Brisa inaugura rede Via Verde Electric no Alentejo, quer ter cobertura nacional até ao verão

Já este verão será possível atravessar Portugal, de norte a sul, num veículo elétrico abastecido em 24 postos de carregamento elétrico em 12 áreas de serviço, garante a Brisa.

A Brisa, a IONITY e a Cepsa inauguraram oficialmente esta quarta-feira a rede de carregamento elétrico Via Verde Electric com os primeiros quatro postos de carregamento elétrico ultrarrápido instalados numa autoestrada nacional e que já estão em pleno funcionamento.

Este é apenas o primeiro passo para que, até ao verão de 2021, seja possível atravessar Portugal, de norte a sul, num veículo elétrico abastecido na nova rede Via Verde Electric, que terá carga rápida (de 50 kW) e ultrarrápida (de 150 kW a 350 kW). A primeira fase desta rede vai contar assim já no próximos meses com 24 postos de carregamento em 12 áreas de serviço da Brisa, o “suficiente para fazer a viagem de Valença até ao Algarve numa viatura elétrica”, garantiu o CEO da Brisa, António Pires de Lima, em declarações aos jornalistas à margem do evento.

“Depois do verão, daremos continuidade à expansão da rede e no total serão 82 postos de carregamento elétrico em 40 áreas de serviço, que até novembro, até ao final de 2021, estarão disponíveis para os clientes da rede de autoestradas da Brisa”, disse o responsável, anunciando ainda que as inaugurações dos próximos postos de carregamento desta rede nacional serão já na próxima semana em Santarém, com a BP e a EDP. No final de 2021, 40 municípios portugueses serão abrangidos por esta rede de carregamento elétrico.

“Era um sinal importante fazer esta inauguração em Almodôvar, no Alentejo, numa zona do interior do país. A nossa preocupação de cobertura estende-se a todo o país, e numa zona fundamental de acesso ao Algarve. Esperamos que este ano haja um movimento importante de portugueses e turistas espanhóis a deslocar-se no verão para as nossas praias do sul do país, e que possam vir já de veículo elétrico”, disse Pires e Lima, prometendo carregamentos elétricos na rede Brisa em “10 a 15 minutos quase para a capacidade máxima da bateria”.

Quanto ao preço de carregamento, disse, “o valor depende do contrato que o cliente tiver celebrado com o seu respetivo CEME [comercializador para a mobilidade elétrica]”. “É impossível pensar que a disponibilidade destes serviços e a concretização destes investimentos se faz e se disponibiliza de forma gratuita às pessoas. É normal que tenham de pagar pelos serviços. O carregamento de um automóvel elétrico é uma opção bastante económica do ponto de vista financeiro. É uma escolha com benefícios e não apenas do ponto de vista ambiental”, frisou Pires e Lima, a propósito da nova taxa Mobi.E que começou recentemente a ser cobrada e veio agravar os preços da mobilidade elétrica.

Para pagar os carregamentos na rede Via Verde Electric de forma 100% digital, a Brisa vai lançar dentro de um mês uma nova funcionalidade na aplicação móvel da Via Verde, acessível tanto a automobilistas portugueses como estrangeiros que se desloquem nas autoestradas nacionais e queiram carregar os seus veículos elétricos. No entanto, este serviço é independente do dístico da Via Verde, necessário para pagar as portagens.

“É preciso sempre fazer um contrato com um comercializador e ser aderente Via Verde. É um serviço adicional que será prestado pela Brisa. Tal como hoje já se usa a aplicação para pagar estacionamento em parques, por exemplo, este será um serviço extra”, disse Pires de Lima.

A Brisa planeia apresentar nos próximos meses o seu novo Plano Estratégico, que prevê a “descarbonização total das suas atividades até 2045 e até 2030 reduzir as emissões de carbono das suas atividades em 60% face a 2010”, anunciou o CEO.

10 milhões para criar a maior rede de longa distância de carregamento elétrico em Portugal

No final de 2019, a Brisa uniu-se em parceria à BP, Cepsa, EDP Comercial, Galp Electric, Ionity, Repsol, e juntas estas oito empresas fizeram um investimento global de 10 milhões de euros para criar a maior rede de longa distância de postos de carregamento elétrico do país.

A operadora de infraestruturas de transporte fala de uma “cobertura total da rede Brisa”: 11 autoestradas, 1.124 quilómetros, 40 zonas de carregamento de longa distância em áreas de serviço. Os carregamentos elétricos feitos nesta nova rede da Brisa poderão ser pagos através dos identificadores ou da aplicação móvel da Via Verde, tal como já acontece em parques de estacionamento ou bombas de gasolina. Está também em estudo o carregamento a hidrogénio nas áreas de serviço da Brisa, no futuro.

Dos 82 carregadores, 80% estarão localizados nos três principais eixos rodoviários do país: 28 serão em 14 áreas de serviço da A1 (Lisboa/Porto), 22 em 11 bombas da A2 (Lisboa/Algarve) e outros 12 em 6 áreas de serviço da A6 (Ligação a Espanha via Badajoz).

Para já, e partir de agora, os condutores já podem começar a carregar os seus veículos elétricos na rede Via Verde Electric a sul, nos postos recém-inaugurados com uma potência de 350 kW e instalados nas áreas de serviço de Almodôvar, no quilómetro 193 da A2, nos sentidos Algarve-Lisboa e Lisboa-Algarve.

Para o CEO da Brisa, António Pires de Lima, “a descarbonização da economia é uma prioridade estratégica das empresas. A criação da rede Via Verde Electric é um contributo significativo da Brisa para a transformação da mobilidade e para um transporte rodoviário sem carbono”.

Ao abrigo desta parceria entre a Brisa, a IONITY e a Cepsa, na rede Via Verde Electric serão ainda instalados 12 postos de carregamento ultrarrápido nas áreas de serviço de Barcelos, na A3, de Estremoz, na A6, ambos em maio, e em Leiria, na A1, em julho. Com uma potência de 350 kW, os carregadores da IONITY estão entre os mais potentes do mercado e ajustam-se automaticamente à capacidade das baterias dos carros elétricos.

“Com a inauguração do Via Verde Electric, a Brisa dá um passo importante na sua contribuição para a transição energética no setor da mobilidade e assume o seu papel como operador de mobilidade sustentável, com soluções ambientais que visam diminuir as emissões de carbono na sua extensa rede de autoestradas, em conjunto com os seus parceiros”, afirmou a empresa em comunicado.

Além disso, até ao final do ano, esta aliança entre a IONITY e a Cepsa na mobilidade elétrica vai permitir igualmente atravessar as fronteiras de Portugal e Espanha num carro elétrico. “Esta aliança vai permitir cobrir as principais estradas urbanas portuguesas e espanholas, assim como as ligações rodoviárias ao continente europeu, com postos de carregamento ultrarrápido localizados em pontos estratégicos nos principais corredores peninsulares”, referiram as duas marcas no mesmo comunicado

A cerimónia de inauguração do Via Electric contou com a presença do Secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, do presidente da comissão executiva da Brisa, António Pires de Lima, do CEO da Brisa Concessão Rodoviária, Manuel Melo Ramos, do country manager para Portugal e Espanha da IONITY, Allard Sellmeijer e do CEO da Cepsa Portugal, José Aramburu.

Do lado da Brisa, Manuel Melo Ramos explicou que “a rede Via Verde Electric vai assegurar uma viagem tranquila e segura, com uma oferta de carregamentos elétricos que permitam viagens de longa distância com toda a normalidade”. Já Allard Sellmeijer, da IONITY, salientou que os postos da marca permitem “longas distâncias num carro elétrico sem perder tempo de viagem” e “estão bem inseridos na infraestrutura espanhola e no resto da Europa”.

José Aramburu, da Cepsa, frisou ainda que “a transição energética representa um dos maiores desafios do nosso tempo” e o compromisso “em criar o futuro da energia, com base em energias renováveis e sustentáveis, adaptando a oferta às necessidades dos seus clientes, desenvolvendo novas formas de usar e de distribuir energia, ao serviço das pessoas, das empresas”.

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Netflix perde 7,5% em bolsa após falhar meta de novas assinaturas

Num dia de quedas ligeiras em Wall Street, a plataforma de streaming Netflix destaca-se com uma queda de 7,5%. Assinaturas cresceram quatro milhões no primeiro trimestre, aquém do objetivo.

As bolsas norte-americanas registam o terceiro dia consecutivo de desvalorizações, apresentando quedas ligeiras nesta sessão. As negociações estão a ser condicionadas pelos receios dos investidores face ao aumento global dos casos de Covid-19, mas também pelos resultados trimestrais pouco satisfatórios da Netflix.

O S&P 500 recua 0,09%, para 4.131,33 pontos, enquanto o industrial Dow Jones perde 0,02%, para 33.827,89 pontos. O tecnológico Nasdaq volta a destacar-se pela negativa, perdendo 0,29%, para 13.746,19 pontos, pressionado pelas ações da plataforma de streaming.

A Netflix deu o pontapé de saída nas apresentações de resultados das principais empresas de tecnologia na terça-feira. O crescimento no número de subscritores desacelerou com o desconfinamento em várias regiões, aumentando em quatro milhões entre janeiro e março, aquém da meta de seis milhões. Face a isto, a empresa está a perder 7,5% em bolsa.

Também na tecnologia, a Coinbase regista mais um dia de perdas, recuando 3,54%, depois de ter protagonizado uma entrada direta em bolsa na semana passada. Em cinco sessões a negociar nos mercados, só numa é que as ações da empresa não perderam valor.

A queda desta quarta-feira acontece num dia em que o preço da bitcoin volta a cair, cedendo 1,29%. Cada moeda troca de mãos por 55.556 dólares.

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Marta Santos, DRH do grupo Arriva: “Queremos realmente ser a melhor empresa de transportes públicos em Portugal”

Depois de seis anos na EY, Marta Santos volta “para o lado do cliente”. Em dezembro, assumiu funções de diretora de recursos humanos do grupo Arriva, que conta com 1.200 pessoas e um plano ambicioso.

Marta Santos é diretora de recursos humanos do grupo Arriva.D.R.

Se perguntassem a Marta Santos sobre a principal razão para ter querido trabalhar na área de recursos humanos, a resposta seria imprevisível. É que a atual diretora de recursos humanos do grupo Arriva achava mesmo que, quando se mudou para Angola em 2003, o seu destino passaria pela área em que até aí se movia como assistente social. Chegada ao continente africano, Marta percebeu que o complexo mundo das ONG seria muito difícil de abraçar por ali e, ainda que fazendo alguns trabalhos de voluntariado, começou a busca por alternativas.

“Como não consigo estar parada, e não gosto, comecei à procura de outras coisas para fazer, e em política social temos um forte pendente na licenciatura de políticas sociais de empresas. Fui aproveitando essa área de conhecimento e comecei a fazer alguns trabalhos como freelancer para as áreas de RH de empresas em Angola. E foi assim que comecei”, conta, em conversa com a Pessoas. O caminho foi-se fazendo, e acabou por ser contratada como manager de recursos humanos numa consultora. A partir daí, nunca mais saiu. Até hoje.

Passou pela KPMG, pela Deloitte e, mais recentemente, pela EY, durante quase seis anos, metade desse tempo dedicada ao mercado angolano e, depois, assumindo também os mercados português e moçambicano na área de People Advisory Services como associate partner. Assim fez aquilo a que chama “o périplo das consultoras”.

O setor do transporte público é um setor de que gosto bastante pelo impacto na comunidade, nas pessoas e na sua qualidade de vida. O setor aliciou-me, e o desafio também.

Marta Santos

DRH grupo Arriva em Portugal

O regresso ao “lado do cliente”, no grupo Arriva, surge por um convite, e materializa-se finalmente no início de dezembro de 2020. “O setor do transporte público é um setor de que gosto bastante pelo impacto na comunidade, nas pessoas e na sua qualidade de vida. O setor aliciou-me, e o desafio também. Ser um grupo internacional, com uma fortíssima presença na Europa e uma significativa ambição em Portugal são mais-valias. E, claro, o facto de se tratar de um projeto de transformação com uma equipa de gestão renovada, estratégia muito clara, muito virada para as pessoas, para a transformação a nível tecnológico”, assinala, sobre as razões que a levaram a mudar.

Com 1.200 pessoas envolvidas nessa ambição de uma nova operação de transportes públicos anunciada para a Área Metropolitana de Lisboa, o grupo Arriva quer focar-se no crescimento da empresa dentro do seu setor, crescer e “ter uma presença muito clara e forte no mercado português”, à semelhança do que já acontece na Europa. Com a particularidade de que, mesmo antes da pandemia, a empresa já trabalhava a cultura de forma desmaterializada, uma vez que a maioria dos trabalhadores estão em circulação, fora do escritório e ao volante dos autocarros.

“É um setor que, até há muito pouco tempo, não tinha grande investimento em termos de transformação, investimento nas pessoas, e há muito trabalho a fazer. Claramente o engagement, o trabalho para uma cultura de maior motivação, sentimento de pertença e responsabilização, é fundamental. Localmente é a questão da transformação cultural e digital que necessitamos de fazer para ter as pessoas mais ágeis, motivadas, com sentimento de orgulho que acho que vamos cada vez mais merecer”, assinala, como prioridade.

Tudo por um objetivo maior: “Queremos realmente ser a melhor empresa de transportes públicos em Portugal, à semelhança do que fazemos a nível europeu, e ter essa noção de diversidade que acho fundamental, porque todos aprendemos com as experiências uns dos outros. Localmente, a ambição suportada numa estratégia clara e definida por uma equipa motivada é o maior fator de motivação que se pode ter”.

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Putin avisa Ocidente que provocações à Rússia terão resposta “rápida e dura”

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

O chefe de Estado russo pediu às potências ocidentais para não cruzarem uma "linha vermelha" com a Rússia, no seu discurso anual sobre o Estado da Nação.

O Presidente russo, Vladimir Putin, avisou esta quarta-feira o Ocidente sobre as consequências de qualquer provocação que possa contrariar os interesses da Rússia, afirmando que, perante tal cenário, a resposta será “assimétrica, rápida e dura”.

“Irão arrepender-se como há muito tempo não acontece”, declarou Putin no seu discurso anual sobre o Estado da Nação, num momento de crescentes tensões entre Moscovo e o Ocidente em vários dossiês.

Na intervenção, o chefe de Estado russo pediu às potências ocidentais para não cruzarem uma “linha vermelha” com a Rússia.

“Comportamo-nos em geral com moderação e de uma forma modesta, muitas vezes não respondendo nem mesmo a ações pouco amistosas ou mesmo de uma grosseria flagrante”, afirmou Putin, advertindo, porém, que “as boas intenções” do Kremlin (Presidência russa) não podem ser confundidas com “fraqueza”.

Que ninguém tenha a ideia de cruzar uma linha vermelha com a Rússia“, reforçou.

Sem especificar quais poderão ser os limites traçados por Moscovo, Vladimir Putin frisou que os atos hostis prosseguem, acrescentando que para certos países “culpar a Rússia por tudo e por nada tornou-se uma espécie de desporto”.

Apesar destas considerações, Putin não fez durante a intervenção qualquer referência específica aos grandes diferendos que Moscovo mantém atualmente em particular com os Estados Unidos da América (EUA) e com a União Europeia (UE).

Vladimir Putin não disse, de forma explícita, uma única palavra sobre o destacamento de dezenas de milhares de tropas russas nas fronteiras da Ucrânia, sobre as acusações de espionagem e de ingerência eleitoral nos EUA ou sobre o recente escândalo envolvendo alegados agentes do serviço de inteligência militar russo (GRU) na República Checa e a recíproca expulsão de diplomatas.

Também a situação do líder da oposição russa Alexei Navalny, detido e em perigo de vida segundo fontes próximas do opositor, ficou por referir.

Tratamento contrário teve a situação na Bielorrússia, com o Presidente russo a denunciar o silêncio do Ocidente em relação ao que classificou como uma “tentativa de golpe de Estado” naquele país, poucos dias depois do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, ter anunciado que uma tentativa de assassínio contra si e a sua família tinha sido impedida.

Em declarações feitas no sábado, Lukashenko afirmou que a tentativa “de golpe de Estado” e de “assassínio” tinha sido planeada pelos EUA.

No Ocidente “todos fingem que não está a acontecer nada”, disse Putin, um reconhecido aliado do Presidente bielorrusso, no poder desde 1994, que desde as eleições de agosto passado enfrenta uma vaga de protestos sem precedentes no país, contestação essa que tem sido reprimida com violência pelas forças de segurança bielorrussas.

A oposição bielorrussa denuncia a eleição (que atribuiu a Lukashenko um sexto mandato) como fraudulenta e reivindica a vitória nas presidenciais.

A UE não reconhece os resultados das eleições bielorrussas de agosto e o Conselho Europeu decidiu prorrogar até fevereiro de 2022 as sanções aplicadas aos apoiantes do regime de Lukashenko.

“O que teria acontecido se a tentativa de golpe tivesse sido realmente concretizada? Quantas pessoas teriam sofrido?”, prosseguiu Putin, lamentando ainda a “prática de sanções ilegais por motivos políticos”.

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Uma morte, 610 novas infeções por Covid-19. E o Rt caiu para 0,98

O número de recuperados desde o início da pandemia aumentou em 532 pessoas. O índice de transmissibilidade do vírus caiu para 0,98 a nível nacional.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 610 novos infetados com SARS-CoV-2, elevando o número total de casos desde o início da pandemia para 832.255. O boletim epidemiológico desta quarta-feira dá também conta de um total de 16.952 óbitos, um dos quais nas últimas 24 horas. O índice de transmissibilidade (Rt) do vírus caiu para 0,98.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, e voltou a registar-se uma descida no número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente, 397 doentes estão internados em unidades hospitalares (menos 32 do que no balanço anterior), dos quais 110 nos cuidados intensivos (menos três).

O número de recuperados está nos 790.650, mais 532 pessoas face ao balanço desta terça-feira. Por outro lado, Portugal regista 24.653 casos ativos de infeção (mais 77). O boletim dá ainda conta de que há mais de 21 mil pessoas sob vigilância das autoridades de saúde.

Boletim epidemiológico de 21 de abril

A região Norte voltou a concentrar a maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas. Dos 610 novos casos identificados, 285 foram nesta região. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, que registou 189 novos casos, e o Centro, que identificou mais 53 casos.

Rt volta a cair, incidências sobem

Os dados da DGS revelam que o valor do Rt, que mostra quantas pessoas cada infetado contagia, em média, caiu para 0,98 a nível nacional e para 0,99 no continente. Fica assim abaixo da “linha vermelha”, onde se situava no último balanço, em 1.

Por outro lado, as incidências do vírus subiram. São de 72,7 casos de infeção por 100 mil habitantes a nível nacional, e 68,9 casos de infeção por 100 mil habitantes no continente.

Ainda assim, Portugal volta a situar-se na “zona verde” da “bússola” de risco, desenhada para acompanhar a evolução da pandemia no país, que indica que o desconfinamento pode avançar.

(Notícia atualizada às 14h25)

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Alemanha junta-se aos 17 Estados-membros que deram “ok” para dívida conjunta. Faltam 9 países

A Alemanha junta-se agora aos 17 Estados-membros que já tinham aprovado a legislação que permite emitir dívida comum. Faltam nove países para que a Comissão Europeia possa ir aos mercados.

A Alemanha juntou-se esta quarta-feira ao grupo de 17 Estados-membros que já tinham aprovado a legislação europeia que permitirá à Comissão Europeia ir aos mercados financeiros endividar-se em nome da União Europeia, arrecadando 750 mil milhões de euros que irão financiar a “bazuca” europeia, nomeadamente os Planos de Recuperação e Resiliência nacionais com subvenções e empréstimos. Ainda assim, o processo só estará concluído quando os restantes nove países derem a “luz verde”.

Até ao momento, 17 Estados-membros ratificaram a decisão dos recursos próprios: Croácia, Chipre, Eslovénia, Portugal, França, Bulgária, Malta, Itália, Espanha, Bélgica, Grécia, Luxemburgo, Letónia, República Checa, Dinamarca, Suécia e Eslováquia, de acordo com a informação dada pela Comissão Europeia ao ECO. A estes vai juntar-se a Alemanha assim que o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier promulgar, após o Tribunal Constitucional ter rejeitado uma providência cautelar que suspendeu o processo durante algumas semanas.

Apesar do progresso, foi preciso um mês para passar de 11 países a 15 de março para 18 Estados-membros com o processo concluído. E, ainda assim, falta a ratificação por parte de nove países, o que está a atrasar o processo face às expectativas iniciais da Comissão Europeia e da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia. Esta legislação é essencial para aumentar o teto de endividamento da UE, se vá aos mercados financeiros e se avance com o fundo de recuperação europeu (#PróximaGeraçãoUE).

Os nove países em falta são a Holanda — que realizou eleições em março e está em negociações para a formação de um novo Governo –, Áustria, Estónia, Finlândia, Hungria, Irlanda, Lituânia, Roménia e Polónia. Na semana passada, o ministro das Finanças polaco, Tadeusz Koscinski, apelou aos partidos para aprovarem a lei, afirmando ao Financial Times que seria “suicida” votar contra dado que o país não teria acesso a fundos desta dimensão a um preço reduzido nos mercados financeiros.

Assim, mais uma vez, o objetivo da presidência portuguesa do Conselho da UE deverá falhar. Em março, em resposta ao ECO, fonte oficial da presidência portuguesa assumiu que o objetivo inicial de concluir o processo até ao início de abril se tinha alterado: “A Presidência portuguesa espera que todos os Estados-Membros ratifiquem esta decisão até ao final de abril”. Ou seja, um mês depois do objetivo inicial. Agora, a uma semana e meia do final de abril, é improvável que a meta seja alcançada, derrapando o processo para maio.

Apesar disso, foi com satisfação que o primeiro-ministro português reagiu esta manhã ao anúncio do Tribunal Constitucional, em declarações transmitidas pela RTP3. “Isso significa que uma das dúvidas que havia sobre a possibilidade de concluir a tempo e horas a ratificação da decisão que permite à Comissão Europeia para proceder à emissão de dívida está removida”, disse António Costa, assinalando que “há poucos países” que ainda não ratificaram. Costa disse ser possível concluir este processo até ao final da presidência portuguesa do Conselho da UE (final de junho), incluindo a negociação dos primeiros Planos de Recuperação e Resiliência.

O ECO sabe que as expectativas em Bruxelas já se alteraram também: apesar da vontade e necessidade de fazê-lo o mais cedo possível, o cenário mais provável e realista para a Comissão Europeia é que a primeira emissão de dívida em nome da União Europeia deve acontecer a meio de 2021, ou seja, em junho (ainda dentro da presidência portuguesa) ou em julho.

Em causa estão os 750 mil milhões de euros em nome da UE, os quais irão financiar a #PróximaGeraçãoUE, o nome dado ao fundo de recuperação europeu. Até lá, faltará também aos Estados-membros entregarem a versão final dos PRR nacionais e estes serem aprovados pela Comissão e Conselho. Com ou sem atrasos neste processo, em junho a presidência portuguesa irá realizar uma Conferência de Alto Nível sobre a Recuperação, em Lisboa, para discutir a situação económica e financeira da União Europeia.

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Apritel afirma que Portugal está “na liderança da descida de preços nos pacotes” de comunicações

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

A associação dos operadores Apritel adiantou em comunicado que, "em média, este índice dos preços reduziu-se 1,2%, enquanto na UE27 apenas desceu 0,3%".

A associação dos operadores Apritel afirmou esta quarta-feira que Portugal está “na liderança da descida de preços nos pacotes” de comunicações eletrónicas, apontado que os dados do Eurostat de março “demonstram mais uma vez a forte dinâmica competitiva”.

Em comunicado, a associação dos operadores de comunicações eletrónicas salienta que, “nos últimos 12 meses, a competitividade do setor nacional sai reforçada: em média este índice dos preços reduziu-se 1,2%, enquanto na UE27 apenas desceu 0,3%”.

Os preços das telecomunicações praticados em Portugal é um assunto que tem sido alvo de discórdia entre os operadores de telecomunicações e a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

“Nos serviços em pacote, aqueles que, de acordo com dados da Anacom, as famílias portuguesas cada vez mais preferem, e que no final de 2020 já eram subscritos por 88 em cada 100 famílias, Portugal é o segundo país onde os preços mais baixaram nos últimos 12 meses: -2,6%”, salienta a Apritel.

A associação aponta que “mais uma vez o preço das comunicações desce mais em Portugal do que na Europa” e que o país está “na liderança da descida de preços nos pacotes de comunicações”, subscritos por 88% das famílias portuguesas.

A Apritel sublinha que, como “tem vindo a alertar, os comparativos de evolução de preços suportados no IHCP do Eurostat não podem ser utilizados para comparar níveis de preços entre países, apenas a evolução dos mesmos, e com as devidas precauções”.

Refere também que “os enviesamentos da análise são tanto maiores quanto maior for a série temporal, na medida em que o IHCP altera os pesos de cada componente, de ano para ano, o que impõe limitações às conclusões que podem ser retiradas de séries históricas longas do mesmo índice” e “esse tipo de análise apenas releva para avaliações macroeconómicas, como as da inflação, para as quais o IHCP foi criado”.

No final de fevereiro, o regulador Anacom tinha divulgado que o aumento dos preços de comunicações em Portugal “supera em 16 pontos percentuais a redução observada na União Europeia” entre final de 2009 e janeiro deste ano.

Segundo a Anacom, entre final de 2009 e janeiro de 2021, “os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 6,4%, enquanto na União Europeia diminuíram 9,9%”.

A diferença, “que é de 16,3 pontos percentuais, estreitou-se com a entrada em vigor no dia 15 de maio de 2019 das novas regras europeias que regulam os preços das comunicações intra-UE“, referiu na altura o regulador.

No final de fevereiro, a Anacom apontou que, nos últimos 12 meses, “a taxa de variação média dos preços das telecomunicações em Portugal foi de -1,9%”, ou seja, “1,8 pontos percentuais abaixo da registada pelo IPC (-0,1%), ocupando Portugal, segundo o Eurostat, o 21.º lugar no ‘ranking’ das variações mais elevadas, ou o 7.º das variações mais baixas”.

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Bruxelas propõe regras para a inteligência artificial na União Europeia

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira o primeiro pacote legislativo focado na adoção da inteligência artificial na União Europeia. Métodos de "risco inaceitável" serão proibidos.

A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira a primeira legislação na União Europeia (UE) para a inteligência artificial, defendendo controlos apertados aos sistemas considerados perigosos, como o reconhecimento facial ou as impressões digitais, e o banimento dos métodos considerados de “risco inaceitável”.

Depois de várias recomendações adotadas nos últimos três anos para a área da inteligência artificial (IA) e de uma consulta ao mercado, o executivo comunitário propôs “novas regras e ações destinadas a transformar a Europa no centro mundial de confiança”, através da combinação do “primeiro quadro jurídico de sempre” e de um novo plano para coordenação entre os Estados-membros.

O objetivo é “garantir a segurança e os direitos fundamentais das pessoas e das empresas, reforçando ao mesmo tempo a adoção, o investimento e a inovação da IA em toda a UE”, explica Bruxelas em comunicado.

Seguindo uma “abordagem baseada no risco”, a Comissão Europeia propõe que sejam proibidas na UE as aplicações de IA que definiu como de “risco inaceitável”, ameaçadoras para a segurança e direitos das pessoas, estando em causa sistemas que manipulam o comportamento humano (como brinquedos que utilizam assistência vocal encorajando comportamentos perigosos de menores) ou de utilização abusiva pelos governos.

Seguem-se os sistemas de “alto risco”, aos quais serão impostas “obrigações rigorosas antes de poderem ser colocados no mercado” de supervisão humana e de disponibilização de informação clara, abrangendo nomeadamente as aplicações de identificação biométrica à distância, isto é, de reconhecimento facial ou pela voz ou de impressão digital.

Relativamente aos sistemas de identificação biométrica à distância haverá, ainda assim, exceções para situações “definidas e regulamentadas”, como na procura de crianças desaparecidas, na emissão de alertas sobre ameaça terrorista ou ainda para deteção de criminosos, devendo existir “autorização de um órgão judicial ou outro órgão independente e limites adequados de tempo, alcance geográfico e das bases de dados pesquisadas”.

Ainda da lista de sistemas de alto risco fazem parte infraestruturas críticas como transportes, aplicações de formação educacional ou profissional, componentes de segurança dos produtos, serviços privados e públicos essenciais, sistemas de justiça e ainda procedimentos para gestão das migrações e das fronteiras.

Bruxelas definiu ainda sistemas de “risco limitado” que terão obrigações específicas de transparência, como os chatbots (sistemas de conversação), e ainda de “risco mínimo”, para os quais não está prevista intervenção, como jogos de vídeo que recorrem a IA ou os filtros de spam.

A Comissão Europeia propõe que as autoridades nacionais supervisionem as novas regras, sendo ainda criado um Conselho Europeu de Inteligência Artificial para facilitar a sua implementação.

Neste que é um dossiê assumido como prioritário pela presidência portuguesa da UE, Bruxelas cria então a primeira legislação direcionada para a IA, apesar de os responsáveis por esta tecnologia estarem já sujeitos à legislação europeia em matéria de direitos fundamentais, por exemplo, proteção de dados, privacidade e não discriminação.

A IA tem vindo a ser cada vez mais usada em áreas como o entretenimento (personalização dos conteúdos), o comércio online (previsão dos gostos dos consumidores), os eletrodomésticos (programação inteligente) e os equipamentos eletrónicos (recurso aos assistentes virtuais como a Siri ou a Alexa, entre outros).

É também usada para o reconhecimento facial, técnica que tem por base a recolha de dados característicos de imagem de uma pessoa e pode ser aplicada tanto ao desbloqueio de telemóveis como para autenticar a identidade em locais públicos como aeroportos.

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Global Media adere ao apoio à retoma com redução do horário e cortes salariais

A Global Media comunicou aos trabalhadores que pediu para aceder ao regime de apoio à retoma progressiva até setembro, estando prevista a redução do horário de trabalho e cortes salariais.

A Global Media, grupo de comunicação social que publica títulos como Jornal de Notícias, Diário de Notícias TSF e O Jogo, convocou uma reunião virtual com os trabalhadores para esta quarta-feira, na qual anunciou que pediu a adesão ao regime de apoio à retoma progressiva até setembro. A informação foi apurada pelo ECO junto de várias fontes familiarizadas com a decisão. O apoio à retoma progressiva é uma medida extraordinária criada pelo Governo em resposta à pandemia, que permite aos empregadores em crise reduzirem os horários de trabalho (até 100%) em função das quebras de faturação.

Ao abrigo deste regime, as empresas recebem da Segurança Social um apoio para o pagamento dos salários, enquanto os trabalhadores têm direito a 100% das suas remunerações. No entanto, o apoio só vai até ao triplo do salário mínimo nacional, isto é, 1.995 euros, montante a partir do qual são aplicados cortes, que estão previstos no caso da Global Media, apurou também o ECO.

Esta medida avança poucos meses depois de, a 30 de outubro, a empresa ter realizado um despedimento coletivo de 81 trabalhadores, entre os quais 17 jornalistas.

Segundo avançou a Lusa em novembro, depois de ter sido anunciado esse despedimento, a Global Media pretende cortar os custos operacionais em cerca de 15 milhões de euros este ano, dos quais 7,8 milhões de euros em redução de custos salariais com a saída desses trabalhadores. O mesmo documento prevê que a Global Media alcance um resultado operacional positivo em 2021 e lucros em 2022, depois de estimar “uma forte quebra do volume de negócios em 2020, em resultado do impacto da Covid-19”.

A 9 de novembro, a empresa anunciou novas direções para os seus principais meios. Domingos de Andrade passou a ser diretor-geral editorial do grupo e a comandar a TSF; Inês Cardoso assumiu a direção do Jornal de Notícias e Rosália Amorim passou a diretora do Diário de Notícias. A empresa justificou as alterações com a necessidade de “criar uma estrutura mais ágil e mais forte”.

As dificuldades da Global Media já existiam antes da pandemia e a empresa tem estado a ser alvo de um plano de reestruturação. No ano passado, o empresário Marco Galinha, dono do grupo Bel, entrou no capital da empresa e assumiu o cargo de chairman da empresa, com um mandato até 2024.

O ECO contactou fonte oficial da Global Media, no sentido de obter um comentário a estas informações. Encontra-se a aguardar resposta.

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Governo entrega até final de abril iniciativa sobre Estratégia Nacional Anticorrupção

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

Segundo a deputada socialista Maria da Luz Rosinha, esta será uma matéria que “terá um dia dedicado só ao assunto” e a que “outros grupos parlamentares irão juntar seguramente as suas iniciativas”.

O Governo vai dar entrada até ao final de abril de uma proposta de lei com as alterações na legislação penal previstas na Estratégia Nacional Anticorrupção 2020-2024, aprovada pelo executivo em março.

A informação foi adiantada pela porta-voz da conferência de líderes parlamentares, a deputada socialista Maria da Luz Rosinha, que falava aos jornalistas na Assembleia da República.

“O Governo deu conta que fará entrar até ao final do mês de abril a proposta de lei que concretiza as alterações ao domínio penal e processo penal previstas na Estratégia Nacional Anticorrupção”, declarou.

A deputada adiantou que esta será uma matéria que “terá um dia dedicado só ao assunto” e a que “outros grupos parlamentares irão juntar seguramente as suas iniciativas”.

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86% dos leitores do ECO não querem a nova Superliga Europeia

  • Tiago Lopes
  • 21 Abril 2021

O anúncio da Superliga Europeia deu origem a uma intensa discussão em vários espetros da sociedade. Para os leitores do ECO também não restam dúvidas em relação à criação desta nova competição.

A polémica começou no último domingo depois de um conjunto 12 clubes anunciarem, à revelia da UEFA e da FIFA, que pretendiam avançar com uma nova competição de futebol denominada Superliga Europeia.

De acordo com um comunicado do Real Madrid, que se apresenta como líder do projeto, a nova competição pode gerar valores muitos superiores aos montantes atualmente envolvidos na Liga dos Campeões. A UEFA reagiu de imediato e ameaçou excluir todos os clubes que participarem na nova competição.

“Tal como já foi anunciado pela UEFA e por aqueles seis organismos, informamos que os clubes envolvidos serão impedidos de disputar qualquer outra competição, a nível nacional, europeu e mundial e os seus jogadores não poderão representar as respetivas seleções nacionais”, informou a UEFA, em comunicado, considerando ainda que este é um “projeto cínico, que é fundado no egoísmo de alguns clubes, numa altura em que a sociedade precisa mais do que nunca de solidariedade”.

No entanto, não foi só a FIFA e a UEFA que criticarem duramente a criação da Superliga Europeia. Boris Johnson, Emmanuel Macron ou António Costa foram alguns dos nomes que vieram manifestar o seu descontentamento com a criação desta nova competição.

O primeiro-ministro português recorreu ao Twitter para dizer que a proposta da criação desta competição “tem de ser recusada sem nenhuma hesitação”. Para António Costa “os princípios da solidariedade, da valorização do resultado desportivo e do mérito não podem estar à venda.”

Depois desta autêntica avalanche de críticas, que também chegou aos adeptos dos vários clubes envolvidos mas não só, o núcleo restrito inicial de 12 clubes fundadores começou a registar as primeiras baixas. Em apenas dois dias, seis clubes ingleses decidiram afastar-se desta competição e alguns deles chegaram mesmo a pedir desculpa aos adeptos. E, já esta quarta-feira, Atlético de Madrid, Inter de Milão e AC Milan também deram a conhecer que vão sair do lote dos 12 escolhidos.

Atualmente, as únicas equipas que ainda fazem parte da lista inicial são o Real Madrid, FC Barcelona e Juventus.

O ECO questionou os seus leitores sobre a sua opinião em relação à criação desta nova competição e, à semelhança das muitas críticas verificadas em vários espetros da sociedade, o resultado também foi esclarecedor. Num total de 1.200 votos, 86% dos leitores consideram que a Superliga Europeia não deve avançar, enquanto 14% responderam de forma afirmativa.

 

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AR altera lei para permitir candidatos independentes às câmaras

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

Parlamento alterou lei eleitoral autárquica que reduz o número de assinaturas dos grupos de cidadãos independentes e admite uma candidatura simultânea a uma câmara e assembleia municipais.

A comissão de Assuntos Constitucionais iniciou esta quarta-feira a alteração à lei eleitoral autárquica em que reduz o número de assinaturas dos grupos de cidadãos independentes e admite uma candidatura simultânea a uma câmara e assembleia municipais.

Os deputados começaram, logo pelas 09:00, a discutir e a fazer votações indiciárias (ou indicativas) para um texto de substituição com alterações à lei eleitoral das autarquias locais – contestada pelos autarcas independentes que alegam dificultar as candidaturas independentes – de forma a ser votado ainda na quinta-feira pela Assembleia da República.

Um dos primeiros artigos polémicos a ser alterado foi aquele que impedia que um candidato independente a uma câmara pudesse sê-lo também a uma assembleia municipal, um dos aspetos mais contestados pelos autarcas independentes nos últimos meses.

Este artigo foi alterado por proposta do PCP e BE e aprovado por maioria, apenas com o voto contra do PSD.

Outra norma alterada foi quanto à exigência de assinaturas pelos candidatos que se apresentem aos três órgãos autárquicos — câmara, assembleia municipal e junta de freguesia.

Ao contrário do que acontecia até agora, com a alteração à lei aprovada em 2020, os grupos de cidadãos que concorram à câmara e assembleia municipal “podem ainda apresentar candidatura aos órgãos das freguesias do mesmo concelho, desde que os proponentes integrem 1% dos cidadãos registados na freguesia”.

Foi esta a proposta, apresentada pelo PS, que abandonou uma proposta para que o número de proponentes fosse de “pelo menos 50 cidadãos recenseados na freguesia a que se candidatam”.

Na lei em vigor, os números mínimos eram de 50 e os 2.000 proponentes para casos de freguesias ou de municípios com menos de 1.000 eleitores ou “inferior a 250 ou superior a 4.000, no caso de candidaturas a órgão dos restantes municípios”.

Depois do trabalho em comissão, é preciso que o texto de substituição seja aprovado no plenário da Assembleia da República, em votação na generalidade, especialidade e final global, dado que os nove projetos baixaram à comissão sem votação.

Dado que há prazos para a marcação de eleições locais, ainda sem data marcada, mas que se deverão realizar entre setembro e outubro, a votação da lei terá de ser rápida de modo a produzir efeitos.

Na primeira hora da reunião, interrompida para a audição da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, fizeram vencimento grande parte das propostas de alteração feitas pelo PS.

O debate das leis eleitorais prossegue, em comissão, depois da audição da ministra, para as restantes matérias.

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