Acionistas dão carta branca à EDP para aumentar capital em 400 milhões até 2026

Elétrica reuniu acionistas na AG anual, na qual votou dividendos e novos órgãos sociais. João Talone foi aprovado para regressar à empresa ocupar funções de chairman.

Os acionistas da EDP aprovaram uma mudança nos estatutos da empresa que permite facilitar eventuais aumentos de capital. Na assembleia-geral realizada remotamente esta quarta-feira, essa é uma das propostas votadas, acompanhada de uma outra que retira o direito de preferência dos atuais acionistas em aumentos de capital no futuro.

“O contexto atual, de grande volatilidade, impõe que as sociedades estejam preparadas, cada vez mais, para responder de forma célere e flexível a oportunidades concretas que possam surgir ou para aceder a recursos financeiros adequados mediante processos rápidos e desburocratizados”. É esta a justificação para a proposta de alteração parcial dos estatutos que foi aprovada no encontro que começou às 10h e contou com 74,41% dos acionistas, segundo apurou o ECO.

Assim, os gestores da elétrica podem decidir a qualquer momento recorrer a um procedimento de accelerated bookbuildingsemelhante ao usado recentemente na EDP Renováveis –, o que “confere à sociedade a flexibilidade necessária para, em determinado momento, tirar proveito de condições de mercado favoráveis a um aumento de capital”. Considera ainda que minimiza riscos de colocação com modelos clássicos.

Também neste encontro magno, foi aprovada a remoção do direito de preferência aos atuais acionistas em futuras operações deste género e renovada, por cinco anos, a autorização concedida ao conselho de administração executivo para aumentar o capital social da EDP mediante emissão de novas ações a subscrever por entradas em dinheiro. Esse reforço pode ser feito por uma ou mais vezes, até ao limite de 10% do atual capital social. Após o aumento de capital fechado em agosto de 2020, o capital social da EDP passou a ser de 3.965 milhões de euros pelo que o máximo situa-se em 396,5 milhões de euros.

A EDP fechou o ano de 2020 com lucros de 801 milhões de euros (um aumento de 56% face ao ano anterior) e propôs dar quase tudo — 755 milhões de euros — na remuneração dos acionistas, através de um dividendo de 19 cêntimos por ação, a ser pago a partir de 26 de abril. As contas individuais e a aplicação destes resultados foram também aprovadas na AG, tal como os pontos referentes à autorização para comprar ou vender tanto ações como obrigações próprias e à remuneração dos administradores.

Conselho Geral e de Supervisão reforça poderes e faz regressar Talone

O ex-CEO da EDP João Talone vai voltar à elétrica como chairman após ter sido aprovado pelos maiores acionistas da empresa, o que lhe deverá garantir aprovação esta quarta-feira. O gestor irá substituir Luís Amado, que deverá continuar ligado à elétrica como consultor sénior. Com a proposta de João Talone para este cargo, os acio­nistas da EDP pretendem mudar o perfil do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) para competências mais técnicas e profissionais.

O anterior mandato do Conselho Geral e de Supervisão da EDP terminou em dezembro de 2020, tendo os novos membros sido aprovadas para o triénio 2021-2023. Este órgão será reduzido de 21 para 16 elementos e um dos novos nomes é o de Esmeralda Dourado, que deixou recentemente a administração não executiva da TAP. Por outro lado, o novo mandato não contará com Eduardo Catroga, que representava a China Three Gorges. Não se sabe ainda quem é que irá representar o maior acionista.

Além de mais curto, Conselho Geral e de Supervisão passará a ter mais membros independentes (passa de 52% para 56%) e será reforçada a diversidade de género. Uma das mulheres que irá agora integrar os órgãos sociais da EDP é Clara Raposo, a dean do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, que irá desempenhar funções de vice-presidente da mesa da AG, em substituição de Rui Medeiros.

Remunerações passam pela AG e têm ponderação ambiental

Nos órgãos de gestão da empresa haverá também mudanças estatutárias. Por forma a adaptar-se a alterações legislativas, a Comissão de Vencimentos passará a submeter propostas de política de remuneração à aprovação da Assembleia Geral da empresa. Além disso, a remuneração variável plurianual dos gestores passa a ser recebida em ações e consoante o desempenho da empresa nos critérios ambientais, sociais e de governo de sociedades (ESG, na sigla em inglês).

“A política de remunerações do Conselho de Administração Executivo passou a estar mais alinhada com as melhores práticas de mercado, designadamente no que se refere à componente variável plurianual na medida em que passa a ser auferida em ações e com diferimento no pagamento, tendo sido reforçada a ponderação dos indicadores de desempenho de ESG tanto na avaliação anual como na plurianual”, explica a empresa, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Outra alteração diz respeito à liderança da Comissão para as Matérias Financeiras/Comissão de Auditoria, que deixa de obrigatoriamente presidida pelo presidente do Conselho Geral e de Supervisão como estava agora determinado nos estatutos.

Por um lado, “a atividade da referida comissão exige dos respetivos membros qualificações profissionais adequadas para o setor em que a sociedade opera e adequada diversidade de competências, conhecimentos e experiências profissionais”, incluindo as constantes da legislação aplicável. Por outro, a empresa defende que não é indispensável “concentrar, por inerência”, essa função no presidente do conselho geral e de supervisão, “permitindo maior flexibilidade na estrutura das comissões especializadas do conselho geral e de supervisão”.

Até agora, era Luís Amado a ocupar o cargo por inerência, mas Talone não terá de o fazer forçosamente graças a esta alteração. “Entende-se adequado dispor de maior flexibilidade no que respeita ao perfil do presidente da Comissão para as Matérias Financeiras/Comissão de Auditoria da EDP, razão pela qual se considera adequado proceder ao alargamento do âmbito dos possíveis candidatos, o que também implica a alteração dos estatutos da sociedade”, acrescenta a empresa.

(Notícia atualizada às 19h30 com resultados da AG)

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Portugal fora de tendência europeia “preocupante” de infeções e mortes

  • Lusa
  • 14 Abril 2021

“Depois de alguns aumentos bastante acentuados em fevereiro, os casos notificados em Portugal têm vindo a diminuir”, diz responsável pela unidade de Emergência de Saúde Pública do ECDC, Piotr Kramar.

A União Europeia (UE) regista médias de 500 casos de Covid-19 por 100 mil habitantes, que deverão levar a subidas nas mortes, prevê o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), indicando que Portugal foge à regra.

“Avaliando com base em todos os indicadores, a situação na grande maioria dos países da UE é motivo de grande preocupação, exceto em alguns países, e Portugal está entre aqueles em que consideramos que a situação é estável”, afirmou em entrevista à Lusa o responsável pela unidade de Emergência de Saúde Pública do ECDC, Piotr Kramarz.

Ressalvando que esta análise tem por base a taxa de notificação de casos de Covid-19 a 14 dias, o também chefe-adjunto do programa de doenças do ECDC observou que “este número já é de 500 por 100 mil habitantes como média para a União Europeia, o que é muito elevado”.

“E tem vindo a aumentar nas últimas seis semanas, pelo que há cada vez mais casos reportados” ao nível europeu, acrescentou.

Segundo Piotr Kramarz, com “a taxa crescente de casos relatados […] é de esperar que, dentro de algumas semanas, ou talvez mesmo na próxima semana, se comece também a ver um aumento da mortalidade”, isto numa altura em que o número de internamentos e de entradas nos cuidados intensivos “permanece muito elevado”.

Fora deste contexto está Portugal, de acordo com o especialista: “Depois de alguns aumentos bastante acentuados em fevereiro, os casos notificados em Portugal têm vindo a diminuir”.

A posição de Piotr Kramarz surge numa altura em que, após dois meses de confinamento rigoroso que levaram a uma redução acentuada do número de infeções, Portugal começa a reabrir alguns setores, num levantamento gradual das restrições.

“No resto da Europa e exceto em Portugal […] e, penso eu, em dois ou três outros países, a situação é motivo de grande preocupação”, reforçou o especialista do ECDC, justificando que isso se deve, principalmente, à propagação da variante detetada no Reino Unido, com “uma transmissibilidade muito mais elevada do que as estirpes originais”.

Em termos concretos, a variante com origem no Reino Unido do SARS-CoV-2 é já responsável por cerca de três quartos (cerca de 75%) dos casos de Covid-19 na UE, realçou Piotr Kramarz, falando também numa “mortalidade ligeiramente mais elevada e maior gravidade da doença”.

Dados do ECDC revelam que as mutações identificadas na África do Sul e no Brasil também se estão a propagar pela UE, mas ainda assim “em muito menor escala”.

“Há muitas variantes deste vírus – é um vírus mutante -, mas estas três designámos como variantes preocupantes por serem mais transmissíveis e mais graves”, contextualiza Piotr Kramarz.

A justificar os aumentos acentuados das infeções de Covid-19 nas últimas semanas está também, de acordo com o especialista, uma menor adesão por parte dos cidadãos às medidas restritivas em vigor.

“As pessoas estão em geral, onde quer que olhemos, com a chamada fadiga pandémica. As pessoas estão cansadas de todas as medidas restritivas e há cada vez menos cumprimento e isto provavelmente também contribui para a situação que vemos agora”, adiantou o responsável.

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Sete países europeus travam apoios às exportações com base em combustíveis fósseis

  • Capital Verde
  • 14 Abril 2021

Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Holanda, Dinamarca e Suécia vão comprometer-se esta quarta-feira em eliminar as garantias públicas à exportação em projetos com combustíveis fósseis.

O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, anunciou que sete países europeus, incluindo a Alemanha, a França e o Reino Unido vão comprometer-se formalmente esta quarta-feira a suspender todas as garantias públicas à exportação no caso de projetos que envolvam projetos relacionados com combustíveis fósseis. Espanha, Holanda, Dinamarca e Suécia são os outros quatro países a apoiar a iniciativa, avançou a Reuters. Para já, Portugal não faz ainda parte da lista final do sete países que tomaram esta decisão.

Por norma, as infraestruturas de carvão, petróleo e gás constituem tradicionalmente uma grande parte das carteiras das agências públicas de financiamento à exportação de muitos países, que por seu lado apoiam as exportações através de garantias de financiamento apoiadas pelo Estado e seguro contra eventuais perdas no estrangeiro.

Os Governos de Londres, Paris e Estocolmo já traçaram planos para suspender as garantias de exportação para o setor de combustíveis fósseis, enquanto os outros países do grupo ainda não decidiram com que rapidez irão eliminar seu apoio.

“Estamos totalmente determinados a interromper todas as garantias de exportação que financiam combustíveis fósseis, levando em consideração as especificidades industriais de cada país e o impacto sobre os empregos”, disse Le Maire, acrescentando que espera que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, se junte ao grupo dos seis países europeus. Juntos, estes 6 respondem por 40% do financiamento à exportação entre os países da OCDE.

Le Maire também disse que os sete países se comprometem a apoiar projetos favoráveis ​​ao clima e à transparência nas suas políticas de financiamento de exportação.

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DS Seguros cresce 64% até março. Foco este ano “é Vida e Saúde,” afirma Luís Tavares

  • António Ferreira
  • 13 Abril 2021

A DS Seguros prepara-se para ultrapassar 100 agências de mediação, superando também a fasquia dos 500 colaboradores nos próximos meses.

Luís Tavares (DS Seguros): “Vamos continuar a dar a oportunidade a vários empreendedores de criarem o seu próprio negócio de sucesso.”

A rede de mediação de seguros da Decisões e Soluções contabilizou mais 64% de receitas até março e tem “objetivos bastante ambiciosos” para 2021, revela o Diretor e Coordenador nacional da rede de mediação de seguros do grupo DS.

Após crescer 41% em receita anual, encerrando 2020 com mais de 25 mil novas apólices na carteira de seguros, “os objetivos para 2021 são continuar a crescer em termos de novas agências”. Confiante, o coordenador nacional da mediadora afirma: “vamos continuar a dar a oportunidade a vários empreendedores de criarem o seu próprio negócio de sucesso, em parceria com a
DS SEGUROS, com a abertura de mais agências um pouco por todo o país,” disse Luís Tavares a ECO Seguros.

Este ano, a rede DS Seguros já adicionou quatro novas agências, nomeadamente em Soure, Pinhal Novo, Alpiarça e Rio Maior”, e quer concluir 2021 com um total de 20 escritórios somados à rede de mediação, superando largamente a centena de agências distribuídas pelo país. Entre as inaugurações projetadas, “temos em fase de abertura/inauguração, a curto prazo, agências em Albufeira, Aveiro, Fafe, Odivelas, Santo Tirso, Algés, Lagos e Leiria”, detalhou o responsável da rede assumindo que o plano estratégico é chegar às 200.

Quanto à faturação das agências, a meta para o volume de negócios “é um crescimento de 50%, o que é de facto extraordinário e mostra bem o potencial e a dinâmica desta área de atividade, especialmente com as ferramentas que a DS SEGUROS disponibiliza às suas agências”, explicou Luís Tavares.

No primeiro trimestre deste ano, “o crescimento da faturação foi de 64% comparando com o primeiro trimestre de 2020,” ano em que a carteira de seguros de empresa representou cerca de 15 milhões de euros.

Os produtos em foco este ano “são Vida e Saúde, que neste primeiro trimestre representaram um crescimento muito expressivo.” Nos seguros Vida, a DS Seguros mantém o ritmo alcançado em 2020. “Neste primeiro trimestre estamos a crescer 58% em Vida e 78% em Saúde, em comparação com o período homólogo”.

Em termos de colaboradores, “vamos também em 2021 aumentar bastante, pois todas as agências estão a reforçar as suas equipas e estamos a dar a oportunidade de muitas pessoas iniciarem uma carreira na mediação de seguros, que é uma carreira profissional estável, com ganhos acima da média e com um potencial de crescimento anual extraordinário”.

Perspetivando o médio prazo, Luís Tavares afirma coerência “com os objetivos e a estratégia dos últimos anos, pois desde a criação da DS SEGUROS há 5 anos, que temos o objetivo de estar junto da população e para isso temos o objetivo de ter 200 agências em Portugal”.

Para Luís Tavares, outro objetivo importante é que “todas as agências consolidem os seus resultados”, pelo que “vamos continuar focados no crescimento de cada agência, de modo a conseguir chegar ao maior número de clientes possível, disponibilizando-lhes assim o nosso aconselhamento”, concluiu.

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Relatório Costa Pinto: Banco de Portugal podia ter feito mais no BES

  • ECO
  • 13 Abril 2021

Depois de vários anos sem vir a público, o "Relatório Costa Pinto" é agora conhecido. Observador avança que auditoria indica que BdP tinha poder para fazer mais no BES.

O Banco de Portugal (BdP) tinha poder para fazer mais, melhor e mais cedo no que diz respeito ao Banco Espírito Santo, conclui-se no “Relatório Costa Pinto”, citado esta terça-feira pelo Observador (acesso pago). Nessa auditoria — cujo acesso ao público vinha sendo negado há quase seis anos –, há críticas à ação do supervisor bancário, mas também elogios e ataques a outros reguladores e auditores.

De acordo com o jornal, a conclusão é clara: o Banco de Portugal tinha conhecimento dos problemas do Banco Espírito Santo e até tinha poderes para fazer mais, melhor e mais cedo, o que poderia ter mudado a história que levou ao colapso do banco em questão. Apesar de, ao longo dos anos, os problemas de governance no Grupo Espírito Santo se terem tornado “manifestos”, até fevereiro de 2014 o Banco de Portugal “nunca sentiu a necessidade de utilizar de forma mais estrita os poderes que lhe são conferidos pelo artigo 33.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF)”, lê-se no “Relatório Costa Pinto”.

A auditoria identifica, assim, a “tolerância do Banco de Portugal” em relação a problemas com acumulação de funções nos órgãos de gestão do grupo financeiro, em outras sociedades do grupo financeiro e em outras sociedades não-financeiras, que se foram “agravando consideravelmente” a partir de 2002. Havia um “claro conflito de interesses” que “era do conhecimento do Banco de Portugal”, conclui o relatório, citado pelo Observador.

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Fidelidade põe MARIA a acelerar atendimento dos pedidos de assistência

  • ECO Seguros
  • 13 Abril 2021

MARIA é o 'speechbot' que desempenha atualmente funções no Contact Center da Fidelidade Assistência. O reforço de IA permite responder com maior eficiência e rapidez às necessidades de clientes.

No momento em que um cliente liga para a linha da Fidelidade Assistance pode ser prontamente atendido pela MARIA. Ela é a voz de um speechbot, um interface exclusivamente dotado de Inteligência Artificial (IA), cujo objetivo é maximizar o número de clientes atendidos por hora.

Todos os contactos são contextualizados e o cliente é identificado automaticamente através da sua apólice e de outras informações “que permitem proporcionar uma interação perfeita”. Para falar, o robot MARIA escreve as mensagens em texto e pede aos Cognitive Services que lhes dê voz. “Para entender o que o cliente diz, usa o mesmo processo, só que ao contrário. A voz é enviada para os Cognitive Services, os quais reencaminham depois a mensagem em texto para a MARIA”, explica a seguradora em comunicado.

Para tomar decisões, MARIA “usa um orquestrador de fluxo, desenvolvido pelo Grupo Fidelidade”, que interpreta as mensagens do cliente. Esta tecnologia tem capacidade para identificar palavras-chave e sugerir as respostas adequadas a cada cenário, “ajudando assim a providenciar a assistência de que os clientes necessitam”, garante a companhia líder dos seguros.

“Desenvolvida integralmente por equipas internas – Fidelidade Assistência e Centro de Advanced Analytics – com recurso à tecnologia Natural Language Processing, com a ajuda de Cloud Technology, MARIA desempenha atualmente funções no Contact Center da Fidelidade Assistência”.

Atualmente, “MARIA já consegue atender clientes sozinha sem supervisão e embora o seu trabalho seja monitorizado de forma a corrigir erros, o seu atendimento tem sido reconhecido pelos clientes que se mostram muito satisfeitos com o mesmo e tem permitido responder a um maior número de pedidos dos clientes, com tempos de espera baixos”, desenvolve o comunicado.

O speechbot MARIA reforça o investimento continuo da Fidelidade na inovação e no desenvolvimento de recursos e soluções inovadoras e abrangentes que possam dar resposta às necessidades dos clientes, especialmente em momentos de crise, “como, por exemplo, os resultantes de fenómenos atmosféricos atípicos que geram sempre um número muito elevado de contactos e pedidos de assistência”.

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Conselho Económico e Social aprovou parecer critico sobre as GOP

  • Lusa
  • 13 Abril 2021

CES faz várias críticas e recomendações à proposta do Governo no parecer sobre as Grande Opções do Plano 2021-2025, que foi aprovado esta tarde.

O Conselho Económico e Social (CES) aprovou esta terça-feira, no final de um longo plenário, o parecer sobre as Grandes Opções do Plano 2021-2025, no qual faz várias críticas e recomendações à proposta do Governo.

O parecer foi discutido durante várias horas ao longo da tarde, dado que algumas propostas de alteração não foram consensuais, mas, segundo disse à Lusa um dos conselheiros participantes, o documento acabou por ser aprovado na generalidade. Outro conselheiro referiu à Lusa que o documento foi aprovado com várias abstenções e o voto contra da CGTP.

O CES considerou grave a falta de uma abordagem integrada da Segurança Social nas Grandes Opções do Plano (GOP), numa altura de pandemia em que é necessário assegurar proteção social para todas as pessoas.

Tendo em conta a situação da crise pandémica e os seus impactos económico e social, o CES salientou a importância de políticas adequadas, com vista a promover o emprego e a coesão social, com as devidas políticas nacionais articuladas com os instrumentos comunitários disponíveis.

No documento aprovado pelo plenário, o Conselho assinalou a capacidade de adaptação do SNS e o seu esforço na resposta à pandemia, mas ao mesmo tempo reconheceu-lhe as fragilidades evidenciadas e exacerbadas pelo surto pandémico em Portugal, bem como aos seus impactos na saúde e morbilidade da população.

O CES recomendou a criação de um processo de monitorização da execução das medidas enunciadas nas GOP e a apresentação dos resultados desta monitorização nas GOP dos anos seguintes.

O Conselho criticou que, no domínio da fiscalidade, as únicas referências nas GOP sejam relativas à fiscalidade verde, no âmbito da Agenda Transição Climática e sustentabilidade dos recursos.

O CES considerou ainda que deveria haver uma política mais assumida sobre a valorização do trabalho, como elemento determinante e transversal de um desenvolvimento económico que promova uma mais justa distribuição da riqueza e a melhoria das condições de vida da população.

Para o CES é também essencial que, na abordagem à competitividade empresarial, seja promovida a capitalização das empresas em dificuldades económicas e financeiras, especialmente no contexto da pandemia da Covid-19.

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Allianz Saúde lança serviços gratuitos para futuros pais e crianças

  • ECO Seguros
  • 13 Abril 2021

Os novos planos são especialmente dirigidos aos clientes que pensam aumentar a família e se preocupam com a sua saúde e bem-estar.

A Allianz Portugal acaba de lançar o Programa Família a Crescer e o Serviço de Pediatria, dois novos serviços de saúde “gratuitos” e que constituem apoio exclusivo, de acompanhamento familiar, para clientes Allianz com acesso aos Serviços Médicos Online, disponíveis 24 horas, sete dias por semana.

Os planos são “especialmente dirigidos aos clientes que pensam aumentar a família e se preocupam com a sua saúde e bem-estar”, explica a seguradora em comunicado.

O programa Família a Crescer foi pensado para todos os futuros pais e bebés, acompanhando-os nos principais momentos da gravidez e no pós-parto. “Uma equipa de médicos, enfermeiros e profissionais de saúde estão disponíveis para esclarecer as dúvidas em todas as fases da gravidez e também depois de o bebé nascer.”

O Serviço de Pediatria tem uma equipa de pediatras “sempre disponíveis para acompanhar o crescimento saudável das crianças”, assegura a companhia.

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Tecnológicas puxam por Wall Street. Vacina e inflação pressionam

S&P 500 e Nasdaqd valorizaram, enquanto Dow Jones fechou abaixo da linha de água, com os investidores preocupados com a suspensão da vacina da J&J e com os dados da inflação nos Estados Unidos.

Esta terça-feira foi dia de sessão mista em Wall Street, com o S&P 500 a tocar em máximos, o Nasdaq a valorizar, mas o Dow Jones a cair para o vermelho. No dia em que as autoridades de saúde norte-americanas decidiram suspender a administração da vacina contra a Covid-19 da Johnson&Johnson, esta cotada perdeu mais de 1%.

O índice de referência nos mercados norte-americanos, o S&P 500, valorizou 0,33% para 4.141,66 pontos. Também no verde, o tecnológico Nasdaq avançou 1,05% para 13.996,1 pontos. A contrariar, o industrial Dow Jones perdeu 0,2% para 33.679,44 pontos.

O sentimento em Wall Street esteve condicionado, esta terça-feira, pelos dados relativos aos preços no consumidor dos EUA, que foram divulgados esta tarde. Em março, o índice de preços no consumidor aumentou 0,6%, o maior aumento desde 2012, e acima da estima dos analistas de 0,5%.

A marcar a sessão esteve também a decisão das autoridades federais de saúde norte-americanas de suspender a administração da vacina contra a Covid-19 da Johnson&Johnson, depois de seis mulheres terem desenvolvido coágulos sanguíneos. Em reação, os títulos da J&J recuaram 1,34% para 159,48 dólares.

Já as ações da Pfizer subiram 0,51% para 37,16 dólares e as da Moderna saltaram 7,4% para 149,71 dólares. Estas cotadas são responsáveis pelas duas vacinas contra o vírus pandémico que continuarão a ser administradas nos Estados Unidos, apesar da suspensão do fármaco desenvolvido pela J&J.

A suspensão da vacina em causa pode vir, por outro lado, a despertar receios em torno da recuperação económica. Já esta terça-feira, alguma das cotadas ligadas ao setor do turismo (como empresas de cruzeiros, cadeias hoteleiras e transportadoras aéreas) registaram perdas, já que estariam entre as que mais beneficiariam de uma reabertura da economia possibilitada pelo sucesso da vacinação contra o vírus pandémico. Os títulos American Airlines recuam 1,53% para 22,56 dólares, os da Royal Caribbean Cruises desvalorizaram 0,61% para 86,53 dólares e os da Marriott Internacional Ince descem 0,36% para 148,81 dólares.

Apesar destes dois fatores, esta sessão ficou marcada por um sentimento positivo nos mercados, com os investidores mais virados para as cotadas tecnológicas, que têm vindo a “beneficiar” dos confinamentos impostos para conter a pandemia. As ações da Amazon subiram 0,61% para 3.400,00 dólares, as da Apple avançaram 2,43% para 134,43 dólares, as da Microsoft valorizaram 1,01% para 258,49 dólares e as da Netflix somaram 0,17% para 553,73 dólares.

Os investidores estão também de olho na época de resultados trimestrais, que se aproxima. Na quarta-feira, o Goldman Sachs, o JPMorgan e o Wells Fargo estreiam a época, apresentando os seus números relativos ao período entre janeiro e março de 2021. Segundo a Reuters, os analistas esperam que os lucros das cotadas do S&P 500 aumentem 25%, face ao período homólogo. A confirmar-se, estaria em causa o melhor desempenho trimestral desde 2018.

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Marcelo propõe renovação do estado de emergência até 30 de abril

Marcelo Rebelo de Sousa submeteu, esta terça-feira, ao Parlamento a 15ª renovação do estado de emergência, por 15 dias, isto é, até ao final de abril.

O Chefe de Estado submeteu, esta terça-feira, ao Parlamento a renovação do estado de emergência até ao final de abril. No projeto de decreto do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa salienta que se impõe “acautelar” os próximos passos, entendendo que há razões para prolongar o estado de emergência por mais 15 dias, “nos mesmos termos da última renovação”.

“Em linha com o faseamento do plano de desconfinamento, impondo-se acautelar os passos a dar no futuro próximo, entende-se haver razões para manter o estado de emergência por mais 15 dias, nos mesmos termos da última renovação”, lê-se no documento que seguiu para o Parlamento.

O projeto de decreto, enviado esta tarde à Assembleia da República, é igual àquele que renovou o estado de emergência até 15 de abril, com uma exceção: o Presidente da República retirou do preâmbulo a referência à evolução favorável da situação epidemiológica “fruto das medidas tomadas ao abrigo do estado de emergência”.

O Presidente da República reuniu esta terça-feira com os partidos com assento parlamentar para discutir a renovação do estado de emergência. À saída, Rui Rio alertou que o país está “numa situação francamente pior”, vendo com “bons olhos” a renovação do estado de emergência e defendendo o desconfinamento não global.

À esquerda, Catarina Martins atirou: “Um país que possa estar desconfiado é um país que não precisa de estado de emergência“. A bloquista entende que Portugal só deve continuar em estado de emergência “se houver medidas a aplicar”. Já o PCP defende que “é preciso tomar medidas alternativas ao confinamento“, sublinhando que não se pode insistir na opção do fechar e reabrir as atividades.

Por outro lado, o PS manifestou o apoio à renovação do estado de emergência para os próximos 15 dias, considerando que “há riscos que importa acautelar e é que é fundamental que o Governo disponha de instrumentos para adotar as medidas necessárias para fazer face a estes mesmos riscos”.

É importante enfatizar que, na semana passada, o Chefe de Estado disse: “Se me perguntam o que eu mais desejaria, eu desejaria que fosse a última renovação do estado de emergência, coincidindo com o fim do mês de abril. Verdadeiramente, era a minha vontade. E penso que é a vontade de todos os portugueses”.

Depois da votação do projeto de decreto presidencial no Parlamento, esta quarta-feira Marcelo Rebelo de Sousa irá falar ao país às 20 horas.

(Notícia atualizada às 21h18)

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Serviços digitais como Netflix não passam fatura com NIF. Fisco diz que Portugal ganha no IVA

Algumas empresas que prestam serviços digitais, das quais é exemplo a Netflix, não passam fatura com NIF. Como é isso possível? A Autoridade Tributária (AT) explicou o enquadramento a pedido do ECO.

A economia é cada vez mais digital e os serviços prestados através da internet podem gerar dúvidas fiscais aos contribuintes. Apesar de estarem disponíveis num conjunto alargado de países, são muitas vezes prestados a partir de outras regiões, sujeitas a diferentes regras e impostos.

Um exemplo é o caso da Netflix. Se é cliente da plataforma de streaming, pode consultar as suas faturas na área de cliente do portal da empresa. Acedendo ao perfil principal e entrando no menu “Conta”, poderá consultar as faturas das suas mensalidades clicando em “Detalhes da fatura” e, depois, na data da fatura pretendida.

O documento inclui vários dos elementos a que estamos habituados numa qualquer outra fatura: número de recibo, data da prestação, descrição do serviço (“Serviço de streaming” no caso da Netflix), custo do serviço e até IVA. Mas boa sorte a conseguir uma fatura com número de contribuinte.

O ECO constatou esta realidade através do apoio ao cliente do serviço. O operador informou que não passa fatura com número de contribuinte e que, no caso de tratar-se de uma empresa, estas estão excluídas de contratar o serviço, uma vez que o mesmo é destinado a consumidores finais. Contactada, fonte oficial da Netflix não quis comentar.

Surge então a dúvida: qual é o enquadramento que permite que algumas destas empresas emitam faturas em Portugal sem número de identificação fiscal, mesmo após pedido explícito do utilizador? O ECO colocou a questão à Autoridade Tributária (AT), através do gabinete de comunicação do Ministério das Finanças.

Exemplar de uma fatura da Netflix:

As faturas da Netflix incluem todos os detalhes a que os contribuintes estão habituados. Exceto o NIF.

Serviços digitais, serviços globais

Apesar de operar em Portugal, as faturas da Netflix são explícitas a indicar que o serviço não é prestado por uma empresa portuguesa, mas sim pela Netflix International B.V., com sede em Amesterdão (Holanda). O dado é mais do que um simples pormenor: é a chave para entender a resposta dada pelo Fisco.

Fonte oficial da AT começa por explicar que “à prestação de serviços por via eletrónica, nomeadamente a receção de programas de radiodifusão ou de televisão através da internet ou o acesso ou descarregamento de filmes, a não-sujeitos passivos (consumidores finais) é aplicável o regime especial de mini balcão único”.

“No âmbito deste regime opcional, o prestador de serviços por via eletrónica cumpre as obrigações inerentes ao IVA a partir de um único ponto, o Estado-membro de identificação, em relação a todos os serviços abrangidos localizados no território de qualquer outro Estado-membro (exceto onde detenha um estabelecimento estável). Designadamente, a obrigação de faturação está sujeita às regras vigentes no Estado-membro de identificação e não às vigentes no Estado-membro em cujo território ocorre o consumo”, indica o Fisco.

Assim, uma empresa como a Netflix, por não estar registada em Portugal ou estar identificada ao abrigo do regime especial, “não tem de cumprir as regras nacionais relativamente às prestações de serviços que se considerem localizadas no território nacional”, diz a AT.

A autoridade fiscal portuguesa recorda que, “em todo o caso”, nos termos do Código do IVA, “a inclusão do NIF do consumidor final na fatura apenas é obrigatória caso este o solicite”. E se o contribuinte pedir, para efeitos de dedução nos impostos? “Para efeitos de dedutibilidade dos respetivos gastos, o Código do IRC não prevê a obrigatoriedade de indicação do NIF do prestador estrangeiro, face ao disposto na alínea b) do n.º 4 do art.º 23.º, embora o documento que comprove o gasto deva conter todos os restantes elementos previstos nesse número”, ressalva a AT.

Outro exemplo disto é o Spotify. A empresa presta o serviço através da Suécia e os recibos mostram a cobrança do IVA, mas não há espaço para o número de contribuinte.

IVA é cobrado fora, mas distribuído pelos países

Não quer isto dizer que Portugal não beneficie fiscalmente com a prestação do serviço. A AT aponta que estas empresas estão obrigadas a “identificar o Estado-membro de cada consumidor, garantindo dessa forma a possibilidade de atuação de um mecanismo centralizado, no âmbito da UE, que permite assegurar e distribuir a receita de IVA cobrada pelos Estados-membros de residência dos consumidores”.

“Em sede de IRC, não tendo estabelecimento estável em território português, dado que a obrigação de faturação está sujeita às regras vigentes no Estado-membro de residência e não às vigentes no Estado-membro em cujo território ocorre o consumo (no caso Portugal) não será obrigatório emitir fatura de acordo com as regras do Código do IVA Português”, acrescenta também.

No caso dos contribuintes com empresas pessoais, que eventualmente pretendessem deduzir a Netflix nos impostos, a AT explica, todavia, que, “em princípio”, dada a “natureza do gasto (subscrição de filmes e música)”, a mesma nunca deveria ser aceite “na esfera do adquirinte pessoa coletiva (incluindo as sociedades unipessoais) quanto à generalidade das atividades desenvolvidas”.

E para dedução nas despesas gerais familiares? A questão, aqui, ganha alguma complexidade. A AT esclarece que, “na parte respeitante ao IRS, a dedução de despesas gerais familiares, prevista no artigo 78.º-B do Código do IRS exige que a entidade prestadora dos Serviços ou Transmitente dos bens comunique as faturas à AT e para que possam ser consideradas automaticamente na esfera do agregado familiar onde o consumidor se integra é, obviamente, necessário a identificação fiscal do adquirente dos serviços ou bens, o consumidor final”.

Dado esse contexto, e uma vez que estes serviços não emitem fatura com NIF, a AT remata: “Do cálculo das deduções à coleta por NIF relativamente às despesas gerais familiares que é efetuado e disponibilizado pela AT até 15 de março do ano seguinte ao das despesas, pode o contribuinte reclamar desse cálculo, devendo ser admissíveis todos os meios de prova, embora, em regra, há uma limitação dos meios probatórios à forma documental e aos elementos oficiais de que os serviços disponham, sem prejuízo do direito de o órgão instrutor ordenar outras diligências complementares manifestamente indispensáveis à descoberta da verdade material”.

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Europ Assistance põe equipa a vacinar no Stade de France, um dos 35 “vacinódromos” do país

  • ECO Seguros
  • 13 Abril 2021

A filial do grupo Generali tem equipa própria a ajudar à vacinação em França. O palco onde os Bleus foram campeões do mundo é um dos mega centros de vacinação contra Covid-19 no país.

França enfrenta uma terceira vaga de infeções por Covid-19 e, para acelerar a imunização da população, iniciou a abertura de dezenas de vaccinodromes (“vacinódromos” em tradução direta), convertendo grandes espaços multiusos (desportivos e de espetáculos), entre os quais o Stade de France, em Seine Saint-Denis, a norte de Paris, aberto esta semana para administrar milhares de vacinas.

A Europ Assistance, filial do grupo Generali, cuja sede em França está situada nas proximidades do estádio, mobilizou uma equipa, composta por um médico e cinco enfermeiros, para assegurar prescrição e administração do medicamento contra a Covid-19 numa das linhas de vacinação instaladas no interior do recinto.

A equipa deslocada para o vacinódromo de Saint-Denis é composta por pessoal normalmente ligado à atividade da Europ Assistance ao longo do ano nas operações de assistência em viagem, repatriamento e teleconsultas. Num tweet, Daniel Boulanger, médico ao serviço da companhia, afirmou que a equipa planeia assegurar 1500 inoculações por dia ao longo de todo o período de vacinação.

Vacinar os habitantes de Seine-Saint-Denis, que nos recebem durante todo o ano, é um gesto natural para o nosso grupo, cuja razão de ser é fornecer apoio e assistência a pessoas em perigo”, comentou Antoine Parisi, Diretor-geral da Europ Assistance citado num comunicado da companhia.

35 vacinódromos para 30 milhões de doses até final de junho

A “febre dos vaccinodromes” arrancou no último fim de semana em França. O objetivo anunciado por Emmanuel Macron é ter a população toda vacinada até ao final do verão. Para assegurar o sucesso o projeto, um total de 35 mega centros de vacinação começou a abrir as portas, numa operação supervisionada por militares mobilizados para a frente de combate à pandemia.

Os “vaccinodromes”, como o Stade de France e o de Lyon entre outros, operam sob coordenação de entidades da rede de saúde pública e apoio das prefeituras (sedes administrativas dos departamentos territoriais) que gerem alguns desses espaços. Em termos logísticos, além da mobilização do exército (solução que replica o modelo aplicado no Reino Unido), as autoridades de Saúde esperam disponibilizar 12 milhões de doses do remédio em abril e mais 15 milhões em maio.

O objetivo da operação é chegar a 30 milhões de doses distribuídas até final de junho, a uma cadência mínima de mil vacinações por dia, refere o site do jornal suíço Le Temps, citando o ministério da Saúde francês.

Neste quadro, o estádio de Saint-Denis, onde a seleção francesa celebrou a conquista do Mundial de futebol de 1998, será um dos palcos para o desafio francês de inocular 10 mil doses semanais de vacinas da Pfizer e da Moderna, operação para qual a Europ Assistance assegura uma linha de vacinação.

Numa comunicação a 31 de março, o Presidente Macron assumiu o desafio de ter os franceses todos vacinados até final de agosto. Isto implica a administração de mais de 570 mil doses por dia.

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