Sente-se “desligado” das suas funções e lideranças? Mais de metade dos profissionais dizem que sim

A "enorme lacuna" entre as expectativas de profissionais e dos empregadores está a criar um fosso. É preciso redefinir a produtividade e olhar para o bem-estar como uma prioridade.

Há um antes e um depois 2020 na forma como trabalhamos e como interagimos com lideranças e colegas. A adoção de modelos de trabalho mais flexíveis, mas o envolvimento dos profissionais foi afetado. Mais de metade (59%) admite sentir-se “desligado” das suas funções e lideranças desde o início do ano passado. E a lacuna entre as expectativas dos colaboradores e dos empregadores parece ser mais profunda.

Esta é a conclusão do mais recente questionário da Peakon, plataforma de engagement de colaboradores, divulgado pela Adecco Portugal. Depois de inquirir 90 milhões de profissionais, a Peakon confirmou a necessidade de os empregadores colocarem o foco no bem-estar, físico e psicológico, dos seus trabalhadores.

Tradicionalmente, pensava-se que o baixo engagement dos funcionários era um subproduto de uma liderança fraca ou tóxica, de uma falta de transparência ou responsabilidade a nível organizacional, e de uma elevada rotatividade de funcionários. Embora todos estes fatores sejam válidos, os empregadores precisam de aprofundar melhor as relações com os profissionais que contratam para compreender o que está na base deste baixo envolvimento dos colaboradores com as suas organizações”, defende Carla Rebelo, CEO da Adecco Portugal, citada em comunicado.

“É incontornável que as empresas que querem ser sustentáveis e reter talento tenham de compreender que o nível de engagement das pessoas não depende apenas do que que os profissionais esperam obter das suas funções e posição na empresa (salário, realização pessoal, perspetivas de evolução de carreira), mas também, e ainda mais importante, o que esperam dos seus empregadores”, continua.

No relatório “Heartbeat”, a Peakon dá conta da existência de uma “enorme lacuna” entre as expectativas que os profissionais estão a sentir e o que as organizações acreditam estar a proporcionar. “No futuro, as organizações que colmatarem essa lacuna serão mais bem-sucedidas”, pode ler-se. Para atenuar o fosso entre as expectativas dos colaboradores e dos seus empregadores, a plataforma de engagement de colaboradores traça algumas orientações:

1. Expectativas emergentes

Em primeiro lugar, refere a Peakon, os profissionais esperam que os seus empregadores ajudem a responder às preocupações ambientais, forçando as empresas a fazer mudanças na forma como operam. As expectativas relacionadas com a sustentabilidade ambiental aumentaram 128% para os empregados da geração Z (nascidos entre 1995 e 2015). Millennials (1981-1994), geração X (1965-1980) e baby boomers (nascidos entre 1945 e 1964) registaram aumentos de expectativas de 62%, 56% e 59%, respetivamente.

“Os colaboradores esperam que os seus empregadores não só partilhem os seus valores, mas também demonstrem vontade de agir sobre eles. Todas as gerações mostram uma preocupação crescente com a diversidade e a inclusão no local de trabalho. Daqui resulta que os colaboradores esperam que os seus empregadores façam esforços tangíveis para construir culturas diversas e inclusivas que venham de um lugar de honestidade”, lê-se em comunicado.

Outro dado que explica o desencontro entre expectativas de trabalhadores e dos empregadores tem a ver com o trabalho flexível e remoto. Um inquérito recente do LinkedIn a 1.590 profissionais empresariais confirma que a grande maioria quer flexibilidade. “Quando solicitados a optar por regressar ao escritório a tempo inteiro, continuar em trabalho remoto ou trabalhar com um modelo flexível e misto, apenas 5% dos inquiridos querem regressar ao escritório a tempo inteiro”, refere a Peakon, acrescentando que 73% quer uma abordagem flexível e mista.

“As empresas terão de conhecer as ferramentas de que necessitam para ajudar cada funcionário a florescer, equilibrando ao mesmo tempo as exigências do seu papel e das suas vidas e dar-lhes autonomia para o fazer.”

2. Bem-estar, prioridade máxima

Também a preocupação global dos profissionais com a questão do bem-estar aumentou no último ano e meio, na ordem dos 17% a nível global, e dos 28% entre os inquiridos da geração Z. “Estimando-se que o fenómeno crescente do burnout, agudizado em ambiente de pandemia, tem custos económicos globais superiores a 320 mil milhões de dólares por ano, esta postura das organizações é particularmente importante numa altura em que existem perigos muito claros e presentes que têm o potencial de reduzir o bem-estar global”, alerta.

O “Heartbeat” conclui que é fundamental que as organizações olhem profundamente para as lideranças, para que as pessoas compreendam a importância de apoiar o bem-estar dos colaboradores. Para aqueles que não o considerem uma prioridade, poderá ser necessário ações de coaching para cultivar competências que apoiem o bem-estar dos funcionários de forma contínua.

3. Redefinição de produtividade

Com os novos modelos de trabalho torna-se necessário redefinir também alguns conceitos. Os profissionais estão preocupados com a forma como os empregadores veem a sua produtividade quando trabalham a partir de casa. “Sentem receio de serem considerados pouco produtivos se, por exemplo, não conseguirem dar resposta imediata a uma solicitação por email“, o que acaba por ser também um fator gerador de stress.

É, por isso mesmo, “essencial a definição de novas métricas para avaliar o ritmo de trabalho e produtividade em ambiente remoto”.

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Apple só regressa aos escritórios em 2022

  • Carolina Bento
  • 20 Agosto 2021

Aumento dos casos de Covid-19 e preocupação acerca do surgimento de novas variantes motivaram a um novo adiamento do regresso ao trabalho presencial para os trabalhadores da Apple.

A Apple voltou a adiar o regresso ao trabalho presencial até janeiro de 2022, avançou esta sexta-feira a Bloomberg. Este novo recuo significa que os funcionários da empresa norte-americana vão estar em teletrabalho durante quase dois anos desde que a pandemia começou.

A equipa de recursos humanos, liderada por Deirdre O’Brien, enviou uma missiva aos seus funcionários a informá-los de que o regresso aos escritórios — primeiro agendado para início de setembro e depois adiado para outubro — afinal, só vai acontecer para o próximo ano, em janeiro. A razão para este novo adiamento prende-se com o aumento dos casos de Covid-19 e preocupações acerca do surgimento de novas variantes do vírus.

A notificação afirma que a empresa não vai fechar as suas lojas e escritórios e apela a que todos os funcionários se vacinem, apesar de não exigir testes e certificados de vacinação obrigatórios.

A tecnológica tem reforçado a sua campanha de testagem três vezes por semana aos funcionários, mesmo que em teletrabalho, segundo a Bloomberg.

Antes deste novo adiamento, estava previsto que os funcionários regressassem a um “novo normal”, num regime misto: o trabalho presencial seria, pelo menos, três dias por semana, às segundas, terças e quintas; e teletrabalho às quartas e sextas.

A decisão da companhia surge num momento em que muitas empresas nos Estados Unidos têm já vindo a anunciar planos de regresso ao escritório ou novos modelos de trabalho mais flexíveis.

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PCP critica sinais de Costa sobre OE2022 e apela a “política alternativa”

Costa admite baixar o IRS, aumentar o abono e manter os apoios sociais, mas o PCP diz que não identifica sinais da "política alternativa" que o país precisa para enfrentar os atuais problemas.

O PCP considera que o país precisa de “uma política alternativa” para dar resposta tanto aos desafios trazidos pela pandemia como aos problemas estruturais, mas diz que não encontra sinais nesse sentido na entrevista que o primeiro-ministro deu ao Expresso, na qual levanta o véu de algumas das matérias que terão protagonismo no Orçamento do Estado para 2022, nomeadamente os impostos, os apoios sociais e os funcionários públicos.

Em entrevista ao semanário, António Costa admite que o Orçamento do Estado para o próximo ano poderá trazer uma baixa do IRS, avança que poderá haver um aumento “substancial” do abono de família, destaca a necessidade a reformulação de uma prestação social única e garante que as medidas extraordinárias de apoio às empresas, como o lay-off simplificado, não vão ser retiradas “extemporaneamente”. Já sobre o pacote de alterações laborais que o PS ajudou o PCP a aprovar, o chefe do Executivo sinaliza que o período experimental de 180 dias não vai ser revertido.

Em reação, o PCP deixa críticas e garante que se vai bater “decididamente por uma política alternativa” e vai lutar “palmo a palmo pela defesa e avanço dos direitos e condições de vida dos trabalhadores e do povo”. “A dimensão dos problemas que o país enfrenta e a resposta exigida para lhes responder, seja no plano do que resultou mais evidenciado com a epidemia, seja dos problemas de fundo que marcam a realidade socioeconómica, exigem uma política alternativa que rompa com opções e critérios que conduziram à atual situação e que abra perspetiva para uma política capaz de assegurar o desenvolvimento económico e o progresso social“, defendem os comunistas.

E acrescentam: ” A entrevista do primeiro-ministro está longe de permitir identificar, quer no domínio do Orçamento do Estado para 2022, quer em outros domínios como os dos salários, direitos e legislação laboral, que essa seja a opção que o Governo do PS admita fazer“.

Os partidos já estiveram sentados à mesa com o Governo para iniciar as negociações do Orçamento do Estado para 2022, mas ainda não foi marcado uma segunda reunião nesse sentido. Ao ECO, o deputado comunista Duarte Alves já disse que a prioridade, neste momento, tem sido, antes de mais, garantir o cumprimento do Orçamento do Estado para 2021.

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Altice contra proposta “ilegal” da Anacom para acelerar leilão do 5G. Pondera “acionar meios legais”

A Altice Portugal considera que a segunda alteração ao regulamento do 5G proposta da Anacom é "ilegal". Empresa pondera avançar para tribunal para tentar travar o regulador.

A Altice Portugal considera que a proposta da Anacom para acabar com as licitações percentualmente mais baixas no leilão do 5G é “ilegal”, “desproporcional” e “injustificada”. A empresa está a “equacionar todos os cenários”, incluindo acionar “meios legais” para “impedir que estas novas e absurdas regras entrem em vigor”.

Numa resposta a questões do ECO, a empresa liderada por Alexandre Fonseca recusa liminarmente a intenção do regulador de alterar, pela segunda vez, o regulamento do leilão do 5G, com vista a acelerar de vez o processo. As empresas interessadas no leilão tiveram até quinta-feira para remeter ao regulador “contributos” e “sugestões” que queiram ver tidos em conta nesta segunda alteração.

“A Altice Portugal recusa e opõe-se veementemente à alteração que a Anacom se propõe introduzir no Regulamento 5G e entende que devem manter-se as regras que têm vindo a ser seguidas por todos os licitantes”, indica a empresa.

Assim, depois de também ter criticado duramente a primeira alteração ao regulamento promovida pela Anacom, no início do verão, o grupo destaca agora que “pior que errar é insistir no erro”.

“Hoje, o país já perdeu milhares de milhões de euros na captação de novos investidores e novos investimentos das empresas já instaladas. Urge que a culpa e responsabilidade sejam assumidas e assacadas. Chega de tanta irresponsabilidade e impunidade”, atira fonte oficial da empresa.

A Anacom tem acusado as operadoras de serem as responsáveis pela lentidão do leilão do 5G, que dura há mais de 150 dias. Em resposta, a Altice Portugal rejeita “em absoluto que tais alterações sejam justificadas com o comportamento dos licitantes”, pois estes “apenas se limitam a seguir as regras aprovadas e em vigor”.

“O que está em causa é a falta de capacidade da Anacom, a qual, enquanto responsável pela definição dessas mesmas regras, é a única responsável pelo facto de a licitação se arrastar há mais de 150 dias e de Portugal ser hoje, a par da Lituânia, o único país da União Europeia sem 5G”, atira a empresa, fazendo eco do disposto no último relatório do Observatório Europeu do 5G.

Assim, para a Altice Portugal, “a proposta da Anacom é, além de ilegal, manifestamente desproporcional e injustificada, considerando, por um lado, a importância deste procedimento e, por outro lado, o impacto das alterações agora projetadas sobre a licitação”.

“A aprovação desta nova alteração ao regulamento merece as nossas maiores reservas e total oposição, pelo que não deixaremos de equacionar todos os cenários relativos ao acionamento dos meios legais disponíveis para impedir que estas novas e absurdas regras entre em vigor e sejam aplicadas ao leilão 5G”, remata a empresa de telecomunicações.

A proposta da Anacom é, além de ilegal, manifestamente desproporcional e injustificada.

Fonte oficial da Altice Portugal

A fase principal do leilão do 5G dura há mais de 150 dias. A 30 de junho, depois de uma rápida consulta pública, entrou em vigor a primeira alteração ao regulamento, possibilitando a realização de 12 rondas diárias, ao invés de sete. Mas a mudança introduzida pela Anacom não foi suficiente para acelerar e pôr fim à venda.

A 12 de agosto, a Anacom passou das palavras aos atos e avançou com o processo para pôr fim às licitações de 1% e de 3% que, segundo o regulador, estão a ser usadas pelas operadoras para atrasarem o leilão (as operadoras recusam essa linha de argumentação). Segue-se agora uma consulta pública ao mercado, sendo praticamente certo que, salvo alterações de última hora ou eventuais decisões judiciais, o fim das licitações mais baixas vai mesmo avançar.

Na quinta-feira, a Vodafone, em resposta ao ECO, também se mostrou contra mais uma mudança de regras “a meio do jogo”. Já a Dense Air, a única empresa que já tem licenças de 5G em Portugal, apoia a proposta do regulador para precipitar o fim da venda das licenças.

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Taxas de juro no crédito à habitação batem novo mínimo histórico nos 0,8% em julho

A taxa de juro implícita no crédito à habitação voltou a descer em julho, pelo 11.º mês consecutivo. Juro implícito ficou nos 0,8%.

A taxa no crédito à habitação continuou a descer em julho, naquele que é o 11.º primeiro mês consecutivo de descidas. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), no sétimo mês do ano, o juro implícito continuou abaixo dos 1%, situando-se em 0,8%.

“A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 0,800% em julho (0,811% no mês anterior). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 0,693% em junho para 0,674% em julho“, refere o INE.

Para o destino de financiamento de aquisição de habitação — o mais relevante no conjunto do crédito à habitação –, a taxa de juro implícita para o total dos contratos recuou para 0,816%, menos 1,2 pontos base face a junho. Na taxa para os contratos celebrados nos últimos três meses, a tendência foi a mesma: diminuiu para 0,67%.

Evolução dos juros implícitos

Já no que diz respeito ao capital médio em dívida, em julho observou-se uma subida de 328 para 56.790 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi de 116.815 euros, mais 1.950 euros do que em junho.

Por outro lado, a prestação média aumentou um euro para 235 euros e, deste montante, 38 euros correspondem a pagamento de juros e 197 euros a capital amortizado. “Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação desceu sete euros para 285 euros”, remata o INE.

(Notícia atualizada às 11h18 com mais informação)

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Mercado livre do gás natural tem perto de 1,3 milhões de clientes

O número de clientes no mercado liberalizado do gás natural aproxima-se de 1,3 milhões, tendo crescido em junho. Galp lidera em consumo, EDP Comercial vence nos clientes.

O mercado liberalizado do gás natural continua a aproximar-se de 1,3 milhões de clientes, tendo registado um crescimento líquido de 2.850 clientes entre maio e junho, indica o boletim mensal da ERSE. A Galp é a empresa líder em consumo, enquanto a EDP Comercial lidera em número de clientes.

São já 1.297.961 clientes de gás natural no mercado livre, contra 238.188 que permanecem no mercado regulado, uma queda de 1.187 clientes em cadeia, sobretudo residenciais. No mercado livre, o consumo estimado em base anual fixou-se em 39.142 GWh (gigawatts-hora) em junho, tendo subido 60,7 GWh face ao mês anterior.

Síntese mensal do mercado livre de gás natural (junho):

Fonte: ERSE

Em junho, entraram no mercado liberalizado 16.798 clientes, tendo 912 transitado do mercado regulado e 15.886 entrado diretamente nas carteiras de comercializadores em regime de mercado. Em sentido inverso, cessaram contrato no mercado 13.903 clientes que não celebraram outro contrato de fornecimento. Seis clientes voltaram ao mercado regulado de gás natural e, dentro do mercado liberalizado, 10.408 clientes mudaram de fornecedor de gás.

No que toca às quotas de mercado, a Galp continuou a dominar em consumo, com uma quota total de 58%, enquanto a EDP Comercial liderou em número de clientes, com uma quota de 50%. A Galp destaca-se ainda no segmento de clientes industriais e de grandes consumidores, enquanto a EDP é mais forte no segmento das pequenas e médias empresas e clientes residenciais.

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Metro de Lisboa abre concurso para expansão das linhas amarela e verde

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Agosto 2021

O investimento para a extensão da linha do Rato ao Cais do Sodré tem como valor base 76,5 milhões de euros. Prazo para apresentação de propostas é de 90 dias.

O Metropolitano de Lisboa (ML) abriu concurso para a construção dos acabamentos e sistemas no âmbito da expansão das linhas amarela e verde. O investimento para a extensão da linha do Rato ao Cais do Sodré tem como valor base 76,5 milhões de euros e o prazo para apresentação de propostas é de 90 dias.

Segundo o comunicado do ML, o projeto “viabiliza a criação de um anel envolvente na zona central da cidade de Lisboa”, sendo “sequencial às empreitadas em curso, respeitantes aos lotes 1 e 2, para a construção dos Toscos dos Lotes Rato/Santos e Santos/Cais do Sodré” e dos viadutos do Campo Grande, correspondentes ao lote 3.

Além dos trabalhos de acabamentos, que incluem alvenarias, revestimentos, serralharias, vidraceiro, mobiliário e sinalética, o contrato a celebrar incluirá ainda “as redes hidráulicas, elétricas, de telecomunicações e de supervisão das instalações técnicas, redes de dados e de segurança, bem como os trabalhos de via-férrea e sistemas de bilhética”, lê-se no documento.

O objetivo desta expansão é “contribuir para a melhoria da mobilidade na cidade de Lisboa, fomentando a acessibilidade e a conectividade em transporte público, promovendo a redução dos tempos de deslocação e a descarbonização”.

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Portugal vai comprar mais 146 mil doses da vacina da gripe que em 2020

  • Carolina Bento
  • 20 Agosto 2021

O Governo vai adquirir mais 146 mil doses da vacina da gripe, isto é, um crescimento de 7% face ao número de vacinas que existiam no ano passado, diz Lacerda Sales.

António Lacerda Sales revelou, em entrevista à TVI 24, que o Governo prepara-se para adquirir mais 146 mil doses da vacina da gripe, mais 7% do que as existentes no ano passado, para que Portugal se possa preparar melhor para as estações do outono e inverno, normalmente aquelas em que mais pessoas padecem com o vírus.

No total, o país vai ter 2,2 milhões de vacinas disponíveis para proteger os cidadãos contra a gripe sazonal. O secretário de Estado Adjunto e da Saúde admitiu ainda que as aprendizagens que se foram adquirindo durante a pandemia de Covid-19 serão úteis também na prevenção da gripe.

A gripe este ano foi residual, em função do conjunto de métodos de barreira que temos”, entre elas o distanciamento social e as máscaras. “Houve aqui uma aprendizagem e por isso eu acho que devemos utilizar essas aprendizagens de futuro, para que possamos estar mais protegidos”, rematou.

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Farfetch passa de prejuízo a lucro de 75 milhões no segundo trimestre

A empresa liderada por José Neves faturou 446,7 milhões de euros entre abril e junho, uma subida de 43,5% face ao período homólogo. O lucro aumentou para mais de 75 milhões de euros.

A Farfetch, plataforma tecnológica de moda de luxo, fechou o segundo trimestre com lucros de 87,9 milhões de dólares (75,2 milhões de euros), face a um prejuízo de 435,9 milhões de dólares (372 milhões de euros) no trimestre homólogo, revelou na quinta-feira a empresa liderada por José Neves.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) ajustado fixou-se em 20,6 milhões de dólares negativos, uma melhoria face aos 25,2 milhões de um ano antes. Já o valor dos bens vendidos na plataforma (medido pelo GMV, ou gross merchandise value), ultrapassou os mil milhões de dólares (856 mil milhões de euros) entre abril e junho.

Entre abril e junho, as receitas da Farfetch subiram 43,5%, para 523,3 milhões de dólares (446,7 milhões de euros), o que compara com os 364,7 milhões de dólares (311,3 milhões de euros) de receitas obtidas no período homólogo, apesar de ter sido acompanhada por um aumento do custo das vendas na ordem dos 42,8%, para 293,2 milhões de dólares (250,3 milhões de euros).

Perante estes resultados, José Neves, presidente executivo e fundador da plataforma, mostrou-se “surpreendido com a resiliência da indústria do luxo, que depois de um período sem precedentes, já regressou ao crescimento, com os fundamentais a mostrarem ainda mais força”.

Para o terceiro trimestre, a empresa liderada por José Neves antecipa um resultado operacional positivo de aproximadamente 10 milhões de dólares e um crescimento no valor das mercadorias entre 30% e 45%.

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Em que países da UE há mais mortes na estrada? Portugal está no “top 6”

Na última década, o número de mortes nas estradas da UE diminuiu 31%. A Roménia é o Estado-membro com mais mortes na estrada, seguida da Bulgária. Portugal está em 6.º lugar, empatado com a Lituânia.

A segurança rodoviária tem sido uma grande preocupação a nível global. Na última década, é notória a redução do número de pessoas que morreram em acidentes rodoviários na União Europeia (UE). Mas quais os países onde há maior taxa de mortalidade na estrada? Portugal está na sexta posição da tabela.

Todos os dias, milhares de pessoas perdem a vida ou ficam gravemente feridas em acidentes de viação. Entre 2009 e 2019, o número de mortes nas estradas na UE diminuiu cerca de 31%. Se em 2009 tinham sido registadas 33 mil mortes, em 2019 foram registadas 22.756, ou seja, uma diferença de mais de 10 mil pessoas, de acordo com os dados do Eurostat.

Na última década, tem havido uma tendência para a diminuição do número de vítimas mortais de acidentes rodoviários no bloco europeu. Das quase 23 mil pessoas que morreram na estrada em 2019, 44% eram ocupantes de automóveis de passageiros, 20% eram pedestres, 16% seguiam em motocicletas, 9% em bicicletas e 11% nas demais categorias (que incluem veículos ligeiros e pesados ​de mercadorias, autocarros, ciclomotores, entre outros).

Em termos de taxa de mortalidade em acidentes rodoviários, por milhão de habitantes, a Roménia é o país da UE com mais mortes na estrada. Em 2019, morreram 96 romenos nas estradas por milhão de habitantes. Segue-se a Bulgária (com 70 mortes por cada milhão de habitantes) e a Polónia (com 77 óbitos por milhão de habitantes).

Mortes em acidentes rodoviários por milhão de habitantes na UE:

Fonte: EurostatFonte: Eurostat

Na quarta posição está a Croácia, com 73 mortes por milhão de habitantes, seguida pela Letónia (69 mortes por milhão de habitantes).

A par com a Lituânia, Portugal é o sexto país europeu com mais mortes na estrada. Só em 2019, morreram 67 pessoas por cada milhão de habitantes nas estradas portuguesas. Trata-se de um número relativamente superior à média europeia, que é de m 51 mortes por milhão de habitantes.

No polo oposto, a Suécia é o país europeu com menor registo de mortes na estrada. Em 2019, morreram 22 pessoas por milhão de habitantes nas estradas suecas. O país é seguido pela Irlanda (com 29 óbitos por milhão de habitantes) e por Malta (32 mortes por milhão de habitantes).

Quais são os hotéis mais caros do país? Quem são as personalidades mais influentes no TikTok? E os gestores mais bem pagos da nossa bolsa? De segunda a sexta-feira, todos os dias há um ranking para ver aqui no ECO.

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Cerca de um quarto dos jovens entre os 12 e 15 anos vão ser vacinados no fim de semana

  • Lusa
  • 20 Agosto 2021

No sábado e no domingo, deverão ser vacinados um quarto do total de jovens dos 12 aos 15 anos, isto, cerca de 100 mil jovens.

Cerca de um quarto dos jovens entre os 12 e 15 anos vão ser vacinados contra a Covid-19 durante o fim de semana, o primeiro de dois dedicados a esta faixa etária.

No próximo fim de semana, a vacinação vai voltar a centrar-se nos jovens, desta vez entre os 12 e os 15 anos, e para os dois dias foram realizados cerca de 110 mil agendamentos, segundo a task-force responsável pelo processo. Assim, no sábado e no domingo deverão ser vacinados um quarto do total de jovens nesta faixa etária (cerca de 400 mil), logo no primeiro de dois fins de semana que lhes vão estar dedicados.

Além daqueles que tenham realizado o pedido de autoagendamento para os dias 21 e 22 de agosto e dos que tenham sido chamados pelos serviços de saúde, a task-force decidiu abrir também a modalidade “Casa Aberta”, à semelhança do que aconteceu no fim de semana passado para os jovens de 16 e 17 anos.

Esta modalidade, que funciona em horários limitados, dispensa a marcação prévia, exigindo apenas a obtenção de uma senha digital através do portal do Ministério da Saúde, e atualmente só está disponível para maiores de 16 anos.

As datas para a administração da segunda dose também já estão definidas. No fim de semana de 11 e 12 de setembro, os jovens estarão de regresso para completar a vacinação, mesmo antes do início do ano letivo.

O segundo fim de semana dedicado à vacinação desta faixa etária é o de 28 e 29 de agosto, estando aberto o autoagendamento para essas datas até sábado, e incluindo também a faixa etária dos 16 e 17 anos.

Segundo a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, a decisão de alargar o processo às duas faixas etárias prendeu-se com o facto de haver menos inscritos do que os desejados. “Neste momento, temos mais de 160 mil destes adolescentes inscritos. No total são cerca de 410 mil. Foi um autoagendamento, apesar de tudo, positivo, mas é preciso expandi-lo e depois haverá outras metodologias para continuar a captar estas pessoas“, disse Graça Freitas na quinta-feira em entrevista à RTP.

De acordo com o calendário definido pela task-force, o objetivo é concluir o processo de vacinação dos jovens até ao dia 19 de setembro, perto do início do ano letivo. É nesse fim de semana que serão administradas as segundas doses do próximo “turno”.

A recomendação da Direção-Geral da Saúde (DGS) para a vacinação universal das crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos foi conhecida em 10 de agosto, deixando assim de ficar circunscrita a situações específicas, como os casos em que existam doenças de risco para a Covid-19.

A campanha de vacinação contra a Covid-19 iniciou-se em Portugal em 27 de dezembro de 2020, sendo administradas atualmente as vacinas de dose única (Janssen) e de dose dupla (Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca). Na quinta-feira, o país atingiu os 70% de população com a vacinação completa contra a Covid-19.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.613 pessoas e foram registados 1.012.125 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

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Amazon quer abrir lojas físicas nos Estados Unidos

Depois de anos a ameaçar a sobrevivência do retalho tradicional, a Amazon quer agora "sair" do ecrã do computador e abrir também estabelecimentos físicos.

A Amazon está a ponderar abrir lojas físicas nos Estados Unidos, de modo a reforçar as suas vendas de roupa, artigos para a casa e eletrónicos, avança o The Wall Street Journal (acesso pago), esta sexta-feira, citando fontes próximas do processo.

De acordo com o jornal, o plano da gigante do comércio eletrónico é abrir grandes estabelecimentos para marcar a sua expansão para o retalho mais tradicional. As primeiras lojas da Amazon deverão abrir portas no estado de Ohio e no estado da Califórnia, terão cerca de 2.700 metros quadrados e oferecerão itens das principais marcas, não sendo certo que produtos específicos serão disponibilizados.

A abertura de lojas físicas será um marco relevante na história da Amazon, já que, desde a sua criação, esta empresa tem feito tudo para conquistar clientes ao retalho tradicional, ameaçando, muitas vezes, a sua sobrevivência. Aliás, a ascensão desta gigante ajudou a acelerar a queda de muitos retalhistas com presença física, tendo, por exemplo, tirado o lugar de maior vendedor de roupa à cadeia de hipermercados Wallmart.

É importante notar que esta não será a primeira experiência da Amazon com estabelecimentos físicos. Recentemente, a norte-americana abriu supermercados sem caixas registadoras.

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