Cientistas chineses propõem adicionar asas para acelerar comboios até 450 km/h

  • Lusa
  • 23 Novembro 2021

Estudo científico chinês propõe adicionar cinco pares de asas a cada vagão dos comboios de alta velocidade na China, o que permitiria acelerar até aos 450 quilómetros por hora.

Um estudo científico chinês propôs adicionar cinco pares de asas a cada vagão dos comboios de alta velocidade do país para reduzir o seu peso e aumentar a velocidade em 28,6%, segundo um jornal de Hong Kong.

De acordo com o South China Morning Post, o estudo, parte do projeto oficial CR450, que visa aumentar a velocidade dos comboios atuais, constatou que o acrescento de pequenas asas pode gerar sustentação suficiente para reduzir o seu peso em um terço, aumentando a velocidade para 450 quilómetros por hora (km/h). Os comboios tradicionais de alta velocidade chineses atingem atualmente 350 quilómetros por hora.

Engenheiros japoneses tiveram uma ideia semelhante na década de 1980, mas esta foi descartada porque as asas eram muito grandes e tornavam impossível que os comboios circulassem nas linhas ferroviárias e túneis existentes. No entanto, os cientistas chineses optaram por colocar asas menores no teto dos comboios, em vez de nas laterais, segundo o South China Morning Post.

De acordo com os cientistas, que publicaram o seu estudo na revista científica Acta Aerodynamica Sinica, a ideia é um “avanço no campo da aerodinâmica dos comboios de alta velocidade que reduzirá custos e energia”, embora eles alertem que velocidades maiores podem reduzir “a vida útil das rodas e que as asas teriam que ser instaladas e cuidadosamente projetadas”.

Com 37,9 mil quilómetros de extensão, a malha ferroviária de alta velocidade da China compõe mais de dois terços do total do mundo. A primeira linha chinesa de alta velocidade — um troço de 117 quilómetros entre Pequim e Tianjin — começou a funcionar em 2008, quando a capital chinesa organizou os Jogos Olímpicos, 28 anos depois do nascimento do TGV francês.

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“Maré vermelha” na bolsa de Lisboa. Papeleiras lideram quedas

Lisboa arranca a sessão no "vermelho", em linha com as restantes praças europeias. Maioria das cotadas do PSI-20 registam perdas, especialmente as papeleiras.

A bolsa de Lisboa arrancou a segunda sessão da semana em terreno negativo, com a maioria das cotadas registarem perdas. As papeleiras estão a protagonizar as maiores quedas, num dia em que só quatro cotadas negoceiam acima da linha de água.

O PSI-20 desvaloriza 0,47%, para 5.493,55 pontos. Nas demais praças europeias, o Stoxx 600 cai 0,72%, para 482,58 pontos; o francês CAC-40 recua 0,64%, para 7.061,24 pontos; o alemão DAX perde 0,78%, para 15.989,67 pontos; e o espanhol IBEX-35 desce 0,55%, para 8.775,10 pontos.

Lisboa acompanha assim a tendência europeia, estando os investidores preocupados com a subida do número de casos de Covid-19 na Europa e a expectativa de que possam avançar novos confinamentos gerais, incluindo na Alemanha.

Em destaque na sessão estão as papeleiras, que lideram as perdas no principal índice nacional. Os títulos da Semapa caem 1,65%, para 11,94 euros, e os da Navigator perdem 1,28%, para 3,234 euros. Já as ações da Altri recuam 0,47%, para 5,285 euros.

No entanto, são as elétricas que mais pesam em Lisboa. As ações da EDP recuam 0,71%, para 4,7340 euros, enquanto as da EDP Renováveis caem 0,36%, para 21,94 euros, e as da Greenvolt perdem 0,65% para 6,09 euros

Evolução das ações da EDP em Lisboa:

No “vermelho” está também a Sonae, cujos títulos desvalorizam 1,09%, para 1 euro. Em contrapartida, no setor do retalho, as ações da Jerónimo Martins somam 0,23%, para 19,465 euros, impedindo uma maior queda do PSI-20. A dona do Pingo Doce é uma das quatro cotadas que escapam à “maré vermelha”.

Entre elas está a Ramada Investimentos, cujos títulos avançam 1,54%, para 6,60 euros, dias depois de ter anunciado que o lucro cresceu quase 132% até setembro.

Além disso, os títulos da Galp Energia somam 0,23%, para 8,65 euros, num dia em que o Brent está a desvalorizar em Londres em torno de 0,4%, travando as perdas na bolsa de Lisboa. Destaque ainda para o BCP, cujos títulos avançam 0,35%, para 14,48 cêntimos.

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Merkel quer apertar restrições para travar Covid-19. Situação na Alemanha é “dramática”

A chanceler alemã deu até quarta-feira aos estados federados para decidirem medidas mais restritivas por causa do avanço da doença: "O que está em vigor atualmente não é suficiente."

Merkel disse aos líderes da CDU que as medidas atualmente em vigor na Alemanha são insuficientesFRANCISCO SECO/LUSA

Angela Merkel avisou que serão necessárias medidas mais restritivas do que as atuais para conter o avanço da Covid-19 na Alemanha. “Estamos numa situação altamente dramática. O que está em vigor atualmente não é suficiente”, disse a ainda chanceler alemã aos líderes da CDU, de acordo com a Reuters.

Os estados da Baviera e de Saxony são os dois mais fustigados pelo coronavírus e já tinham decidido encerrar mercados de Natal, bem como introduzido outras restrições. Além disso, partes da vida pública na Alemanha foram limitadas apenas a pessoas totalmente vacinadas ou que tenham recuperado da doença.

Na segunda-feira, a Alemanha registou 30.643 novos casos de Covid-19 e 62 pessoas morreram. A incidência atingiu o 15.º recorde diário consecutivo, fixando-se em 386,5 casos por 100 mil habitantes, segundo a agência internacional.

"Estamos numa situação altamente dramática. O que está em vigor atualmente não é suficiente.”

Angela Merkel

Chanceler da Alemanha

Contudo, para Angela Merkel, as medidas já em vigor ou o aumento da vacinação não será suficiente para travar o aumento acelerado do número de infeções no curto prazo. Segundo a Reuters, a chanceler deu até quarta-feira aos 16 estados federados do país para que decidam medidas mais apertadas.

Na segunda-feira, a vizinha Áustria impôs um novo confinamento por causa do crescimento dos casos de Covid-19 e tornou obrigatória a vacinação contra a doença. Na sexta-feira, o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, avisou que a Alemanha poderia ser a próxima a avançar para o confinamento. Cerca de 79% dos adultos alemães foram inoculados com duas doces da vacina anti-Covid, mas apenas 7,5% receberam uma dose de reforço.

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Maior fatia da despesa do Estado na Justiça é com os tribunais. Juízes são os que mais recebem

Segundo o Relatório Justiça 2015-2020, os tribunais são o setor da justiça com a maior fatia na despesa. Valor da despesa com remuneração dos magistrados aumentou consideravelmente entre 2019 e 2020.

A despesa total do Estado português com o sistema judicial, em percentagem do PIB, diminui ligeiramente entre 2018 e 2019. Os tribunais são o setor da justiça com uma maior alocação de despesa. Segundo os dados do Relatório Justiça 2015-2020 do Ministério da Justiça, Bulgária é o país da Europa em que a despesa é maior e no Chipre a menor.

“Em 2017 os encargos com a Magistratura Judicial transitaram para a responsabilidade do Conselho Superior da Magistratura (CSM). Com efeito, o orçamento para 2016 incluiu encargos no montante de 122,5 milhões de euros com as remunerações dos juízes, as quais, no ano de 2017, deixaram de onerar o Programa Orçamental da Justiça e transitaram para a responsabilidade do Programa Orçamental dos Órgãos de Soberania” lê-se no relatório.

Em termos comparativos com os restantes países europeus, Portugal encontra-se a meio da tabela, sendo a variação da despesa total do Estado muito pouco entre 2017 e 2019.

Relativamente às despesas com pessoal, a maior fatia é para os magistrados, cerca de 252.813.084 euros, sendo que 130.845.311,69 euros é referente aos juízes de 1ª instância e 121.967.773,51 euros referentes aos magistrados do Ministério Público. O valor da despesa com remuneração dos magistrados aumentou consideravelmente entre 2019 e 2020.

Notas: Os custos da entidade patronal (não incluídos no quadro supra) foram de: Em 2019: MP = € 18.964.947,58; para o TAF = € 3.364.552,14; para OJ’s = € 35.353.575,73; para juízes TJ: 21.501.869,16€. Em 2020: MP = € 25.342.391,00; para o TAF = € 5.116.745,00; para OJ’s = € 37.626.826,00; para juízes TJ: 25 491 052,57€.

Os tribunais são o setor da justiça com uma maior alocação de despesa, ainda que a tendência ao longo dos últimos anos esteja a ser descendente. Logo a seguir, os setores que alocam uma maior despesa são o da reinserção e prisionais e o da investigação criminal. O setor da propriedade intelectual é o que possui uma menor despesa.

A despesa relativa aos tribunais engloba os Tribunais da Relação e os Tribunais Centrais Administrativos, a Magistratura da jurisdição Administrativa e Fiscal, a Direção-Geral da Administração da Justiça, o Centro de Estudos Judiciários e a Comissão para o Acompanhamento dos Auxiliares da Justiça.

O financiamento da justiça é assegurado, em média, por 57% de receitas próprias e 43% de receitas do Orçamento do Estado.

Relativamente as receitas próprias, a maior fonte ao longo dos últimos anos têm sido as taxas de registo e notariado. “O montante das receitas próprias do orçamento do Ministério da Justiça reflete não só a qualidade da gestão financeira global do Programa Orçamental da Justiça mas também a melhoria do ambiente económico com repercussão na capacidade de arrecadação de receita própria, no âmbito dos registos e notariado, que financia parte significativa da atividade dos diferentes serviços integrados do Ministério e do sistema judicial”, refere o Relatório Justiça 2015-2020 do Ministério da Justiça.

Os orçamentos na área da justiça e respetiva execução conheceram, nos anos de
2015 a 2020, uma evolução. Desde 2017 que o valor tem vindo a crescer, atingindo em 2020 a soma de 1.398.231.054,89 euros.

Notas: (a) Em 2015 e 2016, os encargos com a Magistratura Judicial estavam integrados no Programa Orçamental da Justiça; (b) Execução provisória até ao encerramento da conta de gerência de todos os serviços.

Orçamentos da PGR e do CSM

O orçamento da Procuradoria-Geral da República (PGR) tem vindo a crescer ao longo dos últimos cinco anos, tendo somado em 2020 18.677.486,22 euros. “O investimento tem sido orientado para a modernização, nomeadamente para a aquisição de ferramentas facilitadoras do tratamento de informação e de tramitação autónoma de inquéritos criminais”, lê-se no relatório.

Este orçamento não inclui as remunerações dos magistrados do MP na 1ª instância – evidenciados na fig. 4 – com exceção dos colocados no DCIAP, que é um órgão da PGR.

Já o orçamento do Conselho Superior da Magistratura (CSM) registou um aumento significativo a partir de 2017, data em que o CSM assumiu a responsabilidade dos encargos com a Magistratura Judicial de 1.ª Instância.

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Quase 78% dos trabalhadores ficaram “presos” ao salário mínimo

  • ECO
  • 23 Novembro 2021

A maioria dos trabalhadores que em julho de 2020 recebiam a retribuição mínima mensal garantida de 2020 continuavam a recebê-la um ano depois, indica um estudo feito para o Ministério do Trabalho.

Quase 78% dos trabalhadores portugueses que recebiam o salário mínimo em julho do ano passado, então fixado em 635 euros, continuavam a recebê-lo um ano depois, altura em que foi aumentado para 665 euros. A conclusão resulta de um estudo do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, citado pelo Jornal de Negócios (acesso pago).

Contas feitas, só cerca de 20% dos trabalhadores conseguiu passar para escalões de remuneração acima da retribuição mínima mensal garantida. E apenas 11% das pessoas que estavam a receber o salário mínimo conseguiram subir para um escalão acima do montante proposto pelo Governo para 2022 (705 euros).

O estudo do GEP tem por base as declarações entregues pelas entidades patronais à Segurança Social de 2,3 milhões de trabalhadores por conta de outrem, ou membros de órgãos estatutários. A discussão em Concertação Social sobre a evolução do salário mínimo deverá ficar fechada esta sexta-feira.

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Hoje nas notícias: Pinto da Costa, salário mínimo e capital privado

  • ECO
  • 23 Novembro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O filho de Pinto da Costa é suspeito de desviar comissões de jogadores, um dia depois de uma megaoperação de buscas envolvendo o universo do FC Porto. A imprensa nacional destaca ainda a evolução da incidência do salário mínimo e das ofertas de emprego sem candidatos.

Filho de Pinto da Costa suspeito de desviar comissões de jogadores

O Ministério Público levou a cabo na segunda-feira 33 buscas no universo portista, que incluíram as casas de Alexandre Pinto da Costa e do presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa. Há suspeitas de que o filho de Pinto da Costa terá recebido comissões milionárias pela transferência de jogadores do clube, intermediadas por outros empresários ligados ao FC Porto, desconfiando os procuradores que essas comissões tenham sido inflacionadas ou sejam fictícias. O valor sob suspeita ascende a 20 milhões de euros, pagos pelo clube desde 2017.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Três quartos dos trabalhadores ficaram presos ao salário mínimo

Quase 78% dos trabalhadores portugueses que recebiam o salário mínimo em julho do ano passado — então fixado em 635 euros — continuavam a recebê-lo um ano depois — após o vencimento mínimo em Portugal ter sido aumentado para 665 euros –, de acordo com um estudo do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho. Só cerca de 20% dos trabalhadores passou para escalões de remuneração acima da retribuição mínima garantida.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Empregos sem candidatos atingem recorde

No final de outubro, o número de ofertas de empregos por satisfazer registadas nos centros do Instituto do Emprego Público (IEFP) atingiu quase 24 mil vagas, isto é, um dos níveis mais elevados das séries oficiais, que remontam a 1977. O recorde histórico foi atingido em meados de 2017, altura em que havia 24,6 mil empregos por satisfazer. Estes números confirmam as queixas dos empresários de falta de mão-de-obra.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Governo chama capital privado a ajudar na retoma

O fundador da Vallis Capital Partners e presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI), Luís Santos Carvalho, diz que estão a ser estudados com o Governo programas de coinvestimento em fundos de capital de risco portugueses, com o objetivo de injetar capital na economia. Uma das opções em cima da mesa é a criação de fundos de fundos, como o Portugal Tech II, de 100 milhões de euros, anunciado na Web Summit pelo Governo e pelo Banco Europeu de Investimento (BEI). O objetivo é que se invista em fundos de capital de risco, dinheiro que será depois aplicado em startups tecnológicas.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Escolas vão ter 15 mil novos computadores

A partir de um investimento de seis milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), as escolas vão receber 15 mil novos computadores que serão destinados às áreas administrativas e de gestão, como por exemplo secretarias. A despesa foi autorizada na segunda-feira, após a publicação de uma portaria em Diário da República. Ainda que satisfeitas com a notícia, as associações de diretores escolares pedem celeridade na entrega dos equipamentos. Mas a crise mundial dos chips pode baralhar as contas ao Governo.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

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IHRU ganha competências para fiscalizar arrendamento habitacional

O IHRU tem novas competências. Entra em vigor esta terça-feira o regulamento relativo ao exercício da atividade de fiscalização do arrendamento habitacional pelo Instituto da Habitação.

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) vai passar a fazer fiscalização do arrendamento habitacional, competência que é regulada numa portaria publicada na segunda-feira em Diário da República. Regulamento entra em vigor esta terça-feira.

“Enquanto entidade pública promotora da política nacional de habitação em consonância com a Lei de Bases da Habitação, foram cometidas ao IHRU novas competências, incluindo as relativas à fiscalização do cumprimento das normas legais do arrendamento habitacional”, explica o Governo, no diploma em questão. E detalha: “Cabe ao IHRU acompanhar e fiscalizar o cumprimento da legislação aplicável ao arrendamento habitacional e reportar à entidade pública materialmente competente para agir nas situações irregulares ou ilegais que sejam detetadas no exercício dessas competências”.

No âmbito da atividade de fiscalização, o IHRU vai passar a promover as “ações necessárias” junto das “pessoas singulares ou coletivas, públicas ou privadas, relevantes para a prestação da informação necessária” e deverá nomeadamente pedir às entidades e serviços da administração direta e indireta do Estado (como o Fisco e o Instituto dos Registos e Notariado) informação sobre contratos, pessoas, empresas ou outras entidades relevantes. Mais, passa também a caber ao IHRU celebrar com as entidades públicas e privadas protocolos para assegurar a colaboração das mesmas para efeitos de fiscalização.

O instituto passa ainda a ter como responsabilidade pedir às “autoridades administrativas e policiais a realização das diligências que se mostrem necessárias para efeito das ações de fiscalização“, bem como obter informação junto de pessoas e entidades para o conhecimento de situações passíveis de verificação.

A portaria publicada na segunda-feira estabelece, além disso, que estas ações de fiscalização devem ser promovidas “com base no conhecimento da existência de indícios de situações irregulares ou ilícitas no domínio de relações jurídicas que sejam, ou devam ser, de arrendamento”.

Assim, são motivos para ações de fiscalização queixas ou denúncias apresentadas ao IHRU, a verificação por parte deste instituto da existência de irregularidade ou ilegalidades na publicitação do arrendamento de habitações e a verificação por parte do mesmo da existência de indícios de irregularidade ou ilegalidade em situações conhecidas pelo IHRU no desenvolvimento das suas atribuições.

Consoante o caso, o IHRU poderá, então, arquivar a ação de fiscalização (por exemplo, se não houver informação suficiente para verificar a existência de uma irregularidade), comunicar às entidades públicas competentes para agir em situações suscetíveis de configurar a prática de crime ou de ilícito contraordenacional (como a Procuradoria-Geral da República, a Autoridade Tributária e o Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção) ou comunicar às entidades públicas materialmente competentes para agir perante situações irregulares ou ilegais relacionadas com o edificado — nomeadamente no que diz respeito à conservação ou utilização — como os municípios e os serviços de saúde pública.

A portaria publicada esta manhã vem, tudo somado, regular as novas competências de fiscalização do IHRU, dotando a estrutura interna do instituto “das condições que permitam efetivamente executar o significativo leque das novas atribuições que lhe foram cometidas”.

Estas regras entram em vigor esta terça-feira, isto é, um dia depois da publicação em Diário da República

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Portugueses ainda não gastaram nem um terço do IVAucher acumulado

A pouco mais de um mês do fim do programa, os portugueses ainda só usufruíram 28% do IVAucher que acumularam. Foram gastos 23 milhões de euros de um total de 82 milhões acumulados.

A dotação inicial era de 200 milhões de euros, os portugueses acabaram por acumular menos de metade (82 milhões de euros) e agora a despesa final arrisca-se a ficar aquém disso. Os últimos dados divulgados pelo Ministério das Finanças mostram que os portugueses apenas usufruíram de 23 milhões de euros em quase dois meses de IVAucher, o equivalente a 28% do valor acumulado.

Desde 1 de outubro foram feitos 3,9 milhões de reembolsos, num total de 23 milhões de euros, o que representa um impacto de cerca de 46 milhões de euros nos três setores abrangidos do Programa IVAucher“, lê-se num comunicado divulgado esta segunda-feira pelo Ministério das Finanças num balanço do Autovoucher, um programa que foi implementado aproveitando a plataforma do IVAucher.

Estes 23 milhões de euros representam uma subida face aos 16,4 milhões de euros anunciados no início deste mês, mas continuam aquém do que seria expectável. Tendo passado mais de metade do período de usufruir (de 1 de outubro a 31 de dezembro) do benefício, o valor efetivamente aproveitado é quase metade de 50%.

Um dos problemas da implementação deste programa é a adesão, a qual é obrigatória para beneficiar dos descontos. Neste momento, há 1,3 milhões de consumidores aderentes do IVAucher, o que só deverá incluir parte dos contribuintes que acumularam IVA entre julho e agosto nos três setores elegíveis. Se não aderirem, podem ter acumulado (não era preciso aderir para acumular) mas não usufruem.

Outro dos potenciais problemas é a adesão por parte dos comerciantes e a respetiva identificação para os consumidores uma vez que só nestes estabelecimentos é que é possível usufruir do desconto de até 50% da fatura. Segundo o Ministério das Finanças, a rede de estabelecimentos dos setores alojamento, cultura e restauração ascende a 9.050 comerciantes registados (NIF únicos) e 32.300 Terminais de Pagamento Automático (TPA).

É de assinalar ainda que há consumidores a queixarem-se de falhas no reembolso do IVAucher. Em outubro, o Portal da Queixa relatava várias reclamações feitas pelos consumidores à SaltPay (operadora do programa IVAucher), à Autoridade Tributária e Aduaneira, ao Banco BIC, ao Abanca, ao Pestana Hotels, à Uber Eats e ao Cartão Universo.

É expectável que dezembro seja um mês de maior utilização do saldo do IVAucher dada a época festiva e a habitual troca de prendas, com os consumidores já a contarem com o subsídio de Natal na sua conta bancária. Porém, a persistirem as duas dificuldades acima identificadas — falta de adesão dos consumidores e dos estabelecimentos –, a despesa do programa continuará a ficar aquém do esperado pelo Governo e do valor a que os contribuintes tinham direito face às despesas que efetuaram no verão.

De recordar que o valor acumulado de despesas nos três setores que não for usufruído pelo contribuinte será automaticamente elegível para o acerto de contas do IRS no próximo ano.

Saldo dos recibos verdes atualizado a 1 de dezembro

No mesmo comunicado, o Ministério das Finanças informa que os contribuintes a recibos verdes vão ter o seu saldo do IVAucher atualizado até 1 de dezembro.

Em causa estão faturas de consumos nos setores de alojamento, cultura e restauração que tenham sido classificadas (uma vez que podem ser de caráter pessoal ou de caráter profissional) pelos contribuintes de categoria B de IRS. O período “oficial” para classificar essas faturas decorreu até 24 de setembro, mas o Governo decidiu incluir também quem classificou entre 25 de setembro a 15 de novembro.

Este apuramento será transmitido automaticamente pela Autoridade Tributária à SaltPay até ao dia 1 de dezembro e não depende de qualquer passo adicional por parte dos contribuintes“, assegura o Governo. Assim, o saldo desses contribuintes deverá sofrer alterações a partir desse dia, contando já com as faturas classificadas.

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Austrália e Alemanha investem 82 milhões de euros em projetos de hidrogénio

  • Lusa
  • 23 Novembro 2021

Os dois países lançaram um fundo de 92 milhões de dólares (cerca de 82 milhões de euros) que canalizará investimento para uma série de projetos e pilotos ao longo da cadeia de fornecimento.

A Austrália e a Alemanha vão investir cerca de 92 milhões de dólares (cerca de 82 milhões de euros) em projetos de hidrogénio, anunciou o Governo do país oceânico, que quer tornar-se num dos principais produtores mundiais de combustível até 2030.

Os investimentos serão canalizados através de um novo fundo germano-australiano denominado “Joint Hydrogen Innovation and Technology Incubator”, ou HyGATE, que irá apoiar uma série de projetos, pilotos e de investigação, ao longo da cadeia de fornecimento de hidrogénio.

O Governo australiano contribuiu com cerca de 36 milhões de dólares (32 milhões de euros) para a HyGate, uma iniciativa que começará a funcionar a partir do primeiro trimestre de 2022, enquanto a Alemanha se comprometeu com cerca de 56 milhões de dólares (quase 50 milhões de euros).

“O recente lançamento do primeiro relatório da HySupply, o nosso estudo conjunto australiano-alemão sobre a cadeia de fornecimento de hidrogénio, revelou que existe um grande potencial para o hidrogénio australiano satisfazer a crescente procura na Alemanha”, disse o ministro australiano da Energia, Angus Taylor, em comunicado.

O Governo australiano espera que o fundo acelere o desenvolvimento da indústria de hidrogénio da Austrália — um combustível com emissões nulas tanto para consumo direto como para exportação –, e que contribua para alcançar o objetivo de emissões líquidas neutras em 2050.

As autoridades australianas investiram mais de 867 milhões de dólares (771 milhões de euros) para acelerar a indústria de hidrogénio, dos quais mais de um terço desse montante foi destinado à criação de sete centros industriais de hidrogénio limpo no interior do país.

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Biden saúda Powell, a “pessoa indicada” para liderar a Fed

  • Lusa
  • 23 Novembro 2021

O Presidente dos EUA disse na Casa Branca que Jerome Powell é a "pessoa indicada" para liderar a Fed. Powell, 68 anos, comanda o banco central norte-americano desde 2018 e foi reconduzido no cargo.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que Jerome Powell “é a pessoa indicada” para liderar o banco central do país, a Reserva Federal (Fed).

Durante um discurso na Casa Branca, Biden, que renovou a presença de Powell à frente da Fed para um segundo mandato de quatro anos, realçou que a Fed deve ser “líder” na consideração das alterações climáticas, tema que tinha valido a Powell numerosas críticas da parte da ala esquerda do Partido Democrata.

Por seu lado, ao discursar na ocasião, Powell garantiu que a Fed vai atuar para que a inflação “não se enraíze”, dizendo: “Vamos usar os nossos instrumentos para apoiar a economia e a solidez do mercado de trabalho e impedira que a inflação forte se enraíze”.

Powell apontou também como prioridades do seu próximo mandato “a luta contra a evolução dos riscos ligados às alterações climáticas e à pirataria informática”.

Powell, 68 anos, lidera a Fed desde 2018, tendo sido nomeado pelo ex-Presidente Donald Trump, que depois o viria a criticar sucessivamente no Twitter, sem manter a tradição de respeito pela independência do banco central. Powell, que se mostrou impassível face às críticas, é considerado um republicano moderado e a sua escolha marca a vontade de Biden na continuidade, mas também um consenso entre republicanos e democratas.

Jerome Powell foi reconduzido pelo Presidente dos EUA na liderança da FedWikimedia Commons

A ação do líder da Fed durante a crise associada à pandemia de Covid-19 tem sido saudada tanto à direita como à esquerda, apesar de algumas vozes da ala progressista dos democratas terem defendido a sua substituição. A nomeação para mais quatro anos na liderança do banco central terá ainda de ser confirmada no Senado.

A recessão registada em 2020 foi a pior desde a Segunda Guerra Mundial, mas a Fed reagiu de imediato de forma a limitar os danos e tranquilizar os mercados.

No segundo mandato, que deverá ter início em fevereiro, Powell enfrenta um novo desafio, numa altura em que a inflação atinge níveis elevados, tendo acelerado para uma taxa anual de 6,2% em outubro, um ritmo inédito em 30 anos.

A Fed tem insistido no caráter transitório do aumento dos preços, mas escolher o momento oportuno para a subida das taxas de juro sem comprometer a recuperação será uma das suas principais tarefas.

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5 coisas que vão marcar o dia

Vão ser revelados dados sobre a evolução das taxas de juro no crédito à habitação em Portugal, no dia em que o primeiro-ministro vai falar com os partidos sobre as medidas da pandemia.

Vão ser revelados alguns dados relevantes, nomeadamente sobre a evolução das taxas de juro no crédito à habitação em Portugal, bem como estatísticas sobre o emprego e sobre as despesas com proteção social na União Europeia. Serão também discutidos outros assuntos europeus, como a Política Agrícola Comum, na sessão plenária do Parlamento Europeu. Por cá, o primeiro-ministro vai falar com os partidos sobre as medidas a aplicar para travar a propagação da Covid-19.

Costa recebe partidos sobre novas medidas Covid

O primeiro-ministro vai começar a receber os partidos para auscultar as opiniões relativamente às novas medidas que serão aplicadas para tentar conter a evolução da pandemia. Estes encontros, que se deverão prolongar até quarta-feira, ocorrem depois da reunião no Infarmed, onde os especialistas de saúde apresentaram a situação do país e recomendaram algumas medidas.

Evolução das taxas de juro no crédito à habitação

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai mostrar esta terça-feira como evoluíram as taxas de juro implícitas no crédito à habitação no mês de outubro. Em setembro, a taxa de juro implícita no crédito à habitação voltou a descer, pelo 13.º mês consecutivo. Com esta evolução, os juros ficaram nos 0,785%, atingindo assim um novo mínimo histórico.

Eurostat revela dados sobre emprego e proteção social

O Eurostat vai divulgar dados mais detalhados sobre o emprego durante o segundo trimestre de 2021. Além disso, o gabinete de estatísticas europeu vai também publicar, esta terça-feira, estimativas sobre as despesas com proteção social, nomeadamente com doenças e cuidados de saúde, ao longo do ano de 2020, que foi excecionalmente marcado pela pandemia de Covid-19.

Economistas debatem recuperação em Portugal

Vai realizar-se esta terça-feira o 9.º Congresso Nacional dos Economistas, na Fundação Calouste Gulbenkian. Entre os temas que vão estar em debate nesta conferência, que vai contar com uma intervenção do primeiro-ministro, encontra-se o futuro pós-pandemia, a inovação e sustentabilidade, bem como os obstáculos ao crescimento das pequenas e médias empresas.

UE discute PAC e orçamento europeu

O Parlamento Europeu volta a reunir em sessão plenária esta terça-feira, tendo na agenda um debate conjunto sobre a Política Agrícola Comum (PAC), nomeadamente o apoio aos planos estratégicos a estabelecer pelos Estados-Membros e financiados pelo FEAGA e pelo FEADER, bem como o financiamento, gestão e acompanhamento no âmbito da PAC. Além disso, há também declarações do Conselho e da Comissão Europeia sobre o processo orçamental para o exercício de 2022.

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Iberdrola subiu preços para novos clientes este ano. Vai baixá-los em 2022 por via das tarifas de acesso

Para 2022, o regulador propõe quedas na tarifa de acesso às redes desde -52% até-94%. Isto "contribui para uma diminuição de cerca de -35%, em termos médios, na fatura dos consumidores", diz a ERSE.

A Iberdrola anunciou que vai baixar os preços da eletricidade que vende no mercado liberalizado. A empresa espanhola conseguirá contas da luz mais baixas para os clientes unicamente por via da grande redução das tarifas de acesso às redes (uma componente importante da fatura final) decididas pela ERSE, que entrarão em vigor para todos os consumidores a 1 de janeiro de 2022.

“A Iberdrola informa que todos os seus clientes, sem exceção, poderão beneficiar a partir de 1 de janeiro das previstas reduções das tarifas de acesso já comunicadas pela ERSE no dia 15 do mês passado”, disse ao ECO fonte oficial da elétrica, acrescentando que o aviso final da redução será comunicado aos clientes “assim que sejam publicados os valores oficiais” pela entidade reguladora, em 15 de dezembro.

Em linhas gerais, a Iberdrola prevê descer os preços da eletricidade para “todos os seus clientes” através da aplicação das novas tarifas de acesso às redes, que têm um grande peso no valor final da fatura. Para 2022 o regulador propõe descidas na tarifa de acesso às redes que vão desde os -94% na média, alta e muito alta tensão, passando por -65,6% na baixa tensão especial e -52,2% na baixa tensão normal.

Na prática, segundo a ERSE, só isto “contribui para uma diminuição de cerca de -35%, em termos médios, na fatura final dos consumidores do mercado liberalizado”.

Já depois da publicação desta notícia, fonte oficial da Iberdrola prestou esclarecimentos adicionais, afirmando que em 2021 “para renovações contratuais e novos contratos, casos houve onde se verificaram ajustes que refletem apenas a pressão verificada nos mercados grossistas”. No entanto, garante, “não houve qualquer aumento para a carteira em período contratual”.

Durante este ano, a Iberdrola foi a primeira comercializadora a admitir que, mantendo-se o cenário de elevada pressão nos preços grossistas, teria de “refletir, na menor medida possível, ajustes mediante uma revisão de valores”. Uma subida de preços que também foi admitida pela Endesa na mesma altura.

Ao ECO, fonte da Endesa confirmou também depois da publicação da notícia que, à semelhança da Iberdrola, manteve inalterados os preços dos contratos que já estavam em vigor, mas aumentou os preços para os novos contratos.

Na semana passada, a EDP (que não mexeu nos preços este ano) anunciou aumentos médios dos preços da luz para os seus clientes de 2,4% em 2022 e a Endesa adiantou que irá manter os preços da eletricidade para as famílias e pequenos negócios em 2022.

Em setembro, a Iberdrola apresentava uma quota de mercado em termos de clientes de 6,3%, um valor igual em termos de consumo abastecido, sendo o terceiro operador depois das concorrentes EDP Comercial e da Endesa.

Endesa mantém preços da atual carteira de clientes

Apesar de ter dito que mantém os preços em 2022, o mesmo acabará por acontecer com a Endesa, que respondeu ao ECO que qualquer “revisão será definida em conformidade com a evolução dos mercados”. Para famílias e pequenos negócios, a elétrica espanhola irá manter os preços na atual carteira de clientes, a partir 1 de janeiro mas também estes acabarão acabarão por sentir uma descida nas faturas por via das tarifas de acesso às redes.

Uma novidade que a Endesa traz do país vizinho é a possibilidade de “contratar a Tarifa Tranquilidade, para ter um preço estável, durante 5 anos” no segmento residencial”.

Para as empresas, “todos os contratos que vierem a terminar no decorrer do ano de 2022 serão revistos em conformidade com a evolução dos mercados grossistas”, diz a Endesa.

Quanto à Galp e à Goldenergy, ambas recusaram revelar para já as suas estratégias. “A Galp não faz comentários sobre a atualização dos preços de eletricidade”, disse fonte oficial ao ECO. E a Goldenergy ainda não definiu tarifários para 2022, afirmou também uma fonte oficial.

A evolução dos preços da eletricidade no próximo ano resulta do impacto negativo da subida do preço nos mercados grossistas, que atingiu valores recorde este ano, e pelo contrário, do impacto positivo da redução das tarifas de acesso às redes para as famílias e pequenos negócios, que será de -52,2%, conforme anunciou o regulador em 15 de outubro.

De acordo com dados da ERSE, em setembro de 2021, o mercado livre representa mais de 86% do número total de clientes e cerca de 95% do consumo em Portugal Continental, exibindo um aumento de 1,2 pontos percentuais e de 0,4 pontos percentuais, respetivamente, relativamente ao peso relativo do mês homólogo. No mesmo mês, manteve a quase totalidade dos fornecimentos a grandes consumidores.

(Notícia atualizada às 17h21 com mais esclarecimentos prestados pela Iberdrola e Endesa)

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