Governo mantém proposta de aumentar salário mínimo para 705 euros

É oficial. O Governo propôs aumentar o salário mínimo para 705 euros em 2022. No documento partilhado, não se refere, pelo menos ainda, qualquer tipo de contrapartidas para os empregadores.

O Governo propôs, esta terça-feira, aos parceiros sociais aumentar o salário mínimo nacional para 705 euros em 2022. Apesar de a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano ter chumbado e de as eleições terem sido antecipadas para 30 de janeiro, o Executivo de António Costa decidiu insistir na já anunciada atualização de 40 euros.

“Para 2022, o Governo apresentou aos parceiros sociais uma proposta de aumento da retribuição mínima mensal garantida para 705 euros“, lê-se no documento partilhado com as confederações patronais e com os sindicatos.

Esse aumento de 40 euros já tinha sido sinalizado pelo primeiro-ministro, que garantiu, numa entrevista recente à RTP, que o Executivo fará “tudo aquilo que é normal ser feito” no início do ano — incluindo atualizar o salário mínimo nacional –, apesar da iminente ida às urnas, na sequência do chumbo do OE.

Assim, esta terça-feira, a ministra do Trabalho rumou à Concertação Social, tendo proposto aos parceiros sociais oficialmente a subida em 40 euros da retribuição mínima garantida para 705 euros. Isto já que, de acordo com o Código do Trabalho, a atualização desse valor depende da auscultação do órgão em causa.

O documento partilhado com as confederações patronais e com os sindicatos explica, em linha com o que o ECO já tinha avançado, que 24,6% dos trabalhadores por conta de outrem (cerca de 880 mil pessoas) ganham hoje o salário mínimo.

A incidência do SMN é, de resto, mais expressiva entre as trabalhadoras (27% ganham o SMN contra 22,6% dos homens), daí que o Governo tenha argumentado que a atualização agora proposta contribuirá também para a mitigação da desigualdade salarial entre géneros.

“Por região do território continental, o Alentejo apresenta atualmente a incidência mais elevado do salário mínimo (31,7%), seguido de perto pelo Algarve (30,8%)”, detalha ainda o Governo, esta terça-feira.

E os principais setores onde o salário mínimo tem maior presença são as “atividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e atividades de produção das famílias para uso próprio (45,4%), o setor do alojamento, restauração e similares (45,3%) e a agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (44%), seguidas pelas atividades imobiliárias (35,2%) e pela construção (34,6%)”.

No documento partilhado, esta manhã, na Concertação Social, o Executivo de António Costa que tinha como meta atingir os 750 euros de salário mínimo até 2023. O salário mínimo hoje em vigor (665 euros) está a 85 euros desse valor. Com o aumento agora anunciado, ficará a 45 euros.

Além da atualização da retribuição mínima mensal garantida, o Governo propôs discutir, esta terça-feira, a metodologia a seguir para a monitorização dos impactos desse aumento do salário mínimo ao longo do próximo ano.

Tanto as confederações patronais como os sindicatos têm deixado críticas à atualização proposta de 40 euros. Os primeiros reclamam contrapartidas para “apoiar” as empresas face ao aumento dos custos implicado neste medida enquanto os segundos exigem que o Governo vá mais longe, apesar de este ser o salto absoluto mais expressivo dos dois Executivo de António Costa.

(Notícia atualizada às 11h45)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estas são as cinco áreas profissionais com maior potencial de crescimento em 2022

Saúde, tecnologia, logística, gestão financeira e estatística. Estas são as cinco áreas em que é esperado o maior crescimento na procura no próximo ano.

Apesar de ser sempre difícil prever tendências, o atual cenário do mercado de trabalho e os dados dos últimos dois anos servem para antever alguns dos movimentos que podemos esperar num mundo pós-pandemia, nomeadamente ao nível do potencial de crescimento de certas áreas profissionais. Saúde, área tecnológica e da gestão da cadeia logística são algumas das áreas que se estima maior procura no próximo ano, segundo a Fast Company (acesso livre, conteúdo em inglês).

1. Saúde

A pandemia da Covid-19 teve de um impacto gigante em todos os profissionais da saúde. Depois de um esforço adicional para fazer frente ao aumento do número de casos e mortes no país, há estudos que sugerem que mais de um terço dos trabalhadores da saúde está mesmo a pensar em abandonar a profissão, o que poderá agravar a escassez de talento nesta área.

Esta é a principal razão que leva a publicação norte-americana a considerar das áreas com maior potencial de crescimento nos próximos anos. Segundo a consultora Kiplinger, só nos Estados Unidos haverá necessidade de, pelo menos, mais 500.000 enfermeiros até 2027. E, se viajar é uma prioridade para ti, considere tornar-se enfermeiro de viagem. “Pode significar ganhar um rendimento de seis dígitos, juntamente com bónus”, detalha a publicação.

Na realidade portuguesa, de acordo com um levantamento das profissões mais bem pagas do país, fornecido pelo ManpowerGroup à Pessoas, em julho, a saúde ocupava precisamente o primeiro lugar do pódio, com o diretor-geral nesta área a ser o profissional mais bem pago. Recebe entre 120.000 e 150.000 euros brutos por ano, ou seja, entre 8.571 e 10.714 euros brutos por mês.

2. Tecnologia

A área tecnológica tem sido um campo de grande crescimento durante os últimos anos, e a pandemia acabou por reforçá-lo, sendo uma das áreas onde se sente maior escassez de talento. Para atrair mais profissionais para as tech, as empresas já começaram a recrutar, para determinadas funções, não só pessoas com formação universitária, mas também aquelas que aprenderam a programar online, através de bootcamps, por exemplo.

Segundo o Bureau of Labor Statistics (BLS), até ao final da década, o campo do desenvolvimento de software deverá crescer em torno de 22%, o que significa mais de 300.000 novos empregos, e com um salário médio anual superior a seis dígitos.

O mesmo levantamento do ManpowerGroup indicava que o chief information officer (CIO), que é responsável pela área de tecnologia da informação da empresa e, normalmente, é a pessoa com mais experiência desse departamento, recebe entre 95.000 e 120.000 euros brutos anuais, o que corresponde a 6.785 e 8.571 euros por mês. Mas mesmo outras funções na área tecnológica representam, quase sempre, um salto salarial, bem como uma taxa de empregabilidade muito elevada.

3. Gestão da cadeia logística

Também com grande potencial de crescimento está a área de supply chain management, (gestão da cadeia logística, em português). Gestor de distribuição, analista logístico e purchasing agent são algumas das funções possíveis neste campo.

“Os engenheiros industriais são também abundantes na gestão da cadeia de abastecimento. Por isso, se tiver competências em matemática e estatística, bases de engenharia e gostar de fazer com que os sistemas funcionem mais eficientemente, este pode ser o campo certo para si.”

4. Gestão financeira

gestão financeira

Na área da gestão financeira, a expectativa é que as carreiras cresçam por volta de 15% durante a próxima década. Estes profissionais são contratados para examinar as despesas e receitas de uma empresa, enquanto procuram formas de maximizar a rentabilidade.

No que toca ao percurso académico, as empresas da lista “Fortune 500” procuram “frequentemente candidatos com um MBA”, salienta a Fast Company. Ainda assim, as organizações mais pequenas contratam gestores financeiros com diplomas de licenciatura.

5. Estatística

Numa altura em que os dados já são encarados como o petróleo da era digital, saber ler e analisar a informação, bem como ser capaz de avaliar o risco, é uma competência cada vez mais valorizada no mercado. Os cientistas de dados — que trabalham maioritariamente para companhias de seguros, ajudando as empresas a utilizar a informação da melhor forma — deverão crescer na ordem dos 30% até 2030, um aumento significativo que promete tornar estes profissionais cada vez mais atrativos para as companhias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seguros: o que sabe sobre a 1ª causa de morte em Portugal?

  • BRANDS' ECO
  • 16 Novembro 2021

A garantia de proteção num momento de fragilidade traz solidez à relação entre companhia de seguros e cliente. Garanta coberturas à medida do segurado, com custos controlados, e seja líder de mercado.

A pandemia devido à COVID-19 trouxe novos desafios para a indústria seguradora. (Re)pensar os modelos de seguros, nos ramos vida e não vida, e criar novos produtos de saúde, adequados às reais necessidades dos portugueses, permitirá reforçar o posicionamento das companhias de seguros que atuam no mercado nacional.

A liderança do setor passará pela sustentabilidade da oferta, assente no desenvolvimento de parcerias estratégicas com os operadores da área da saúde.

Quando a tendência atual é de diversificação das coberturas, tendo em vista chegar a um maior número de potenciais clientes, impõe-se o debate sobre as doenças graves e a cobertura da principal causa de morte em Portugal: o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Após o tratamento na fase aguda (assegurado pelo Serviço Nacional de Saúde), a resposta do mercado segurador é insuficiente e praticamente inexistente. O mito de que o tratamento do AVC na fase subaguda (primeiros 6 meses após o incidente) deve ser enquadrado nos cuidados continuados tem retirado potencial de crescimento à indústria seguradora.

Acha que sabe tudo sobre a principal causa de morte em Portugal? Aceite o nosso desafio e teste os seus conhecimentos.

/7
123

Acha que sabe tudo sobre a principal causa de morte em Portugal?

Sabia que somos o país da Europa Ocidental onde mais se morre devido a um AVC? Sabia que, a cada 23 minutos, um português sofre um AVC? E sabia que 25% dos casos ocorrem antes dos 65 anos de idade?

Teste os seus conhecimentos sobre esta doença grave.

1 / 7

O que é um AVC? (escolha uma opção)

Question Image

2 / 7

Quais são os principais sintomas de um AVC? (escolha uma opção)

Question Image

3 / 7

O que deve fazer em caso de AVC? (escolha uma opção)

Question Image

4 / 7

Quantos portugueses morrem, anualmente, devido a um AVC? (escolha uma opção)

Question Image

5 / 7

Quantos portugueses sobrevivem, anualmente, a um AVC? (escolha uma opção)

Question Image

6 / 7

Dos 20.000 sobreviventes de AVC, quantos precisam de reabilitação especializada? (escolha uma opção)

Question Image

7 / 7

O sucesso da reabilitação de um AVC depende:

Question Image

Centro especializado em reabilitação para sobreviventes de AVC

Uma nova resposta em Portugal para sobreviventes de AVC tem suscitado interesse ao mercado segurador. O CONSANAS Hospital da Prelada, localizado no Porto, é um centro especializado de reabilitação, intensiva e personalizada, com custos controlados. Durante o tratamento, o sobrevivente de AVC, a sua família e os cuidadores informais, são preparados para a respetiva reintegração familiar, social e profissional.

Este projeto, inovador e pioneiro em Portugal, nasceu de uma parceria entre a Boehringer Ingelheim Healthcare Management Portugal e a Misericórdia do Porto.

Descubra mais sobre as potencialidades desta nova oferta no site do CONSANAS Hospital da Prelada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Claranet investe 5 milhões e instala-se no Hub Criativo do Beato em Lisboa

  • Lusa
  • 16 Novembro 2021

Novas instalações ficarão localizadas "no edifício anteriormente designado por 'Armazém das Grillas', onde funcionaram os supermercados da antiga Manutenção Militar".

A empresa de tecnologias de informação Claranet anunciou esta terça-feira que vai investir cinco milhões de euros para centralizar a sua operação do sul do país no Hub Criativo do Beato, em Lisboa, segundo comunicado enviado à Lusa.

A Claranet “vai concentrar toda a sua área de inovação e operações de serviços, na zona Sul do país, no Hub Criativo do Beato, a partir do terceiro trimestre de 2022“, pode ler-se no texto.

De acordo com a tecnológica, as novas instalações ficarão localizadas “no edifício anteriormente designado por ‘Armazém das Grillas’, onde funcionaram os supermercados da antiga Manutenção Militar”.

O projeto inclui a reabilitação dos referidos edifícios, que contam com 4.000 metros quadrados de área, num investimento estimado em cinco milhões de euros e cujas obras arrancam ainda este mês.

Segundo a empresa, o espaço terá capacidade para servir cerca de 500 trabalhadores, “entre zonas de trabalho fixas e espaços partilhados para colaboradores em modo de trabalho remoto e híbrido, bem como salas de reuniões, de formação e zonas de lazer”.

“Com um conceito arquitetónico inovador, baseado em diferentes espaços abertos que privilegiam a sustentabilidade e a socialização entre colaboradores, o novo escritório da Claranet no Hub Criativo do Beato privilegiará também a inovação, com novas áreas de desenvolvimento associadas a Data Science, Cloud, Cibersegurança, Workplace e Training“, refere a empresa no comunicado.

Para o diretor da Claranet Portugal, António Miguel Ferreira, citado no comunicado, “o novo escritório reflete também muitos dos valores e conceitos do Hub Criativo do Beato e é para a Claranet um orgulho fazer parte deste novo polo de inovação, criatividade e empreendedorismo, integrado num dos projetos de requalificação mais interessantes da cidade de Lisboa”.

Além do novo espaço em Lisboa, a Claranet Portugal possui um escritório no Porto, dois datacenters (um em Lisboa e outro no Porto), um centro de logística em Sacavém e um Centro de Competências em Viseu.

A Claranet foi fundada em 1996 e conta com mais de 2.500 trabalhadores em 10 países (Reino Unido, Portugal, Brasil, França, Alemanha, Holanda, Espanha, Itália e Estados Unidos).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministério dos Negócios Estrangeiros abre 102 vagas para embaixadas e consulados

Os processos de recrutamento pretendem reforçar a rede externa do ministério dos Negócios Estrangeiros, que é composta por embaixadas, postos consulares, missões e representações.

Há 102 vagas por preencher no novo processo de recrutamento de funcionários para os serviços periféricos externos do ministério dos Negócios Estrangeiros. Os processos de recrutamento têm em vista o reforço da rede externa deste ministério, que é composta por embaixadas, postos consulares, missões e representações. Está prevista a contratação de funcionários para 76 postos, localizados em 50 países nos cinco continentes.

“As vagas em concurso resultam do processo regular de recrutamento anual, que contempla 95 vagas, e do reforço dos Consulados-Gerais de Portugal em Londres e Manchester, no âmbito da terceira fase do Plano de Contingência Consular para o Brexit, que prevê a abertura de sete vagas”, lê-se em comunicado.

Um dos objetivos deste reforço da rede externa, diz o ministério, é a melhoria da capacidade de resposta dos serviços consulares junto das comunidades portuguesas, sendo 86% das vagas destinadas a postos consulares ou com secções consulares.

Em linha com este objetivo, os países com maior número de vagas são também países de grande presença das comunidades portuguesas: França (11), Estados Unidos da América (7), Reino Unido (7), Brasil (4), Alemanha (3), Angola (3), Canadá (3), Moçambique (3), Suíça (3) e Venezuela (3).

O reforço da rede externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros prossegue o investimento feito na contratação de recursos humanos para os serviços periféricos externos, traduzido num aumento de 12% nos últimos cinco anos, correspondente a um reforço de 141 funcionários.

Pode consultar mais informação sobre a abertura dos concursos através do Portal Diplomático.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Emprego em Portugal cresce acima da média da Zona Euro

A população empregada engordou mais em Portugal do que na média da Zona Euro e da União Europeia, também em cadeia como em termos homólogos.

O número de pessoas empregadas na Zona Euro e na União Europeia cresceu 0,9%, entre julho e setembro, indicam os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat. Já em Portugal, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o terceiro trimestre foi sinónimo de uma subida em cadeia de 1,4% da população empregada, acima, portanto, das médias europeias.

“O número de pessoas empregadas aumentou 0,9% tanto na Zona Euro como na União Europeia, no terceiro trimestre de 2021, em comparação com o trimestre precedente. No segundo trimestre de 2021, o emprego tinha crescido 0,7% na Zona Euro e 0,8% na União Europeia”, detalha o Eurostat. Estes dados mostram que o crescimento da população empregada acelerou, na comparação em cadeia, tanto na área da moeda única como no bloco comunitário.

Quanto à comparação homóloga, o emprego subiu 2% na Zona Euro e 2,1% na União Europeia, no terceiro trimestre, variações também superiores às registadas nos três meses anteriores.

O Eurostat não desagrega os dados pelos vários Estados-membros, mas os números já divulgados pelo português Instituto Nacional de Estatística mostram que por cá o crescimento da população empregada foi mais expressivo.

Na nota divulgada recentemente pelo INE, indica-se que, entre julho e setembro, a população empregada foi estimada em 4.878,1 mil pessoas, o que reflete um a subida em cadeia de 1,4% e um acréscimo homólogo de 4,7%. “Por sua vez, a correspondente taxa de emprego situou-se em 56,1% e aumentou 0,8 pontos percentuais”, salientou também o instituto português.

Esta terça-feira, o Eurostat deixa ainda notar que também a economia portuguesa cresceu mais do que a média europeia, no terceiro trimestre do ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economia portuguesa cresceu acima da média europeia no terceiro trimestre

A economia portuguesa cresceu 2,9% face ao trimestre anterior e 4,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, subidas superiores às registadas na União Europeia. Mas está a desacelerar.

A economia portuguesa cresceu mais do que a média europeia no terceiro trimestre do ano, tanto em cadeia como na comparação homóloga. O PIB de Portugal aumentou 2,9% face ao trimestre anterior, e 4,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, subidas superiores às registadas na União Europeia, revelam os dados do Eurostat.

No terceiro trimestre de 2021, o PIB ajustado sazonalmente aumentou 2,2% na Zona Euro e 2,1% na UE, em comparação com o trimestre anterior, de acordo com a estimativa rápida publicada pelo gabinete de estatísticas europeu. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento foi de 3,7% na Zona Euro e 3,9% na UE no terceiro trimestre de 2021.

Apesar de Portugal ficar acima da média da UE e da Zona Euro no terceiro trimestre de 2021, este crescimento do PIB representa uma desaceleração, já que fica abaixo daquele registado no segundo trimestre deste ano. Nessa altura, a economia portuguesa cresceu 4,4% em cadeia e 16,1% em termos homólogos.

É de salientar que o terceiro trimestre do ano passado foi marcado pelo desconfinamento durante o verão, apesar de existirem medidas mais restritivas na zona de Lisboa. Já este ano arrancou com um novo confinamento geral, que foi seguido por um levantamento progressivo das restrições, nomeadamente com o avanço da vacinação contra a Covid-19.

Quanto à UE e Zona Euro, registou-se uma aceleração no crescimento da economia em cadeia, ou seja, face ao trimestre anterior, ao contrário de Portugal. No entanto, na comparação homóloga, o ritmo de crescimento da média comunitária também abrandou.

http://videos.sapo.pt/oW9GeDZQN8ZpGoO7ndZr

(Notícia atualizada às 10h42)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal tem risco elevado de corrupção no setor da Defesa, diz relatório da Transparency International

Portugal tem uma pontuação abaixo da média europeia no que diz respeito à qualidade dos controlos institucionais para gerir riscos de corrupção nas instituições de defesa e segurança.

Portugal está entre os países com risco elevado de corrupção no setor da Defesa, apresentando uma pontuação abaixo da média europeia no que diz respeito à qualidade dos controlos institucionais para gerir riscos de corrupção nas instituições de defesa e segurança, segundo um relatório da organização sem fins lucrativos Transparency International.

No índice, a avaliação de Portugal é de 44 pontos em 100 possíveis, situando-se assim abaixo da média europeia (59/100). Apesar de o país ter melhorado relativamente aos dados de 2015, nomeadamente no que diz respeito ao risco político e aos riscos associados à gestão de pessoal, “continuam a registar-se problemas na prevenção e mitigação de riscos decorrentes da falta de fiscalização“, sinaliza a associação.

Olhando para o quadro geral, 62% dos países recebem uma pontuação global de 49/100 ou inferior, o que indica um risco elevado a crítico de corrupção na Defesa em todas as regiões do mundo. No entanto, entre os países da Europa do Norte e Ocidental, Portugal é mesmo o que apresenta a pontuação mais baixa, com países como Espanha a registar uma avaliação de 52 pontos, Itália contabiliza 61 pontos e Alemanha 70.

A área de risco operacional é a que compara pior, tendo uma pontuação de zero pontos. “Num contexto em que a ação das Forças Armadas se desenvolve cada vez mais em teatros operacionais complexos, implicando cadeias logísticas com muitos intermediários e cadeias de comando, a inexistência de doutrina militar específica sobre riscos de corrupção é cada vez menos compreensível”, defende Karina Carvalho, diretora executiva da Transparency International Portugal, citada em comunicado.

Já na fiscalização, “a Assembleia da República continua a não exercer todo o espetro de poderes fiscalizadores que são sua prerrogativa”, sublinha Karina Carvalho. É o caso da Comissão de Defesa Nacional, que não fiscaliza a ação do Ministério da Defesa Nacional “com o detalhe e a distância que lhe compete”, reitera.

Quanto à transparência, os dados do relatório apontam para uma diferença acentuada entre o reporte público de informação pelo Ministério da Defesa Nacional e pelos diferentes ramos das Forças Armadas.

Este relatório surge numa altura em que foram conhecidos avanços na Operação Miríade, na sequência de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, que levou à execução de 100 mandados de busca e dez detenções. Em causa está a investigação a uma rede criminosa com ligações internacionais e que “se dedica a obter proveitos ilícitos através de contrabando de diamantes e ouro, tráfico de estupefacientes, contrafação e passagem de moeda falsa, acessos ilegítimos e burlas informáticas”, em missões militares.

Mas Marcelo Rebelo de Sousa garante que a “reputação [dos militares] continua intacta” e que são “o orgulho de Portugal”. Na cerimónia de despedida de um contingente de 110 militares portugueses que partem para República Centro-Africana (RCA), no Aeroporto de Figo Maduro, o Presidente da República disse que não é “um ou dez casos” que possam vir a acontecer que vão abalar a reputação dos militares naquela que é a décima missão na RCA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Semapa Next e fundo holandês põem amêijoa de aquicultura no prato

Projeto pioneiro de aquicultura de amêijoa em mar aberto vai chegar aos consumidores portugueses e espanhóis no próximo ano, depois de um investimento de seis milhões na Oceano Fresco.

As primeiras amêijoas de aquicultura do mundo nascem na Nazaré e crescem ao largo de Lagos. Em breve, vão chegar às mesas de Portugal e Espanha, e depois ao resto do mundo, com a nova ronda de investimento da Oceano Fresco, que passará a ter no capital o fundo holandês Aqua-Spark e a Semapa Next, o braço de venture capital da holding da família Queiroz Pereira.

A ronda de investimento de série B vai fazer entrar 6,1 milhões de euros na Oceano Fresco, elevando para 13,5 milhões o capital levantado pela startup da economia azul que deu os primeiros passos em 2015. O dinheiro servirá para criar uma infraestrutura de embalamento, armazenamento e expedição no centro biomarinho da Nazaré, arrancando com a comercialização dos bivalves no próximo ano, primeiro no mercado ibérico e depois noutros países europeus e no sudoeste asiático.

A empresa, que já conta com 23 colaboradores, vai contratar mais 30 pessoas em 2022, a maioria para as áreas de vendas, marketing, logística e operações. Parte delas ficarão no novo escritório no campus de Carcavelos da Nova SBE, que integra o ecossistema de inovação que está a ser criado pela universidade.

“As primeira vendas vão acontecer ainda este Natal, como prova de conceito. A partir da Páscoa já será com maior dimensão”, afirma ao ECO Bernardo Carvalho, que criou a Oceano Fresco depois de vários anos como consultor de gestão no estrangeiro, nomeadamente na Suíça, onde trabalhou com os setores da agrogenética, biotecnologia e farmacêutica.

Partindo do desafio de como alimentar o mundo de forma mais sustentável, foi descartando a agricultura e a pecuária. Virou-se então para o mar. Como os peixes “têm os mesmos problemas da exploração animal, com o uso de jaulas e de antibióticos, fui para os bivalves”, conta. Mais exatamente para as amêijoas, “onde há mais espaço para melhorar”.

A ideia “foi trazer a abordagem das grandes farmacêuticas a um mercado muito fragmentado, primitivo, com uma perspetiva de muito curto-prazo”, continua o CEO da Oceano Fresco. E que, diz, vale 6.000 milhões de euros na primeira venda.

Três trabalhadores e uma volta ao mundo

O projeto começou com a contratação de três pessoas, em 2015, um doutorado em genética, outro em aquicultura e um técnico de aquicultura. Juntos deram quase a volta ao mundo, passando por países produtores e grandes consumidores, como a China, a Coreia do Sul, a Itália, a Espanha ou a Noruega, “para perceber o estado da arte do mercado”.

A primeira ronda de financiamento aconteceu em 2018, com a entrada no capital do fundo português BlueCrow Capital, que permitiu a construção do centro biomarinho na Nazaré, onde é feita a investigação e desenvolvimento e onde é produzida a amêijoa de semente. Seguiu-se a construção do primeiro viveiro de amêijoas em mar aberto do mundo, a três milhas da costa de Lagos, no Algarve.

O viveiro de amêijoa em mar aberto foi instalado em 2020, ao largo de Lagos, no Algarve.

Com capacidade para produzir até 600 toneladas de bivalves por ano, o investimento de 3,1 milhões, que contou também com fundos europeus do MAR2020, recebeu em julho o ministro Ricardo Serrão Santos, que vestiu o fato de mergulhador para visitar o viveiro de cerca de 100 hectares.

A investigação e desenvolvimento tem sido uma das apostas da empresa, que segundo Bernardo Carvalho já investiu entre um e dois milhões de euros em I&D nas áreas da genética e biologia. Além dos recursos internos, tem projetos de colaboração aberta com entidades como o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, o IPMA, a faculdade de Biotecnologia da Universidade Católica no Porto e universidades estrangeiras.

O fundador e CEO da Oceano Fresco salienta a importância dos novos investidores, que colocam três milhões cada um nesta série B. “A Aqua-Spark, um fundo de 200 milhões especializado em aquacultura, nunca tinha investido em bivalves nem em Portugal. Representa um passo importante na profissionalização deste setor. Vai atrair muita atenção para o país”, antecipa Bernardo Carvalho.

Ricardo Pires, CEO da Semapa Next, que será presidente executivo da holding a partir de janeiro, salienta em comunicado que a capital de risco que gere “tem como imperativo endereçar o imperativo da sustentabilidade com soluções escaláveis e economicamente viáveis. A Oceano Fresco está inteiramente alinhada com esta visão, visto que está a trazer a produção de amêijoas para o século XXI através de uma abordagem completamente integrada, escalável, sustentável, e baseada na ciência”.

A Aqua-Spark sublinha que “os bivalves estão bem alinhados com a sua carteira de participadas, na medida em que são uma das proteínas animais com produção mais eficiente e sustentável do ponto de vista da utilização de recursos, requerendo quantidades mínimas de energia e alimento”. Sublinha ainda que as espécies cultivadas estão ameaçadas por apanha excessiva e ilegal no seu estado selvagem, pelo que o projeto da Oceano Fresco ajuda a proteger os ecossistemas naturais.

Este investimento “significa passarmos de uma startup para uma scaleup, para podermos alimentar o mundo com a trilogia mágica dos três ‘s’: sustentável, saudável e saboroso”, aponta Bernardo Carvalho. “É uma comida do futuro. É uma COP26 como devia ter sido.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presidente da Câmara do Porto começa hoje a ser julgado no processo Selminho

  • Lusa
  • 16 Novembro 2021

Rui Moreira começa esta terça-feira a ser julgado no âmbito do processo Selminho, no qual é acusado de prevaricação por favorecer a imobiliária da família.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, começa esta terça-feira a ser julgado no âmbito do processo Selminho, no qual é acusado de prevaricação por favorecer a imobiliária da família, da qual era sócio, em detrimento do município.

O início do julgamento está marcado para as 09:30 no Tribunal de São João Novo, no Porto.

O Ministério Público (MP) acusou, em dezembro do ano passado, o autarca independente de prevaricação (de titular de cargo político), defendendo também a perda de mandato de Rui Moreira, por favorecer uma sua imobiliária e da sua família – Selminho -, já durante o seu mandato (tomou posse em 23 de outubro de 2013), em prejuízo da autarquia.

Na instrução, fase facultativa requerida pelo arguido, e que visa decidir por um juiz de instrução criminal (JIC) se o processo segue e em que moldes para julgamento, o Tribunal de Instrução Criminal do Porto concluiu que o presidente da autarquia “agiu com intenção direta de beneficiar os interesses da Selminho, da qual era sócio, em detrimento” da autarquia, no litígio judicial que opunha o município à imobiliária, que pretendia construir um edifício de apartamentos num terreno na Calçada da Arrábida, no Porto.

Segundo a JIC, “não foi produzida qualquer prova que pudesse abalar” a acusação do MP e pronunciou (decidiu levar a julgamento Moreira) por entender que é “solidamente previsível” que, em julgamento, o autarca venha a ser condenado.

No debate instrutório, o advogado Tiago Rodrigues Bastos pediu que o seu constituinte não fosse a julgamento, dizendo que o caso Selminho estava assente “num processo de intenções, teorias e fabulações” do procurador do MP Nuno Serdoura.

O MP sustenta que o presidente da Câmara do Porto “violou os deveres de legalidade, de prossecução do interesse público e de imparcialidade, em decisões que tomou na gestão de um conflito que opunha o município a uma sociedade comercial [Selminho]”.

A acusação conta que a Selminho “vinha, desde 2005, esgrimindo, perante o município, o direito de construir um edifício de apartamentos num terreno sito na Calçada da Arrábida, no Porto, direito que o município não lhe reconhecia”.

Isto por entender que as operações urbanísticas pretendidas não estavam de acordo com o Plano Diretor Municipal (PDM).

O MP frisa que, face a esta posição, a Selminho instaurou no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, em dezembro de 2010, uma ação em que pedia a declaração de ilegalidade dos artigos 41.º e 42.º do PDM – normas de que derivava a inviabilidade da construção – “ou, se tal pedido improcedesse, a condenação do município no pagamento de uma indemnização pelos danos causados pela aplicação daquelas normas ao terreno onde queria construir”.

O MP concluiu que Moreira, após tomar posse como presidente da Câmara do Porto, em outubro de 2013, passou uma procuração ao advogado Pedro Neves de Sousa para que, em nome do município, “alterasse, nomeadamente nesta ação, a posição jurídica e/ou urbanística que vinha sucessivamente adotando, quer nos litígios judiciais, quer nos procedimentos administrativos, relativamente à pretensão da sociedade comercial de construir no referido terreno”.

Para ao TIC do Porto, “o compromisso assumido pelo arguido [em 2014], enquanto representante do município, além de invadir as competências próprias da Assembleia Municipal, quanto à alteração da qualificação do solo do terreno, garante à empresa Selminho a reclamada pretensão edificatória que eram contrárias às disposições do PDM”.

“Mas mais, compromete-se a, caso a revisão do PDM não garantisse à Selminho o resultado previsto, dirimir o litígio com vista ao apuramento de um eventual direito a indemnização através de um tribunal arbitral, quando não tinha qualquer direito preexistente consolidado, nem antes nem depois de o arguido entrar em funções”, sustenta o TIC.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deco Proteste defende serviços mínimos bancários para quem já tem conta à ordem

  • Lusa
  • 16 Novembro 2021

A Deco Proteste defende o alargamento dos serviços mínimos bancários a quem já tem uma conta à ordem. Com a medida, os clientes poderiam poupar até 91 euros anuais.

A Deco Proteste defende o alargamento dos serviços mínimos bancários a quem já tem uma conta à ordem, calculando que, mesmo mantendo a limitação de uma conta por pessoa, os clientes poderiam poupar até 91 euros anuais.

“A permissão generalizada de acesso a este produto, mantendo-se contudo o limite de uma conta por cliente, pode levar a uma poupança anual de 91 euros por consumidor”, pode ler-se num comunicado da organização de defesa do consumidor enviado à Lusa.

No texto, a Deco Proteste “exige ao Banco de Portugal e aos grupos parlamentares a alteração do regime que dita o acesso às contas de serviços mínimos bancários”.

Argumentando que “o regime atual dita que o acesso a contas de serviços mínimos bancários está interdito a consumidores que tenham qualquer outra conta à ordem em todo o sistema bancário”, a organização considera que esta regra “deixa de fora muitos portugueses que, por razões familiares ou profissionais, têm mais do que uma conta ativa”.

“Se não fosse a limitação da titularidade de contas bancárias, as contas de serviços mínimos seriam, certamente, a escolha de muitos consumidores para contornarem os custos imparáveis das comissões bancárias”, refere a Deco Proteste.

Segundo a organização, “a principal vantagem das contas de serviços mínimos bancários reside no custo, uma vez que a comissão de manutenção está limitada por lei e não pode ultrapassar os 4,38 euros anuais”.

Salientando que hoje “141 mil consumidores optam por este produto bancário”, a Deco assinala o aumento “superior a 100 mil clientes entre 2000 e 2010”, graças também à “crescente inclusão de serviços como transferências bancárias através do ‘homebanking'”.

De acordo com os cálculos da Deco Proteste, “optando pelos serviços mínimos, os consumidores poupam, em média, 64% face às soluções mais baratas em contas à ordem tradicionais”.

“Em vez dos quase 73 euros pagos, em média, por ano, o custo desce para cerca de 24 euros”, refere a organização da defesa do consumidor.

Segundo a Deco Proteste, “mesmo no banco mais caro (o Santander), a conta de serviços mínimos custa 51 euros, bem abaixo dos 137 euros pagos exatamente pelos mesmos serviços nesse banco”.

“Esta diferença de 86 euros fica, ainda assim, abaixo dos 91 euros que um cliente pode poupar no Bankinter se mudar da conta à ordem mais barata para uma conta de serviços mínimos”, refere a organização.

Para fazer estes cálculos de comparação de custos, a Deco Proteste “utilizou o cenário habitual dos seus estudos: o custo anual de uma conta corrente com cartões de débito e de crédito, a que acrescem três transferências interbancárias por mês, através de ‘homebanking'”.

“Considerando as características das contas de serviços mínimos, neste cenário, seria necessário suportar, além da comissão da conta (que inclui o cartão de débito), o custo do cartão de crédito e 12 transferências interbancárias”, explica a organização.

Assim, “embora a poupança seja evidente, as limitações no acesso a uma conta de serviços mínimos bancários impedem que esta seja uma alternativa viável para muitos consumidores”.

“Para além disso, os portugueses que consigam ter este produto não podem usufruir das melhores oportunidades em créditos, investimentos ou qualquer outro produto noutro banco que não aquele em que detêm a conta”, lamenta a Deco Proteste.

Desta forma, a organização de defesa do consumidor “defende que o acesso a uma (e apenas uma) conta de serviços mínimos seja alargado a todos os consumidores, independentemente do número de contas bancárias que detenham”.

“Tal alteração legislativa permitiria aos portugueses pouparem dezenas de euros por ano”, conclui o comunicado da Deco.

As contas de serviços mínimos bancárias totalizaram 141.421 no final do primeiro semestre, o que representa um crescimento de 9,1% em relação ao final de 2020 e de 20,4% em termos homólogos, divulgou em agosto o Banco de Portugal (BdP).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nas notícias lá fora: Biden, Escrivá e Tesla

  • ECO
  • 16 Novembro 2021

Biden assina plano de infraestrutura de 1,2 biliões de dólares, enquanto a JPMorgan processa Tesla em 162 milhões. Governo espanhol e sindicatos chegam a acordo para aumentar pensões em 0,6%.

Joe Biden assina plano de infraestrutura de 1,2 biliões de dólares. A JPMorgan processou a Tesla em 162,2 milhões de dólares, acusando a empresa de violar o contrato de ações garantidas de forma “flagrante”. Em Espanha, o Governo e os sindicatos aprovaram acordo para aumentar as pensões em 0,6 pontos. Procura por jatos privados causa escassez de aviões. Conheça estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional esta terça-feira.

CNN

Biden assina plano de infraestrutura de 1,2 biliões de dólares

O Presidente dos Estados Unidos assinou o texto que permite a entrada em vigor do plano de investimento em infraestrutura, no valor de 1,2 biliões de dólares, que pretende modernizar e dar resiliência ao país. Joe Biden salientou que “esta lei bipartidária vai modernizar portos, aeroportos, ferrovias, para facilitar às empresas o transporte de mercadorias e reduzir constrangimentos na cadeia de abastecimento”. Este plano irá ajudar a criar também uma maior “resiliência” contra secas, incêndios e furacões, destacou. O Presidente norte-americano garantiu que o plano “não deixa ninguém para trás” e afirmou que representa uma “mudança” na competição com a China.

Leia a notícia completa na CNN (acesso livre, conteúdo em inglês)

Cinco Días

Governo espanhol e sindicatos aumentam pensões em 0,6 pontos

O Governo espanhol e os sindicatos chegaram finalmente a um acordo, sem os empregadores, para conceber um mecanismo de ajustamento para financiar as despesas adicionais com pensões que resultarão da chegada maciça de reformados da geração baby boom. O acordo alcançado entre o Ministério da Segurança Social e os sindicatos CC OO e UGT prevê um aumento das contribuições de 0,6 pontos de 2023 a 2032 (0,5 pontos a cargo da empresa e 0,1 pontos do trabalhador). Com esta nova contribuição extra, o ministro da Inclusão, Segurança Social e Migrações, José Luis Escrivá, pretende angariar cerca de 50 mil milhões de euros para repor o chamado fundo de pensões (o Fundo de Reserva) para cobrir o custo extra das pensões de 2033 a 2050.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Reuters

JPMorgan processa Tesla em 162 milhões de dólares

A JPMorgan processou a Tesla em 162,2 milhões de dólares (141,9 milhões de euros), acusando a empresa de carros elétricos, liderada por Elon Musk, de violar o contrato de ações garantidas de forma “flagrante” depois dos preços das ações terem disparado. De acordo com a queixa, a Tesla vendeu as ações garantidas — que representam o direito de comprar as ações a um preço específico numa data específica — para reduzir a potencial diluição das ações de uma venda separada de obrigações convertíveis e para baixar os seus impostos federais sobre o rendimento.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago, conteúdo em inglês)

Financial Times

Procura por jatos privados causa escassez de aviões enquanto ricos fogem de problemas com companhias aéreas

O regresso irregular de voos normais após a pandemia está a desviar um número recorde de viajantes ricos para jatos particulares, provocando uma crise de aeronaves enquanto a indústria tenta aumentar a capacidade. Mais de 4,2 milhões de voos de jatos particulares ocorreram este ano, de acordo com o WingX, sendo que o aumento da riqueza, principalmente nos Estados Unidos, também terá alimentado o boom da aviação privada.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Empréstimo do Príncipe Andrew de 1,5 milhões pago por David Rowland

David Rowland, um dos maiores doadores do Partido Conservador britânico, transferiu 1,5 milhões de libras (2,35 milhões de euros) para o príncipe Andrew, o segundo filho da Rainha de Inglaterra. David Rowland transferiu o dinheiro para uma conta em Londres no Banque Havilland SA, detido pela família do empresário, para reembolsar um empréstimo de 1,5 milhões de libras que o príncipe tinha contraído apenas onze dias antes junto da instituição.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso livre, conteúdo em inglês)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.