EDP Renováveis dispara 5% e segura PSI-20

A bolsa de Lisboa terminou a sessão desta quinta-feira na "linha de água" à boleia dos ganhos do grupo EDP. Quedas de mais de 2% da Jerónimo Martins, Galp Energia e BCP travam maiores ganhos.

A bolsa de Lisboa terminou a sessão desta quinta-feira na “linha de água”, seguindo os ganhos da generalidade das praças europeias. A puxar pelo desempenho do PSI-20 esteve o grupo EDP, contudo, as quedas de mais de 2% da Galp Energia, Jerónimo Martins e BCP impediram maiores ganhos.

Pela Europa, o Stoxx 600 avançou 0,5%, o alemão DAX somou 0,6%, o espanhol IBEX-35 subiu 0,4% e o francês CAC-40 subiu 0,4%. Em contrapartida, o britânico FTSE 100 recuou 0,1%. Por cá, Lisboa terminou a sessão acima da “linha de água”, com o PSI-20 a subir 0,06% para 5,663.940 pontos.

O grupo EDP foi a grande “estrela” desta sessão, impedindo que a bolsa de Lisboa terminasse a sessão no “vermelho”. A EDP Renováveis disparou 5,05% para 20,8 euros, depois de quinta-feira ter revelado que em 2021 produziu mais 6% de energia limpa, face ao período homólogo. Já a “casa-mãe” somou 2,75% para 4,639 euros.

Nota positiva ainda para a REN e para a NOS. Os títulos da empresa de energia somaram 1,19% para 2,55 euros, enquanto que as ações da empresa de telecomunicações avançaram 1,80% para 3,502 euros.

Em contrapartida, a condicionar ganhos mais expressivos estiveram alguns “pesos pesados” do PSI-20. As ações da Galp Energia cederam 2,56% para 9,5740 euros, apesar de o barril de Brent valorizar 0,63% para 89,11 dólares, e o WTI somar 0,79% para 87,65 dólares.

Ao mesmo tempo, os títulos da retalhista dona do Pingo doce caíram 2,93% para 21,23 euros, depois de na sessão anterior terem fechado em máximo histórico à boleia da notícia de que britânico Wellington Management Group passou a deter 2% da Jerónimo Martins. Já as ações do BCP recuaram 2,07% para 16,08 cêntimos por ação.

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Novos contratos ou renovações de rendas de longa duração têm de ser comunicados até 15 de fevereiro

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2022

Legislação de 2019 prevê uma redução da taxa do IRS aos senhorios que celebrem contratos de arrendamento com duração mínima de dois anos. Taxa pode ser reduzida até 10%.

Os senhorios não têm de comunicar anualmente ao Fisco os contratos de arrendamento de longa duração — dois ou mais anos –, para beneficiarem de redução no IRS. Contudo, têm de fazer esta comunicação até 15 de fevereiro, perante um novo contrato ou uma primeira renovação.

Em resposta a questões colocadas pela Lusa, fonte oficial da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) precisou que “não é necessário proceder à ‘comunicação da duração dos contratos de longa duração’ anualmente”, devendo esta ser apenas feita no primeiro ano em que o contrato reúna as condições para beneficiar da redução na taxa do IRS ou quando o contrato é renovado.

Em 2019 entrou em vigor legislação que prevê a atribuição de uma redução da taxa do IRS aos senhorios que aceitam fazer contratos de arrendamento de duração igual ou superior a dois anos, sendo este desagravamento fiscal tanto maior quanto mais longo for o prazo do contrato.

Para que o Fisco possa aplicar esta redução, face à taxa autónoma de 28%, é necessário que os senhorios comuniquem os elementos do contrato de arrendamento, o que tem de ser feito até 15 de fevereiro.

Esta comunicação, precisa a AT, “deve ser efetuada no primeiro ano em que o contrato de arrendamento reúna as condições para usufruir da redução de taxa de IRS, prevista no artigo 72.º do Código do IRS”, sendo que tal “pode acontecer no primeiro ano de início do contrato ou no primeiro ano de início de uma renovação do mesmo”.

Assim, quem tenha celebrado em 2021 um contrato com início a 1 de maio desse ano e com duração de dois anos (até abril de 2023), deve proceder à respetiva comunicação à AT até 15 de fevereiro. Caso o contrato tenha sido celebrado a 1 de maio de 2020 e já tenha sido objeto de comunicação até 15 de fevereiro de 2021, não será este ano necessário fazer nada para que a referida redução de taxa do IRS seja aplicada — no pressuposto de que o senhorio não opta pelo englobamento quando proceder à entrega da declaração do IRS.

Caso o contrato iniciado em maio de 2021 não cessar no termo (em abril de 2023) e for renovado (de 1 de maio de 2023 a 30 de abril de 2025) “deve ser novamente objeto de ‘comunicação’ até 15 de fevereiro de 2024, para ser registada a sua nova duração decorrente da renovação, entretanto ocorrida”.

À Lusa, a mesma fonte oficial afirmou ainda que, tendo a comunicação do contrato sido efetuada dentro da data prevista, a redução da taxa será aplicada enquanto o contrato estiver vigente e em função da redução que resultar da duração do contrato.

Recorde-se que a redução da taxa do IRS, face à taxa de 28%, é de dois pontos percentuais nos contratos com duração igual ou superior a dois anos e inferior a cinco anos; de cinco pontos percentuais nos contratos entre os cinco e os 10 anos; e de 14 pontos percentuais para contratos entre 10 e 20 anos. Nas duas primeiras situações, a redução vai aumentando em igual valor por cada renovação, até ao limite de 14%. Nos contratos de duração ou renovação superior a 20 anos a taxa pode ser reduzida para 10%.

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Estudo aponta que imunidade natural foi mais protetora durante variante Delta nos EUA

  • ECO
  • 20 Janeiro 2022

Os autores do estudo alertaram, no entanto, para os riscos de utilizar a infeção como estratégia, dado que as pessoas que não tinham sido vacinadas têm maior risco de ser hospitalizadas ou de morte.

Um estudo realizado nos Estados Unidos apontou que, durante o aumento de casos associado à variante Delta, as pessoas que não foram vacinadas, mas sobreviveram à Covid, estavam mais protegidas do que aquelas que foram vacinadas e não tinham sido infetadas anteriormente. No entanto, os cientistas avisam que a vacinação continua a ser a estratégia mais segura para se proteger contra a doença.

O estudo foi realizado entre 30 de maio e 30 de novembro de 2021, partindo da análise de mais de 1,1 milhão de pessoas que foram infetadas pelo SARS-CoV-2 em Nova Iorque e na Califórnia, tendo sido publicado no site do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, na quarta-feira.

De acordo com este estudo, citado pela AFP, antes de surgir a variante Delta as pessoas vacinadas e que nunca tinham sido infetadas pelo SARS-CoV-2 estavam mais protegidas do que os não vacinados, que já tinham sido infetados. Contudo, após a disseminação desta variante o cenário ter-se-á invertido.

Os autores do estudo alertaram, no entanto, para os riscos de utilizar a infeção como estratégia, dado que ficou provado que as pessoas que não tinham sido vacinadas e que testaram positivo tinham maior probabilidade de ser hospitalizadas, bem como de ter impactos a longo-prazo e de morte, em comparação com os vacinados. “O nível de proteção conferido pela vacinação e a sobrevivência a uma infeção anterior mudou durante o período do estudo. A vacinação continua a ser a estratégia mais segura para se proteger contra o Covid-19”, avisa o CDC.

Em Portugal, o bastonário da Ordem dos Médicos já se tinham manifestado contra seguir uma estratégia de imunidade natural, indicando que poderia ter “consequências catastróficas”, disse, em declarações à CNN Portugal.

De acordo com este estudo, na semana de 3 de outubro de 2021, as pessoas vacinadas que ainda não tinham sido infetadas anteriormente tinham três a quatro vezes (na Califórnia e em Nova Iorque, respetivamente) mais probabilidade de serem infetadas, em comparação com que pessoas que não tinham sido vacinadas nem tinham tido Covid. Além disso, o estudo revelou ainda que a proteção foi superior para as pessoas vacinadas e que já tinham tido Covid.

Importa ainda sublinhar que este estudo pode, no entanto, estar impactado por um efeito denominado “viés de seleção”, dado que exclui as pessoas que entretanto morreram, que foram esmagadoramente não vacinadas, segundo a AFP.

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Eurocâmara dá luz verde a nova lei para responsabilizar plataformas ‘online’

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2022

Com 530 votos a favor, 78 contra e 80 abstenções, os eurodeputados dão luz verde para iniciar negociações com o Conselho sobre a responsabilização das plataformas digitais por conteúdos ilegais.

O Parlamento Europeu deu esta quinta-feira ‘luz verde’ à abertura de negociações com os Estados-membros sobre a nova Lei dos Serviços Digitais, acordando a posição relativamente às obrigações a criar para responsabilizar plataformas online e para combater conteúdos ilegais.

Na sessão plenária da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, os eurodeputados deram então aval – com 530 votos a favor, 78 contra e 80 abstenções – à posição do Parlamento sobre esta proposta que visa combater os conteúdos ilegais na internet e garantir que as plataformas que atuam na União Europeia (UE) sejam responsabilizadas pelos seus algoritmos.

A ‘luz verde’ permite à equipa de negociação do Parlamento iniciar desde já as negociações com o Conselho da UE, tendo em vista chegar a um acordo sobre este ato legislativo durante presidência francesa, no primeiro semestre de 2022.

Em causa está o pacote digital apresentado pela Comissão Europeia em dezembro de 2020, que engloba então uma nova Lei dos Serviços Digitais, que define que o que é crime offline também o seja no online, como incitamento ao ódio e o racismo.

O objetivo é criar um espaço digital mais seguro em que os direitos dos utilizadores sejam protegidos, estabelecendo regras para combater os produtos, serviços e conteúdos ilegais online, aumentar a transparência e a responsabilização das plataformas pelos algoritmos que utilizam e regular a moderação de conteúdos.

Para isso, estão previstas obrigações para os prestadores de serviços intermediários, em particular plataformas, como redes sociais e outros meios online. Estão previstas multas pesadas para as tecnológicas que não o cumprirem, que podem ir até 6% do volume anual de negócios das empresas.

Este pacote digital abrange ainda uma nova Lei dos Mercados Digitais, para precisamente regular o mercado digital, no qual atualmente intermediárias de conteúdos (como a Google) conseguem obter uma quota de mercado superior à de entidades de menor dimensão.

Esta última legislação, que está a ser discutida separadamente, está mais avançada e já a ser analisada pelos negociadores do Parlamento e do Conselho, após um semelhante aval em plenário.

No que toca à Lei dos Serviços Digitais, o Conselho chegou em novembro passado a acordo sobre a sua posição, defendendo a inclusão explícita dos motores de busca online, o reforço da proteção dos menores em linha, obrigações para os mercados e motores de busca, bem como regras mais rigorosas para plataformas de grande dimensão e a possibilidade de as autoridades nacionais emitirem ordens relativas a conteúdos ilegais em linha diretamente aos fornecedores de serviços.

Os Estados-membros defenderam ainda a aplicação pela Comissão Europeia de sanções em casos de infrações sistémicas.

Por seu lado, o Parlamento defendeu que as plataformas de muito grande dimensão devem ficar sujeitas a obrigações específicas, tendo em conta os riscos que representam no que diz respeito à disseminação de conteúdos ilegais e prejudiciais, isentando as micro e pequenas empresas de algumas obrigações previstas.

Foram ainda aprovadas em plenário da assembleia europeia outras alterações que estipulam que os prestadores devem respeitar a liberdade de expressão e a liberdade e o pluralismo dos meios de comunicação social, bem como uma disposição defendendo que, a fim de impedir a divulgação não autorizada, a usurpação de identidade e outras formas de utilização abusiva de dados pessoais, os destinatários devem ter o direito de utilizar e pagar serviços de forma anónima.

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Euronext vê “duas ou três” cotadas saírem do PSI-20 em março

Regras do principal índice bolsista português vão mudar no final de março. Isabel Ucha admite que “duas ou três cotadas” vão ser despromovidas por conta dos novos requisitos.

A bolsa portuguesa vai ter novas regras a partir de março e a presidente da Euronext Lisbon admite que “duas ou três cotadas” vão ser despromovidas por não cumprirem com os novos requisitos.

As mudanças já haviam sido anunciadas no ano passado. O PSI-20 vai chamar-se apenas PSI, e vai deixar de haver um limite mínimo de 18 cotadas. Além disso, há um novo requisito que as empresas têm de cumprir para integrarem o principal índice bolsista português: uma capitalização bolsista de pelo menos 100 milhões de euros em free float.

Mediante as novas regras, Isabel Ucha antecipa que “duas ou três” cotadas que estão agora no PSI-20 possam ter de abandonar o índice quando as novas regras entrarem em vigor.

“Ao eliminar este mínimo de cotadas no PSI, e olhando para o free float, verificamos, atualmente, que poderá haver duas ou três empresas que possam não cumprir o mínimo dos 100 milhões, o que significa que o índice vai ficar com menos empresas”, adiantou esta quinta-feira presidente da dona da bolsa de Lisboa, num encontro virtual com os jornalistas.

Disse, no entanto, que terá de esperar pelo final de março para verificar a capitalização das empresas para saber se cumpre ou não os requisitos.

A Euronext avançou para novas regras depois das queixas dos investidores relativamente a dificuldades de negociação do índice, segundo explicou Isabel Ucha. Algumas cotadas apresentam um capital disperso em bolsa muito reduzido, o que dificulta a negociação de investidores que transacionam grandes blocos de ações, provocando com isso fortes oscilações nos preços e não contribuindo para uma justa formação dos preços no mercado.

“Se queríamos ter um índice mais forte e atrativo, não podíamos ter empresas pequenas”, frisou ainda.

Isabel Ucha revelou que teve de explicar “muito bem” as novas regras aos emitentes, sobretudo aqueles que sairão mais a perder. “Um índice que não serve os investidores, também não serve os emitentes. (…) Observamos que havia produtos indexados ao índice que começaram a desaparecer e outros cuja negociação começou a cair progressivamente”, explicou.

A presidente da bolsa sublinhou ainda a saída do PSI-20 terá um impacto “relativamente limitado ou muito limitado mesmo” ao nível da negociação do índice.

Atualmente, o PSI-20 integra 19 empresas e fechou 2021 com uma capitalização bolsista de 82 mil milhões de euros, o segundo valor mais alto desde 2000, sendo apenas inferior aos 90 mil milhões atingidos em 2007, antes da crise do subprime nos EUA.

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Diário de campanha. Aqui há gato

  • Tiago Lopes
  • 20 Janeiro 2022

As últimas 24 horas de campanha nas redes sociais ficaram marcadas por um episódio que teve como protagonista o gato de Rui Rio.

Com o avançar da pandemia de Covid19, os partidos foram obrigados a fazer algumas alterações nas suas campanhas. É, por isso, esperado que muitas das suas ações passem por uma comunicação mais presente nas redes sociais. O ECO vai resumir diariamente até ao dia 30 de janeiro tudo o que de mais importante foi dito pelos principais intervenientes na corrida às legislativas de 2022.

Rui Rio volta a usar o humor na campanha eleitoral

As últimas 24 horas de campanha nas redes sociais ficaram marcadas por um episódio que teve como protagonista o gato de Rui Rio.

O presidente do PSD voltou a recorrer à sua veia humorística no decorrer desta campanha eleitoral. Desta vez, Rui Rio decidiu lançar uma provocação a António Costa recorrendo ao Zé Albino, o gato que já foi protagonista de vários tweets do social democrata. Recorde-se que o secretário geral do PS tinha dito que não precisa do PAN.

“O Zé Albino anda desolado com esta aproximação do PAN ao PS”, escreveu Rui Rio no Twitter.

As reações não se fizeram esperar e Inês de Sousa Real, líder do PAN, não demorou para entrar na ‘brincadeira’, lembrando a Rui Rio que o Zé Albino provavelmente deve votar no PAN. “Caro Rui Rio não vale a pena ter ciúmes! Até porque tenho cá para mim que o Zé Albino vota mesmo é no PAN”, escreveu Inês de Sousa Real.

Quem não quis ficar fora da conversa foi João Cotrim Figueiredo, que aproveitou o tweet inicial de Rui Rio para partilhar uma imagem com a sua cadela, a Bala. “Já a Bala anda muito entusiasmada com o crescimento da IL e com a hipótese de reformarmos o país a sério nos próximos 4 anos!”, escreveu o líder da Iniciativa Liberal.

Rui Tavares também quis entrar na conversa. “Olha, e o Camões anda eriçado com as hesitações do PSD com a extrema-direita”, escreveu o líder do Livre, numa referência à aproximação de Rui Rio com o partido de André Ventura.

Já André Ventura publicou uma fotografia da coelha Acácia, que garante estar “na luta pelo primeiro lugar destas eleições”. “Nem o gato Zé Albino, nem a cadela liberal Bala, a Acácia está na luta pelo primeiro lugar destas eleições! E não se vai deixar ficar para trás”, escreveu o líder do Chega.

Último debate das legislativas marcado pela ausência de Rui Rio e André Ventura

Os líderes dos partidos com assento parlamentar voltaram a estar reunidos esta quinta-feira pela segunda e última vez, no chamado ‘debate das rádios’. Rui Rio e André Ventura foram os grandes ausentes do debate de hoje, justificando esta decisão por estarem em campanha fora de Lisboa.

No Twitter, a conta oficial do PSD publicou um vídeo onde Rui Rio explica porque decidiu não participar no ‘debate das rádios’.

O “Diário de campanha nas redes” é uma rubrica diária sobre os acontecimentos que estão a marcar a campanha eleitoral nas redes sociais.

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Programa de bolsas da Huawei recebe mais de 1.700 candidaturas em menos de um mês

A iniciativa da tecnológica vai implicar um investimento anual de 250.000 euros e abranger um total de 50 estudantes, metade dos quais serão alunas.

Em menos de um mês, o programa de bolsas de estudo universitárias da Huawei recebeu mais de 1.700 inscrições proveniente de todo o país. A iniciativa da tecnológica vai abranger 50 estudantes do ensino superior das áreas de engenharia e tecnologia, metade das quais serão alunas. O objetivo é colmatar o défice existente em Portugal face ao resto da União Europeia, bem como o gender gap. Em causa está um investimento anual de 250.000 euros.

“A adesão dos estudantes universitários portugueses ao programa de bolsa da Huawei tem sido bastante positiva. Esta resposta massiva mostra a pertinência da iniciativa, que pretende ajudar os estudantes a suportar os custos associados aos seus estudos, sejam propinas, alojamento ou material escolar”, afirma Diogo Madeira da Silva, diretor da Huawei em Portugal responsável pelas áreas de relações públicas, comunicação e responsabilidade social, citado em comunicado.

“Queremos ter um impacto positivo no desenvolvimento do talento nacional em áreas fundamentais para o futuro do país”, continua.

Diogo Madeira da Silva, diretor de relações públicas, comunicação e responsabilidade social da Huawei Portugal.D.R.

Podem candidatar-se a este programa os alunos de licenciatura, mestrado, mestrado integrado e doutoramento até aos 30 anos (inclusive) ou até aos 35 anos (para alunos de doutoramento), que frequentem formação numa instituição de ensino superior em Portugal. As áreas dos cursos devem estar relacionadas com telecomunicações, redes, informática, eletrónica e computadores, sistemas de informação, sistemas de comunicações ou segurança informática.

A Huawei já anunciou também a intenção de atribuir metade das bolsas a estudantes no feminino, com o objetivo de mostrar o seu compromisso com a redução do gender gap na indústria. Neste contexto, o programa — que foi lançado no final de dezembro de 2021 — conta com o apoio da Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade e Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, a que se junta o apoio do Portugal Digital.

“Estamos muito orgulhosos por poder mobilizar recursos para fazer a diferença e liderar pelo exemplo também na promoção de uma indústria mais justa e inclusiva”, acrescenta o responsável da empresa.

Os estudantes interessados podem consultar mais informações e candidatar-se até 30 de janeiro, através do site oficial do Programa de Bolsas da Huawei.

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Maiores de 35 anos já podem agendar dose de reforço contra a Covid

A partir desta quinta-feira, os cidadãos com mais de 35 anos já podem fazer o auto-agendamento da dose de reforço contra a Covid.

Os utentes com idade igual ou superior a 35 anos já podem agendar a toma da dose de reforço da vacina contra a Covid, através do portal do auto-agendamento.

Esta indicação já consta na página do Governo dedicada à Covid-19. Este alargamento permite, assim, que as pessoas entre os 40 e os 35 anos, inclusive, possam também agendar a dose de reforço contra a Covid, dado que até agora esta possibilidade estava apenas disponível para os utentes com idade igual ou superior a 40 anos. Importa sublinhar, no entanto, que se esteve infetado só está elegível para receber a dose de reforço três meses após a notificação do caso.

 

A partir desta quinta-feira, as pessoas com idade igual ou superior a 35 anos podem agendar a dose de reforço contra a Covid, independentemente da vacina que tenham tomado na vacinação primáriaFonte: SPMS

Paralelamente, está também disponível o auto-agendamento da dose de reforço contra a Covid para todos os maiores de 18 anos, que tenham tomado a vacina de dose única da Janssen há mais de 90 dias, bem como da dose de reforço contra a Covid e/ou Gripe para os maiores de 60 anos.

À semelhança no que aconteceu com a vacinação primária completa, através deste agendamento online, os utentes podem escolher a data, bem como o local onde pretendem ser inoculados. Caso não exista vaga podem optar por por ficar em lista de espera ou, até, escolherem outro posto de vacinação. Posteriormente, vão receber um SMS para confirmarem o agendamento proposto.

Atualmente, há já mais de 8,7 milhões de portugueses com o esquema vacinal primário completo, dos quais mais de quatro milhões têm já a dose de reforço, de acordo com os dados divulgados na quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h23)

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Tranquilidade vai segurar óculos dos clientes dos Conselheiros da Visão

  • ECO Seguros
  • 20 Janeiro 2022

A marca seguradora vai aproveitar as 150 lojas da rede cooperativa de óticos para garantir proteção para riscos de danos, furto e roubo aos óculos comprados pelos clientes.

João Madureira Pinto, diretor de Canais Alternativos da Tranquilidade, “é um modelo inovador de parceria que iremos desenvolver”.

A Tranquilidade, marca do grupo Generali, em parceria com o grupo ótico Conselheiros da Visão, lançou um seguro que cobre os danos em óculos graduados, durante um período de dois anos, ficando o segurado protegido de eventuais incidentes que possam ocorrer com lentes e armações.

“Trata-se de uma solução de grande comodidade para o cliente pois permite-lhe ativar o seguro logo no momento da compra dos óculos e, no caso de um eventual acidente ou furto, voltar à mesma ótica para o solucionar”, diz João Madureira Pinto, Diretor de Canais Alternativos da Tranquilidade que conclui ser este “um modelo inovador de parceria, com óbvias vantagens para todos, que iremos continuar a desenvolver”.

O valor a pagar por este seguro varia entre os 20 euros e os 100 euros, de acordo com o valor dos óculos e cobre um valor até ao limite de 2.000 euros.

A solução de proteção para óculos apresentada pela Tranquilidade garante acidentes que envolvam danos parciais ou totais nas lentes e armações, mas cobre também furto ou roubo, em Portugal e estrangeiro.

O Grupo Conselheiros da Visão está presente em todo o país, com mais de 150 lojas. Trata-se de um grupo que opera em formato de cooperativa de óticos, gerando sinergias para obter melhores condições de compras para todos nas marcas de lentes oftálmicas, armações, óculos de sol e lentes de contacto.

A Tranquilidade já conta com uma rede de distribuição de mais de 2.500 pontos de venda dos quais 80 Corretores, 2.100 Agentes multimarca e 350 Agentes exclusivos.

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Dona da bolsa de Lisboa quer autarquias a financiarem-se no mercado de capitais

Câmaras municipais a emitirem obrigações? A Euronext Lisbon pretende que o próximo governo possa alterar o regime de financiamento das autarquias, de modo a poderem aceder ao mercado de capitais.

A Euronext Lisbon pretende que as autarquias também se possam financiar através do mercado de capitais, nomeadamente através da emissão de dívida. A proposta faz parte de um conjunto de medidas identificadas pela task force para o desenvolvimento do mercado em Portugal e cujo relatório final já tinha sido entregue ao Governo em novembro passado.

“As autarquias não emitem obrigações e poderiam fazê-lo, como fazem na Europa e nos EUA. Não fazem cá pois algumas regras do financiamento das autarquias impedem-nas de o fazer”, disse Isabel Ucha, presidente da dona da bolsa de Lisboa, num encontro virtual com os jornalistas. A República portuguesa faz através das emissões e leilões de dívida realizados pelo IGCP.

Segundo explicou, as autarquias precisam de um visto do Tribunal de Contas para se financiarem. Só que “demora tempo e é incerto”, frisou a responsável. Por outro lado, “as autarquias não podem fazer dívida bullet, que se amortiza no final de uma vez”, acrescentou.

Nesse sentido, já foi apresentada uma proposta para alterar o regime no sentido de permitir que as autarquias possam aceder ao mercado de capitais para se financiarem, revelou Ucha.

"As autarquias não emitem obrigações e poderiam fazê-lo, como fazem na Europa e nos EUA. Não fazem cá pois algumas regras do financiamento das autarquias impedem-nas de o fazer.”

Isabel Ucha

Presidente da Euronext Lisbon

Uma parte do trabalho da task force passou por perceber “qual era o interesse e o que impedia as autarquias” de recorrem ao mercado de capitais e a “outra parte foi sensibilizar as autarquias para esta alternativa” ao financiamento tradicional da banca.

Mas há interesse? Isabel Ucha reconheceu que há autarquias que dispõem atualmente de outras fontes mais baratas, como a banca. “Mas há dinamismo no mercado e, num contexto de juros mais elevados, o mercado de capitais pode tornar-se mais favorável”, admitiu.

Com a dissolução do Parlamento e a queda do Governo, o trabalho da task force ficou em “banho-maria”, mas Isabel Ucha espera que as eleições tragam um equilíbrio na Assembleia da República que permita avançar com pelo menos uma parte das medidas identificadas pela task force para trazer maior dinamismo ao mercado.

“Tivemos um diálogo que foi intenso até ao início de dezembro e agora vai ter de ser retomado quando vier o próximo governo”, disse.

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Ajuda alimentar em cartão. Tudo o que já se sabe sobre o regulamento

Esta quinta-feira foi publicada a portaria que estabelece as normas orientadoras para a execução do programa que visa apoiar as pessoas em situação de carência económica e risco de exclusão social.

A atribuição de um apoio alimentar em cartão eletrónico ou voucher às famílias mais carenciadas vai mesmo avançar. Depois de publicada em Diário da República a portaria que altera a regulamentação do Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas em Portugal (POAPMC) e do Fundo de Auxílio Europeu às Pessoas Mais Carenciadas (FEAC), esta quinta-feira foi publicada uma nova portaria do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social que cria e regula o Programa Cartões Sociais. O próximo passo deverá ser dado pela Segurança Social. Programa piloto, com duração de um ano, deverá arrancar no quarto trimestre e abrange 30 mil pessoas.

“A presente portaria aprova, ainda, em anexo, que dela faz parte integrante, o respetivo Regulamento que estabelece as normas orientadoras para a execução do Programa”, pode ler-se no documento.

Em causa estão temas como quem são os destinatários finais, como dever ser tratada a cumulação de apoios, quais as ações elegíveis e como será feito o carregamento e a entrega destes mesmos cartões.

Destinatários finais

Com o objetivo de apoiar as pessoas em situação de carência económica e risco de exclusão social, estes cartões ou vales serão atribuídos aos “indivíduos ou famílias que se encontrem em situação de carência económica, de acordo com os critérios em vigor, em cada momento, no âmbito do subsistema de ação social”.

Esta modalidade, que deverá ser implementada no quarto trimestre deste ano, “deverá abranger cerca de 30 mil beneficiários e durar cerca de um ano, através de um projeto-piloto”, diz fonte oficial do Ministério do Trabalho, à Pessoas.

Cumulação de apoios

Este apoio, em princípio, não é cumulável, para o mesmo período de tempo, com outros apoios integrados em programas ou medidas que contemplem fins idênticos, explica a portaria.

Assim, “quando existam medidas ou programas com objetivos e fins idênticos ao do presente Programa passíveis de aplicação ao mesmo destinatário, cabe às entidades parceiras (…) indicar aquela que é mais adequada a cada destinatário/agregado familiar”.

Ações elegíveis

Estes cartões apenas poderão ser “trocados por bens alimentares” e devem ser “utilizados em estabelecimentos comerciais aderentes“. Cabe à entidade responsável pelo programa definir quais as categorias de bens alimentares passíveis de serem fornecidos através do cartão eletrónico. Contudo, a mesma fonte oficial abre porta para dessa lista constarem outras categorias de bens considerados de primeira necessidade.

A rede de estabelecimentos comerciais aderentes ao programa será conhecida “no âmbito de uma ação de acompanhamento a desenvolver pelas entidades mediadoras e, também, através do portal informático de apoio à gestão do programa, acessível aos destinatários e às entidades evolvidas”, detalha a portaria.

Além disso, a entrega do cartão pressupõe, no mínimo, duas ações de acompanhamento, que podem ser assumidas por organizações parceiras. Uma incide na explicação sobre o uso do cartão, que deve acontecer no decurso da primeira entrega aos destinatários; e a outra numa sessão de orientação sobre o princípio da dieta equilibrada.

Carregamento e entrega de cartões eletrónicos

A periodicidade do carregamento dos cartões, bem como o montante financeiro a atribuir, ainda estão por revelar. Contudo, de acordo com a portaria publicada em Diário da República, “o montante financeiro a carregar em cada cartão social varia de acordo com a composição do agregado familiar”.

A sua definição terá, nomeadamente, por referência o “peso que assumem as despesas com alimentação das famílias com menores rendimentos e o valor dos apoios aplicáveis no âmbito das medidas de combate à pobreza e exclusão social”.

Conheça o regulamento completo aqui.

A portaria publicada esta quinta-feira procede, no fundo, à transposição para o ordenamento jurídico português do novo regulamento europeu nesta matéria e que passou a prever a modalidade de cartões ou vouchers para apoio alimentar.

O apoio entra esta sexta-feira em vigor, mas a medida que permite ter acesso a bens de primeira necessidade só vai chegar ao terreno no último trimestre do ano.

Uma vez criado e regulado o Programa dos Cartões Sociais em Portugal Continental, o próximo passo será dado pela Segurança Social, que “irá lançar, dentro de dias, o procedimento para a Aquisição de Serviços de Emissão, Gestão, Carregamento e Reporte Financeiro dos Cartões Eletrónicos Sociais, que contempla a criação do sistema de informação de suporte”, adianta a mesma fonte oficial do Ministério do Trabalho.

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Sorteio eletrónico no Ticão já está feito mas processo EDP ficou de fora

Processo que envolve António Mexia, Manso Neto e Manuel Pinho ficou retido no DCIAP e não foi incluído no sorteio electrónico dos processos do novo Ticão.

O sorteio eletrónico dos processos do novo Ticão — que agora tem nove juízes de instrução e não apenas Carlos Alexandre e Ivo Rosa — foi realizado no passado dia 12 de janeiro. Mas o processo EDP — que envolve Mexia, Manso Neto e Manuel Pinho — ficou de fora desta distribuição eletrónica. O ECO/Advocatus sabe que o processo ficou retido no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e ainda não chegou ao Ticão.

O processo esteve nas mãos de Carlos Alexandre que aplicou uma caução de seis milhões a Manuel Pinho e prisão domiciliária com pulseira eletrónica. O ex-ministro ficou assim como o arguido com a mais alta caução aplicada pela justiça portuguesa, com aplicação da pulseira eletrónica. Este sorteio eletrónico surge também pelo facto de Ivo Rosa estar em exclusivo com o processo BES, Octopharma e Marquês e por isso ter de ‘transferir’ os seus processos aos seus colegas.

Segundo fonte oficial do Conselho Superior da Magistratura (CSM), “o processo EDP encontra-se em fase de inquérito e não estava, à data do sorteio, pendente no Tribunal Central de Instrução Criminal. Na eventualidade de ser novamente remetido ao TCIC, será então distribuído de acordo com as procedimentos em vigor”, explicou. Mas o juiz presidente do tribunal da comarca de Lisboa, contactado por três vezes pelo ECO, não remeteu qualquer explicação para o sucedido.

O ECO/Advocatus sabe que uma das razões de ainda estar retido no DCIAP pode dever-se ao facto de, até segunda-feira, não ter sido entregue o recurso da defesa de Manuel Pinho. Mas o advogado Ricardo Sá Fernandes entregou precisamente na terça seguinte.

O processo das rendas excessivas da EDP está há cerca de dez anos em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal e tem como arguidos o ex-presidente da EDP António Mexia, João Manso Neto, ex-presidente da EDP Renováveis, o administrador da REN e antigo consultor de Pinho João Faria Conceição, e Pedro Furtado, responsável de regulação na empresa gestora das redes energéticas. Manuel Pinho foi constituído arguido no âmbito do caso EDP por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo.

O inquérito investiga práticas de corrupção e participação económica em negócio nos procedimentos relativos à introdução no sector eléctrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC).

No dia 11 de janeiro, o Conselho Superior da Magistratura decidiu contra o pedido de impugnação de Carlos Alexandre e mais quatro magistrados contra o sorteio eletrónico dos processos. Com esta decisão, o processo EDP sairia das mãos do juiz Carlos Alexandre. Mas, para já, tudo se mantém como estava, neste que é um dos processos mais mediáticos do Ticão.

“O plenário do CSM entende que esta é a solução que se impõe legalmente e a única que garante a aleatoriedade na distribuição de processos e o princípio do juiz natural”, disse o CSM, em comunicado, na altura da decisão a favor da realização do sorteio eletrónico.

No dia 4 de janeiro entrou em vigor a lei que retirou a exclusividade da dupla Carlos Alexandre e Ivo Rosa no “Ticão”. Este diploma determinou que o TCIC passasse a ter uma composição com mais sete juízes, e não apenas dois, depois de se fundir com o Juízo de Instrução Criminal de Lisboa. Mas esta nova fase do Ticão ficou marcada por esta impugnação de seis páginas.

Outro dos processos mediáticos pendentes no Ticão — da instrução do caso da divulgação dos mails do Benfica pelo Porto Canal, que estava a cargo de Carlos Alexandre — voltou por sorteio a calhar ao mesmo juiz, com uma probabilidade de 1 para 7, tendo em conta o número de magistrados que compõem atualmente o ‘Ticão’.

 

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