Carlos Moedas defende fim das restrições no comércio e na restauração

O candidato social-democrata à Câmara de Lisboa afirma que "está na altura de dar respostas concretas e fazer mudanças sérias na estratégia de combate à pandemia".

Carlos Moedas aponta o dedo à forma como o país, e sobretudo Lisboa, estão a lidar com a pandemia. O candidato social-democrata à Câmara de Lisboa (CML) diz ser contra “desconfinamentos descontrolados” e pede “respostas concretas”. Assim, Carlos Moedas defende, entre outras medidas, o fim das restrições no comércio e na restauração.

Moedas defende cinco medidas essenciais: fim das limitações de horários na restauração e no comércio; comparticipação de testes pela CML no acesso a restaurantes; abertura de bares e discotecas mediante teste negativo ou certificado digital; uso de máscaras apenas quando necessário e o fim do isolamento profilático em caso de contacto de risco para quem esteja vacinado.

Para Carlos Moedas, “estas medidas procuram premiar o comportamento exemplar dos portugueses ao longo do último ano e meio, mas não devem ser vistas como uma carta branca“. Assim, o social-democrata considera que “a abertura depende de um esforço coletivo de vacinação que deverá contar com o esforço inexcedível do setor público, da colaboração com parceiros privados e da participação cívica de todos”.

“Está na altura de dar respostas concretas e fazer mudanças sérias na estratégia de combate à pandemia”, começa por ler-se no comunicado enviado esta terça-feira pelo Gabinete de Carlos Moedas. “Não somos a favor de desconfinamentos descontrolados, como tem sido hábito do Governo cada vez que o cinto orçamental aperta”, refere o documento, acrescentando que “Portugal ainda tem margem de progressão na vacinação”.

Citado no comunicado, Carlos Moedas considera que “para proteger a economia e o SNS, temos de começar por rever a matriz de risco” e “deixar de estar focados em infeções, mas sim em internamentos”.

 

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Ex-executivo da Aon escolhido para liderar Vendas da Marsh Portugal

  • ECO Seguros
  • 27 Julho 2021

O gestor assume a chefia de Vendas e Desenvolvimento de Negócio na Marsh Portugal. Filipe Gama transita da Aon Portugal, onde esteve 11 anos a liderar desenvolvimento de negócio.

Filipe Pimenta da Gama, novo Sales & Business Development Leader da Marsh Portugal.

A Marsh, líder global na corretagem de seguros, reforçou a equipa portuguesa com a entrada de Filipe Pimenta da Gama. Na empresa desde maio, o ex-executivo da Aon Portugal transitou para a Marsh como responsável de Vendas e Desenvolvimento de Negócio. Com formação em gestão e pós-graduação em Gestão Estratégica pela Universidade de Westminster em Londres, Pimenta da Gama é o novo Sales & Business Development Leader da Marsh Portugal.

“Com 28 anos de experiência no mercado segurador, iniciou a sua carreira em Londres, em 1993, na área de gestão de grandes clientes e adquiriu uma grande experiência e conhecimento do setor dos seguros e gestão de risco. Em 1998, integrou a AON Portugal onde foi nomeado diretor da área de desenvolvimento de negócio,” refere um comunicado da Marsh.

De acordo com o perfil do gestor no LinkedIn, Gama esteve mais de 11 anos como Business Development Director na Aon Portugal. “Considero-me um privilegiado pelo convite que me foi dirigido pela Marsh, para vir liderar e contribuir para o crescimento da empresa em Portugal, com um projeto que considero ambicioso, mas com todas as condições e uma equipa excecional para me ajudar a concretizar os objetivos traçados”, afirma o novo Sales & Business Development Leader da Marsh Portugal.

Para Rodrigo Simões de Almeida, CEO da Marsh Portugal, a entrada de Filipe Pimenta da Gama “Está em linha com a estratégia de desenvolvimento de negócio que tem vindo a ser realizada pela Marsh Portugal nos últimos anos. A área de Sales & Business Development é fundamental para qualquer organização, ainda mais no mundo que vivemos atualmente e, sem dúvida, queremos continuar a apostar nela, agora com a ajuda do Filipe. O seu know-how e experiência permitirão reforçar o crescimento de negócio da Marsh e acelerar as sinergias do Grupo Marsh McLennan.”

Está na Marsh Portugal desde maio, onde terá um papel fundamental na área de desenvolvimento de negócio, e no aprofundamento das sinergias do grupo Marsh McLennan,” revela a companhia que, após o fracasso do projeto de fusão Aon-WTW, continua sendo líder global no setor.

O objetivo está traçado: “Continuar a apostar no crescimento da relação com os nossos atuais clientes e também dos futuros, sempre com um serviço de excelência como resposta aos seus principais desafios e riscos”, conclui Pimenta da Gama.

A Marsh integrar dirigentes vindos da Aon não é novidade no mercado global. Dan Glaser, CEO do grupo Marsh McLennan, matriz da corretora global, assumiu em abril que, desde outubro de 2020, a companhia recrutou centenas de colaboradores vindos da Aon, uma estratégia clara de aproveitar as oportunidade de captação de talento libertado pelo movimento de consolidação (Aon-WTW) que estava em curso.

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Endesa reduz lucros em 26% para 832 milhões de euros

  • Lusa
  • 27 Julho 2021

Os resultados do primeiro semestre de 2021 ficaram marcados por um "contexto de mercado desfavorável caracterizado pelo aumento dos preços das matérias-primas".

A elétrica espanhola Endesa obteve um lucro de 832 milhões de euros no primeiro semestre de 2021, menos 26% do que um ano antes, num contexto marcado pelo aumento das matérias-primas energéticas que influenciou o preço da eletricidade.

A empresa informou esta terça-feira a Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) espanhola que, numa base comparável em relação a 2020 (eliminando o efeito liquido das provisões realizadas há um ano), o decréscimo seria de apenas 3%.

O resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) foi de 1,879 milhões, “num contexto de mercado desfavorável caracterizado pelo aumento dos preços das matérias-primas”, afirma a empresa que também tem negócios em Portugal.

A Endesa assegura que em termos comparáveis com o ano anterior, o declínio deste indicador seria reduzido de 19% para 4%.

A empresa que opera na distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica realça que as suas receitas aumentaram em 15,6% entre o primeiro semestre de 2020 e o de 2021, para 10.272 milhões de euros.

A Endesa informa ainda que esteve a concluir no primeiro semestre de 2021 o encerramento completo do seu negócio de carvão na Espanha continental e atingiu 88% da sua produção livre de emissões de gases nocivos para a atmosfera.

As centrais de energia renováveis em construção em junho totalizavam 2.500 megawatts (MW), cobrindo a meta de 2021 de aproximadamente 700 MW de nova capacidade e as metas de 2022 de mais 1.400 MW.

A dívida líquida da empresa cresceu de 6.899 milhões de euros para 8.184 milhões de euros, um aumento que se deve principalmente aos 745 milhões que a companhia de eletricidade utilizou para pagar dividendos.

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Vista Alegre aumenta receitas em 16,5% no primeiro semestre

Nos primeiros seis meses do ano, a Vista Alegre obteve um volume de negócios de 49,6 milhões, um aumento de 16,5% em termos homólogos.

A Vista Alegre está a recuperar dos prejuízos provocados pela pandemia da Covid-19 e viu o seu volume de negócios atingir os 49,6 milhões de euros no primeiro semestre de 2021, o que corresponde a um aumento de 16,5% em relação ao período homologo.

“Em termos acumulados o grupo Vista Alegre atingiu um volume de negócios no primeiro semestre de 2021 de 49,6 milhões de euros, verificando um aumento de 16,5% relativamente ao mesmo período de 2020, suportado principalmente no crescimento das vendas nos segmentos da porcelana e da faiança”, destaca a Vista Alegre em comunicado enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O EBITDA da Vista Alegre ascendeu a 8,1 milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 99% face ao período homólogo do ano passado (4,1 milhões).

Os mercados externos representam 84,2% do volume de negócios do grupo liderado por Nuno Marques e o canal online cresceu 114% neste período em comparação com o 1º semestre de 2020.

A empresa registou um resultado operacional positivo de 1,8 milhões de euros e o resultado líquido situou-se negativo em 496 mil euros. O Grupo Vista Alegre “tem perspetivas positivas quanto à evolução do seu negócio, tendo em conta o nível de encomendas em carteira existentes assim como o previsível fim das restrições existentes devido à pandemia provocada pelo Covid-19”, lê-se em comunicado.

“Os resultados obtidos pelo Grupo Vista Alegre, no 1º semestre de 2021, são um sinal muito positivo, face ao momento extremamente desafiante e de incerteza que vivemos. São mais uma demonstração inequívoca da resiliência da empresa e da sua capacidade de ultrapassar as adversidades“, destaca Nuno Marques, CEO do Grupo Visabeira.

Os novos contratos de fornecimento garantidos no 1º trimestre de 2021 num valor superior a 20 milhões de euros, aliados à existente e dinâmica carteira de encomendas da sua vasta rede de distribuição, tiveram um impacto positivo na atividade do 2º trimestre e antecipam um 2º semestre de contínua recuperação.

Para além destes novos contratos, a Vista Alegre reforçou a sua presença em Espanha ao inaugurar uma nova loja em Barcelona.

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Morais Leitão assessora venda da Primavera à Oakley Capital

A equipa foi liderada pelos sócios Bernardo Lobo Xavier e Gonçalo Fleming e incluiu Maria Filipa Cunha (advogada sénior) e Jessica Rodrigues Ferreira (associada principal).

A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (ML) assessorou a Primavera, empresa tecnológica de Braga, na sua venda ao fundo de investimento inglês Oakley Capital.

A equipa da ML envolvida nesta transação foi liderada pelos sócios Bernardo Lobo Xavier e Gonçalo Fleming e incluiu Maria Filipa Cunha (advogada sénior) e Jessica Rodrigues Ferreira (associada principal).

A Primavera passa, assim, a integrar o “Grupo Primavera” que tem como objetivo estratégico liderar o mercado ibérico de software de gestão empresarial na cloud, contando já com 600 colaboradores e mais de 55 mil clientes.

A empresa portuguesa Primavera disponibiliza software de gestão em cloud e sistemas ERP (Enterprise Resource Planning), utilizado para gestão de processos dentro das empresas. As soluções da Primavera têm especial incidência junto das PME, no mercado português e em alguns países africanos com língua portuguesa. Em comunicado, é indicado que o Oakley “fez uma contribuição indireta de 11 milhões de libras através do Fund III”, cerca de 12,85 milhões de euros, à atual conversão. Ainda assim, este valor representa apenas um contributo parcial e não o valor total do negócio, uma vez que “as partes envolvidas acordaram não divulgar os detalhes financeiros da transação”.

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Mercados locais de energia permitem poupar 7% na fatura da luz

Este cenário foi já estudado pela EDP num projeto-piloto em Évora para testar as vantagens da criação de mercados locais de energia. O projeto Dominoes durou quatro anos.

Imagine que famílias e empresas conseguem trocam eletricidade consoante as suas necessidades em períodos específicos do dia, obtendo assim poupanças que podem chegar a quase 7% da respetiva fatura média de energia, o equivalente a cerca de 5 euros por mês.

Este cenário foi já estudado pela EDP num projeto-piloto para testar as vantagens da criação de mercados locais de energia. O projeto Dominoes durou quatro anos e foi testado em dois países, sendo que um dos demonstradores reais esteve em Évora.

De acordo com a EDP, nas condições específicas do projeto, foi possível demonstrar dois tipos de potenciais vantagens para quem compra e vende nos mercados locais de energia. Para começar, com base numa amostra de consumidores foi possível concluir que conseguiram poupar quase 7% na fatura média de energia, ou seja, cinco euros por mês.

Através deste estudo, concluiu-se também que para quem vende nos mesmos mercados, a energia que produz a partir de painéis solares fotovoltaicos os ganhos mensais com a comercialização da energia em excesso podem chegar a 2,5 euros por mês.

Iniciado no final de 2017, este estudo – que contou com um financiamento europeu de quatro milhões de euros no âmbito do Horizonte 2020 e envolveu vários parceiros nacionais e internacionais – procurou explorar um novo conceito de mercado local de energia, através da flexibilidade, um segmento de mercado que permite balancear a disponibilidade elétrica pelos vários pontos de consumo.

O modelo foi testado em dois países, em três ambientes de demonstração, sendo dois deles em Portugal: um real, na zona de Valverde, município de Évora, no Alentejo, e outro virtualizado, através de uma solução de VPP – “Virtual Power Plant” –, que agregou vários pontos de consumo distribuídos pelo país. O terceiro ambiente de teste decorreu na Finlândia.

O projeto contribuiu ainda para o desenvolvimento de uma possível plataforma para a gestão destes mercados locais e de uma aplicação web para interface entre vendedores e consumidores.

O consórcio do projeto Dominoes envolve oito entidades de quatro países europeus: Enerim, o coordenador do projeto, a universidade finlandesa LUT (Lappeenranta-Lahti University of Technology), a Universidade de Leicester, do Reino Unido, e a Universidade de Sevilha, de Espanha.

Também, a partir de Portugal, as entidades que integram o consórcio do projeto são a EDP NEW, a E-REDES e a Virtual Power Solutions. O ISEP – Escola Superior de Engenharia do Politécnico do Porto, foi o parceiro académico português envolvido.

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Lucro da Navigator sobe 46% para 64 milhões de euros até junho

Papeleira viu os lucros crescerem nos primeiros seis meses do ano, sobretudo devido à "recuperação na procura por papel". Preço do papel "evidenciou novo ajustamento em alta".

A Navigator viu os lucros aumentarem mais de 46% nos primeiros seis meses do ano, totalizando cerca de 64 milhões de euros, revelou a papeleira, em comunicado enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Este crescimento no resultado líquido deveu-se, sobretudo, a uma “recuperação na procura por papel”, o que levou a um “novo ajustamento em alta” do preço da pasta no segundo trimestre.

Entre janeiro e junho, a Navigator alcançou um resultado líquido de 64,4 milhões de euros, ou seja, acima dos 44 milhões de euros registados no mesmo semestre do ano passado, refere o documento. No mesmo período, o EBITDA (lucro antes de impostos) totalizou 150,5 milhões de euros, também acima dos 140,1 milhões de euros registados no semestre homólogo.

A margem sobre vendas de 21,1% beneficiou “da melhoria dos volumes de papel, dos preços de venda de pasta e de poupanças nos custos variáveis unitários”, diz a empresa, que destaca ainda um volume de negócios de 715 milhões de euros.

No primeiro semestre, o volume de vendas de papel totalizou 700 mil toneladas, o que representou uma subida de 17%, enquanto o volume de venda de pasta chegou às 152 mil toneladas (-21%) e de tissue em 52 mil toneladas. As vendas de papel representaram cerca de 70% do volume de negócios e as vendas de pasta 11%.

“Depois de um primeiro trimestre marcado por novas vagas de contágio de Covid-19 e períodos de confinamento na maior parte dos mercados chave do grupo, os últimos três meses registaram uma reabertura progressiva das economias e uma recuperação na procura de papel. Na sequência da forte recuperação verificada ao nível do preço da pasta, o preço do papel evidenciou novo ajustamento em alta no segundo trimestre”, refere a Navigator.

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Trabalhadores da Infraestruturas de Portugal iniciam greve parcial na quarta-feira

  • Lusa
  • 27 Julho 2021

A greve deverá afetar a circulação de comboios de longo curso e regionais.

Os trabalhadores da IP – Infraestruturas de Portugal iniciam na quarta-feira uma greve parcial, que termina em 8 de agosto, e uma greve ao trabalho extraordinário, até 15 de setembro, por aumentos salariais e melhores condições de trabalho.

A greve parcial decorrerá das 10:00 às 12:00 e das 17:00 às 19:00 de cada dia, até 8 de agosto, data a partir da qual continuará a greve a todo o trabalho extraordinário, com fim marcado para 15 de setembro.

As paralisações foram convocadas pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), pelo Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas (FENTECOP), pelo Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), pelo Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia (SINDEFER), pelo Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), pelo Sindicato Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA) e pelo Sindicato dos Transportes Ferroviários (STF).

As estruturas sindicais reuniram-se na segunda-feira com os representantes da empresa e da tutela governamental, mas sem resultados positivos, pelo que decidiram manter a ação de protesto.

Estivemos reunidos durante três horas e meia, mas não chegamos a acordo em nenhuma matéria por isso vamos avançar com a greve“, disse à agência Lusa António Salvado, dirigente do SINFA.

Segundo o sindicalista, a greve deverá afetar a circulação de comboios de longo curso e regionais.

Os trabalhadores da IP e das suas participadas (IP Engenharia, IP Património e IP Telecom) reivindicam aumentos salariais dignos para todos, a atualização do valor do subsídio de refeição e a integração do Abono de Irregularidade de Horário na retribuição.

Exigem ainda o cumprimento integral do Acordo Coletivo de Trabalho e o respeito pela negociação coletiva como fator de resolução e prevenção de conflitos.

A contratação de trabalhadores é outra das reivindicações, assim como a melhoria das condições de higiene e segurança, nas instalações sociais e nos locais de trabalho.

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BCP cai quase 5% após resultados e castiga bolsa de Lisboa

O banco liderado por Miguel Maya viu as suas ações desvalorizarem quase 5%, depois de ter visto os lucros afundarem no semestre. Bolsa de Lisboa perdeu 1,24% nesta sessão.

As bolsas europeias fecharam em baixa, mas as praças ibéricas apresentaram as quedas mais avultadas entre as pares do Velho Continente. Os investidores venderam ações numa altura em que arranca mais uma reunião de política monetária da Fed nos EUA, um sinal de maior cautela nas negociações.

O Stoxx 600 perdeu 0,5%, à semelhança do alemão DAX. O britânico FTSE 100 recuou 0,6% e o francês CAC-40 desvalorizou 0,7%. Mas as quedas foram maiores em Madrid e Lisboa: o espanhol IBEX-35 perdeu 1,4% e o português PSI-20 cedeu 1,24%, interrompendo cinco sessões consecutivas de ganhos expressivos.

A maioria das cotadas do principal índice nacional fecharam com perdas, mas foi o BCP que mais pressionou a bolsa. O banco liderado por Miguel Maya caiu 4,84%, para 12,18 cêntimos, depois de ter anunciado que os lucros afundaram 80% no semestre, face ao período homólogo, para 12,3 milhões de euros, devido a custos de reestruturação e a um reforço das provisões para riscos legais na Polónia.

BCP recua na bolsa:

Os CTT registaram o segundo pior desempenho, tendo perdido 2,89%, para 4,365 euros. A Nos contribuiu igualmente para a queda do PSI-20, ao ceder 2,07%, para 3,126 euros por ação.

No setor energético, a EDP desvalorizou 1,43%, para 4,467 euros, enquanto a EDP Renováveis recuou 1,35%, para 20,48 euros. A Galp, que anunciou lucros de 166 milhões de euros no semestre, depois de ter dado prejuízo no mesmo semestre de 2020, perdeu 0,38%, para 8,476 euros.

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Depois dos restaurantes, Mezze aposta na formação. Vai capacitar 40 refugiados e migrantes

O projeto "Mezze-Escola", em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, pretende capacitar 40 migrantes e refugiados, especialmente mulheres e jovens, entre os 18 e os 50 anos.

Já lá vão quatro anos da abertura do restaurante Mezze, no Mercado de Arroios, em Lisboa. Desde aí que este projeto, da associação Pão a Pão, tem sido destacado como um exemplo de sucesso na integração de refugiados. Com uma pandemia pelo meio, que muito sacrificou o setor da restauração, a associação decidiu recuperar uma ideia antiga: o “Mezze-Escola”, o projeto, em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, pretende capacitar 40 migrantes e refugiados, especialmente mulheres e jovens, entre os 18 e os 50 anos.

“Quando abrimos, em setembro de 2017, começámos por empregar 12 pessoas refugiadas. Estávamos confiantes de que aquele grupo era o grupo certo para começar este projeto. E a verdade é que o sucesso foi tal que fomos obrigados para aumentar a equipa, para entre 18 a 20 pessoas, em poucos meses a trabalhar”, lembra Francisca Gorjão Henriques, presidente da associação Pão a Pão, à Pessoas.

Com o passar do tempo, a equipa foi reduzindo um pouco e, agora, fixa-se nos 13 elementos, quase todos refugiados da Síria e do Iraque. O número “está estabilizado” e é motivo de orgulho para a líder da associação Pão a Pão, sobretudo depois do embate de uma pandemia que veio estragar alguns planos, nomeadamente de abertura de mais restaurantes.

“Sendo um processo social autossuficiente, não recorremos a fundos e apoios estatais e, portanto, quando fomos obrigados a parar a nossa operação, o próprio projeto social ficou numa grande instabilidade. Mas, apesar de tudo, conseguimos não despedir ninguém. Só dispensamos duas pessoas que estavam no período experimental e, assim que os restaurantes voltaram a abrir, fomos buscá-las novamente. Orgulhamo-nos muito disso.”

“Mezze-Escola” arranca em setembro. Vai formar refugiados e migrantes

Depois de duas paragens, uma delas sem sequer serviço de take-away, foi preciso refletir sobre as formas de como o projeto Mezze poderia aumentar ainda mais o seu impacto. E foi nesse momento que surgiu uma ideia, que não é de agora, mas que nunca tinha passado de papel à ação.

“Para aumentar mais o nosso impacto, em vez de fazer mais restaurantes, pensámos que deveríamos apostar mais na formação”, diz. Assim, em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa surgiu o “Mezze-Escola”, para formar, durante seis meses, pessoas refugiadas e emigrantes, com a finalidade de dar-lhes as capacidades necessárias para integrarem o mercado de trabalho.

A primeira edição deste programa, que conta com o apoio da Gulbenkian, começa já em setembro e conta com uma componente teórica, em sala de aula, e com uma componente prática, dada no restaurante através de um estágio. “Durante o estágio no Mezze, os alunos irão ter, pelo menos, direito a subsídio de transporte e refeição. Mas, estamos a tentar ainda ampliar estes benefícios”, avança Francisca Gorjão Henriques.

Para aproveitar ao máximo o tempo e espaço na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, e de forma a completar a formação com outras vertentes, vão ser dados também módulos de sustentabilidade, literacia financeira, desenvolvimento pessoal e cultura portuguesa. “É importante que eles saibam ler um recibo de vencimento, por exemplo. Quisemos aproveitar esta formação na escola para, não só dar capacitação numa área relacionada com a sua profissão, mas também para desenvolver competências pessoais e de sociabilidade.”

Francisca Gorjão Henriques é a presidente da associação Pão a Pão.

Para já, o programa começa com 20 vagas, das quais metade terá acesso à formação completa, teórica e prática, número contemplado pelo programa “Cidadãos Ativos”, da Gulbenkian. Os restantes dez alunos farão, apenas, a componente teórica na escola.

Assim que termine esta primeira edição, o objetivo é iniciar de imediato uma nova turma, com 20 novas pessoas, nos mesmos moldes. Não há nenhum tipo de custo associado, apenas alguns critérios de elegibilidade. É preciso ter mais de 18 anos, ser migrante ou ter estatuado de refugiado/asilo, ter título de residência (definitivo ou provisório), NIF e NISS, capacidade de compreender instruções básicas em português e estar disponível para turnos rotativos, diurnos e noturnos.

Há, no entanto, também alguns critérios de valorização. Francisca Gorjão Henriques destaca a residência em Portugal há, pelo menos, três anos, a preferência por mulheres e jovens até aos 30 anos, o conhecimento da língua árabe e a experiência e gosto pela área da restauração.

Os interessados podem submeter a sua inscrição através deste link.

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Desastres naturais: Alemanha prepara sistema de alerta por telemóvel

  • Lusa
  • 27 Julho 2021

A medida anunciada pelo ministro do Interior visa prevenir contra catástrofes naturais, como as cheias que atingiram o país em meados de julho. O sistema, semelhante a um SMS, existe nos EUA e Japão.

A Alemanha, palco recente de inundações catastróficas, vai criar um mecanismo de envio automático de alertas por telemóvel para avisar as populações sobre um possível perigo, especialmente em caso de desastre natural, anunciou o ministro do Interior alemão.

“Nos últimos meses, a ideia nem sempre despertou o entusiasmo de todos. Mas decidi que vamos fazê-lo. Não há nenhum argumento razoável contra isso”, afirmou Horst Seehofer no parlamento alemão, cujas declarações têm como pano de fundo as cheias que atingiram o país em meados deste mês.

As autoridades e os serviços de segurança alemães foram criticados por não terem alertado, em parte, as populações em causa sobre a gravidade das inundações, apesar de o serviço meteorológico alemão e o Serviço Federal de Prevenção de Desastres terem emitido avisos que, aparentemente, não foram retransmitidos ou levados a sério.

Entre as medidas para melhorar a prevenção, o Governo alemão pretende agora autorizar o envio de alertas por telefone, mecanismo denominado Cell Broadcasting.

Semelhante a um SMS, o alerta é enviado por uma autoridade pública para o telemóvel das pessoas que se encontram em zona de risco, através do seu operador de rede. Ao contrário de uma mensagem de texto, o alerta não é endereçado a um número específico, tornando o sistema compatível com a proteção de dados privados, uma preocupação muito importante na Alemanha.

E, ao contrário do SMS, uma mensagem de difusão por telemóvel chega mesmo ao destino se a rede estiver sobrecarregada. Esta tecnologia, que requer um investimento de várias dezenas de milhões de euros, ainda é pouco utilizada na Europa, enquanto sistemas semelhantes são difundidos nos Estados Unidos e no Japão para a gestão de desastres.

Além desse sistema de alerta via telemóvel, a Alemanha também pretende restabelecer um sistema de prevenção por sirenes, depois de muitas delas terem sido desmontadas nos últimos anos por falta de manutenção.

No ano passado, as autoridades alemãs efetuaram um teste nacional de um sistema herdado da Guerra Fria, que acabou num fracasso, depois de várias delas não terem sido acionadas por razões técnicas. Na sequência, os diferentes municípios acabaram por removê-los, considerando-os desnecessários.

As chuvas torrenciais que atingiram o oeste do país a 14 e 15 deste mês, causando uma repentina elevação do nível das águas, principalmente nas regiões de Bona e de Colónia, provocaram a morte de 180 pessoas na Alemanha, principalmente no estado da Renânia-Palatinado.

Nesta região, onde as vítimas ainda não foram todas identificadas, 74 pessoas também são consideradas desaparecidas ou inacessíveis.

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Comissão aprova relatório final do inquérito ao Novo Banco com voto contra do PS

Os deputados da comissão de inquérito ao Novo Banco aprovaram o relatório final. Apenas o PS votou contra o documento, enquanto PSD, Bloco, PCP, PAN e Iniciativa Liberal deram luz verde.

Os deputados da comissão de inquérito ao Novo Banco aprovaram o relatório final. Apenas o PS votou contra o documento, por não concordar com as conclusões relativas à venda do banco e que atribuem responsabilidades ao governo de António Costa. Já PSD, Bloco, PCP, PAN e Iniciativa Liberal deram luz verde, apesar de também não concordarem com todas as conclusões. O CDS absteve-se.

Sendo assim, o relatório final mereceu os votos a favor de nove deputados, que garantiram a maioria na comissão de inquérito composta por 17 elementos. Isto enquanto os sete deputados socialistas votaram contra e Cecília Meireles absteve-se.

Fernando Anastácio (PS) renunciou à condição de deputado relator por não se rever nas conclusões que foram entretanto aprovadas, pelo que o relatório final vai a plenário sem autor.

Enquanto a versão preliminar ilibava, de alguma forma, os governos na resolução do BES e na venda do Novo Banco, esta segunda-feira foram aprovadas alterações que atribuem responsabilidades aos dois executivos neste processo, que não foram do agrado nem do PSD e CDS, nem do PS. As críticas à atuação do Banco de Portugal, ao banco e aos devedores mantiveram-se.

PSD reconheceu “fraude política” da resolução, diz PS

Antes da votação, os partidos esgrimiram argumentos, com o PS a mostrar-se bastante crítico com as conclusões introduzidas no capítulo da venda do Novo Banco ao fundo Lone Star, que são “da maior gravidade” e “puramente políticas”.

“Quando olhamos para as conclusões da venda em que querem responsabilizar unicamente o Governo, fazendo tábua rasa do resto, do Banco de Portugal e das imposições da DG-Comp, deixaram de ser conclusões de facto, desviaram-se da linha factual“, apontou o deputado João Paulo Correia.

Já na declaração final, o deputado socialista não deixou de notar que o “PSD, ao aprovar o relatório final, reconhece a fraude política que foi a resolução” e cria uma cisão entre social-democratas e CDS que estiveram na governação de Passos Coelho.

“Caiu a máscara ao PS”, acusa PSD

Do lado do PSD, Duarte Pacheco diz que “caiu a máscara ao PS”, que “queria impingir aos portugueses que o Governo, António Costa e Mário Centeno não tiveram nada a ver com o assunto, foram vítimas das circunstâncias”.

Segundo o deputado social-democrata, “o ministro das Finanças acompanhou o processo [de venda], podia ter negociado com a Comissão Europeia” as condições da venda do Novo Banco, em 2017. “Nem sequer tentaram”, atirou.

Duarte Pacheco fez questão de frisar que o relatório final refere-se à “alienação prejudicial do Novo Banco, com um contrato mal negociado e incentivos errados e ainda gestão pouco rigorosa da administração após a venda”.

Responsabilidades foram distribuídas, diz Bloco

Por seu turno, Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda) recusou que as conclusões apontem numa única direção de responsabilizar o governo de António Costa, como fez crer João Paulo Correia nas suas intervenções, afirmando que “houve uma distribuição de responsabilidades pelas instituições“. A deputada bloquista considerou que seria pior a comissão não ter um relatório aprovado depois de tantas horas de trabalho.

Para o PCP, este relatório corrige a versão inicial ao imputar responsabilidades aos governos em todo o processo, segundo declarou o deputado Duarte Alves. Já Cecília Meireles (CDS) falou na “tentativa falhada do PS para reescrever o passado” e de “passar uma borracha em relação à atuação do governo na venda” do Novo Banco, destacando que “nenhum partido se revê em todas as conclusões” mas que “há mais partidos a reverem-se em mais conclusões no relatório final do que na versão preliminar”.

O PAN disse que o “relatório que vai trazer maior clareza sobre o que se passou na comissão de inquérito”. E a Iniciativa Liberal recusou os termos “fraude política” que foi aplicado ao momento da resolução pois “não é lícito nem é justo”.

(Notícia atualizada às 17h07)

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