Tribunais com prazos judiciais suspensos

Os prazos de processos judiciais estão suspensos, para já, anunciou o Primeiro-ministro. Também as diligências judiciais foram suspensas. Só continuam a correr os dos processos urgentes.

Face ao aumento do número de casos de Covid-19 em Portugal, os prazos judiciais foram suspensos, anunciou esta quinta-feira o Primeiro-ministro, António Costa. Também as diligências judiciais foram suspensas, tirando as relativas aos processos urgentes que são, por exemplo, os que têm arguidos em prisão preventiva. Medidas que entram em vigor a partir de sexta-feira.

Na quarta-feira, o Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) tinha pedido a suspensão de prazos com caráter de urgência à Assembleia da República.

António Marçal, presidente do SFJ, pediu assim uma intervenção urgente do Parlamento de forma serem suspensos “os prazos não urgentes em face da situação epidemiológica do país”, bem como “um tratamento igual dos agentes da justiça”. Isto porque, denuncia o sindicato, os números de infeções por coronavírus de funcionários a trabalhar nas secretarias dos tribunais está a aumentar “exponencialmente” em todo o país, especialmente nos DIAP’s de todo o país. Já os magistrados (juízes e procuradores do MP) estão, na sua maioria, em teletrabalho.

Dos inúmeros casos de infeção nos tribunais e serviços do Ministério Público, a título de exemplo, o DIAP de Coimbra, com três secções de processos e uma secção central, prestam serviço 27 oficiais de justiça e 17 magistrados. Terça-feira, estavam infetados sete oficiais de justiça e quatro magistrados, estando 18 oficiais de justiça em isolamento por ordem da Autoridade de Saúde. Tendo sido ordenado regresso ao serviço presencial de uma oficial de justiça em teletrabalho (por ser de grupo de risco) e requisitados trabalhadores ao Tribunal de Execução de Penas de Coimbra, Juízo Criminal de Coimbra, Serviços do MP de Soure e ao DIAP da Figueira da Foz.

Há duas semanas — quando se começou a perceber que o caminho a curto prazo seria o do confinamento geral — o bastonário da Ordem dos Advogados apelou ao Presidente da República, ao Parlamento e ao Governo para que os tribunais continuem abertos. . “Efetivamente a experiência desse encerramento em março passado foi altamente prejudicial para o exercício dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, tendo por isso ocorrido uma profunda reforma e adaptação dos tribunais para que os mesmos possam funcionar em condições de segurança, tendo as necessárias adaptações sido aceites, com muito sacrifício, pelos diversos operadores judiciários”, referiu o bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão.

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Todas as escolas vão fechar portas por 15 dias

O Governo acabou por recuar na decisão de manter as escolas abertas durante o confinamento geral. Ditou assim a interrupção de todas as atividades letivas durante os próximos 15 dias.

Manter as escolas abertas foi uma das grandes diferenças deste confinamento geral para o que esteve em vigor em março. O Governo decidiu manter todas as aulas em funcionamento, mas acabou por ter de recuar na decisão. As escolas vão assim encerrar durante 15 dias, sendo as aulas suspensas, anunciou o primeiro-ministro.

Perante o avanço da prevalência da nova estirpe do vírus no país, “manda o princípio da precaução” ditar a “interrupção de todas atividades letivas durante os próximos 15 dias”, a partir desta sexta-feira, adiantou António Costa, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros. Esta interrupção “será devidamente compensada no calendário escolar”, com o alargamento de período presencial em outro período dedicado a férias, sendo que o ministro da Educação irá definir o ajuste com o Conselho de diretores de escola.

Os pais de crianças até 12 anos terão faltas justificadas, se não estiverem em teletrabalho, e será também reativado o apoio que foi dado no primeiro confinamento para os pais que tenham de faltar ao trabalho para ficar com os filhos, que equivale a 66% do rendimento. Já as escolas de acolhimento vão ficar abertas para crianças até aos 12 anos cujos pais trabalhem em serviços essenciais e vai também continuar a ser assegurado o apoio alimentar para as crianças beneficiam de ação social escolar.

Os ATL e as creches também fecham por 15 dias, enquanto as universidades poderão ter de reajustar o calendário de avaliações. As medidas serão reavaliadas daqui a uma quinzena. Apesar desta decisão, o primeiro-ministro fez questão de destacar que “as escolas não foram nem são o principal foco de transmissão”.

Quando o Governo decidiu como seria o confinamento, sempre reiterou que as escolas seriam a exceção. Após a reunião no Infarmed, não existia consenso quanto aos alunos com mais de 12 anos, mas a decisão acabou por ser manter tudo aberto. Com o continuado aumento de casos e fraca adesão ao dever de recolhimento, começaram a surgir críticas às várias exceções à regra de ficar em casa.

O primeiro-ministro acabou por admitir, no debate no Parlamento, esta terça-feira, que fecharia as escolas caso “a estirpe inglesa for dominante” em Portugal. Mais tarde nesse dia, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, adiantou que a nova variante do vírus já representava cerca de 13% dos casos.

Entretanto, esta quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa já sinalizava que o país está perante “uma situação nova que parece mais grave do que se pensava, porque há duas semanas a nova estirpe representava 5% dos caos e agora representa 20% e com tendência a galopar”, em declarações ao Observador.

De recordar que apesar da decisão inicial de manter as escolas abertas, o Governo tinha determinado o encerramento de centros de estudo e ATL. No entanto, acabou por recuar, na revisão das regras anunciada esta segunda-feira, e permitir a abertura dos ATL para as crianças até aos 12 anos. Agora, voltou de novo atrás e os ATL terão de fechar por 15 dias.

(Notícia atualizada às 15h15)

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Escolas fecham. Pais podem pedir apoios

O Governo reuniu em Conselho de Ministros e anunciou novidades sobre o confinamento, alargando-o com o encerramento das escolas durante 15 dias.

Três dias depois de apertar o confinamento aos portugueses, o Governo alargou-o com o encerramento das escolas em todo o país por 15 dias. A prevalência da nova variante do coronavírus está a aumentar, com o número de novos casos diário em Portugal a aproximar-se de 15 mil e os óbitos a fixarem-se em mais de duas centenas por dia.

Acompanhe aqui todas as informações e reações à decisão do Governo.

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Josefinas lança novos modelos vegan, marca quer ser mais sustentável

A coleção vegan da Josefinas é constituída por cinco modelos de bailarinas e os preços variam entre 149 e 169 euros. As sabrinas são produzidas sem recorrer a materiais de origem animal.

A marca portuguesa Josefinas, conhecida pelas icónicas sabrinas, quer continuar a apostar na produção sustentável e acaba de lançar três novos modelos na sua coleção vegan.

As bailarinas são criadas à mão por mestres sapateiros portugueses e são feitas a partir de couro falso, que incorpora uma grande percentagem de biomassa, derivada de cereais e sintéticos reciclados. Todo o processo de fabrico é 100% livre de materiais de origem animal.

Depois de ter lançado as Josefinas Vegan Black e as Josefinas Vegan Pink, a marca portuguesa sentiu que era importante apresentar novos modelos na sua coleção vegan. Com o propósito da sustentabilidade em mente, a Josefinas desenvolveu as Josefinas Vegan Suede Beige, as Josefinas Vegan Black Sunbeam e as Josefinas Vegan Rose.

A coleção vegan da Josefinas é constituída por cinco modelos de bailarinas e os preços variam entre 149 e 169 euros. A coleção está disponível exclusivamente online.

A Josefinas é uma marca portuguesa criada com o propósito de inspirar e dar poder às mulheres através de sapatos rasos. A empresa foi fundada em 2013 por duas mulheres e atualmente exporta para mais de 100 países.

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Governo espera 40 mil candidaturas ao novo concurso do Apoiar.pt

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2021

O Governo pagou já cerca de 268 milhões de euros às empresas nas duas tranches do programa Apoiar.pt, destinado aos setores mais afetados pela pandemia.

O Governo prevê que o novo concurso do programa Apoiar.pt, que abrange as quebras registadas no quarto trimestre, deverá receber cerca de 40 mil candidaturas, em linha com o que aconteceu na fase anterior, foi anunciado.

“Na primeira fase tivemos 40 mil candidaturas e estamos à espera de um número idêntico no que se refere ao [concurso] que abrange quarto trimestre”, afirmou o secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, em declarações à agência Lusa.

O executivo abriu esta quinta-feira um novo concurso, no âmbito do programa Apoiar.pt, destinado a compensar as perdas verificadas no quarto trimestre de 2020, com condições similares às do anterior.

“Faremos um apoio às perdas do trimestre anterior e tentamos antecipar, para preservar as empresas e o emprego, o que é a situação que todos antevemos que pode acontecer ao longo deste trimestre”, notou o governante.

Governo já pagou 268 milhões de euros às empresas

O Governo já pagou cerca de 268 milhões de euros às empresas nas duas tranches do programa Apoiar.pt, destinado aos setores mais afetados pela pandemia, avançou também esta quinta-feira o secretário de Estado da Economia à Lusa.

“Temos, no acumulado da primeira e da segunda tranche, cerca de 268 milhões de euros pagos”, afirmou João Neves, em declarações à Lusa.

Lançado em 2020, o programa Apoiar.pt atribui subsídios a fundo perdido às empresas com quebras de faturação decorrentes das medidas de mitigação do risco de contágio pela Covid-19. Na sequência do último Conselho de Ministros, foi decidido antecipar pagamentos da segunda tranche.

Assim, desde segunda-feira e até esta quinta-feira, foram efetuados pagamentos a “cerca de 15 mil empresas, no montante de 77 milhões de euros”.

Este montante soma-se aos 191 milhões de euros liquidados no âmbito da primeira tranche, perfazendo 268 milhões de euros.

“Esta é a tentativa de responder às circunstâncias difíceis que um conjunto de setores atravessa”, sublinhou, João Neves.

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Morreram mais 221 pessoas por Covid-19, um novo recorde. Há 13.544 novos casos

Desde o início da pandemia já 595.149 pessoas ficaram infetadas, das quais 9.686 morreram.

O número de óbitos diários aumenta pelo quinto dia consecutivo. Morreram mais 221 pessoas por Covid-19 em Portugal, um novo recorde. Desde o início da pandemia já morreram 9.686 pessoas. O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) mostra ainda 13.544 novos casos, elevando o total para 595.149.

A maioria das pessoas que morreram encontrava-se na região de Lisboa e Vale do Tejo (85). No Centro morreram 59 pessoas, No Norte 53, no Alentejo 16 e no Algarve 8. Nas últimas 24 horas não foram registados óbitos por Covid-19 nas regiões autónomas.

Lisboa e Vale do Tejo foi também a região onde se registou mais novos casos, mais especificamente 5.401. No Norte foram confirmados 4.510 infetados, no Centro 2.539, no Alentejo 638, no Algarve 355, na Madeira 78 e nos Açores 23.

Boletim de 21 de janeiro

No total, já 434.237 pessoas recuperaram da doença provocada pelo SARS-Cov-2, mais 5.873 do que no dia anterior. Ainda assim, o número de casos ativos continua a aumentar e ultrapassou pela primeira vez os 150 mil. Há 151.226 casos ativos, mais 7.450 que na quarta-feira.

O boletim epidemiológico dá conta de mais 8.866 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, depois de terem contactado com outro caso positivo. No total, estão 192.900 pessoas nesta situação.

(Notícia atualizado pela última vez às 14h31)

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Estado tem 11.624 imóveis avaliados em 6.000 milhões

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2021

O secretário de Estado do Tesouro referiu que o património imobiliário do Estado atualmente inventariado abrange 11.624 imóveis cujo valor de mercado rondará os 6.000 milhões de euros.

O património imobiliário do Estado atualmente inventariado abrange 11.624 imóveis cujo valor de mercado rondará os 6.000 milhões de euros, revelou esta quinta-feira o secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz.

O governante falava na Comissão de Economia, Habitação, Obras Públicas e Habitação, durante uma audição conjunta com a secretária de Estado da Habitação, sobre as fragilidades e deficiências apontadas pelo Tribunal de Contas (TdC) ao Sistema de Informação dos Imóveis do Estado (SIIE).

Miguel Cruz advertiu, contudo, que o total de 11.624 imóveis registados reporta a 20 de janeiro — “hoje se calhar já não serão esses, já haverá alguma variação”, ressalvou — e que o valor de mercado apontado é apenas uma “estimativa aproximada, com base em várias variáveis, do que pode ser o seu valor de mercado”, já que este “tem uma variabilidade enorme” e só pode ser efetivamente apurado “quando há uma operação em vista”. Entre estes imóveis, o secretário de Estado disse existirem “cerca de 1.000 edifícios sem ocupação”, o que “significa que estão, em muito casos, devolutos”.

No seu “Relatório de Auditoria à Inventariação do Património Imobiliário do Estado”, divulgado no passado dia 7, o TdC alertou que o Estado continua sem um “inventário completo e atualizado” do seu património, mantendo uma base de dados “incompleta”, com “erros” e “fragilidades estruturais” que prejudicam uma gestão integrada destes ativos.

“No Sistema de Informação dos Imóveis do Estado (SIIE), no final de 2019, estavam identificados como pertencendo ao domínio privado do Estado 9.495 imóveis. Porém, o inventário dos imóveis do Estado continua longe de concluído e não foram superados constrangimentos vários”, lê-se no relatório. No documento, o Tribunal recorda que tem vindo “a alertar, há muitos anos, para as fragilidades na inventariação”, mas o facto é que, “no final de 2019, continua a não existir um inventário completo e atualizado do património imobiliário do Estado”.

Na audição de hoje na Assembleia da República, o secretário de Estado do Tesouro reconheceu as “fragilidades e falhas de informação” no SIIE, recordando que estas “vêm sendo identificadas há vários anos” e atribuindo-as ao facto de o sistema “ter uma natureza que faz com que seu funcionamento seja relativamente pouco flexível”.

Miguel Cruz salientou, contudo, que a auditoria do TdC “tem como referência o ano 2019” e que “a natureza da informação e a natureza dos controlos têm vindo a ser reforçados durante o ano 2020, num esforço grande que tem vindo a ser feito de atualização da informação e de solidificação da natureza da informação”.

O sistema de informação tem vindo a ser trabalhado em 2020 para reforçar a informação residente no sistema e para se dar o passo seguinte em termos do novo sistema de informação”, disse, referindo-se à nova plataforma de inventariação criada no âmbito dos Programas de Gestão do Património Imobiliário do Estado e de Inventariação 2009-2012, mas que não chegou ainda a ser concretizada.

Precisando que “não se trata propriamente de uma plataforma”, o governante explicou que o que se pretende “é evoluir para sistema de informação que tenha determinadas características ao nível da capacidade de interligação e atualização permanente e que seja, efetivamente, flexível, para ter sempre dados atualizados e automatismos importantes”.

Embora admitindo “determinadas falhas” do atual sistema “na caracterização dos imóveis em determinado momento”, Miguel Cruz salientou que tal “não quer dizer que exista um desconhecimento sobre os imóveis que o Estado tem”: “O que acontece é alguma desatualização em cada momento, porque a informação tem de ser carregada, não há um carregamento automático”, disse.

De acordo com o secretário de Estado, o SIIE “não foi criado para ter, em cada momento, reportadas todas as variações patrimoniais”, pelo que não faz uma “atualização permanente diária”, sendo precisamente esse “o esforço grande que tem vindo a ser feito, particularmente durante o ano 2020”.

O trabalho de desenvolvimento do novo sistema de informação já começou, já estamos a preparar o trabalho de passagem de toda a informação para o novo sistema. Mas isso não tem impedido que tenhamos optado por, em simultâneo, nos focarmos na eficiência da gestão da ocupação dos imóveis ou na sua aplicação nas políticas públicas”, nomeadamente de habitação, afirmou.

Assegurando que a transparência da informação está assegurada, mesmo com as limitações do atual sistema, Miguel Cruz referiu que a Direção-Geral do Tesouro e Finanças vai divulgando as ações que são desenvolvidas sobre os vários imóveis. “Os desvios entre sistemas e as discrepâncias existem, desde logo, porque o Estado adquire e transmite, de forma continuada, um conjunto de bens imóveis e de direitos sobre bens imóveis. Estamos a falar de heranças, transmissões legais, cedências, dações em cumprimento, mutações dominiais, alterações de uso. Mas a informação está residente no sistema. Pode ter falhas em cada um dos momentos, mas está residente e é transparente”, garantiu.

Também ouvida na comissão, a secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, ressalvou que a auditoria do TdC “não tem a ver com a tutela da habitação”, embora “não deixe de ser uma preocupação”, e considerou que vem confirmar “algumas ineficácias” reconhecidas “desde o início da anterior legislatura”.

Embora reconhecendo que essas “ineficácias” podem levar a “erros” ao nível das políticas públicas de habitação, designadamente no que respeita à aptidão habitacional dos imóveis constantes do sistema, a governante disse ter sido feita a opção de “correr o risco” e “começar a trabalhar em paralelo” com a melhoria da inventariação em curso.

“Temos imóveis identificados, alguns dos quais já percebemos que, depois, podem não ter aptidão habitacional, mas há outros em que os passos estão a ser dados para garantir habitação para os portugueses”, frisou.

Marina Gonçalves admitiu, contudo, que as melhorias que forem introduzidas no âmbito da nova plataforma e dos automatismos ali criados “terão, obviamente, um impacto positivo na promoção de políticas públicas de habitação e vão permitir flexibilizar o trabalho feito no IHRU [Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana] e no FNRE [Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado].

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Igreja suspende missas a partir de sábado

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2021

A partir de sábado, todas as missas, catequeses e atividades pastorais serão suspensas, na sequência da pandemia.

A Conferência Episcopal Portugal (CEP) anunciou esta quinta-feira a suspensão das missas, a partir de sábado, bem como catequeses e outras atividades pastorais que impliquem contacto, face à situação pandémica que o país está a viver.

“Tendo consciência da extrema gravidade da situação pandémica que estamos a viver no nosso País, consideramos que é um imperativo moral para todos os cidadãos, e particularmente para os cristãos, ter o máximo de precauções sanitárias para evitar contágios, contribuindo para ultrapassar esta situação”, refere a CEP em comunicado.

As dioceses das regiões autónomas dos Açores e da Madeira darão orientações próprias.

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Tancos: Conselho Regional de Lisboa critica a falta de condições sanitárias no julgamento

Após um advogado ter testado positivo à Covid-19, o julgamento do caso Tancos foi suspenso, tendo já surgido mais três positivos. O CRL critica a falta de condições de segurança.

O Conselho Regional de Lisboa (CRL) da Ordem dos Advogados denunciou a falta de segurança sanitária no julgamento do caso de Tancos, que coloca no lado dos arguidos o antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes. Em causa está o desrespeito de inúmeras regras de segurança.

“Inicialmente, as condições de segurança e higiene eram apertadas, alinhadas com as sugestões da Direção Geral de Saúde, mas, neste momento, foram demasiado aligeiradas. Já não se controlam devidamente as entradas, todos falam com todos – incluindo os arguidos, uns com os outros – e não se respeita o distanciamento social e outras regras de combate à pandemia”, refere João Massano, presidente do CRL.

Na sala de julgamento estão cerca de 60 pessoas, segundo o comunicado da CRL: o coletivo de juízes (três), o procurador, pelo menos 23 advogados, 23 arguidos, jornalistas e público.

“Importa sublinhar que as condições logísticas definidas em ata da reunião prévia deste julgamento não estão a ser cumpridas, nomeadamente, a criação de áreas extra para garantia do distanciamento social e, também, a proteção dos jornalistas presentes”, acrescentou.

No dia 13 de janeiro um dos advogados do caso testou positivo Covid-19. “O advogado tinha estado na sala, pela última vez, a 5 de janeiro. O Tribunal pediu que todos os que estiveram presentes na sessão de 5 de janeiro fossem testados. Foram encontrados mais três resultados positivos, dos quais dois também estiveram nas sessões de 11 e de 12 de janeiro – onde estiveram presentes pessoas que não tinham estado na sessão de 5 de janeiro. O Tribunal pediu, novamente, que fossem realizados testes a todos os presentes nas sessões de 11 e de 12 de janeiro”, explicou João Massano.

Desde então que o julgamento do caso Tancos encontra-se suspenso, pelo menos até ao dia 26 de janeiro.

“Este é o resultado que deveríamos a todo o custo evitar. A Justiça deve ser um exemplo e deve ser a primeira a salvaguardar, sempre, a segurança de todas as pessoas que se apresentam na sala de audiências. No presente contexto pandémico devem ser evitadas as diligências presenciais, as quais colocam em risco a segurança e a saúde de todos os intervenientes”, conclui.

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Bankinter afasta interesse na compra de outros bancos em Portugal

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2021

A gestão do Bankinter em Espanha afastou a hipótese de compra de outras instituições financeiras em Portugal. Mas reconheceu que há demasiados bancos no país.

A equipa de gestão do Bankinter afastou a possibilidade de o banco estar interessado em adquirir outras instituições em Portugal, apesar de reconhecer que há demasiadas entidades financeiras no país.

“É verdade que há mais entidades [bancárias] do que seria desejável [em Portugal], mas o Bankinter não está a pensar adquirir nenhuma”, assegurou a presidente do grupo na apresentação à imprensa dos resultados de 2020 da instituição, em Madrid.

María Dolores Dancausa acrescentou que esta posição é a mesma que o banco tem em Espanha, onde o Bankinter “está centrado no seu crescimento orgânico e não quer nada mais”.

O grupo fechou 2020 com um lucro de 317 milhões de euros, uma redução de 42,4% relativamente a 2019, principalmente devido ao impacto das provisões feitas para enfrentar os efeitos da Covid-19.

No relatório de atividade enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) em Espanha, o Bankinter informou que o resultado antes de impostos da sucursal que tem em Portugal foi de 45 milhões de euros em 2020, uma diminuição de 31%, devido, sobretudo, ao facto de o banco ter “deixado de libertar provisões” nesse ano.

“Excelente. A verdade é que [o Bankinter Portugal] fez um exercício excelente”, disse María Dolores Dancausa, insistindo que está “orgulhosa com o desempenho” da sucursal.

Na mesma videoconferência de imprensa, foi revelado que o Bankinter Portugal tem moratórias de ajuda (suspensão de pagamento de empréstimos) num total de 1.000 milhões de euros, que representam cerca de 15% da sua carteira, dos quais 600 milhões são a empresas.

Quanto ao rácio de morosidade (crédito malparado) era de 2,14% no final de 2020 e as provisões feitas para precaver das consequências da pandemia de Covid-19 de 2,5 milhões de euros.

A sucursal seguiu a “tendência” de crescimento do negócio com clientes do resto do grupo, com a carteira de crédito a crescer 7%, alcançando 6.600 milhões de euros no fim do ano.

Em simultâneo, ainda em Portugal, os recursos dos clientes cresceram 6%, atingindo 4.800 milhões de euros, e os recursos geridos fora de balanço aumentaram 2%, totalizando 3.600 milhões de euros.

Quanto às margens do Bankinter Portugal, a instituição realça os “crescimentos de dois dígitos”: 10% na margem de juros e 13% na margem bruta, “impulsionados pelo bom desempenho das comissões”.

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Supremo Tribunal confirma prisão efetiva de João Rendeiro

O ex-presidente do BPP, João Rendeiro, apresentou um requerimento no Supremo. Em Julho foi condenado a cinco anos e oito anos de prisão por crimes de falsidade informática e falsificação de documento.

O Supremo Tribunal de Justiça confirmou a pena de prisão efetiva aplicada a João Rendeiro, ex-presidente do BPP. Em causa os crimes de falsidade informática e falsificação de documento.

Em 2018, o ex-banqueiro tinha sido condenado pelo tribunal de primeira instância, com pena suspensa de pagar 400 mil euros à associação Crescer. Mas o Ministério Público recorreu da decisão e, em julho de 2020, Rendeiro foi condenado pelo Tribunal da Relação de Lisboa a cinco anos e oito meses de prisão efetiva. Agora, a mais alta instância judiciária confirma a mesma pena.

Em dezembro, para não cumprir esta pena de prisão efetiva, Rendeiro propôs-se pagar meio milhão de euros, sendo que no requerimento apresentado, nessa altura, no Supremo Tribunal de Justiça, a defesa de Rendeiro alegava que a pena efetiva de cinco anos “é levar longe demais o equilíbrio da prudência punitiva que são os critérios diretores da condenação justa porque proporcionada”.

Em Julho, o ex-administrador Paulo Guichard foi, por sua vez, condenado a quatro anos e três meses, pena suspensa na sua execução, e ao pagamento de 25 mil euros à associação “Os anjos”, pena que agora foi confirmada pelo TRL.

Já a Salvador Fezas Vital, o tribunal de segunda instância manteve a condenação pelos mesmos crimes a três anos e seis meses de prisão (com pena suspensa se pagar 15 mil euros à associação Cais). No processo foi ainda condenado, igualmente pelos mesmos crimes, o ex-administrador do BPP Paulo Lopes, a um ano e nove meses de prisão com pena suspensa.

Este processo estava relacionado com a adulteração da contabilidade do BPP, envolvendo uma verba a rondar os 40 milhões de euros, e o tribunal de primeira instância considerou que os arguidos agiram com dolo direto e que João Rendeiro, Paulo Guichard e Fezas Vital tinham perfeito conhecimento da ocultação de dados ao Banco de Portugal.

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DGS alerta para números “falsos” da Covid-19 partilhados nas redes sociais

  • Tiago Lopes
  • 21 Janeiro 2021

A Direção-Geral da Saúde alerta para dados falsos sobre o número de novos casos de Covid-19 que estão a ser divulgados nas redes sociais.

A Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Twitter, veio desmentir os números que começaram a circular nas redes sociais sobre os novos casos de infeção por Covid-19.

“Os números que estão a circular nas redes sociais relativamente aos casos de Covid-19 em Portugal são falsos. A informação oficial é a que consta no boletim da DGS, que será divulgado ao início da tarde, como habitualmente, após um processo aprofundado de verificação”, escreveu a Direção-Geral da Saúde no Twitter.

Recorde-se que este esclarecimento surge depois de esta quarta-feira, antes de a DGS divulgar o relatório diário onde mostrava um máximo de infeções e mortes por Covid-19, já terem circulado dados que acabaram por não se confirmar, sobretudo no que diz respeito à informação do número de mortes que circulava nas redes sociais.

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