Nas notícias lá fora: Bitcoin, Trump e Senado dos EUA

  • ECO
  • 6 Janeiro 2021

Nesta segunda ronda de confinamento devido à pandemia de Covid-19, famílias poderão acumular 500 mil milhões de euros. Já os CEO's no Reino Unido recebem 115 vezes mais do que os trabalhadores.

Numa sequência de medidas que pretendem limitar a atuação de empresas chinesas nos Estados Unidos da América, Donald Trump decidiu, agora, proibir as transações com recurso a apps de pagamento chinesas, como é exemplo a Alipay. No mesmo país, e a propósito das eleições no Estado da Georgia, os democratas venceram, dando-lhes a oportunidade de voltarem a controlar o Senado, algo que não acontecia desde 2015. Já o Bitcoin ultrapassou os 35 mil dólares, atingindo assim um novo recorde.

Bloomberg

Confinamentos dão à Europa 500 mil milhões para ajudar na recuperação

Com o novo aumento de casos de infeção por Covid-19, os países vêm-se obrigados a aplicar medidas mais restritivas, sendo que vários países europeus estão inclusivamente a voltar ao confinamento, numa tentativa de travar a propagação do vírus. Na primeira vaga da pandemia, na primavera, as famílias acumularam poupanças, dado que os estabelecimentos comerciais estavam praticamente todos fechados. Agora, nesta segunda ronda de confinamento, as famílias poderão acumular 500 mil milhões de euros que poderiam ser gastos em restaurantes, viagens ou lojas, segundo os cálculos da Allianz SE.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Business Insider

Democratas assumem o controlo do Senado

Os democratas venceram as eleições do Estado da Georgia, voltando a controlar o Senado pela primeira vez desde 2015. O democrata Raphael Warnock venceu as eleições especiais para o Senado dos Estados Unidos na Geórgia, ao bater a senadora republicana Kelly Loeffler, tornando-se no primeiro senador negro na história do estado conservador. Ao mesmo tempo, o senador republicano David Perdue foi derrotado pelo democrata Jon Ossoff, tornando-se no mais jovem senador democrata desde Joe Biden, eleito naquele estado em 1973.

Leia a notícia completa no Business Insider (acesso livre, conteúdo em inglês).

Financial Times

Trump proíbe apps de pagamento chinesas nos Estados Unidos

Dias antes de abandonar a Casa Branca, algo que acontecerá no próximo dia 20 de janeiro, Donald Trump tomou a decisão de proibir as transações com recurso a aplicações de pagamento chinesas, como é o caso da Alipay, da WeChat Pay e da Tencent’s QQ Wallet. Trump justifica esta medida afirmando que a crescente disseminação de apps chinesas “continua a ameaçar a segurança nacional, a política externa e a economia” dos Estados Unidos.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso livre, conteúdo em inglês).

The Guardian

CEOs no Reino Unido recebem 115 vezes mais do que os trabalhadores

Um estudo desenvolvido pelo britânico High Pay Centre revelou que os presidentes executivos das empresas presentes no FTSE 100 ganham, em média, 3,6 milhões de libras por ano, o que é 115 vezes superior às 31.461 libras obtidas anualmente, em média, pelos trabalhadores a tempo integral. Por hora, os CEO’s terão assim ganho mais dinheiro até às 17h30 de dia 6 de janeiro do que o total que o trabalhador médio conseguirá acumular em todo o ano de 2021.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso pago, conteúdo em inglês).

Reuters

Bitcoin ultrapassa os 35.000 dólares para fixar novo recorde

A Bitcoin atingiu um novo recorde. Chegou a negociar acima da fasquia dos 35.000 dólares. A criptomoeda alcançou os 35.879 dólares prolongando a escalada dos últimos dias, que já levou esta moeda digital a subir mais de 800% desde meados de março do ano passado. A moeda virtual mais popular do mundo tinha ultrapassado a fasquia dos 20.000 dólares pela primeira vez a 16 de dezembro.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Família EDP já vale 42 mil milhões de euros. Manda num terço da bolsa de Lisboa

Apesar da mudança na liderança, 2020 foi um ano forte para o grupo. Em 2021, tanto a casa-mãe como a subsidiária para as renováveis já renovaram máximos e continuam a subir.

A EDP Renováveis não pára de valorizar, tendo-se tornado a cotada mais valiosa da bolsa de Lisboa. A eólica superou até mesmo a casa-mãe, com o impulso dado pelas políticas verdes, especialmente na Europa, mas também (mais recentemente) nos EUA. O Green Deal financiado por fundos comunitários e a eleição presidencial de Joe Biden com uma forte aposta no plano climático estão entre os principais fatores.

A política energética gradualmente mais “verde” e renovável, no âmbito do ESG [critérios ambientais, sociais e de governo de sociedades], tem beneficiado a EDP Renováveis que regista máximos históricos consecutivos e é já o título que mais pesa no PSI-20“, explica Paulo Rosa, senior trader do Banco Carregosa, ao ECO.

A EDP Renováveis (18,67%) e a EDP (15,22%) eram, no fim do ano passado, as cotadas com mais peso no PSI-20. Juntas representam 34% do valor do índice de referência nacional. Nenhuma outra empresa vale mais de 10% do PSI-20, sendo que a lista das cotadas com maior representação no índice continua com o BCP (9,61%), Galp Energia (9,27%) e REN (8,15%).

Peso das cotadas no PSI-20 no fim de 2020 e 2019

Fonte: Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

Este indicador é ajustado pela Euronext Lisbon periodicamente, mas evolui com base no desempenho da ação. E foi o que aconteceu com a família EDP. A eólica valorizou 117,14% em 2020 para 22,80 euros e, desde então, já tocou um novo máximo histórico de 24,40 euros por ação. Já a casa-mãe EDP ganhou 36,53% para 5,156 euros no ano passado e, em 2021, a cotação já chegou a 5,412 euros.

Graças a estas valorizações, a EDP atingiu uma capitalização bolsista de quase 21,1 mil milhões de euros, quase a ser apanhada pelos 20,8 mil milhões de euros da EDP Renováveis. Em conjunto valem 41,9 mil milhões de euros.

O ano foi positivo em bolsa para o grupo, apesar de ter sido turbulência para a liderança. A EDP foi liderada nos últimos 15 anos e até junho por António Mexia, e a EDP Renováveis por João Manso Neto, mas os dois gestores foram suspensos de funções em julho por decisão judicial, na sequência do caso das rendas excessivas. À data, o administrador financeiro, Miguel Stilwell, assumiu as funções de presidente executivo interino, sendo que deverá passar a CEO permanentemente na assembleia geral de acionistas a 19 de janeiro.

Além de Stilwell ter sido visto como continuidade, o principal fator que levou os investidores a ignorarem o caso é o impulso das renováveis. Mais recentemente, os movimentos altistas “refletem o otimismo geral que existe no mercado devido à introdução das vacinas na população e a esperança de que o retomar à normalidade esteja cada vez mais próximo, criando assim um sentimento positivo no mercado”, aponta Henrique Tomé, analista da XTB.

Capitalização das cotadas do PSI-20

Fonte: Reuters

Para 2021, os analistas continuam a querer ter exposição aos títulos, mas estão cautelosos quanto a maiores valorizações. O consenso das recomendações dos analistas (compilado pela Reuters) para a EDP é de “compra”, sendo que nenhum analista que cobre a ação recomenda a “venda”. No entanto, o preço-alvo médio situa-se em 5,14 euros, ou seja, menos 3% do que a cotação atual. Já em relação à EDP Renováveis, a recomendação é de “compra” e o preço-alvo de 17,11 euros (com um potencial de desvalorização de 27%). Dada a rápida evolução do desempenho e a altura do ano, os targets poderão ainda não ter sido atualizados.

Paulo Rosa, do Banco Carregosa, acredita que “a tendência verde espelhada no ESG poderá continuar a suportar as empresas de energias renováveis”. Mas Henrique Tomé, da XTB, alerta que “o novo ano, 2021, poderá representar algumas correções nos setores que mais têm estado expostos, como é o caso da EDP Renováveis e da EDP”.

“O retomar da normalidade, assim que a pandemia estiver novamente sob controlo, poderá fazer com que os setores mais fragilizados ao longo do ano passado possam beneficiar com as correções dos setores que mais têm crescido ao longo do ano passado devido à pandemia provocada pela Covid-19″, acrescenta Tomé.

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Warnock vence na Geórgia. Democratas reforçam peso no Senado

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2021

A confirmar-se a eleição dos dois democratas, o partido de Joe Biden reforçaria a vitória, podendo obter o controlo do Senado, no que seria um novo revés para Trump.

O democrata Raphael Warnock venceu as eleições especiais para o Senado dos Estados Unidos na Geórgia, ao bater a senadora republicana Kelly Loeffler, tornando-se no primeiro senador negro na história do estado conservador.

Warnock, cuja vitória foi anunciada pelas cadeias de televisão norte-americanas CNN, CBS e NBC, é pastor na mesma igreja em que Martin Luther King pregou até ser assassinado em 1968, em Atlanta, durante o movimento pelos direitos cívicos dos afro-americanos.

“Esta noite, demonstrámos que com esperança, trabalho duro e pessoas do nosso lado, tudo é possível”, disse Warnock aos apoiantes num discurso virtual.

O outro democrata em liça, Jon Ossoff, também estava à frente na contagem face ao senador republicano cessante, David Perdue, quando estavam contados 95% dos votos, segundo a agência de notícias Associated Press (AP).

Ossoff, com 33 anos, poderá tornar-se o mais jovem senador democrata desde Joe Biden, eleito naquele estado em 1973.

A confirmar-se a eleição dos dois democratas, o partido de Joe Biden reforçaria a vitória, podendo obter o controlo daquela câmara, no que seria um novo revés para o Presidente em exercício, Donald Trump, que continua sem admitir a derrota nas eleições de 03 de novembro.

Com uma dupla vitória na Geórgia, os democratas obteriam 50 lugares no Senado, tal como os Republicanos.

Mas, tal como previsto na Constituição, a futura vice-presidente Kamala Harris teria o poder de “desempatar”, fazendo pender o equilíbrio da balança para os democratas.

Galvanizados pela vitória de Joe Biden naquele estado conservador do sul, a primeira desde 1992, os democratas conseguiram mobilizar os eleitores, particularmente os afro-americanos, a chave para qualquer vitória dos democratas.

Mais de três milhões de eleitores puderam votar antecipadamente, representando cerca de 40% dos recenseados na Geórgia, um número recorde em eleições para o Senado neste estado.

Para o analista do site independente Cook Political Report Dave Wasserman, esta noite de eleições fez recordar as eleições intercalares.

“Foi o que vimos em 2018: muitos eleitores de Trump simplesmente não se mobilizam quando Trump não está no boletim de voto”, escreveu na rede social Twitter.

Também o antigo diretor de campanha de Biden Rufus Gifford escreveu no Twitter: “Nunca pensei que íamos ganhar estas eleições na Geórgia”. “Muito obrigado, Donald Trump”, ironizou.

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BCP tenta anular multa de 60 milhões da Autoridade da Concorrência

  • ECO
  • 6 Janeiro 2021

O BCP avançou com um requerimento em tribunal para que seja anulada a multa aplicada pela Concorrência no âmbito do processo “cartel da banca”. Banco aponta falhas à acusação.

O BCP continua a tentar travar por meio dos tribunais a multa milionária aplicada pela Autoridade da Concorrência ao banco liderado por Miguel Maya e a outras 13 instituições financeiras, por alegada partilha de informação comercial sensível entre si, restringindo a concorrência no mercado de crédito, prejudicando famílias e empresas. A instituição financeira pediu a nulidade do processo, apontando falhas à acusação, revela o Jornal de Negócios (acesso pago).

Em causa está uma coima total de 225 milhões de euros aplicada em setembro de 2019 pela Concorrência a 14 instituições financeiras. O banco comandado por Miguel Maya, que foi multado em 60 milhões, requereu em julho do ano passado que o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, em Santarém, “declare a nulidade da decisão condenatória da AdC, pela omissão de uma análise do contexto económico e jurídico nos termos exigidos pela jurisprudência recente do Tribunal de Justiça da União Europeia“.

Questionado pelo Negócios, o BCP não quis adiantar mas esclarecimentos. Ainda assim, de acordo com o que o mesmo jornal apurou, a instituição invocou um acórdão do Tribunal de Justiça, de abril de 2020, onde é clarificado o conceito de “restrição à concorrência por objeto”.

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Galp dá força a Lisboa em dia de ganhos generalizados na Europa

Praça portuguesa está em alta, seguindo a tendência da generalidade dos índices do Velho Continente. Galp destaca-se à boleia da escalada dos preços do petróleo.

Lisboa está em alta. A praça portuguesa segue a tendência da generalidade dos índices do Velho Continente, animadas pela perspetiva de maior poder de Joe Biden nos EUA. Numa sessão de ganhos generalizados, a Galp Energia destaca-se pela positiva, beneficiando da escalada dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

Com Biden mais perto de controlar a câmara alta do Congresso dos EUA, onde já controla a Câmara de Representantes, é grande o otimismo dos investidores na Europa. Reflexo disso mesmo é a subida de 0,4% do Stoxx 600, sendo que há índices com valorizações mais acentuadas, caso do IBEX-35 que soma mais de 1%. Em Lisboa, o PSI-20 ganha 1,72% para 5.094,84 pontos.

A permitir este forte desempenho da praça portuguesa estão os títulos do setor energético, com a EDP e a EDP Renováveis a recuperarem das quedas da última sessão. A elétrica sobe 2,4%, enquanto a EDP Renováveis ganha mais de 1%. Melhor desempenho só mesmo o da Galp Energia que segue a valorizar 2,45%.

A petrolífera portuguesa dá um forte contributo para a valorização do PSI-20, beneficiando da subida das cotações do petróleo. O Brent, que disparou quase 5% na última sessão, mantém a tendência de ganhos, seguindo a cotar nos 53,70 dólares, isto depois do acordo alcançado no OPEP+ sobre a redução da produção do grupo.

O BCP também apresenta uma valorização de mais de 2%, enquanto Mota-Engil, Ibersol, Semapa e CTT registam, todas, ganhos de mais de 1% numa sessão em que das 18 cotadas apenas a REN e a Novabase seguem inalteradas. Nenhum título cai.

 

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Sustentabilidade é desafio económico para Portugal, diz EY

No estudo “Conhecer os desafios ajuda a encontrar o caminho?”, a EY diz que a pandemia veio "evidenciar a interdependência entre a biodiversidade, as alterações climáticas e a sustentabilidade.

A sustentabilidade é um dos seis grandes temas para o ano de 2021 identificados pela consultora EY no seu mais mais recente estudo “Conhecer os desafios ajuda a encontrar o caminho? Portugal: Desafios para 2021”, que contém 23 análises aos principais desafios económicos que Portugal têm pela frente.

Transição climática, renováveis e hidrogénio verde são alguns dos subtemas da sustentabilidade analisados no relatório. Para João Alves, country managing partner da EY Portugal, “o próximo ano vai trazer dois tipos de desafios: por um lado, vai expor consequências económicas da pandemia que têm vindo a ser mitigadas pelas medidas de apoio do Estado; por outro, vai tornar claro que o mundo pós-pandemia é diferente”.

De todos os desafios apontados no estudo “emerge uma tendência cada vez mais segura: fenómenos globais como as alterações climáticas e uma postura mais atenta das novas gerações estão a traduzir-se numa reorientação das prioridades dos investidores, tornando cada vez mais importante a adoção de estratégias de criação de valor a longo prazo, que atendem às necessidades de todos os stakeholders”, reforça João Alves.

De acordo com o estudo da EY, a pandemia da Covid-19 veio “evidenciar as ligações de interdependência entre a biodiversidade, as alterações climáticas, a sustentabilidade, o bem-estar individual, a saúde pública e a economia, de tal forma que temos vindo a repensar os nossos comportamentos”. É o chamado Eco-Living e cerca de 29% dos consumidores confirmam a intenção de serem mais conscientes sobre as suas ações e o impacto que elas têm no mundo, refere a consultora.

“Este despertar de consciência estende-se à forma como comemos, como nos vestimos, trabalhamos, viajamos ou nos mantemos saudáveis. 2021 transformará aquilo que é hoje uma necessidade — a procura pelo bem-estar — num estilo de vida mainstream”, conclui ainda o estudo. Além da vida privada, a pandemia provocou também mudanças na vida profissional e nas expectativas dos colaboradores, que esperam um maior compromisso por parte dos empregadores — horas de trabalho mais flexíveis, licença remunerada, instalações seguras, formação ou apoio à saúde mental.

Recursos humanos necessários para economia neutra em carbono

Do outro lado da equação, estão as empresas. Aquelas que definam uma agenda para um crescimento resiliente face às alterações climáticas serão vistas com uma perspetiva mais atrativa em termos da sua capacidade de, no longo prazo, resistir a choques sistémicos. “Neste caso, a pandemia Covid-19, em vez de desviar a atenção da necessidade de promover um futuro sustentável, veio reforçar esse imperativo”, refere o relatório da EY.

O documento olha ainda para o setor financeiro, onde os maiores desafios são a rentabilidade e a sustentabilidade, com a oportunidade de alterar o paradigma do modelo de negócio.

“A um nível global, os desafios que o país enfrenta para garantir que possui os recursos humanos necessários para suportar a transição para uma economia neutra em carbono até 2050 são de grande dimensão. Exigem um investimento substancial e estão relacionados, sobretudo, com os setores já em transição como os da energia, da indústria e da construção, setores primário e terciário”, recomenda a EY, apontando várias necessidades.

Com hidrogénio na mira, energia enfrenta transformação

Para começar, o setor da energia é aquele que enfrenta maiores transformações: tem de abandonar não só os recursos fósseis, mas também a maioria dos processos e infraestruturas associados a este modo de produção de energia. A transição para energias renováveis como a solar, a eólica e o hidrogénio requer a requalificação dos trabalhadores de todo o ecossistema deste setor, garantindo que ninguém fica para trás.

Já a indústria precisa de trabalho especializado e qualificado para suportar a transição para tecnologias mais eficientes e desenvolvimento de modos de produção inovadores. É preciso capacitar o setor da construção para fazer face ao problema urgente da reabilitação de edifícios, melhorando a sua eficiência energética. É preciso investir na renovação e qualificação do emprego no setor primário. A agricultura, a floresta e a aquacultura (na produção de algas) representam atividades importantes para a neutralidade carbónica pelo seu potencial de captura de carbono.

Mas são as energias renováveis que têm estado no centro do palco do combate ao efeito das alterações climáticas. O confinamento que resultou da Covid-19 permitiu, de certa forma, antecipar o futuro, no que à contribuição das energias renováveis para a matriz energética diz respeito. A menor procura por eletricidade, aliada ao acesso prioritário à rede deste tipo de fonte, levou à sua maior preponderância em diversas geografias. Durante o período generalizado de confinamento, a contribuição das renováveis ultrapassou 50% da geração total no continente europeu.

“O contexto pandémico levou a que apenas um leilão solar se tenha realizado em 2020, no entanto o setor público tem planos para lançar dois leilões por ano, com uma respetiva atribuição de capacidade de 1GW em cada período anual. Será seguramente um tema fulcral para que seja possível atingir a meta de 80% da capacidade instalada em renováveis até 2030”, lê-se na publicação da consultora.

Outro tema que marcará seguramente o futuro das renováveis é o hidrogénio verde, sublinha a EY: “O atual momento constitui uma oportunidade para construir uma versão descarbonizada do tecido empresarial”.

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Corticeira Amorim dá prémio de 1.000 euros a todos os colaboradores

  • ECO
  • 6 Janeiro 2021

Dos 48,5 milhões de euros em lucros obtidos pelo grupo em 2020, 3,5 milhões de euros foram distribuídos pelos trabalhadores no final do ano.

A Corticeira Amorim decidiu recompensar os seus trabalhadores no final de 2020. Num ano que ficou marcado pela pandemia de Covid-19, a empresa de produtos de cortiça conseguiu atingir lucros de 48,5 milhões de euros, com 3,5 milhões de euros a serem distribuídos pela grande maioria dos trabalhadores que emprega a nível mundial.

A cada um dos 3.500 trabalhadores da empresa foi dado, segundo o Jornal de Negócios (acesso pago), um prémio extraordinário de 1.000 euros, a propósito da celebração dos seus 150 anos de atividade. Tal aconteceu “independentemente das funções exercidas” pelos colaboradores, tendo este valor adicional sido “pago em dezembro”, revelou fonte oficial da Corticeira Amorim.

A empresa justificou esta decisão pelo facto de considerar que 150 anos de história merecem ser devidamente assinalados, “independentemente das circunstâncias particularmente difíceis e atípicas em que desenvolve a sua atividade atualmente”.

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IEFP pede licenciatura a formadores de cabeleireiros, costureiros ou cozinheiros

  • ECO
  • 6 Janeiro 2021

IEFP lançou 394 vagas para admitir formadores, mas o concurso exige que os candidatos tenham uma licenciatura, pelo que a APF alerta que cabeleireiros, costureiros ou cozinheiros podem ficar de fora.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) lançou 394 vagas a termo resolutivo para admitir formadores ao abrigo do Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários da Administração Pública. Contudo, o concurso exige que os formadores tenham licenciatura, pelo que a Associação Portuguesa de Formadores (APF) alerta que este critério pode deixar muitos formadores de fora, nomeadamente os que dão cursos de estética, cabeleireiro, cozinheiro ou costureiro e que não têm esse nível de ensino superior, avança o Público (acesso pago).

Há vagas para as quais os formadores não podem concorrer porque não têm licenciatura que nunca foi um requisito para dar formação e não deveria ser um requisito do concurso”, aponta a presidente interina da associação, ao Público, exigindo a anulação desta exigência — que não pode ser substituída por formação ou cursos profissionais — nos procedimentos concursais que estão a decorrer desde 21 de dezembro.

As 394 vagas dividem-se pelas áreas de formação base (222) e de formação tecnológica (172), sendo que é nesta última que se coloca o problema exposto pela AFP, já que inclui formação na área de cuidados de beleza, floricultura, reparação de veículos, metalurgia, costura ou cozinha. Nesse sentido, a associação entregou uma carta à ministra do Trabalho a pedir uma audiência para debater esta questão.

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Hoje nas notícias: cartel da banca, salários e IEFP

  • ECO
  • 6 Janeiro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Na banca, o BCP avançou com um requerimento em tribunal para que seja anulada a multa aplicada pela Concorrência no âmbito do processo “cartel da banca”. Já no plano empresarial, um estudo desenvolvido pela consultora Mercer aponta que os CEO das empresas ganham, em média, dez vezes mais do que os trabalhadores, ao passo que os trabalhadores da Corticeira Amorim receberam um prémio extraordinário de 1.000 euros. Ao mesmo tempo, o IEFP lançou concursos para admitir 394 formadores a termo resolutivo mas está a exigir licenciatura a quem dá formação na área de estética, costura ou cozinha.

BCP tenta anular multa de 60 milhões da Autoridade da Concorrência

O BCP continua a tentar travar por meio dos tribunais a multa milionária aplicada pela Autoridade da Concorrência ao banco liderado por Miguel Maya e a outras 13 instituições financeiras, por alegada partilha de informação comercial sensível entre si, restringindo a concorrência no mercado de crédito, prejudicando famílias e empresas. BCP pediu a nulidade do processo, invocando a “omissão de uma análise do contexto económico e jurídico nos termos exigidos pela jurisprudência recente do Tribunal de Justiça da União Europeia”, segundo a informação presente no relatório e contas dos primeiros nove meses de 2020 do banco. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Trabalhadores da Corticeira Amorim recebem prémio extraordinário de 1.000 euros

A propósito da celebração dos seus 150 anos em 2020, a Corticeira Amorim recompensou, no final do ano, os seus cerca de 3.500 colaboradores com um prémio adicional no valor de 1.000 euros. Isto num ano em que, apesar da pandemia, a empresa de produtos de cortiça conseguiu atingir lucros de 48,5 milhões de euros. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso condicionado).

CEO ganham dez vezes mais que colaboradores

Um estudo desenvolvido pela Mercer, respeitante ao ano de 2020 e desenvolvido em contexto nacional, mostra como, em média, os presidentes executivos (CEO) das empresas ganham dez vezes mais do que os trabalhadores das mesmas. A análise mostra ainda como as mulheres continuam sub-representadas na liderança de empresas de grandes dimensões, com 85% dos ocupantes de cargos administrativos de topo e em órgãos de fiscalização a serem do género masculino e sendo-lhes auferido, em média, um salário superior em 20% do que às mulheres que ocupam posições semelhantes. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (link indisponível).

IEFP exige licenciatura a formadores da área de estética, costura ou cozinha

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) lançou 394 vagas a termo resolutivo para admitir formadores ao abrigo do Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários da Administração Pública. Contudo, o concurso exige que os formadores tenham licenciatura, pelo que a Associação Portuguesa de Formadores alerta que este critério pode deixar muitos formadores de fora, nomeadamente os que dão cursos de estética, cabeleireiro, cozinheiro ou costureiro e que não têm esse nível de ensino superior. “Há vagas para as quais os formadores não podem concorrer porque não têm licenciatura que nunca foi um requisito para dar formação e não deveria ser um requisito do concurso”, aponta a presidente interina da associação, ao Público, exigindo a anulação desta exigência nos procedimentos concursais que estão a decorrer desde 21 de dezembro. Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Dezenas de clubes de futebol sob suspeita de auxílio a imigração ilegal

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) tem, neste momento, a decorrer investigações sobre 40 clubes de futebol, por suspeitas de ajuda à imigração ilegal e ao tráfico de seres humanos. Neste momento, existem já 36 arguidos a propósito deste processo, com vários dirigentes, empresários e atletas desses mesmos clubes a terem sido identificados por suspeitas de falsificação de documentos e de criação de contratos fictícios. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

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Costa contra vacinação de líderes em primeiro lugar. O que se está a fazer lá fora?

Do primeiro-ministro da Grécia ou da República Checa, passando pelo ministro da Saúde da Bulgária e até ao vice-presidente dos EUA, há já 10 líderes mundiais que receberam a vacina contra a Covid-19.

Há pouco mais de uma semana arrancou a campanha de vacinação contra a Covid-19 em simultâneo na Europa, depois de a Agência Europeia do Medicamento ter dado “luz verde” à vacina desenvolvida pela Pfizer em conjunto com a BioNTech. Antes disso, muito se falou dos grupos prioritários que iriam dar início àquele que é um dos grandes desafios à escala mundial. E se em Portugal a task force optou por começar a vacinar os profissionais de saúde e profissionais e residentes em lares, noutros países estes grupos divergem. Há quem ponha os políticos no grupo da frente.

Em entrevista à Lusa, António Costa diz que foi a “opção correta” não começar a vacinação pelos primeiros-ministros ou presidentes, defendendo igualmente os critérios estabelecidos pela task force, que definem os momentos da vacinação de cada um, por razões de doença, idade, ou funções exercidas, tendo também em conta as quantidades que vão sendo disponibilizadas.

Ao contrário do que acontece em Portugal, noutros países europeus, bem como fora do Velho Continente foram vários os líderes políticos que quiserem dar um sinal de “confiança” aos seus cidadãos.

No Reino Unido, o primeiro-ministro, Boris Johnson, admitiu receber a vacina em direto, por forma a demonstrar que é “segura”, ao passo que na Índia o Governo assegurou que o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, seria o primeiro a tomar a injeção quando esta estiver disponível do país, revela o Hindustan Times (acesso livre, conteúdo em inglês). Contudo, há já 10 líderes mundiais que cumpriram a “promessa”. Do primeiro-ministro da Grécia ou da República Checa, passando pelo ministro da Saúde da Bulgária e até ao vice-presidente dos Estados Unidos, conheça as altas figuras que já receberam a vacina contra a Covid-19.

Grécia

Na Grécia, os profissionais de saúde e os residentes em lares foram os primeiros a serem vacinados. Ainda assim, a altas figuras do Estado quiseram transmitir confiança, pelo que também no dia 27 de dezembro — dia em que arrancou a vacinação em toda a União Europeia –, o primeiro-ministro grego foi dos primeiros a ser vacinado. “Não doeu nada”, assegurou, Kyriakos Mitsotakis. Ao Chefe de Governo juntou-se também a Presidente grega Aikaterini Katerina Sakellaropoulou, que garantiu que o melhor presente de Natal de 2020 tinha sido oferecido pela ciência. “Neste Natal, a ciência deu-nos o melhor presente“, disse.

Chipre

No Chipre, os idosos foram os primeiros a “aparecerem” na fotografia a serem vacinados. Um dia depois de o país dar o “tiro” de partida da campanha de vacinação, também o presidente cipriota, Nicos Anastasiades, recebeu a injeção da Pfizer/BioNTech, numa tentativa de diminuir os receios da população em relação à segurança deste medicamento. A primeira toma foi transmitida em direto nas televisões, tendo o Chefe de Governo descrito o momento como “um presente da vida” e assegurando que este é mais um passo para que haja esperança para o fim da pandemia, segundo a Euronews (acesso livre, conteúdo em inglês).

Bulgária

Tal como em Portugal, na Bulgária os profissionais de saúde que estão na linha da frente de combate à pandemia fazem parte do grupo prioritário. Ainda assim, o ministro da Saúde búlgaro quis dar o exemplo. De máscara na cara e com a manga esquerda da camisola arregaçada, Kostadin Angelov tornou-se no primeiro vacinado do país, sob forte aparato da comunicação social. “Mal posso esperar para ver meu pai de 70 anos sem preocupações”, disse o ministro, após ter recebido a injeção no no hospital de St Anna, em Sófia.

República Checa

Lado a lado com a veterana da II Guerra Mundial, Emilie Repikova, o primeiro-ministro checo recebeu a injeção contra a Covid-19, tornando-se na primeira pessoa do país a recebê-la. O momento aconteceu no hospital militar de Praga e, tal como sucedeu no Chipre, foi transmitido em direto pelas televisões, revela a Euronews (acesso livre, conteúdo em inglês). “Ontem vi uma senhora dizer na televisão que não ia ser vacinada enquanto o primeiro-ministro não fosse”, justificou Andrej Babis.

Israel

Fora no bloco comunitário, também o primeiro-ministro israelita quis dar o exemplo, tornando-se no primeiro cidadão do país a receber a vacina. Benjamin Netanyahu foi vacinado a 18 de dezembro, sendo que um dia depois de o país do Médio Oriente ter arrancado com o plano de vacinação, que começou pelos profissionais de saúde e residentes em lares, revela a Associated Press (acesso livre, conteúdo em inglês). “Eu acredito nesta vacina”, disse o Chefe de Governo antes de receber a injeção da Pfizer/BioNTech no Sheba Medical Center, perto de Tel Aviv. Horas depois, também o ministro da Saúde israelita, Yuli Edelstein, foi vacinado.

Estados Unidos da América

Os Estados Unidos estão a viver uma situação verdadeiramente dramática, com os casos de infeção por Covid-19 a dispararem de dia para dia e os hospitais perto do colapso, dada a enchente de pacientes nos últimos dias. Com mais de 20 milhões de infetados e mais de 353 mil óbitos registados pela doença, os líderes políticos quiseram aumentar a confiança pública na segurança das vacinas, que foi prejudicada por seu rápido desenvolvimento e aprovação. O vice-Presidente norte-americano, Mike Pence, foi o primeiro a dar o “mote”, tendo sido vacinado a 18 de dezembro, — isto é, quatro dias depois da campanha de vacinação ter arrancado no país –, durante um evento na Casa Branca, transmitido em direto pela televisão. Pence disse estar “feliz por ter recebido uma vacina segura e eficaz”.

Quatro dias depois, a 22 de dezembro, foi a vez de Joe Biden ser vacinado contra o novo coronavírus, em Delaware, também em direto para as televisões. No final da vacinação, o democrata e futuro presidente dos EUA afirmou que a administração de Donald Trump merece “algum reconhecimento por ter posto isto em andamento”. Além disso, também Kamala Harris, futura vice-presidente norte-americana, já tomou a injeção da Moderna, num hospital de Washington D.C e transmitido em direto para o Youtube. “Quero encorajar a todos a tomar a vacina. É relativamente indolor, rápido e seguro”, apontou.

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BCP muda liderança do ActivoBank após renúncia de CEO

Ricardo Campos liderava banco digital do BCP desde maio de 2019, mas saiu no final do ano passado para iniciar negócio pessoal. Administrador António Bandeira será o sucessor.

Há mudanças na liderança do ActivoBank, o banco digital do BCP BCP 0,03% . Ricardo Campos, que tinha sido nomeado CEO em 2019, renunciou ao cargo no final do ano passado para desenvolver um negócio em nome pessoal, dois anos antes do fim do mandato. Para o seu lugar vai ser indicado António Bandeira, que já é administrador do ActivoBank.

“Ricardo Campos saiu por sua iniciativa, com o propósito de iniciar um projeto empresarial próprio. Quem o substituirá será António Bandeira, que já é administrador do ActivoBank”, adiantou o BCP em resposta a questões colocadas pelo ECO.

Após a saída de Dulce Mota para o Banco Montepio, no final de 2018, o banco liderado por Miguel Maya designou o nome de Ricardo Campos para liderar o ActivoBank em maio de 2019. Com o mandato dos atuais órgãos sociais a terminar apenas em 2022, o responsável decidiu agora antecipar o seu final por sua decisão.

O ActivoBank é uma espécie de “ponta-de-lança” do BCP para captar clientes do segmento mais jovem e com maior utilização das novas tecnologias. Nos últimos três anos, o capital do banco digital foi aumentado em 83 milhões de euros, passando dos 17,5 milhões em 2018 para os atuais 101 milhões, para acompanhar forte crescimento do negócio (e necessidade de reforçar os rácios) e em função da própria aposta do BCP.

Evolução do capital do ActivoBank

Fonte: ActivoBank

Aliás, o banco mantém a ideia de criar o valor com ActivoBank, encontrando-se a avaliar “o seu potencial de internacionalização”, de acordo com o que afirma no relatório e contas trimestrais.

Contudo, antes de ser a bandeira do BCP no mercado de retalho digital, o ActivoBank passou por um período de maior indefinição. Em 2014, quando o BCP estava em profunda reestruturação na sequência da crise da dívida, esteve perto de ser vendido, mas as negociações com o fundo Cabot Square acabaram por não chegar a um bom porto.

O banco digital chegou a setembro de 2020 com lucros de cerca de 8,6 milhões de euros, acima dos 8,3 milhões alcançados no mesmo período de 2019.

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5 coisas que vão marcar o dia

Regulador europeu decide-se sobre vacina da Moderna. Parlamento vota renovação do estado de emergência. Governo e sindicatos reúnem-se para discutir aumentos na Função Pública.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) deverá tomar uma decisão sobre a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Moderna. O Parlamento vota renovação do estado de emergência até dia 15. Há nova reunião entre Governo e sindicatos para discutir aumentos da Função Pública. Com vista às eleições presidenciais de 24 de janeiro, há nova ronda de debates na televisão entre os candidatos. Nos EUA, o Congresso reúne-se para realizar a certificação final e oficial dos votos do Colégio Eleitoral, último passo para validar a vitória de Joe Biden.

Regulador europeu decide-se sobre vacina da Moderna

Enorme expectativa em redor da EMA, que deverá tomar uma decisão relativamente à vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Moderna. O regulador disse esta terça-feira que estava a “trabalhar arduamente” para esclarecer questões pendentes com a farmacêutica para tentar dar luz verde à nova vacina, depois de aprovada a vacina da Pfizer.

Parlamento vota renovação do estado de emergência

O Parlamento vai discutir o relatório sobre a aplicação da Declaração do Estado de Emergência no período de 9 a 23 de dezembro de 2020. Posteriormente, os deputados vão discutir e votar o pedido de autorização da renovação do estado de emergência até dia 15, sendo expectável que PS e PSD continuem a viabilizá-lo.

Governo reúne com Função Pública sobre aumentos

O secretário de Estado da Administração Pública reúne esta manhã com Frente Comum, Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e Federação de Sindicatos da Administração Pública para negociar aumentos salariais para 2021. Na segunda-feira, o Governo propôs aos sindicatos aumentos de 20 euros para a quarta posição da Tabela Remuneratória Única (que é o “salário mínimo” da Função Pública) e de dez euros para a quinta posição. Os sindicatos referem que o secretário de Estado admitiu avaliar “melhoria”.

Prosseguem debates entre candidatos presidenciais

Com vista às eleições presidenciais de 24 de janeiro, há nova ronda de debates na televisão entre os vários candidatos. Marcelo Rebelo de Sousa e André Ventura vão à SIC às 21h00. Às 22h00, a TVI 24 coloca frente-a-frente João Ferreira e Tiago Mayan. Depois, às 22h45, há debate entre Vitorino Silva e Ana Gomes na RTP 3.

Congresso dos EUA valida vitória de Biden

O Congresso norte-americano reúne-se para realizar a certificação final e oficial dos votos do Colégio Eleitoral, o último passo para validar a vitória presidencial do candidato democrata, Joe Biden, que tomará posse como 46.º Presidente dos EUA em 20 de janeiro.

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