O impacto dos dados na transformação dos negócios

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  • 30 Julho 2021

As soluções que garantem a segurança dos dados e simplificam o seu armazenamento são cruciais para as empresas que querem acompanhar a evolução digital.

Todas as organizações reconhecem a importância da transformação digital. E é na interseção de dados, cloud e inteligência artificial que uma mudança significativa é possível. Mas como agora há mais dados do que nunca, mais ameaças e ataques a esses dados, maior procura por informação e mais infraestruturas em todos os lugares onde esses dados são criados e armazenados, os departamentos de Tecnologia de Informação (TI) chegaram a um ponto em que a complexidade de gerir tudo isto cria riscos, tem um custo para a inovação e atrasa a implementação de novos projetos de apoio ao negócio.

Com efeito, de acordo com o estudo “ESG Market Research of IT Decision Makers”, realizado em abril deste ano, 93% dos decisores de TI veem a complexidade da gestão e armazenamento dos dados como um inibidor da transformação digital.

A necessidade de transformação exige agora que as organizações mudem fundamentalmente a forma como gerem os seus dados e a infraestrutura de TI que os suporta – com operações autónomas, serviços de TI self-service, automação baseada em políticas e capacidade para mover dados entre a cloud e o extremo “inteligente” (dispositivos móveis, sensores, etc.) e em todo o seu ciclo de vida. Isto muda tudo e implica que os próprios sistemas de armazenamento e gestão dos dados evoluam.

Endereçar a explosão de dados e acelerar a transformação digital

Entendendo que, para poderem dar o próximo “salto tecnológico”, as organizações precisam reduzir drasticamente a complexidade e eliminar silos de dados onde quer que estes estejam, a Hewlett Packard Enterprise (HPE) desenvolveu uma plataforma de serviços de dados que muda o paradigma do armazenamento em TI e que consiste em três inovações fundamentais:

· Data Services Cloud Console: Trata-se de uma plataforma de gestão que oferece a agilidade operacional da cloud e operações de dados como um serviço. Foi criada para poder conter uma ampla rede de serviços de dados em cloud, tem uma interface de programação de aplicações unificada e dá aos programadores acesso à infraestrutura e aos dados em código.

· Cloud Data Services: A HPE criou o Data Ops Manager para gerir globalmente as infraestruturas de dados a partir de qualquer lugar e de qualquer dispositivo. Estes serviços são fornecidos através da Data Services Cloud Console, com base num sistema com inteligência artificial e numa abordagem centrada nas aplicações, que permite o self-service e otimiza os objetivos de nível de serviço (SLOs).

· HPE Alletra: É uma infraestrutura de armazenamento de dados nativa de cloud que serve dados do extremo “inteligente” à cloud. O HPE Alletra proporciona a experiência operacional da cloud, está otimizado para diferentes cargas de trabalho, oferecendo uma flexibilidade arquitetónica para endereçar as diversas aplicações.

Ao unificarem as operações relacionadas com os dados, estas inovações permitem às empresas responder ao fenómeno da explosão de dados de forma mais eficiente, tirando partido de muitos dados que eram recolhidos, mas que não chegavam a ser correlacionados e tratados de forma a gerarem informação relevante.

A agilidade desta nova plataforma de dados estende-se à forma como é possível consumi-la como um serviço faturado mensalmente, através dos HPE GreenLake Cloud Services, proporcionado uma verdadeira experiência de cloud híbrida, que cresce à medida das necessidades, permite uma melhor planificação e é gerida de forma simples.

Se tiver interesse em saber mais sobre Sistemas de Armazenamento Empresarial, sobre a Data Services Cloud Console ou até sobre o HPE Alletra , pode solicitar uma reunião personalizada com a equipa da HPE Portugal aqui.

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Inflação aumenta para 1,5% em julho

  • Lusa
  • 30 Julho 2021

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor terá atingido os 1,5% em julho, um aumento de 1,0 pontos percentuais face ao registado em junho, revelou o INE.

A inflação terá atingido os 1,5% em julho, um aumento de 1,0 pontos percentuais face ao registado em junho, de acordo com a informação já apurada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá sido 1,5% em julho de 2021, valor superior em 1,0 pontos percentuais (p.p.) ao registado em junho”, pode ler-se numa estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo INE.

O instituto de estatística refere que a aceleração verificada “reflete essencialmente a dissipação de efeitos de base”.

“O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 0,9% (-0,3% no mês anterior)”, de acordo com o INE.

Quanto ao índice relativo aos produtos energéticos, o INE estima que a taxa de variação homóloga “se situe em 8,7% (9,0% no mês precedente) enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado uma variação de 0,6% (0,1% em junho)”.

“Comparativamente com o mês anterior, o IPC terá tido uma variação de -0,3% (em junho, a variação mensal foi 0,2% e em julho de 2020 tinha sido -1,3%)”, estimando-se “uma variação média nos últimos doze meses de 0,4% (0,3% no mês anterior)”, segundo o INE.

Quanto ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), este “terá registado uma variação homóloga de 1,1% (-0,6% no mês anterior)”.

Os dados definitivos relativos à inflação de julho serão conhecidos no dia 11 de agosto.

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Taxa de desemprego desce para 7,7% na Zona Euro e 7,1% na UE em junho

  • Lusa
  • 30 Julho 2021

A taxa de desemprego recuou ligeiramente, em junho, para 7,7% na Zona Euro e 7,1% na União Europeia. Portugal seguiu a tendência europeia, ao registar uma taxa de desemprego de 6,9% em junho de 2021.

A taxa de desemprego desceu ligeiramente, em junho, para 7,7% na Zona Euro e 7,1% na União Europeia (UE), comparando com 8% e 7,3%, respetivamente, no mesmo período homólogo de 2020, anunciou esta sexta-feira o gabinete estatístico comunitário, Eurostat.

Dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat revelam então que, no mês passado, a taxa de desemprego da Zona euro com ajustamento sazonal era de 7,7%, contra 8% em junho de 2020 e também em maio deste ano.

Já no conjunto da UE, esta taxa fixou-se em 7,1% em junho de 2021, o que compara com 7,3% tanto no período homólogo do ano passado como em maio deste ano.

Em termos absolutos, o Eurostat estima que 14,9 milhões de homens e mulheres na UE, dos quais 12,5 milhões na Zona Euro, estavam desempregados em junho de 2021.

Isto significa uma redução de 397 mil desempregados na UE e 339 mil na zona euro face a junho de 2020.

Portugal seguiu a tendência europeia, ao registar uma taxa de desemprego de 6,9% em junho de 2021, depois de 7,5% no mesmo mês do ano anterior.

No que toca ao desemprego juvenil (abrangendo jovens até 25 anos), atingiu os 17,3% na Zona Euro e os 17% na UE no mês passado, uma redução face a junho de 2020, quando estas taxas se fixaram, respetivamente, em 18,7% e 18,2%.

Ao todo, 2,9 milhões de jovens (menores de 25 anos) estavam desempregados na UE no mês passado, dos quais 2,4 milhões na zona euro, menos 152 mil e menos 110 mil, respetivamente, do que no período homólogo de 2020.

Por género, a taxa de desemprego das mulheres era, em junho de 2021, de 8,2% na Zona Euro e de 7,5% na UE, enquanto nos homens estas percentagens eram de, respetivamente, 7,3% e 6,7%.

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PIB da Zona Euro cresce 13,7% no segundo trimestre

A economia da Zona Euro cresceu 13,7% em termos homólogos no segundo trimestre por causa do desconfinamento. Entre os 11 países com dados, Portugal foi o quarto com maior crescimento.

O PIB da Zona Euro cresceu 13,7% em termos homólogos e 2% em cadeia no segundo trimestre deste ano, beneficiando do processo de desconfinamento após a vaga de infeções que condicionou o primeiro trimestre. Os dados foram divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat, após o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter revelado que o PIB português cresceu 15,5% em termos homólogos e 4,9% em cadeia.

No conjunto da União Europeia (27 países, em vez dos 19 países da Zona Euro), o PIB cresceu 13,2% em termos homólogos e 1,9% em cadeia.

No primeiro trimestre, o PIB da Zona Euro tinha contraído 0,3% em cadeia e 1,3% em termos homólogos, assim como o PIB da UE (-0,1% e -1,3%, respetivamente), de acordo com o Eurostat.

No segundo trimestre, entre os 11 países dos 27 Estados-membros da União Europeia para os quais já há dados, Portugal registou o quarto maior crescimento em termos homólogos, atrás de Espanha (+19,8%), Itália (+17,3%) e França (+18,7%). Já no crescimento em cadeia registou o maior valor, seguido da Áustria (+4,3%).

Contudo, estes dados não indicam que Portugal, Espanha, Itália e França estão a ter uma recuperação mais rápida do que outros países europeus, pelo contrário. Estes números refletem mais a queda mais expressiva do PIB nestes países mais dependentes do turismo no segundo trimestre de 2020, o período da pandemia maior impacto económico e que torna a base de comparação homóloga mais baixa.

Fonte: Eurostat.

O mesmo se aplica à comparação em cadeia. Portugal teve o maior crescimento nessa ótica no segundo trimestre, entre os países com dados disponíveis, mas tal acontece também porque foi o país onde o PIB mais caiu no primeiro trimestre, tornando essa base de comparação mais baixa.

De acordo com as previsões da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional, Portugal (e outros países do Sul da Europa como Espanha, Itália, Grécia e França) será dos países da UE que mais demorará a recuperar totalmente o PIB pré-pandemia, conseguindo esse feito apenas em 2022 quando na média o PIB europeu chega lá no final deste ano.

A próxima estimativa do PIB da Zona Euro com dados desagregados por país vai ser divulgada pelo Eurostat a 17 de agosto.

(Notícia atualizada às 10h18 com mais informação)

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TikTok não pára de crescer. Estas são as contas mais seguidas em Portugal

  • Tiago Lopes
  • 30 Julho 2021

O TikTok tem vindo a ganhar terreno no mundo das redes sociais. Em Portugal ganhou 1 milhão de utilizadores novos em apenas um ano. Estas são as contas mais seguidas em Portugal.

O TikTok é uma das redes sociais que mais tem captado a atenção dos utilizadores nos últimos tempos, sobretudo dos mais novos. O sucesso é tal que algumas redes sociais concorrentes tiveram de desenvolver funcionalidades semelhantes, de modo a evitarem uma fuga dos seus utilizadores para a app da ByteDace, como foi o caso do Instagram e do YouTube.

No entanto, a vida não tem corrido de feição para a dona do TikTok. No último ano, têm sido muitas as dificuldades que a empresa enfrentou, desde as ameaças de expulsão da Casa Branca, passando pela proibição no gigantesco mercado indiano.

Ainda assim, a curva de crescimento do TikTok não dá sinais de abrandar. Em julho deste ano, a aplicação ultrapassou a barreira dos 3 mil milhões de downloads, tornando-se na primeira aplicação fora da família do Facebook a conseguir chegar a este número, e uma das cinco aplicações a conseguirem receitas brutas de 2,5 mil milhões de dólares.

Já em relação ao número de utilizadores em Portugal, em apenas um ano, esta rede social conseguiu mais um milhão de utilizadores, totalizando agora 2,8 milhões de utilizadores só no nosso país.

Em Portugal a comunidade de utilizadores do TikTok desperta o interesse sobretudo da camada mais jovem, mas não só. Aliás, o líder destacado no top dos utilizadores portugueses com mais seguidores já não é nenhuma criança. Rui Carlota, de 35 anos, é apelidado do “rei” do TikTok e conta com quase 5 milhões de seguidores na sua conta.

Numa entrevista ao Jornal de Notícias (acesso pago), o técnico auxiliar de fisioterapia, natural de Coruche, explica como começou a sua aventura na rede social que permite a criação de vídeos de curta duração com música, dança, partidas, entre outras aventuras. “Lá na clínica, havia duas miúdas de 15 anos muito espevitadas de volta de uma aplicação no telemóvel que eu nunca tinha ouvido falar. Acabei por instalá-la e fiquei viciado”, contou.

Bruno Almeida, o segundo no top dos utilizadores em Portugal, está quase a 2 milhões de seguidores de Rui Carlota. Soma 3 milhões de seguidores e os seus vídeos contam com quase 100 mil “gostos”. Um dos seus vídeos mais populares até envolve o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Joel Barreira é outro dos portugueses que se tem destacado nesta rede social, contando agora com 2,3 milhões de seguidores na sua conta. No seu perfil no TikTok, este utilizador português produz vídeos onde mostra alguns truques.

Lucas With Strangers desenvolveu um perfil com base numa premissa: “como é que te posso fazer feliz?”. Este utilizador do TikTok tem como missão ajudar as pessoas com quem se vai cruzando na rua. Conta com quase 1,5 milhões de seguidores e é, provavelmente, um dos projetos mais interessantes desenvolvidos nesta rede social em Portugal.

Diogo Reis fecha o top 5 das contas mais seguidas em Portugal. O criador de conteúdos é seguido por mais de um milhão de pessoas.

Quais são os hotéis mais caros do país? Quem são as personalidades mais influentes no TikTok? E os gestores mais bem pagos da nossa bolsa? De segunda a sexta-feira, todos os dias há um ranking para ver aqui no ECO.

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Anacom tem até setembro para fixar preço da tarifa social de internet

Publicado decreto-lei que cria tarifa social de internet. Dá 60 dias à Anacom para escolher mensalidade, plafond e velocidade do acesso. Estado compensa encargo "excessivo" das operadoras.

O regulador das comunicações tem até ao final de setembro para fixar a mensalidade da recém-criada tarifa social de internet, bem como a largura de banda do serviço, que pode ser fixo (como cabo ou fibra) ou móvel (por exemplo, hotspot 4G). O decreto-lei foi publicado esta sexta-feira no Diário da República.

A tarifa social será uma oferta mais acessível que o Governo criou para tentar universalizar o acesso à internet, ao abrigo do código europeu que ainda está a ser transposto para a legislação nacional. Tem condições de elegibilidade semelhantes às da tarifa social de eletricidade e estima-se que pode beneficiar, pelo menos, 700 mil famílias.

Publicado o diploma, a grande incógnita continua a ser o preço. O decreto-lei, como era esperado, não prevê o valor da mensalidade. A Anacom terá a incumbência de, até ao dia 20 de setembro de cada ano, apresentar uma “proposta fundamentada e não vinculativa” ao Governo, que depois a fixa por portaria.

A expectativa é a de que o valor da mensalidade paga pelos consumidores ronde os cinco euros por mês. Este montante foi posto a circular pelo secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, numa entrevista. As operadoras queixam-se de que é demasiado baixo e que pode não compensar os custos que vão ter com a implementação da tarifa.

Plafond e largura de banda por definir

Neste primeiro ano de tarifa social de internet, a Anacom terá mais tempo para definir o valor e as características do serviço: até 28 de setembro, isto é, 60 dias a contar a partir desta sexta-feira. Nas contas do regulador devem entrar fatores como “os preços praticados” no mercado para serviços equivalentes, a “evolução do mercado” e “o rendimento das famílias”.

Em relação à largura de banda, o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, tinha afirmado numa conferência de imprensa que o plafond de dados deverá ser de 10 GB por mês e a velocidade máxima de download de 30 Mbps (megabits por segundo).

Mas qualquer que seja o débito final e o volume de tráfego propostos pela Anacom, o decreto-lei define que este deve ser suficiente para suportar um “conjunto mínimo de serviços”: correio eletrónico, motores de pesquisa, ferramentas de formação e educação, jornais e notícias, compra e encomenda de bens, procura de emprego, teletrabalho, serviços bancários, serviços da Administração Pública, redes sociais e mensagens instantâneas, e chamadas e videochamadas com qualidade padrão.

Tarifa será “automática” após pedido

Em relação às condições concretas de acesso, têm direito à tarifa social de internet, querendo, os cidadãos que beneficiem do complemento solidário para idosos, do rendimento social de inserção, de prestações de desemprego, de abono de família, de pensão social e invalidez do regime especial de proteção na invalidez ou do complemento da prestação social para a inclusão ou da pensão social de velhice.

Podem também aceder à tarifa social de internet os agregados com rendimento anual igual ou inferior a 5.808 euros, acrescidos de 50% por cada elemento que não disponha de qualquer rendimento, incluindo o próprio, até um máximo de dez pessoas.

Cada consumidor e, cumulativamente, cada agregado, só pode beneficiar de uma tarifa social de internet. Mas há uma exceção: as famílias a que pertençam estudantes universitários podem beneficiar de mais uma tarifa social, caso estes “se desloquem para outros municípios do país para estudar”. Tal permite ter uma tarifa social em casa e outra na residência temporária do estudante.

Quanto ao procedimento de atribuição da medida, esta é “automática, na sequência do pedido do interessado junto das empresas que” fornecem o serviço e “após a confirmação da elegibilidade do interessado”. Para tal, as operadoras vão poder obter essa informação junto da Anacom, que, por sua vez, consulta os dados depositados na Segurança Social e nas Finanças. Após receção da informação, a operadora tem 10 dias para ativar a tarifa.

Para aceder a estes dados pessoais sensíveis, a Anacom vai ter de estabelecer um “acordo de proteção de dados” com a Agência da Modernização Administrativa, que gere a plataforma de interoperabilidade da Administração Pública. Este acordo tem de ser submetido à apreciação da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD).

Operadoras arriscam coimas até cinco milhões

Todas as operadoras que fornecem acesso à internet vão ter de aplicar a nova tarifa social e “devem promover a divulgação de informação sobre a existência” da mesma, bem como a Anacom. As coimas para as que não o fizerem podem ir até cinco milhões de euros, no caso de contraordenações muito graves da responsabilidade de grandes empresas.

Serão as operadoras, no geral, a arcarem com os custos da implementação da medida, tendo o Governo entendido que não deveria haver lugar a compensações generalizadas pela sua aplicação. No entanto, o decreto-lei prevê um mecanismo de compensação para evitar situações mais extremas, em que haja lugar a “encargos excessivos” para uma determinada operadora.

É a operadora que deve pedir o ressarcimento ao Governo e à Anacom, “até ao final do mês de janeiro” por referência ao ano anterior. A Anacom também vai ter de, até final de setembro, propor ao Governo uma definição para o conceito de “encargo excessivo”.

Consulte o decreto-lei na íntegra:

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PIB cresce 15,5% no segundo trimestre, a maior subida desde pelo menos 1996

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta sexta-feira a estimativa rápida para a evolução do PIB no segundo trimestre. O crescimento em cadeia foi de 4,9%.

Num período marcado pelo desconfinamento e a retoma da atividade, a economia portuguesa cresceu 15,5%, em termos homólogos, no segundo trimestre de 2021, o qual é muito influenciado pela base muito baixa do segundo trimestre de 2020 (período mais afetado pela pandemia). Já face ao trimestre anterior, a subida foi de 4,9%. Os dados foram divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na estimativa rápida do PIB entre abril e junho.

“O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de 15,5% no 2º trimestre de 2021 (-5,3% no trimestre anterior)”, escreve o gabinete de estatísticas, explicando que “esta evolução é influenciada por um efeito base, uma vez que as restrições sobre a atividade económica em consequência da pandemia se fizeram sentir de forma mais intensa nos primeiros dois meses do segundo trimestre de 2020, conduzindo então a uma contração sem precedente da atividade económica“.

Este é o maior crescimento homólogo num trimestre desde pelo menos 1996, ano em que começa a atual série histórica do INE. Tanto a estimativa para o crescimento homólogo como para o crescimento em cadeia estão em linha com as previsões da maioria dos economistas.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE).

Na comparação homóloga, a procura interna deu um contributo mais positivo para o crescimento da economia, beneficiando do aumento do consumo privado com o desconfinamento, ao passo que a procura externa líquida (exportações descontadas das importações) deu um contributo menos negativo, também beneficiando o produto interno bruto.

Tal foi possível porque houve um aumento mais significativo das exportações de bens, as quais estiveram neste período a crescer face a 2019. Porém, houve uma perda nos termos de troca (vantagem competitiva) para os bens portugueses, “tendo o comportamento do deflator das importações sido influenciado, em larga medida, pelo crescimento pronunciado dos preços dos produtos energéticos”, nota o INE.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE).

Na análise em cadeia, ou seja, comparando o segundo trimestre com o primeiro trimestre em que o PIB tinha contraído por causa do segundo confinamento, o crescimento de 4,9% do PIB mais do que compensou a variação em cadeia desse trimestre (-3,2%).

Nessa ótica, também foi a procura interna que deu um “contributo positivo expressivo”, após ter sido negativo no primeiro trimestre. “Em menor grau, refletiu ainda um contributo da procura externa líquida menos negativo no segundo trimestre de 2021”, acrescenta o INE.

Esta estimativa rápida do gabinete de estatísticas incorpora nova informação também sobre o primeiro trimestre, mas tal não implicou revisões nas taxas estimadas para o passado. No dia 31 de agosto serão divulgados os dados mais completos das contas nacionais trimestres, sendo aí possível ver em concreto o que alimentou este crescimento histórico.

(Notícia atualizada às 9h43 com mais informação)

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Aqui o fim de semana começa mais cedo. Estas empresas dão a sexta-feira

Há organizações que oferecem a tarde de sexta-feira aos colaboradores e outras que decidem mesmo implementar um horário de verão muito mais reduzido, que abrange todos os dias da semana.

Chega o verão e algumas empresas avançam com novas políticas, mais flexíveis, que permitem aos colaboradores aproveitar melhor os dias de sol. São encaradas como um incentivo ao bem-estar e ao equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e as pessoas agradecem, especialmente depois de 18 meses tão desafiantes e incertos.

Entre as empresas que decidem “relaxar” as suas políticas, o mais comum é encurtar o horário de trabalho. Algumas organizações optam por oferecer a tarde de sexta-feira aos colaboradores, para que o fim de semana comece mais cedo, outras decidem mesmo implementar um horário de verão muito mais reduzido e que abrange todos os dias da semana.

É o caso da Atrevia. “No mês de agosto contamos com um horário de verão, diferente do que praticamos ao longo do ano, e trabalhamos de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 15h00”, conta Ana Margarida Ximenes, presidente da Atrevia Portugal.

E, para além desta medida, durante todo o ano, às sextas-feiras, o horário é mais flexível: das 9h às 15h, uma política que já vai mais ao encontro da famosa semana de quatro dias de trabalho, que tem sido alvo de discussão e reflexão por parte de patrões e governos. “Para podermos usufruir deste benefício, o nosso horário de almoço de segunda a quinta-feira passou de uma hora e meia para uma hora.”

“Estes horários têm sido possíveis de aplicar garantindo sempre resposta às necessidades dos nossos clientes, o que requer organização e confiança nas equipas. Todos estamos contactáveis e disponíveis para qualquer situação que requeira a atuação imediata”, refere Ana Margarida Ximenes, salientando que estas medidas de flexibilidade de horário são muito valorizadas pelos colaboradores.

O objetivo é proporcionar um maior equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal e, ao mesmo tempo, fomentar uma cultura de flexibilidade. “É uma medida que já existia na nossa casa mãe, em Espanha, e que também procurámos integrar na realidade dos escritórios de Portugal desde há alguns anos”, conta a presidente da consultora de comunicação.

A Bayer também tem políticas semelhantes, ainda que não abranjam nem a semana toda nem todo o dia. Centram-se, como aliás é mais comum entre as organizações que mudam um pouco as suas políticas no verão, nas tardes de sexta-feira. Quando chega a época estival, a empresa do setor farmacêutico decide que “ninguém trabalha na tarde de sexta-feira”. “O objetivo é que os colaboradores tenham para tempo para eles mesmos”, conta Maria João Lourenço, diretora de recursos humanas da empresa, à Pessoas.

Além disso, nesta altura do ano, o escritório da Bayer “migra” do edifício, em Carnaxide, para o jardim da empresa. “A Bayer tem, felizmente, um jardim onde podemos trabalhar”, diz, acrescentando que muitas reuniões já estão a ser feitas ao ar livre. “Eventualmente até podemos ter mais inspiração [trabalhando no jardim], porque todos estamos fartíssimos de estar fechados dentro de edifícios.”

Na mesa do recrutador com Maria João Lourenço, Diretora de recursos humanos Bayer - 28MAI21

Na Everis NTT Data, o horário de verão é implementado todos os verões desde 2018. A medida, que abrange os meses de junho a agosto, pretende “promover a flexibilidade e a conciliação das várias dimensões da vida e, mediante algumas condições, permite-nos não trabalhar às sextas-feiras à tarde”, explica Margarida Calado, head of people da Everis NTT Data Portugal à Pessoas.

“Procuramos ter benefícios que estejam alinhados com aquilo que acreditamos e defendemos, porque vemos os benefícios como uma forma de se viver a nossa cultura e os nossos valores”, acrescenta a líder de pessoas da tecnológica que já conta com mais de 1.300 pessoas.

À semelhança da Everis NTT Data, a By já implementou o seu horário de verão e, este ano, até o antecipou para que os colaboradores pudessem desfrutar de mais tempo livre. Desde junho e até agosto, as pessoas da agência iniciam também os seus fins de semana logo às 15h00 de sexta-feira, sendo-lhes dada o resto da tarde.

“O horário de verão está enraizado na cultura da By e é um momento do ano muito valorizado e esperado por todos. Este ano trouxe-nos crescimento, mas exigiu muito de nós e desafiou ainda mais a nossa criatividade, capacidade de adaptação e inovação, soft skills e espírito de resiliência. E o sucesso que temos tido nesta altura tão desafiante devemo-lo a todos os nossos byanos”, afirma Rita Baltazar, partner da empresa, citada em nota de imprensa.

“Sabemos que é essencial fazer uma pausa, para se ganhar ainda mais energia. E se for a aproveitar o sol lá fora, ainda melhor”, acrescenta, salientando que, ao todo, são 22 tardes de sexta-feira para o dolce far niente e 66 horas adicionais para aproveitar o bom tempo. Este ano, a medida tem um significado especial: “é uma forma de reconhecimento pelo empenho dos colaboradores durante a pandemia da Covid-19“.

Nas “big four”, a PwC anunciou, logo em abril, que ia dar as tardes de sexta-feira aos seus 1.600 trabalhadores em Portugal, independentemente da função, do cargo, do tempo de casa, e sem redução do salário. A notícia surgiu depois da congénere inglesa ter divulgado que, no Reino Unido, todos os funcionários, incluindo trabalhadores em part-time (nesses casos, terão direito a um desconto proporcional ao horário de trabalho), passariam a ter um dia por semana de horário reduzido durante, pelo menos, os meses de verão.

Na prática, em Portugal, entre 1 de maio e 30 de setembro, cada trabalhador pode escolher oito tardes para gozar livremente.

Semana de quatro dias ganha força em Portugal

Estas medidas podem ser encaradas como uma espécie de aproximação à semana de quatro dias de trabalho. A verdade é que, embora a ideia não seja nova, tem adquirido maior importância depois da pandemia. E já há casos nacionais a semear a mudança no horário laboral.

Depois de Espanha, Japão e Islândia terem dado passos importantes no sentido de reduzir a semana de trabalho para 32 horas de trabalho, a Feedzai, unicórnio português com sede em Coimbra e escritórios nos Estados Unidos, anunciou que vai testar, durante o mês de agosto, uma dinâmica de trabalho de quatro dias semanais, dando a possibilidade aos colaboradores de poderem desfrutar de três dias inteiros de tempo para dedicarem às suas vidas pessoais.

A experiência, que acontece em agosto de forma a minimizar riscos (já que muitas pessoas estão de férias), servirá de “teste sobre como funciona para determinarmos qual será o próximo passo”, explicou Dalia Turner, VP of people da tecnológica, em entrevista à Pessoas, dando como exemplo o “bom feedback da Islândia e de outros países”.

“Penso que será desafiante avançarmos sozinhos como empresa, mas estamos intrigados com a ideia”, disse.

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Esquema de burla online com empréstimos rendeu quase um milhão

  • Lusa
  • 30 Julho 2021

A investigação teve início na sequência de uma denúncia de burla de concessão de empréstimos pessoais através das redes sociais.

A GNR desmantelou um grupo que se dedicava a um esquema de burlas através da internet na Área Metropolitana de Lisboa, Faro e Açores e com as quais conseguiu proveitos financeiros que rondam um milhão de euros, anunciou a corporação.

Em comunicado, a GNR diz que o Comando Territorial de Braga, através do Destacamento Territorial da Póvoa de Lanhoso identificou esta semana três homens, com idades entre os 30 e os 40 anos, e uma mulher, de 60 anos, por burlas através da internet.

Segundo explica, a investigação teve início na sequência de uma denúncia de burla de concessão de empréstimos pessoais através das redes sociais, que ocorreu em dezembro de 2020.

A investigação “permitiu apurar que o modo de atuação do grupo consistia numa abordagem inicial, através do Facebook, com os supostos interessados, solicitando diversas transferências para pagamento de comissões e abertura de processo”, acrescenta a GNR, sublinhando que a as vítimas “efetuavam as transferências, mas nunca viam o suposto empréstimo ser-lhe creditado na conta”.

A operação decorre no seguimento da identificação de três suspeitos pela GNR, em março deste ano, nos distritos de Aveiro, Faro e Lisboa.

“Com o desenvolvimento da investigação, apurou-se a identificação de mais quatro suspeitos de integrar o esquema investigado, tendo sido realizadas cinco buscas em residência e duas em estabelecimentos comerciais”, adianta a corporação.

As buscas culminaram na apreensão de diverso material de prova, desde documentação bancária a documentos manuscritos com prova de receção e depósitos de valores monetários de diversas proveniências.

Foram também apreendidos diversos equipamentos informáticos utilizados no esquema (telemóveis, computadores e ‘tablets’), para serem sujeitos a perícia técnica.

“Com este esquema, estima-se que os suspeitos tenham obtido um considerável proveito financeiro, tendo sido enganadas centenas de vítimas”, acrescenta a nota.

A operação contou com o reforço da estrutura de investigação criminal do Comando Territorial de Braga, dos Comandos Territoriais de Lisboa e Açores e com a colaboração da Polícia de Segurança Pública (PSP).

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Estado vai pagar salário de trabalhadores que querem estudar

  • ECO
  • 30 Julho 2021

O Executivo e os parceiros sociais estão a negociar a criação de uma espécie de licença sabática, permitindo aos trabalhadores a melhoria das suas qualificações, financiada por fundos europeus.

O Governo e os parceiros sociais estão a negociar uma medida que permitirá aos trabalhadores a melhoria das suas qualificações profissionais ou nível de ensino, através de uma espécie de licença sabática totalmente paga pelo Estado e sem qualquer custo para as empresas. A notícia é avançada pelo Expresso (acesso pago).

Segundo o semanário, esta licença faz parte de um pacote de apoios diretos que está a ser negociado em paralelo à discussão orçamental feita com as esquerda. À boleia dos fundos europeus, o PS cumpre assim uma promessa eleitoral: criar “um programa de licenças para formação que facilite períodos de elevação de qualificações e de requalificação de pessoas ao longo da vida, em articulação com a possibilidade de substituição dos trabalhadores em formação”, salienta o jornal.

A medida não comprometeria, por isso, os próximos Orçamentos nem ficaria sujeita ao aval das Finanças. António Costa, primeiro-ministro, já assumiu que um dos objetivos é “aumentar o rendimento das famílias” através do “reforço das políticas públicas”. E não estão afastadas alterações fiscais que aliviem o orçamento das famílias.

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Portugal aguarda parecer da DGS sobre vacinação de jovens entre os 12 e os 17 anos. E lá fora?

Em Portugal, Costa garantiu estar "tudo preparado” para vacinar os jovens maiores de 12 anos, apesar de ainda não existir uma posição oficial da DGS. E lá fora, o que estão a fazer os outros países?

A Agência Europeia do Medicamento (EMA na sigla em inglês) já deu “luz verde” às vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna contra a Covid-19 para serem administradas em crianças entre os 12 e os 17 anos. Em Portugal, o primeiro-ministro garantiu estar “tudo preparado” para vacinar estes jovens, apesar de ainda não existir uma posição oficial da Direção-Geral da Saúde (DGS). E lá fora, o que estão a fazer os outros países?

Na semana passada, o primeiro-ministro deu o “tiro de partida” e revelou que está “tudo preparado” para administrar as duas doses das vacinas contra a Covid-19 a 570 mil crianças e jovens entre 12 e 17 anos nos fins de semana entre 14 de agosto e 19 de setembro. Esta vontade já tinha sido manifestada pela ministra da Saúde e pelo ministro da Educação, apesar de DGS ainda não ter tomado uma decisão definitiva, que deverá ser conhecida muito em breve.

Esta semana, após a reunião do Infarmed, Marta Temido e Henrique Gouveia e Melo vieram explicar que os pareceres preliminares da Comissão Técnica de Vacinação apontam para “uma priorização do grupo etário dos 18 aos 16 anos” e “uma priorização de vacinação de crianças com comorbilidades na faixa” entre os 15 e os 12 anos. Assim, a ideia é que a vacinação dos jovens de 16 e 17 anos comece no fim de semana de 14 e 15 de agosto e que os fins de semana seguintes sejam reservados para os jovens entre os 15 e os 12 anos. Não obstante, a Região Autónoma da Madeira vai começar a vacinar os maiores de 12 anos já este sábado.

E se em Portugal ainda não há definição, pela Europa os países vão divergindo nas posições, apesar dos vários apelos da Organização Mundial da Saúde a referir que a inoculcação destas faixas etárias não é prioritária, dada que as crianças têm um menor risco de contraírem a infeção e que há vários países, principalmente os com baixos rendimentos, com falta de vacinas.

Em Espanha, a ministra da Saúde anunciou que foi apresentada uma proposta à comissão técnica do país para vacinar os jovens desta faixa etária antes do início do novo ano letivo. Já em Itália, o regulador deu autorização para que a vacina contra a Covid-19 fosse administrada a partir dos 12 anos, pelo que estas faixas etárias já estão a ser inoculadas desde o início de junho, tal como noticiou a Ansa (acesso livre, conteúdo em italiano), e pouco depois de o regulador europeu ter aprovado a vacina da Pfizer para estas faixas etárias.

Também a Áustria pretende vacinar mais de 340 mil crianças entre os 12 a 15 anos até o final de agosto, segundo a CNN Brasil (acesso livre, conteúdo em português), ao passo que na Dinamarca os jovens desta faixa etária já começaram a ser vacinados. “É necessário um alargamento do grupo-alvo para a faixa etária de 12 a 15 anos para garantir ainda maior imunidade da população e, assim, garantir o controlo da epidemia na Dinamarca”, disse o responsável da Autoridade de Saúde dinamarquesa, Soren Brostrom, aquando no anúncio da medida.

Já a Hungria começou a vacinar jovens entre os 16 a 18 anos em meados de maio, ao passo que a Estónia poderá começar a vacinar adolescentes no outono, informou a emissora pública ERR, citando o chefe do conselho governamental para a Covid-19. A Suíça aprovou em 4 de junho a vacinação de jovens entre os 12 a 15 anos com a vacina da Pfizer.

Mais cautelosos são França, Alemanha e Reino Unido, por exemplo, cuja vacinação das crianças entre os 12 e os 16 anos é permitida sob certas condicionantes, e tal como defendido pela maioria dos peritos da Comissão técnica de Vacinação em Portugal. Em França, a vacinação destas faixas etárias arrancou em meados de junho, sendo que para tal é necessário o consentimento dos pais, mediante preenchimento de um formulário e assinado pelos próprios. Além disso, antes da primeira toma da vacina, as crianças devem realizar uma consulta médica, revela a Rádio França Internacional (acesso livre).

Também no país liderado por Angela Merkel, a vacinação dos jovens entre os 12 e os 18 anos arrancou em junho, mas o comité consultivo alemão recomenda que apenas as crianças e jovens com doenças preexistentes recebam a vacina. Também no Reino Unido a maioria das crianças não vão receber a vacina, estando apenas prevista a administração em casos muito específicos e quando existem problemas de saúde. É o caso dos jovens entre os 12 e os 15 anos com doenças neurológicas graves, síndrome de Down, imunossupressão e dificuldades de aprendizagem profundas ou graves.

E fora da Europa?

Também fora da Europa, os países vão divergindo nas decisões. No continente americano, Estados Unidos, Canadá, Brasil e Chile estão a administrar a vacina da Pfizer aos jovens maiores de 12 anos. Pelo Médio Oriente, Israel começou a vacinar as crianças entre os 12 e os 15 anos a 6 de junho, apesar de alguns menores de 16 anos considerados de grupos de risco já estivessem a ser vacinados. Já os Emirados Árabes Unidos também estão a vacinar os jovens entre os 12 e os 15 anos com a vacina da Pfizer, segundo a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Pelo continente asiático, a China aprovou, em junho, a administração da vacina Sinovac para as crianças maiores de 3 anos, enquanto Singapura está também a vacinar os jovens entre os 12 e os 18 anos. Nas Filipinas e no Japão, os jovens com mais de 12 anos estão a receber a vacina da Pfizer.

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Novo Banco e Apollo entregam propostas pelo EuroBic

  • ECO
  • 30 Julho 2021

O fundo Apollo e o Novo Banco entregaram propostas para ficarem com o EuroBic. Banco liderado por António Ramalho está interessado na carteira de crédito a empresas.

O Novo Banco e o fundo Apollo apresentaram propostas para ficarem com as posições de Isabel dos Santos e de Fernando Teles no EuroBic. Já o fundo J.C. Flowers e o Abanca estão a negociar diretamente com os acionistas, este último para ficar com 100% da instituição.

No caso do Novo Banco, a instituição liderada por António Ramalho terá levantado o caderno de encargos e acabou mesmo por dar um passo em frente. O objetivo passará pelo reforço da sua carteira de crédito a empresas, um dos pontos fortes do EuroBic, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

A venda do EuroBic arrancou em janeiro do ano passado, depois das revelações associadas ao caso Luanda Leaks. Mas ainda não foi fechada. Isabel dos Santos tem 42,5% do EuroBic — posição entretanto arrestada — e Fernando Teles tem 37,5%.

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