Falta de chips corta produção de carros em 7,1 milhões

  • Carolina Bento
  • 20 Agosto 2021

A escassez de chips vai levar a cortes significativos na produção de automóveis em todo o mundo. Crise vai continuar até ao segundo trimestre de 2022.

A escassez de semicondutores vai levar à produção de menos 7,1 milhões de carros em todo o mundo, segundo o relatório da IHS Markit. Os impactos da crise vão estender-se até 2022 e apenas se preveem melhorias a partir de junho do próximo ano. “O ponto em que esperamos a estabilização da oferta” acontecerá no segundo trimestre de 2022, segundo prevê o IHS Markit, “com os esforços de recuperação a começarem apenas a partir do segundo semestre” do mesmo ano.

Estas previsões não incluem o anúncio recente da Toyota: a empresa pretende reduzir a produção em 40%, ao pôr um travão temporário no trabalho de 14 fábricas. A pandemia e os seus efeitos na indústria são os principais culpados. “Especialmente no sudeste da Ásia, a disseminação da Covid-19 está a afetar os nossos fornecedores locais”, explicou, Kazunari Kumakura, diretor do Grupo de Compras da Toyota.

Mark Fulthorpe e Phil Amsrud, analistas da IHS Marki, admitem que o setor ainda enfrenta muitos desafios. Muitas dessas barreiras são resultado do encerramento de fábricas produtoras de chips, devido às baixas taxas de vacinação e os números elevados de infetados com Covid-19 em países do sudeste asiático. “Estamos a observar uma volatilidade adicional provocada pelas medidas de bloqueio na Malásia (motivadas pela Covid-19), onde muitas operações de teste e empacotamento de chips estão a ser realizadas”.

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Portugal com mais 2.507 casos de Covid-19. Há nove mortos

Autoridades de saúde reportaram mais 2.507 casos e nove mortes associadas à Covid-19, nas últimas 24 horas.

Portugal registou 2.507 casos do novo coronavírus, nas últimas 24 horas, de acordo com o relatório divulgado, esta sexta-feira, pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Morreram nove pessoas, desde o último balanço.

Subiu para 1.014.632 o total de casos confirmados em Portugal desde o início da pandemia. Destes, 2.507 foram identificados nas últimas 24 horas: 948 no Norte, 838 casos em Lisboa e Vale do Tejo, 332 no Centro, 213 no Algarve, 92 no Alentejo, 51 na Madeira e 33 nos Açores. No que diz respeito aos casos ativos, há a notar um acréscimo de 107 face ao último balanço, totalizando agora 44.916 casos.

Segundo o boletim desta sexta-feira, foram dados como recuperados, nas últimas 24 horas, 2.391 utentes, o que significa que, desde o início da pandemia, 952.094 já recuperaram da infeção em Portugal.

A DGS indica, por outro lado, que morreram nove pessoas, desde o último balanço: cinco em Lisboa e Vale do Tejo, três no Centro e uma no Algarve. Subiu, assim, para 17.622 o número de doentes que não resistiram à doença e acabaram por morrer, em Portugal, desde o início da crise sanitária.

Há ainda a notar que, nas últimas 24 horas, um utente deixou de estar internado (o novo total é de 687 doentes) e dois entraram nos cuidados intensivos (o novo total é de 143 doentes). Também o número de contactos sob vigilância ativa aumentou: mais 318 para um total de 51.027 pessoas nessa situação.

A DGS atualizou também a matriz de risco. O risco de transmissibilidade — o R(t) — nacional mantém-se nos 0,98. E a incidência nacional fixou-se em 312,3 casos de infeção por 100.000 habitantes.

Portugal atingiu, esta semana, a meta de ter 70% da população residente com a vacinação completa contra a Covid-19. Tal marco deverá levar a uma antecipação da fase de desconfinamento prevista para setembro, o que será decidido, esta tarde, numa reunião extraordinário de Conselho de Ministros. A task force estima que será possível ter 85% dos portugueses com a vacinação completa em meados de setembro.

(Notícia atualizada às 14h40)

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Pandemia alivia. Só Algarve supera “linhas vermelhas” da Covid-19

Portugal afastou-se ainda mais das "linhas vermelhas" da pandemia. Só a região do Algarve continua com incidência acima de 480 casos por 100 mil habitantes a 14 dias.

O Algarve continua a ser a única região do país acima da “linha vermelha” de 480 casos por 100 mil habitantes em 14 dias, mostra o relatório semanal de monitorização da DGS e do INSA.

Na generalidade dos indicadores, a situação pandémica é agora melhor do que a verificada há uma semana, abrindo a porta a um alívio antecipado das medidas contra a Covid-19, numa altura em que 70% da população tem a vacinação completa.

A incidência nacional é de 312 casos por 100 mil habitantes a 14 dias, “com tendência estável a nível nacional”. Na semana passada, o país registava uma incidência de 317 casos por 100 mil habitantes e a tendência era “decrescente”.

No que toca à pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), os internamentos em cuidados intensivos desceram significativamente, de 66% para 55% do “valor crítico de 255 camas ocupadas”.

“A pressão sobre os cuidados de saúde tem tendência decrescente. A mortalidade por Covid-19, manter-se-á provavelmente elevada, mas com tendência constante”, indica o relatório desta semana.

“A análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de elevada intensidade, com tendência estável a nível nacional, mas com provável tendência crescente nas regiões Alentejo e Algarve e no grupo etário dos 10 aos 29 anos”, resume, por fim, a DGS e o INSA.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h31)

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Tratamento da AstraZeneca com eficácia de 77% na prevenção da Covid-19

  • Lusa
  • 20 Agosto 2021

Terceira fase do ensaio clínico mostra que administrar o tratamento experimental antes de haver contacto com o vírus leva a resultados "encorajadores", anunciou AstraZeneca.

A farmacêutica britânica AstraZeneca anunciou, esta sexta-feira, que o tratamento experimental que está a desenvolver para a prevenção da Covid-19 reduz em 77% o risco de desenvolver uma forma sintomática da doença em pacientes frágeis.

Em ensaios anteriores, o novo tratamento com anticorpos não se revelou eficaz em pessoas expostas ao vírus, mas os resultados mais recentes demonstram que ao administrar o fármaco antes de haver contacto com o vírus, os resultados são encorajadores.

Em comunicado, a AstraZeneca explica que nestes casos o risco de desenvolver uma forma sintomática da doença provocada pelo SARS-CoV-2 reduz em 77%, não havendo sequer registos de casos graves ou morte.

Os resultados são já da fase 3 dos ensaios clínicos, concebida para avaliar a segurança e eficácia do tratamento, que se realizam em Espanha, França, Bélgica, Reino Unido e Estados Unidos e envolveram 5.197 participantes, 75% dos quais apresentavam comorbidades.

“Com estes resultados formidáveis o AZD7442 (nome de código do tratamento) pode ser uma ferramenta importante do nosso arsenal para ajudar as pessoas que poderiam beneficiar de mais do que uma vacina para recuperar uma vida normal”, afirmou um responsável pelo ensaio e professor da Universidade do Colorado nos Estados Unidos, Myron Levin, citado em comunicado.

No mesmo sentido, a AstraZeneca sublinha a relevância do tratamento, que é administrado por via intramuscular como uma proteção complementar às vacinas. “Precisamos de outras abordagens para as pessoas que não estão bem protegidas pelas vacinas contra a Covid-19”, defendeu Mene Pangalos, um alto responsável na farmacêutica, que adiantou que serão divulgados ainda este ano dados adicionais sobre os ensaios.

A AstraZeneca acrescenta ainda que vai enviar às autoridades de saúde um dossiê, no sentido de obter a autorização de uso de emergência ou a validação sob determinadas condições do tratamento, cujo desenvolvimento está a ser financiado pelo executivo norte-americano.

A vacina de dose dupla da AstraZeneca é uma das quatro que está atualmente a ser administradas na União Europeia, além Pfizer/BioNTech e Moderna, e da vacina de dose única da Janssen.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.401.486 mortes em todo o mundo, entre mais de 209,9 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.613 pessoas e foram registados 1.012.125 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

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Ranking de Xangai coloca seis universidades portuguesas entre as mil melhores do mundo

O ranking de Xangai coloca seis universidades portuguesas entre as mil melhores do mundo. Universidade de Lisboa ocupa o primeiro lugar entre as instituições portuguesas.

Portugal tem seis universidades entre as mil melhores do mundo, de acordo com o ranking de Xangai. A Universidade de Lisboa ocupa o primeiro lugar desta lista e encontra-se entre os 201.º e 300.º lugares, uma descida significativa face à classificação do ano passado, em que se posicionava entre o 151.º e o 200.º lugar. A Universidade Nova de Lisba, do Porto, do Minho, de Coimbra e Aveiro estão igualmente entre as melhores a nível mundial.

A Universidade de Harvard, nos EUA, lidera o ranking de Xangai pelo 19.º ano consecutivo, já entre as instituições portuguesas, depois da Universidade de Lisboa, em segundo lugar surge a Universidade do Porto, que se mantém no intervalo entre o 301.º e o 400.º lugares. A fechar o top 3 está a Universidade do Minho, entre a posição 401.º e 500º, não tendo registado alterações em relação ao período homologo.

A Universidade de Coimbra é a quarta melhor posicionada, surgindo no ranking global entre o 501.º e o 600.º lugar. Em quinto e sexto lugar estão a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade de Aveiro, respetivamente, ambas entre o 601.º e o 700 lugar.

 

 

A Universidade de Harvard, nos EUA, lidera o ranking pelo 19.º ano consecutivo, seguido da Universidades de Stanford e Cambridge que completam o top 3 desta lista. Entre as dez melhores universidades estão o Massachusetts Institute of Technology (MIT) (4ª), Berkeley (5ª), Princeton (6ª), Oxford (7ª), Columbia (8ª), Caltech (9ª) e Chicago (10ª).

Contrariamente, nas cinco posições mais baixas estão a Yantai University, Wuhan University of Science and Technology, Wroclaw University of Science and Technology, Williams College e Warsaw University of Technology.

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Empresas do Grupo Moretextile à venda. Valor base são 3 milhões

As propostas são válidas até 30 de agosto e têm um valor base de três milhões. Entre as condições exigidas está a manutenção dos 220 postos trabalho.

As empresas do universo António de Almeida & Filhos (AAF), que inclui a António Almeida e Filhos, a Morecoger e a Moretextile Imobiliária estão à venda por um preço base de três milhões de euros. As propostas devem ser enviadas até 30 de agosto.

De acordo com o anúncio de venda, assinado pelo administrador de insolvência Bruno Costa Pereira, está à venda o património da AAF, um imóvel da empresa Morecoger e seis prédios da Moretextile imobiliária, como noticiou o Jornal de Notícias. As propostas com o valor mais elevado serão apresentadas para votação na assembleia de credores, agendada para 7 de setembro, no Tribunal de Guimarães.

No entanto, “se a melhor proposta for inferior a três milhões de euros, também pode ser levada à assembleia para efeitos de aprovação, “desde que a mesma iguale ou supere metade daquele valor”, lê-se no anúncio.

Entre as condições exigidas está a manutenção dos postos de trabalho dos 220 colaboradores, o que corresponde ao número de trabalhadores das empresas do universo AAF.

Ao que tudo indica, o dono da têxtil Mabera, que comprou a Coelima por 3,6 milhões de euros, manifestou interesse em comprar a AAF ainda antes da insolvência declarada 13 de julho.

Os interessados em adquirir as empresas devem enviar a sua proposta por escrito e através de carta fechada para o administrador de insolvência. A proposta tem que ser enviada por correio registado com aviso de receção com a referência “Insolvências de António Almeida e Filhos, Morecoger e a Moretextile Imobiliária para a morada Rua Engenheiro Ferreira Dias, 161 E330, 400-247 Porto. A proposta também pode ser entregue em mãos ao administrador de insolvência.

De acordo com o anúncio que o ECO teve acesso, na apresentação da proposta, “o proponente deverá entregar caução à ordem das massas insolventes num valor correspondente a 20% do valor mínimo de venda dos estabelecimentos”. As propostas em carta fechada serão abertas na presença de representantes dos trabalhadores e eventuais proponentes no dia 30 de agosto, às 10 horas.

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Sente-se “desligado” das suas funções e lideranças? Mais de metade dos profissionais dizem que sim

A "enorme lacuna" entre as expectativas de profissionais e dos empregadores está a criar um fosso. É preciso redefinir a produtividade e olhar para o bem-estar como uma prioridade.

Há um antes e um depois 2020 na forma como trabalhamos e como interagimos com lideranças e colegas. A adoção de modelos de trabalho mais flexíveis, mas o envolvimento dos profissionais foi afetado. Mais de metade (59%) admite sentir-se “desligado” das suas funções e lideranças desde o início do ano passado. E a lacuna entre as expectativas dos colaboradores e dos empregadores parece ser mais profunda.

Esta é a conclusão do mais recente questionário da Peakon, plataforma de engagement de colaboradores, divulgado pela Adecco Portugal. Depois de inquirir 90 milhões de profissionais, a Peakon confirmou a necessidade de os empregadores colocarem o foco no bem-estar, físico e psicológico, dos seus trabalhadores.

Tradicionalmente, pensava-se que o baixo engagement dos funcionários era um subproduto de uma liderança fraca ou tóxica, de uma falta de transparência ou responsabilidade a nível organizacional, e de uma elevada rotatividade de funcionários. Embora todos estes fatores sejam válidos, os empregadores precisam de aprofundar melhor as relações com os profissionais que contratam para compreender o que está na base deste baixo envolvimento dos colaboradores com as suas organizações”, defende Carla Rebelo, CEO da Adecco Portugal, citada em comunicado.

“É incontornável que as empresas que querem ser sustentáveis e reter talento tenham de compreender que o nível de engagement das pessoas não depende apenas do que que os profissionais esperam obter das suas funções e posição na empresa (salário, realização pessoal, perspetivas de evolução de carreira), mas também, e ainda mais importante, o que esperam dos seus empregadores”, continua.

No relatório “Heartbeat”, a Peakon dá conta da existência de uma “enorme lacuna” entre as expectativas que os profissionais estão a sentir e o que as organizações acreditam estar a proporcionar. “No futuro, as organizações que colmatarem essa lacuna serão mais bem-sucedidas”, pode ler-se. Para atenuar o fosso entre as expectativas dos colaboradores e dos seus empregadores, a plataforma de engagement de colaboradores traça algumas orientações:

1. Expectativas emergentes

Em primeiro lugar, refere a Peakon, os profissionais esperam que os seus empregadores ajudem a responder às preocupações ambientais, forçando as empresas a fazer mudanças na forma como operam. As expectativas relacionadas com a sustentabilidade ambiental aumentaram 128% para os empregados da geração Z (nascidos entre 1995 e 2015). Millennials (1981-1994), geração X (1965-1980) e baby boomers (nascidos entre 1945 e 1964) registaram aumentos de expectativas de 62%, 56% e 59%, respetivamente.

“Os colaboradores esperam que os seus empregadores não só partilhem os seus valores, mas também demonstrem vontade de agir sobre eles. Todas as gerações mostram uma preocupação crescente com a diversidade e a inclusão no local de trabalho. Daqui resulta que os colaboradores esperam que os seus empregadores façam esforços tangíveis para construir culturas diversas e inclusivas que venham de um lugar de honestidade”, lê-se em comunicado.

Outro dado que explica o desencontro entre expectativas de trabalhadores e dos empregadores tem a ver com o trabalho flexível e remoto. Um inquérito recente do LinkedIn a 1.590 profissionais empresariais confirma que a grande maioria quer flexibilidade. “Quando solicitados a optar por regressar ao escritório a tempo inteiro, continuar em trabalho remoto ou trabalhar com um modelo flexível e misto, apenas 5% dos inquiridos querem regressar ao escritório a tempo inteiro”, refere a Peakon, acrescentando que 73% quer uma abordagem flexível e mista.

“As empresas terão de conhecer as ferramentas de que necessitam para ajudar cada funcionário a florescer, equilibrando ao mesmo tempo as exigências do seu papel e das suas vidas e dar-lhes autonomia para o fazer.”

2. Bem-estar, prioridade máxima

Também a preocupação global dos profissionais com a questão do bem-estar aumentou no último ano e meio, na ordem dos 17% a nível global, e dos 28% entre os inquiridos da geração Z. “Estimando-se que o fenómeno crescente do burnout, agudizado em ambiente de pandemia, tem custos económicos globais superiores a 320 mil milhões de dólares por ano, esta postura das organizações é particularmente importante numa altura em que existem perigos muito claros e presentes que têm o potencial de reduzir o bem-estar global”, alerta.

O “Heartbeat” conclui que é fundamental que as organizações olhem profundamente para as lideranças, para que as pessoas compreendam a importância de apoiar o bem-estar dos colaboradores. Para aqueles que não o considerem uma prioridade, poderá ser necessário ações de coaching para cultivar competências que apoiem o bem-estar dos funcionários de forma contínua.

3. Redefinição de produtividade

Com os novos modelos de trabalho torna-se necessário redefinir também alguns conceitos. Os profissionais estão preocupados com a forma como os empregadores veem a sua produtividade quando trabalham a partir de casa. “Sentem receio de serem considerados pouco produtivos se, por exemplo, não conseguirem dar resposta imediata a uma solicitação por email“, o que acaba por ser também um fator gerador de stress.

É, por isso mesmo, “essencial a definição de novas métricas para avaliar o ritmo de trabalho e produtividade em ambiente remoto”.

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Apple só regressa aos escritórios em 2022

  • Carolina Bento
  • 20 Agosto 2021

Aumento dos casos de Covid-19 e preocupação acerca do surgimento de novas variantes motivaram a um novo adiamento do regresso ao trabalho presencial para os trabalhadores da Apple.

A Apple voltou a adiar o regresso ao trabalho presencial até janeiro de 2022, avançou esta sexta-feira a Bloomberg. Este novo recuo significa que os funcionários da empresa norte-americana vão estar em teletrabalho durante quase dois anos desde que a pandemia começou.

A equipa de recursos humanos, liderada por Deirdre O’Brien, enviou uma missiva aos seus funcionários a informá-los de que o regresso aos escritórios — primeiro agendado para início de setembro e depois adiado para outubro — afinal, só vai acontecer para o próximo ano, em janeiro. A razão para este novo adiamento prende-se com o aumento dos casos de Covid-19 e preocupações acerca do surgimento de novas variantes do vírus.

A notificação afirma que a empresa não vai fechar as suas lojas e escritórios e apela a que todos os funcionários se vacinem, apesar de não exigir testes e certificados de vacinação obrigatórios.

A tecnológica tem reforçado a sua campanha de testagem três vezes por semana aos funcionários, mesmo que em teletrabalho, segundo a Bloomberg.

Antes deste novo adiamento, estava previsto que os funcionários regressassem a um “novo normal”, num regime misto: o trabalho presencial seria, pelo menos, três dias por semana, às segundas, terças e quintas; e teletrabalho às quartas e sextas.

A decisão da companhia surge num momento em que muitas empresas nos Estados Unidos têm já vindo a anunciar planos de regresso ao escritório ou novos modelos de trabalho mais flexíveis.

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PCP critica sinais de Costa sobre OE2022 e apela a “política alternativa”

Costa admite baixar o IRS, aumentar o abono e manter os apoios sociais, mas o PCP diz que não identifica sinais da "política alternativa" que o país precisa para enfrentar os atuais problemas.

O PCP considera que o país precisa de “uma política alternativa” para dar resposta tanto aos desafios trazidos pela pandemia como aos problemas estruturais, mas diz que não encontra sinais nesse sentido na entrevista que o primeiro-ministro deu ao Expresso, na qual levanta o véu de algumas das matérias que terão protagonismo no Orçamento do Estado para 2022, nomeadamente os impostos, os apoios sociais e os funcionários públicos.

Em entrevista ao semanário, António Costa admite que o Orçamento do Estado para o próximo ano poderá trazer uma baixa do IRS, avança que poderá haver um aumento “substancial” do abono de família, destaca a necessidade a reformulação de uma prestação social única e garante que as medidas extraordinárias de apoio às empresas, como o lay-off simplificado, não vão ser retiradas “extemporaneamente”. Já sobre o pacote de alterações laborais que o PS ajudou o PCP a aprovar, o chefe do Executivo sinaliza que o período experimental de 180 dias não vai ser revertido.

Em reação, o PCP deixa críticas e garante que se vai bater “decididamente por uma política alternativa” e vai lutar “palmo a palmo pela defesa e avanço dos direitos e condições de vida dos trabalhadores e do povo”. “A dimensão dos problemas que o país enfrenta e a resposta exigida para lhes responder, seja no plano do que resultou mais evidenciado com a epidemia, seja dos problemas de fundo que marcam a realidade socioeconómica, exigem uma política alternativa que rompa com opções e critérios que conduziram à atual situação e que abra perspetiva para uma política capaz de assegurar o desenvolvimento económico e o progresso social“, defendem os comunistas.

E acrescentam: ” A entrevista do primeiro-ministro está longe de permitir identificar, quer no domínio do Orçamento do Estado para 2022, quer em outros domínios como os dos salários, direitos e legislação laboral, que essa seja a opção que o Governo do PS admita fazer“.

Os partidos já estiveram sentados à mesa com o Governo para iniciar as negociações do Orçamento do Estado para 2022, mas ainda não foi marcado uma segunda reunião nesse sentido. Ao ECO, o deputado comunista Duarte Alves já disse que a prioridade, neste momento, tem sido, antes de mais, garantir o cumprimento do Orçamento do Estado para 2021.

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Altice contra proposta “ilegal” da Anacom para acelerar leilão do 5G. Pondera “acionar meios legais”

A Altice Portugal considera que a segunda alteração ao regulamento do 5G proposta da Anacom é "ilegal". Empresa pondera avançar para tribunal para tentar travar o regulador.

A Altice Portugal considera que a proposta da Anacom para acabar com as licitações percentualmente mais baixas no leilão do 5G é “ilegal”, “desproporcional” e “injustificada”. A empresa está a “equacionar todos os cenários”, incluindo acionar “meios legais” para “impedir que estas novas e absurdas regras entrem em vigor”.

Numa resposta a questões do ECO, a empresa liderada por Alexandre Fonseca recusa liminarmente a intenção do regulador de alterar, pela segunda vez, o regulamento do leilão do 5G, com vista a acelerar de vez o processo. As empresas interessadas no leilão tiveram até quinta-feira para remeter ao regulador “contributos” e “sugestões” que queiram ver tidos em conta nesta segunda alteração.

“A Altice Portugal recusa e opõe-se veementemente à alteração que a Anacom se propõe introduzir no Regulamento 5G e entende que devem manter-se as regras que têm vindo a ser seguidas por todos os licitantes”, indica a empresa.

Assim, depois de também ter criticado duramente a primeira alteração ao regulamento promovida pela Anacom, no início do verão, o grupo destaca agora que “pior que errar é insistir no erro”.

“Hoje, o país já perdeu milhares de milhões de euros na captação de novos investidores e novos investimentos das empresas já instaladas. Urge que a culpa e responsabilidade sejam assumidas e assacadas. Chega de tanta irresponsabilidade e impunidade”, atira fonte oficial da empresa.

A Anacom tem acusado as operadoras de serem as responsáveis pela lentidão do leilão do 5G, que dura há mais de 150 dias. Em resposta, a Altice Portugal rejeita “em absoluto que tais alterações sejam justificadas com o comportamento dos licitantes”, pois estes “apenas se limitam a seguir as regras aprovadas e em vigor”.

“O que está em causa é a falta de capacidade da Anacom, a qual, enquanto responsável pela definição dessas mesmas regras, é a única responsável pelo facto de a licitação se arrastar há mais de 150 dias e de Portugal ser hoje, a par da Lituânia, o único país da União Europeia sem 5G”, atira a empresa, fazendo eco do disposto no último relatório do Observatório Europeu do 5G.

Assim, para a Altice Portugal, “a proposta da Anacom é, além de ilegal, manifestamente desproporcional e injustificada, considerando, por um lado, a importância deste procedimento e, por outro lado, o impacto das alterações agora projetadas sobre a licitação”.

“A aprovação desta nova alteração ao regulamento merece as nossas maiores reservas e total oposição, pelo que não deixaremos de equacionar todos os cenários relativos ao acionamento dos meios legais disponíveis para impedir que estas novas e absurdas regras entre em vigor e sejam aplicadas ao leilão 5G”, remata a empresa de telecomunicações.

A proposta da Anacom é, além de ilegal, manifestamente desproporcional e injustificada.

Fonte oficial da Altice Portugal

A fase principal do leilão do 5G dura há mais de 150 dias. A 30 de junho, depois de uma rápida consulta pública, entrou em vigor a primeira alteração ao regulamento, possibilitando a realização de 12 rondas diárias, ao invés de sete. Mas a mudança introduzida pela Anacom não foi suficiente para acelerar e pôr fim à venda.

A 12 de agosto, a Anacom passou das palavras aos atos e avançou com o processo para pôr fim às licitações de 1% e de 3% que, segundo o regulador, estão a ser usadas pelas operadoras para atrasarem o leilão (as operadoras recusam essa linha de argumentação). Segue-se agora uma consulta pública ao mercado, sendo praticamente certo que, salvo alterações de última hora ou eventuais decisões judiciais, o fim das licitações mais baixas vai mesmo avançar.

Na quinta-feira, a Vodafone, em resposta ao ECO, também se mostrou contra mais uma mudança de regras “a meio do jogo”. Já a Dense Air, a única empresa que já tem licenças de 5G em Portugal, apoia a proposta do regulador para precipitar o fim da venda das licenças.

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Taxas de juro no crédito à habitação batem novo mínimo histórico nos 0,8% em julho

A taxa de juro implícita no crédito à habitação voltou a descer em julho, pelo 11.º mês consecutivo. Juro implícito ficou nos 0,8%.

A taxa no crédito à habitação continuou a descer em julho, naquele que é o 11.º primeiro mês consecutivo de descidas. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), no sétimo mês do ano, o juro implícito continuou abaixo dos 1%, situando-se em 0,8%.

“A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 0,800% em julho (0,811% no mês anterior). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 0,693% em junho para 0,674% em julho“, refere o INE.

Para o destino de financiamento de aquisição de habitação — o mais relevante no conjunto do crédito à habitação –, a taxa de juro implícita para o total dos contratos recuou para 0,816%, menos 1,2 pontos base face a junho. Na taxa para os contratos celebrados nos últimos três meses, a tendência foi a mesma: diminuiu para 0,67%.

Evolução dos juros implícitos

Já no que diz respeito ao capital médio em dívida, em julho observou-se uma subida de 328 para 56.790 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi de 116.815 euros, mais 1.950 euros do que em junho.

Por outro lado, a prestação média aumentou um euro para 235 euros e, deste montante, 38 euros correspondem a pagamento de juros e 197 euros a capital amortizado. “Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação desceu sete euros para 285 euros”, remata o INE.

(Notícia atualizada às 11h18 com mais informação)

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Mercado livre do gás natural tem perto de 1,3 milhões de clientes

O número de clientes no mercado liberalizado do gás natural aproxima-se de 1,3 milhões, tendo crescido em junho. Galp lidera em consumo, EDP Comercial vence nos clientes.

O mercado liberalizado do gás natural continua a aproximar-se de 1,3 milhões de clientes, tendo registado um crescimento líquido de 2.850 clientes entre maio e junho, indica o boletim mensal da ERSE. A Galp é a empresa líder em consumo, enquanto a EDP Comercial lidera em número de clientes.

São já 1.297.961 clientes de gás natural no mercado livre, contra 238.188 que permanecem no mercado regulado, uma queda de 1.187 clientes em cadeia, sobretudo residenciais. No mercado livre, o consumo estimado em base anual fixou-se em 39.142 GWh (gigawatts-hora) em junho, tendo subido 60,7 GWh face ao mês anterior.

Síntese mensal do mercado livre de gás natural (junho):

Fonte: ERSE

Em junho, entraram no mercado liberalizado 16.798 clientes, tendo 912 transitado do mercado regulado e 15.886 entrado diretamente nas carteiras de comercializadores em regime de mercado. Em sentido inverso, cessaram contrato no mercado 13.903 clientes que não celebraram outro contrato de fornecimento. Seis clientes voltaram ao mercado regulado de gás natural e, dentro do mercado liberalizado, 10.408 clientes mudaram de fornecedor de gás.

No que toca às quotas de mercado, a Galp continuou a dominar em consumo, com uma quota total de 58%, enquanto a EDP Comercial liderou em número de clientes, com uma quota de 50%. A Galp destaca-se ainda no segmento de clientes industriais e de grandes consumidores, enquanto a EDP é mais forte no segmento das pequenas e médias empresas e clientes residenciais.

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