Custos de construção aumentam 13,4% em setembro

Custos da construção continuam a subir e estão 13,4% mais altos do que há um ano. Em setembro, os materiais ficaram 18,6% mais caros e o custo de mão-de-obra aumentou 6,1%

Construir uma casa nova volta a ser mais caro, sobretudo devido ao preço dos materiais, nomeadamente aços, produtos cerâmicos, gasóleo e madeiras e derivados, revelam os dados divulgados esta quinta-feira pelo INE.

Os custos da construção de habitação nova voltaram a subir e, em setembro, terão aumentado 13,4% em termos homólogos, acelerando 0,9 pontos percentuais (p.p.) face a agosto, quando se registou uma ligeira queda em cadeia. Este desempenho deve-se, sobretudo, à subida do preço dos materiais.

No que toca ao preço dos materiais, estes aumentaram 18,6% em setembro, face ao período homólogo, e o que representa uma subida de 2,1 pontos percentuais face ao mês anterior. “Entre os materiais que mais influenciaram esta variação estão os produtos cerâmicos, com crescimentos homólogos dos preços de cerca de 80%”, adianta o gabinete de estatísticas.

Já o gasóleo, cimento, os aglomerados e ladrilhos de cortiça, as madeiras e derivados de madeira e as obras de carpintaria, os tubos de PVC e o consumo de produtos energéticos apresentaram crescimentos homólogos superiores a 20%.

Ao mesmo tempo, o custo de mão-de-obra aumentou 6,1% em setembro, contra os 6,8% registados em agosto.

Numa análise em cadeia, a taxa de variação mensal do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) foi de 0,9% em setembro, enquanto o custo dos materiais aumentou 1,6% e custo da mão-de-obra diminuiu 0,3%, de acordo com os dados do INE.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h32)

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Caixa deixa sede dentro de três a quatro anos e procura nova casa

Governo tenciona ficar com o edifício-sede da Caixa em Lisboa. Paulo Macedo adianta que processo de mudança de instalações será “gradual” e demorará três a quatro anos.

O Governo pretende ficar com o edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Lisboa. O CEO do banco público, Paulo Macedo, considera que as atuais instalações não são ajustadas para os serviços centrais da instituição e procura uma nova casa, que poderá ter de ser construída de raiz. O processo será “gradual” e demorará entre três a quatro anos.

“Há uma intenção do Governo de ficar com o edifício da Caixa. O edifício não é para os serviços centrais de um banco. Um edifício com 90 mil metros quadrados não é para os serviços centrais de um banco”, começou por explicar o presidente da CGD na Money Conference, organizada pelo Diário de Notícias, Dinheiro Vivo e TSF.

Paulo Macedo diz que o banco vai libertar-se do edifício porque é “desajustado” e mudar-se para novas instalações que “ainda não estão escolhidas”. “É um processo que será gradual, e que demorará três a quatro anos”, adiantou o responsável.

À tarde, durante a conferência de apresentação dos resultados, Paulo Macedo explicou que o período de transição corresponderá à “demora a comprar um terreno e a construir um edifício e ou encontrar um edifício com espaço significativo”. “Poderá ser muito mais cedo” do que os quatro anos se não tiver de construir um novo edifício, mas “são estas as balizas que existem”, explicou.

A ministra da Presidência revelou na semana passada que o processo de mudança de alguns ministérios para o edifício-sede da Caixa vai arrancar no primeiro trimestre de 2023 e será gradual ao longo da legislatura.

“Ao longo do primeiro trimestre do próximo ano iniciaremos um processo que será gradual ao longo da legislatura e que permita ir concentrando não apenas áreas governativas, mas também reorganizando um conjunto de serviços”, disse Mariana Vieira da Silva no Parlamento no âmbito da discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2023.

(Notícia atualizada às 18h16 com declarações na conferência de imprensa)

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Rui Moreira pede “discriminação positiva” para indústria nos fundos europeus e impostos

Rui Moreira pede “discriminação positiva” para indústrias nos fundos europeus, impostos, na atribuição de crédito e a nível laboral, lembrando que "o talento é indispensável à indústria de futuro".

“É preciso discriminar positivamente os nossos setores de bens transacionáveis, quer no que respeita à aplicação dos fundos europeus, quer do ponto de vista fiscal, creditício e laboral”. Foi este o desafio lançado pelo presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, na conferência “Que indústria de futuro queremos para Portugal?”.

Na abertura desta iniciativa do ECO, na Alfândega do Porto, o autarca chamou a atenção para o facto de “a reindustrialização obrigar a um forte investimento nos setores de bens transacionáveis, que perderam valor na economia portuguesa a partir da década de 1990”. Mais ainda, sublinhou, quando “o crescimento dos setores de bens transacionáveis vai intensificar a orientação da economia para o exterior, tendo em vista o reforço do peso das exportações do PIB”.

É preciso discriminar positivamente os nossos setores de bens transacionáveis, quer no que respeita à aplicação dos fundos europeus, quer do ponto de vista fiscal, creditício e laboral.

Rui Moreira

Presidente da Câmara do Porto

Neste ponto, o líder da Invicta destacou como “decisivo para o desenvolvimento industrial que os empresários sejam sensíveis à importância da inovação”. Mas, para isso, aconselha Rui Moreira, é preciso que “estejam abertos ao estabelecimento de consórcios universidades-empresas”, por forma a “converter conhecimento científico em produtos, serviços e tecnologias com valor acrescentado e competitividade no mercado”.

Esta é, como exemplificou o político independente, “a estratégia das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial” que considera ser “um programa com imensas virtualidades”. Ainda assim, Rui Moreira criticou o “ritmo lento de aprovação e contratualização dos projetos” neste programa do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O autarca portuense apontou ainda que “Portugal deve assumir como meta de médio prazo um peso da indústria no PIB de 20%” — que atualmente é inferior a essa fasquia, quando nas décadas de 1970 e 1980 rondava os 30% –, acompanhando assim “o evoluir favorável das exportações”.

Rui Moreira, presidente da Câmara do PortoHugo Amaral / ECO

Lembrando como a terciarização da economia nacional se acentuou na década de 1990, Moreira lamentou mesmo a “redução contínua” do contributo do setor secundário para o PIB português. Ou seja, calculou, a industria transformadora passou em Portugal de 18,1% do PIB em 1995 para 13,5% em 2019, abaixo dos 16,5% de média europeia do mesmo ano.

No entanto, advertiu, para Portugal atingir um peso da indústria no PIB de 20% é preciso haver um “maior envolvimento na indústria das novas gerações, quer como investigadores científicos, quer como empreendedores e empresários”. “O talento é indispensável à indústria de futuro que desejamos para Portugal”, reiterou.

A indústria continua a ser o setor que mais valor cria no país.

Rui Moreira

Presidente da Câmara do Porto

O contexto político e económico na década de 1990 foi determinante para o favorecimento das atividades de produção de bens não transacionáveis, com Portugal a ser penalizado por ter uma base industrial muito centrada em setores expostos à concorrência global, como o têxtil ou o calçado.

Mesmo assim, concluiu Moreira, “a indústria continua a ser o setor que mais valor cria no país”, tendo em conta que “o peso das exportações no PIB é superior a 40%, muito por força da competitividade de alguns setores manufatureiros”.

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Previsão de inflação de 7,7% para 2022 “poderá já estar ultrapassada”, admite Nazaré Costa Cabral

O Executivo estimava uma taxa de inflação de 7,4% e o CFP de 7,7% em 2022. Se se confirmarem valores elevados nos últimos meses do ano, a taxa deverá ficar acima das previsões.

A escalada dos preços não está a dar tréguas e a presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP) admite que as previsões tanto do Governo como do organismo para este ano poderão já estar ultrapassadas. O Executivo estimava uma taxa de inflação de 7,4% e o CFP de 7,7% em 2022.

“A maior parte das previsões para 2022 já estão um bocadinho ultrapassadas”, admite Nazaré Costa Cabral, na audição no Parlamento no âmbito do Orçamento do Estado para 2023. Mesmo a do CFP, que prevê “uma taxa acima da prevista do Governo, poderá já estar ultrapassada”, aponta.

Este cenário depende de “se se confirmarem [as taxas] para estes dois últimos meses do ano, temos tido taxas já próximas dos 10%”, salienta a presidente do CFP. Segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (que será confirmada a 11 de novembro), a inflação atingiu os 10,2% em outubro.

Tendo em conta este valor, contas feitas pelo ECO já apontavam que a meta do Governo podia estar comprometida. Se a evolução em cadeia for nula em novembro e dezembro, a taxa média anual de inflação fica nos 7,8% em 2022. Já se se verificar uma subida em cadeia igual à deste mês, de 0,9 pontos percentuais, em novembro e dezembro, a taxa média anual pode mesmo atingir os 8,1% em 2022. Assim, a inflação teria de desacelerar até ao final do ano para ser possível atingir a meta estabelecida pelo Executivo.

Já para o próximo ano, Nazaré Costa Cabral salienta que “há alguns fatores que poderão ser animadores, desde logo a questão da energia”. “Assistimos já a uma redução do peso dos custos da energia”, que foi uma componente importante para a evolução deste ano, pelo que “se a situação começar a estar controlada podemos ter perspetiva mais favorável, ou não tão desfavorável, para o próximo ano”, perspetiva.

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PRR

Níveis de execução do PRR “são muito inferiores àquilo que seria expectável”, diz presidente do CFP

Nazaré da Costa Cabral expressa receios sobre a execução do PRR, bem como a capacidade deste ser um "instrumento de mobilização e transformação estrutural".

A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP) junta-se ao coro de alertas sobre a execução dos fundos europeus, apontando que os dados disponíveis para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “são níveis muito inferiores àquilo que seria expectável”. Além disso, expressa também receios sobre a capacidade do PRR de ser o “instrumento de mobilização e transformação estrutural que chegou a ser apontado”.

A baixa execução é um risco, já que o crescimento da economia está “muito alicerçado na expectativa de comportamento e crescimento do investimento público”, muito dele baseado no PRR, aponta Nazaré da Costa Cabral, na audição no Parlamento no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2023.

Segundo os “dados objetivos fornecidos pela estrutura de missão e no sistema integrado de gestão orçamental, os dados de execução efetiva em contabilidade pública são níveis muito inferiores àquilo que seria expectável”, pelo menos em termos de materialização efetiva da despesa, aponta.

Ainda assim, admite que o CFP tem a informação de que “há contratualização e, portanto, o que se depreende da proposta é que há expectativa de que possa vir a materializar-se no próximo ano”. Não deixa, por isso, de ser um risco, salienta Nazaré Costa Cabral, que assume também que tem receio dos “aspetos mais estruturais do alcance do PRR”.

“A minha questão é saber se PRR pode vir a ser de facto o instrumento de mobilização e transformação estrutural que chegou a ser apontado“, explica a presidente do CFP, apontando que aspetos “suscitam dúvidas”.

No campo dos riscos, Nazaré da Costa Cabral alerta também para conjunto de fatores “que recaem sobre as nossas finanças públicas, desde logo o comportamento da despesa pública”. “São riscos que advêm das pressões sobre a despesa pública”, diz, ressalvando que não vai “fazer avaliação sobre bondade e justificação das pressões mas são áreas que são muito críticas para o estado e para as finanças públicas portuguesas, logo à cabeça o setor da saúde”.

Já a inflação pode ser um fator de risco ascendente: “A inflação este ano teve um impacto expressivo favorável sobre as finanças públicas portuguesas, esse pode perdurar no próximo ano se de facto a cobrança de receita for mais favorecida que a despesa”, salienta.

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Fintech Solutions lança 2.ª edição do programa de inovação para setor financeiro e fintechs

Nesta edição participa a Allianz, o Banco BPI, a Cofidis, a Tranquilidade e a Unicre.

Vem aí a segunda edição do Fintech Innovation Lab, o programa da Fintech Soluitons que junta instituições financeiras ao ecossistema de startups fintech. O objetivo do programa é servir de plataforma de experimentação de soluções inovadoras para o setor financeiro entre startups fintech e instituições maduras. Nesta edição participa a Allianz, o Banco BPI, a Cofidis, a Tranquilidade e a Unicre. As candidaturas abrem em janeiro.

“A Fintech Solutions criou Fintech Innovation Lab para dar ao ecossistema um programa desenhado por startups e instituições maduras e que compreende os desafios da inovação no setor financeiro”, António Ferrão, diretor da Fintech Solutions, em comunicado.

António Ferrão, diretor da Fintech Solutions.

O programa criado pelo braço de consultoria da associação sem fins lucrativos Portugal Fintech pretende proporcionar aos players do setor financeiro e a startups da área financeira um espaço de cocriação de produtos financeiros inovadores. De janeiro a abril, as startups fintech vão beneficiar de canais diretos de interação com decisores-chave da indústria financeira em Portugal e também de parceiros especializados, como é o caso da Morais Leitão na área legal.

Neste momento, as instituições financeiras estão a definir os desafios que querem propor ao ecossistema fintech para serem exploradas no Lab.

“A cooperação com fintechs é uma estratégia ágil para inovarmos mais rápido e é isso que procuramos no Fintech Innovation Lab”, afirma João Freitas, responsável por digital products and value creation e membro do comité executivo do Grupo Cofidis.

Também João Saraiva, head of transformation da Tranquilidade, encara o Fintech Innovation Lab como “um veículo que nos permite inovar de forma estruturada, em interação com o ecossistema de startups europeu”.

“Na Unicre acreditamos que a inovação é a chave do sucesso e que a colaboração com startups e a proximidade com o ecossistema fintech produz resultados valiosos para o desenvolvimento de melhores soluções. Este ano voltamos a participar no programa, com uma renovada expectativa quanto ao resultado que podemos alcançar com este trabalho conjunto”, assegura a Unicre.

O Fintech Innovation Lab está dividido em quatro fases: a primeira consiste na exploração de desafios das empresas participantes a serem propostos às startups fintech. Numa segunda fase, abre o período de candidaturas e posterior seleção de fintechs que consigam resolver os desafios apresentados. Na terceira fase, as empresas e as startups interagem de modo a explorar oportunidades de colaboração e, por fim, na última e quarta fase ocorre a alocação das startups à instituição financeira com que vão trabalhar e definição dos requisitos técnicos e legais de testagem de uma possível solução entre a empresa e a startup.

“A entrada no Fintech Innovation Lab para nós, Allianz, mostra como queremos fazer inovação também com o ecossistema nacional de startups”, diz José Francisco Neves, CMO e CTO na Allianz.

Por seu turno, o BPI destaca que “tem feito uma forte aposta na aproximação ao ecossistema” e que a participação no Fintech Innovation Lab é “mais um exemplo dessa estratégia”.

As candidaturas abrem em janeiro no site da Fintech Solutions. Qualquer startup fintech estabelecida no mercado que tenha desenvolvido um produto tecnológico para o setor financeiro pode-se candidatar.

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Estado já gastou 165 milhões na Efacec (e a conta está aberta)

O Governo falhou a reprivatização da Efacec e o acordo de venda à DST, mas a fatura de fundos dos contribuintes já chegou a 165 milhões de euros. E continua aberta.

A conta-gotas, o Governo revela mais dados sobre as consequências financeiras da nacionalização da Efacec e do consequente falhanço da reprivatização. Desde que o Estado ficou com 71,73% do capital da empresa industrial, já injetou 165 milhões de euros em capital e garantias públicas a empréstimos bancários. A revelação foi feita pelo ministro da Economia e do Mar no Parlamento, durante a audição na especialidade relativa ao Orçamento do Estado para 2023.

A Efacec foi nacionalizada em julho de 2020. “O Conselho de Ministros tomou esta decisão porque a Efacec se encontra numa situação de grande impasse acionista desde que no final do ano passado, na sequência do processo Luanda Leaks, foi decretado o arresto desta participação social”, explicou o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de Conselho de Ministros. Surgiu, em paralelo, o argumento da empresa estratégica e a urgência de estabilizar financeiramente a empresa.

O processo formal de reprivatização arrancou há mais de oito meses, mas neste período de empresa maioritariamente pública (os outros acionistas privados são o grupo Mello e a TMG), a situação financeira da Efacec degradou-se de forma acelerada. Em 2021, os prejuízos foram superiores a 180 milhões de euros e, no primeiro semestre deste ano, os prejuízos foram de 55 milhões e 54 milhões de capitais próprios negativos, ou seja, está em falência técnica.

Foi neste contexto que o Estado foi obrigado a dar sucessivas garantias bancárias a empréstimos à Efacec e também a reforçar o capital para manter a operação viva. O ECO já tinha noticiado em primeira mão que o Estado tinha injetado direta e indiretamente mais de 150 milhões, mas agora os números são oficiais, e partilhados pelo ministro da Economia. António Costa Silva não esclareceu se o Estado vai recuperar estes fundos e se terá, pelo contrário, de injetar mais fundos públicos para recuperar a empresa.

António Costa Silva afirmou no Parlamento que vai ser feito “tudo” para que o Estado possa ser reembolsado do valor injetado na Efacec, reiterando que está a trabalhar numa solução para a empresa. “Vamos fazer tudo para isso acontecer”, disse, antes de acrescentar que não pode “dar nenhuma garantia” nesse sentido.

O ministro da Economia e do Mar não abriu o jogo sobre os próximos passos do Governo para a Efacec (PER ou retalhar a empresa?), mas insiste, de qualquer forma, na necessidade de reprivatização. “Tenho a forte convicção que o Estado não tem vocação para gerir empresas exceto em casos excecionais, pela sua própria génese. O Estado tem de ser, sobretudo facilitador do desenvolvimento económico”.

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Subir juros é “a melhor forma de proteger os rendimentos das famílias”

O administrador do Banco de Portugal diz que não há melhor alternativa à subida dos juros para controlar a inflação. “É a melhor forma de proteger os rendimentos das famílias”, disse Hélder Rosalino.

Para o administrador do Banco de Portugal Hélder Rosalino, a subida das taxas de juro é “a melhor forma de proteger os rendimentos das famílias” e “uma inflação alta e descontrolada é o pior que pode acontecer”.

“Não há melhor alternativa do que esta”, disse o responsável na Money Conference, organizada pelo Diário de Notícias, Dinheiro Vivo e TSF.

Rosalino adiantou que grande parte da política monetária acomodatícia dos últimos anos já “foi corrigida” com as recentes subidas das taxas pelo Banco Central Europeu (BCE).

“Mas há outras medidas no terreno e discute-se quando poderão ser retiradas, nomeadamente a redução do balanço”, disse o administrador do Banco de Portugal, frisando que os juros vão continuar a subir até que o banco central alcance o seu objetivo de baixar a inflação do médio prazo para 2%.

A Zona Euro registou uma taxa de inflação de mais de 10% em setembro. Hélder Rosalino não se lembra de ter visto “um debate tão intenso” sobre a política monetária como atualmente, com muitos responsáveis políticos a pedirem cautela no aperto das condições financeiras para não atirar as economias para uma recessão.

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Caiado Guerreiro assessora compra do hotel Exe Essenzia Porto

A equipa da Caiado Guerreiro foi liderada pelo sócio Ricardo Lopes e acompanhou todo o processo de aquisição do imóvel por parte da JWP Golden Fund.

A sociedade de advogados Caiado Guerreiro assessorou a compra do imóvel onde está instalado o hotel Exe Essenzia Porto, ao assistir a JWP Golden Fund na aquisição da Exubersólido. A empresa detém o recém-construído hotel no centro da cidade do Porto, tendo a operação de compra da propriedade ativa envolvido aspetos imobiliários, societários e fiscais.

O processo foi liderado pelo sócio Ricardo Lopes e contou com a participação de Zuzanna Maria Sadlowska e João Sismeiro Pereira. A equipa da Caiado Guerreiro prestou um acompanhamento jurídico de todas as questões inerentes ao processo, desde a negociação até ao acordo de aquisição e respetivos contratos.

“O êxito destas operações resultam do conhecimento e da experiência que a equipa Caiado Guerreiro adquiriu ao longo de décadas em áreas bastante exigentes”, sublinhou João Caiado Guerreiro, managing partner da Caiado Guerreiro.

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CGD vai pagar 600 a 900 euros aos trabalhadores que recebam até 2.700 euros

Banco público vai pagar entre 600 e 900 euros aos trabalhadores que recebam até 2.700 euros mensais, de forma a mitigar os efeitos da inflação.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai realizar um pagamento extraordinário de 600 a 900 euros aos trabalhadores que recebam até 2.700 euros por mês, consoante o salário de cada um, para ajudar a mitigar os efeitos da inflação, revelou o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) em comunicado. A transferência será feita em dezembro.

Num comunicado divulgado posteriormente, o banco público esclarece que os trabalhadores com um rendimento mensal “igual ou inferior a 1.500” euros vão receber 900 euros em dezembro, ao passo que os funcionários com um salário “acima de 1.500 euros e igual ou inferior a 2.700 euros”, vão receber 600 euros.

Além disso, o banco público dará também a possibilidade de o trabalhador antecipar até 50% o recebimento do subsídio de Natal “durante o primeiro Semestre de 2023” ou, em alternativa, receber a totalidade deste subsídio em duodécimos. Haverá ainda uma “majoração dos Prémios e Incentivos a pagar em 2023″.

O banco liderado por Paulo Macedo justifica esta decisão com o “aumento inusitado da inflação” que “tem afetado de forma anormal o rendimento disponível dos seus colaboradores, particularmente daqueles que integram agregados familiares que auferem remunerações mais baixas”, adianta ainda a nota de imprensa. O STE regista “positivamente esta decisão”, mas lamenta “a sua morosidade”.

Por outro lado, este sindicato “regista negativamente” que a administração da CGD “não esteja disponível para negociar a revisão intercalar e excecional da tabela salarial para 2022″, tal como tinha sido proposto por este sindicato. Em fevereiro, o banco público tinha fechado com os sindicatos a revisão das tabelas salariais para este ano.

Apesar deste pagamento, “o STEC não abdicará que a negociação da tabela salarial para 2023 reverta esta indesmentível e substancial perda de poder de compra, reconhecendo-se os trabalhadores como uma mais-valia determinante para o funcionamento, imagem e resultados do banco público”, conclui a nota enviada pelo sindicato.

Numa altura em que a inflação ultrapassa os 10% em Portugal, o ritmo mais elevado em cerca de 30 anos, várias instituições financeiras têm avançado com apoios extraordinários aos seus trabalhadores. É o caso do BCP, que anunciou na semana passada que vai pagar um apoio extraordinário de 500 euros a todos os trabalhadores “sem viatura atribuída”, em dezembro.

Já o Crédito Agrícola vai atribuir ainda este mês um apoio “pontual” de até 750 euros aos colaboradores para “fazer face ao atual contexto económico”. Ao mesmo tempo, o Santander anunciou em outubro que ia pagar mais 750 euros aos trabalhadores que ganham até 30 mil euros.

Paralelamente, também o Governo começou a pagar a 20 de outubro um cheque de 125 euros para os cidadãos não pensionistas com rendimentos até 2.700 euros mensais brutos, para ajudar a atenuar os efeitos do aumento dos preços.

(Notícia atualizada às 10h49 com o comunicado da Caixa Geral de Depósitos)

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Em 2020, IRS reduziu desigualdades em 12%

  • ECO
  • 10 Novembro 2022

O IRS terá reduzido as desigualdades de rendimento entre contribuintes, incluindo os pensionistas, em 12% em 2020, concluiu um estudo do GPEARI do Ministério das Finanças.

O IRS terá reduzido as desigualdades de rendimento entre contribuintes, incluindo os pensionistas, em 12% em 2020, concluiu o Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério das Finanças, avança o Jornal de Negócios.

O estudo utilizou microdados administrativos anonimizados relativos às notas de liquidação de IRS de 2020, ao abrigo de uma parceria com o Fisco, o que permitiu perceber os efeitos redistributivos e taxas efetivas deste imposto. Olhando para as fatias do rendimento total dos portugueses, antes e depois do pagamento de IRS, o estudo concluiu que os 50% que menos recebem são os que mais ganham com o imposto.

Segundo o Ministério das Finanças, o imposto é redistribuído dos que pagam mais IRS para os que pagam menos, dado que a fatia dos 10% mais ricos diminui 4,5 pontos percentuais e a fatia dos 50% mais pobres aumenta três pontos percentuais. “A redistribuição é maior se os mais ricos pagarem relativamente mais”, afirma Alexandre Mergulhão, responsável por este estudo, em declarações ao Negócios.

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Gestores de RH reúnem-se hoje no Porto. Debatem o próximo nível na gestão das pessoas e dos negócios

O 53.º Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG) decorre esta sexta-feira, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, a partir das 9h00.

É já hoje que os profissionais de recursos humanos e especialistas em liderança vão reunir-se, no Porto, para conversar sobre o papel da gestão de pessoas no mundo e debater qual será o próximo nível na gestão de RH e dos negócios. O 53.º Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG) by Pessoas decorre esta sexta-feira, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, a partir das 9h00.

“Será um espaço de partilha comum sobre transformação, futuro e digitalização do trabalho, felicidade e bem-estar nas organizações, gestão de pessoas no mundo, experiência do colaborador, liderança, people analytics e people & business. Penso que qualquer pessoa que tenha a oportunidade de estar presente nesta edição sairá do evento com novas ideias, novas perspetivas, novas metodologias e, sobretudo, um refresh no que toca aos temas que irão ser abordados”, afirma Pedro Ramos, presidente da APG, em declarações à Pessoas.

“Este é o nosso papel e objetivo enquanto APG: proporcionar aos nossos associados/as e seguidores a informação e experiência mais atual (e futura) sobre People & Business. No fundo, queremos acrescentar valor e trazer ao nosso público o melhor que se faz em Portugal e no mundo”, acrescenta.

O grande objetivo deste evento é, aliás, descrito no título do congresso: “Taking People & Business to the next level”. “Chegou o momento de passar de nível, elevar o papel da gestão das pessoas no mundo e associar essa nova dimensão à própria gestão das empresas”, refere o gestor.

Ao todo são esperados cerca de 350 participantes, num formato que volta a ser totalmente presencial.

Um evento aberto ao mundo para partilhar as melhores práticas

Pela sua dimensão internacional, o 53.º Encontro Nacional da APG tem, este ano, uma designação acrescida com o subtítulo “International People’s Conference”. “A ideia é que todos possamos aprender com os melhores oradores internacionais e nacionais, adquirindo novas perspetivas das melhores práticas no nosso país, mas também a nível internacional.”

Gestão de pessoas outside-in, HR influencer, saúde física e mental, segurança, competências críticas na era digital, humanização das organizações, people analytics, aprendizagem organizacional, o poder da liderança empoderadora e employee experience são apenas alguns dos temas que vão estar em debate no palco do Encontro Nacional da APG.

“Todos estes temas fazem parte de um puzzle que construímos e que vai ao encontro do tema chave do evento, ou seja, elevarmos as pessoas nas organizações a um novo nível, com novas abordagens de gestão e compreensão das dinâmicas organizacionais”, garante o presidente da APG.

“Este é um dos melhores cartazes de sempre em Portugal no que toca a eventos de gestão de pessoas e negócios. Conseguimos reunir oradores de 12 países diferentes, tornando a cidade do Porto no verdadeiro Hub People & Business neste dia 11 de novembro. Todos estes oradores foram escolhidos a dedo pelo seu expertise e experiência.”

“É a primeira vez que conseguimos reunir num evento verdadeiras ‘estrelas’ e referências mundiais, como Ken Blanchard, um dos maiores gurus de liderança mundial e autor best-seller, Dave Ulrich, um dos principais autores, investigadores e opinion leaders global de gestão de pessoas, Leyla Nascimento, membro do board da WFPMA e referência na lusofonia, Philipp Zimmermann, head of HR strategy da Siemens, entre outros oradores de renome internacional e nacional que se vão juntar a nós neste evento”, detalha Pedro Ramos.

Conheça todos os oradores e o programa completo do evento aqui.

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