Fusão entre PSA e Fiat formalizada, dá lugar à Stellantis

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2021

A Stellantis, que será liderada pelo português Carlos Tavares, será cotada na Euronext em Paris e no mercado financeiro de Milão a partir de segunda-feira, e na bolsa de Nova Iorque a partir de terça.

A fusão entre as empresas do setor automóvel PSA e Fiat-Chrysler foi tornada efetiva este sábado, criando um novo ‘gigante’ no setor com o nome Stellantis, foi anunciado. Num comunicado conjunto, a PSA, que possui marcas como a Peugeot, Citroën ou Opel, e a italo-americana Fiat-Chrysler, que possui as marcas homónimas e outras como a Alfa Romeo, Dodge, Jeep ou Lancia, anunciaram a formalização da nova empresa Stellantis, que será sediada nos Países Baixos.

A Stellantis, que será liderada pelo português Carlos Tavares (que presidia à PSA), será cotada na Euronext em Paris e no mercado financeiro de Milão a partir de segunda-feira, e na bolsa de Nova Iorque a partir de terça-feira.

A dimensão da Stellantis, tendo em conta os dados agregados das duas empresas relativos a 2019, vai colocá-la como o terceiro fabricante mundial em volume de negócios, com 167 mil milhões de euros, e o quarto em volume de veículos, com mais de oito milhões, atrás apenas da Volkswagen, Toyota e da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.

As duas empresas complementam-se em termos geográficos ao nível dos mercados da Europa e norte-americano, mas o grande desafio que se põe é o mercado asiático, principalmente a China.

De acordo com a analista Vittoria Ferraris, ouvida pela agência Efe, as vantagens da fusão encontram-se na dimensão da nova empresa, que é “essencial” para os investimentos necessários em termos de mobilidade elétrica, digitalização, conectividade e condução autónoma.

Também o analista Andrea Giuricin disse que “a eletrificação requer milhares de milhões de euros em investimentos e com tecnologia partilhada podem desenvolver-se economias de escala”.

“A PSA está claramente à frente da FCA no desenvolvimento de automóveis elétricos e híbridos”, algo que ajudará a Fiat e Chrysler, acrescentou Maria Teresa Bianchi, professora de economia empresarial na Universidade de Roma La Sapienza.

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Ministro das Finanças João Leão testa positivo à Covid-19

Governo anunciou que o responsável pela pasta das Finanças tem Covid-19. É o quinto elemento do Executivo infetado com a doença causada pelo novo coronavírus.

O ministro das Finanças João Leão está infetado com Covid-19, mas assintomático e a trabalhar, segundo anunciou este sábado o Governo. O gabinete de Leão não avançou como é que o ministro foi infetado, mas há outros membros do Executivo também doentes.

“O Ministro de Estado e das Finanças, João Leão, testou positivo à Covid-19. Está em confinamento domiciliário, não tendo até ao momento apresentado quaisquer sintomas e encontrando-se a trabalhar“, anunciou o ministério em comunicado.

O governante participou, na sexta-feira, em reuniões de trabalho com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e o colégio de comissários que se deslocou a Lisboa, no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia.

João Leão é o quinto membro do Governo a testar positivo à Covid-19, de acordo com o levantamento feito pelo ECO. O primeiro foi o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor. Já em novembro, o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, testou positivo para o SARS-CoV-2, depois do secretário de Estado do Planeamento, Ricardo Pinheiro, ter também testado positivo ao novo coronavírus.

Mais recentemente, também esta semana, a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, testou positivo à Covid-19. A governante está igualmente com “sintomas ligeiros” e encontra-se em confinamento domiciliário. Em consequência de “outros contactos”, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e o ministro do Mar, Serrão Santos, estão em isolamento.

(Notícia atualizada às 15h50)

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PSD chama novo presidente da AICEP Luís Castro Henriques ao Parlamento

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2021

Os sociais-democratas pedem audição para perceber como tem sido a atuação do Governo no apoio às exportações portuguesas e como estará refletido no novo mandato e no Plano Estratégico para o triénio.

O PSD pediu uma audição parlamentar ao recém-reconduzido presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP Portugal Global), Luís Castro Henriques, de acordo com um requerimento a que a agência Lusa teve acesso. Segundo o documento do grupo parlamentar do PSD, “o enquadramento previsto para o Plano Estratégico 2017-2019 da AICEP já não é o mesmo, sendo necessário e urgente um novo planeamento para os próximos anos, que seja eficaz nas necessidades atuais das empresas portuguesas e na afirmação e promoção da imagem de Portugal”, pelo que se justifica a audição.

Os sociais-democratas defendem que a audição, na sequência da aprovação, em Conselho de Ministros de 23 de julho, do programa Internacionalizar 2030, e sua subsequente apresentação na Assembleia da República em outubro, “é fundamental para perceber como tem sido a atuação do Governo no apoio necessário às exportações portuguesas e como estará refletido no novo mandato e no Plano Estratégico da AICEP para o próximo triénio”.

O presidente do Conselho de Administração da AICEP, Luís Castro Henriques, cujo mandato terminou em 31 de dezembro de 2019, foi reconduzido no cargo para o triénio 2020-2022, segundo um despacho do Governo publicado em 29 de dezembro. Os parlamentares do PSD pretendem que seja apresentado à Assembleia da República o Plano Estratégico da AICEP para o triénio 2020-2022.

Solicita-se que a audição seja articulada com a Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, não obstante dever realizar-se em sede de Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas“, pedem ainda os sociais-democratas. De acordo com palavras do deputado do PSD Nuno Carvalho à Lusa, o contexto da pandemia de covid-19 “obriga a rever as medidas de apoio inicialmente programadas” às empresas exportadoras, por dependerem de mercados afetados de forma diferente pela pandemia.

O parlamentar, coordenador do PSD na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, defende ainda que a atual vaga da pandemia de covid-19 “descontextualiza as medidas do Orçamento do Estado e do programa Internacionalizar 2030 com a desaceleração da atividade económica por força de novos confinamentos em diferentes países”.

“Nesse sentido será fundamental perceber qual o grau de correção que irá ocorrer na diplomacia económica portuguesa, uma vez que a recém condução do atual Presidente da AICEP levará à concretização de um novo Plano Estratégico. É expectável que este documento reflita uma adaptação ao atual contexto económico que será marcado por uma nova desaceleração económica devido ao confinamento como medida de combate em diversos países que são destino das exportações portuguesas”, entende Nuno Carvalho.

Já no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, “é fundamental perceber de que forma as empresas exportadoras poderão potenciar a sua atividade com um eventual acordo de comércio entre a União Europeia e Mercosul, que se encontra ‘bloqueado’ pelas preocupações ambientais expressas por vários Estados-membros”.

Espera-se que Portugal tenha igualmente delineada uma estratégia para acompanhar as novas metas que poderão vir a ser estabelecidas na Cimeira entre União Europeia e União Africana, com particular destaque para um dos pontos forte da 6.ª cimeira, que se centrará na sustentabilidade económica e emprego”, disse.

Para o deputado, “a industrialização do continente africano pode ser um oportunidade para o investimento português me particular nos PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa]”. Nuno Carvalho considerou ainda que o “acordo comercial entre a União Europeia e China é de extrema importância”, e apesar do investimento chinês em Portugal, “não existe a perceção de que forma Portugal poderá se posicionar para beneficiar a economia nacional e reforçar as relações comerciais com a China”.

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Novo Banco eleito melhor banco de trade finance em Portugal

  • ECO
  • 16 Janeiro 2021

Revista Global Finance distinguiu instituições financeiras que melhor se posicionaram na apresentação de soluções aos clientes (quer pela inovação tecnológica ou apoio especializado) na pandemia.

O Novo Banco foi eleito, pelo terceiro ano consecutivo, o melhor banco de trade finance, em Portugal, pela revista internacional Global Finance. Para a análise importam critérios como o volume de transações, o serviço ao cliente, a inovação tecnológica bem como o preçário. Este ano, devido ao impacto da Covid-19 no setor, foram distinguidas as instituições financeiras que melhor se posicionaram na apresentação de soluções aos clientes, quer pela inovação tecnológica quer pelo recurso a apoio especializado.

“Este prémio, para além de reforçar o papel do Novo Banco no apoio à atividade das empresas, representa o reconhecimento internacional das competências do banco nesta importante vertente de negócio, ao disponibilizar uma vasta oferta de produtos e uma equipa especializada que potencia o sucesso das operações de comércio internacional, em geral, e ao promover o apoio necessário à exportação, em particular”, diz o banco liderado por António Ramalho, em comunicado.

Sublinha que, no cenário pandémico atual, focou-se no apoio na gestão do risco, por via de soluções que promovem segurança nos recebimentos e, em paralelo, na apresentação de soluções de financiamento ajustadas ao ciclo de vida das importações e exportações.

Os editores da revista Global Finance, bem como os analistas do setor, gestores de empresas e especialistas em tecnologias da informação, selecionaram os melhores prestadores de serviços na área do trade finance em 102 países e 8 regiões dos Estados Unidos da América. Fundada em 1987, a publicação tem uma tiragem de cerca de 50.000 exemplares, com leitores em 191 países, selecionando regularmente os bancos e outros prestadores de serviços financeiros que se destacaram em várias linhas de negócio.

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Pior dia de sempre. Há 10.947 novos casos de Covid-19 e 166 mortos

Tanto o número de novos casos como de mortes são recordes desde o início da pandemia. Recuperaram da doença mais 8.477 pessoas, o que não foi suficiente para contrariar a subida dos casos ativos.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 166 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas em Portugal, um novo máximo diário. O boletim epidemiológico deste sábado dá ainda conta de um recorde no número de novos casos: 10.947. É assim o pior dia de sempre desde o início da pandemia, período no qual o país soma 8.709 mortes e 539.416 infetados pelo novo coronavírus.

Já recuperaram da doença provocada pelo SARS-Cov-2 402.542 pessoas, mais 8.477 do que na última atualização do boletim. O número de recuperados não foi o suficiente para contrariar a subida dos casos ativos. Atualmente há 128.165 casos ativos, mais 2.304 que na sexta-feira.

A maioria encontra-se a recuperar em casa, mas o número de pessoas internadas continua a aumentar, havendo ainda 4.653 hospitalizados, mais 93 que no dia anterior. Nos cuidados intensivos estão 638 pessoas, mais 18. Estes números mostram ainda um agravamento da situação nacional, que levou o Governo a decidir impôs, desde a última esta sexta-feira, num novo confinamento geral que irá durar, pelo menos, até à 23h59 de 30 de janeiro.

Boletim epidemiológico de 16 de janeiro

Lisboa e Vale do Tejo é a região que, nos últimos dias, tem tido maior número de novos casos. Nas últimas 24 horas foram mais 3.975, colocando o total em 179.873. No Norte foram confirmados 3.795 novos casos, no Centro 2.136, no Alentejo 510, no Algarve 402, na Madeira 79 e nos Açores 50.

Foi também em Lisboa que morreram mais pessoas por Covid-19, mais precisamente, 69. Segue-se o Norte (46), Centro (28), Alentejo (17), Algarve (cinco) e Madeira (uma). Na região autónoma dos Açores não foi registado qualquer óbito nas últimas 24 horas.

O boletim epidemiológico dá conta de mais 12.661 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, depois de terem contactado com outro caso positivo. No total, estão 155.401 pessoas nesta situação.

Lisboa à beira do limite

O agravamento do número de casos deixou os hospitais sob forte pressão. O diretor do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), Daniel Ferro, avançou que o hospital de Santa Maria está em “sobre esforço” e a trabalhar além da capacidade.

“Esta adaptação naturalmente que tem limites, não estava previsto uma afluência, uma dimensão destas necessidades e desta ordem, e o nosso plano de contingência, que tínhamos na passada semana, ficou completo“, disse Ferro, em declarações transmitidas pelas televisões.

O hospital teve de mobilizar mais meios, mas não continuará assim além de um “período curto” de tempo. “Este hospital, que é um hospital de fim de linha, é um hospital que já está a tratar doentes para além da capacidade que instalou. E não somos o único hospital em que isto está a acontecer“, acrescentou. O diretor do CHULN considera “expectáveis” picos nos próximos dias.

(Notícia atualizada às 17h00)

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Economistas antecipam confinamento menos doloroso para a economia

Os economistas consultados pelo ECO consideram que não se vai repetir a hecatombe de março e abril no PIB. As empresas e os consumidores estão mais preparados e já sabem que a situação é temporária.

Vem aí um novo confinamento “próximo” do de março e abril, mas o impacto económico será mais baixo. Os economistas consultados pelo ECO consideram que já não se deverá aplicar a contração de 6,5% do PIB por mês de confinamento que foi estimada pelo então ministro das Finanças, Mário Centeno, uma vez que, quase um ano depois, as empresas e os consumidores estão mais bem preparadas preparados para enfrentar esta situação, os apoios estão no terreno e há a perspetiva de que será passageiro.

“O ministro das Finanças provavelmente não estaria muito longe da realidade quando fez a estimativa que refere”, responde ao ECO José Maria Brandão de Brito, economista-chefe do BCP, referindo os “cerca de 45 dias de confinamento mais agressivo” que o país viveu e que “o PIB em 2020 deverá cair em torno de 8%”. Contudo, “as contas, neste momento, serão bem diferentes”, antecipa, afirmando que o “impacto no PIB deste novo confinamento será muito menor do que se verificou na primavera”. “O impacto económico deverá ser menor que o conjeturado por Mário Centeno no ano passado, já que os pressupostos na altura também eram outros, de uma maior rigidez”, concretiza Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa.

A mesma opinião é partilhada por Rui Constantino, economista-chefe do Santander, e Paula Carvalho, economista-chefe do BPI/CaixaBank. Recordando que em 2020 o confinamento foi “em simultâneo” e com o encerramento de fronteiras, Constantino prevê uma queda de 6 a 7% do PIB em cadeia no primeiro trimestre (face ao quarto trimestre), o que compara com uma quebra em cadeia de 13,9% no segundo trimestre de 2020. “O efeito na economia será bem menos grave que no período de março-abril de 2020“, diz Paula Carvalho, sem avançar, para já, com números.

Em termos homólogos, a previsão do Santander aproxima-se de uma queda de 10%, mas é preciso recordar que o primeiro trimestre de 2020 (com o qual compara o primeiro trimestre de 2021) ainda foi muito pouco afetado pela pandemia. “Trata-se, contudo, de uma estimativa inicial, pois há alguns fatores de incerteza, como a duração do confinamento e a adoção de medidas similares noutros países europeus”, alerta Rui Constantino.

Já a economista do BPI/CaixaBank prevê que “este novo confinamento, que não se previa, terá um impacto negativo, mas relativamente contido nas previsões de crescimento para o ano“, uma vez que antecipa uma recuperação “mais forte” no segundo semestre com a aceleração do processo de vacinação. Ainda assim, a expectativa é que o primeiro trimestre mantenha a contração da economia que se prevê que tenha acontecido no quarto trimestre.

O que mudou?

Os economistas apresentam várias justificações para argumentarem que o impacto na economia não terá a mesma dimensão. Desde logo, há uma questão puramente matemática: o PIB já caiu bastante em 2020 pelo que o ponto de partida é mais baixo. “Sabemos que um dos setores mais afetados é o turismo, mas depois das quedas agressivas que sofreu, o turismo já dificilmente contribui para quedas adicionais significativas do PIB, dado que o seu peso na economia diminuiu drasticamente“, exemplifica José Maria Brandão de Brito.

Mas há outras razões. Se em março o mundo foi apanhado de “surpresa”, sem saber exatamente como reagir, a aprendizagem e as ações desde então permitem encarar este período de forma diferente, a começar pelas ajudas estatais. Paula Carvalho destaca “os enormes apoios à atividade económica por via das medidas de suporte orçamental, a política de taxas de juro muito baixas do BCE e de compra de dívida e as moratórias de dívida de famílias e empresas”. “Têm sido bastante eficazes na mitigação dos efeitos económicos negativos da pandemia“, acrescenta o economista-chefe do BCP. Ainda esta quinta-feira o Governo anunciou o reforço de vários apoios e é expectável que o Banco Central Europeu (BCE) aumente os estímulos monetários numa próxima reunião.

Do lado das empresas, Rui Constantino identifica uma “adaptação” à nova realidade que, apesar de não compensar totalmente, permite amparar o impacto. Exemplo disso é o aumento do comércio online, a maior utilização dos serviços à distância através da tecnologia e o take away na restauração, por exemplo. “A economia e a sociedade são organismos vivos que se adaptam às circunstâncias, por mais difíceis que estas sejam”, argumenta José Maria Brandão de Brito, dando o exemplo da “transferência de consumo que as famílias fizeram de serviços (turismo, lazer, etc) para bens, provocando uma rapidíssima recuperação do setor industrial mundial”.

E depois há o próprio conhecimento do vírus, das formas de proteção e a “perspetiva de que este seja um confinamento temporário”, diz Paula Carvalho, sendo que a confiança aumentará à medida que a vacina for administrada a cada vez mais pessoas. A economista do BPI/CaixaBank recorda que “há setores que continuam a trabalhar em pleno (ou quase) como é o caso da construção e alguma indústria“, antecipando que o “comportamento favorável” das exportações “irá possivelmente continuar”. Neste caso, o confinamento será próximo do de março, mas terá mais exceções, como é o caso dos dentistas e das escolas que continuarão abertas, por exemplo.

Esta resiliência da economia e da sociedade confere uma maior capacidade de absorção dos choques negativos que emanam da situação sanitária“, conclui o economista-chefe do BCP. A mesma conclusão é tirada por Paulo Rosa que diz que “as atuais regras são menos rígidas, mas caso fossem idênticas a penalização da economia seria sempre menor que na primavera passada”. “Há uma diminuição dos receios da população em relação à covid-19 e uma cabal adaptação ao novo ‘normal’ que reduzem o impacto económico”, argumenta.

Impacto será menor, mas empresas vão sofrer

Apesar da avaliação macroeconómica ser mais favorável do que em março, os economistas admitem que as empresas vão sofrer com este confinamento, consoante o setor. “Certamente que este novo confinamento não vai contribuir favoravelmente para a condição financeira das empresas nas áreas mais afetadas“, assume José Maria Brandão de Brito. Para Paula Carvalho, “o impacto desta vaga dependerá mais uma vez das empresas e do setor”.

Mas ambos têm uma visão mais otimista do que catastrofista. “Não será uma tragédia, sobretudo devido aos apoios de natureza orçamental e às moratórias, que permitirão a muitas empresas em dificuldades sobreviver e manter o emprego”, diz o economista-chefe do BCP, ainda que admitindo que “outras empresas naturalmente sucumbirão“. Tudo dependerá da rapidez da situação: “A viabilidade de algumas empresas poderá depender do sucesso da campanha de vacinação e da conquista da imunidade de grupo o mais rápido possível, no contexto da atual situação de agudização da pandemia”, antecipa Paulo Rosa, do Carregosa.

Já a economista do BPI recorda que “cerca de 50% das empresas recorreram a alguma forma de apoio” no ano passado e que agora estes apoios estão “na sua maioria operacionais”, o que facilita o seu acesso. “Finalmente, também para as empresas o facto de esta ser uma situação provisória e com fim esperado à vista, significará provavelmente que o impacto no investimento não será tão negativo”, prevê Paula Carvalho. Este é aliás um indicador, o do investimento, que poderá permitir perceber como estão a reagir as empresas. Mas também aqui haverá grandes diferenças setoriais. Tal como recorda Paula Carvalho, a componente a componente de investimento “foi das que mais surpreendeu positivamente” em 2020.

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Bombeiros dizem que um doente morreu nas filas de ambulâncias

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2021

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses denunciou que há doentes transportados para os hospitais a passar "horas nas macas das ambulâncias", tendo sido já registada uma morte.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses denunciou este sábado que há doentes transportados para os hospitais a passar “horas nas macas das ambulâncias”, tendo sido já registada a morte de um paciente dentro da ambulância sem entrar na unidade hospitalar.

“Recebi uma informação de um doente que morreu dentro de uma ambulância. Isso é garantido”, avançou à agência Lusa o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Marta Soares, assumindo que os bombeiros estão a viver “momentos muito difíceis e muito complicados”, porque estão a ser eles a fazer “quase de hospitais”.

Segundo Marta Soares, as ambulâncias dos bombeiros estão a ficar retidas com doentes em muitos dos hospitais deste país, durante horas. “Chegamos lá [aos hospitais], não há macas, e muitas vezes eles estão horas nas nossas macas, alguns dentro das próprias ambulâncias, a ponto de já terem morrido cidadãos dentro das próprias ambulâncias, e muitas vezes as nossas macas ficam lá retidas, nos corredores, nas urgências, onde efetivamente esses hospitais se servem do nosso equipamento para garantir o resguardo dos doentes, já que não têm capacidade com camas, nem com macas” para fazer a receção, descreveu.

Surto no hospital de Torres Vedras com um total de 157 casos confirmados

Os hospitais portugueses estão sob forte pressão devido ao agravamento da pandemia. A piorar a situação, no hospital de Torres Vedras há um surto de covid-19 que registou, nos últimos dois dias, 15 novas infeções, aumentando para 157 o total de casos confirmados. O surto contabiliza um total de 157 casos confirmados, dos quais 134 estão ativos, 12 recuperaram e 11 morreram, de acordo com o boletim diário.

Baseando-se nos dados reportados pelo delegado de saúde e divulgados no boletim epidemiológico do concelho, fonte oficial do município esclareceu que o total de casos de infeção engloba utentes que foram contagiados quando estiveram internados na unidade por outras doenças, mas que estão a recuperar em casa. Os primeiros casos surgiram na semana do Natal, acrescentou.

O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã, e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra. Estes concelhos dividem-se entre os distritos de Lisboa e Leiria.

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Privados da Saúde respondem a críticas. “Não desertámos, fomos desmobilizados”

  • ECO
  • 16 Janeiro 2021

Presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada Óscar Gaspar alega que há factos sobre o setor a serem manipulados na campanha para as presidenciais.

Os hospitais privados consideram que estão a ser usados na campanha para as eleições presidenciais, na qual dizem que tem havido manipulação dos factos. Num artigo de opinião publicado este sábado no Público (acesso livre), o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) Óscar Gaspar rejeita as críticas de que o setor “desertou” ou que está a tentar “lucrar” com a crise pandémica.

“A campanha para as eleições presidenciais está a decorrer em plena terceira vaga da pandemia, o que coloca a saúde como tema incontornável do debate entre candidatos. O desacordo e a troca de argumentos é muito desejável, já que fortalece o debate público. Acontece que os factos têm sido, por vezes, manipulados”, diz o representante do setor no artigo do Público.

Sobre a crítica de que têm desertado, defende que os hospitais privados foram adaptando a atividade às regras da Direção Geral de Saúde (primeiro de que poderia tratar doentes com Covid-19 e, em abril, de que não teriam qualquer intervenção). “Os privados não desertaram, foram desmobilizados“, diz. Sobre o pagamento por doente reencaminhado do SNS, Gaspar garante que foi fixados “de forma unilateral” pelo Ministério da Saúde. “Os privados pretendem lucrar com a covid?”, questiona. “A hospitalização privada não poderia estar mais de acordo com o princípio de que os privados não devem receber mais do que o Estado gasta”.

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Já há sucessor de Merkel na liderança da CDU alemã

Com uma maioria de 521 votos dos 1.001 delegados chamados a votar, Armin Laschet bateu Friedrich Merz (que obteve 466) na segunda volta do sufrágio.

O presidente do estado alemão da Renânia do Norte – Vestefália, Armin Laschet, foi eleito o novo líder da CDU, sucedendo à chanceler Angela Merkel. O maior partido alemão foi a votos este sábado (num congresso digital), sendo que Laschet concorria contra Friedrich Merz e Norbert Röttgen, poucos meses antes das legislativas que, a 26 de setembro, irão eleger o novo chanceler.

Na primeira volta, os 1.001 delegados deram 385 votos a Friedrich Merz (ex-líder parlamentar, conservador e rival histórico de Merkel desde a década de 90), 380 a Armin Laschet e 224 a Norbert Röttgen (advogado, deputado e o mais jovem dos três). Mas na segunda volta, o partido mudou a preferência, tendo Laschet conseguido 521 votos, contra 466 de Merz.

Aos 59 anos, Laschet é o único dos três candidatos que faz, atualmente, parte de uma estrutura governativa. Desde 2017 que é chefe do governo regional do estado da Renânia do Norte-Vestefália, o segundo maior e mais populoso estado federado alemão. Membro do partido desde os 18 anos, identifica-se com a ala centrista de Merkel, sendo por isso mesmo o candidato preferido da atual chanceler.

Entrou no mundo da política como assessor de Rita Süssmuth, antiga presidente do Bundestag (Parlamento alemão), tendo antes disso sido jornalista. Fervoroso defensor da justiça social, mas também da lei e da ordem, acredita que a Alemanha deveria ter reagido mais prontamente às propostas de reforma da União Europeia apresentadas por Paris.

O democrata-cristão terá a responsabilidade de se seguir a mais de 15 anos de sólida governação e elevada popularidade de Merkel. A alemã tinha anunciado em 2018 que iria abandonar o cargo de chanceler alemã este ano, tendo também abandonado a liderança da CDU.

(Notícia atualizada às 12h10)

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Eurosondagem: PS atinge melhor resultado desde as legislativas e Chega ultrapassa CDU

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2021

O PS consegue o seu melhor resultado desde as legislativas de 2019, com 39%, num estudo da Eurosondagem em que o Chega ultrapassa a CDU nas intenções de voto.

O PS consegue o seu melhor resultado desde as legislativas de 2019, com 39%, num estudo da Eurosondagem em que o Chega ultrapassa a CDU nas intenções de voto. Na sondagem, para o Porto Canal e o semanário Sol, realizada ainda antes do anúncio das novas medidas restritivas para travar os contágios com o novo coronavírus, os socialistas, com 39%, obtêm mais votos do que a direita toda junta, 36,9%, exatamente o mesmo resultado da coligação PSD-CDS nas legislativas de 2015.

O Chega sobe para os 5,5% e ultrapassa a CDU, que passa para a quinta posição do “ranking” partidário, com 5,3%, embora a diferença de 0,2 pontos percentuais entre os dois seja muito inferior ao erro da amostra da sondagem, que é de 3,07%.

O BE regista o seu pior resultado desde as legislativas, com 6,5%, menos três pontos percentuais do que nas eleições de outubro de 2019. O PSD alcança 28%, mais duas décimas do que nas legislativas, mas continua a 11 pontos percentuais do PS. O PAN continua em queda, alcançando 2,2%, menos 1,1 p.p. do que nas legislativas, tal como o CDS-PP, que com 2,1% fica a 2,1 p.p. do resultado das eleições de 2019. A Iniciativa Liberal regista nesta sondagem exatamente o resultado de 2019, 1,3%.

Nesta sondagem, 17,3% dos inquiridos disseram ter dúvidas quanto às suas escolhas e 8,4% afirmaram não saber ou querer responder. Em termos de resultados globais, o PS obtém 32,2%, o PSD 23,1%, o BE 5,4%, o Chega 4,5%, a CDU 4,4%, o PAN 1,9%, o CDS-PP 1,7% e a Iniciativa Liberal 1,1%.

Quanto à avaliação da campanha eleitoral das presidenciais, 55.5% dos inquiridos consideram que em geral tem sido “boa e cordata”, 34,4% que tem tido “ataques pessoais escusados e 10,1% tem dúvidas, não sabe ou quer responder. O estudo foi efetuado entre segunda e quinta-feira através de 1.021 entrevistas validadas, tendo a amostra um erro máximo de 3,07% para um grau de probabilidade de 95,0%.

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Portugueses começam a votar nas Presidenciais este domingo e há 246 mil inscritos

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2021

Os portugueses começam a votar no domingo, uma semana antes das presidenciais de 24 de janeiro, no chamado voto antecipado em mobilidade para que se inscreveram mais de 246 mil eleitores.

Os portugueses começam a votar no domingo, uma semana antes das presidenciais de 24 de janeiro, no chamado voto antecipado em mobilidade para que se inscreveram mais de 246 mil eleitores.

As europeias e as legislativas de 2019 foram as primeiras eleições com voto antecipado, mas este ano alargou-se a votação, das capitais do distrito para as sedes dos concelhos e o objectivo é simples: evitar grandes concentrações de pessoas devido à epidemia de covid-19 no país.

Na prática, a votação é distribuída, por dois dias, embora a esmagadora maioria vá votar em 24 de janeiro. Quem se inscreveu para votar antecipadamente e não o puder fazer mantém a possibilidade de exercer o seu dever cívico no dia 24. Assim, quem pediu para antecipar o voto, terá locais para votar em cada uma das sedes dos 308 concelhos, no continente e nas ilhas.

Haverá 600 mesas de voto, o que envolve cerca de 2.500 pessoas, no continente e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, enquanto para deslocados no estrangeiro, estão previstas 117 mesas, nos consulados, num total de 585 membros de mesa.

Esta era a estimativa feita pelo Ministério da Administração Interna, antes de começar o período de inscrição no voto antecipado, que terminou na sexta-feira, e em que 246.880 eleitores pediram para votar uma semana antes. A este número ainda falta incluir os pedidos feitos por carta, para a o Ministério da Administração Interna.

A grande adesão dos eleitores já levou, por exemplo, a Câmara Municipal de Viana do Castelo a mudar o sufrágio para um pavilhão e a instalar três mesas de voto. A administração eleitoral garante condições sanitárias e de higiene aos eleitores para votar, tanto no domingo como em 24 de janeiro, colocando álcool gel nos locais de votação. Para exercer o seu direito cívico é obrigatório os eleitores usarem máscara e desinfetar as mãos antes e depois de votar, sendo aconselhado que cada leve a sua esfereográfica ou caneta.

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Vodafone diz que é “expectável que rede acomode exigências” do novo confinamento

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2021

Operadora monitoriza constantemente a capacidade e adota de medidas de otimização das redes. Desde a altura do primeiro confinamento, em março, reforçou este trabalho contínuo.

A Vodafone Portugal considera que é “expectável que a rede acomode as exigências” do novo confinamento, caso os padrões de consumo dos portugueses não se alterem “de forma totalmente inesperada”, disse à Lusa fonte oficial.

“Como é sabido, no início da pandemia verificaram-se alterações significativas no comportamento das redes de comunicações e a da Vodafone Portugal não foi exceção, com aumento de volumes de tráfego expressivos, quer na rede fixa, quer na rede móvel“, disse a mesma fonte, quando questionada pela Lusa sobre o tema.

“A monitorização, aumento de capacidade e adoção de medidas de otimização das redes é uma prática constante na Vodafone, tendo sido reforçada num trabalho contínuo desde a altura do primeiro confinamento, em março 2020”, prosseguiu a operadora.

É, por isso, expectável que a rede acomode as exigências deste segundo confinamento, caso os padrões de consumo dos portugueses não se alterem de forma totalmente inesperada“, considerou fonte oficial da Vodafone Portugal.

O decreto que regula o novo estado de emergência prevê novamente, à semelhança do que tinha acontecido em março, que as operadoras de telecomunicações possam durante este período limitar ou inibir serviços audiovisuais de videoclube, plataformas de vídeo, como é o caso da Netflix, e jogos ‘online’ para preservar a integridade e segurança das redes de comunicações eletrónicas.

Questionada sobre o tema, a Vodafone Portugal salienta que, “relativamente às plataformas de streaming, à semelhança do que aconteceu em março, caso seja necessário, serão muito provavelmente os próprios serviços over the top a reduzir preventivamente o bit rate [fluxo de bits] dos seus conteúdos de vídeo”, uma otimização “especialmente relevante na rede fixa, em que o uso acrescido de Internet concorre com o serviço de IPTV, este último muito mais requisitado pela permanência em casa”.

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