Fatura da luz veio sem desconto? Apoio do Governo chega a partir de 15 de fevereiro

As comercializadoras vão fazer chegar o apoio o mais rapidamente aos seus clientes, antes mesmo de receberem o valor do operador de rede de distribuição e do Fundo Ambiental, sabe o ECO/Capital Verde

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) publicou, esta sexta-feira, uma instrução que determina que o valor anunciado pelo Governo, para ajudar a pagar a conta da luz das famílias na primeira metade do mês de janeiro de 2021, “deverá ser repercutido na fatura ao cliente final abrangido pela medida, pelo comercializador, para faturações emitidas a partir de 15 de fevereiro de 2021”.

Ou seja, se a sua fatura de eletricidade relativa a janeiro já chegou por correio ou por e-mail mas o respetivo apoio prometido pelo primeiro-ministro, António Costa, ainda não está refletido sob a forma de desconto, saiba que o mesmo deverá chegar apenas na fatura seguinte, no final de fevereiro ou início de março.

Na prática, as comercializadoras vão fazer chegar o apoio o mais rapidamente aos seus clientes, antes mesmo de receberem o valor do operador de rede de distribuição e do Fundo Ambiental, sabe o ECO/Capital Verde. O Governo estima que o custo total deste regime de apoio extraordinário ascenda a cerca de 10,5 milhões de euros, suportados por verbas do Fundo Ambiental, a transferir para o Sistema Elétrico Nacional.

Fonte oficial da EDP Comercial, que tem quatro milhões de clientes em mercado livre, explicou ao ECO/Capital Verde que todos os dias do mês há clientes a receberem faturas, dependendo das datas de celebração dos contratos, e garantiu que a partir de 15 de fevereiro todas as faturas emitidas pela empresa terão incluído o desconto direto correspondente a cada caso. O mesmo se aplica a quem tem Conta Certa, que não terá de esperar pelo fim do ano para ter acesso ao apoio do Governo.

No caso de uma família com potência contratada de 3,45 kVA, o apoio extraordinário na fatura da luz relativo aos primeiros 15 dias de janeiro será de apenas 1,18 euros (7,87 cêntimos por dia vezes 15 dias). Já para quem tem a potência mais alta, de 6,9 kVA a ajuda estatal será de 2,36 euros (15,73 euros por dia).

Relativamente aos consumidores vulneráveis (com tarifa social), o apoio será dado pelo período de vigência do confinamento geral, com o limite de 30 dias, até ao dia 13 de fevereiro de 2021. Fazendo as contas, uma família com tarifa social de eletricidade e uma potência contratada de 3,5 kVA terá um desconto de 2,36 euros ao fim de 30 dias de confinamento. Com uma potência contratada de 6,9 kVa, a mesma família carenciada pagará menos 4,71 euros em 30 dias em casa.

No que diz respeito ao consumo de energia elétrica, o Executivo criou um apoio extraordinário que se destina aos consumidores vulneráveis, abrangidos pela tarifa social de eletricidade, e aos consumidores domésticos, abastecidos em baixa tensão normal, com uma potência contratada igual ou inferior a 6,9 kVA. No caso destes últimos, 5,2 milhões de consumidores, o apoio diz respeito aos primeiros 15 dias de janeiro, quando as temperaturas anormalmente baixas fizeram bater recordes no consumo de energia elétrica em Portugal.

Na instrução, a ERSE diz que “cabe aos comercializadores a identificação dos consumidores domésticos abrangidos, considerando que detêm a melhor informação sobre os seus clientes, tendo por base a informação registada nos seus sistemas de informação, conjugada com a informação do registo do ponto de entrega”.

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Sócrates sabe se vai a julgamento a 19 de fevereiro

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

A decisão instrutória da Operação Marquês, cujo principal arguido é o ex-primeiro-ministro José Sócrates, está marcada para 19 de fevereiro, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

A decisão instrutória da Operação Marquês, cujo principal arguido é o ex-primeiro-ministro José Sócrates, está marcada para 19 de fevereiro, disse à Lusa fonte ligada ao processo. Seis anos depois da detenção de Sócrates, por suspeitas de crimes económico-financeiros, a decisão de levar ou não os 28 arguidos a julgamento será conhecida a 19 de fevereiro.

A fase de instrução, pedida por 19 dos arguidos, começou em 28 de janeiro de 2019, sob a direção do juiz Ivo Rosa, do Tribunal Central de Instrução Criminal, que está em exclusividade no processo desde 03 de novembro de 2018.

Um ano e três meses depois, em março deste ano, teve início o debate instrutório, que terminou em 2 de julho, aguardando-se agora a decisão judicial sobre o julgamento. O juiz irá ler uma súmula da decisão numa audiência pública, que decorrerá numa sala do tribunal criminal de Lisboa, no Campus de Justiça.

No último dia do debate instrutório, o juiz Ivo Rosa destacou a enorme volumetria e complexidade do processo: 146 volumes, 56.238 folhas, às quais se juntam 4.895 folhas entregues na fase de instrução, que teve mais de 39 horas de alegações.

Num processo com 28 arguidos (19 pessoas e nove empresas), foram realizados na fase de instrução 11 interrogatórios a arguidos e inquirição de 44 testemunhas, o que perfaz mais 133 horas. Além da análise dos elementos de prova, ao tribunal foram colocadas 73 questões jurídicas, entre nulidades processuais, questões sobre inconstitucionalidade e de enquadramento jurídico-penal, a somar aos oito pareceres jurídicos, num total de 1.074 folhas.

A acusação do Ministério Público, elaborada por sete procuradores, é composta por 11 volumes [5.036 folhas], 14.084 segmentos de factos e 189 crimes, dos quais 31 ilícitos penais atribuídos ao ex-primeiro-ministro.

José Sócrates, que esteve preso preventivamente, está acusado de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal qualificada. A acusação sustenta que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no GES e na PT, bem como para garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios, nomeadamente fora do país, do Grupo Lena.

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Estas são as regras para viajar de e para Portugal

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

A partir de domingo há novas regras para quem quiser chegar ou partir de Portugal. Saiba quais.

Passageiros que cheguem por via área a Portugal de países da União Europeia com mais de 150 casos de covid-19 por 100.000 habitantes terão de apresentar teste, ficando em quarentena se os casos ultrapassarem os 500 por 100.000 habitantes.

Em comunicado, divulgado esta sexta-feira, o Ministério da Administração Interna explica as regras que entram em vigor no domingo, aprovadas no Conselho de Ministros de quinta-feira e que contemplam o autoconfinamento (proibição de sair do país) e a reposição do controlo de fronteiras, com suspensão de viagens de comboio e de barco.

Em relação à União Europeia, não há restrições para países com menos de 150 casos por 100 mil habitantes, como a Finlândia ou a Noruega, mas pessoas provenientes de países como a Alemanha, Bélgica, França, Itália ou Países Baixos, que têm entre 150 a 500 casos de covid-19 por 100 mil habitantes, terão de apresentar comprovativo de realização de teste covid-19 com resultado negativo realizado nas 72 horas anteriores.

Já passageiros provenientes de países com mais de 500 casos por 100 mil habitantes, como a Espanha ou a Irlanda, terão de apresentar o teste negativo mas também terão de ficar durante 14 dias em quarentena, em domicílio ou em local indicado pelas autoridades portuguesas de saúde.

Neste caso excetuam-se viagens essenciais cujo período de permanência não exceda as 48 horas.

Em relação aos voos de países de fora da União Europeia são definidas três categorias. Para voos de países seguros (lista da Recomendação do Conselho da União Europeia) é exigido o comprovativo de realização de teste negativo. Para voos de todos os outros países só são permitidas viagens essenciais e sempre com comprovativo de teste.

Em relação ao Brasil e ao Reino Unido mantém-se a suspensão de voos até 14 de fevereiro, com exceção de voos de repatriamento.

O Ministério da Administração Interna lembra que a medida de autoconfinamento, a partir das 00:00 de domingo, se deve à evolução da situação epidemiológica a nível mundial, o aumento de casos em Portugal e a deteção de novas estirpes de vírus.

E frisa que ficam proibidas as saídas de portugueses do país, seja por terra, mar ou ar, explicando que há algumas exceções, relacionadas com trabalho, regresso a casa, transporte de correio e de mercadorias e fins humanitários e de emergência.

Também a partir de domingo e até 14 de fevereiro é reposto o controlo de pessoas nas fronteiras, como aconteceu em março de 2020, pelo que é limitada a circulação entre Portugal e Espanha, em pontos de passagem autorizados, a transporte de mercadorias, trabalho, e veículos de emergência e socorro e serviço de urgência.

É suspensa a circulação ferroviária entre Portugal e Espanha exceto para transporte de mercadorias e também é suspenso o transporte fluvial.

No comunicado, o Governo explica que há oito pontos de passagem permanentes (24 horas por dia), cinco pontos de passagem autorizados nos dias úteis das 07:00 às 09:00 e das 18:00 às 20:00, e um ponto de passagem autorizado (Rio de Onor) às quartas-feiras e aos sábados das 10:00 às 12:00.

Os oitos pontos permanentes são em Valença, Vila Verde da Raia, Quintanilha, Vilar Formoso, Marvão, Caia, Vila Verde e Castro Marim.

Os cinco pontos de passagem nos dias úteis são Monção, Miranda do Douro, Termas de Monfortinho, Mourão e Barrancos.

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Diretora do Centro Distrital da Segurança Social de Setúbal demite-se depois de polémica com vacinação

A diretora estará entre um grupo de 126 funcionários do ISS de Setúbal escolhidos para receber a vacina contra a Covid-19.

A Diretora do Centro Distrital de Setúbal do Instituto da Segurança Social (ISS), Natividade Coelho, apresentou o pedido de demissão esta sexta-feira, de acordo com comunicado enviado às redações. Segundo avançou a SIC, a diretora está entre um grupo de 126 funcionários do ISS de Setúbal escolhidos para receber a vacina contra a Covid-19.

“O pedido foi aceite pelo Conselho Diretivo do Instituto da Segurança Social e produz efeitos na próxima segunda-feira”, revela o comunicado do ISS.

A SIC avançou que 126 funcionários do ISS de Setúbal foram vacinados contra a covid-19, estando a Natividade Coelho, diretores de unidade e diretores de núcleos nesse grupo. A nota do ISS relembra que na quinta-feira foi aberto “um processo de averiguações urgente com vista ao apuramento dos factos que determinaram a vacinação de funcionários no Centro Distrital de Setúbal e eventuais responsabilidades, aguardando-se as respetivas conclusões”.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo confirmou à agência Lusa a vacinação indevida das 126 pessoas, mas não assumiu responsabilidade no sucedido.

Este é um dos casos polémicos relacionados com a vacinação antes do que estaria previsto. Também no INEM foram vacinadas pessoas fora do tempo, pois além dos profissionais de saúde, também diretores, assessores, administradores e informáticos receberam a vacina contra a Covid-19.

(Notícia atualizada às 19h41)

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OMS preocupada com restrições da UE a exportações de vacinas

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

OMS considera que restrições não vão beneficiar a "saúde global", e em particular os mais pobres que estão em desvantagem no acesso às vacinas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou, esta sexta-feira, “muito preocupante” as restrições da União Europeia à exportação de vacinas para a Covid-19, advogando que não vão beneficiar a “saúde global”, e em particular os mais pobres.

“É muito preocupante quando qualquer país ou bloco começa a restringir a movimentação de bens de uso público“, afirmou a vice-diretora geral da OMS Mariângela Simão, na habitual videoconferência de imprensa da organização, a partir da sede, em Genebra, na Suíça.

Segundo a responsável pela área do Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos, “essas restrições não irão beneficiar a saúde global e poderão prejudicar os esforços globais para garantir o acesso equitativo” a um “bem público mundial”.

A Comissão Europeia adotou, esta sexta-feira, um mecanismo de controlo das exportações de vacinas para a Covid-19 no espaço comunitário para assegurar que as doses contratualizadas pelas farmacêuticas cheguem o mais rápido possível aos Estados-Membros da União Europeia. A partir de sábado, as farmacêuticas que queiram exportar doses de vacinas contra a Covid-19 terão que pedir autorização ao respetivo Estado-Membro.

Na origem desta decisão está o anúncio da farmacêutica britânica AstraZeneca de que estaria em condições de garantir apenas um quarto das doses contratadas pela União Europeia.

“O que nos preocupa é o impacto destas restrições nos mais pobres”, afirmou o epidemiologista e consultor sénior do diretor-geral da OMS, Bruce Aylward, assinalando que os países mais pobres “estão em grande desvantagem” no acesso às vacinas, por falta de recursos económicos, comparativamente aos mais ricos, que “conseguem encontrar alternativas”.

“Não gostaríamos de ver complicações adicionais”, frisou, reconhecendo haver “muita frustração, deceção” em relação às “muitas promessas” no acesso universal às vacinas para a Covid-19.

Bruce Aylward disse, na videoconferência de imprensa, que as farmacêuticas, apesar de estarem a “trabalhar para maximizar a produção” de vacinas e a “tentar honrar os seus contratos”, nem sempre “conseguem cumprir o que prometeram”. “Isso não quer dizer que tudo irá parar, as vacinas continuarão [a ser produzidas], mas talvez não a um nível que esperávamos”, assumiu.

O mecanismo comunitário de controlo de exportação de vacinas para a Covid-19 – que se aplica de 30 de janeiro a 31 de março – prevê exceções da necessidade de exportação para 92 países, incluindo os da Associação de Livre Comércio Europeu, os chamados de vizinhança da Europa de Leste e Norte de África, dos Balcãs Ocidentais e outros 92 países integrados na lista da iniciativa global Covax, promovida pela OMS e que visa fazer chegar vacinas aos países mais pobres.

As restrições aplicam-se às três vacinas já autorizadas para o espaço comunitário: Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca/Oxford, esta última aprovada pelo regulador europeu do medicamento.

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Desemprego surpreendeu. Mas o que explica a descida da taxa no meio da pandemia?

A taxa de desemprego terá ficado nos 6,5% em dezembro, surpreendendo até os mais otimistas. O que explica esta melhoria perante o agravamento da pandemia? O ECO foi à procura de respostas.

A taxa de desemprego terá encolhido pelo quarto mês consecutivo em dezembro, de acordo com os dados provisórios divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Surpreendido? Até os mais otimistas parecem ter sido ultrapassados pela realidade e o próprio Governo utiliza a resiliência do mercado de trabalho para justificar o porquê do défice ter ficado abaixo da “meta” em 2020. Contudo, perante o agravamento da pandemia já no final do ano, como se justifica a melhoria da taxa de desemprego? O ECO foi à procura de respostas.

Focando apenas em dezembro, a justificação é simples de dar: “Estamos perante a mesma situação do segundo trimestre de 2020 em que há uma diminuição da taxa de desemprego por causa do aumento da inatividade porque há menos pessoas à procura de emprego“, explica João Cerejeira, economista do trabalho, ao ECO. Os dados do INE indicam que a população inativa aumentou significativamente por causa da subida do número de pessoas que não procuram emprego ativamente. Este fenómeno registou-se com mais força em meses de confinamento como abril e maio, depois diminuiu mas voltou em dezembro com o aumento das restrições, como mostra este gráfico.

O aumento da população inativa levou a uma diminuição da população ativa sobre a qual é calculada a taxa de desemprego (número de desempregados/população ativa). Como o aumento do número de desempregados (à procura de emprego) foi inferior à diminuição da população ativa, a taxa desceu em vez de subir, como alguns poderiam esperar. Cerejeira explica que o problema passa pela “perceção e o volume de ofertas”, que terá diminuído no final de 2020, o que desincentiva a procura por emprego, ainda que em dezembro as restrições não o impedissem.

Esta é uma questão estatística, tal como faz questão de explicar o gabinete de estatística no destaque desta sexta-feira: “Pessoas anteriormente classificadas como desempregadas e pessoas que efetivamente perderam o seu emprego foram (corretamente, do ponto de vista estatístico) classificadas como inativas caso não tenham feito uma procura ativa de emprego, devido às restrições à mobilidade, à redução ou mesmo interrupção dos canais normais de informação sobre ofertas de trabalho”. Mais: “Também a não disponibilidade para começar a trabalhar na semana de referência ou nos 15 dias seguintes, caso tivessem encontrado um emprego, levou à inclusão na população inativa“, detalha o INE.

Este efeito deverá explicar o porquê de a taxa de desemprego diminuir até em termos homólogos (tinha sido de 6,7% em dezembro de 2019), tal como ocorreu em maio de 2020 (5,6% face aos 6,3% de maio de 2019). Contudo, é de notar que este é o valor mensal e não corresponde à taxa de desemprego oficial de 2020. Essa só será divulgada mais tarde pelo INE quando divulgar os dados do emprego no quarto trimestre.

Olhando para a população empregada, vê-se que a recuperação do mercado de trabalho — com efetiva criação de emprego desde agosto — acabou em dezembro. Em novembro, havia 4.803.700 pessoas empregadas em Portugal, mas no mês seguinte caiu para 4.793.400 pessoas, menos 10 mil, o que inverte a tendência de recuperação que se registava desde o verão.

Até novembro, a recuperação era justificada pela forte retoma da economia no terceiro trimestre, cujos números surpreenderam pela positiva tanto os economistas como o Governo. Além disso, o quarto trimestre também não terá sido tão mau quanto alguns antecipavam por causa das restrições. O agora governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, indicou em entrevista à RTP1 que o nível de atividade económica deverá ter ficado “em linha” com a do terceiro trimestre.

Porém, a queda da população empregada em dezembro não teve reflexo na população desemprega, a qual continuou a cair para 331,1 mil pessoas, abaixo das 368,9 mil pessoas em novembro. Como já explicado em cima, esta redução deverá ser explicada pela ida de muitos desempregados para a população inativa uma vez que não procuraram ativamente emprego. Ou seja, na realidade há mais desempregados do que há um ano (até porque há menos postos de trabalho), mas estatisticamente não são captados como tal.

Mercado de trabalho resiliente por causa dos apoios

No início da crise pandémica, as previsões para a taxa de desemprego eram mais graves, antecipando uma forte subida dada a queda do PIB na ordem dos 8%. Mas os números do mercado de trabalho acabaram por ficar distantes da queda económica principalmente por causa dos apoios públicos como o lay-off simplificado. O próprio Governo ficou surpreendido pela positiva com a resiliência do mercado de trabalho e a taxa de desemprego final deverá ficar abaixo dos 8,7% que antecipava em outubro e mais próxima das previsões de dezembro do BdP (7,2%) e da OCDE (7,3%).

O Banco de Portugal fez essa ligação entre os apoios e a contenção do desemprego no boletim económico de outubro: “O impacto negativo no emprego foi mitigado pela implementação de medidas de apoio às empresas visando a manutenção dos postos de trabalho”, escrevia o banco central. Em dezembro, no mais recente boletim económico, o BdP explicava que “para além das medidas de apoio ao emprego e do recurso ao teletrabalho, a evolução da taxa de desemprego foi mitigada na primeira metade do ano pelo aumento da inatividade“.

O próprio INE destacou esta sexta-feira o papel desses apoios nos números do desemprego: “As medidas adotadas pelo Governo no contexto da pandemia abrangeram um grande número de pessoas que, mesmo estando ausentes do trabalho, nomeadamente em regime de layoff, por uma duração prevista superior a três meses, foram classificadas como empregadas por continuarem a auferir um salário superior a 50% do habitual”.

É de notar ainda que a diminuição da taxa de desemprego também se tem verificado na Zona Euro — onde foram aplicados apoios semelhantes ao lay-off através do financiamento do SURE, o programa de apoio ao emprego da Comissão Europeia –, passando de 8,7% em julho para 8,3% em novembro. Os dados europeus provisórios relativos a dezembro serão divulgados no início da próxima semana.

A situação parece não ser tão negra quanto apregoado no início da crise pandémica, mas os economistas têm avisado que esta tendência pode inverter-se, uma perspetiva que foi reforçada com o novo confinamento iniciado em janeiro. Inicialmente, este fenómeno da inatividade até poderá continuar a levar a uma queda da taxa de desemprego em janeiro, admite Cerejeira, dado que as restrições à circulação são agora mais severas. O IEFP já fez notar aos desempregados que têm de continuar à procura de emprego pela internet, o que se for cumprido coloca-os no radar do INE.

Emprego à espera da “retoma rápida”

Quanto ao médio prazo, tudo dependerá de quanto tempo durarão as restrições mais apertadas para controlar a pandemia e também da força da recuperação económica deste ano. Se 2021 ficar abaixo das expectativas, o mercado de trabalho pode ressentir-se, tal como já antecipam a OCDE e o Banco de Portugal ao estimarem uma taxa de desemprego em 2021 superior à de 2020, ao contrário das expectativas iniciais do Governo.

A incerteza continua a ser elevada, daí que João Cerejeira não arrisque dizer se o mercado de trabalho vai conseguir resistir ao novo confinamento como em 2020. Por um lado, há “sinais de algum esgotamento” face a uma expectativa de “retoma mais rápida” e o processo de vacinação está a ser “mais lento do que o desejado”. Por outro lado, há a vantagem de os apoios públicos já estarem no terreno, dando “mais certeza” às empresas em comparação com os atrasos e as dificuldades do ano passado.

Uma coisa é certa: “As previsões da evolução do desemprego em 2021 estavam claramente otimistas“, nota o economista do trabalho, referindo-se à perspetiva do Governo de ver a taxa de desemprego descer em 2021, face a 2020. “Veio a confirmar-se o pior cenário”, classifica João Cerejeira, chamando a atenção que as empresas estão nesse situação há quase um ano e isso “tem de ter muito mais impacto” do que a compensação dada pelos apoios. Para o futuro, o especialista em mercado de trabalho recomenda ao Governo que promova a transição de recursos humanos entre diferentes setores, através de medidas ativas de emprego (formação profissional, por exemplo), uma vez que “a economia portuguesa em 2022 não será a mesma de 2019”.

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Galp produz GPL biológico em Sines a partir de óleo de palma

O projeto permite uma redução de cerca de 251 toneladas de CO2 por ano, o equivalente a 5800 viagens entre Lisboa e Porto num automóvel a GPL-auto convencional.

A Galp anunciou esta sexta-feira que obteve certificação pelo International Sustainability & Carbon Certification (ISCC) para produzir gás de petróleo liquefeito (GPL) a partir de matérias-primas de origem biológica, iniciando assim o processo de descarbonização desta fonte energética.

O novo produto, chamado bioGPL, é produzido pela Galp na refinaria de Sines através do “processamento de matéria-prima de origem biológica sustentável (óleo de palma certificado), estando previsto no futuro a utilização de resíduos da indústria alimentar, entre outros”.

O projeto permite uma redução de cerca de 251 toneladas de CO2 por ano, o equivalente a 5800 viagens entre Lisboa e Porto num automóvel a GPL-auto convencional.

De acordo com a Galp, este gás renovável tem vindo a ganhar expressão na Europa, por permitir uma redução entre 65% e 85% das emissões de CO2 em comparação com o GPL de base mineral, não exigindo qualquer adaptação nos veículos ou equipamentos, dado que a sua constituição se mantém inalterada.

A certificação emitida pelo ISCC, com sede na Alemanha, foi já participada à Entidade Coordenadora do Cumprimento de Critérios de Sustentabilidade (ECS/LNEG), entidade responsável pela verificação do cumprimento dos critérios de sustentabilidade dos biocombustíveis a nível nacional, refere a petrolífera em comunicado. O ISCC é um sistema de certificação de sustentabilidade que abrange todas as matérias-primas sustentáveis, incluindo biomassa agrícola e florestal, materiais circulares e renováveis.

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Fenprof acusa Governo de não garantir condições no retorno do ensino à distância

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

“Regressará o ensino a distância. Porém, alguns dos principais constrangimentos sinalizados o ano passado, como a falta de computadores e a ligação à Internet, mantêm-se", alerta a Fenprof.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusou esta sexta-feira o Governo de não garantir condições para o regresso ao ensino à distância em 8 de fevereiro, tanto para alunos como para professores.

“Regressará o ensino a distância. Porém, alguns dos principais constrangimentos sinalizados o ano passado, como a falta de computadores e a ligação à Internet, mantêm-se”, alerta a Fenprof em comunicado.

O sindicato compreende que não resta alternativa ao ensino à distância, mantendo-se a atual situação epidemiológica, mas fala de “uma total incapacidade de planeamento, de identificação das necessidades no terreno e de alocação dos recursos necessários” na transição para o ensino online.

Para a Fenprof, o Ministério da Educação, até à data, “não garantiu sequer aos alunos carenciados os prometidos computadores (só alguns do secundário os terão já recebido), situação tão mais inaceitável quanto se conhece o impacto do ensino a distância no agravamento das desigualdades”.

No que toca à classe docente, a Federação Nacional dos Professores afirma que “o Governo continua a ignorar o que a lei estabelece em relação ao teletrabalho, designadamente no que respeita às condições que terão de ser garantidas aos trabalhadores que exerçam atividade neste tipo de regime”.

A Fenprof recorda a lei referindo que, na falta de estipulação no contrato, se presume “que os instrumentos de trabalho respeitantes a tecnologias de informação e de comunicação utilizados pelo trabalhador pertencem ao empregador, que deve assegurar as respetivas instalação e manutenção e o pagamento das inerentes despesas”.

Neste sentido, a Fenprof propôs, no ano letivo passado, a adoção de medidas de compensação aos docentes, nomeadamente através de tratamento fiscal, mas “o Governo não quis dialogar sobre o assunto”. “No início da próxima semana, a Fenprof vai enviar ao primeiro-ministro e ao ministro da Educação uma carta aberta na qual manifestará as suas preocupações e apresentará propostas para atenuar dificuldades e problemas inerentes ao ensino à distância”.

O regime de ensino não presencial vai ser retomado em 8 de fevereiro. As novas medidas decididas ontem fazem parte do novo período de estado de emergência que irá vigorar a partir das 00h00 de 31 de janeiro.

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Apoiar.pt com mais de 46 mil candidaturas e 274 milhões pagos

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

O Apoiar.pt é um programa de subsídios a fundo perdido para as empresas em crise e que se encaixem nos setores mais afetados pelas restrições impostas face à pandemia de coronavírus.

O programa Apoiar.pt, destinado aos setores mais afetados pela pandemia, recebeu, até esta sexta-feira, mais de 46 mil candidaturas e já pagou 274,3 milhões de euros, segundo dados do Ministério da Economia enviados à Lusa.

No total, o programa já recebeu 46.002 candidaturas, tendo sido aprovadas 39.387, o que corresponde um incentivo de 546,5 milhões de euros, onde se inclui o apoio extraordinário e o estímulo referente ao quarto trimestre de 2020.

Os pagamentos realizados, por sua vez, fixam-se até agora em 274,3 milhões de euros, acima dos 268 milhões de euros totalizados em 21 de janeiro.

Lançado em 2020, o programa Apoiar.pt atribui subsídios a fundo perdido às empresas com quebras de faturação decorrentes das medidas de mitigação do risco de contágio pela Covid-19.

No âmbito deste programa foi aberto, na quinta-feira, um aviso para a medida Apoiar+Simples, que se destina aos empresários individuais sem contabilidade organizada, ou seja, os que estão no regime simplificado.

A medida, que tem uma dotação total de 50 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), abrange as regiões Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve, com uma taxa de apoio de 20%.

Até ao momento, foram registadas cerca de 800 candidaturas a este aviso, a que corresponde um “apoio solicitado de aproximadamente três milhões de euros”, indicou o ministério tutelado por Siza Vieira. Para a próxima semana está programada a abertura de um apoio destinado às rendas comerciais.

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Depois da GameStop, investidores do Reddit fazem disparar valor da Dogecoin

Quem escolhe os alvos? Os moderadores do Wall Street Bets explicaram, esta sexta-feira, no Twitter que é o grupo. O novo é uma criptomoeda que nasceu a partir de um "meme".

A comunidade de pequenos investidores de retalho no Reddit que se juntaram para fazer disparar o valor da GameStop tem um novo alvo. Desta vez trata-se de uma criptomoeda chamada Dogecoin e tem estado a valorizar entre 140% e 160% ao longo desta sexta-feira. Plataformas de trading como a Robinhood já limitaram as negociações.

A loja de venda de jogos de vídeo GameStop foi um dos mais recentes alvos do fórum Wall Street Bets no Reddit, que se juntou para dar gás à cotação em Wall Street. Com as notícias de que dois hedge funds tinham tido grandes perdas com a subida das ações (eram shortsellers) a história ganhou contornos de Wall Street vs redes sociais. Esse fenómeno não acabou e até se alargou a outras empresas, mas há novos desenvolvimentos fora das principais bolsas.

A Dogecoin vale menos de 0,05 dólares e é uma criptomoeda que nasceu, em 2013, a partir de um “meme” de um cão de raça shiba inu. É por isso também conhecida como “memecoin”. O que parecia uma brincadeira, está a ganhar valor graças aos utilizadores do Reddit. O valor de mercado total já ultrapassou os seis mil milhões de dólares, contra apenas dois mil milhões em 2018.

Quem escolhe os alvos? Os moderadores do Wall Street Bets explicaram, esta sexta-feira, no Twitter que é o grupo. E aproveitaram a ocasião — estavam a receber tantos pedidos de esclarecimentos que resolveram responder a todas as questões numa sessão live no Twitter — para explicar que nenhum regulador os contactou, apesar de terem dito estar a acompanhar a situação.

Além das escolhas do Reddit, a Dogecoin também está a ser influenciada pelo dedo de Elon Musk no mercado das criptomoedas. O CEO da Tesla resolveu pôr a inscrição “#bitcoin” na descrição da sua conta pessoal no Twitter e o valor da bitcoin voltou a subir, aproximando-se dos 40 mil dólares a unidade.

Segundo dados da CoinDesk, o preço de uma bitcoin avança 11,6% para 36.008,46 dólares cada. O valor da bitcoin voltou a crescer a partir do final do ano passado, tendo atingido um máximo histórico de 40.519,45 a 8 de janeiro deste ano.

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Supervisor europeu leva Caixa e BCP aos testes de stress à banca

Reguladores vão colocar os maiores bancos europeus à prova da pandemia. Foram chamados a Caixa e o BCP de Portugal. Resultados dos testes de stress serão conhecidos até julho.

Caixa Geral de Depósitos (CGD) e BCP foram incluídos na amostra de bancos para a realização de testes de stress que vão ser conduzidos pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) no decurso deste ano, anunciou o regulador europeu esta sexta-feira. O exame à banca europeia irá permitir avaliar o impacto da pandemia de Covid-19 na resiliência do sistema.

Os dois bancos nacionais fazem parte de uma lista de 50 grandes instituições financeiras da União Europeia que vão ser submetidas a testes de esforço num cenário macroeconómico adverso. Esta amostra de meia centena de bancos cobre cerca de 70% do total de ativos dos bancos na região comunitária.

“Depois de adiado o exercício de 2020, devido à pandemia de Covid-19, os testes de stress desde ano irão fornecer um input valioso sobre a resiliência do setor bancário europeu”, anunciou esta sexta-feira a EBA.

“Assim, o cenário adverso é baseado numa narrativa de um cenário Covid-19 prolongado e num ambiente de taxas de juros ‘mais baixas por mais tempo’, em que choques de confiança negativos prolongariam a contração económica”, acrescenta o regulador. Os resultados dos testes de stress serão conhecidos até 31 de julho.

O BCP não integrava a lista original da EBA, mas foi adicionado, juntamente com outros dois bancos, o espanhol Bankinter e o italiano Mediobanca, devido à exclusão do BFA Tenedora De Acciones e do CaixaBank (dono do BPI), por motivos de fusão.

Este exercício irá avaliar o impacto de um cenário macroeconómico adverso na solvência dos bancos. Os testes permitirão aos supervisores avaliar se as almofadas de capital dos bancos, que foram acumulando nos últimos anos, são suficientes para cobrir perdas e apoiar a economia em tempos de stress.

Será tido em conta a crise pandémica nestes testes. Será assumido que em 2023, a nível da União Europeia, o PIB real diminuiria 3,6% cumulativamente, a taxa de desemprego aumentaria 4,7 pontos percentuais, os preços das casas diminuiriam 16,1% e os preços dos imóveis comerciais diminuiriam 31,2%. Por outro lado, os preços das ações nos mercados financeiros globais afundariam 50% nas economias avançadas e 65% nas economias emergentes no primeiro ano.

“O cenário adverso de 2021 é muito grave, tendo em vista o ponto de partida macroeconómico mais fraco em 2020 como resultado da severa recessão induzida pela pandemia”, sinaliza a EBA.

Do total de 50 bancos, 38 (incluindo os dois portugueses) estão sob supervisão do Banco Central Europeu, que será responsável pelos testes.

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iBD estabelece ordenado mínimo de 800 euros para 2021

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  • 29 Janeiro 2021

iBD Global – Empresa do Grupo Bernardo da Costa – supera a meta do Governo para 2023 e estabelece ordenado mínimo de 800 euros para 2021.

A iBD Global acredita que salários justos são o ponto de partida para uma empresa saudável e em crescimento. Neste sentido a empresa do Grupo Bernardo da Costa decidiu estabelecer como ordenado mínimo, a partir de janeiro de 2021, o valor de 800 euros, superando assim a meta do Governo para 2023.

Para uma empresa que busca a felicidade, a iBD Portugal rapidamente percebeu que a compensação monetária é uma componente fundamental, porque não é apenas um número; é uma medida emocional que reflete o quanto um colaborador se sente valorizado dentro da organização.

Segundo Ricardo Costa, CEO da iBD Portugal e do Grupo Bernardo da Costa, esta política empresarial não é nova e “reflete o nosso posicionamento face ao mercado de trabalho, captação e retenção de talento. Pretendemos uma equipa jovem, altamente qualificada e motivada e não conseguimos isso com salários baixos. É nossa obrigação, enquanto gestores, garantir um nível de vida familiar digno a todos os nossos colaboradores. Temos consciência do momento complicado que o país atravessa em consequência da Pandemia que nos afetou. Mas também sabemos que é cada vez mais importante que as pessoas tenham um salário que lhes permita ter uma vida digna.”

Ricardo Costa adianta ainda que “a progressão na carreira é outra das preocupações em todas as empresas do Grupo Bernardo da Costa e acredito que uma equipa ambiciosa é o motor principal das grandes empresas multinacionais e por esse motivo também não descuramos este ponto na carreira profissional de cada pessoa que trabalha connosco. Teremos também novidades em breve no que se refere ao nosso Departamento da Felicidade, que mesmo em Pandemia continuou a trabalhar para proporcionar as melhores condições, bem-estar e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional a todas as pessoas que trabalham connosco.”

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