Ómicron volta a pressionar Wall Street com receios sobre eficácia de vacinas

Os principais índices de Wall Street voltam a negociar no vermelho, após alertas da Moderna de que as vacinas poderiam não ter tanta eficácia contra a nova variante Ómicron.

As bolsas norte-americanas arrancam a sessão desta terça-feira no vermelho. Wall Street voltou a estar pressionado pelos receios sobre a nova variante de coronavírus, depois de uma das farmacêuticas ligadas às vacinas contra a Covid-19 sinalizar que poderia ser necessário uma vacina nova, que ainda vai demorar meses a desenvolver.

“O mercado de ações está focado no fluxo de notícias ligado à Ómicron ”, apontou Jim Paulsen, estrategista-chefe de investimentos do Leuthold Group, citado pela CNBC. Após “relatos tranquilizadores da África do Sul de que os sintomas pareciam ser leves”, esta segunda-feira, o sentimento voltou a ser abalado esta manhã com “notícias da Moderna que a Ómicron pode invalidar as vacinas existentes e precisar de uma vacina nova e melhorada que pode levar meses a desenvolver”, sublinhou.

Esta perspetiva assustou os investidores, levando os principais índices de referência a recuar. O industrial Dow Jones perde 0,22% para 35.056,99 pontos, enquanto o índice de referência financeiro, S&P 500, desvaloriza 0,32% para 4.640,25 pontos. Já o tecnológico Nasdaq cai 0,42% para 15.716,50 pontos, no arranque da sessão.

Nas quedas, destaque então para a Moderna, que perde 6,93% para os 342,99 dólares, depois de o CEO ter alertado numa entrevista que as vacinas existentes deveriam ser menos eficazes contra a nova variante do que contra a Delta.

Nota também para o Twitter, que recua 1,27% para os 45,20 dólares, após ter anunciado esta segunda-feira que o cofundador Jack Dorsey vai abandonar o cargo de CEO da empresa, sendo substituído pelo responsável tecnológico do grupo, Parag Agrawal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Consumo de combustíveis aumenta 12,6% em outubro

  • Lusa
  • 30 Novembro 2021

Os consumos globais de combustíveis derivados de petróleo aumentaram 51,2 quilotoneladas em outubro, o que representa um crescimento de 12,6% face ao mesmo mês do ano passado.

Os consumos globais de combustíveis derivados de petróleo aumentaram 51,2 quilotoneladas (kton) em outubro, o que representa um crescimento de 12,6% face ao mesmo mês do ano passado, divulgou hoje a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

“O consumo em outubro de 2021 foi 12,6% superior (51,2 kton) ao período homólogo de 2020, com aumentos no consumo de jet [combustível para aeronaves] (88,8%), de gasolina (14,4%), de gasóleo (3,9%) e reduções no consumo de GPL [gás de petróleo liquefeito] (-7,5%)”, lê-se no Boletim do Mercado dos Combustíveis e GPL relativo a outubro de 2021, divulgado pela ERSE.

face a setembro, os consumos globais aumentaram 22,25 kton, o que representa um crescimento de 3,5%.

No mês em análise, verificaram-se introduções a consumo no ‘jet’, no GPL, no gasóleo, e na gasolina de mais 7,87 kton, 2,43 kton, 9,87 kton e 2,07 kton respetivamente, face a setembro de 2021.

No entanto, quando comparado com o mesmo mês de 2019, antes da pandemia de SARS-CoV-2, o consumo verificado em outubro foi 8% inferior (menos 57 kton), essencialmente devido ao menor consumo de jet (41,16 kton) e de gasóleo (16,55 kton).

Em outubro, o preço do barril de petróleo manteve a trajetória ascendente no mercado ‘spot’ (ativos financeiros negociados para entrega imediata).

Assim, os preços de venda ao público (PVP) médios do gasóleo e da gasolina em Portugal acompanharam as cotações do mercado internacional, registando subidas de 4,4% e 2,2%, para 1,582 e 1,754 euros por litro, respetivamente.

Segundo a ERSE, os hipermercados mantêm as ofertas mais competitivas nos combustíveis rodoviários, seguidos pelos operadores do segmento de baixo custo (‘low cost’).

Numa análise por distrito, Braga, Santarém e Aveiro registaram os preços de gasóleo e gasolina mais baixos, enquanto Faro, Bragança, Beja e Lisboa apresentaram os preços mais altos.

Já no que diz respeito à garrafa de GPL (butano e propano), Bragança, Braga e Vila Real registaram o menor custo, para Portugal continental, enquanto Coimbra, Setúbal e Beja apresentaram os preços mais elevados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal com mais 11 mortes e 2.907 casos de Covid-19

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Novembro 2021

Desde o início da pandemia, o país soma 1.147.249 casos de infeção e 18.441 mortes por Covid-19. Há 1.075.237 pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 2.907 novos casos de Covid-19, elevando o número total de infetados desde o início da pandemia para 1.147.249. O boletim diário desta terça-feira revela ainda mais 11 mortes nas últimas 24 horas, para um total de 18.441 óbitos.

O número de internados com Covid-19 continua a subir. Neste momento, há 833 doentes com coronavírus hospitalizados em Portugal, mais 24 em relação a segunda-feira, sendo que 116 deles estão em unidades de cuidados intensivos (mais cinco nas últimas 24 horas). Ainda assim, a maioria dos infetados está a recuperar em casa.

Por outro lado, os casos ativos desceram, havendo agora menos 797 face ao balanço anterior, o que corresponde a um total de 53.571 casos ativos em Portugal. O boletim dá ainda conta de 64.984 contactos sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto direto com pessoas infetadas, mais 3.134 comparativamente a segunda-feira.

Nas últimas 24 horas, a taxa de recuperados foi maior que a de novas infeções. Assim, recuperaram mais 3.693 pessoas, para um total de 1.075.237 pessoas recuperadas da doença.

Boletim epidemiológico de 30 de novembro de 2021:

O Norte voltou a ser a região com mais novos casos nas últimas 24 horas, registando 964 das 2.907 novas infeções. Em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), foram confirmados 921 novos casos, o Centro registou 629 infeções, o Algarve teve mais 166 casos e o Alentejo registou 103 novas infeções. Os arquipélagos dos Açores e da Madeira registaram, respetivamente, 22 e 102 novos casos.

Já o maior número de mortes do boletim desta terça-feira é atribuído à região de LVT que, do total de 11, confirmou mais cinco óbitos. O Centro registou mais dois óbitos, o mesmo número que o Algarve, enquanto o Norte e o Alentejo confirmaram, cada um, um óbito.

Notícia atualizada às 15h09

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministério Público suspeita que Pinto da Costa desvia dinheiro há dez anos

Segundo despacho do MP, suspeitas envolvem negócios de transferências dos jogadores Casemiro, Brahimi, Quaresma e Aboubakar. Recolha de prova deve-se a cerca de 20 negócios milionários de jogadores.

O Ministério Público investiga esquemas de alegada fraude que envolvem a criação de justificações contratuais, nos contratos de transferências de jogadores, para explicar o recebimento, pelo FC Porto e pela sua SAD, de vantagens indevidas ou não declaradas em sede fiscal, em benefício Jorge Nuno Pinto da Costa, Pedro Pinho e Alexandre Pinto da Costa.

No despacho relativo às buscas feitas por Rosário Teixeira, Pinto da Costa é suspeito de desviar milhões de euros em comissões de transferências de jogadores há quase dez anos.

No dia 22 de novembro, o Ministério Público realizou 33 buscas, entre as quais à SAD dos dragões, afirmando estar a investigar o pagamento de comissões superiores a 20 milhões de euros relacionados com transferências de futebolistas.

O MP suspeita que parte dos montantes respeitantes às comissões era devolvido, pelos agentes desportivos, através de património para a esfera dos dirigentes, ou através do pagamento de despesas que o clube ou a SAD não podiam documentar. O esquema envolvia Pedro Pinho, Pinto da Costa e Alexandre Pinto da Costa e o seu início reporta-se a 2012.

“Indicia-se que os montantes das comissões pagas pelo FCP aos agentes são ficticiamente incrementadas, havendo pagamentos feitos a entidades e pessoas que, na realidade, não tiveram qualquer intervenção nos negócios dos jogadores”, pode ler-se no despacho do DCIAP:

Negócios feitos entre 2017 e 2020, nomeadamente com os jogadores Ricardo Pereira, Mateus Uribe, Éder Militão, Felipe, Zé Luís, Oliver Torres, Fábio Silva e Danilo Pereira estão na mira do MP. Bem como as transferências de jogadores como Brahimi, Quaresma, Aboubakar e Mateus Uribe. E ainda os negócios de intermediação de Renzo Saravia, Agustin Marchesín e Ivan Marcano também estão sob suspeita do MP na medida em que o valor foi dividido com Alexandre Pinto da Costa. O valor das comissões sob suspeita ascende aos 20 milhões de euros, pagas pelo clube desde 2017.

Na passada segunda-feira, a sede da SAD do FC Porto e casas de empresários ligados à indústria do futebol, como Pedro Pinho e Alexandre Pinto da Costa, foram alvos de buscas por parte do Ministério Público. O DCIAP referiu que as diligências de recolha de prova visam investigar a suspeita de prática de crimes de fraude fiscal, burla, abuso de confiança e branqueamento, relacionados com transferências de jogadores de futebol e com circuitos financeiros que envolvem os intermediários nesses negócios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

12 municípios concorrem a Capital Europeia da Cultura em 2027

  • ECO e Lusa
  • 30 Novembro 2021

O Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais (GEPAC), confirmou à Lusa a candidatura de 12 municípios portugueses a Cidade Europeia da Cultura em 2027.

O Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais (GEPAC) confirmou à Lusa a candidatura de doze municípios portugueses a Cidade Europeia da Cultura em 2027. Em causa estão os municípios de Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Leiria, Oeiras, Ponta Delgada, Viana do Castelo e Vila Real.

O gabinete, sob tutela do secretário de Estado da Cultura, informou que se irá realizar uma “audiência de pré-seleção” entre os candidatos e o júri no final de fevereiro e início de março de 2022, sendo que a seleção final prevê-se para o final do próximo ano e início de 2023.

A distinção foi concedida a três cidades portuguesas no passado, bem como Lisboa em 1994, Porto em 2001, e Guimarães em 2012.

Segundo o Convite à apresentação de Candidaturas, publicado no site oficial da iniciativa, cada candidatura deve assentar num programa cultural de “forte dimensão europeia”, inserido numa estratégia a longo prazo de desenvolvimento económico, cultural, social e urbano.

O mesmo documento determina ainda que as cidades candidatas devem definir uma estratégia de captação de recursos para angariar o apoio financeiro dos programas e fundos da União Europeia.

Os critérios de seleção compreendem seis categorias: Contribuição para a estratégia de longo prazo, dimensão europeia, conteúdo cultural e artístico, capacidade de execução, alcance e gestão.

Após publicação do convite, as cidades interessadas devem formalizar a candidatura num prazo mínimo de dez meses, sendo que cada Estado-Membro é responsável pela organização do concurso entre as suas cidades, e subsequente notificação da candidatura à Comissão.

A Capital Europeia da Cultura é uma iniciativa com origem em 1985, e tem como objetivo promover a dinamização cultural e qualidade de vida das cidades europeias.

Em 2027, uma cidade de Portugal e da Letónia dividem o título de Capital Europeia da Cultura.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ANA vai usar pulseiras para agilizar controlo de passageiros

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Novembro 2021

A ANA vai usar uma pulseira para controlar os passageiros que chegam aos aeroportos nacionais, tendo contratado uma empresa de segurança para verificar a documentação necessária para embarcar.

A ANA – Aeroportos de Portugal vai usar uma pulseira para agilizar o controlo de passageiros nos aeroportos nacionais a partir da meia-noite de quarta-feira, 1 de dezembro, anunciou esta terça-feira o diretor do aeroporto de Lisboa, Rui Alves, que acrescenta que foi contratada uma empresa de segurança para verificar a documentação necessária para viajar.

A partir da meia-noite de dia 1 de dezembro, todos os passageiros de voos internacionais, isto é, de voos não domésticos, terão de apresentar um teste negativo à Covid-19 no momento de embarque, independentemente de terem certificado de vacinação. A testagem, segundo as autoridades, pode ser feita através de um teste molecular de amplificação de ácidos nucleicos (TAAN) ou de um teste rápido, com antecedência de 72 e 48 horas, respetivamente. Os autotestes não são válidos para entrar em Portugal.

Além disso, será requisitado a esses passageiros o preenchimento do Passenger Locator Forms (PLF), um documento da União Europeia que permitirá que as autoridades de saúde nacionais identifiquem onde é que um passageiro infetado viajou a bordo da aeronave e todas as pessoas que viajaram em seu redor.

A verificação dessa documentação para passageiros oriundos de países fora do Espaço Schengen será feita por uma empresa de segurança, contratada pela ANA, a realizar antes do controlo de passaportes. “No caso dos voos com origem [no Espaço] Schengen, esse controlo vai ser feito na área pública de chegadas, já após a alfândega“, disse Rui Alves, em conferência de imprensa transmitida pela RTP3.

Adicionalmente, o diretor do aeroporto de Lisboa apontou que, “para evitar que haja um duplo controlo”, vai ser entregue uma pulseira “a cada passageiro que demonstre ter a documentação” referida, que depois será identificada, sendo esses passageiros “tirados do percurso onde vão ser controlados”.

Os passageiros domésticos — todos os que viajam de outro aeroporto nacional — também vão receber uma pulseira na origem e vão passar “o mesmo canal dos passageiros que já foram controlados no não Schengen”, afirmou. Estes procedimentos serão feitos particularmente no aeroporto de Lisboa, já que nos outros aeroportos do país “há canais distintos para não Schengen e para Schengen”, mas esse processo far-se-á “no interior do terminal”, indicou Rui Alves.

“Todos os passageiros com menos de 12 anos estão isentos deste procedimento, naturalmente como a maioria deles viaja acompanhado pelos familiares, não serão controlados”, referiu ainda o responsável, acrescentando que as tripulações também estão isentas de apresentar teste à Covid-19.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

INE confirma que PIB cresceu 4,2% no terceiro trimestre

O desconfinamento ajudou a economia portuguesa a recuperar. Assim, no terceiro trimestre, verificou-se uma subida de 4,2% em termos homólogos e de 2,9% em cadeia.

Entre julho e setembro, a economia portuguesa cresceu 4,2%, em termos homólogos, confirmou, esta terça-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE). Em comparação com o trimestre anterior, a subida foi de 2,9%.

“O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de 4,2%, no terceiro trimestre de 2021. No trimestre anterior, a variação homóloga do PIB tinha sido 16,1%, em grande medida, devido ao forte impacto da pandemia, no segundo trimestre de 2020″, explica o gabinete de estatísticas.

É importante explicar que o segundo trimestre do ano passado foi o primeiro a ser influenciado pela crise pandémica, tendo nessa altura a economia nacional contraído 17,9%. Por outro lado, o terceiro trimestre de 2021 ficou marcado pelo desconfinamento proporcionado pelos avanços na vacinação contra a Covid-19 e, consequentemente, pela retoma da atividade económica.

O INE detalha que o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB foi positivo, ainda que menos intenso que no período compreendido entre abril e junho de 2021. Por outro lado, o contributo da procura externa líquida manteve-se negativo, “verificando-se um aumento das importações de bens e serviços ligeiramente mais pronunciado que o crescimento das exportações de bens e serviços”.

O gabinete de estatísticas acrescenta: “Refira-se ainda que, no terceiro trimestre de 2021, os deflatores das importações e das exportações registaram crescimentos acentuados, sobretudo relacionados com a evolução dos preços dos produtos energéticos e das matérias-primas, prolongando-se a perda nos termos de troca observada no trimestre precedente”.

Já em cadeia, o PIB cresceu 2,9% em volume, com um contributo positivo da procura externa líquida, após ter sido negativo no segundo trimestre do ano. Da parte da procura interna, há a notar um contributo positivo menos intenso do que no trimestre anterior. “O crescimento do PIB no terceiro trimestre de 2021 refletiu a diminuição gradual das restrições impostas pela pandemia”.

O Governo previa, na proposta de Orçamento do Estado para 2022, que acabou por ser chumbada, que a economia portuguesa fechasse 2021 com um crescimento de 4,8%, em linha com a previsão do Banco de Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Salários da Função Pública só sobem 0,9% em 2022, confirma Governo

A inflação anual média registada em novembro terá ficado em 1,02%, estima provisoriamente o INE. Tal significa que os salários de todos os funcionários públicos deverão subir mesmo 0,9% em 2022.

Os salários de todos os funcionários públicos só vão subir 0,9%, a partir de janeiro do próximo ano. A ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, comprometeu-se a avançar com atualizações superiores, se a inflação anual registada a 30 de novembro (deduzida de 0,1 pontos) viesse a ser superior à prevista, mas tal acabou por não acontecer, de acordo com o valor provisório divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Não haverá, portanto, aumentos mais significativos para os trabalhadores do Estado.

“Tendo em conta os dados do INE hoje [esta terça-feira] publicados, tudo indica que a estimativa da inflação a 12 meses não se alterará e, portanto, mantém-se a atualização salarial de 0,9%, cumprindo o compromisso assumido pelo Governo”, confirmou fonte oficial do Ministério da Administração Pública em resposta ao ECO.

Na última ronda negocial com os sindicatos sobre a evolução das remunerações, Alexandra Leitão tinha dito que, “se à data da aprovação do diploma” relativo à atualização salarial, “a inflação média anual dos últimos 12 meses, calculada a 30 de novembro, [fosse] superior àquela que conduz à atualização dos 0,9%, o Governo [acompanharia] esse aumento“, detalhando que a esse valor seriam descontados 0,1 pontos relativos à deflação registada em 2020.

Ora, esta terça-feira, o INE divulgou o valor provisório da variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor, que se fixou em 1,02%. Se a esse valor retirarmos os tais 0,1 pontos, conclui-se, então, que os salários de todos os funcionários públicos subirão 0,9%, a partir de janeiro de 2022, assumindo um arredondamento a uma casa decimal. Esta evolução da inflação será confirmada pelo gabinete de estatística a 14 de dezembro.

O Governo já tinha adiantado que a atualização de 0,9% teria um custo de 225 milhões de euros brutos.

Por outro lado, os sindicatos que representam os funcionários públicos têm criticado as atualizações propostas pelo Governo, exigindo aumentos mais robustos. Confrontada com esta posição, à saída da última ronda negocial, a ministra da Administração Pública frisou, contudo, que, no atual contexto político, e tendo em conta que se “espera uma gestão em duodécimos nos primeiros meses do próximo ano”, o Governo decidiu avançar apenas com as medidas que garantam a manutenção do poder de compra.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Da cibersegurança ao turismo, há 17 novos polos de inovação digital

Os Digital Innovation Hubs abrangem vários setores e "terão acesso a financiamento anual até um milhão de euros que poderá ser duplicado no caso de ser integrado na rede europeia", segundo o IAPMEI.

Portugal vai contar com 17 novos polos de inovação digital (DIH na sigla inglesa), que irão formar uma rede nacional e abranger os principais setores de atividade. Estes centros têm como objetivo a disseminação e adoção das tecnologias digitais por parte das empresas, em especial das PME.

“Aprovámos a constituição de 17 Digital Innovation Hubs que abrangem todos os setores relevantes para a atividade económica. É uma ferramenta poderosa que vai contar com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)“, disse o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, em Matosinhos.

Durante a apresentação dos resultados do concurso dos DIH, realizada esta terça-feira no CEiiA, Nuno Gonçalves, administrador da Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), adiantou que estes polos “terão acesso a um financiamento anual até um milhão de euros, que poderá ser duplicado no caso de ser integrado na rede europeia“.

Os polos de inovação digital terão acesso a um financiamento anual até um milhão de euros, que poderá ser duplicado no caso de ser integrado na rede europeia.

Nuno Gonçalves

Administrador do IAPMEI

Da cibersegurança ao turismo, passando pela área da saúde, os Polos de Inovação Digital são redes colaborativas que incluem centros de competências digitais específicas, com o objetivo de disseminação e adoção de tecnologias digitais avançadas por parte das empresas, através do desenvolvimento, teste e experimentação dessas tecnologias.

Estes são os 17 digital innovation hubs em Portugal: Produtech (indústria e manufatura), DIH4GlobalAutomative (mobilidade), Connect 5 (Telcos e TICE), InnovTurismo (turismo), Portugal Blue Digital Hub (economia do mar), Azores Digital Innovation Hub (regional), Smart Island Hub (regional), C-Hub (cibersegurança), PTCentroDIH (regional), Defence4Tech Hub (defesa), Digi4Fashion (moda e calçado), DIGITALbuilt (construção), ATTRACT DIH (IA e ciência de dados), AI4PA Portugal (administração pública), SFT -EDIH (agoalimentar), DIH4ClimateNeutrality (sustentabilidade urbana) e DigiHealthPT (saúde).

Nuno Gonçalves, administrador do IAPMEI, sublinhou que “os Digital Innovation Hubs serão verdadeiros propulsores da transformação digital das empresas”. E com eles pretende-se estimular a incorporação de inteligência artificial, cibersegurança e supercomputação na adaptação dos modelos de negócio do tecido empresarial.

O objetivo, até 2030, é que três em cada quatro empresas utilizem serviços de computação em nuvem e inteligência artificial.

Marta Lima Basto

Subdiretora da DGAE

Marta Lima Basto, subdiretora-Geral das Atividades Económicas (DGAE), esclareceu que “o objetivo, até 2030, é que três em cada quatro empresas utilizem serviços de computação em nuvem e inteligência artificial e que mais de 90% das PME consigam atingir o nível básico de intensidade digital”.

Esta manhã decorreu ainda no CEiiA a apresentação pública do programa das ZLT (Zonas Livres Tecnológicas). O ministro da Economia explicou que são “espaços geograficamente delimitados onde empresas e investigadores podem experimentar em condições reais a forma de testarem produtos e tecnologias que ainda estão em fase de experimentação”.

Segundo Siza Vieira, estas ZLT vão permitir posicionar Portugal como líder em Investigação e Desenvolvimento (I&D, atrair investimento estrangeiro, potenciar projetos de dimensão internacional, promover os recursos portugueses, estimular o ecossistema empreendedor, incentivar a cooperação e contribuir para a criação de conhecimento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marta Ortega, filha do fundador da Inditex, nomeada presidente do grupo dono da Zara

A filha do fundador do grupo têxtil espanhol Inditex, Amancio Ortega, foi nomeada nova presidente da empresa proprietária de marcas como Zara e Massimo Dutti.

Marta Ortega, filha de Amancio Ortega, fundador da Inditex, vai substituir Pablo Isla no cargo de presidente do grupo têxtil espanhol que detém marcas como a Zara, a Massimo Dutti e a Oysho. A nova líder da Inditex assume funções a partir de 1 de abril de 2022.

“O Conselho de Administração da Inditex, por iniciativa do seu presidente Pablo Isla e do seu fundador Amancio Ortega […] aprovou a nomeação de Marta Ortega Pérez como presidente do grupo”, lê-se no comunicado publicado na Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhol, a entidade supervisora da bolsa espanhola.

Durante os últimos 15 anos, Marta Ortega Pérez desenvolveu funções em distintas áreas do grupo, sobretudo ao nível do reforço da imagem de marca e da proposta de moda da Zara, área que continuará a liderar.

“Sempre disse que dedicaria a minha vida a desenvolver o legado dos meus pais, olhando para o futuro, mas aprendendo do passado, e ao serviço da empresa, dos nossos acionistas e clientes, no lugar onde considerem que faço mais falta”, afirma Marta Ortega, citada pela Fashion Network.

Já Pablo Isla, que desempenhava este cargo desde 2011 e que manterá até 31 de março de 2022, deverá abandonar o grupo têxtil. “Quero agradecer ao conselho e, muito especialmente, a Amancio Ortega, o apoio e a confiança depositada em mim durante todos estes anos. Acreditamos que é o momento de começar esta nova etapa com Marta Ortega como presidente”, disse.

O Conselho de Administração também nomeou Oscar García Maceiras, até agora secretário-geral do gigante têxtil, como CEO da empresa, sendo esta nomeação “com efeito imediato”.

Com estas alterações, que serão ratificadas na próxima assembleia de acionistas do grupo, é concluído o processo de rejuvenescimento da direção da empresa, que teve início em 2011 com a substituição de Amancio Ortega como presidente da Inditex, que se define como “uma das maiores empresas de distribuição de moda do mundo”.

Atualmente, o grupo espanhol conta com 6.654 lojas em 96 países, detendo marcas como Zara, Pull&Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius ou Oysho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Crédito em moratória afunda 15,9 mil milhões em outubro

O fim da moratória pública afundou o volume de crédito abrangido por moratórias em 15,9 mil milhões de euros em outubro. Mas 3,2 mil milhões continuam abrangidos por moratórias.

O montante global de empréstimos abrangidos por moratórias deu um trambolhão em outubro. No final desse mês, havia 3,2 mil milhões de euros em empréstimos abrangidos por moratórias, menos 15,9 mil milhões de euros do que em setembro.

Os dados foram avançados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (Bdp). A queda acentuada é explicada pelo fim da moratória pública no passado dia 30 de setembro, criada por causa da pandemia, recorda o banco central.

Montante de crédito em moratória

No que toca a empréstimos concedidos a sociedades não financeiras, a redução entre setembro e outubro dos empréstimos abrangidos por moratórias foi de 10,7 mil milhões de euros. Quanto aos particulares, o crédito sob moratória caiu cinco mil milhões de euros no mesmo período, de acordo com o BdP.

Em 30 de setembro, acabaram as moratórias públicas criadas pelo Governo para conter o impacto da pandemia na vida financeira das famílias, e não só. De acordo com dados de julho, beneficiavam de moratórias mais de 290 mil particulares e empresas.

Chegaram a existir 36,8 mil milhões de euros em empréstimos abrangidos por moratórias, cerca de 20% do total da carteira de crédito dos bancos portugueses — isto é, um em cada cinco euros emprestados pelos bancos chegaram a estar sob moratória, noticiou o ECO.

Além das moratórias públicas, as instituições de crédito também criaram regimes privados, aproveitando a janela aberta pela Autoridade Bancária Europeia (EBA). Essas medidas têm vindo a ser descontinuadas progressivamente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dormidas de estrangeiros em máximos desde início da pandemia

Turismo continua a recuperar, embora continue abaixo dos níveis pré-pandemia. Destaque, contudo, para as dormidas no Alentejo e na Madeira que superaram os números de 2019.

Os alojamentos turísticos nacionais receberam 2,1 milhões de hóspedes em outubro, num total de 5,5 milhões de dormidas. São números acima dos observados no ano passado, mas ainda abaixo de 2019, naquele que foi um ano de recordes para o setor. Contudo, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), as dormidas no Alentejo e na Madeira já superaram os níveis de outubro de 2019.

Em outubro contaram-se 2,1 milhões de hóspedes e 5,5 milhões de dormidas, refletindo aumentos de 115,5% e 139%, respetivamente, face ao mês de setembro, mas descidas de 14,6% e 13,5%, respetivamente, face a outubro de 2019. Do total de hóspedes, um milhão foram portugueses e 1,1 milhões foram turistas estrangeiros, ambos com um aumento face ao mês de setembro, embora nos internacionais tenha sido expressivo.

No que diz respeito às dormidas em outubro, os hóspedes nacionais foram responsáveis por dois milhões de dormidas e os hóspedes estrangeiros por 3,5 milhões. “O número de dormidas de não residentes totalizou 3,5 milhões — o valor mais alto desde outubro de 2019 –, tendo triplicado face a outubro de 2020 (+216,6%), mas diminuído 26,7% face a outubro de 2019″, destaca o INE.

Já no acumulado do ano, entre janeiro e outubro, as dormidas aumentaram 31% face ao mesmo período de 2020 (+31,9% de turistas residentes e +30% de não residentes), mas caíram 49,9% face ao mesmo período de 2019 (+11% de turistas residentes e -66,5% de não residentes).

O INE destaca ainda que, em outubro, 24,2% dos alojamentos turísticos nacionais estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes.

No que toca a localizações, o número de dormidas aumentou em todas as regiões no mês de outubro. Já comparando com outubro de 2019, o Alentejo (+14,9%) e a Região Autónoma da Madeira (+3,9%) destacaram-se, ao apresentarem os maiores aumentos, enquanto as restantes regiões do país assistiram a decréscimos nas dormidas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.