

A Lei n.º 52/2019 estabelece o regime do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos e obriga estes titulares e equiparados a apresentar uma declaração dos seus rendimentos, património, interesses, incompatibilidades e impedimentos.

O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, questionou José Luís Carneiro sobre a criação do crime de enriquecimento injustificado na sequência de uma intervenção do secretário-geral adjunto do PS sobre o 48.º aniversário deste partido e os progressos registados em Portugal desde o 25 de Abril de 1974.

João Oliveira defendeu que a corrupção “é um combate que a democracia tem de travar” e que exige a “tomada de medidas legislativas, nomeadamente criminalização do enriquecimento injustificado”.

Na resposta, o secretário-geral adjunto do PS considerou que esta é uma questão “bastante relevante no plano da qualificação da vida democrática”, mas não se pronunciou em concreto sobre a criminalização ou não do enriquecimento injustificado.

José Luís Carneiro referiu que o PS “não apenas esteve no passado disponível para garantir historicamente a autonomia do Ministério Público e a independência dos tribunais, garantindo uma separação entre o poder político e o poder judicial, como sempre esteve historicamente ao lado dos que procuraram densificar o quadro legislativo para não apenas combater a corrupção, mas para prevenir a corrupção“, e que além disso “acompanhou as medidas que estão em curso que visam atualizar esse quadro normativo”.

Na segunda-feira, no final de uma visita a uma escola, em Lisboa, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu que se encontre o “meio adequado” para criminalizar o enriquecimento injustificado, defendendo que este passo já devia ter sido dado e que “há vários caminhos” para o fazer respeitando a Constituição.

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Oito em cada 100 automóveis circulam sem seguro em Espanha

  • ECO Seguros
  • 21 Abril 2021

Perto de 2,7 milhões de veículos automóveis circulam sem seguro em Espanha, fenómeno com maior incidência em zonas mais turísticas do país e explicado por desconhecimento da obrigatoriedade do seguro.

O parque automóvel de Espanha totalizava 32,05 milhões de veículos segurados no final do primeiro trimestre de 2021, mais de cinco vezes o indicador comparável em Portugal e a representar um incremento de 0,76% face a igual período de 2020.

Em variação absoluta, o volume médio de veículos em circulação nas estradas espanholas cresceu em 240,5 mil unidades de um ano para o outro, revelam números divulgados pela associação espanhola de seguradoras (Unespa) com base no Fichero Informativo de Vehículos Asegurados (FIVA).

O registo FIVA abrange dados de todos os veículos segurados em Espanha, quer se trate de ligeiros de passageiros (turismos), ciclomotores, motociclos, comerciais, pesados de passageiros e pesados de mercadorias. Dado que o seguro de responsabilidade civil automóvel é obrigatório em Espanha, os dados do FIVA oferecem uma imagem fiel sobre a evolução do parque automobilístico no país, explica o comunicado da associação setorial.

2,65 milhões de veículos zombies. Idade média da frota ultrapassa 12 anos

Por seu lado, a Línea Directa – líder no seguro direto em Espanha – divulgou um relatório indicando a existência de 2,65 milhões de veículos zombies. Um número alarmante qualifica a seguradora na apresentação do estudo ‘Vehículos “zombies”: Los coches sin seguro en España. Problemática y accidentalidad (2010-2019)’.

De acordo com análise do fenómeno de veículos sem seguro na última década, 7,7% do parque automóvel não está segurado, tendo-se verificado um aumento anual de 16% no número de veículos sem seguro em Espanha, segundo a mesma fonte.

Advertindo que os proprietários de veículos sem seguro arriscam multas de até 3000 euros, além de serem obrigados a pagar por todos os danos materiais e e corporais causados num acidente de trânsito, o estudo refere que, na última década, registaram-se mais de 300 mil acidentes envolvendo veículos zombies e que, por ano, são aplicadas perto de 130 mil multas a automobilistas apanhados sem seguro.

As regiões de Espanha com maior incidência de veículos sem seguro são as Canárias, Baleares e Catalunha, enquanto Aragão, La Rioja e Castilha são as comunidades que mais seguram.

O relatório refere ainda que, entre os motivos que podem explicar o fenómeno da condução sem seguro, sobressaem aspetos como envelhecimento do parque automóvel (com idade média de 12,3 anos) e o desconhecimento da obrigatoriedade do seguro.

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Vai receber a vacina da AstraZeneca ou da Janssen? Estes são os sintomas a que deve estar atento

  • ECO
  • 21 Abril 2021

O regulador europeu admitiu que existe uma possível ligação entre a formulação de coágulos sanguíneos e a administração das vacinas da Astra e da Janssen. Veja os sintomas a que deve estar atento.

Nos últimos dias, as vacinas da AstraZeneca e da Janssen têm estado “debaixo de fogo”, após a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) ter admitido que existe uma possível ligação entre a formulação de coágulos sanguíneos e administração destes fármacos. Contudo, o regulador europeu reitera que os casos são “muito raros” e sublinha que os benefícios continuam a superar os riscos. Mas, afinal, que sintomas deve estar atento se receber cada uma destas vacinas?

Até 22 de Março, o regulador europeu tinha conhecimento de 62 episódios de tromboses venosas no seio cavernoso cerebral e 24 casos raros de tromboses na zona abdominal associados à vacina da AstraZeneca, em 25 milhões de vacinados. Deste total, 18 foram fatais, sendo que a maior parte dos casos ocorreu em mulheres com menos de 60 anos e até duas semanas após a vacinação.

Ao passo que na vacina da Janssen, farmacêutica do Johnson & Johnson, os casos reportados são consideravelmente menores, já que a vacina ainda não está a ser administrada na Europa. Assim, para chegar a esta conclusão, a EMA baseou-se nos oito casos reportados nos EUA de pessoas que desenvolveram coágulos sanguíneos em quase sete milhões de pessoas vacinadas do outro lado do Atlântico. Estes casos dizem respeito a mulheres com idades entre 18 e 49 anos, um dos quais fatais, e foram reportados cerca de três semanas, após serem vacinadas.

Neste contexto, no parecer divulgado na terça-feira sobre a Janssen, o regulador do medicamento europeu referiu que os casos analisados “eram muito semelhantes” aos detetados com a vacina da AstraZeneca, pelo que reitera que “a combinação de coágulos sanguíneos e um baixo nível de plaquetas é muito raro” e que “os benefícios gerais” da administração de ambas as vacinas contra a Covid-19 “superam os riscos associados aos efeitos secundários”.

Nesse sentido, a EMA disse que estas duas vacinas terão apenas que passar a incluir a informação sobre a possibilidade de desenvolvimento destes efeitos adversos, deixando ao critério de cada Estado-membro recomendar ou não a administração destas vacinas a uma faixa etária específica (decisão tomada por Portugal, por exemplo, na vacina da AstraZeneca).

Não obstante o regulador apelou a que os profissionais de saúde e as pessoas vacinadas se mantenham atentas aos seguintes sintomas entre duas semanas a três semanas da vacinação (dependendo da vacina):

  • falta de ar;
  • dor no peito; inchaço na perna;
  • dor abdominal persistente (barriga);
  • sintomas neurológicos, incluindo dores de cabeça graves e persistentes ou visão turva;
  • pequenas pontos de sangue na pele no local onde foi dada a injeção.

De sublinhar que estas reações são muito pouco frequentes, contudo, e tal como acontece com qualquer outra reação adversa associada a qualquer medicamento ou vacina, em Portugal estas reações devem ser notificadas no Portal RAM para serem monitorizadas. Em caso de persistência, as autoridades de saúde nacionais aconselham a contactar o seu médico ou a linha SNS 24.

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Lei do clima pode ser aprovada por unanimidade, diz Matos Fernandes

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

O ministro do Ambiente e Ação Climática está confiante que há condições para a futura lei do clima europeia ser aprovada por unanimidade na União Europeia.

O ministro do Ambiente e Ação Climática afirmou esta quarta-feira que há condições para a futura lei do clima europeia ser aprovada por unanimidade na União, mesmo pelos países que mais dependem dos combustíveis fósseis.

João Pedro Matos Fernandes considerou que o acordo provisório para legislar o objetivo da neutralidade carbónica na Europa em 2050 “tem mesmo condições para ser concretizado pelo conjunto dos países” e para ser “aprovado por todos os países, mesmo tendo em conta que alguns Estados da União Europeia estão em “pontos de partida diferentes” na sua dependência dos combustíveis fósseis.

Destacou que o acordo foi conduzido com um mandato que o Conselho Europeu deu à presidência portuguesa e que há “um fundo para uma transição justa” para energias limpas, de que Portugal também beneficiará e que “existe exatamente para não deixar ninguém para trás”.

O ministro defendeu esta quarta-feira que o cumprimento da lei europeia do clima vai depender de políticos, investidores e famílias se alinharem num “compromisso ambicioso”.

“Se é uma ambição concretizável, obriga necessariamente a um empenhamento político muito grande por parte de todos os atores e um alinhamento muito forte no que é o investimento público, mormente através do Plano de Recuperação e Resiliência nos temas da sustentabilidade e num compromisso que tem que ser alargado a todos: famílias e empresas, no que é o seu comportamento e prioridades de investimento”, afirmou Matos Fernandes em conferência de imprensa.

O governante considerou “um compromisso histórico” o acordo atingido esta quarta-feira e a meta estabelecida para 2050.

Até lá chegar, a década presente “é aquela que encerra a maior ambição” porque o compromisso de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa “quer dizer fazer numa década mais do que se fez nas três anteriores”, diminuindo as emissões em 55%.

“É uma lei que concretiza a necessidade de cada setor da economia ter o seu roteiro próprio para a descarbonização e que inclui como novidade absoluta o facto de a partir de 2050 a Europa vir a ser o continente com emissões negativas, isto é, com uma capacidade de sumidouro que é maior do que o volume de emissões carbónicas que lança para a atmosfera.

O acordo pressupões a formação de um Conselho Científico Consultivo Europeu para as Alterações Climáticas, composto por 15 especialistas científicos seniores de diferentes nacionalidades, com no máximo dois membros nacionais do mesmo Estado-Membro por mandato de quatro anos”.

O conselho independente ficará responsável por “fornecer aconselhamento científico e reportar as medidas da UE, as metas climáticas e os valores indicativos para os gases com efeito de estufa, bem como a sua consonância com a Lei Europeia do Clima e os compromissos internacionais da UE à luz do Acordo de Paris”.

Por outro lado, os negociadores “concordaram que a Comissão irá propor um objetivo climático intermédio para 2040, caso seja pertinente, o mais tardar seis meses depois da primeira avaliação global levada a cabo sob o Acordo de Paris”.

Ao mesmo tempo, “irá estimar e publicar um orçamento indicativo para os gases com efeito de estufa da União, para o período 2030-2050, conjuntamente com a respetiva metodologia”.

Este acordo provisório “também estabelece a ambiciosa meta de que a UE se esforce por alcançar o patamar das emissões negativas após 2050”, pode ler-se no comunicado.

Tanto o Conselho como o Parlamento têm ainda de validar o acordo.

Esta lei está no cerne do Pacto Ecológico Europeu, de maneira a permitir que a UE se apresente como um dos líderes no combate às alterações climáticas durante a Cimeira sobre o Clima, que está a ser organizada pelos Estados Unidos e que terá lugar a 22 de abril.

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Eutanásia: Jurisdição do PSD considera haver matéria para processo disciplinar a Rio e Adão Silva

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

O 'tribunal' do PSD decidiu que existe “matéria bastante para abertura de processo disciplinar” a Rui Rio e Adão Silva por violação de uma decisão do Congresso sobre eutanásia.

O Conselho Nacional de Jurisdição do PSD considerou que existe “matéria bastante para abertura de processo disciplinar” ao presidente do partido e ao líder parlamentar por violação de uma decisão do Congresso sobre eutanásia, faltando decidir as sanções.

Em causa está uma participação (a segunda sobre a mesma matéria) enviada a este órgão, considerado o ‘tribunal’ do partido, pelo militante de Braga Leonel Fernandes, dirigida contra Rui Rio e Adão Silva e datada de 23 de outubro do ano passado, o dia em que foi votada em plenário uma iniciativa de cidadãos a pedir a realização de um referendo sobre a despenalização da morte assistida.

Nessa votação, a direção do partido decidiu dar liberdade de voto aos deputados, o que, segundo o queixoso, violaria a deliberação do Congresso do PSD, a que compete estatutariamente “definir a estratégia política do partido, apreciar a atuação dos seus órgãos e deliberar sobre qualquer assunto de interesse para o partido”.

Em fevereiro de 2020, o Congresso aprovou uma moção temática onde se instava a que o PSD, “através das suas instâncias próprias (Comissão Política Nacional e Direção do Grupo Parlamentar), desenvolva todas as diligências políticas, institucionais e legislativas necessárias para que venha a ter lugar um referendo nacional em que seja perguntado aos portugueses pelo seu acordo ou desacordo com os projetos de lei sobre eutanásia”.

Numa notificação a que a Lusa teve acesso datada de terça-feira, o Conselho de Jurisdição Nacional (CJN) informou o militante Leonel Fernandes que deliberou, numa reunião de janeiro, e após “instrução do processo”, “concluir que existe matéria bastante para abertura de processo disciplinar”.

Contactado pela Lusa sobre as possíveis sanções – que, segundo os estatutos, podem ir desde a advertência à expulsão, passando pela cessação de funções em órgãos do partido -, o presidente do CJN, Paulo Colaço, escusou-se a antecipar o desfecho do processo.

“Eu não comento casos que ainda estejam em apreciação e repudio a justiça espetáculo”, afirmou, confirmando que “está em cima da mesa” a deliberação sobre este processo.

O CJN já tinha arquivado uma primeira queixa do mesmo militante, considerando na altura que, “não estando esgotado o processo legislativo, não se pode considerar que tenha sido cometida qualquer infração pelos visados na participação disciplinar em apreço”.

No entanto, nessa ocasião, o CJN considerou que tanto a comissão política como o grupo parlamentar estavam “vinculados ao cumprimento das deliberações do Congresso Nacional” e defendeu que caberia a estes órgãos “encontrar uma forma de cumprir, antes do fim deste processo legislativo, a deliberação plasmada na moção ‘Eutanásia: cuidar e referendar’”.

Na deliberação de meados de outubro do ano passado, o CJN salientava que “nem todas as moções vinculam o partido do mesmo modo”, já que em todos os Congressos são habitualmente aprovadas, de braço no ar, dezenas de moções temáticas.

Este órgão refere ter analisado todas as moções apresentadas ao 38.º Congresso do PSD e considerou que o texto sobre eutanásia submetido pelo militante António Pinheiro Torres “não é incompatível com nenhuma outra moção aprovada no Congresso, é clara e circunscrita quanto ao objetivo e tempo do seu cumprimento” e “não é nem inexequível nem meramente proclamatória”.

“É, por esse motivo, de acatamento obrigatório por parte da Comissão Política Nacional e da Direção do Grupo Parlamentar. Afirmar o oposto seria entender que os demais órgãos do PSD não estão obrigados ao cumprimento das deliberações do Congresso Nacional quando estas contêm objetivos concretos, viáveis e temporalmente definidos”, defendeu então o CJN.

O facto de o processo legislativo sobre um referendo à eutanásia já estar, agora, definitivamente encerrado está na base de uma decisão diferente da Jurisdição quanto à segunda queixa e da instauração do processo disciplinar a Rui Rio e Adão Silva.

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Bruxelas aprova execução do plano estratégico da CGD e termina vigilância

Direção-Geral da Concorrência europeia aprovou execução do plano estratégico da Caixa iniciado há quatro anos. Com isso, autoridades encerram monitorização do banco liderado por Paulo Macedo.

A Direção-Geral da Concorrência (DG Comp) deu por concluída, com sucesso, a execução do plano de reestruturação da Caixa Geral de Depósitos (CGD) iniciado em 2017. Com esta decisão, as autoridades europeias encerram a monitorização da instituição liderada por Paulo Macedo, num processo que começou em 2012.

“A CGD informa que recebeu comunicação da DG Comp informando do encerramento do processo de monitorização do plano estratégico 2017-2020, acordado entre o Estado português e a Comissão Europeia e formalmente aprovado em 10 de março de 2017″, adianta o banco em comunicado divulgado esta quarta-feira.

O banco acrescenta que se conclui assim “um longo período de monitorização da atividade da CGD por parte da DG Comp”, iniciado em junho de 2012. Foi nesta data que a CGD emitiu 945 milhões de euros de obrigações de capital contingente (CoCos) subscritas pelo Estado, sendo que este processo de ajuda de Estado deu origem ao plano de restruturação 2013-2017 que não chegou a ser concluído.

A implementação do plano de reestruturação 2017-2020 foi um compromisso assumido pelo Governo português junto de Bruxelas a troco de uma recapitalização do banco público no valor de 4,9 mil milhões de euros, dos quais 3,9 mil milhões resultaram do esforço dos contribuintes e outros mil milhões foram financiados pelos investidores.

O plano foi negociado em 2016 ainda com António Domingues à frente do banco, mas foi Paulo Macedo – que vai continuar a liderar a instituição por mais um mandato — quem executou as medidas do acordo entre Portugal e a Comissão Europeia.

“O sucesso da conclusão do plano estratégico 2017-2020 é um elemento determinante para o futuro sustentável da CGD, permitindo reforçar a sua missão no apoio às empresas e famílias”, frisa o banco no comunicado enviado ao mercado.

A conclusão com sucesso da execução do plano já havia sido admitida pelos próprios responsáveis da Caixa na última conferência de apresentação de resultados.

Com o encerramento deste processo, conclui-se um longo período de monitorização da atividade da CGD por parte da DG Comp, iniciado em Junho de 2012 com a emissão pela CGD e subscrição pelo Estado de Obrigações de Capital Contingente (Coco´s), e o consequente processo de ajuda de Estado que deu origem ao Plano de Restruturação 2013-2017, não concluído, e posteriormente com o processo de recapitalização concretizado em 2017 e o correspondente Plano Estratégico 2017-2020.

Caixa Geral de Depósitos

CMVM

O primeiro-ministro também já reagiu, escrevendo no Twitter que, ao dar-se por concluído o processo de reestruturação da CGD, conclui-se “com pleno sucesso o investimento que manteve a Caixa um banco público, garante da estabilidade do sistema financeiro, da poupança dos portugueses e do financiamento da economia”.

António Costa congratulou ainda a equipa do Ministério das Finanças “que concebeu e ao Dr. Paulo Macedo que liderou com pleno empenho este processo”.

Plano cumprido

Das 54 medidas que foram exigidas por Bruxelas, a Caixa cumpriu 52, sendo que as duas que ficaram por realizar foram as vendas dos bancos no Brasil e em Cabo Verde, com Paulo Macedo a justificar-se essa decisão com o objetivo de “preservar valor” e não vender as duas operações ao desbarato.

Entre outros pontos, o banco ficou obrigado a redimensionar-se e a atingir metas de desempenho financeiro.

Em Portugal, a reestruturação implicou a saída de 2.285 trabalhadores e o fecho de 134 balcões, num processo que não esteve isento de alguma polémica numa ou outra situação (como foi o balcão de Almeida em ano de eleições autárquicas).

Lá fora, encerrou várias sucursais internacionais (Londres, Caimão, Macau Offshore, Zhuhai e Nova Iorque e quase todas as estruturas offshore) e vendeu as operações que tinha em Espanha e África do Sul, sendo que os processos de venda do Brasil e Cabo Verde continuam em cima da mesa.

Nos indicadores financeiros, Paulo Macedo já tinha adiantado que CGD ficou aquém no ROE (rentabilidade dos capitais próprios) e no Cost to Income (relação entre custos e receitas). Contudo, na comparação com os pares, o banco público suplantou a concorrência. “No que toca ao ROE, tivemos uma performance de cerca de 6%, o dobro da média europeia, acima dos pares nacionais, mas abaixo da meta de 9% definida pela DG-Comp em 2016”, disse o CEO do banco.

“Relativamente ao Cost to Income, este foi afetado negativamente em 2020 pela quebra de proveitos” depois de a CGD ter “cobrado menos comissões aos seus clientes”, explicou Paulo Macedo.

Pelo meio de todo o processo, o banco voltou a pagar dividendos ao acionista Estado em 2019, com um cheque de 200 milhões de euros, depois de um interregno de quase uma década. A pandemia voltou, entretanto, a interromper a política de remuneração dos acionistas dos bancos.

(Notícia atualizada às 19h51 com reação de António Costa)

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Tráfego nas autoestradas da Brisa caiu mais de 25% em 2020

  • Lusa e ECO
  • 21 Abril 2021

No primeiro trimestre de 2021, o tráfego caiu face a 2019 quase 40% e relativamente a 2020 quase 30%.

O presidente executivo da Brisa, António Pires de Lima, revelou esta quarta-feira que o tráfego nas autoestradas concessionadas à empresa “caiu mais de 25%” em 2020, face a 2019, devido à Covid-19, mantendo-se essa tendência este ano.

“Sofremos muito e ainda não ultrapassámos esta pandemia como cidadãos, do ponto de vista de saúde, económico, da qualidade das nossas vidas e também mental”, afirmou Pires de Lima, numa cerimónia na Autoestrada do Sul (A2), na zona de Almodôvar (Beja).

E “a Brisa não é, obviamente, uma exceção a este ano difícil”, que foi 2020, assinalou, destacando que o tráfego nas autoestradas concessionadas à empresa, no ano passado, “foi seriamente afetado com as decisões que houve que tomar” em termos do confinamento, que foram “necessárias” e “compreensíveis”.

O tráfego “caiu mais de 25% relativamente ao último ano normal, 2019”, num “esforço e sofrimento que continuou no primeiro trimestre de 2021” e que “continuará nos próximos meses”, alertou.

“Ainda neste primeiro trimestre de 2021”, em comparação com períodos homólogos, “o tráfego caiu face a 2019 quase 40% e relativamente a 2020 quase 30%”, acentuou Pires de Lima.

“Vivemos num tempo de alguma incerteza. A maioria das empresas continua em teletrabalho e vivemos num ciclo consecutivo de estados de emergência que afeta muito a mobilidade, que se mantém muito aquém dos níveis de 2019. Vai demorar até recuperarmos alguma normalidade. Os efeitos desta pandemia, apesar do desconfinamento, continuam a afetar a atividade das empresas concessionárias de autoestradas”, disse o CEO da Bria em declarações aos jornalistas, à margem do evento.

Sobre a possibilidade de a Brisa rever os preços das portagens em baixa, Pires de Lima lembrou que “os preços da concessões das autoestradas são decididos pelo Governo e não são mutáveis”.

O presidente executivo da Brisa discursava na área de serviço de Almodôvar na A2, no sentido Norte-Sul, onde foram inaugurados os primeiros postos de carregamento elétrico ultrarrápido instalados numa autoestrada nacional, o que assinalou o início da rede Via Verde Electric.

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Tranquilidade celebra 150 anos com nova campanha publicitária e descontos

  • ECO Seguros
  • 21 Abril 2021

A seguradora abriu promoção especial de aniversário, até 31 de julho, com descontos até 30% em novos seguros e oferta de experiências: provas de vinhos, workshops de nutrição, vela ou surf.

A Tranquilidade acaba de lançar uma nova campanha publicitária que celebra os seus 150 anos de história, destacando o seu passado, o seu presente, mas também o seu futuro. A marca Tranquilidade está presente na vida dos portugueses desde 1871, garantindo a proteção do dia a dia de quase 2 milhões de clientes.

Para Maria João Silva, Diretora de Marketing da Tranquilidade, “a aposta da Tranquilidade continua a ser na inovação, na simplicidade de processos e na comunicação, disponibilizando seguros simples e inovadores, de acordo com as preocupações atuais de prevenção e proteção, de forma a estarmos cada vez mais próximos e sermos o parceiro para a vida dos nossos clientes.”

A par da campanha que marca século e meio de atividade, a Tranquilidade avançou com uma promoção especial de aniversário, a decorrer até 31 de julho, com descontos até 30% em novos seguros e a oferta de experiências, como provas de vinhos, workshops de nutrição, batismos de vela ou aulas de surf, entre outras, de acordo com as condições apresentadas no site.

A Tranquilidade tem acompanhado a evolução do automóvel ao longo dos anos “e as novas necessidades que vão surgindo para a sua proteção e segurança”. Atenta a estas mudanças, “tem apostado na inovação do serviço prestado, como são exemplo a participação de sinistros online por diversos meios: website, app, chatbot ou whatsapp, ou a vídeo-peritagem nas oficinas; mas também na compra do seguro, agora com um novo simulador, mais simples e intuitivo que permite desde logo concluir online a compra do seguro automóvel”, informa a companhia.

Com a assinatura “há 150 anos por perto para ajudar”, a campanha realça a presença da Tranquilidade em diferentes épocas ao longo dos seus 150 anos de história e dá destaque ao seguro automóvel, retratando em 3 filmes a sua evolução, do passado para o presente, perspetivando também o seu futuro.

A atriz Mariana Monteiro, embaixadora da marca, volta a ser a cara da campanha, reforçando a relação emocional, o envolvimento e a proximidade aos clientes. Os 3 filmes seguem um estilo cinematográfico e enredo de suspense. Desenvolvidos de acordo com o ambiente de cada época, em todos eles a atriz vai ser surpreendida por situações de aparente perigo, mas no final a Tranquilidade está sempre “por perto para ajudar” a resolver a situação.

A campanha, com criatividade da Kayak, produção da Show Off/Mola e planeamento de meios a cargo da Carat, estará presente em diferentes meios (televisão, exterior, digital, imprensa e cinema).

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