OMS alerta para “tsunami de casos” com variantes Delta e Ómicron

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2021

As infeções com a variante Ómicron atingiram "números recorde", colocando sob "pressão sistemas de saúde", avisa a organização,

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou esta quarta-feira para um tsunami de casos” de infeção com o coronavírus que causa a covid-19 devido à circulação em simultâneo das variantes Delta e Ómicron, a mais transmissível.

Tedros Adhanom Ghebreyesus fez este alerta na videoconferência de imprensa regular sobre a evolução da pandemia da covid-19, transmitida da sede da OMS, em Genebra, na Suíça.

Segundo o dirigente da OMS, as infeções com a variante Ómicron atingiram “números recorde”, colocando sob “pressão sistemas de saúde”.

Tedros Adhanom Ghebreyesus reiterou que, face ao rápido avanço da Ómicron, é preciso continuar com as campanhas de vacinação, priorizando as pessoas mais vulneráveis que ainda não estão vacinadas, e com as medidas de saúde pública, para evitar o colapso dos sistemas e se possam “manter abertas as sociedades”.

A OMS pediu ainda a mobilização de governos, farmacêuticas e sociedade para que 70% da população de todos os países esteja vacinada contra a covid-19 em meados de 2022.

“Quero que governos, indústria e sociedade civil trabalhem connosco numa campanha que visa 70% de cobertura de vacinas em todos os países até o início de julho”, afirmou Ghebreyesus, depois de lamentar que não tenha sido atingida a primeira meta – a de 40% da população de todos os países estar vacinada até ao fim de 2021.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, 92 países – de um total de 194 – não alcançaram esta meta.

Não é apenas uma vergonha moral, custou vidas e deu ao vírus a oportunidade de circular e sofrer mutações“, disse, assinalando que “este é o momento de superar nacionalismos de curto prazo e proteger as populações e economias contra as variantes futuras, acabando com a desigualdade global das vacinas”.

De acordo com o dirigente da OMS, “a chave” do fim da pandemia está no fim da desigualdade na distribuição e administração de vacinas.

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Madeira reduz para cinco dias isolamento de assintomáticos e contactos

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2021

A Madeira é a primeira região do país a reduzir o período de isolamento. Autoridades regionais realçam que "a atual prioridade é a prevenção"-

A Madeira reduziu esta quarta-feira para cinco dias o isolamento de infetados assintomáticos com o vírus da covid-19 e de quem contactou com casos positivos, acabando mesmo com a quarentena de contactos vacinados com a terceira dose.

As mudanças devem-se à predominância da variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2 e à “atual evidência científica”, que “sugere que a maior parte da transmissão” ocorre “no início do curso da doença”, geralmente, nos dois dias “antes do início dos sintomas” e dois a três dias depois, segundo uma circular de hoje da Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil da Madeira.

Assim, em casos confirmados de infeção com o vírus, deve haver “isolamento imediato, independentemente do estado vacinal”, e “o período mínimo de isolamento” passa a ser de cinco dias se não houver sintomas da doença covid-19 “ou se os sintomas forem resolvidos durante esse período”, segundo as autoridades da Madeira.

Além disso, nos cinco dias seguintes ao isolamento, “é necessário o uso de máscara”, com “capacidade de filtração mínima de uma máscara cirúrgica, bem ajustada”.

Nos casos de infetados com sintomas, “o isolamento deve ser mantido até ao desaparecimento dos sintomas”, lê-se no documento.

Também passam a ter um isolamento mínimo de cinco dias aqueles que contactaram com infetados e não estão vacinados, os que já foram vacinados há mais de seis meses com a segunda dose ou as pessoas que já receberam há mais de dois meses a toma única da vacina da Janssen e ainda não receberam o reforço.

Estas pessoas devem depois fazer um teste ao quinto dia e, em caso negativo, terminam o isolamento, devendo, nos cinco dias seguintes, usar máscara.

para quem está vacinado com a dose de reforço da vacina contra a covid-19 e contactou com um infetado, deixa de haver isolamento obrigatório, tendo de usar máscara nos dez dias seguintes ao contacto e fazer um teste ao quinto dia.

“Se o indivíduo apresentar sintomas, em qualquer altura, deve ficar em isolamento e realizar um teste”, realçam as autoridades madeirenses.

Em situações excecionais, a autoridade de saúde pode determinar o isolamento profilático superior, até 10 dias, em circunstâncias não previstas na norma, com base na avaliação do risco”, lê-se na mesma informação.

As autoridades da Madeira realçam que “a atual prioridade é a prevenção”, pelo que recomendam a vacinação, o uso de máscara em ambientes públicos e a realização de um teste regularmente, “em especial antes de participar numa atividade de grupo”.

A Madeira é assim a primeira região do país a reduzir os períodos de isolamento de infetados com o vírus da covid-19 e contactos, seguindo o que foi já adotado noutros países.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, na conferência de imprensa desta quarta-feira relativa ao Conselho de Ministros, remeteu a decisão sobre uma eventual redução dos períodos de isolamento relacionados com a pandemia para as autoridades de saúde, sublinhando que é uma decisão técnica e não política.

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Ramalho escreve aos trabalhadores: “Herança pesada” do Novobanco está resolvida

Trabalhadores do Novobanco receberam um cabaz com produtos feitos pelas empresas que são clientes do banco. António Ramalho diz que instituição tem agora "as rédeas do futuro" nas suas mãos.

Um queijo da ilha da Famoso. Uma compota de abóbora e uma embalagem de chourição fatiado, ambos da Prisco. Uma garrafa de vinho Cabriz. Bolachas húngaras da Rolo. Chocolate da Vieira. E um pacote de uvas passas sem grainha da Frusel. Foi este o cabaz de Natal que os milhares de trabalhadores do Novobanco receberam por estes dias. O detalhe: todos produtos são “made in Portugal” e produzidos pelas empresas clientes do próprio banco, em jeito de reconhecimento pela relação que tem ajudado a instituição financeira a ultrapassar os últimos anos de dificuldade.

A acompanhar o cesto de bens, veio ainda um livro sobre a nova marca que o banco acabou de lançar e uma mensagem de esperança e de otimismo do CEO, António Ramalho, à sua equipa. “O ano de 2021 foi um ano ímpar para o nosso banco. Resolvemos a ‘herança’ pesada que recebemos e tomámos as rédeas do nosso futuro”, escreveu o presidente do banco na carta a que o ECO teve acesso.

O ano que agora terminou representou o “virar de página” para o Novobanco, depois de milhões e milhões de euros de prejuízos e milhões e milhões de euros injetados pelo Fundo de Resolução, com a ajuda do Estado. Depois de lucros no primeiro, segundo e terceiro trimestre, agora a instituição está numa rota de resultados positivos, um feito inédito, lembra Ramalho. Até setembro, o banco acumula lucros de 159 milhões de euros.

Pela primeira vez após a resolução, apresentamos, trimestre após trimestre, resultados positivos, para os quais todos contribuímos com o nosso trabalho e dedicação e lançamos, em conjunto, a estratégia do nosso futuro que nos guiará nos próximos anos”, frisou.

O ano de 2021 foi um ano ímpar para o nosso banco. Resolvemos a ‘herança’ pesada que recebemos e tomámos as rédeas do nosso futuro.

António Ramalho

CEO do Novobanco

Logo a seguir, António Ramalho explica de onde vieram os bens que compõem o cabaz de Natal. São “produtos portugueses com o maior profissionalismo, diretos das mãos dos nossos clientes para os nossos colaboradores, apoiando os nossos parceiros e a economia nacional”, enfatiza o gestor.

No final da mensagem, Ramalho deixa o desejo de que o “novo ano que está a chegar traga a todos a força e a energia necessárias” para, em conjunto, o banco continuar a fazer o seu futuro.

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Novo recorde: mais 26.867 casos Covid-19. Incidência e R(t) continuam a subir

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Dezembro 2021

Desde o início da pandemia, Portugal soma 1,330 milhões de infeções e 18.921 mortes por Covid-19. Há 1.175.217 pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 26.867 novos casos de Covid-19, o que eleva o número total de infetados desde o início da pandemia para 1.330.158. O boletim desta quarta-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram mais 12 pessoas com a doença, perfazendo um total de 18.921 óbitos.

A incidência média no território nacional subiu para 923,4 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) avançou para 1,29.

O número de novas infeções desta quarta-feira é o valor mais elevado registado desde a chegada do SARS-CoV-2 a Portugal, depois de, na terça-feira, ter ocorrido um novo máximo de casos diários (17.172).

O boletim dá conta de um total de 1.175.217 recuperados, mais 5.376 do que no balanço anterior. Há, neste momento, 136.020 casos ativos em Portugal, mais 21.479 face a terça-feira.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa e voltou a subir o número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente, 971 doentes estão internados em unidades hospitalares (mais 35 nas últimas 24 horas), dos quais 151 em unidades de cuidados intensivos (menos um).

Há ainda 142.947 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 8.302 em relação ao balanço anterior.

Boletim epidemiológico de 29 de dezembro de 2021:

Lisboa e Vale do Tejo (LVT) registou quase 12 mil novos casos – um total de 11.958 -, sendo a região que teve o maior número de infeções diárias nas últimas 24 horas. O Norte contabilizou mais 9.069 infeções por Covid-19, enquanto na região Centro se registaram 3.384 novos casos, no Algarve mais 709 infeções e no Alentejo mais 700 casos. Os arquipélagos dos Açores e da Madeira registaram, respetivamente, 276 e 771 novos casos.

Do total de 12 mortes, a maioria ocorreu em LVT (mais cinco óbitos). A zona Centro contabilizou mais três mortes por Covid-19, seguindo-se o Algarve, onde morreram mais duas pessoas. No Norte, foi confirmada mais uma morte, tal como no arquipélago da Madeira.

Incidência e R(t) continuam a subir

Os dados da DGS revelam ainda que o valor do R(t), que indica quantas pessoas cada infetado contagia em média, está em 1,29 a nível nacional e a 1,30 no continente. Trata-se, portanto, de um aumento face ao último balanço (estava em 1,23 quer a nível nacional, quer no continente), o que coloca Portugal na “zona vermelha” da matriz de risco do Governo.

Já a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) continua a disparar, estando agora em 923,4 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e em 927,6 casos por 100 mil habitantes no continente (na última atualização, estes valores eram 804,3 por 100 mil habitantes e 807,4 por 100 mil habitantes, respetivamente).

(Notícia atualizada às 15h47)

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Gasolina e gasóleo com subida mensal de 1,1% e 1,6% em novembro

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2021

Em novembro, o preço de venda ao público (PVP) médio da gasolina simples 95 aumentou para 1,774 euros por litro, face aos 1,754 euros de outubro, refere boletim mensal da ERSE.

O preço de venda ao público médio da gasolina simples 95 aumentou 1,1%, em novembro face a outubro, para 1,774 euros por litro, e o do gasóleo simples subiu 1,6% para 1,606 euros por litros, divulgou esta quarta-feira a ERSE.

No seu boletim mensal do mercado dos combustíveis e GPL, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) refere que, em novembro, o preço de venda ao público (PVP) médio da gasolina simples 95 aumentou para 1,774 euros por litro, face aos 1,754 euros de outubro e aos 1,717 euros de setembro, “motivado pelo aumento da generalidade das componentes”.

A incorporação de biocombustíveis foi a rubrica que registou a maior variação (em termos relativos e absolutos) face ao mês anterior”, refere, explicando que, “apesar de as cotações da gasolina no mercado internacional terem registado um decréscimo face a outubro, o valor do frete justificou um aumento da componente cotação e frete (+0,8%) no PVP médio nacional”.

De acordo com a ERSE, “a componente do PVP de maior expressão corresponde a impostos, que representou em novembro aproximadamente 55,2% do total da fatura da gasolina, seguido da cotação e frete (30,1%)”.

Já os custos de operação e margem de comercialização, a incorporação de biocombustíveis, a logística e a constituição de reservas estratégicas representaram, em conjunto, cerca de 14,6% do PVP médio da gasolina simples 95.

No que diz respeito ao gasóleo simples, em novembro, o PVP aumentou para 1,606 euros por litro (1,582 euros em outubro e 1,514 euros em setembro), “motivado sobretudo pelas componentes de incorporação de biocombustíveis e de custos e margem”.

Segundo o regulador, “esta última rubrica continuou a registar valores em linha com os verificados em época pré-pandémica”.

Também no gasóleo “a maior fatia do PVP paga pelo consumidor corresponde à componente de impostos, (50,0%), seguida do valor da cotação internacional e frete (32,8%)”, lê-se no boletim.

Por sua vez, “os custos de operação e margem de comercialização, a incorporação de biocombustíveis, a logística e a constituição de reservas estratégicas representam em conjunto cerca de 17,5% do PVP médio do gasóleo simples”.

Os hipermercados continuaram a apresentar “as ofertas mais competitivas” nos combustíveis rodoviários, seguidos pelos operadores do segmento ‘low cost’.

No caso do gasóleo, os hipermercados apresentaram preços médios cerca de 9,5 cêntimos por litro abaixo do PVP médio nacional, enquanto na gasolina este diferencial foi de 8,7 cêntimos.

No que se refere ao GPL auto, em novembro, o preço médio de venda ao público aumentou 5,5% face a outubro e outro tanto face a setembro, para 0,894 euros por litro, “seguindo a tendência verificada nos mercados internacionais”.

“A maior fatia do PVP paga pelo consumidor corresponde à componente de cotação e frete (44,7%), seguida do valor dos impostos (37,0%) e dos custos de operação e margem de comercialização (17,3%)”, precisa a ERSE.

De acordo com o regulador, em novembro o preço médio de venda ao público nas garrafas mais comercializadas (G26) de gás propano e butano sofreu uma atualização de 0,87% e de 0,91%, respetivamente.

Numa análise da variação geográfica de preços a nível nacional, a ERSE conclui que, “embora poucos diferenciados”, os preços de gasóleo e gasolina foram mais baixos em Castelo Branco, Braga, Santarém e Aveiro, enquanto “Bragança, Beja, Faro e Lisboa apresentaram os valores mais altos”.

Já Braga, Bragança, Viana do Castelo e Vila Real registaram, para Portugal Continental, a garrafa de GPL (butano e propano) com o menor custo e Coimbra, Setúbal e Évora apresentam os preços mais elevados.

Em novembro, os consumos globais de combustíveis derivados do petróleo (considerando a gasolina, o gasóleo, o ‘jet’ e o GPL) diminuíram 5,0% face a outubro, somando 619,2 quilotoneladas (kton), menos 32,5 kton que no mês anterior.

A diminuição ocorreu na gasolina (-15,0%) e no gasóleo (-5,9%), enquanto, “em contraciclo”, o consumo de ‘jet’ aumentou 2,3% e o de GPL subiu 3,78%.

Em termos homólogos (face a novembro de 2020), o consumo de combustíveis foi 12,3% superior (68,0 kton), com aumentos no consumo de ‘jet’ (159,7%) e de gasolina (8,9%) e reduções no consumo de GPL (-7,7%). O consumo de gasóleo manteve-se inalterado.

Comparando o consumo de novembro de 2021 com o mesmo mês de 2019, pré-pandémico, verifica-se que foi inferior em 28,0 kton, com quebras em todos os produtos derivados: – 8,9% no GPL, -5,6% no ‘jet’, -3,9% na gasolina e -3,6% no gasóleo.

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Morais Leitão assessora a Sonae Financial Services e a IPLF Holding

A equipa da Morais Leitão foi liderada pelo sócio Eduardo Paulino, da área de societário, comercial e M&A, e pela advogada sénior Margarida Torres Gama, de seguros, resseguros e fundos de pensões.

A sociedade de advogados Morais Leitão assessorou as parceiras Sonae Financial Services – Gestão e Consultoria, S.A., subsidiária da Sonae SGPS, S.A., e IPLF Holding S.A. na venda de 100% do capital social da MDS SGPS, S.A. à Ardonagh Services, entidade integralmente detida por The Ardonagh Group Limited.

“A concretização desta transação está prevista para o primeiro semestre de 2022, após verificadas todas as condições, incluindo as necessárias autorizações dos reguladores competentes“, refere a firma em comunicado.

A equipa da Morais Leitão foi liderada pelo sócio Eduardo Paulino, do departamento de Societário, Comercial e M&A, e pela advogada sénior Margarida Torres Gama, cocoordenadora da equipa de seguros, resseguros e fundos de pensões. Integraram também a equipa Marta Pereira Rosa e Nuno Sobreira, da equipa de seguros, resseguros e fundos de pensões, António Lobo Xavier e Raquel Maurício, do departamento de fiscal, e Joaquim Vieira Peres, Gonçalo Machado Borges e Inês Ferrari Careto, do departamento de Europeu e Concorrência.

A equipa contou igualmente com a colaboração de Tiago Arouca Mendes e Fabrícia de Almeida Henriques, respetivamente managing partner e consultora da HRA Advogados, membro exclusivo para Moçambique da Morais Leitão Legal Circle, e de Catarina Levy Osório e João Francisco Cunha, respetivamente managing partner e consultor da ALC Advogados, membro exclusivo para Angola desta mesma rede.

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Dow Jones caminha para a sexta subida consecutiva

O índice norte-americano já acumula cinco sessões de ganhos e volta a abrir em alta esta quarta-feira. Após a queda de terça, o Nasdaq e o S&P 500 também negoceiam no verde.

O arranque da sessão desta quarta-feira está a ser morno, mas positivo. Os três principais índices norte-americanos negoceiam no verde, após uma sessão mista em que dois desvalorizaram e um subiu. O Dow Jones soma e segue para a sexta sessão consecutiva de ganhos.

O S&P 500 sobe 0,18%, para 4.794,96 pontos, e o Nasdaq avança 0,14%, para 15.803,46 pontos, após ambos terem registado uma queda na sessão anterior. Já o Dow Jones sobe 0,26% para os 36.398,21 pontos, caminhando para a sexta sessão consecutiva em alta.

Os investidores continuam a avaliar o potencial impacto económico da variante Ómicron num dia em que nos Estados Unidos se regista um número máximo de novos casos, à semelhança do que ocorre noutros países, incluindo em Portugal. Os mercados financeiros ressentiram-se logo no final de novembro quando a variante foi descoberta e, desde então, têm recuperado, daí que a ameaça atual já está, presume-se, descontada nas cotações.

Entre as cotadas, nota para a Tesla, que revelou ao mercado que o seu CEO, Elon Musk, vendeu mais 934.090 ações, num total de cerca de mil milhões de dólares. Os títulos da empresa de carros elétricos estão a subir ligeiramente neste início de sessão.

Na frente económica, esta quarta-feira foi divulgado que o défice comercial de bens dos Estados Unidos disparou 17,5% em novembro para um máximo histórico, esperando-se que o país registe o maior défice comercial da sua história em 2021.

É expectável que o volume de negociação se mantenha baixo em Wall Street nesta semana entre o Natal e o Ano Novo, o que poderá levar a uma maior volatilidade. Porém, o histórico, segundo a Reuters, é positivo: as últimas cinco sessões de dezembro e as duas primeiras sessões de janeiro registaram ganhos em 75% das ocasiões desde 1945.

Com quatro sessões para acabar o ano, só um evento catastrófico daria perdas anuais aos índices. O Dow Jones acumula uma subida de quase 20% e o S&P 500 e o Nasdaq já superam esse valor: 27% e 23%, respetivamente, sendo que esta será a primeira vez desde 2016 que o S&P 500 terá um melhor desempenho do que o índice tecnológico. Este é o terceiro ano consecutivo de ganhos para os índices norte-americanos.

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Sindicato dos Oficiais de Justiça pede demissão de Francisca Van Dunem

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2021

O Sindicato dos Oficiais de Justiça pediu a demissão da ministra Francisca Van Dunem numa carta aberta, em que afirma ser “totalmente contra a sua (in)ação” e critico da atuação.

O Sindicato dos Oficiais de Justiça pediu a demissão da ministra Francisca Van Dunem numa carta aberta divulgada esta quarta-feira, em que afirma ser “totalmente contra a sua (in)ação” e critico da atuação “em desfavor dos seus próprios trabalhadores”.

“Que a senhora ministra da Justiça assuma as suas responsabilidades e se demita”, diz o Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) na carta. Em causa está o que o sindicato considera ser uma “ignóbil atuação” do Ministério da Justiça a propósito do serviço na tolerância de ponto nas vésperas de Natal e do fim de ano, recusando “novas formas de esclavagismo moderno” sobre os funcionários judiciais.

“O despacho apresentado aos Oficiais de Justiça, no pretérito dia 23 de dezembro, depois de concluída mais uma exigente jornada de trabalho, forçando-nos a aguardar decisão superior, durante o período de descanso, para sermos informados se teríamos direito à habitual tolerância de ponto, sempre concedida nesta época especial do ano e que acabámos por não ter, revelou – uma vez mais – o total desprezo que a tutela manifesta com os seus próprios trabalhadores”, denunciou o sindicato.

Para o SOJ, “não é forçando os trabalhadores a trabalharem até à exaustão que se torna a justiça, em Portugal, mais célere”.

A plataforma representativa dos oficiais de justiça considera na carta aberta que atribuir a “ineficiência” do ministério aos seus trabalhadores “não é digno de um governante”.

Com críticas bem vincadas aos despachos de 23 e 28 de dezembro do ministério liderado por Francisca Van Dunem, que impuseram que seja assegurado serviço urgente nos dias 24 e 31 de dezembro, quando “os tribunais superiores determinam não se mostrar necessário de garantir”, o SOJ salientou ainda que o primeiro despacho foi omisso sobre o processo eleitoral.

“Dois despachos em que se colocam em causa os mais elementares direitos dos trabalhadores – direito ao descanso e direito de reunião, com os seus familiares e amigos – e se negligencia o processo eleitoral, numa menorização da democracia. Pior do que isto estamos certos de que nem o ex-ministro [Eduardo] Cabrita conseguiria”, acusou o sindicato.

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Academia Montepio alia-se à Católica e ao ISEG para construir programas para as suas lideranças

A diretora de RH do banco justifica a criação destes programas com a necessidade de apoiar os líderes na forma como se adaptam e exercem a sua função, gerindo a mudança com eficácia.

A Academia Montepio, no âmbito da Escola de Liderança, quer reforçar os programas destinados ao profissionais que ocupam cargos de topo na empresa. Para isso, aliou-se a duas universidades portuguesas — a Universidade Católica e o ISEG Executive Education — para construir novos programas para as suas lideranças de 1.º e 2.º níveis de estrutura. O objetivo principal é o desenvolvimento do modelo de liderança e dos líderes do futuro, promovendo as melhores práticas e metodologias, de forma a reforçar a aquisição de competências e de instrumentos de gestão e inovação, adequados à gestão de pessoas.

“As universidades detêm pela sua missão um repositório de saber que, para além de ser muito abrangente e aprofundado em termos de conhecimento, tem um corpo docente que garante a transmissão de saber de uma forma completamente robusta e estruturada. Para além disso, era importante para as nossas lideranças poderem voltar ao meio académico, num programa diversificado em conteúdos e construído nas várias dimensões para adequação das necessidades de atualização e desenvolvimento que o banco neste momento enfrenta”, explica Sandra Brito Pereira, diretora de recursos humanos do Montepio, à Pessoas.

“A nossa expectativa é que, através destes programas, se consiga envolver o número total de lideranças nas várias edições, de forma a obtermos uma alavancagem global das competências de gestão e liderança adequadas aos desafios atuais do setor”, acrescenta.

Na mesa do recrutador com Sandra Brito, DRH Montepio - 22AGO19
Sandra Brito Pereira, diretora de recursos humanos do Montepio.Hugo Amaral/ECO

Em parceria com a Universidade Católica, a Academia Montepio vai lançar o programa de “Liderança de Excelência”, dirigido às primeiras linhas do banco, e, juntamente com o ISEG Executive Education, está a desenvolver o programa “Transforming for a New Tomorrow”, destinado às segundas linhas da organização.

Cada um dos programas apresenta uma estrutura de conteúdos adequada ao seu público-alvo, que aborda as dimensões de produto, inovação e de liderança, incluindo as transformações ao nível da inovação e da sustentabilidade e respetivo impacto na estratégia e nos resultados do negócio, as novas formas de trabalhar, o reskilling, bem como os novos perfis para uma adaptação adequada do banco aos novos contextos do setor.

Era importante para as nossas lideranças poderem voltar ao meio académico, num programa diversificado em conteúdos e construído nas várias dimensões para adequação das necessidades de atualização e desenvolvimento que o banco neste momento enfrenta.

Sandra Brito Pereira

Diretora de recursos humanos do Montepio

“Ambos os programas, embora com abordagens um pouco diferentes, têm uma estrutura comum. São constituídos por pilares de conhecimento que agrupam conjuntos de módulos formativos. Um primeiro pilar focado na atualização relativamente a novas tecnologias, novos modelos de negócio, tendências e o seu impacto no setor da banca; um outro pilar específico em matérias de liderança, que visa adquirir uma maior autoconsciência do seu estilo pessoal e permite identificar pontos de melhoria a desenvolver, bem como, a aquisição de novas metodologias que permitam guiar a equipa de forma mais confiante e comprometida no sentido dos objetivos definidos; e uma terceira vertente mais na ótica da pessoa, de desenvolvimento de competências próprias, no sentido de incrementar o pensamento critico, a inovação e o equilíbrio e resiliência pessoal para lidar com a mudança global constante”, detalha Sandra Brito Pereira.

Nem todos os líderes estão preparados. É preciso apoiá-los

A gestora de pessoas justifica a aposta na renovação de conhecimentos das lideranças com a necessidade de estarmos “todos conscientes de que esta mudança trouxe ao meio profissional novas abordagens de gestão e de liderança”. “Toda esta mudança se reúne num contexto que exige rapidez e flexibilidade e nem todos os líderes estão preparados da mesma maneira para lidar com esta nova realidade. Estas novas abordagens têm que ser rapidamente apreendidas e difundidas para que se retorne a um contexto favorável nos resultados”, defende.

Hoje, as lideranças encontram outros desafios na gestão de pessoas. Para a diretora de recursos humanos do banco português, é preciso apoiá-las na forma como se adaptam e exercem a sua função, promovendo o alinhamento das equipas com a estratégia da organização e gerindo a mudança com eficácia.

A realização destes programas proporciona momento de discussão e de interação entre os participantes, o que permite “um maior conhecimento dos pares e a criação de uma rede de networking importante para um aumento de sinergias entre as várias áreas de negócio”, recorda.

Em 2020, a Academia Montepio — que tem como objetivo principal a identificação e a respostas às necessidades de desenvolvimento da organização — sofreu um processo de transformação que deu origem à criação de três escolas: a Escola de Liderança, a Escola Regulamentar e a Escola de Banca e Negócio. Os programas em parceria com as universidades inserem-se na primeira.

Já Escola de Banca e Negócio tem como foco principal o desenvolvimento de competências específicas do negócio bancário, tanto na área comercial como nas áreas de suporte, com o intuito de aumentar a produtividade e a eficácia na resposta às exigências do mercado. A Escola Regulamentar, por sua vez, pretende garantir o rigor e a excelência na aquisição de conhecimentos sobre os processos e procedimentos regulamentares em vigor, contribuindo para a conformidade com os requisitos definidos pelos reguladores e supervisores.

Toda esta mudança se reúne num contexto que exige rapidez e flexibilidade e nem todos os líderes estão preparados da mesma maneira para lidar com esta nova realidade.

Sandra Brito Pereira

Diretora de recursos humanos do Montepio

Frequentar qualquer uma destas escolas tem um peso significativo na progressão de carreira dos colaboradores. “Sabemos que a formação é um dos fatores que pode promover a evolução da carreira e que cada novo desafio funcional se coloca quando está reunida uma panóplia de fatores que fazem prever uma boa adaptação e desempenho na nova responsabilidade. Por isso é importante, para além da formação de base e contínua, toda uma experiência adquirida e histórico profissional, bem como, um conjunto de características relacionadas com o colaborador como indivíduo, como sejam preferências, competências pessoais e comportamentais, atitude, compromisso, entre outras”, finaliza a líder de pessoas.

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Governo remete para DGS decisão sobre redução do período de isolamento

  • Lusa e ECO
  • 29 Dezembro 2021

O ministro dos Negócios Estrangeiros remeteu para a DGS a decisão sobre uma eventual redução do período de isolamento, e vincou a diferença entre as decisões a nível técnico e político.

O ministro dos Negócios Estrangeiros remeteu esta quarta-feira a decisão sobre uma eventual redução do período de isolamento de infetados com o vírus da Covid-19 para as autoridades de saúde, vincando que é uma decisão técnica e não política.

“No Conselho de Ministros tratamos de questões de natureza política e legislativa e não tomamos decisões que devem ser tomadas em sede técnica como aquelas que se referem, por exemplo, aos períodos de isolamento determinados ou aconselhados”, defendeu Augusto Santos Silva, no final da reunião do Conselho de Ministros, que se realizou no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.

No entanto, o secretário de Estado da Saúde admitiu que “é uma possibilidade, com certeza”. “As autoridades estão a recolher essa melhor informação, evidência científica e a trabalhar com outros países no sentido de ver qual é a melhor solução para este contexto epidemiológico”, admitiu Lacerda Sales, em declarações à RTP1. “Seria uma boa notícia para todos, porque permitiria a todos retomar a sua vida normal mais cedo e para e economia do país”, acrescentou.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros vincou que “há um nível de decisão que é próprio do CM, um nível de decisão política, designadamente aquela que se traduz em decisões de natureza legislativa que compete ao CM aprovar, e depois há um nível de decisão técnica que é assumida em Portugal pelas autoridades de saúde, em particular pela Direção-Geral de Saúde (DGS) que produz as suas recomendações e também as suas normas, em resultado da monitorização que faz da evolução da pandemia em permanência”.

O governante foi questionado sobre a posição do PSD, que acusou esta quarta-feira o Governo de “falta de planeamento e de gestão” da pandemia e defendeu a revisão das normas da Direção Geral de Saúde face ao grau de infecciosidade e da menor gravidade da variante Ómicron.

Augusto Santos Silva apontou que “para o Governo é clara qual é a responsabilidade do poder político e qual é a responsabilidade técnica e científica das autoridades sanitárias”, acrescentando que o executivo “respeita essa autonomia”.

“É natural que quem não consegue perceber a autonomia da Policia Judiciária também não consiga perceber a autonomia da DGS mas essa não é a atitude do Governo”, atirou, aludindo às críticas de Rui Rio ao diretor da Polícia Judiciária pelo que classificou de “foguetório” pela detenção “pela polícia sul-africana” do ex-banqueiro João Rendeiro para “beneficiar indiretamente o PS”.

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Leão antecipa receitas da TAP em 2022 acima do previsto no plano de reestruturação

Apesar de a pandemia estar a piorar, o ministro das Finanças não espera surpresas negativas nos resultados da TAP, considerando que “o plano de reestruturação assentou num modelo conservador".

O ministro das Finanças frisou esta quarta-feira que o programa de reestruturação da TAP assentou num “modelo conservador” para 2021 e 2022 e, por isso, as perspetivas atuais sobre a evolução da receita na transportadora “não diferem” do que tinha sido estimado.

“O plano de reestruturação assentou num modelo conservador de previsão de receita. Em 2021, o valor final ficou muito próximo do estimado e espera-se que em 2022 até possa ficar melhor do que o antecipado”, resumiu João Leão, durante a conferência de imprensa realizada no final da reunião do Conselho de Ministros.

Nas projeções que serviram de base ao plano enviado para Bruxelas, a companhia estimava que as receitas iriam afundar em 2021 e 2022 para um intervalo entre 1,3 mil milhões e dois mil milhões de euros, equivalentes ao que a transportadora registou no período 2006-2007 e muito longe dos 3,3 mil milhões de euros registados em 2019, antes da pandemia. Na apresentação do plano, em dezembro do ano passado, o ministro Pedro Nuno Santos apontou para “perdas acumuladas de receitas até 2025 no montante de 6,7 mil milhões de euros”.

Já confrontado esta manhã com a possibilidade de a nova variante do vírus poder vir a afetar ainda mais o negócio da aviação, o ministro das Finanças recusou a hipótese de injetar mais dinheiro na companhia, lembrando que os 990 milhões de euros calendarizados para o próximo ano “[concluem] a injeção de verbas até ao montante máximo autorizado pela Comissão Europeia”.

“O montante máximo permitido e que o Estado pode autorizar para investimento na TAP é de 990 milhões de euros, que serão realizados em função da evolução do setor e dos resultados da empresa durante o próximo ano”, acrescentou o governante, que sucedeu a Mário Centeno na pasta das Finanças.

Parte do dinheiro previsto para o próximo ano será colocada na transportadora aérea através de um empréstimo com garantia do Estado, no valor de 360 milhões, com maturidade de um ano. No final do prazo, o Estado injeta este valor na TAP, que reembolsa os investidores.

O plano de reestruturação prevê a injeção de um total de 3,2 mil milhões de euros pelo Estado. A companhia recebeu em 2020 um financiamento de 1.200 milhões, que será convertido em capital, a que se somam 998 milhões este ano. Esta semana serão injetados os 530 milhões que faltam de 2021.

A partir de 2023 não haverá mais dinheiro dos contribuintes na companhia, mas o plano prevê a ida ao mercado para um financiamento com um valor mínimo de 250 milhões de euros.

Na semana passada, a Comissão Europeia deu “luz verde” ao plano de reestruturação da TAP, obrigando, no entanto, a companhia a ceder 18 slots (nove pares de descolagem e aterragem) no aeroporto de Lisboa e a vender as participações na Manutenção & Engenharia Brasil, Cateringpor e Groundforce. Bruxelas aprovou ainda duas novas tranches de compensações pelos prejuízos provocados pela Covid-19, num total de 178,5 milhões.

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Incumprimentos das famílias junto da banca caem para mínimos históricos

Moratória do crédito terminaram em setembro, mas efeitos ainda não se sentem nas famílias. Os créditos em incumprimento caíram em novembro para o valor mais baixo de sempre.

As moratórias bancárias terminaram em setembro, mas o impacto do fim desta medida ainda não se está a fazer sentir ao nível dos incumprimentos das famílias juntos dos bancos. Pelo contrário: os defaults dos particulares estão mesmo em mínimos históricos, de acordo com o Banco de Portugal.

“Em novembro de 2021, 1,5% do stock total de empréstimos dos bancos aos particulares estava em incumprimento, atingindo um novo mínimo histórico”, ressalva o supervisor nacional esta quarta-feira.

O Banco de Portugal explica que esta redução dos incumprimentos se deveu, “maioritariamente”, à diminuição do rácio de empréstimos ao consumo e outros fins que se encontram em incumprimento – reduziu 0,7 pontos percentuais face ao mês anterior, para 4,6%.

“Estes empréstimos deixaram de estar registados no balanço dos bancos devido à venda de empréstimos e à conversão em empréstimos abatidos ao ativo”, concretiza a entidade liderada por Mário Centeno, referindo-se à alienação de carteiras de crédito que os bancos têm vindo a realizar nos últimos anos.

Por outro lado, no que diz respeito aos empréstimos à habitação, o stock em situação de incumprimento estabilizou nos 0,5%, o mesmo valor registado em outubro e setembro, mostra a informação estatística do Banco de Portugal.

Empréstimos em incumprimento em mínimos

Fonte: Banco de Portugal

Esta evolução surge depois do fim da maioria das moratórias públicas no final de setembro e que obrigou o Governo e o Banco de Portugal a tomarem medidas para uma transição mais tranquila desta medida. Por exemplo, os bancos tiveram de contactar com antecedência os clientes com empréstimos em moratória no sentido de detetar dificuldades financeiras e propor medidas de prevenção do incumprimento.

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