Apoios diretos às empresas no PRR vão atingir 3,4% do PIB

  • Lusa e ECO
  • 5 Julho 2021

O ministro da Economia estimou esta segunda-feira que os apoios diretos às empresas previstos no PRR, de até 7,2 mil milhões de euros, vão atingir 3,4% do PIB.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital afirmou esta segunda-feira que os apoios diretos ao tecido empresarial no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vão atingir 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Do ponto de vista agregado, os apoios diretos ao tecido empresarial no PRR vão atingir cerca de 3,4% do Produto Interno Bruto. Eles correspondem a 4.900 milhões de euros que já comprometemos no âmbito do PPR, mas também mais 2.300 milhões de euros que o país sinalizou à União Europeia e que, em função da procura do setor privado por fundos, poderão ser acedidos através do mecanismo de empréstimos”, afirmou Pedro Siza Vieira durante a conferência “Os novos Programas Europeus e a Transformação da Economia Portuguesa”, organizada pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal e pela CGD.

Um dos slides apresentados pelo ministro Pedro Siza Vieira.

Segundo salientou o ministro, “trata-se de Portugal sinalizar à União Europeia que o Estado português está disponível para ir buscar mais 2.300 milhões de euros em empréstimos para os transferir para o setor privado, seja com incentivos a fundo perdido ao investimento empresarial, seja para apoiar mecanismos de capitalização”.

“Não se trata de pedir empréstimos para emprestar dinheiro às empresas, como faz, por exemplo, a Grécia, mas trata-se de o Estado pedir empréstimos, para os transferir para as empresas, a fundo perdido, apoiando estes movimentos de investimento em inovação”, sustentou.

No total, afirmou Siza Vieira, “o PRR pode chegar a cerca de 11.000 milhões de euros de nova procura dirigida às empresas, entre os apoios diretos que se transferem e tudo aquilo que são apoios indiretos”.

No caso dos apoios diretos, o ministro apontou como exemplos os apoios ao investimento e à inovação empresarial, à capitalização e financiamento às empresas e às qualificações e competências dos ativos.

Referiu ainda o apoio à descarbonização da indústria, ao desenvolvimento de novos materiais à volta da bioeconomia, à eficiência energética de edifícios empresariais, à dinamização de gases renováveis e à digitalização das empresas.

Os apoios diretos às empresas no PRR.

Já no que se refere aos mecanismos de apoio indireto, Pedro Siza Vieira disse estarem em causa “apoios que significam a capacidade de melhor responder às solicitações das empresas”, designadamente infraestruturas adequadas ao transporte de mercadorias, qualificações e competências dos recursos humanos ou uma administração pública “mais eficaz, eficiente e transparente, particularmente no que ao sistema de justiça e ambiente de negócios diz respeito”.

Neste contexto, destacou “três programas que apoiam este movimento de transformação” da economia portuguesa: as agendas mobilizadoras, o financiamento das empresas e a descarbonização.

Os apoios indiretos às empresas no PRR.

“Nas agendas mobilizadoras, temos 930 milhões de euros – que podemos reforçar – em subvenções dirigidas ao investimento produtivo das empresas. Basicamente, trata-se de apoiar investimentos de forma colaborativa, no desenvolvimento de novos produtos dirigidos ao mercado, incorporando inovação, associando grandes e pequenas ou médias empresas, juntamente com entidades de nosso setor científico e tecnológico, para permitir orientar para os mercados externos produtos e serviços de maior valor acrescentado”, referiu.

Já no que se refere ao financiamento das empresas, apontou a recente criação do Banco Português de Fomento, cujo capital vai ser reforçado para “dotar o país de uma fonte de capital para reforçar a capitalização das empresas”.

Segundo adiantou, “1.300 milhões de euros estarão, desde já, disponíveis para constituir um fundo de capitalização, que será gerido pelo Banco Português de Fomento e que poderá contribuir para a resolução da subcapitalização de empresas e para suprir falhas de mercado no acesso a capital no futuro”.

“O fundo vai poder coinvestir juntamente com investidores privados, vai poder investir em operadores de capital de risco que pretendam mobilizar outros recursos privados e selecionar empresas onde investir e vai poder, também, investir diretamente em empresas com maior dimensão”, avançou.

Adicionalmente, disse o ministro, o fundo de capitalização “poderá tomar firme determinadas operações em mercado de capitais para as empresas que pretendam sair ao mercado”.

“Tudo isto – salientou – vai mudar significativamente, com uma escala nunca vista e inédita no conjunto de todos os países que já apresentaram os seus PRR, para permitir reforçar o capital das nossas empresas”.

O terceiro programa destacado por Siza Vieira foi o de descarbonização da indústria portuguesa, designadamente da “indústria pesada” e dos “consumidores eletrointensivos”, que “vão ter que fazer grandes esforços de investimento à volta da descarbonização de processos e da eficiência energética” de forma a cumprirem o objetivo de redução de emissões em 55% em 2030.

Salientando estarem em causa “incentivos a fundo perdido”, Siza Vieira precisou que, dependendo dos casos, os apoios podem variar entre os 25% e os 70% do investimento a realizar, pelo que têm de ser “acompanhados por um esforço muito grande de investimento do setor privado”.

“E – frisou – quanto mais disponibilidade do setor privado tiver na realização destes investimentos mais apoios será possível mobilizar”.

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Longas filas para vacinação eram “expectáveis”, mas devem ser resolvidas, diz coordenador da task force

  • Lusa
  • 5 Julho 2021

Perante a fila de milhares de pessoas em Oeiras, o coordenador da task force disse que vai "tomar as medidas que forem necessárias para tentar que isto não volte a acontecer".

O responsável pela vacinação contra a Covid-19 afirmou, esta segunda-feira, que a possibilidade de longas filas nos centros de vacinação era expectável devido ao aumento do ritmo do processo, mas reconheceu que é um problema e terá de ser resolvido.

Na primeira segunda-feira desde que arrancou a vacinação sem marcação de pessoas com 45 ou mais anos, o dia no centro de vacinação do concelho de Oeiras, no Pavilhão Carlos Queiroz em Carnaxide, começou com uma fila de milhares de pessoas que contornava todo o complexo desportivo.

Já era expectável que isto acontecesse esta semana, face ao número de vacinas que vamos dar, mas é indesejável que as pessoas estejam tanto tempo na fila e vamos tentar melhor o processo”, disse à Lusa o vice-almirante Gouveia e Melo, que coordena a task force responsável pelo processo de vacinação contra a Covid-19.

No sábado, o responsável explicou que Portugal iria acelerar o ritmo de vacinação devido à rápida disseminação da variante Delta de SARS-CoV-2, prevendo que seja possível vacinar cerca de 850 mil utentes por semana.

Uma consequência expectável desta medida, como admitiu, são as longas filas nos centros de vacinação, como aquela que testemunhou durante a manhã no Pavilhão Carlos Queiroz, onde diariamente são vacinadas em média duas mil pessoas.

“Vim cá perceber o que se passava in loco para ter a certeza e vou agora tomar as medidas que forem necessárias para tentar que isto não volte a acontecer, apesar de que nesta semana e na próxima a probabilidade de existirem filas seja elevada face ao ritmo de vacinação muito elevado que vamos ter”, explicou.

Entre as medidas possíveis, referiu a necessidade de um melhor esclarecimento dos horários do processo “casa aberta”, que agora permite a vacinação de pessoas com 45 ou mais anos sem agendamento prévio.

No centro de vacinação de Oeiras, por exemplo, existem dois horários reservados para essa modalidade – entre as 13:00 e as 14:00 e entre as 18:00 e as 19:00 – mas por desconhecimento, algumas pessoas dirigiram-se ao pavilhão logo de manhã.

“Eu aconselho as pessoas a virem depois das 17:00 para o processo “casa aberta”, referiu Gouveia e Melo, explicando que é sobretudo ao final do dia há maior disponibilidade paras as pessoas sem marcação.

Foi também essa a recomendação que foi sendo dada a quem chegou àquele centro de vacinação antes do horário disponível, como testemunhou a Lusa, de forma a tentar não alongar uma espera já demorada.

Já ao início da tarde, cerca das 13:30, milhares de pessoas formavam uma fila que ainda contornava todo o complexo desportivo, e em que quem já tinha às costas horas de espera se cruzava com quem tinha acabado de chegar, numa espécie de círculo que não se fechava e continuava a crescer por onde podia.

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Governo faz balanço da Presidência portuguesa da UE. Acompanhe aqui

Portugal esteve à frente do Conselho da União Europeia durante seis meses, num período marcado pela pandemia e pelos esforços para colocar a "bazuca" europeia no terreno.

Portugal assumiu a presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE) no início do ano, tendo passado a pasta à Eslovénia no início deste mês. Terminado o semestre, o Governo faz um balanço do tempo à frente do órgão europeu, que teve os mecanismos para pôr em marcha os Planos de Recuperação e Resiliência no centro da discussão.

Para além do primeiro-ministro, António Costa, e outros membros do Executivo, a cerimónia de balanço da Presidência portuguesa vai contar ainda com mensagens vídeo dos presidentes das instituições europeias.

Acompanhe aqui.

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Covid: PSP deteve 5 pessoas e registou mais de 60 autos durante fim de semana

  • Lusa
  • 5 Julho 2021

Na Área Metropolitana de Lisboa, a PSP deteve cinco pessoas por resistência e coação e encerrou três estabelecimentos no âmbito da fiscalização às medidas para combater a pandemia.

A PSP deteve cinco pessoas e registou quase 60 contraordenações, a maior parte na Área Metropolitana de Lisboa, durante o fim de semana, e no âmbito da fiscalização às medidas para combater a pandemia, indicou esta segunda-feira aquela polícia.

Em declarações à agência Lusa, a comissária Rita Henriques, da direção nacional da PSP, afirmou que a Polícia de Segurança Pública não registou qualquer auto nos 45 concelhos em risco muito elevado (19) e elevado (26) de incidência de covid-19 e em que é proibido circular entre as 23:00 e as 05:00, medida em vigor desde a passada sexta-feira.

Rita Henriques deu conta que a PSP tem inicialmente uma posição mais de sensibilização e só em último caso é que é levantada uma autuação, tendo as pessoas que estavam na rua àquela hora acolhido as ordens dos polícias e regressado as suas casas.

Sobre a fiscalização na Área Metropolitana de Lisboa (AML), em que é proibida a circulação de e para a AML entre as 15:00 de sexta-feira e as 06:00 de segunda-feira, a PSP também não registou qualquer infração.

Rita Henriques avançou que a PSP registou, ao longo do fim se semana, 59 autos, 49 dos quais na AML, e sendo a maioria por incumprimento das regras de venda e consumo de álcool na via pública e por não uso de máscara na rua.

A Polícia deteve ainda cinco pessoas por resistência e coação, também na AML, e encerrou três estabelecimentos.

A Polícia de Segurança Pública realizou, ao longo do fim de semana, 500 operações para fiscalizar as medidas em vigor para controlar a pandemia de covid-19, as quais envolveram 1.600 polícias.

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ISEG vê economia a recuperar até 5,5% face ao primeiro trimestre

Os economistas do ISEG antecipam um crescimento homólogo da economia portuguesa entre 15% a 16% no segundo trimestre. Face ao primeiro trimestre, a subida ficará entre 4,6% e 5,5%.

OISEG estima que a economia portuguesa tenha recuperado significativamente no segundo trimestre deste ano. A variação homóloga do PIB poderá chegar aos 16%, mas este número é influenciado pelo efeito de base dado que o segundo trimestre de 2020 registou uma quebra histórica (-16,3% em termos homólogos). Face ao primeiro trimestre, o crescimento pode ir até aos 5,5%.

“Com os dados quantitativos incompletos disponíveis para o 2.º trimestre de 2021, estima-se que o PIB trimestral tenha crescido entre 15% e 16% em relação ao trimestre homólogo de 2020, o que corresponde a 4,6% a 5,5% em relação ao 1.º trimestre de 2021”, lê-se na síntese de conjuntura de junho divulgada esta segunda-feira. A previsão para o conjunto do ano é de entre 3,5% a 4,5%, em linhas com as previsões que existem.

A síntese de conjuntura detalha que o processo de desconfinamento e a aceleração do processo de vacinação no segundo trimestre geraram melhorias nos indicadores económicos, tendo alguns atingidos máximos pós-crise e “mesmo superiores nalguns casos aos registados no período imediatamente anterior à pandemia”. Em particular, em junho houve uma “melhoria mais significativa da confiança no setor dos serviços”, o qual tem sido mais afetado pela pandemia.

Fonte: Síntese de Conjuntura do ISEG de junho.

Porém, os economistas recordam o efeito crucial da base baixa do período homólogo: “A dimensão do crescimento previsível para o 2º trimestre é o reflexo do negativo do 2º trimestre de 2020, com exclusão do que se perdeu com uma situação ainda não normalizada do ponto de vista sanitário e alguns impactos económicos mais duradouros da crise vivida”. Assim, ainda ficaremos a alguma distância do período homólogo de 2019″, lembram.

O principal motor do crescimento da economia no segundo trimestre terá sido a procura interna, esperando-se uma “crescimento substancial do consumo privado nas suas componentes de bens duradouros e serviços”. “Também a Formação Bruta de Capital Fixo deverá crescer mais do que no trimestre anterior, pois, para além da Construção, as indicações preliminares para a FBCF em material de Transporte e Máquinas e Equipamento são bastante positivas“, detalha o ISEG. No que toca ao consumo público, é expectável que não haja grandes alterações a não ser uma variação homóloga “ampliada” pelo efeito base.

Quanto à procura externa, “o seu contributo para o PIB é mais incerto pois o crescimento da procura turística externa poderá ter sido insuficiente para obter um resultado positivo, ainda que se espere, pelo menos, um contributo menos negativo“, explica os economistas.

Esta estimativa do ISEG fica dentro do intervalo avançado pelo Fórum para a Competitividade na semana passada: um crescimento homóloga entre 14% e 18% e um crescimento em cadeia entre 4% e 8%. A expectativa do Banco de Portugal, segundo o boletim económico de junho, é que o crescimento do PIB no segundo trimestre seja mais do que suficiente para compensar a queda do início do ano. No primeiro trimestre, o PIB contraiu 5,4% em termos homólogos por causa do segundo confinamento.

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Incidência a disparar põe em risco matriz da Covid-19

O aumento da incidência e da transmissibilidade levaram a matriz de risco para a zona vermelha, aproximando-se do nível máximo do quadrado que serve de guia para a gestão da pandemia.

Muitos querem mudar a matriz de risco e em breve esta pode nem conseguir refletir os números da pandemia em Portugal. A Direção-Geral da Saúde atualizou a incidência e o indicador de transmissibilidade e o resultado já está próximo de ultrapassar a escala do quadrado que serve de guia para a gestão da pandemia, de acordo com o boletim desta segunda-feira que divulga os dados até este domingo.

A matriz de risco foi criada em março no início do desconfinamento deste ano, após o segundo confinamento de janeiro e fevereiro. Desde então que os portugueses estão habituados a olhar para o quadrado que reflete o número de novos casos nos últimos 14 dias por 100.000 habitantes e o indicador de transmissibilidade (Rt) do vírus.

Desde o arranque do desconfinamento que os valores têm sido controlados, entre o verde e o laranja, mas nas últimas semanas a situação epidemiológica deteriorou-se e o valor passou para a zona vermelha. Agora, com os dados disponíveis a 4 de julho, a incidência nacional está nos 224,6 casos por 100 mil habitantes, próximo do limite do gráfico de 240 casos. O R(t) está nos 1,19, não tão perto do seu limite de 1,5.

Esta “bússola” de risco com uma gradação de cores passa assim a estar em risco de ser ultrapassada pela realidade. Porém, é de assinalar que o Governo decidiu em março também acrescentar dois critérios que devem ser acompanhados em conjunto com os indicadores: “a existência de capacidade de resposta assistencial do Serviço Nacional de Saúde (SNS), designadamente em termos de acompanhamento, internamento e resposta de cuidados intensivos e de capacidades adequadas de testagem e rastreio”. Em ambos os indicadores, para já, a situação não está próxima do que aconteceu em janeiro e fevereiro deste ano.

Nas últimas semanas, tanto o Presidente da República como alguns especialistas têm pedido ao Governo para mudar a matriz de risco face à evolução da vacinação e a outros critérios: “Se houver uma taxa de imunidade cá dentro apreciável, há um momento a partir do qual não há razões em termos de vida e de saúde que justifiquem parar a economia e a sociedade indefinidamente“, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Já investigadores que falavam no Parlamento, citados pela Lusa, na semana passada defendiam uma adaptação da matriz de risco para que haja decisões mais rápidas. A atual matriz está “obsoleta” e é “enganadora” porque os indicadores utilizados são “muito lentos”, defendiam.

Contudo, o primeiro-ministro tem defendido que é “inútil” mudar a matriz de risco: “Muita gente em Portugal tem discutido matriz. Tenho insistido em explicar que a matriz é a que adota o Centro Europeu de Controlo das Doenças, é inútil alterarmos a nossa matriz“, afirmou António Costa. Porém, Mariana Vieira da Silva admitiu que será possível “olhar de outra forma” para a matriz de risco.

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CPAS: Promotores do referendo dizem que resultado é “inatacável”

Os promotores do referendo garantem que é inequívoca a legalidade do mesmo,bem como "inatacável" o resultado e assumem que, agora, "é o início de um novo ciclo".

Os promotores da Assembleia Geral e do referendo — os advogados Lara Roque Figueiredo, José Pedro Moreira e Fernanda de Almeida Pinheiro — acreditam que o resultado do ato eleitoral da passada sexta-feira sobre o futuro do sistema de previdência da classe reflete a “vontade de uma maioria de advogados”. Ainda assim, sublinham que esse dia não fecha um ciclo mas antes abre um “caminho” para toda a classe.

“O resultado reflete a vontade de uma maioria de advogados e advogadas que pretende alterar o seu Estatuto profissional e escolher a sua previdência, garantindo o respeito pelos seus direitos constitucionais ao apoio na doença, parentalidade e quebra de rendimentos“, referem.

“Este caminho abre-se ao dialogo que se quer construtivo, respeitador dos direitos de todos/as (garantir os direitos constituídos, os direitos em construção, os benefícios imediatos e deferidos de todos/as). A Advocacia é una. Os seus direitos devem ser igualmente acautelados”, escreve o comunicado.

Na passada sexta-feira, os advogados estiveram a votar eletronicamente num referendo para decidir se mantêm a exclusividade da atual Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) ou se podem passar a optar entre esta e o regime geral da Segurança Social. Ganhou o ‘sim’ com maioria absoluta (53%), o que significa que os advogados poderão escolher entre a SS ou a CPAS como o seu sistema de previdência.

A votação registou 16.852 votos, num universo eleitoral ​de ​33.602 advogados​ ​aptos a votar (com inscrição ativa na Ordem até 21 de maio passado). Destes, 9.076, votaram sim e 7428 votaram não. Há ainda a registar 336 votos em branco e 12 votos nulos.

Este dia não fecha um ciclo, mas antes abre um caminho para toda a advocacia, que se quer verdadeiramente livre e independente e não sufocada por uma instituição arcaica que há muito não reconhece a essência das classes a quem deveria proteger”, sublinham os promotores.

Os três advogados garantem que é inequívoca a legalidade do referendo bem como “inatacável” o resultado. “Aliás todas as tentativas tidas até aqui de impedir a sua realização, bem como toda a campanha feita pela CPAS durante este período, apenas demonstram que se sabe o que a classe quer, apenas não se queria dar voz a essa vontade”, acrescentam.

Lara Roque Figueiredo, José Pedro Moreira e Fernanda de Almeida Pinheiro defendem que a OA, em conjunto com a Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução, deve pugnar pela efetiva e rápida alteração do Estatuto nos termos ora referendados e garantir a todos os advogados os seus direitos.

“Podemos garantir que jamais aceitaremos soluções fáceis, desistências, pouco trabalho ou dedicação a esta que é a mais importante matéria dos últimos anos na advocacia. Não nos bastaremos com posições dúbias, pouco fundamentadas, pouco defendidas. Este é o momento de termos uma liderança forte que saiba defender a classe no seu todo. A decisão está tomada, o caminho foi escolhido por nós e somos nós que apontamos a direção a seguir. Agora, com o interesse de todos em mente, avancemos naquela que, temos a certeza, é a melhor solução para a Advocacia”, rematam.

O bastonário da OA, Luís Menezes Leitão, já fez saber que vai dar seguimento ao resultado do referendo, propondo a alteração ao estatuto da OA no sentido de permitir que a inscrição na CPAS deixe de ser obrigatória.

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Leilão do 5G com problemas técnicos em dia de novas regras

O leilão do 5G enfrentou dificuldades de ordem técnica no dia em que entraram em vigor as novas regras da Anacom. O regulador teve de duplicar o tempo de uma das rondas.

Um problema técnico obrigou a Anacom a prolongar a duração de uma ronda do leilão do 5G esta segunda-feira de manhã, dia em que entraram em vigor as novas regras que visam acelerar a venda das licenças.

O ECO sabe que a falha ocorreu na segunda ronda do dia e que o regulador avisou as empresas intervenientes de que decidiu, “por motivos de ordem técnica relacionados com o funcionamento da plataforma eletrónica, aumentar a duração da ronda 747 para 60 minutos”.

A ronda seguinte já terá durado os 30 minutos previstos no novo regulamento do leilão. Mas não foi possível apurar quais foram as questões técnicas que estiveram na origem do problema.

Esta segunda-feira marca o 120.º dia de licitações da fase principal. É também o dia em que entraram também em vigor as alterações ao regulamento do leilão do 5G, promovidas pela Anacom para tentar acelerar o processo.

Em concreto, a Anacom somou uma hora ao período útil do dia para a realização de rondas — que passou a ser das 9h00 às 19h00 –, enquanto as rondas passaram a ter 30 minutos cada, ao invés de 60 minutos. A intenção é a de permitir a realização de 12 rondas diárias, contra as anteriores sete.

Meo, Nos e Vodafone estão fortemente contra as alterações, considerando-as uma mudança de regras a meio do “jogo”. O ECO contactou a Anacom no sentido de obter mais informações sobre este problema. Encontra-se a aguardar resposta.

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Mais cinco mortes, 1.483 casos e 46 internados. Incidência da Covid-19 é de 231 casos por 100 mil habitantes

Desde o início da pandemia, o país soma 890.571 casos e 17.117 óbitos por Covid-19. A incidência ascende a 231 casos por 100 mil habitantes em Portugal continental.

Morreram mais cinco pessoas, havendo mais 1.483 pessoas infetadas com o coronavírus, o que eleva o número total de casos para 890.571, segundo o boletim epidemiológico da DGS. A taxa de incidência da Covid-19 alcança agora os 231 casos por 100 mil habitantes no continente.

Foi na região de Lisboa e Vale do Tejo que foram confirmados a maior parte dos novos casos (802), seguindo-se o Norte (314), o Algarve (203), o Centro (93), os Açores (32), o Alentejo (24) e a Madeira (15). Também foi em Lisboa que ocorreram três dos cinco óbitos registados nas últimas 24 horas. Os outros dois foram no Algarve e no Norte.

Nas últimas 24 horas, 773 pessoas foram dadas como recuperadas, elevando o total para 834.625. O número é inferior ao dos novos casos, ou seja, não é suficiente para travar a subida dos casos ativos que agora se encontra nos 38.829 (mais 705).

A maior parte dos casos ativos encontra-se a recuperar em casa, contudo, o número de internados voltou a aumentar. Estão internados 613 doentes com a infeção (mais 46 que no domingo), dos quais 136 em unidades de cuidados intensivos (mais oito).

Boletim de 5 de julho:

Incidência supera os 230 no continente

Os dados da DGS mostram que Portugal está cada vez mais no “vermelho” – a caminhar para o extremo do risco. Esta segunda-feira, o boletim mostra uma subida quer no Rt (índice de transmissibilidade), quer na taxa de incidência.

O Rt subiu de 1,16 a nível nacional e 1,17 no continente para 1,19 e 1,20 respetivamente. Ou seja, em Portugal uma pessoa infetada vai contagiar, em média, 1,19 pessoas.

Matriz de Risco:

Já a taxa de incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) deu um grande “salto”, passando de 189,4 a nível nacional e 194,2 no continente para 224,6 e 231 respetivamente. Especialmente a nível de incidência, Portugal aproxima-se no extremo máximo da matriz de risco atual (os 240 casos por 100 mil habitantes).

(Notícia atualizada às 14h29)

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Pedro Borges Caroço nomeado associate partner da Page Executive

Formado em gestão de empresas, o profissional tem como objetivo reforçar e desenvolver esta unidade de negócio da Michael Page, especializada em recrutamento executivo sénior.

Pedro Borges Caroço, associate partner da Page Executive.

Pedro Borges Caroço acaba de assumir o cargo de associate partner da Page Executive. O profissional tem como objetivo reforçar e desenvolver esta divisão da Michael Page, considerada um dos pilares estratégicos de crescimento da consultoria em recrutamento.

A seu cargo, Pedro Borges Caroço, que desempenhou as funções de senior executive manager do Page Group até maio, tem a “dinamização de novos negócios e gestão da equipa”, avança a empresa em comunicado.

O responsável entrou para a Michael Page em 2012, como consultor sénior da área de healthcare & lifesciences. Em 2014 foi nomeado manager para as áreas de commercial & marketing e healthcare & lifesciences e, finalmente, em 2018, tornou-se executive manager.

Pedro Borges Caroço tem formação em gestão de empresas, pela Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

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Novas regras deixam comércio e serviços no limite de operacionalidade, diz CCP

  • Lusa
  • 5 Julho 2021

A CCP sublinha que as sucessivas alterações das condições para o exercício das atividades “tornam impossível" aspetos como a programação das atividades das empresas e a gestão de stocks.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) disse esta segunda-feira que os setores estão indignados e avisou que se está a atingir o limite da operacionalidade, em reação às novas medidas de confinamento decretadas pelo Governo.

“A CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, em reação às novas regras de operação decretadas pelo Governo, considera que se está a atingir o limite da operacionalidade dos setores que representa e que as sucessivas contradições acabaram com a autoridade política e moral do Governo para impor novas medidas”, considerou a confederação, em comunicado.

A CCP sublinhou que as sucessivas alterações das condições para o exercício das atividades, a cada semana, “tornam impossível a programação das atividades das empresas, a gestão de ‘stocks’, a organização dos turnos de trabalho, entre muitos outros aspetos, num momento em que vários apoios começam a desaparecer e as empresas são obrigadas a cumprir a totalidade dos seus compromissos”.

Para a confederação, “as empresas não podem estar, recorrentemente, à espera das quintas-feiras, pelas decisões dos Conselhos de Ministros, para saber o que fazer no dia seguinte”.

“Ao longo deste período pandémico estes setores estiveram sempre na linha da frente quando se tratou de respeitar novas restrições, enquanto em simultâneo se assiste a decisões contraditórias ou ao descontrolo, como em recentes situações que foram a jornada que definiu o campeão nacional de futebol em Lisboa e a final da Champions League no Porto, ou ainda se assiste à ineficácia no controlo de inúmeras situações públicas de incumprimento, diariamente relatadas nos meios de comunicação social”, apontou.

A confederação acrescenta que “é altura de deixar as empresas trabalhar”, por forma a “garantir o crescimento económico e a manutenção de emprego”.

No Conselho de Ministros de quinta-feira, o Governo decidiu que o comércio, os restaurantes, pastelarias e afins passam a ter de encerrar às 15:30 aos fins de semana e feriados, em 19 concelhos do país. Naqueles concelhos, durante a semana, a restauração pode funcionar até às 22:30, mas com as regras de lotação a imporem um máximo de quatro pessoas por grupo no interior e de seis pessoas por grupo nas esplanadas e o comércio até às 21:00. Já os supermercados a restante retalho alimentar têm de encerrar às 19:00 aos fins de semana e feriados.

Estão nesta situação os concelhos de Albufeira, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Constância, Lisboa, Loulé, Loures, Mafra, Mira, Moita, Odivelas, Oeiras, Olhão, Seixal, Sesimbra, Sintra e Sobral de Monte Agraço, ou seja, os que registaram nos últimos 14 dias taxas de incidência acima de 240 casos por cem mil habitantes (ou superior a 480 nos concelhos de baixa densidade).

Há ainda um grupo de 26 concelhos onde os restaurantes e afins passam a ter de encerrar às 22:30, sendo o número de pessoas por grupo no máximo de até 10 nas esplanadas e de até seis no interior. Já o comércio a retalho tem de encerrar até às 21:00.

Foram colocados ou permanecem na lista de risco elevado os concelhos de Alcochete, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Avis, Braga, Castelo de Vide, Faro, Grândola, Lagoa, Lagos, Montijo, Odemira, Palmela, Paredes de Coura, Portimão, Porto, Rio Maior, Santarém, São Brás de Alportel, Sardoal, Setúbal, Silves, Sines, Sousel, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.

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João Pedro Machado é o novo head of offer & transformation da Galp

O profissional terá como missão garantir a definição de propostas de valor end to end para os clientes e consumidores da empresa.

João Pedro Machado vai assumir o cargo de head of offer & transformation da Galp, tendo como missão garantir a definição de propostas de valor end to end para os clientes e consumidores da empresa.

“A Galp é uma empresa líder que está a passar por um processo de transformação significativo, não só por via das suas opções estratégicas mas também por imperativos de mudança da indústria. É um privilégio poder contribuir para esta transformação, numa empresa desta dimensão, com a vontade que tem em mudar e num contexto de mercado também em profunda mudança”, diz João Pedro Machado, citado em comunicado.

Trabalhando em articulação com as equipas B2B e B2C, o profissional assume este novo cargo com o objetivo de construir propostas diferenciadoras que permitam atingir os objetivos comerciais multiproduto da Galp, contribuindo para uma maximização sustentável das vendas, impulsionada pela crescente centralização nos clientes, atuais e futuros.

Na vertente de transformação, será responsável pelo desenvolvimento de processos internos da área comercial, incorporação de modelos de analytics e inteligência artificial, bem como pela transformação digital das soluções comerciais, procurando soluções e modelos de negócio inovadores e disruptivos para serem desenvolvidos comercialmente.

Licenciado em organização e gestão de empresas pelo ISCTE, João Pedro Machado tem mais de 20 anos de experiência profissional. Antes de ingressar na energética exercia funções como CEO da OK! Teleseguros.

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