Tribunal declara ilícito despedimento de nove tripulantes da Ryanair

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2021

O tribunal julgou “procedente” a providência cautelar requerida por nove tripulantes afetos à base do Porto, que foram despedidos. Ryanair terá de reintegrar trabalhadores.

O tribunal do trabalho da Maia declarou ilícito o despedimento de nove tripulantes da Ryanair, no âmbito de uma providência cautelar, e obrigou a companhia aérea low-cost a reintegrar os trabalhadores até haver uma decisão judicial final.

De acordo com a sentença proferida na segunda-feira, a que a Lusa teve acesso, o tribunal julgou “procedente” a providência cautelar requerida por nove tripulantes afetos à base do Porto, no âmbito de um despedimento coletivo realizado em dezembro que abrangeu 23 trabalhadores, e declarou “a ilicitude do despedimento de que os requerentes foram alvos”.

O tribunal determinou “a suspensão” do despedimento e “a consequente reintegração” dos nove tripulantes “com a inerente retribuição a que tiverem direito, até à apreciação definitiva da ação de impugnação de despedimento coletivo”.

Os tripulantes invocaram a violação da fase de negociações prevista no Código do Trabalho, alegando que a Ryanair “não pagou corretamente os montantes devidos a título de compensação pelo despedimento”. Além disso, consideram que a comunicação da Ryanair relativa à decisão final de despedimento não continha o resultado da aplicação dos critérios de seleção dos trabalhadores a despedir.

Os tripulantes despedidos alegaram que não compreendiam como foi alcançada a decisão do seu despedimento e qual o motivo concreto, considerando que houve uma “putativa motivação discriminatória/ideológica” no seu despedimento.

Segundo o tribunal, face ao teor da decisão final de despedimento “absolutamente omissa quanto ao resultado da aplicação dos critérios predefinidos para a seleção dos trabalhadores a despedir” é “completamente impossível aos requerentes, ao tribunal e/ou a qualquer outra entidade externa à empresa sindicar a seleção dos 23 trabalhadores visados”.

Por outro lado, segundo a sentença ficaram por provar alguns factos, nomeadamente quanto ao não pagamento dos subsídios de férias e de Natal e sobre os 22 dias de férias não gozados.

Na semana passada, fonte oficial do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) disse à Lusa que mais de 30 ex-tripulantes da Ryanair iriam avançar este mês com uma ação conjunta em tribunal para recuperar créditos laborais que poderão ascender a 100 mil euros por trabalhador. Segundo a fonte, em causa estavam créditos laborais relacionados com “subsídio de férias, subsídio de Natal, os dias de férias não gozados – portanto, os 22 dias de férias que os tripulantes não tinham na totalidade – e outro tipo de elementos”.

“Os valores rondam sensivelmente 100 mil euros por tripulante. Pode variar em função da antiguidade, porque os trabalhadores mais antigos terão obviamente mais créditos, mas nas nossas estimativas estamos a falar de cerca de 100 mil euros por pessoa. Em alguns um bocadinho mais”, disse à Lusa a mesma fonte oficial.

No conjunto dos 32 antigos tripulantes, há “pessoas que ainda mantêm interesse” em regressar à companhia, “e por isso é que vão pedir o reconhecimento judicial do contrato de trabalho com a Ryanair”, mas outros já saíram e “apenas pretendem ver agora o pagamento dos seus créditos”. De acordo com o sindicato, “indiscutivelmente, nunca foi pago subsídio de férias, nunca foi pago subsídio de Natal” e os trabalhadores “nunca tiveram 22 dias de férias”.

Em resposta enviada à Lusa, fonte oficial da Ryanair afirma que a empresa “cumpre a lei portuguesa”. “Pagamos subsídio de Natal e de férias de acordo com o sistema português desde que transitámos para a lei laboral portuguesa em fevereiro de 2019”, sendo que antes era usado o sistema irlandês, algo “permitido para trabalhadores internacionais de transporte”, de acordo com a companhia aérea.

A fonte do sindicato da aviação civil apontou ainda a existência de horas suplementares não pagas, e que correspondem “às horas em que estão no aeroporto, dentro do avião e o avião não levantou voo, e portanto não lhes são pagas”, pois “só lhes são pagas as horas de voo”. Isto “inclui horas de stand by no aeroporto: se estiverem lá e não forem chamados para voar não recebem, mas estão disponíveis para a empresa”, segundo o SNPVAC, bem como horas passadas em casa, de prevenção para eventual entrada ao serviço.

De acordo com o sindicato, há ainda outras situações, como licenças sem vencimento, em que a empresa “tinha a prática de obrigar os trabalhadores a ficar de licença sem vencimento” e falhas no cumprimento das horas de formação mínimas anuais. De acordo com o SNPVAC, englobando “todos os tripulantes que já entraram e saíram da companhia, que já chegaram a acordo com a companhia na altura da decisão da resolução do seu contrato”, o total da poupança da companhia cifra-se em “cerca de cinco milhões de euros”.

Na resposta enviada à Lusa, a empresa afirma que “não houve poupança” alguma por parte da companhia, e que os tripulantes “são extremamente bem pagos no mercado português – mais do que professores, enfermeiros e tripulantes de outras companhias”. “Não há ‘créditos laborais’ a ‘recuperar'”, de acordo com a Ryanair, uma vez que o pessoal de voo “foi pago corretamente”, considerando “falsas alegações” as feitas pelo SNPVAC.

SNPVAC congratula-se com decisão judicial

O SNPVAC congratulou-se com a decisão, considerando que é “uma primeira vitória num processo que se prevê moroso”. O dirigente Ricardo Penarroias disse à Lusa que recebeu “com grande satisfação” a decisão do tribunal do trabalho da Maia. “Esta decisão foi uma primeira vitória num processo que se prevê moroso, mas é, indubitavelmente, o corolário da determinação inexpugnável dos tripulantes que, há muito, juntamente com o SNPVAC, lutam para que a Ryanair cumpra a lei portuguesa”, afirmou.

O dirigente sindical realçou que “o tribunal veio concordar com os argumentos invocados pelos tripulantes de que o processo de despedimento coletivo não seguiu todos os trâmites legais, considerando que o mesmo é, ainda que provisoriamente, ilícito o que implica que todos os tripulantes que levaram o tema a tribunal, tenham de ser agora reintegrados”.

Ricardo Penarroias explica, no entanto, que a decisão está sujeita a recurso e será necessário avançar com uma “ação principal” para que o tribunal “possa apreciar a fundo todas as questões apontadas pelos tripulantes e pronunciar-se, ainda, sobre os créditos laborais que permanecem em dívida e que há muito são discutidos, como são exemplo disso o pedido de pagamento de subsídios de férias, de Natal e dos 22 dias de férias, entre outros”.

Existe, assim, um longo caminho a percorrer, mas sem dúvida que hoje é um dia muito importante para o reconhecimento dos direitos dos nossos associados e da soberania da lei portuguesa”, reforçou o sindicalista. Segundo Penarroias, “esta decisão demonstra uma vez mais que nenhuma companhia aérea pode operar em Portugal sem cumprir integralmente a lei portuguesa, sejam empresas nacionais ou estrangeiras, de bandeira ou as tipicamente chamadas de low-cost.

O dirigente sindical disse ainda ter conhecimento de que, entretanto, “mais quatro tripulantes viram as suas providências cautelares decididas favoravelmente no âmbito deste despedimento coletivo”.

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Podcast PLMJ #3: Medidas de apoio aos arrendatários

  • BRANDS' ECO
  • 28 Janeiro 2021

O 3º episódio do Podcast PLMJ junta Sofia Coutinho e Sérgio Antunes Teixeira, advogados de Imobiliário e Turismo da PLMJ, para debaterem as recentes alterações legislativas no mercado do arrendamento.

Os danos colaterais da Covid-19 sentem-se em múltiplas vertentes, afetando também o imobiliário. O ano 2021 iniciou-se com a publicação de um conjunto de alterações legislativas de apoio à situação económica do país, entre as quais se incluem várias medidas a pensar no mercado do arrendamento e outras formas de exploração de imóveis. São medidas excecionais e temporárias, com o objetivo de proteger arrendatários, apoiar senhorios e mitigar o impacto da crise no setor de negócio dos centros comerciais – estamos por isso perante medidas que englobam arrendamento habitacional e comercial.

Para nos ajudar a entender o que muda e quem pode beneficiar destes apoios, convidámos para esta edição do podcast da PLMJ Sofia Coutinho, associada coordenadora na área de Imobiliário e Turismo da PLMJ, e o Sérgio Antunes Teixeira, associado sénior também da equipa de Imobiliário e Turismo da PLMJ.

Acompanhe aqui o episódio #3: Medidas de apoios aos arrendatários.

 

A PLMJ criou um podcast próprio que, além de cobrir questões jurídicas com relevância para as empresas, oferece também a visão de empresários e especialistas sobre os grandes temas da atualidade.

O podcast da PLMJ inclui ainda conversas com os artistas representados na Fundação PLMJ e reflexões com convidados e parceiros sobre alguns dos pilares estratégicos da sociedade: sustentabilidade, impacto social e promoção cultural.

O podcast é atualizado semanalmente a arranca já com um conjunto de reflexões que acompanham os últimos desenvolvimentos legislativos no contexto da pandemia e analisam tendências setoriais.

Reveja os episódios anteriores do Podcast PLMJ.

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Avaliação bancária das casas subiu para novo recorde de 1.156 euros por metro quadrado

O valor mediano a que a banca está a avaliar os imóveis para efeitos de concessão de crédito subiu em dezembro, com o metro quadrado a fixar-se em 1.156 euros.

Depois de dois meses a registar subidas, o valor a que os bancos avaliam os imóveis para fins de concessão de crédito à habitação subiu novamente em dezembro para um novo recorde. Segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no último mês do ano o indicador fixou-se nos 1.156 euros por metro quadrado, uma subida de 12 euros em comparação com o mês anterior.

Face ao mês anterior, em dezembro registou-se um aumento de 12 euros (1%) no valor da avaliação bancária para a concessão de crédito. Comparando com dezembro do ano passado, o valor médio destas avaliações subiu 6%.

O maior aumento face a novembro registou-se no caso dos apartamentos, com um crescimento de 1,1% para os 1.266 euros por metro quadrado. No que toca às moradias, estas viram a sua avaliação bancária ficar-se pelos 957 euros por metro quadrado em dezembro, uma subida de 0,3% face ao mês anterior. Comparando com os valores referentes a dezembro de 2020, verifica-se que os apartamentos estão 7% mais caros, com a avaliação das moradias a agravar-se em 3,7%.

No que toca às diferentes áreas geográficas do país, o INE adianta que o maior aumento face a novembro se registou na Área Metropolitana de Lisboa (1,2%), com a redução mais acentuada a ser observada no Algarve (-1,9%). Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o valor mediano das avaliações cresceu 6%, registando-se a variação mais intensa no Norte (6,4%) e a menor no Alentejo (1%).

Segundo o INE, em dezembro o número de avaliações bancárias ascendeu a cerca de 26 mil — 16.862 de apartamentos e 9.546 de moradias –, mais 4,4% que no mesmo período do ano anterior. Em comparação com novembro, foram tidas em consideração menos 835 avaliações bancárias, o que corresponde a uma descida de 3,1%.

Desde outubro que o valor associado à avaliação bancária das habitações tem vindo a subir, tendo-se fixado nos 1.144 euros por metro quadrado em novembro. Com a última quebra neste indicador a ter ocorrido no mês de março, precisamente quando a pandemia chegou a Portugal, desde então têm-se registado apenas aumentos neste valor – com exceção do mês de setembro, que repetiu os 1.128 euros por metro quadrado do mês anterior.

Em 2020, valor mediano da avaliação sobe para 1.129 euros por metro quadrado

Traduzindo um acréscimo de 7,7% face ao ano de 2019, o valor mediano de avaliação bancária para a concessão de crédito à habitação fixou-se nos 1.129 euros por metro quadrado em 2020.

Embora com um aumento registado por todo o país, foi na Área Metropolitana de Lisboa e no Norte que se verificaram as variações mais intensas (8,5% e 8,4%, respetivamente). Já o Alentejo (1,7%) foi onde se registou uma menor variação destes valores.

No caso dos apartamentos, o valor mediano de avaliação bancária ficou-se pelos 1.235 euros por metro quadrado em 2020 (+8.8% face ao período homólogo), com a avaliação das moradias a ser mais modesta, com 949 euros por metro quadrado (+5,6% em comparação com 2019).

(Notícia atualizada às 11h38 com mais informação)

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Tribunal trava divulgação do relatório secreto do Banco de Portugal

  • ECO
  • 28 Janeiro 2021

Tribunal da Relação de Lisboa não vê razões para que o relatório Costa Pinto, que avalia a atuação do ex-governador Carlos Costa e do Banco de Portugal na queda do BES, seja divulgado.

O relatório secreto sobre a atuação do ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa no processo de resolução do BES vai continuar secreto, assim decidiu o Tribunal da Relação de Lisboa, avança a revista Visão (acesso pago).

O tribunal foi chamado a decidir se o “Relatório da Comissão de Avaliação das Decisões e atuação do Banco de Portugal na Supervisão do BES” poderia ser tornado público, tendo considerado que deve permanecer em sigilo absoluto, não existindo razões para que seja levantado o segredo de supervisão neste caso. A decisão foi tomada a 12 de janeiro no âmbito do processo de insolvência do BES.

Em causa está o chamado relatório elaborado por João Costa Pinto com a ajuda da consultora Boston Consulting Group, que avaliou a atuação de Carlos Costa e do Banco de Portugal em relação ao BES, que foi alvo de uma medida de resolução em agosto de 2014. Por várias vezes os deputados quiseram que este relatório fosse tornado público. Também a comissão de inquérito ao Novo Banco solicitou esse relatório, mas o acesso foi agora negado pelo tribunal.

“É a primeira vez que uma comissão de inquérito é confrontada com uma decisão de um tribunal de recurso negando-lhe o acesso a um documento”, disse Fernando Negrão, o deputado social-democrata que preside à comissão de inquérito ao Novo Banco, à revista Visão.

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“Finanças dos Estados-membros não lhes permitem responder adequadamente” à crise pandémica, diz Siza Vieira

O ministro da Economia considera fundamental que os Estados-membros aprovem e implementem os respetivos planos de recuperação para conseguirem responder da melhor forma à crise.

O ministro da Economia considera fundamental que os Estados-membros aprovem e implementem os respetivos planos de recuperação, de forma a conseguirem responder da melhor forma à crise provocada pela pandemia. De acordo com Pedro Siza Vieira, as contas públicas dos países europeus não permitem uma resposta adequada.

“Devemos sublinhar e ver com bons olhos o facto de que, nesta fase, a União Europeia (UE) tem uma resposta que é comum a todos à crise, de dimensão significativa. Criou vários caminhos possíveis para dar resposta à crise por parte das instituições europeias e da própria UE“, disse o ministro da Economia esta quinta-feira, durante uma audição no Parlamento Europeu para debater as prioridades da Presidência Portuguesa.

Assim, quando questionado pelos deputados europeus, Siza Vieira disse sentir-se “mais inclinado” para acreditar que a melhor forma de combater esta pandemia é “garantir que se implementam e aprovam, o mais rapidamente possível, os planos de recuperação” de cada país. Porque a principal diferença entre esta crise pandémica e a crise financeira é que “as finanças dos Estados-membros não lhes permitem responder adequadamente”.

Por isso o ministro da economia defendeu que é “adequado revisitar as regras do orçamento, do défice e da dívida”, visto que “a maior parte dos países sairá desta crise com grandes níveis de dívida pública”.

No início da crise espoletada pela pandemia, as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) foram suspensas, até ao final de 2021, permitindo que os Estados-membros não cumpram as regras um défice de 3% do PIB ou um rácio da dívida pública 60% do PIB. Esta suspensão vai voltar a ser discutida no segundo trimestre, ou seja, durante a presidência portuguesa. “A questão em torno da cláusula de salvaguarda, se se vai manter ou não [em 2022], deve ser respondida este semestre, no segundo trimestre do ano”, disse João Leão no início de janeiro.

Siza Vieira adiantou que revisitar essas regras é algo que “certamente” o Conselho da Competitividade irá discutir. “No Conselho da Competitividade, o que queremos garantir é que implementamos rapidamente as respostas imediatas à crise e só aí poderemos ver em que estado está a economia e que tipo de ilações poderemos tirar”, acrescentou.

Portugal quer adoção de primeira lei europeia para inteligência artificial

Portugal vai, no âmbito da presidência portuguesa da UE, apostar na adoção da primeira lei comunitária sobre inteligência artificial (IA), baseada na transparência e no respeito pelos direitos dos utilizadores, esperando também cooperação com a Administração norte-americana. “Damos muita importância ao quadro legal para a IA. Neste momento, é evidente que a IA é a base para a produtividade reforçada e tem um grande potencial para crescimento”, disse o ministro da Economia.

Pedro Siza Vieira vincou que “as normas da sociedade e dos indivíduos devem ser respeitadas na área da IA e nos algoritmos envolvidos”. Por essa razão, Portugal vai apostar na adoção deste primeiro quadro legal ao nível da UE para a IA, que deverá assentar num “enquadramento transparente, que tenha em conta os riscos envolvidos e que proteja os valores da UE, em questões como os direitos humanos e a privacidade, entre outros”, indicou.

“É importante que os cidadãos tenham confiança na economia digital”, observou, apontando que “a IA tem sido usada em aplicações para indivíduos e consumidores e, nos próximos passos, deverá centrar-se no processamento de grande volume de dados relativamente ao setor de indústria e cidades”.

Questionado sobre o reconhecimento facial, usado para identificação ou para uso de equipamentos eletrónicos e que já levantou várias críticas no espaço comunitário por eventuais violações de privacidade dos cidadãos, Siza Vieira afirmou que, também nesta área, “é preciso acautelar que se respeitam os valores da UE”.

O ministro adiantou que esta será uma das questões mencionadas na declaração de Lisboa sobre democracia digital, que deverá ser assinada numa cimeira na capital portuguesa. “A declaração de Lisboa vai nesse sentido [de assegurar o respeito pelos direitos dos cidadãos”, referiu, admitindo ainda o “importante benefício geral para a economia e para a vida dos cidadãos e das empresas” de instrumentos como o reconhecimento facial.

O responsável defendeu, ainda, que estas normas criadas ao nível comunitário para o espaço digital deviam ser “partilhadas com as sociedades que têm os mesmos valores que a UE”, razão pela qual disse esperar “com a administração norte-americana para criar valores partilhados nesta área”.

Outro dos assuntos abordados foi a nova legislação comunitária para o online, proposta pela Comissão Europeia no final de 2020, e cujo processo negocial “ainda está muito no início”, com discussões ao nível dos grupos de trabalho dos Estados-membros. “Isso não quer dizer que sejamos menos ambiciosos”, apontou Pedro Siza Vieira, assegurando que Portugal estará “muito disponível” para discutir estas propostas com o Parlamento.

As novas leis dos Serviços Digitais e dos Mercados Digitais, propostas em meados de dezembro passado pela Comissão Europeia ao Conselho e ao Parlamento Europeu, visam a criação de novas obrigações e responsabilidades para as plataformas ‘online’ para assegurar que o que é crime ‘offline’ também o seja no espaço digital, prevendo severas multas para as tecnológicas que não o monitorizarem.

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Viajantes de Portugal e mais três países serão impedidos de entrar na Alemanha

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2021

Viajantes de Portugal, Reino Unido, África do Sul e Brasil vão ser impedidos de entrar na Alemanha, decidiu o Governo alemão. Lista poderá ser atualizada com mais países.

Viajantes de Portugal, Reino Unido, África do Sul e Brasil vão ser impedidos de entrar na Alemanha, confirmou esta quinta-feira o ministro do Interior do Governo de Berlim, Horst Seehofer.

De acordo com o Executivo de Berlim, os países que fazem parte desta lista estão afetados pelas mutações do novo coronavírus. “Neste momento, estamos na fase de coordenação entre os ministérios para proibirmos a entrada de [pessoas provenientes] destes países. Quero dizer, de regiões onde se apresentam as mutações [do SARS-CoV-2]”, disse o ministro, antes da reunião informal dos ministros do Interior da União Europeia.

Seehofer admite que a lista de quatro países, que incluiu Portugal, pode vir a ser alargada nas próximas semanas. O ministro acrescentou que, “como sempre em política”, a questão “mais importante” agora é decidir “quais vão ser as exceções que vão ser aplicadas”. Nesse sentido, frisou que não quer especular e que vai esperar pelo resultado das consultas governamentais que se “estão a levar a cabo de forma muito intensa”.

Na terça-feira passada, Seehofer afirmou ao diário alemão Bild que o Governo de Berlim estava disposto a propor a redução “quase a zero” dos voos internacionais e restringir ao máximo as viagens essenciais ao país. “O perigo provocado pelas múltiplas mutações [do novo coronavírus] obriga-nos a considerar medidas drásticas”, disse Seehofer sem especificar os planos, apesar de ter indicado que se estava a estudar o endurecimento dos controlos fronteiriços, especialmente com as regiões de risco elevado.

No domingo, entraram em vigor na Alemanha restrições à entrada no país de viajantes provenientes de zonas de “alta incidência acumulada” em sete dias: superior a 200 casos por 100 mil habitantes. Desses países já fazem parte cerca de 20 Estados, entre os quais, Portugal, Espanha, República Checa, Bolívia e Colômbia. Os viajantes provenientes destes países devem apresentar um duplo teste negativo para poderem entrar em território alemão, realizado até 48 horas antes do voo e depois devem realizar um teste, no quinto dia de quarentena, quando já se encontram em território alemão.

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Presidência portuguesa vai acompanhar “de perto” desenvolvimento do 5G na União Europeia

O ministro das Infraestruturas e Habitação disse ao Parlamento Europeu que a presidência portuguesa do Conselho vai acompanhar "de perto" a implementação do 5G na UE e a segurança das novas redes.

A presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) vai acompanhar “de perto os desenvolvimentos relativos à implantação e à segurança das redes 5G”, disse no Parlamento Europeu o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

Numa audição na Comissão da Indústria, Investigação e Energia, na qual foram apresentadas as prioridades da presidência portuguesa nas várias áreas e setores, Pedro Nuno Santos destacou que uma “implementação bem-sucedida do 5G é fundamental para alcançar os objetivos do mercado único digital” e para “preservar a liderança da UE na indústria digital global”.

Portugal é um dos poucos países da UE que ainda não começou a implementar a quinta geração de redes móveis. Está atualmente em curso um leilão de frequências promovido pela Anacom, sendo que a Vodafone pediu recentemente a suspensão do processo por causa das medidas de confinamento, revelou o ECO na quarta-feira.

Bruxelas tinha inicialmente previsto que cada Estado-membro deveria ter uma cidade com cobertura 5G até ao final de 2020. Mas a crise sanitária trocou as voltas ao plano e Pedro Nuno Santos disse agora esperar a revisão do Plano de Ação do 5G pela Comissão: “A pandemia provocou atrasos na implementação do 5G em vários países. Vamos acompanhar todos os desenvolvimentos e a revisão deste plano de ação, que esperamos que dê resposta a algumas das dificuldades que surgiram com a pandemia”, afirmou.

Na intervenção no Parlamento Europeu, por videoconferência, Pedro Nuno Santos destacou que o 5G é de “grande importância estratégica para a Europa”, pois será a base da conectividade e da “transformação digital” de setores estratégicos como os “transportes, energia, saúde e comunicação social”, disse. Dito isto, acrescentou: “A pandemia da Covid-19 reforçou ainda mais a importância estratégica do 5G.”

O ministro afirmou também que a implementação do 5G gera “desafios que requerem medidas de segurança”. Segundo Pedro Nuno Santos, a presidência portuguesa apresentará conclusões do Conselho sobre a estratégia da UE para a cibersegurança “que será levado ao Conselho de Assuntos Gerais em março”.

Privacidade e identidade também em foco

A presidência portuguesa está também atenta a outros temas na área digital, incluindo o desenvolvimento de um método de identidade digital dos cidadãos na UE.

“A identificação eletrónica tornou-se fundamental. Os utilizadores esperam rapidez, segurança, conveniência e proteção de dados pessoais”, disse Pedro Nuno Santos. Por isso, Portugal está a aguardar a proposta da Comissão Europeia para a implementação de uma forma de identificação digital “versátil” e segura.

“Neste semestre, a presidência dará início à negociação da proposta assim que for adotada pela Comissão”, afirmou o ministro das Infraestruturas e Habitação.

A presidência portuguesa vai também ter em mãos a inauguração do novo cabo submarino EllaLink em junho, a regulamentação da privacidade eletrónica e a revisão do regulamento que ditou o fim das tarifas de roaming na região.

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Utentes não seguidos no SNS devem inscrever-se para vacina

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2021

Os utentes não seguidos no Serviço Nacional de Saúde e os profissionais de saúde “em prática isolada e que não estejam inscritos numa ordem profissional" devem inscrever-se num formulário próprio.

Os utentes que não são seguidos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) terão de se inscrever para a vacinação contra a covid-19 num formulário disponibilizado pelas autoridades na internet.

De acordo com a informação disponibilizada no endereço https://covid19.min-saude.pt/vacinacao/, que explica todas as fases do plano de vacinação contra a coovid-19, as autoridades de saúde pedem aos cidadãos para esperarem até serem contactados pelos serviços de saúde, mas dizem que os utentes não seguidos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os profissionais de saúde “em prática isolada e que não estejam inscritos numa ordem profissional” devem inscrever-se num formulário próprio.

O grupo de trabalho do plano de vacinação contra a covid-19 apresenta esta quinta-feira a atualização do Plano Nacional e faz um balanço do primeiro mês de vacinação. Esta apresentação surge depois de terem sido anunciadas atualizações no plano para se poder incluir nos grupos prioritários titulares de altos cargos de decisão e bombeiros, por exemplo.

Esta semana, numa carta aberta divulgada na imprensa, especialistas em infecciologia, pneumologia, virologia e saúde pública defenderam que os critérios de vacinação fossem alterados para dar prioridade aos maiores de 80 anos.

Sublinhando que o que os move “não é um juízo político, mas um imperativo ético e uma preocupação científica”, nomes como António Silva Graça (epidemiologista), Pedro Simas (virologista), Filipe Froes (pneumologista) e Constantino Sakellarides (especialista em saúde pública) defendem que “a forma mais eficaz de reduzir o número total de mortos é vacinar os maiores de 80 anos e o pessoal médico e de saúde”.

O plano de vacinação contra a covid-19 está dividido em três fases, a primeira das quais, a decorrer, abrange profissionais de saúde e idosos e pessoal que os acompanha nos lares. Esta fase, que se prolonga até final de março, inclui também profissionais das forças armadas, forças de segurança e serviços críticos.

Nesta fase serão igualmente vacinadas, a partir de fevereiro, pessoas de idade igual ou superior a 50 anos com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.

A segunda fase arranca a partir de abril e inclui pessoas de idade igual ou superior a 65 anos e pessoas entre os 50 e os 64 anos de idade, inclusive, com pelo menos uma das seguintes patologias: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, hipertensão arterial, obesidade e outras doenças com menor prevalência que poderão ser definidas posteriormente, em função do conhecimento científico.

Na terceira fase será vacinada a restante população, em data a determinar.

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Suspensão de 26 voos semanais com o Brasil vai ter “forte impacto” na TAP

Depois do Reino Unido, Portugal decidiu suspender também todos os voos de e para o Brasil por causa da Covid-19. A TAP, que conta com 26 voos semanais para este destino, admite "forte impacto".

A TAP sofreu mais um golpe por causa do novo coronavírus. Numa altura de poucas viagens, e depois da suspensão dos voos entre Portugal e o Reino Unido, a decisão do Governo de suspender as ligações com o Brasil vai ter um “forte impacto” na companhia aérea portuguesa, que conta com 26 voos semanais para aquele destino.

“As rotas do Brasil e as suas conexões representam um importante volume das receitas para a TAP”, diz a empresa. Neste sentido, “esta suspensão de voos de e para o Brasil vai ter um forte impacto na companhia, adiando a recuperação“, diz a TAP ao ECO.

“Até ao dia 14 de fevereiro, estão suspensos todos os voos, comerciais ou privados, de todas as companhias aéreas, de e para o Brasil. As regras agora estabelecidas são igualmente aplicáveis aos voos de e para o Reino Unido”, disse o Ministério da Administração Interna, em comunicado.

O Governo justifica esta suspensão dos voos de e para o Brasil, bem como o Reino Unido, com a evolução da situação epidemiológica a nível mundial, o aumento dos casos de infeção por SARS-CoV-2 em Portugal e a deteção de novas estirpes do vírus. A estirpe brasileira é, a par da britânica e da África do Sul, uma das que mais preocupa as autoridades.

"As rotas do Brasil e as suas conexões representam um importante volume das receitas para a TAP.”

Fonte oficial da TAP

A TAP, que diz que “cumpre todas as restrições e recomendações definidas pelas diversas autoridades”, vai ter de aterrar os aviões que tinham o Brasil como destino. E são vários. “Atualmente, a TAP está a operar 26 voos de ida-e-volta por semana entre Lisboa e Porto e o Brasil, para oito destinos diferentes”, conta a empresa.

Estes 26 voos são já uma “amostra” do peso que este mercado teve para a TAP. “Recorde-se que em fevereiro de 2020, antes da pandemia, a TAP realizava 71 voos de ida-e-volta por semana para o Brasil. Os 26 que opera neste momento representam uma quebra de 63%.

“No total da sua rede, em fevereiro de 2021, a TAP espera operar 19% do que operava no mesmo mês do ano passado”, diz a empresa ao ECO. Em março, de acordo com uma comunicação recente do CEO aos trabalhadores, a TAP estimava uma “oferta de voos entre os 25% e os 28% face a março de 2020, primeiro mês em que sentimos o impacto da pandemia, durante o qual cortamos a nossa capacidade (ASK) em 34%”.

A TAP, que está a atravessar um processo de reestruturação que prevê a saída de trabalhadores, venda de aviões, entre outras medidas, continua a ser castigada pela pandemia em 2021, isto depois de no ano passado ter sofrido um forte embate com a pandemia. A companhia aérea portuguesa realizou, em 2020, menos 91 mil voos do que no ano anterior. E transportou menos 13 milhões de passageiros.

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Confinamento penaliza confiança das empresas em janeiro

O indicador de clima económico caiu em janeiro com as empresas dos setores da indústria transformadora e do comércio menos otimistas. Já a confiança dos consumidores recuperou, mas menos do que antes.

O indicador que mede as expectativas e confiança das empresas voltou a cair em janeiro, mês em que o país voltou ao confinamento generalizado, enquanto o sentimento dos consumidores recuperou, ainda que de forma menos expressiva do que em meses anteriores, segundo revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O indicador de clima económico, que resulta de inquéritos às empresas sobre a evolução do negócio e perspetivas futuras, “diminuiu em janeiro, contrariando o aumento observado em dezembro e interrompendo o perfil de recuperação observado entre maio e outubro”, adianta o INE esta quinta-feira.

A Indústria transformadora e o Comércio, este último um dos mais afetados pelas restrições de funcionamento das lojas de bens e serviços não essenciais implementadas pelo Governo para travar a disseminação do vírus, foram os setores que registaram quebras na confiança. Por outro lado, este indicador aumentou nos setores da Construção e Obras Públicas e dos Serviços.

Já o indicador de confiança dos consumidores “aumentou de forma menos pronunciada que no mês anterior, contrariando a diminuição observada em novembro”, acrescenta o gabinete de estatísticas.

Esta subida resultou do contributo positivo das “expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país e da realização de compras importantes”, contextualiza o INE.

Adianta ainda que “as perspetivas relativas à evolução da situação financeira do agregado familiar apresentaram um contributo nulo para a evolução do indicador, enquanto as opiniões relativas à evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo negativo” para a confiança das famílias.

Sentimento económico e expectativas de emprego caem na Zona Euro

O indicador do sentimento económico e o indicador de expectativas de emprego recuaram, em janeiro, na Zona Euro e na União Europeia (UE), face a dezembro, divulgou esta quinta-feira a Comissão Europeia.

Segundo dados da Direção-geral dos Assuntos económicos e Financeiros da Comissão Europeia, de dezembro para janeiro o sentimento económico caiu 0,9 pontos para os 91,5 na Zona Euro e 0,6 pontos para os 91,2 na na União Europeia (UE).

O indicador de expectativas de emprego também diminuiu, mas de forma mais acentuada: 1,6 pontos para 88,8 na zona euro e 1,3 pontos para 90,0 na UE.

Entre as maiores economias da Zona Euro, o sentimento económico caiu em França (-2,6 pontos) e na Alemanha (-2,3), tendo melhorado em Espanha (2,4), Holanda (0,6) e Itália (0,4).

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Governo alarga apoio a emigrantes que queiram voltar a Portugal

Emigrantes que regressem a Portugal e "iniciem atividade laboral mediante a criação de uma empresa ou do próprio emprego" passam também a poder beneficiar destes apoios.

O Governo irá prolongar até ao final de 2023 os apoios que são oferecidos aos emigrantes portugueses que desejem voltar ao país, no âmbito do Programa Regressar. Este programa de apoios será também alargado a um grupo mais vasto de pessoas, nomeadamente aos portugueses que se proponham a voltar para Portugal para criar o seu próprio posto de trabalho ou uma empresa.

A portaria n.º 23/2021, publicada esta quinta-feira em Diário da República, começa assim por esclarecer que irá entrar em vigor na sexta-feira um “prolongamento do horizonte temporal de aplicação da Medida de Apoio ao Regresso de Emigrantes a Portugal até ao final de 2023“. Esta trata-se de uma medida que foi inicialmente criada de forma a atribuir um “apoio financeiro” aos emigrantes que retornassem a Portugal e iniciassem “atividade laboral” no país.

No documento, é ainda feito destaque ao “alargamento da cobertura” deste programa de apoios, que inicialmente era apenas destinado a “emigrantes e seus familiares que” iniciassem uma “atividade laboral por conta de outrem em Portugal continental”. Agora, “também aqueles que regressem ao País e que iniciem atividade laboral mediante a criação de uma empresa ou do próprio emprego” poderão beneficiar deste programa.

No âmbito desta medida, os emigrantes que optem por voltar a viver e a trabalhar em Portugal terão direito a um apoio financeiro de cinco ou seis vezes o valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS), dependendo do tipo de contrato de trabalho por eles assinado, e com o mesmo a ser “reduzido na devida proporção caso a atividade seja desenvolvida a tempo parcial”. “Um apoio adicional igual ao valor do IAS” ocorre, adicionalmente, “sempre que a duração efetiva do contrato de trabalho alcance, pelo menos, 12 meses”.

No que concerne a apoios de natureza complementares, são aqui consideradas também comparticipações associadas aos “custos da viagem para Portugal do destinatário e restantes membros do agregado familiar”, aos “custos de transporte de bens para Portugal” e aos “custos com o reconhecimento, em Portugal, de qualificações académicas ou profissionais”.

Para beneficiar destes apoios, os quais consideram uma majoração de “20% por cada elemento” adicional do “agregado familiar” que também fixe residência em Portugal, ou de 25% quando a fixação do indivíduo ocorrer em territórios do interior do país, é preciso, no entanto, realizar a candidatura através do portal do IEFP.

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TELLES assessora integração de Hotel do Sado no grupo B&B Hotels

Esta assessoria foi liderada pelo sócio Miguel Nogueira Leite e contou ainda com a participação de João Gião Mamede, Paula Moreira de Jesus e João Pedro Lucena.

A sociedade de advogados TELLES assessorou a integração do Hotel do Sado no grupo hoteleiro francês B&B Hotels. A operação envolveu as equipas da TELLES especializadas em direito imobiliário, laboral e fiscal.

Esta assessoria foi liderada pelo sócio Miguel Nogueira Leite e contou ainda com a participação de João Gião Mamede, Paula Moreira de Jesus e João Pedro Lucena. “Esta integração reflete a aposta do grupo internacional numa região com um forte potencial de desenvolvimento, explorando um Hotel já bem posicionado neste mercado”, refere a firma em comunicado.

Com esta integração o Hotel do Sado Business & Nature passa a designar-se por B&B Hotel Sado Setúbal, incorporando um dos maiores grupos hoteleiros internacionais.

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