BCP está “mais preocupado” com subida dos combustíveis do que fim das moratórias

Miguel Maya disse estar tranquilo com o fim das moratórias, mas não tanto com o impacto da recente escalada dos preços dos combustíveis e dos custos da energia nas empresas.

O presidente do BCP disse esta quarta-feira que está mais preocupado com o impacto da subida dos preços dos combustíveis e dos custos da energia e das disrupções nas cadeias de distribuição nas empresas do que com o fim das moratórias.

“Na visão global, não há motivo de preocupação especial [com as moratórias]. Estamos mais preocupados com aquilo que podem ser os efeitos em algumas empresas dos aumentos dos combustíveis, dos custos da energia e dos problemas nas cadeia de valor”, afirmou Miguel Maya esta quarta-feira na conferência de apresentação dos resultados trimestrais.

São temas que “não têm a ver com a pandemia diretamente, mas têm a ver com perturbações que foram causadas”, precisou o CEO do banco que disse estar a acompanhar de perto.

“Estamos atentos. Estar preocupado não quer dizer que haja um problema, quer dizer que carece de especial atenção”, adiantou.

Em relação ao fim das moratórias, cujo regime terminou em setembro, Miguel Maya disse não estar preocupado “com a evolução crédito vencido resultante das moratórias”.

“Preocupa-nos cada uma das situações em concreto. O que nos preocupa é estarmos atentos a cada um dos clientes que tenham condições e viabilidade e que devemos ajudar”, referiu. Para as empresas não viáveis, Maya disse que o banco “não vai empurrar com a barriga casos que não tiverem solução”.

O BCP registou lucros de 60 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma descida de 59% em relação ao mesmo período do ano passado.

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ASF abre novos concursos de recrutamento e estágios

  • ECO Seguros
  • 27 Outubro 2021

Os estágios são oportunidades para licenciados em Economia e Direito, e os concursos de admissão visam preencher duas vagas em diferentes áreas.

A ASF pretende admitir estagiários(as), tendo aberto um lugar para o Departamento de Supervisão Comportamental e outro para o Gabinete de Organização e Planeamento. As candidaturas, que podem ser apresentadas pela internet, devem ser remetidas até ao próximo dia 2 de novembro de 2021 (inclusive), através do preenchimento de um formulário próprio associado a cada anúncio.

Para admissão para o Gabinete de Organização e Planeamento, pede-se formação a nível de licenciatura “com componente curricular de mestrado em Gestão, Gestão da Informação ou Economia”. A vaga para o Departamento de Supervisão Comportamental constitui oportunidade de estágio para licenciados(as) em Direito. As condições de candidatura podem sem consultadas aqui.

Recrutamento

Igualmente em nota circular, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) publicou anúncios de abertura de concursos para contratação de colaboradores para o seu quadro de pessoal, em regime de contrato individual de trabalho por tempo indeterminado.

Uma vaga é para Coordenador(a) da Área de Seguradoras e Controlo de Informação do Fundo de Acidentes de Trabalho (Ref.ª FAT2112), e o regulamento do concurso está acessível aqui.

Um segundo anúncio destina-se a provimento de vaga de Motorista de Administração (Ref.ª MotCA2113), um concurso cujo regulamento pode ser acedido aqui.

O prazo de candidatura prolonga-se igualmente até 2 novembro de 2021 (inclusive), e os candidatos(as) devem preencher uma ficha específica para cada um dos anúncios.

Os formulários de candidatura encontram-se disponíveis no sítio da ASF na Internet (ASF/Recursos Humanos), através da hiperligação relativa ao processo de recrutamento, mas os candidatos podem igualmente solicitar esclarecimentos através de correio eletrónico [[email protected]].

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Regulador dá luz verde às quatro listas candidatas ao Montepio

Virgílio Lima, Pedro Alves, Pedro Corte Real e Eugénio Rosa tiveram a autorização prévia da ASF para entrarem na corrida à liderança da Associação Mutualista, que tem eleições no final do ano.

O regulador dos seguros deu “luz verde” às quatro listas candidatas à liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) nas eleições de 17 de dezembro, uma decisão que surge três dias antes do fim do prazo para a entrega das candidaturas.

As listas são encabeçadas por Virgílio Lima (atual presidente da AMMG), Pedro Gouveia Alves, Pedro Corte Real e Eugénio Rosa. Agora, com o registo prévio da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), podem finalmente formalizar as suas candidaturas junto da comissão eleitoral.

A decisão da ASF surge “depois dos esclarecimentos adicionais prestados, das alterações promovidas e das consultas efetuadas aos demais supervisores financeiros”, segundo o comunicado divulgado esta quarta-feira.

O prazo para a entrega das listas terminava inicialmente a 15 de outubro, mas teve de ser prorrogado até dia 29, justamente por causa das demoras no processo de avaliação dos “pré-candidatos” que estava a decorrer ASF.

Nos últimos meses, o regulador esteve a avaliar a idoneidade e capacidade de mais de quatro dezenas de candidatos ao conselho de administração e ao conselho fiscal da maior mutualista do país, que conta com 600 mil associados (embora o universo de votantes seja inferior, pois só são elegíveis associados admitidos há mais de dois anos).

As eleições de dezembro também vão escolher a nova assembleia de representantes, que substitui o extinto conselho geral, mas cujos candidatos não tiveram de obter aprovação prévia do regulador.

O pré-registo da ASF era requisito obrigatório para apresentar candidatura à mutualista, uma novidade destas eleições que decorre da revisão do Código das Associações Mutualistas em 2018, e que criou um regime de supervisão financeira para as grandes mutualistas sobre a alçada do regulador dos seguros, atualmente liderado por Margarida Corrêa de Aguiar.

As últimas eleições foram vencidas por Tomás Correia, com 43,2% dos votos, em 2018, batendo outras duas listas concorrentes. Entretanto, Tomás Correia afastou-se do cargo um ano depois, após pressão da ASF, com a liderança da AMMG a passar para as mãos de Virgílio Lima.

A AMMG apresentou prejuízos consolidados de 89 milhões de euros em 2020.

Eis os candidatos:

Lista 1

Conselho de Administração:

▪ Pedro Alexandre da Rosa Corte Real – Presidente;
▪ Ana Cristina Barreiros de Albuquerque Nogueira – Vogal;
▪ Miguel Alexandre Teixeira Coelho – Vogal;
▪ Marcelo Agripino Alves Pereira da Gama – Vogal;
▪ Nuno Miguel Cunha Rolo – Vogal;
▪ Maria de Nazaré Rala Esparteiro Barroso – Vogal;
▪ Mário José de Matos Valadas – Vogal.

Conselho Fiscal:

▪ Rui Augusto da Silva Neves – Presidente;
▪ Víctor Manuel Pereira Dias – Vogal;
▪ José Esteves de Melo Campos – Vogal;
▪ Rui Manuel Sainhas de Oliveira – Vogal suplente;
▪ João António da Silveira e Carvalho – Vogal suplente.

Lista 2

Conselho de Administração:

▪ Virgílio Manuel Boavista Lima – Presidente;
▪ Idália Maria Marques Salvador Serrão – Vogal;
▪ João Carlos Carvalho das Neves – Vogal;
▪ Rui Pedro Brás de Matos Heitor – Vogal;
▪ Fernando Jorge Lopes Centeno Amaro – Vogal;
▪ Alípio Barrosa Pereira Dias – Vogal;
▪ Luís Manuel dos Santos Silva Patrão – Vogal.

Conselho Fiscal:

▪ Vítor Domingos Seabra Franco – Presidente;
▪ Ana Paula de Jesus Harfouche – Vogal;
▪ António Paulo da Silva Gonçalves Raimundo – Vogal;
▪ José Domingos Barão – Vogal suplente;
▪ António Mendes de Almeida – Vogal suplente.

Lista 3

Conselho de Administração:

▪ Eugénio Óscar Garcia da Rosa – Presidente;
▪ Joaquim Filipe Coelhas Dionísio – Vogal;
▪ Tiago Mota Saraiva – Vogal;
▪ Adelino Carranquinha Cardoso – Vogal;
▪ António Couto Lopes – Vogal;
▪ Catarina Canongia de Alpoim de Gouveia Homem – Vogal;
▪ Luís de Matos da Costa – Vogal.

Conselho Fiscal:

▪ António Rosa Zózimo – Presidente;
▪ Hélder Manuel dos Santos Caetano Nora – Vogal;
▪ Rogério Paulo Sardinha de Sousa Moreira – Vogal;
▪ Isabel O’Sullivan Lopes da Silva – Vogal suplente;
▪ Joaquim António Cruz Poças – Vogal suplente.

Lista 4

Conselho de Administração:

▪ Pedro Jorge Gouveia Alves – Presidente;
▪ Pedro Miguel Moura Líbano Monteiro – Vogal;
▪ Nuno Paulo Paramés Paz – Vogal;
▪ Maria Eduarda de Madureira Osório Botelho Fernandes – Vogal;
▪ Paula Alexandra Gonçalves de Oliveira Guimarães – Vogal;
▪ Fernanda Lucília da Silva Magalhães Freitas – Vogal;
▪ José João Garção Cabeças – Vogal.

Conselho Fiscal:

▪ Paulo Jorge Duarte Gil Galvão André – Presidente;
▪ Teresa Cristina Lima Fiúza Fernandes – Vogal;
▪ António José Miranda Lopes Coutinho – Vogal;
▪ Catarina Garcia de Albergaria Pinheiro – Vogal suplente;
▪ Carlos David Morgado Leão Trigo Antão de Oliveira – Vogal suplente.

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É o primeiro chumbo em democracia. Orçamento para 2022 não passa na Assembleia da República

Não houve reviravolta alguma e a proposta de Orçamento do Estado para 2022 foi mesmo chumbada, com os votos desfavoráveis da direita, mas também do PCP e do BE.

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 foi chumbada, esta quarta-feira, com os votos contra do PSD, CDS-PP, Chega, Iniciativa Liberal, mas também do PCP, do PEV e do Bloco de Esquerda. É a primeira vez que tal acontece, entre governo eleitos na democracia portuguesa, tendo Marcelo Rebelo de Sousa já sinalizado que, perante este resultado, deverá dissolver a Assembleia da República.

Apesar dos apelos feitos pelo PS e pelo Executivo ao longo destes dois dias de debate, os bloquistas e os comunistas decidiram não viabilizar a passagem à especialidade da proposta orçamental para o próximo ano, juntando-se ao PSD, CDS-PP, IL e CH nos votos contra. O Orçamento do Estado proposto pelo Governo de António Costa contou, assim, apenas com os votos favoráveis do PS e com a abstenção das duas deputadas não inscritas e do PAN, partido que, aliás, criticou a posição das bancadas mais à esquerda, considerando que são, deste modo, também responsáveis pelo “cenário desastroso que se antecipa para o país”.

Da parte do Governo, António Costa disse, esta quarta-feira, estar “com serenidade” no debate parlamentar, garantiu que sai com a “consciência tranquila” e frisou que espera agora a decisão do Presidente da República. Para o primeiro-ministro, disse o próprio várias vezes no plenário, a melhor opção teria sido ter a proposta de Orçamento do Estado aprovada. A segunda melhor será agora governar em duodécimos e só, depois, a antecipação das eleições legislativas.

É importante notar, contudo, que, ainda antes da votação do OE2022, o Presidente da República já tinha deixado claro que iria dissolver a Assembleia da República, em caso de chumbo, ou seja, o país deverá agora ir para eleições antecipadas. À direita, Rui Rio já defendeu que António Costa se deveria demitir para acelerar esse processo, que “tem de ser rápido” para mitigar o seu impacto na recuperação da economia nacional pós pandemia de Covid-19.

Com o chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022, deixa, assim, de estar prevista para o próximo ano a mexida nos escalões de IRS, bem como o aumento extraordinário das pensões (que deverão ter garantida, ainda assim, uma subida à boleia da inflação), a atualização salarial dos funcionários públicos e o reforço do Serviço Nacional de Saúde.

Cai, além disso, segundo explicou o primeiro-ministro, a Agenda do Trabalho Digno, pacote de alterações à lei laboral que não está incluído no Orçamento do Estado, mas inclui medidas que foram negociados nesse âmbito, como o prolongamento da suspensão da caducidade da contratação coletiva, a reposição do valor das horas extraordinárias a partir da 120º hora anual e o aumento da compensação por cessação de contrato a termo para 24 dias. Ao longo do debate destes dos dias, estas medidas foram, de resto, várias vezes referidas tanto pelo Governo, pelas a esquerda, que defende que se poderia ter ido mais longe.

Com o apoio dos partidos mais à esquerda, o PS conseguiu ver viabilizados seis Orçamentos, ao longo dos últimos anos. Desta vez, tanto o PCP como o Bloco de Esquerda acusaram o Governo de não mostrar flexibilidade e abertura para avanços que permitissem repetir esse desfecho relativamente à proposta desenhada para o próximo ano.

Ainda esta noite, o Presidente da República receberá o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República para acertar os próximo passos.

http://videos.sapo.pt/EvY4QrrB8L55zwPzegFc

(Notícia atualizada às 18h57).

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CA Vida em campanha de apoio à prevenção do cancro da mama

  • ECO Seguros
  • 27 Outubro 2021

Além de uma recolha de fundos para a Liga Portuguesa contra o Cancro, a CA Vida decidiu decorar todas as agências CA de rosa, homenageando as mulheres que lutam contra a doença.

Para assinalar o mês Internacional da Prevenção do Cancro da Mama, a CA Vida, seguradora do Grupo Crédito Agrícola, lançou campanha de incentivo para clientes e a todo o grupo Crédito Agrícola se empenharem na Luta Contra o Cancro da Mama, “através de um movimento solidário sobre a necessidade de prevenção e importância de realização de rastreios precoces. O foco principal do movimento é informar e consciencializar que o diagnóstico precoce aumenta a probabilidade de sucesso de tratamento e consequente cura da doença”.

As ações decorrem ao longo de todo o mês, tendo-se iniciado com um laço humano rosa, no dia 18 de outubro, constituído por todo os colaboradores da empresa, que diariamente dão corpo e voz à CA Vida. Na semana que marca o ponto alto da campanha, será atribuída uma máscara social rosa personalizada a cada colaborador com a mensagem na “Na Luta Contra o Cancro” com o logotipo da CA Vida, “uma forma de promover a proteção individual de cada colaborador em período pandémico e de alertar para a doença do século,” desenvolve a companhia.

Reforçando o movimento, a CA VIDA e o Crédito Agrícola promovem igualmente mais uma Campanha Nacional de Recolha de Fundos a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), através das plataformas Digitais CA. Cada clique no banner do site Crédito Agrícola equivale ao contributo de 1 euro, até ao limite de 15.000 euros, “valor que se destina a apoiar a investigação desta patologia”.

A par das ações de sensibilização, a seguradora destaca o seguro de vida CA MULHER, que pretende minimizar o impacto financeiro que uma doença grave feminina possa ter na vida da cliente e da sua família. O seguro não traz a cura, “mas será um suporte financeiro para as mulheres a quem seja diagnosticada a doença, um apoio nos tratamentos físicos e psicológicos, e na melhoria da qualidade de vida, facilitando a aquisição de próteses mamárias, cabeleiras e outras necessidades”.

Aproveitando o período de maior recetividade das clientes e de alerta para a temática, sob o mote “SEJA A PROTAGONISTA DA SUA VIDA”, a seguradora apela à subscrição do seguro numa agência CA, “podendo a cliente beneficiar da oferta de um Voucher Odisseias válido para 2 pessoas.”

A ação está ativa nos canais do Grupo CA (site, Tv Corporativa, Balcão 24 das ATM CA, Montra Digital e redes sociais) e na imprensa nacional.

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1.727 rondas depois, termina leilão do 5G. Rende 566,8 milhões no total

A fase principal do leilão do 5G terminou esta quarta-feira, ao fim de 1.727 rondas de licitações. Meo, Nos, Vodafone, Nowo, Dense Air e Dixarobil vão oferecer serviços de quinta geração em Portugal.

A fase principal do leilão do 5G terminou esta quarta-feira, pondo fim a um longo processo que começou no final de dezembro. Nas duas fases da operação, as licenças postas à venda foram adquiridas pela Meo, Nos e Vodafone, mas também pela Nowo, Dense Air e Dixarobil, anunciou a Anacom. Estas são as empresas que vão oferecer em Portugal redes de comunicações eletrónicas de quinta geração.

O produto total da venda dos direitos de utilização das frequências superou ligeiramente os 566,8 milhões de euros, mais do dobro dos 237,9 milhões de euros que eram pedidos inicialmente pelo regulador. Parte do dinheiro deverá ser usado pelo Governo para financiar um conjunto de projetos rodoviários.

Das três principais operadoras, foi a Nos que mais investiu na aquisição de licenças. A empresa liderada por Miguel Almeida aplicou mais de 165 milhões de euros no leilão e fica com dois lotes na faixa dos 700 MHz (relevante nesta fase de transição), dois lotes na faixa dos 900 MHz (que podem ser usados para melhorar a rede 4G), um lote nos 2,1 GHz e 10 lotes na faixa dos 3,6 GHz, ambas frequências de quinta geração.

A segunda empresa que mais investiu foi a Vodafone. A companhia presidida por Mário Vaz aplicou pouco mais de 133,2 milhões de euros na compra 11 lotes: dois nos 700 MHz e os restantes nos 3,6 GHz. Seguiu-se a Meo, com um investimento de quase 125,23 milhões de euros. A atual operadora líder de mercado fica com um lote na faixa dos 700 MHz, dois lotes nos 900 MHz (4G), um lote nos 2,1 GHz e nove lotes nos 3,6 GHz.

Além destas, outras três empresas compraram licenças no leilão do 5G. A Másmóvil, através da operadora Nowo, investiu quase 70,22 milhões de euros e ficou com dois dos três lotes nos 1.800 MHz que a Anacom pôs à venda numa fase exclusiva para novos entrantes. O grupo comprou também licenças nos 2,1 GHz e nos 3,6 GHz, o que indicia que a empresa tenciona lançar redes 4G e 5G em Portugal.

O nome menos conhecido entre os vencedores deste leilão é o da Dixarobil. O ECO confirmou tratar-se de uma subsidiária criada em Portugal pelos romenos da Digi Communications, através do ramo que tem em Espanha. O grupo investiu cerca de 67,34 milhões de euros, dos quais 30 milhões num lote nos 900 MHz, 18,2 milhões num lote nos 1.800 MHz e o restante montante em lotes nos 3,6 GHz. A empresa deverá avançar também com redes 4G e 5G em Portugal.

A empresa que menos investiu foi a Dense Air. A operadora britânica já tinha licenças de 5G que herdou de uma empresa antiga e foi ao leilão prolongar os seus direitos e adquirir um pouco mais de espetro. Aplicou 5,765 milhões de euros no total e deverá oferecer serviços grossistas a outras empresas do setor.

“Terminou hoje a fase de licitação principal do Leilão 5G e outras faixas relevantes após 1.727 rondas e, consequentemente, concluiu-se a fase de licitação do leilão”, anunciou o regulador num comunicado. Foi convocada uma conferência de imprensa com o presidente da Anacom, João Cadete de Matos, para as 11h00 de quinta-feira.

Quem investiu mais no leilão do 5G?

  • Nos: 165,091 milhões de euros
  • Vodafone: 133,205 milhões de euros
  • Meo: 125,229 milhões de euros
  • Nowo: 70,215 milhões de euros
  • Dixarobil: 67,337 milhões de euros
  • Dense Air: 5,765 milhões de euros

Cadete debaixo de fogo

A conclusão da fase mais importante do leilão português do 5G acontece numa altura em que o Conselho de Administração da Anacom, liderado por João Cadete de Matos, tem estado sob fogo cerrado das operadoras e dos políticos. Há exatamente uma semana, no Parlamento, o primeiro-ministro lançou fortes críticas à atuação da entidade reguladora, considerando que “inventou o pior modelo de leilão possível” para o 5G.

As declarações de António Costa tornaram o leilão do 5G e a Anacom em concreto num autêntico facto político. Paulo Rangel, candidato anunciado a presidente do PSD, veio sugerir depois que o Governo deveria demitir Cadete de Matos. O tema nem sequer passou ao lado do debate do Orçamento do Estado para 2022, com Adão Silva (PSD) a criticar o Governo pelo nome escolhido há uns anos para a liderança do regulador.

Uma semana depois do ataque de António Costa, o leilão do 5G termina e a Anacom anuncia os resultados da venda a poucos minutos da votação do Orçamento do Estado para 2022 no Parlamento. O documento acabou por ser chumbado, desencadeando uma crise política. António Costa disse que não se demite. Resta saber se é o Governo que cai, por via da possível dissolução da Assembleia da República se for essa a vontade de Marcelo Rebelo de Sousa.

O ECO contactou o Ministério das Infraestruturas e Habitação no sentido de obter uma reação à conclusão do leilão de frequências do 5G. Encontra-se a aguardar resposta.

Nos diz-se “vencedora do leilão”

Num comunicado divulgado após o anúncio dos resultados do leilão, a operadora Nos clama vitória: “Terminou hoje [quarta-feira] o leilão para a atribuição de frequências 5G com a Nos a ser a empresa com maior quantidade de espetro adquirido e o mais elevado investimento de todos os participantes, cumprindo em absoluto todos os objetivos traçados na sua estratégia para a quinta geração de redes móveis.”

Falando no “mais longo leilão de sempre” (foi, efetivamente, um dos mais longos, senão mesmo o mais longo em toda a União Europeia até ao momento), a Nos afirma ter adquirido “todo o espetro possível para a exploração da nova tecnologia”. Além do 5G, a empresa aponta para um “reforço da sua rede 4G e melhoria da qualidade do serviço em todo o território nacional”.

A Nos assume querer “liderar o 5G” no país. “É uma oportunidade para conquistarmos a liderança das comunicações em Portugal. Não podíamos estar mais satisfeitos com o desfecho do leilão, desde o desenho da estratégia até à concretização plena dos objetivos, apesar de ter sido um processo atípico, que ficou marcado pela situação pandémica e manchado pela atuação do regulador”, diz Miguel Almeida, presidente executivo da operadora, citado no comunicado.

“Assumimos desde o início que sairíamos vencedores deste leilão. Graças ao espetro que adquirimos, garantimos a melhor rede 5G, a qual permitirá acelerar a transição de Portugal para um país mais digital e garantir o desenvolvimento sustentável da sociedade e da economia nacional”, acrescenta o gestor.

Também a Vodafone anunciou, em comunicado, ter adquirido espetro, “garantindo o lançamento do 5G em Portugal”. A empresa diz ter comprado 110 MHz de espetro por 133,2 milhões de euros, e Mário Vaz, presidente executivo, aproveitou a ocasião para criticar o regulamento promovido pela Anacom.

“Estou desapontado com o facto de o regulamento do leilão ter sido mal pensado e desenhado e pela sua demora excessiva, que resultou num atraso significativo na implementação do 5G em Portugal em relação a outros países europeus — com consequências prejudiciais para os portugueses, as empresas e a economia em geral”, afirma o presidente executivo da Vodafone, citado em comunicado.

Meo, Nos e Vodafone tentaram por várias vezes travar o leilão do 5G por via de processos em tribunal e providências cautelares, sem sucesso. A Anacom chegou a criticar estas operadoras por, alegadamente, estarem a fazer arrastar o processo com licitações de valores muito baixos, de 1% e 3% (as operadoras recusam essa intenção). Para tentar acelerar a venda, o regulador acabou por aprovar duas alterações ao regulamento do leilão, no início e no fim do verão.

(Notícia atualizada pela última vez a 28 de outubro, 11h15)

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Ana Jorge será a nova presidente da Cruz Vermelha Portuguesa

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

O Conselho Supremo chegou esta quarta-feira a consenso em torno de Ana Jorge, nome que irão agora propor ao primeiro-ministro e ao ministro da Defesa Nacional para ocupar o cargo de presidente da CVP.

O Conselho Supremo da Cruz Vermelha Portuguesa aprovou esta quarta-feira Ana Jorge, médica pediatra, como futura presidente da instituição, substituindo no cargo Francisco George, disse à Lusa a secretária-geral da CVP.

Ana Jorge, antiga ministra da Saúde, foi o nome indicado pelo Governo para presidir à Cruz Vermelha Portuguesa.

Reunidos esta quarta-feira, os conselheiros chegaram a consenso em torno de Ana Jorge, nome que irão agora propor ao primeiro-ministro e ao ministro da Defesa Nacional para ocupar o cargo de presidente da CVP.

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BCP ainda tem 730 milhões de euros de crédito em moratória

Apesar do fim do regime das moratórias no final de setembro, o banco liderado por Miguel Maya ainda tem 730 milhões de euros de crédito suspenso pela medida.

O regime público das moratórias acabou no final de setembro, mas o BCP ainda tem cerca de 730 milhões de euros de crédito abrangido por esta medida, de acordo com as contas apresentadas esta quarta-feira.

Estas moratórias dizem respeito a adesões que tiveram lugar entre janeiro e março e que permitiu aos clientes beneficiarem da medida por mais nove meses no máximo, com as moratórias a terminarem agora entre outubro e dezembro.

Segundo o banco, das moratórias ainda ativas, 624 milhões de euros dizem respeito a crédito de empresas e outros 106 milhões são relativos a particulares.

Ainda assim, estes números representam uma pequena parte das moratórias que o BCP chegou a ter. Em setembro, com a descontinuação do regime, expiraram 6,2 mil milhões de euros em moratórias, divididas em igual parte entre empresas e famílias.

O banco adianta que 90% do montante das moratórias corresponde a crédito “performing”, sendo que 9,5% está em “stage 3″.

“Estamos muito tranquilos com a evolução destas moratórias. Mas não quer dizer que não haja situações preocupantes. Estamos tranquilos com a floresta, mas cada situação em si pode ser preocupante e merece a nossa maior atenção”, disse Miguel Maya na apresentação dos resultados.

O banco registou um lucro de 60 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma redução de mais de 59% em termos homólogos.

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Lucro da Jerónimo Martins sobe 48% para 324 milhões até setembro

A dona do Pingo Doce registou uma subida de 48% nos lucros nos primeiros nove meses do ano, com as vendas a ascenderem a 15,2 mil milhões de euros. Soares dos Santos prevê "atingir objetivos" em 2021.

A Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, registou uma subida de 47,7% nos lucros, para 324 milhões de euros, durante os primeiros nove meses de 2021, segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Nos primeiros nove meses do ano, as vendas da retalhista portuguesa, que tem operações também na Polónia e na Colômbia, ascenderam a 15,2 mil milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 7,1% face a igual período do ano passado.

No documento divulgado esta quarta-feira, o presidente e administrador-delegado, Pedro Soares dos Santos, destaca que as insígnias detidas pelo grupo terminaram os primeiros nove meses do ano com “posições de mercado mais fortes, em resultado da consistência do trabalho desenvolvido para consolidar liderança em preço e qualidade”.

“A dois meses do final do ano, com a época do Natal a aproximar-se e mesmo com incerteza em torno da evolução da pandemia, os resultados já conseguidos reforçam a nossa confiança de que atingiremos os objetivos de crescimento traçados para o ano”, acrescentou o gestor.

Se as vendas progrediram 7%, “o desempenho registado em todas as insígnias permitiu a alavancagem operacional”, levando o EBITDA a crescer 11,1%, acima do incremento das vendas, com o valor a incluiu 13 milhões de euros de custos relacionados com a Covid-19.

Os custos financeiros líquidos ascenderam a 119 milhões de euros até setembro (compara com 140 milhões de euros no período homólogo), “incorporando perdas de conversão cambial de 4 milhões de euros, relativas a ajustes de valor das responsabilidades com locações operacionais denominadas em euros na Polónia”, que no período homólogo tinham sido de 20 milhões de euros.

Impulso polaco e recuperação colombiana

O Pingo Doce e o Recheio aumentaram vendas e resultados, “apesar de as circunstâncias de mercado se terem mantido exigentes, sobretudo até julho, com a circulação de pessoas a permanecer baixa e um setor Horeca ainda muito fragilizado”. Até setembro, com mais cinco lojas, o Pingo Doce aumentou as vendas em 3,9%, para 3.000 milhões de euros; e o Recheio vendeu 660 milhões de euros (+3,2%).

Na Polónia, a Biedronka abriu 75 lojas (59 adições líquidas) e remodelou 232 localizações durante este ano, fechando os três primeiros trimestres com um crescimento de 10,3% nas vendas, em moeda local. A faturação da Hebe teve um registo semelhante (10,8%), com destaque para as vendas online, que mais do que duplicaram.

A colombiana Ara registou um “forte” crescimento de vendas (31,6% em moeda local) no período em análise, beneficiando da melhoria do “ambiente operacional” no terceiro trimestre, “à medida que o número diário de infeções foi controlado e as tensões sociais, apesar de persistirem, não terem impactado a cadeia de abastecimento nacional da mesma forma que no segundo trimestre”.

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Portuguesa Square AM comprou 10 supermercados Carrefour e Cash Lepe em Espanha

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

As dez lojas estão agrupadas numa carteira chamada ‘Project Sun’, detida pela Supersol, que foi adquirida pelo Carrefour no ano passado.

O fundo de investimento português Square AM comprou 10 supermercados Carrefour e Cash Lepe, localizados entre Madrid e a Andaluzia, de acordo com a consultora imobiliária Cushman & Wakefield, que intermediou a operação, adiantou a Efe.

Esta é, segundo a consultora, a primeira compra da Square AM em Espanha, sublinhando o interesse em “ativos relacionados com o setor da alimentação, dada a sua resiliência já demonstrada”.

As dez lojas estão agrupadas numa carteira chamada ‘Project Sun’, detida pela Supersol, que foi adquirida pelo Carrefour no ano passado.

A marca transformou oito desses supermercados para que operem com a sua insígnia e trespassou os restantes à cadeia andaluza Cash Lepe.

A Cushman prevê que o investimento total em Espanha em carteiras com supermercados e hipermercados alcance, este ano, 760 milhões de euros, um valor recorde, que supera os 600 milhões de euros do ano passado e os 335 milhões de euros de 2019, destaca a Efe.

Em setembro, o Carrefour fechou a venda de outros sete imóveis ao fundo de investimentos americano Realty Income por 93 milhões de euros, uma estratégia que também foi usada pela Mercadona.

A Efe explica que estas operações são em sale-leaseback, ou seja, uma venda que não implica alterações no funcionamento das lojas, que continuam a operar da mesma forma, em regime de aluguer.

A Square AM, a operar há 16 anos, contava, no final de agosto, com 1.280 milhões euros de ativos sob gestão, de acordo com a informação prestada no seu ‘site’.

A empresa opera em três áreas: fundos de rendimento, fundos de reestruturação e consultoria imobiliária e outros veículos.

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GREENH2Sines da EDP no lote de 73 projetos eleitos por Bruxelas para aceder a financiamento de mil milhões de euros

Este foi o último convite à apresentação de propostas no âmbito do Horizonte 2020. Portugal foi selecionado com o GREENH2Sines, da EDP Inova, e PHOENIX, do CES. 73 projetos foram escolhidos.

Comissão Europeia deu hoje conta do resultado do último convite do programa Horizonte 2020 no âmbito do Pacto Ecológico Europeu. No total, os 73 projetos foram selecionados para receberem financiamento no valor de mil milhões de euros.

Várias entidades portuguesas participam em diferentes projetos. Dois projetos têm entidades portuguesas a coordenar os consórcios: a EDP Inovação no projeto GREENH2SINES, que visa contribuir para que a Europa alcance a eletrólise ecológica e a um preço acessível à escala do GW, em 2030, desenvolvendo e demonstrando um eletrolisador alcalino pioneiro de 100 MW em TRL8, impulsionando a expansão, normalização e automatização da produção;

E também o Centro de Estudos Sociais, que através do projeto PHOENIX, está desenvolver um processo iterativo a fim de aumentar o potencial transformador das inovações democráticas para abordar temas específicos do Pacto Ecológico Europeu em 11 projetos-piloto em 7 países.

Este foi o último convite à apresentação de propostas no âmbito do Horizonte 2020, o programa de investigação e inovação da UE para 2014-2020, que representa um marco no sentido de alcançar os objetivos do Pacto Ecológico Europeu.

“Agradeço à comunidade de investigadores pela sua resposta entusiástica ao convite do Green Deal para o Horizonte 2020. Estou animado para ver como vão inventar soluções concretas para uma transição para uma sociedade neutra para o clima e uma recuperação sustentável. Aguardo com expectativa os benefícios concretos que os projetos selecionados para financiamento trarão para a vida quotidiana dos europeus”, disse em comunicado Mariya Gabriel, comissária europeia para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude.

A Comissão lançou o convite à apresentação de propostas em setembro de 2020, versando diretamente as principais prioridades do Pacto Ecológico Europeu e abrindo caminho a novas iniciativas de investigação e inovação do mesmo género, no contexto do Horizonte Europa, o programa de investigação e inovação da UE para 2021-2027.

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Lucro do BCP cai 59% para 60 milhões pressionado por Polónia e reestruturação

Banco pôs de lado mais de 300 milhões de euros para enfrentar os riscos legais associados a créditos em francos suíços na Polónia, enquanto ajustamento do quadro de pessoal custou cerca de 80 milhões.

O lucro do BCP caiu 59,3% para 59,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, pressionado pelo tema dos créditos hipotecários em moeda suíça na Polónia, que obrigou a provisões de 313,5 milhões de euros, e pelos custos de 87,6 milhões com a reestruturação dos trabalhadores.

Apesar da quebra acentuada do resultado líquido, os indicadores da atividade bancária dão conta de uma evolução positiva entre janeiro e setembro, com a margem financeira a crescer 1,3% para 1.168,6 milhões de euros e o produto bancário a avançar 2,6% para 1.706,4 milhões de euros. As receitas com comissões cresceram quase 7%.

Para este crescimento contribuiu a expansão do volume de negócios neste período: os depósitos aumentaram 8,5% para 68,3 mil milhões de euros – beneficiando do comportamento das famílias durante a pandemia — e o crédito a clientes cresceu 4,8% para 56,4 mil milhões de euros.

Os custos operacionais cresceram 4,8%, mas o banco ressalva que, excluindo itens específicos, esta rubrica teria registado uma descida de 1,7% para 764 milhões de euros.

Por geografias de atividade, enquanto o negócio internacional gerou um prejuízo de 55,7 milhões de euros — devido sobretudo à situação do banco polaco em relação ao caso “Francowicze”, que enfrenta mais de 9.500 processos em tribunal –, foi a atividade em Portugal a puxar pelos resultados com lucro de 115 milhões de euros.

Ativos tóxicos baixam antes do fim das moratórias

Ao nível da qualidade do balanço, o BCP dá conta de uma redução dos ativos não produtivos (NPE) de 800 milhões de euros, naquilo que foi um esforço de limpeza que foi feito “num contexto adverso”. O banco chegou a setembro com um rácio de NPE de 4,9%, antes do fim das moratórias — terminaram a 30 de setembro.

A instituição diz mesmo que registou uma “melhoria generalizada dos indicadores de qualidade de crédito”, destacando a redução do custo do risco em 30 pontos base para 60 pontos base.

Quanto aos indicadores de robustez, o rácio de capital total e rácio CET 1 fully implemented atingiram os 15,2% e 11,8%, respetivamente, descendo ligeiramente face a setembro do ano passado. Considerando o impacto da venda do banco na Suíça, estes rácios situam-se nos 15,3% e 12%.

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