Bolsas aceleram até 2% e acompanham rally em Wall Street

Depois da Fed, esta quinta é a vez de o Banco de Inglaterra anunciar decisões. Analistas antecipam subida dos juros em 25 pontos base. Ações europeias acompanham rally de 3% em Wall Street.

Wall Street teve esta quarta-feira a melhor sessão em dois anos, com o S&P 500 a acelerar cerca de 3%, depois de a Reserva Federal americana ter subido os juros em 50 pontos. O rally de Nova Iorque chegou à Europa, onde os principais índices valorizam até 2%.

O PSI também segue a onda, abrindo em alta de 0,62% para 5,967,98 pontos, com 13 das 15 cotadas em território de ganhos.

Para esta quinta-feira está reservada a decisão do Banco de Inglaterra, sendo que os analistas antecipam uma subida de 25 pontos base. Os bancos centrais estão a apertar as condições financeiras num esforço para controlar a subida dos preços. Entre os principais bancos centrais mundiais, apenas o Banco Central Europeu ainda não mexer nos juros, mas deverá fazê-lo em julho.

Na Europa, o índice de referência Stoxx 600 avança 1,49% para 447,96 pontos, acompanhado pelas principais praças do Velho Continente: de Madrid a Frankfurt, os ganhos situam-se entre 1% e mais de 2%, num arranque de sessão em que os investidores evidenciam um forte apetite pelo risco.

Em Lisboa, é a Altri quem lidera os ganhos: as ações da papeleira somam 3,84% para 6,765 euros. A energia está a ter também um bom desempenho, com a Greenvolt (controlada pela Altri) a ganhar 2,23% e a EDP Renováveis a subir 1,31%.

Altri avança quase 4%

Os pesos pesados Jerónimo Martins e BCP valorizam 2,02% e 0,89%.

Corticeira Amorim e Nos travam maiores ganhos na praça portuguesa, ao deslizarem 2,10% e 0,58%, respetivamente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Correções no e-fatura atrasam pagamento do apoio à retoma

  • ECO
  • 5 Maio 2022

Empresas que reclamaram dos valores de faturação indicados pela AT enfrentam problemas em receber o apoio à retoma, porque Fisco e Segurança Social não se entendem.

As empresas que reclamaram dos valores de faturação indicados pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), após terem feito correções na plataforma e-fatura que a AT não teve em consideração, enfrentam problemas em receber o apoio à retoma, devido a desentendimentos entre o Fisco e o Instituto da Segurança Social (ISS), avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

Segundo a Provedoria da Justiça, enquanto o Instituto da Segurança Social “invoca que apenas pode rever as decisões de indeferimento com a confirmação por parte da AT dos valores da faturação depois de corrigida”, a AT “alega que, de acordo com o protocolo de colaboração outorgado com o ISS, não há lugar a novas verificações relativas a períodos que já foram objeto de conferência”.

no ano passado, foi também a Provedoria da Justiça a lançar o alerta, depois de ter recebido dezenas de queixas de empresas em dificuldades provocadas ainda pela pandemia e que esperavam meses para receber o apoio à retoma progressiva da atividade. Na altura, Lúcia Amaral intercedeu junto do ISS, para que se procedesse ao pagamento dos apoios em falta, “sem prejuízo de posterior confirmação da quebra de faturação indicada”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo deixa derrapar seis projetos de modernização das Forças Armadas

  • ECO
  • 5 Maio 2022

Seis projetos da Defesa, que equivalem a cerca de 10% do projetado na Lei de Programação Militar de 2021, derraparam no ano passado e terminarão além do prazo inicialmente previsto.

Para 2021, a área da Defesa tinha seis projetos calendarizados cujos prazos já derraparam em resultado da baixa execução da Lei de Programação Militar (LPM) o ano passado, noticia o Público (acesso condicionado). Correspondendo a cerca de 10% do total de 69 projetos, estão classificados em “caminho crítico” no relatório de execução da LPM, o que significa que terminarão para lá do prazo inicialmente previsto.

Entre os seis projetos em causa — a rede fixa de comunicações militares, o sistema de contra informação das Forças Armadas, a compra de helicópteros da Marinha, a construção de dois navios salva vidas, a modernização dos C-130 e a compra de helicópteros ligeiros de ataque –, alguns têm agora 2030 como data real apontada para o fim da sua execução. De resto, a outros 25 projetos são reconhecidos atrasos “passíveis de recuperação até ao final do prazo planeado”, e 38 estão a cumprir os prazos.

Por ramos, o Exército é o que tem maior nível de execução, com 89%, correspondente a cerca de 48 milhões de euros. Segue-se a Marinha com 69%, a Força Aérea, com uma taxa de execução de 53% e, finalmente, o Estado-Maior General das Forças Armadas a contabilizar 29% da execução prevista. Contudo, a taxa de execução de 54% da LPM em 2021 é uma das mais baixas dos últimos anos, verificando-se mesmo uma descida acentuada face aos anos anteriores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lone Star indica Mark Bourke para CEO do Novobanco

Mark Bourke, atual administrador financeiro, é o nome proposto pelo acionista americano para substituir António Ramalho à frente do Novobanco. Há mais novidades no novo conselho de administração.

Apresentação de resultados anuais de 2021 do Novo Banco - 09MAR22
António Ramalho entre os administradores Luísa Soares da Silva e Mark Bourke, este último escolhido para próximo CEO.Hugo Amaral/ECO

Mark Bourke, atual administrador financeiro do Novobanco, é o nome escolhido pelos americanos da Lone Star para substituir António Ramalho na liderança do banco. Mas há mais novidades no novo conselho de administração que aumenta para sete membros e cujos nomes já foram submetidos para avaliação de idoneidade pelos reguladores para poderem iniciarem funções.

Leigh Bartlett será o CFO (ocupando o lugar do responsável irlandês) e Carlos Brandão, ex-presidente do Barclays Portugal e Bankinter Portugal e que foi o porta-voz do banco na comissão parlamentar de inquérito, é promovido a administrador com o pelouro do risco.

Carlos Brandão ficará com o pelouro que está atualmente nas mãos de Rui Fonte e este ficará responsável pelo novo cargo de Chief Credit Officer. Além de Rui Fonte, também os administradores Luís Ribeiro, Andrés Baltar e Luísa Soares da Silva continuam na administração para o novo mandato até 2025.

As decisões foram tomadas pelo Conselho Geral e Supervisão (CGS) do Novobanco, onde o Lone Star, que detém 75% do banco, está representado.

Mark Bourke é o “candidato ideal com mais de 20 anos de experiência como administrador executivo (em funções de CEO e de CFO) em instituições financeiras reguladas”, considerou o CGS em comunicado enviado esta quinta-feira ao mercado e onde dá conta das mudanças.

Além disso, o gestor irlandês tem “experiência e conhecimento significativo do mercado e sistema bancário português, adquiridos como CFO nos últimos três anos do Novobanco” e tem “as competências e experiência necessárias para liderar o banco na próxima fase de desenvolvimento”, acrescenta.

Em relação a Leigh Bartlett, é o atual CEO do britânico Masthaven Bank, tendo passado pelo Royal Bank of Scotland, com o banco português a salientar que se trata de “um CFO de elevado renome, com o seu conhecimento, perícia e experiência de mais de 15 anos na indústria de serviços financeiros”.

As mudanças na administração do banco surgem na sequência do pedido de saída de António Ramalho da liderança da instituição financeira, anunciado há cerca de um mês e que está previsto que ocorra em agosto. Ramalho sai debaixo de fogo depois das polémicas relacionadas com Luís Filipe Vieira e com os pedidos de capital junto do Fundo de Resolução.

O CGS diz que já submeteu toda a informação relevante da nova administração ao Banco de Portugal e ao Banco Central Europeu para aprovação.

A equipa liderada por Mark Bourke iniciará um novo mandato até 2025, não havendo continuidade do atual mandato iniciado por Ramalho. “Por existirem dois novos membros do conselho de administração executivo e pelo facto de as funções e responsabilidades de dois atuais membros mudarem substancialmente, deveria existir um novo mandato de quatro anos”, justificou o CGS.

O Novobanco acabou de anunciar lucros de 142,7 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o dobro do que tinha registado no mesmo período do ano passado. Além do Lone Star, que é acionista maioritário, o banco é detido pelo Fundo de Resolução (23,4%) e diretamente pelo Estado (através da DGTF, que tem 1,6%).

(Notícia atualizada às 8h37)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Apoio à retoma, Forças Armadas e testes à Covid-19

  • ECO
  • 5 Maio 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Empresas que reclamaram dos valores de faturação indicados pela Autoridade Tributária enfrentam problemas em receber o apoio à retoma. Seis projetos da Defesa derraparam no ano passado e já não terminam dentro do prazo. Especialistas consideram prematuro o fim da gratuitidade dos testes de antigénio nas farmácias face a novo aumento de infeções diárias por Covid-19. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Correções no e-fatura atrasam pagamento do apoio à retoma

As empresas que reclamaram dos valores de faturação indicados pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), após terem feito correções na plataforma e-fatura que a AT não teve em consideração, enfrentam problemas em receber o apoio à retoma, devido a desentendimentos entre o Fisco e a Segurança Social (ISS), segundo a Provedoria da Justiça. Enquanto o Instituto da Segurança Social “invoca que apenas pode rever as decisões de indeferimento com a confirmação por parte da AT dos valores da faturação depois de corrigida”, a AT “alega que, de acordo com o protocolo de colaboração outorgado com o ISS, não há lugar a novas verificações relativas a períodos que já foram objeto de conferência”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Governo conta com apoio das freguesias para atribuir pensões mais rápido

O Instituto de Segurança Social e a Associação Nacional de Freguesias assinam esta quinta-feira um protocolo de colaboração que visa agilizar o procedimento de atribuição da prestação de apoio a pensionistas através da Segurança Social Direta. De momento, o tempo médio de espera das pensões de velhice é cerca de 76 dias, segundo o secretário de Estado da Segurança Social. Com este protocolo, quem optar por fazer o pedido de pensão online, através da “Pensão na Hora”, vai esperar menos tempo pela sua atribuição.

Leia a notícia completa na Renascença (acesso livre)

Governo deixa derrapar seis projetos de modernização das Forças Armadas

Para 2021, a área da Defesa tinha seis projetos calendarizados cujos prazos já derraparam em resultado da baixa execução da Lei de Programação Militar (LPM) no ano passado. Eram eles a rede fixa de comunicações militares, o sistema de contra informação das Forças Armadas, a compra de helicópteros da Marinha, a construção de dois navios salva vidas, a modernização dos C-130 e a compra de helicópteros ligeiros de ataque. Correspondem a cerca de 10% do total de 69 projetos e estão classificados em “caminho crítico” no relatório de execução da LPM, o que significa que terminarão para lá do prazo inicialmente previsto.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Especialistas pedem regresso dos testes gratuitos à Covid-19

Os especialistas consideram prematuro o fim da gratuitidade dos testes de antigénio nas farmácias, numa altura em que o país regista uma média de 11 mil casos diários de infeção por SARS-CoV-2. A linha SNS24 está novamente sob pressão, tendo sido atendidas mais de 34 mil chamadas só na terça-feira, mais 79% face ao mesmo dia na semana passada. Esta situação já obrigou a um reforço das escalas, ao qual não é alheio o aumento da incidência do vírus.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível)

Estado recuperou 407 milhões da garantia ao BPP. Falta reaver 43 milhões

Mais de uma década depois da liquidação do Banco Privado Português (BPP), o Estado recuperou 407 dos 450 milhões das garantias prestadas à instituição fundada por João Rendeiro, mas ainda não há data para reaver os restantes 43 milhões de euros, revela o Ministério das Finanças. Somente após o pagamento da totalidade da dívida ao Estado é que os credores comuns poderão receber os valores em falta, algo que a comissão liquidatária do BPP já tinha dado conta em setembro passado, dizendo que não pode fazer pagamentos parciais aos credores comuns. Este cenário leva a associação de lesados do banco a temer que, face às despesas da comissão liquidatária, acabem por não receber nada.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Consumo de antibióticos aumenta até 2019, mas cai nos anos da pandemia

  • Lusa
  • 5 Maio 2022

Consumo de antibióticos em ambulatório teve uma “tendência ligeiramente crescente” entre 2013 e 2019, mas caiu nos anos da pandemia, mostra relatório divulgado no Dia Mundial da Higiene das Mãos.

O consumo de antibióticos em ambulatório aumentou ligeiramente entre 2013 e 2019 em Portugal, mas registou uma redução acentuada a partir de 2020 devido à pandemia de covid-19, avança um relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado.

“Em ambulatório, a redução de incidência de infeções respiratórias bacterianas pela restrição à circulação e aglomeração de pessoas e pelo uso generalizado de máscara e, por outro lado, a redução de acesso a consulta médica determinaram uma franca redução de consumo de antibióticos”, adianta o relatório anual do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA) da DGS.

Publicado esta quinta-feira, no Dia Mundial da Higiene das Mãos, o documento refere que o consumo de antibióticos em ambulatório teve uma “tendência ligeiramente crescente” entre 2013 e 2019, mas mantendo-se sempre abaixo da média europeia.

“Em 2020, pelo contexto pandémico, verificou-se uma marcada redução de consumo, que parece sustentada em 2021. Esta redução foi mais marcada do que a da média europeia”, adiantam ainda os dados do PPCIRA.

No entanto, o rácio de antibióticos de largo espetro sobre os de espetro estreito aumentou entre 2018 e 2021 e de forma mais acentuada do que na média europeia, o que faz com que Portugal tenha o “quinto pior resultado à escala europeia neste indicador”, alerta o relatório divulgado pela DGS.

Já relativamente ao consumo hospitalar de antibióticos, o documento refere que se tem mantido estável desde 2013 e abaixo da média europeia.

“O consumo de um grupo de antibióticos de uso hospitalar mais associado ao tratamento de infeções causadas por bactérias multirresistentes tem-se mantido estável desde 2014, resolvendo a tendência crescente que se verificou entre 2011 e 2014”, nota ainda o relatório.

“Parece-nos que o contexto pandémico teve influência significativa nos indicadores de consumo de antibióticos”, admitem os autores do relatório do PPCIRA, programa prioritário de saúde criado em 2013.

O documento conclui também que a adesão ao cumprimento da higiene das mãos aumentou progressivamente a partir de 2016, sendo “particularmente significativo o aumento ocorrido entre 2019 e 2020 no contexto pandémico”.

Nas unidades de saúde, “entre esses dois anos, a taxa de cumprimento global e a taxa de cumprimento do primeiro momento de higiene das mãos aumentaram de 75,7 para 82,7% e de 68,0 para 76,2%, respetivamente”, refere o documento.

De acordo com os dados do programa, entre 2015 e 2020, verificou-se uma redução da incidência da taxa global de infeção em locais cirúrgicos, de infeção da corrente sanguínea adquirida em hospital, de pneumonia associada a tubo endotraqueal em unidades de cuidados intensivos de adultos e neonatais e de infeção por ‘Clostridioides difficile’.

“O período pandémico levou a significativo decréscimo da amostra de vigilância epidemiológica de infeções hospitalares, decorrente sobretudo da dedicação dos grupos locais do PPCIRA à batalha contra a covid-19”, reconhece o relatório.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Petróleo prolonga ganhos com embargo da UE à Rússia

Preços do barril disparam 5% na quarta e voltam a subir cerca de 1% depois de Bruxelas ter anunciado um embargo ao petróleo da Rússia como resposta à "agressão brutal" contra a Ucrânia.

Após o disparo de 5% na sessão anterior, os preços do petróleo prolongam os ganhos esta quinta-feira, na sequência da proposta da Comissão Europeia para cortar as importações de petróleo à Rússia, no âmbito do sexto pacote de sanções contra Moscovo por causa da invasão da Ucrânia.

Em Londres, pelas 7h00 (hora de Lisboa), o brent valoriza 0,92% para 111,15 dólares por barril. Em Nova Iorque o barril de crude WTI também avança 0,72% para 106,86 dólares. Ambos contratos sobem para o valor mais elevado em cerca de duas semanas.

A impulsionar as cotações do “ouro negro” estão as novas medidas de restrição da União Europeia contra a Rússia por causa da “agressão brutal” à Ucrânia, que incluem um embargo ao petróleo russo dentro de seis meses e aos produtos refinados até final do ano. As sanções precisam de ser aprovadas unanimemente pelos 27 Estados membros.

Petróleo prolonga subidas

A proposta apresentada esta quarta-feira pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, determina ainda que as companhias da UE terão de deixar de prestar serviços de transporte, corretagem, seguro e financiamento para o transporte de petróleo russo.

“É provavelmente um game changer para o mercado de petróleo e produtos refinados”, adiantou o analista da CBA Vivek Dhar, numa nota citada pela Reuters.

A UE importa cerca de 3,5 milhões de barris de petróleo e produtos petrolíferos à Rússia todos os dias, e terá de encontrar fornecedores alternativos caso a proposta seja aprovada. Alguns países estão preocupados com o impacto da medida, nomeadamente o tempo para se adaptarem ao embargo. Eslováquia e Hungria terão até 2023 para aplicar o embargo.

Entretanto, a OPEP e aliados (OPEP+) deverão anunciar esta quinta-feira um novo aumento das metas de produção em 432 mil barris por dia em junho, no âmbito de um plano de normalização da atividade após o impacto da pandemia. O secretário-geral da OPEP, Mohammad Barkindo, tem dito que não será possível substituir a oferta russa e manifestou-se preocupado com o abrandamento da procura na China, por causa dos confinamentos da Covid-19.

Na China, o setor dos serviços contraiu ao segundo ritmo mais elevado de sempre em abril devido às medidas de combate à pandemia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa anuncia 2,1 milhões de euros em ajuda humanitária à Ucrânia

Primeiro-ministro de Portugal anunciou contribuição de 2,1 milhões de euros em ajuda humanitária à Ucrânia, dos quais um milhão de euros para as respostas das Nações Unidas.

Portugal vai contribuir com 2,1 milhões de euros em ajuda humanitária à Ucrânia, dos quais um milhão de euros para as respostas das Nações Unidas e 1,1 milhões adicionais, anunciou o primeiro-ministro português, António Costa.

Esta quinta-feira deverá também começar um cessar-fogo de três dias em torno do complexo siderúrgico de Mariupol, o último bastião da resistência ucraniana nesta cidade portuária estratégica. No resto da Ucrânia os combates prosseguem neste 71.º dia de guerra, mas os analistas duvidam que a Rússia consiga um sucesso militar até ao Dia da Vitória.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo pede ao Fisco para estudar impostos sobre criptomoedas

O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais pediu à Autoridade Tributária (AT) uma "avaliação" à forma como outros países taxam os criptoativos. Objetivo é propor um novo enquadramento fiscal.

A Autoridade Tributária e Aduaneira está a avaliar a forma como os outros países estão a taxar os ganhos obtidos com a venda de criptoativos, onde se incluem as criptomoedas, como a bitcoin. Este trabalho resulta de um pedido do Governo e tem como objetivo propor um enquadramento fiscal para estes novos instrumentos, apurou o ECO.

“O Governo apoia uma posição concertada sobre esta matéria a nível europeu. Não obstante, determinou, por despacho do Secretário de Estado dos Assuntos fiscais, datado de 2021, que a Autoridade Tributária e Aduaneira estudasse o enquadramento dos criptoativos à luz das melhores práticas internacionais”, diz fonte oficial do Ministério das Finanças.

Em concreto, o Ministério das Finanças explica que este trabalho está a ser feito “no sentido de propor um enquadramento fiscal adequado a estes novos instrumentos, tendo em conta o necessário equilíbrio entre a repartição justa dos rendimentos e da riqueza e a atração do investimento estrangeiro”. “Esta avaliação ainda não foi finalizada”, acrescenta.

Portugal é um dos poucos países em que as mais-valias da venda de criptomoedas não estão sujeitas a IRS. A falta de um enquadramento fiscal para os criptoativos tem levado a que o país seja considerado, com frequência, um “paraíso fiscal” nos círculos de entusiastas destes instrumentos.

Com esta resposta, o Ministério das Finanças tenta um equilíbrio complexo. Por um lado, reconhece implicitamente que os criptoativos, tal como outros instrumentos financeiros, devem ter um enquadramento fiscal adequado. Mas, por outro, considera que um novo regime não deve penalizar a atração de investimento estrangeiro.

Em 20 de dezembro de 2021, já depois da dissolução da Assembleia da República, o ECO noticiou que o Ministério das Finanças estava à espera do Parlamento para poder taxar as criptomoedas e que o tema deveria ser discutido nesta nova legislatura. Um dia depois, o Bloco de Esquerda propôs alargar o IRS às criptomoedas no seu programa eleitoral.

Ora, não é só o Governo que está a olhar para este assunto — também poderão haver avanços nesta vertente em breve no Parlamento. Já haverá quem se esteja a preparar para suscitar um debate em torno do tema, apurou o ECO, o que pode acontecer depois de fechado o dossiê do Orçamento do Estado para 2022.

Antes associadas a fraudes e à criminalidade, as criptomoedas estão hoje sob o olhar atento de múltiplas organizações. Além disso, os ganhos obtidos com a venda destes ativos estão sujeitos a impostos em países como Espanha e França, por exemplo.

Em 30 de novembro, o Banco de Portugal promoveu uma reunião interbancária em Lisboa para discutir o tema da criação do euro digital pelo BCE, assim como os desenvolvimentos em torno da bitcoin e dos criptoativos em geral. Já este ano, lançou um “grupo de contacto” em torno destes temas, uma linha de diálogo com vários players do setor financeiro, incluindo a Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoedas.

"O Governo apoia uma posição concertada sobre esta matéria a nível europeu. Não obstante, determinou, por despacho do secretário de Estado dos Assuntos fiscais, datado de 2021, que a Autoridade Tributária e Aduaneira estudasse o enquadramento dos criptoativos à luz das melhores práticas internacionais no sentido de propor um enquadramento fiscal adequado a estes novos instrumentos, tendo em conta o necessário equilíbrio entre a repartição justa dos rendimentos e da riqueza e a atração do investimento estrangeiro, sendo que esta avaliação ainda não foi finalizada.”

Fonte oficial do Ministério das Finanças

O que diz a lei atual?

Em 2016, a Autoridade Tributária, a pedido de um contribuinte, analisou juridicamente o Código do IRS para aferir a possibilidade de as criptomoedas estarem sujeitas a esse imposto. A informação vinculativa que emitiu refere que “os rendimentos gerados” por essa atividade “podem, em tese, ser integrados em três categorias de rendimentos, designadamente, acréscimos patrimoniais (categoria G), rendimentos de capitais (categoria E) e rendimentos empresariais ou profissionais (categoria B).

Sobre a categoria G, o Fisco recordou que o artigo 10.º do Código do IRS diz serem tributáveis um conjunto muito específico de mais-valias. “Ora, o legislador, quando construiu esta norma de incidência, recorreu a uma tipificação fechada”, ou seja, “a tributação só incide sobre os ganhos derivados dos factos ali descritos” e em nenhum se enquadra as criptomoedas. “Pelo que se conclui não ser esta realidade tributável em sede de categoria G”, escreveu a autoridade.

A mesma conclusão foi tirada para a categoria E. Apesar de a norma de incidência estar “construída de uma forma aberta”, o Fisco indicou que, na vertente das criptomoedas, “o rendimento produzido é obtido pela venda do direito, pelo que não será passível de ser tributada em sede” dessa categoria.

Por fim, no que toca à categoria B, tratando-se de rendimentos do trabalho independente, o Fisco entendeu que pode haver direito ao pagamento de imposto, se se estiver perante “rendimentos” obtidos pelo “exercício de uma atividade empresarial ou profissional”.

“Conclui-se, assim, que a venda de criptomoeda não é tributável face ao ordenamento fiscal português, a não ser que, pela sua habitualidade, constitua uma atividade profissional ou empresarial do contribuinte, caso em que será tributado na categoria B”, finaliza o despacho da Autoridade Tributária.

Em março de 2021, a sociedade de advogados RFF aconselhou os investidores a manterem, ainda assim, os registos das transações com criptomoedas, para evitar eventuais problemas com as Finanças. “É aconselhável que os contribuintes mantenham um registo capaz de justificar a origem dos seus rendimentos, especialmente caso efetuem certas despesas, potencialmente vistas pelo legislador fiscal como manifestações de fortuna”, escreveu a empresa num documento informativo sobre o tema.

Em setembro, o Decrypt, um site especializado em criptoativos, publicou uma lista de 11 países onde não há impostos sobre os ganhos com bitcoins: “Portugal tem um dos regimes fiscais mais amigos das criptomoedas”, escreveu a publicação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gasóleo custa mais 29 cêntimos na bomba mais cara. Veja onde é mais barato abastecer

Diferença entre gasóleo simples mais caro e mais barato em Portugal é de quase 29 cêntimos. Veja os mapas e descubra onde é mais barato abastecer.

O prometido desconto no ISP para baixar os preços dos combustíveis, que imita o efeito da decida do IVA de 23% para 13%, chegou esta semana às bombas. Em média, a gasolina caiu quase 10 cêntimos e o gasóleo desceu 8,6, segundo os dados oficiais. Ainda assim, os preços continuam elevados face ao que os portugueses estavam habituados antes da guerra.

Sem contabilizar fatores como a distância ao posto, o consumo do automóvel, a qualidade do combustível e eventuais promoções, abastecer um carro com gasóleo simples na bomba mais barata do país significa pagar menos 28,5 cêntimos por litro do que no posto com o combustível mais caro, de acordo com os dados recolhidos pelo ECO no site Mais Gasolina, um agregador de preços reportados pelos próprios utilizadores.

Essa é a diferença entre os 1,699 euros por litro cobrados pelo Intermarché de Vilar Formoso (Guarda) e os 1,984 euros nas bombas da BP em Algoz (Algarve), Pé de Pedreira (Santarém), Dálvares (Viseu) e Meinedo (Porto), por exemplo, o preço mais caro que o ECO conseguiu encontrar na referida plataforma.

Os mapas seguintes mostram quais são as bombas com preços de gasóleo simples e gasolina 95 simples mais acessíveis para a sua carteira. Só foram tidas em conta as bombas com preço por litro mais baixo em cada um dos 18 distritos de Portugal continental, excluindo-se todos os postos para os quais não foram encontrados preços atualizados, pelo menos, a partir de 2 de maio. Não foi contabilizada a gasolina 98 nem os combustíveis aditivados. Veja nos mapas onde fica mais em conta abastecer.

Melhores preços no gasóleo:

Melhores preços na gasolina:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PME

Fundo inglês compra tecnológica do Porto que põe contabilistas nas “nuvens”

Após adquirir a bracarense Primavera BSS, Oakley volta a Portugal para reforçar portefólio com a Cloudware, criadora do software TOConline usado por 12 mil contabilistas e 145 mil empresas nacionais.

Vítor Pinho, Eurico Inocêncio e João Neto, que até agora compunham a estrutura acionista da Cloudware, chegaram a acordo com o fundo de investimento inglês Oakley Capital para a venda de 100% do capital desta tecnológica. Com sede e escritórios no Porto, onde emprega atualmente cerca de 30 profissionais, faturou 2,8 milhões de euros no ano passado, com um EBITDA de 1,8 milhões.

Menos de um ano depois da aquisição da bracarense Primavera BSS, que juntou em junho de 2021 a várias empresas espanholas para formar aquele que diz ser “o maior grupo ibérico de software empresarial”, a sociedade de capital de risco — tem mais de 4 mil milhões de euros ativos sob gestão e aposta sobretudo nos setores do consumo, educação e tecnologia — volta às compras em Portugal para “consolidar a liderança do grupo no setor da contabilidade”.

O Grupo Primavera, como passou a ser designado e em que a Oakley Capital detém uma participação maioritária, é agora composto por 11 empresas em Portugal e Espanha, como a Ekon, Contasimple, Diez Software ou Club del Asesor. Liderado por Santiago Solanas, que foi quem abordou a equipa de gestão da Cloudware para acertar a aquisição, conta atualmente com mais de 750 colaboradores, receitas anuais agregadas próximas de 70 milhões de euros e cerca de 140 mil clientes, dos quais 22 mil são escritórios de contabilidade.

Criada em 2011, a empresa teve como primeiro projeto o desenvolvimento do Meo Music para a Portugal Telecom, a maior plataforma nacional de streaming de música e vídeo, chegando a ter meio milhão de utilizadores. No entanto, foi um software criado com a Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) que a tornou mais conhecida no segmento empresarial. O serviço de gestão e contabilidade TOConline, que funciona com base na cloud (nuvem), é atualmente usado por 12 mil contabilistas e mais de 145 mil empresas portuguesas.

Vítor Pinho (CEO) e Eurico Inocêncio (CTO) fundaram a Cloudware em 2011.

Numa nota partilhada com o ECO, os fundadores assumem “um compromisso para com esta comunidade, que continuará a ser a aposta principal, reforçada com os recursos e sinergias que esta aquisição proporciona”. Formado no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), Vítor Pinho, atual CEO, foi developer na Medidata.net – Sistemas de Informação para Autarquias e passou depois mais de uma década na Sage Portugal, onde foi gestor de I&D e diretor de tecnologias (CTO). Eurico Inocêncio, licenciado na Faculdade de Engenharia na Universidade do Porto (FEUP), começou a carreira como investigador do INESC e foi CTO da empresa de sistemas de navegação NDrive.

Campanhã segue na “linha” do open banking

A “associação ao Grupo Primavera e a dimensão da Oakley” fazem os responsáveis da tecnológica acreditar na criação de sinergias, incluindo o conhecimento do mercado espanhol, que podem “acelerar o crescimento da empresa, a capacidade de investigação em tecnologias emergentes e a sua aplicabilidade à realidade das empresas e dos contabilistas”. “As soluções setoriais existentes no grupo irão permitir alargar a oferta da Cloudware, mantendo o seu foco de desenvolvimento nos produtos e no segmento de mercado que lidera atualmente”, asseguram Vítor Pinho e Eurico Inocêncio.

Em declarações ao ECO, Cláudio Miguel Carneiro, business manager da Cloudware, sublinha que os novos donos vão manter “a mesma estrutura, a chefia e a equipa”, que tem escritórios em Campanhã, na zona oriental da cidade Invicta. E antevê que, na sequência deste negócio, fechado por valores que as partes acertaram não divulgar, a empresa fica com “maior capacidade de crescimento e de desenvolvimento dos atuais projetos”. Incluindo na área do open banking, como o que tem em parceria com o Millennium BCP (M Contabilidade), que visa facilitar a realização de transações e a emissão de pagamentos a fornecedores e ao Estado.

Mantém-se a mesma estrutura, a chefia e a equipa. E vamos ficar com maior capacidade de crescimento e de desenvolvimento dos atuais projetos.

Cláudio Miguel Carneiro

Business manager da Cloudware

Do portefólio da empresa nortenha faz ainda parte a plataforma de gestão online Cloudware.business, lançada em 2015 e certificada pela Autoridade Tributária, focada no aumento da produtividade e na simplificação de tarefas administrativas. E através do Cloudware Learning Center formação em domínios como a gestão empresarial, contabilidade, fiscalidade ou legislação laboral.

“O nosso objetivo é oferecer as melhores soluções de software de gestão para as empresas e escritórios de contabilidade em Portugal e Espanha, adaptando-as constantemente às necessidades dos nossos clientes, e apoiando-nos em equipas altamente motivadas e inovadoras. A aposta na Cloudware e na liderança do Vítor e do Eurico são uma continuação do nosso caminho rumo à liderança no mercado de software de gestão ibérico. Reforçamos a presença no mercado dos contabilistas e expandimos a qualidade da oferta para todo o tecido empresarial português”, resume o CEO do Grupo Primavera, Santiago Solanas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Operação limpeza de fundos europeus vai voltar para acelerar execução

Ministra da Coesão avançou ao ECO que para acelerar a execução dos Programas Operacionais Regionais vai ser reativada a operação que liberta fundos europeus que estão parados sem execução.

A bolsa de recuperação vai voltar. Para acelerar a execução dos fundos dos programas operacionais regionais o Governo vai reativar a operação que corta os fundos dos projetos que estão parados, avançou ao ECO o Ministério da Coesão. Para além disso, os projetos com taxas de cofinanciamento abaixo da do montante máximo previsto vão ter um aumento da comparticipação, acrescentou o gabinete de Ana Abrunhosa que estará esta quinta-feira no Parlamento, na discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2022.

Todos os programas operacionais regionais têm uma taxa de execução inferior à média do atual quadro comunitário. De acordo com o boletim trimestral de monitorização, a taxa de execução do PT2020 é de 73%, mas do conjunto dos cinco programas operacionais do Continente é de 64% (4,99 mil milhões de euros executados em cerca de seis anos, isto porque os primeiros concursos foram lançados em dezembro de 2015).

“Até ao final de março, os Programas Operacionais Regionais do continente aprovaram mais de 33 mil operações, envolvendo 8,6 mil milhões de euros de fundos e um investimento total de 15,5 mil milhões de euros”, sublinha ao ECO o gabinete da ministra da Coesão.

Numa análise aos diferentes programas operacionais é possível perceber que, a nível temático, o Capital Humano é aquele que apresenta as mais elevadas taxas de execução (85%) seguido de perto pelo Compete (das empresas) com 82%. Em último lugar surge o POSEUR com 65% de taxa de execução, que se aproxima dos valores dos programas operacionais regionais do continente. O PO Lisboa executou 67% das suas verbas, o Algarve apenas executou 61%.

Estes valores, entretanto, já sofreram uma evolução. “Ao dia de hoje, a execução totalizava perto de 5,1 mil milhões de euros, o que representa uma taxa de execução de 65,4%. Os pedidos de pagamento em análise totalizam 4,1 p.p., o que equivale (na realidade) a uma taxa de execução de 70%”, acrescenta o gabinete de Ana Abrunhosa, quando confrontado com o desempenho dos PO Regionais face aos restantes programas operacionais.

O Governo quer acelerar estes valores e prevê que as cinco regiões do continente executem 1,36 mil milhões de euros de verbas do Portugal 2020 nos próximos nove meses. De acordo com a nota explica que o Ministério da Coesão territorial entregou no Parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do OE 2022, os programas operacionais regionais vão terminar 2022 com uma taxa de execução de 82%.

“Prevê-se que em 2022 sejam executados cerca de 1.500 milhões de euros de fundos europeus dos programas operacionais regionais do PT2020, alcançando uma taxa de execução de 82%, o que significa promover um investimento de cerca de 2.800 milhões de euros”, pode ler-se no documento. O PT2020 tem de estar totalmente executado até 2023.

Os atrasos na execução das PO Regionais estão há muito identificados e até foram lançadas medidas para acelerar a execução das verbas que em todos os casos estão em overbooking para acautelar eventuais perdas que se possam vir a verificar. O overbooking dos PO Regionais do Continente era de 112%, no final do primeiro trimestre.

Questionados sobre se estão a ser tomadas medidas adicionais para acelerar a execução, fonte oficial do Ministério revelou que vão ser tomadas “várias medidas”, como o “aumento das taxas de cofinanciamento de projetos que têm uma comparticipação abaixo da máxima permitida”, mas também através da reativação “uma bolsa de recuperação, que permita descativar projetos que não se executaram, numa avaliação feita com as autarquias e os outros beneficiários”. Esta bolsa tinha sido lançada em fevereiro de 2020, com o objetivo de libertar 1,27 mil milhões de euros, para que pudessem voltar a ser usados. Mas com a chegada da pandemia, a operação limpeza acabou por ser suspensa.

Outra das medidas que o Ministério vai adotar para acelerar a execução dos fundos é o lançamento de “avisos de overbooking condicionado, que permitem criar uma bolsa de projetos já com muita elevada execução, para cobrir eventuais quebras de execução”, explicou fonte oficial do Ministério da Coesão. E “abrindo avisos de concurso ainda no PT 2020, para termos tesouraria para a execução dos projetos de arquitetura e execução, que depois possam transitar para o PT 2030, o que permitirá iniciar mais cedo a execução do próximo quadro”, acrescentou a mesma fonte.

A nota explica que o Ministério da Coesão territorial entregou no Parlamento revela ainda que o Governo vai alterar “fórmula de cálculo da revisão de preços” para acolher as “variações de custos nos preços das empreitadas”, confrontadas com um “aumento dos custos dos materiais e outros custos”. Simultaneamente, este aumento na revisão de preços poderá ser também comparticipado por fundos europeus, acrescenta a nota.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.