Depois da queda de 10%, petróleo estabiliza nos 103 dólares

Com vários fatores a pesar no sentimento dos investidores, a negociação do petróleo têm sido marcada por volatilidade. O "ouro negro" recupera após queda, mas de forma ligeira.

Depois de uma queda de cerca de 10%, os preços do petróleo estabilizam, arrancando a sessão desta quarta-feira com uma recuperação ligeira. As preocupações com a oferta voltam à tona, mas os receios de que uma recessão global reduza a procura também têm assustado os investidores.

Pelas 7h00 de Lisboa, o Brent, que serve de referência às importações nacionais, subia 0,97%, para 103 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, continuava abaixo da fasquia dos 100 dólares, valorizando 0,4%, para 99,9 dólares.

Mesmo com as perdas de terça-feira, os analistas admitem que a matéria-prima possa voltar a subir. “Hoje há uma espécie de reinício. Não há dúvida, há cobertura curta e os caçadores de pechinchas estão a chegar“, apontou John Kilduff, sócio da Again Capital LLC, citado pela Reuters.

Há vários fatores a afetar os preços, nomeadamente preocupações com a oferta. O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Mohammad Barkindo (que morreu na terça-feira à noite, aos 63 anos, a menos de um mês de terminar o mandato) disse que a indústria está “sob cerco” devido a anos de subinvestimento, acrescentando que a escassez pode ser aliviada se fornecimentos extras do Irão e da Venezuela forem permitidos

Mesmo assim, uma greve no setor de petróleo na Noruega que tinha cortado a produção de petróleo e gás e que estava a levantar receios acabou por ser terminada com a intervenção do governo norueguês.

Por outro lado, pesam também no sentimento preocupações com uma recessão, nomeadamente depois de algumas estimativas iniciais indicarem que a economia dos EUA pode ter encolhido nos três meses de abril a junho, naquele que seria o segundo trimestre consecutivo de contração.

(Notícia atualizada às 8h45)

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Grupos de trabalho identificaram “número elevado de oportunidades de melhoria” nos aeroportos

Articulação com Turismo de Portugal, agilização dos processos de credenciação e unidades de check-in móveis são exemplos de medidas adotadas ou em curso.

Os grupos de trabalho criados pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) para preparar o verão encontraram um número elevado de oportunidades de melhoria nos aeroportos. Um dos desafios é a contratação de pessoal, tema que o regulador está a trabalhar com o Turismo de Portugal.

O supervisor avançou em maio com contactos para reunir vários intervenientes da aviação civil, como a ANA, concessionária dos aeroportos, a NAV, responsável pelo controlo do tráfego aéreo, a RENA, que representa as companhias aéreas em Portugal, ou as empresas de handling, como a Groundforce e a Portway.

Segundo resposta do regulador ao ECO, a autoridade contactou “proactivamente os diversos stakeholders da cadeia de valor do setor da aviação civil com o objetivo de serem identificados os potenciais constrangimentos nos vários aeroportos nacionais, de forma a permitir a respetiva avaliação e a criação de condições para uma efetiva recuperação do setor no verão 2022 nas infraestruturas aeroportuárias nacionais, com os menores constrangimentos possíveis”.

Deste trabalho resultou a identificação de “um número elevado de oportunidades de melhoria no sistema da aviação civil”, afirma o supervisor. “Nos casos das oportunidades de melhoria que não envolvem questões estruturais, tem vindo a ser possível encontrar soluções”, acrescenta.

Um dos desafios – transversal a vários atores da aviação civil – é a escassez de pessoal. A presidente da ANAC, Tânia Cardoso Simões, alertou no Parlamento em meados de junho que “a maior dificuldade para este verão é falta de recursos humanos”. Essa também foi uma das questões discutidas pelos grupos de trabalho, nomeadamente como “atenuar o impacto da falta de trabalhadores disponíveis“.

O ECO questionou a ANAC sobre as dificuldades e soluções encontradas. O regulador deu como exemplo o “trabalho conjunto com o Turismo de Portugal, uma vez que o setor do turismo enfrenta problemas semelhantes”. Além disso, garante que “estão a ser efetuados todos os esforços para agilizar os processos de obtenção das credenciais necessárias para aceder às áreas restritas, sem comprometer as questões de segurança”.

Outro exemplo de medidas discutidas e acordadas no âmbito dos grupos de trabalho prende-se com “o aumento de capacidade no check-in dos vários aeroportos, através da introdução de unidades de check-in móveis“.

O regresso à tão desejada normalidade, depois de 2 anos de pandemia, criou situações de retoma repentina que agora precisam de ser geridas.

Autoridade Nacional da Aviação Civil

“Estes são apenas alguns exemplos muito concretos de oportunidades de melhoria identificadas e medidas que foram ou estão a ser implementadas, para solucionar questões operacionais que podem ser solucionadas num curto prazo”, aponta a ANAC, salientando que a realidade que tem sido vivida no aeroporto de Lisboa “é comum a vários países”.

O regresso à tão desejada normalidade, depois de dois anos de pandemia, criou situações de retoma repentina que agora precisam de ser geridas“, conclui o supervisor liderado por Tânia Cardoso Simões.

Numa carta de resposta à Deco, o Governo garantiu que está em “contacto permanente” com a ANAC e com a ANA para tomar as medidas necessárias para melhorar as condições oferecidas aos passageiros. “Está igualmente em marcha o Plano de Contingência para o Verão nos Aeroportos nacionais, que entrou ontem, 4 de julho, na fase de máxima afetação de meios”, assinala também o governante.

Na segunda-feira, a CEO da TAP alertou que as dificuldades das companhias aéreas e do handling nos aeroportos, que tem provocado atrasos e o cancelamento de voos, vão persistir nas próximas semanas.

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Mais contribuintes entregaram IRS dentro do prazo este ano

Declarações de IRS recebidas pelo Fisco até ao final do prazo aumentaram 1% face ao mesmo período do ano passado.

Na campanha de IRS deste ano, mais pessoas entregaram a declaração dentro do prazo do que no ano passado. O Fisco recebeu cerca de 5,7 milhões de declarações até 30 de junho, o que se traduz numa subida de 1% face ao ano passado, segundo dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) fornecidos ao ECO.

“Até às 23:59 do dia 30 de junho de 2022, tinham sido entregues 5.724.596 declarações de IRS, o que corresponde a um aumento de 56.135 declarações face a igual período do ano anterior – ou seja, uma subida de 1%”, indicou a AT ao ECO. Os contribuintes tiveram três meses para submeter a Modelo 3 no Portal das Finanças.

No total do ano passado, foram entregues 6.038.512 declarações, de acordo com os dados disponíveis no Portal das Finanças, pelo que cerca de 300 mil pessoas poderão não ter cumprido esta obrigação fiscal no prazo neste ano. É importante salientar que os totais de declarações entregues ao Fisco incluem declarações de substituição, declarações em falta relativas a anos anteriores e eventuais declarações conjuntas de casais, pelo que o universo de contribuintes que ainda não cumpriram a sua obrigação declarativa é somente indicativo.

Tendo em conta que os valores que constam no Portal das Finanças incluem também declarações entregues já fora do prazo, é possível verificar que nos cinco dias após o final do prazo foram entregues mais 74.930 declarações.

Nota: Valores consultados a 5 de julho de 2022

É de recordar que quem tinha acesso ao IRS automático e não o confirmou nem entregou outra declaração até ao final do prazo, viu o documento pré-preenchido tornar-se a versão definitiva. Assim, algumas destas declarações podem ser de pessoas que escolheram deixar o mecanismo funcionar sem interceder.

Segundo o último balanço (de 29 de junho), 32% das declarações entregues foram submetidas através do IRS Automático. Assim, cerca de um terço dos contribuintes optaram por este instrumento.

Já quem não tinha IRS automático e ainda não entregou a declaração, é melhor ter em atenção que há multas. Se entregar até um mês depois da data limite, por iniciativa própria e sem ter prejudicado o Estado, pode ter de pagar, no mínimo, uma coima de 25 euros. Já se entregar depois destes 30 dias adicionais, o montante pode ser mais elevado, dependendo de fatores como se o Fisco já iniciou um procedimento inspetivo.

Até 29 de junho, o Fisco já tinha liquidado 4,7 milhões de declarações, das quais 2,4 milhões corresponderam a reembolsos, que totalizam os 2.475 milhões de euros. Por outro lado, foram também “emitidas 883,6 mil notas de cobrança, num total de cerca de 1.354 milhões de euros, sendo as restantes nulas (não havendo lugar a reembolso ou nota de cobrança)”, segundo adiantou na altura o Ministério liderado por Fernando Medina.

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Clínica de transplantes capilares de CR7 expande para Itália

Abertura em Milão integra projeto de expansão europeia de 20 milhões do grupo Insparya, participado pelo futebolista e até agora presente apenas em Portugal e Espanha, previsto até 2025.

O grupo Insparya, dedicado ao diagnóstico, tratamento e investigação em saúde e transplante capilar, vai abrir a primeira clínica em Itália em setembro, num investimento avaliado em dois milhões de euros.

Localizada perto das conhecidas Colunas de San Lorenzo, em Milão, esta clínica vai ter 14 salas de cirurgia premium, três salas de tratamento e uma equipa médica composta por mais de uma centena de especialistas nesta área, liderada por Carlos Pontinha.

Em comunicado, o grupo nortenho salienta que a abertura destas novas instalações, com um total de 1.300 metros quadrados, faz parte de um projeto de expansão mais amplo no valor de 20 milhões de euros para os próximos três anos, que prevê a abertura de novas clínicas “nas principais capitais europeias”.

Fundado e liderado pelo economista Paulo Ramos, o antigo grupo Saúde Viável — conta até agora com clínicas no Porto, Braga, Lisboa, Vilamoura, Marbella, Madrid e Valência e emprega cerca de 300 pessoas — inclui no grupo de acionistas o futebolista Cristiano Ronaldo e o consórcio de fundos luso-britânico Vallis/Hermes.

Os italianos preocupam-se muito com a sua imagem, gostam de se cuidar e cuidar da sua saúde. Por isso, acredito que a qualidade da Insparya os vai surpreender e conquistar.

Cristiano Ronaldo

Acionista do Grupo Insparya

“Itália é um país que, desde o início, me acolheu da melhor forma e me fez sentir em casa. Os italianos preocupam-se muito com a sua imagem, gostam de se cuidar e cuidar da sua saúde. Por isso, acredito que a qualidade da Insparya os vai surpreender e conquistar, e estou muito feliz de poder participar ativamente nesta nova inauguração”, refere Cristiano Ronaldo, citado na mesmo nota.

O CEO e fundador, Paulo Ramos, acrescenta que “já havia grande consciência e atenção especial ao tema da saúde capilar, mas no mercado italiano não havia oferta de tratamentos e transplantes tão completos e avançados quanto os que [oferece]”. “A procura e a oportunidade de entrar num mercado novo e interessante fez com que escolhêssemos Milão”, explica o empresário.

João Correia Leite, membro do centro de I&D da Insparya dedicado à biomedicina e robótica aplicada à saúde capilar, fotografado na Hannover Messe (Alemanha)30 maio, 2022

Aproveitando a imagem do capitão da seleção nacional de futebol, a Insparya foi uma das empresas portuguesas que esteve presente na Hannover Messe, a principal feira industrial do mundo, realizada há pouco mais de um mês na Alemanha. Ali apresentou dois projetos: uma ferramenta de extração capilar que já está em utilização; e o HairBot, que promete a automatização completa do procedimento de transplante capilar com recurso a um braço robótico.

Ambas as inovações, mostradas neste evento em que Portugal teve o estatuto de país parceiro, foram desenvolvidas pelos cinco engenheiros que trabalham no centro de investigação e desenvolvimento (I&D) dedicado à área da biomedicina e da robótica aplicada à saúde capilar, localizado há três anos no Porto (clínica da Foz) e no qual diz investir dois milhões de euros por ano.

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5 coisas que vão marcar o dia

Parlamento vota a moção de censura apresentada pelo Chega, justificada pela revogação do despacho sobre o novo aeroporto. Em discussão estará também a possibilidade de audição de Pedro Nuno Santos.

Esta quarta-feira será marcada pelo lançamento de um conjunto de dados indicadores do nível de competitividade da economia nacional, pelo Banco de Portugal. Nações Unidas lançam também um documento de análise aos efeitos da guerra na Ucrânia e da Covid-19 na segurança alimentar mundial. Organização Mundial de Saúde discute ainda questões de saúde mundial sobre a Covid-19 e a varíola dos macacos.

Parlamento vota moção de censura do Chega

Vai ser votada na Assembleia da República, esta quarta-feira, a moção de censura ao Governo apresentada pelo Chega. Na passada sexta-feira, o líder do Chega, André Ventura, anunciou a apresentação de uma moção de censura ao Governo, justificada pela revogação do despacho sobre a solução aeroportuária para a região de Lisboa, mas também pelo caos nas urgências. Dado que o PS dispõe de maioria absoluta, a moção está, à partida, chumbada, embora o Chega garanta que retira a moção se Pedro Nuno Santos e Marta Temido saírem do Executivo.

Banco de Portugal esclarece competitividade nacional

O Banco de Portugal lança esta quarta-feira um conjunto de dados referentes aos índices cambiais relativamente ao mês de junho, e ao segundo trimestre de 2022. Estes indicadores são utilizados para medir a competitividade externa da economia, sendo que em maio a competitividade da economia portuguesa aumentou 0,03% face ao mês anterior. No conjunto dos países da Zona Euro, o ganho da competitividade foi de 0,63%.

Parlamento decide se ouve Pedro Nuno Santos

A Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação irá apreciar e votar, esta quarta-feira, o requerimento apresentado pelo PCP para a audição do ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, sobre o novo aeroporto de Lisboa, bem como o requerimento apresentado pelo BE sobre o novo aeroporto no Montijo. A requerimento do PSD será ainda feita uma audição à Aeroportos de Portugal (ANA).

ONU lança relatório sobre segurança alimentar mundial

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), uma das agências das Nações Unidas (ONU), vai dar uma conferência de imprensa relativamente à divulgação do relatório do Estado da Segurança Alimentar e Nutricional Mundial 2022. O documento irá apresentar uma análise do impacto da guerra na Ucrânia e da Covid-19 na segurança alimentar, estimativas do custo e acessibilidade de uma dieta saudável, e recomendações políticas para a reorientação do apoio alimentar e agrícola.

OMS discute Covid-19 e varíola dos macacos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) vai dar uma conferência de imprensa virtual onde irá abordar questões sobre a Covid-19, a Monkeypox, ou ‘varíola dos macacos’, a situação na Ucrânia, bem como outras questões de saúde a nível mundial. A conferência de imprensa irá realizar-se às 14h de Lisboa, via Zoom.

 

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Bruxelas põe em causa negócio de venda da Efacec à DST

A DGComp europeia considera que os termos do negócio configuram um auxílio de Estado e isso deverá levar o Governo a considerar uma mudança do acordo. Falta saber se a DST aceita.

O Governo fez uma pré-notificação a Bruxelas do negócio da venda da Efacec à DST há cerca de um mês, mas ainda não há uma resposta que permita a entrega da notificação formal, e isso tem uma explicação: A Direção Geral da Concorrência europeia, a DGComp, considera que os termos da operação configuram um auxílio de Estado, o que exigirá por exemplo a contabilização das ajudas no défice, como sucedeu por exemplo na TAP.

As pré-notificações a Bruxelas são um método recorrente e visam antecipar e corrigir eventuais problemas associados a negócios que envolvem os Estados, mas regra geral este processo é relativamente rápido e permite assegurar que a notificação formal já está alinhada com as exigências comunitárias, nomeadamente em matéria de concorrência.

Mas o caso Efacec está a demorar mais do que o previsto e, de acordo com uma fonte que conhece o processo negocial entre o Estado português e a DGComp, isso tem uma explicação: Bruxelas considera que o financiamento do Banco de Fomento à Efacec previsto no negócio — 60 milhões de capital e 100 milhões de linha de financiamento a 20 anos, com uma taxa de 1,5% e período de carência de sete anos — não está feito em condições de mercado, logo configura um auxílio de Estado.

O processo, é um facto, arrasta-se. A 2 de julho de 2020, o Governo nacionalizou mais de 71% da Efacec, a 24 de fevereiro deste ano, o (novo) Governo anuncia um acordo de venda à DST, no passado dia 25 de março foi assinado o acordo formal entre o Estado e a empresa de engenharia liderada por José Teixeira e, finalmente, no início de maio, o Governo fez uma “pré-notificação” da operação à Direção Geral da Concorrência (DGComp) europeia, uma condição precedente para a realização do negócio. Na notícia do ECO, já se antecipavam problemas. “Mas as negociações com Bruxelas poderão prolongar-se ainda por meses antes de uma autorização formal“.

Uma fonte oficial do Ministério das Finanças, contactada pelo ECO, escusou-se a confirmar ou desmentir a informação, mas garante que os contactos entre o Governo e a Concorrência europeia sobre a Efacec continuam. Mas outra fonte, não oficial, confidenciou ao ECO que a gestão da Parpública, a empresa que tem a participação de mais de 71% no capital da Efacec, já reuniu com José Teixeira, o presidente da DST, para avaliarem a possibilidade de alteração das condições do negócio. O objetivo do Governo é reprivatizar a empresa mas em condições de mercado, como exige Bruxelas, para evitar o regime de auxílio de Estado e as respetivas consequências. A DST, contactada pelo ECO, optou também por não fazer qualquer comentário.

Certo é que a operação da Efacec também está a pagar o tempo da operação de reprivatização, que se arrasta há praticamente dois anos. Como o ECO revelou em primeira mão, os resultados da Efacec em 2021, um prejuízo consolidado de 183,9 milhões de euros, um prejuízo operacional de gestão de quase 40 milhões e uma dívida líquida de 193 milhões de euros, foram uma espécie de limpeza dos esqueletos no armário. Mas os números do primeiro trimestre não antecipam uma correção da trajetória, pelo contrário. De acordo com os números a que o ECO teve acesso, os prejuízos atingiram os 21,5 milhões de euros, enquanto o resultado operacional foi de -18 milhões.

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Banco de Fomento cobra até 9,5% de juros a Mário Ferreira

  • ECO
  • 6 Julho 2022

O Banco de Fomento aprovou um financiamento de 40 milhões à Pluris para capitalizar o negócio de cruzeiros. Empresário revela que o custo da operação vai de 2,5% até 9,5% no período do empréstimo.

O financiamento de 40 milhões de euros do Banco de Fomento à Pluris, uma sociedade de Mário Ferreira, tem um juro até 9,5%, mais a euribor a seis meses, revelou o empresário num post no Facebook, em resposta às notícias sobre a operação, anunciada há dias. “Fomos selecionados para receber esse empréstimo totalmente reembolsável e a pagar juros que iniciam com spread de 2,5% e vão até aos 9,5%, mais taxa Euribor a 6 meses. Foi um dos processos mais difíceis e formais de elegibilidade de financiamento de quadros comunitários pelo qual a nossa empresa passou“, escreve o empresário, que é dono da Douro Azul e da TVI.

O Banco de Fomento revelou, no final da semana passada, que aprovou as candidaturas de 12 empresas ao Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) no valor de quase 77 milhões de euros, de um total disponível de 400 milhões.

Este fundo tem por objetivo colmatar a “delapidação” de capitais próprios durante a crise gerada pela pandemia. E entre as empresas selecionadas, está precisamente a sociedade de Mário Ferreira, para capitalizar os investimentos no setor turístico e particularmente nos navios de cruzeiro. A revelação do valor da operação — 10% do total do fundo — e o facto de ser a sociedade que tem acesso ao maior volume de empréstimo, motivou reações negativas e a sugestão de um benefício político porque Mário Ferreira é dono de um grupo de comunicação social, a Media Capital. O BE anunciou já que vai chamar ao Parlamento a (ainda) presidente do Banco de Fomento, Beatriz Freitas para explicar a operação.

Em resposta na sua página pública no Facebook, Mário Ferreira revela alguns detalhes da operação. “Só após se terem cumprido com um conjunto infindável de requisições e imposições – processo que em momento algum controlamos ou temos alguma ingerência – é que nos é comunicado (assim como às demais poucas empresas que igualmente passaram pelo crivo da elegibilidade por mérito próprio) que fomos selecionados para receber esse empréstimo totalmente reembolsável e a pagar juros que iniciam com spread de 2,5% e vão até aos 9,5%, mais taxa Euribor a 6 meses“.

Mário Ferreira admite que a “a Pluris teve resultados negativos em 2020 e 2021, de 57 milhões de euros” por causa da Covid e da paragem da atividade de cruzeiros. “É sabido que o secor foi e está ainda a ser bastante afetado pela pandemia e agora pela guerra“, escreve o empresário. E garante que “a empresa investiu em Portugal, desde 2016, um total de 516 milhões de euros, dos quais, com esforço, investiu 272 milhões no período Covid 2020, 2021 e 2022“.

Segundo Mário Ferreira, “o Grupo Pluris consolida investimentos em 40 empresas, a participação na Media Capital é apenas uma, e das mais pequenas, e o grande setor onde a Pluris tem investimentos, como é sobejamente conhecido, é no setor Turístico e, em particular, no setor Náutico, cruzeiros de rio e de mar em todo o mundo. Em maio de 2019 integramos um aumento de capital de 250 milhões de euros por venda de 40% da área náutica, a um fundo americano“.

O empresário rejeita também qualquer associação desta operação aos media. “Para que não existam dúvidas, o grupo media capital é hoje o grupo mais bem capitalizado da indústria dos media em Portugal e felizmente não precisa, nem vai precisar de capital adicional, muito menos aceitará qualquer financiamento público”. Recentemente, a Media Capital vendeu o negócio das rádios a um grupo alemão, encaixou cerca de 70 milhões de euros e logo a seguir anunciou um dividendo extraordinário de 10 milhões.

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AXA XL: Ana Dores vai liderar gestão das linhas financeiras internacionais

  • ECO Seguros
  • 5 Julho 2022

A AXA XL, que é a área de P&C insurance e o departamento de risco da AXA, nomeou Ana Dores para liderar a gestão das suas linhas financeiras internacionais.

Ana Dores é a nova Chief Underwriting Officer para as linhas financeiras internacionais da AXA XL, assumindo o cargo a partir do início de setembro. Fica sedeada em Madrid.

Ingressou na AXA XL em 2014 e possui 17 anos de experiência em subscrição de linhas financeiras. Começou a carreira como subscritora de linhas financeiras em Portugal, na AIG Europa, mudando-se depois para Madrid, como subscritora de indemnizações profissionais. Trabalhou depois na Liberty Specialty Markets como subscritora sénior, antes de entrar na AXA XL, onde, desde 2017, lidera as linhas financeiras internacionais da Península Ibérica.

Nas novas funções caberá a Ana Dores supervisionar a gestão das linhas financeiras da AXA XL, sendo responsável, em articulação com as equipas de subscrição locais, pela estratégia de subscrição para indemnização profissional, responsabilidade de gestão, instituições financeiras, cibernética e fusões e aquisições na Europa, Ásia e Austrália.

A AXA XL é a área de P&C (property and casualty) e o departamento de risco da AXA, vocacionada para resolver até os riscos mais complexos. Oferece soluções de seguros tradicionais e inovadores em mais de 200 países e territórios e orgulha-se de mais de 90% das empresas listadas na prestigiada revista Fortune trabalharem consigo. Dispõe de cerca de 9 mil colaboradores ao serviço dos seus clientes e corretores.

A equipa de resseguro da AXA XL presta serviços à maioria das 500 principais seguradoras mundiais. Com sede em Stanford, nos Estados Unidos, em 2020 posicionava-se em 15º lugar entre as 25 maiores resseguradoras mundiais, tendo como critério o volume de prémios brutos emitidos nos dois grandes ramos seguradores.

Em 2021, a AXA foi a 34ª seguradora do mercado português, com uma produção, somados os dois principais ramos de seguros, de perto de 4,6 milhões de euros.

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Lufthansa apresenta proposta para comprar ex-Alitalia

Processo de privatização da companhia aérea italiana conta com duas propostas: Lufthansa apresenta-se em conjunto com a MSC e americanos da Certares têm parceria com Delta e Air France.

O processo de privatização da Ita Airways, ex-Alitalia, conta com duas propostas. O ministério das Finanças italiano recebeu nesta terça-feira os documentos necessários para que a companhia de aviação deixe de ter a maioria do capital do Estado.

As duas propostas têm gigantes da aviação em cada um dos lados. Os alemães da Lufthansa, em parceria com os italianos da logística MSC, acenam com um envelope entre 800 e 850 milhões de euros por 80% da ex-Alitalia. O valor é 20% inferior ao proposto em maio, segundo o jornal Corriere della Sera.

O fundo de investimento Certares representa os franceses da Air France e os norte-americanos da Delta Airlines. A proposta está avaliada em 500 a 600 milhões de euros mas não é especificada qual a percentagem de capital a comprar. Em maio, tinham sugerido entre 600 e 800 milhões de euros pela companhia aérea.

É expectável que o processo de privatização da Ita Airways esteja concluído até dezembro, já depois da autorização da direção-geral da concorrência da Comissão Europeia.

A Ita Airways é a companhia de aviação que ficou com os ativos da Alitalia, nacionalizada em março de 2020 pelo Governo italiano.

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Fórum Nacional de Seguros reúne 1200 profissionais

  • ECO Seguros
  • 5 Julho 2022

O primeiro dia do Fórum Nacional de Seguros contou com a presença de mais de 1200 profissionais. O evento, organizado pelo ECOseguros e pela Zest , termina esta quarta-feira na Alfândega do Porto.

 

A Alfândega do Porto recebeu os profissionais com espaços de exposição para parceiros e conferências com temas em foco no setor segurador.ECO

A Alfândega do Porto recebeu esta terça-feira mais de mil e duzentos profissionais no primeiro dia do Fórum Nacional de Seguros (FNS), organizado pelo ECO Seguros e pela Zest. O evento, que vai continuar esta quarta-feira, reúne mais de 30 agentes, corretores, seguradores, reguladores, prestadores de serviços, insurtechs e outras empresas ligadas ao setor dos seguros, não só portuguesas como internacionais.

As portas abriram às 09h00 com a sessão de boas-vindas ao FNS e, depois, seguiram-se oito palestras, onde se reuniram profissionais para falar de variados temas, desde a proteção de dados, cibersegurança, tecnologia e digitalização até aos desafios das seguradoras relativamente a vários temas, entre os quais o pós-covid, a guerra e a inflação.

A Associação Portuguesa de Seguros (APS) foi um dos parceiros presentes no evento e destacou, no seu stand, algumas ferramentas que disponibiliza aos clientes. Temos um conjunto de QR Codes, através dos quais as pessoas podem ter acesso a publicações na área da literacia financeira, a fim de fomentar uma maior literacia nos seguros, mas também a ferramentas que desenvolvemos, como o simulador de custos de construção por metro quadrado, que pode ser experimentado aqui no nosso stand”, disse José Galamba de Oliveira, presidente da APS.

Já o stand da Berkley, também presente no evento, deu destaque a todas as características particulares da empresa, principalmente as relacionadas com o lado financeiro. “A Berkley Portugal está apenas há 3 anos em Portugal e trabalha linhas financeiras, por isso basicamente o que estamos a destacar são as nossas características, as linhas que estamos a trazer para Portugal, que são basicamente linhas financeiras”, afirmou Frederico Gil, responsável comercial da Berkley em Portugal.

Também a enaltecer o lado financeiro dos seguros estava o stand da Unipeople, que destacava a importância de deixar claro que falar de seguros é falar de dinheiro. “Quando falamos de seguros devíamos estar a falar de dinheiro, só que a maior parte das pessoas fala de seguros, mas não percebe o que isso significa. Seguros são dinheiro, são poupança, são a capacidade de nós termos poupanças imediatas disponíveis por um custo muito baixo, que é partilhar o risco, mutualizar o risco”, disse Igor Brito, CEO do grupo Unipeople.

Seguros de pessoas para pessoas

Por sua vez, Jorge Oliveira, representante da RandTech para a área dos clientes, aproveitou o momento para destacar o produto que a empresa está a desenvolver há sete anos, vocacionado para a gestão integrada de seguradoras: “Temos também como objetivo de curto prazo desenvolver produtos para a área de mediação e, neste momento, o nosso foco é o ERP para as seguradoras”.

A PréVoir, que se dedica aos seguros de vida e seguro de pessoas, foi outra das empresas com stand no FNS. Paulo Silva, diretor de desenvolvimento comercial da PréVoir, explicou que o destaque do stand é precisamente a oferta da empresa para pessoas, “quer para os segurados, quer para os parceiros que também estão aqui presentes”.

A mesma linha de oferta de seguros é partilhada pela ASISA, uma seguradora de vida e saúde, que viu neste evento a oportunidade as particularidades do seguro de saúde que oferece. “Queremos destacar neste fórum o primeiro ano de lançamento do seguro de saúde em Portugal (onde estamos há apenas quatro anos), que é um produto que se distingue por não ter limites de capital e é uma solução completamente nova no mercado português”, anunciou Ana Sousa, coordenadora comercial da ASISA.

A destacar uma área mais distinta, mas igualmente necessária, estava o stand da Semper. David Sousa, diretor da Semper, explicou que o principal foco da empresa é em transportes e logística e também no setor agrícola. “Por isso, trazemos algumas soluções dos mercados alemão, inglês e holandês, que fornecemos em exclusividade (algumas em semi-exclusividade), em mercado nacional, nas quais fazemos toda a gestão”, disse.

“Captar agentes e estabelecer novas relações”

“Nós vimos esta oportunidade como uma forma de voltarmos a estar com os nossos clientes, trazermos as nossas soluções mais atuais, que é algo que os clientes também já conhecem”, começou por dizer Helena Leite, COO da Cleva Inetum, que ainda apresentou os serviços em destaque no stand da empresa: “Trazemos os nossos produtos para seguradoras de vida e não vida e soluções de digitalização que temos vindo a desenvolver nos últimos anos e que são a aposta para a modernização do software das seguradoras”.

Por sua vez, Nuno Santos, administrador da Diagonal, reconheceu que o objetivo da presença da empresa neste evento é “captar agentes e estabelecer novas relações” para poder expandir o negócio com base na rede de agentes”. “Basicamente o target desta nossa presença é estabelecer relações e tentar que as pessoas se sintam entusiasmadas para trabalhar connosco e pertencerem à nossa família”, acrescentou.

A mesma intenção é partilhada por Paulo Gomes, diretor executivo da APROSE, que também encara o evento como uma oportunidade de evidenciar a importância dos mediadores de seguros: “Não podíamos deixar de nos associar a um evento com a grandiosidade deste fórum, organizado em boa hora, e também não podíamos deixar de aproveitar o momento para mostrar a importância da intervenção de um mediador em qualquer contrato de seguro”.

Já Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, afirmou que aproveitaram o fórum para destacar as ofertas mais inovadoras em riscos emergentes e outras novidades que causam disrupção ao mercado. “Coisas como a Multicare Vitality, que dá recompensas aos nossos clientes por fazerem exercício físico, o nosso seguro Cyber, direcionado a PMEs, o nosso seguro Pets, que está a ser um grande sucesso ao ponto de, hoje em dia, toda a gente já saber em Portugal que um seguro de saúde para animais é o da Fidelidade e, também, a Fidelidade Savings, que é uma solução inovadora para promover a poupança”, especificou.

A evolução da tecnologia no setor dos seguros

Além de seguradoras, o Fórum Nacional de Seguros também contou com a presença de várias empresas que facilitam a digitalização no setor dos seguros através da aplicação de novas tecnologias para promover a aproximação aos clientes e a facilitação de processos.

A Lluni Software é uma dessas empresas, já que desenvolve soluções informáticas para gestão de seguros. Miguel Pinheiro, diretor comercial da Lluni, explicou que a presença da empresa no fórum visa apresentar a mais recente inovação da empresa: “Trata-se de um simulador de emissões de apólices online, dentro da nossa solução. Neste momento, os nossos clientes mediadores multimarcas exclusivos de várias seguradoras já não têm que entrar nos portais das companhias para poderem efetuar simulações e emissões”.

Por outro lado, a Milenia, também presente no fórum, destacou uma ferramenta de programação que tem vindo a desenvolver ao longo de 25 anos. “Nós temos vindo sempre a acompanhar o processo das seguradoras para ter sempre a melhor ferramenta para os nossos clientes. A ideia é que eles estejam sempre atualizados, de forma a poderem potenciar o negócio deles e o nosso também”, referiu Mário Francisco, responsável pela Milenia.

Alexandre do Monte Li, diretor geral da Infosistema, uma consultora tecnológica, também ressalvou os 20 anos de apoio que a empresa oferece a seguradoras na área tecnológica. “Temos ajudado, especialmente as seguradoras, com aplicações de transformação digital, nomeadamente simuladores, portais, aplicações móveis mais ligadas para o cliente final, mas também a nível interno aplicações de suporte às operações”, disse.

Com menos tempo de existência, mas com grandes inovações tecnológicas para o setor de seguros, a Libax aproveitou o stand no FNS para destacar o produto que estão a desenvolver há 12 anos, nomeadamente uma aplicação que “pode ser configurada à medida dos clientes”. Com esta aplicação, Hugo Gonçalves, CEO da Libax, garantiu que os mediadores podem ter uma aplicação com a sua própria marca e disponibilizar essa aplicação aos seus clientes, com a sua imagem, potencializando uma proximidade e contacto em tempo real”.

Ainda com foco na área digital estava, também, o stand da Liberty Seguros. No entanto, apesar de admitir que as novas tecnologias eram o destaque da empresa no fórum, Rui Pio, responsável da zona Centro e Norte da Liberty Seguros, garantiu que isto não é sinónimo de um “abandono do presencial”: “Estamos a receber os nossos agentes hoje no nosso stand e a interagir com colegas da nossa profissão e de outras empresas de seguros, o que nos faz perceber a importância do presencial nesta nova forma de trabalhar com eles e de trabalhar com o cliente”.

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BE quer ouvir Banco de Fomento sobre aprovação da candidatura da Pluris

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

“É preciso garantir que as empresas que recebem estes fundos são empresas exemplares do ponto de vista da sua relação fiscal", disse a deputada bloquista Mariana Mortágua.

O Bloco de Esquerda quer ouvir, no parlamento, a presidente do Banco Português de Fomento (BPF) sobre o investimento aprovado à candidatura para a Pluris Investments, do empresário Mário Ferreira.

Em declarações à agência Lusa, a deputada bloquista Mariana Mortágua indicou que o partido irá entregar esta terça na Assembleia da República um requerimento para uma audição à presidente do BPF, justificando que “deve haver um enorme escrutínio sobre estes fundos”.

“É preciso garantir que as empresas que recebem estes fundos são empresas exemplares do ponto de vista da sua relação fiscal. Não podemos permitir ter empresas que recorrem permanentemente a expedientes como empresas em Malta, por exemplo, para fazer os seus negócios, sendo depois beneficiadas com financiamentos públicos, sejam eles de que forma forem”, defendeu.

Para a deputada bloquista, é “preciso questionar em que tipo de projetos é que estamos a investir o dinheiro do Plano de Recuperação”, isto é, “se estamos a investir em projetos industriais, que aumentem a autonomia do país, que diversifiquem a capacidade industrial do país ou, se pelo contrário, estamos a investir em empresários”, que, diz, “insistem nestes projetos megalómanos de turismo e de imobiliário, que o país já viu no passado e que já deram muito errado”.

Mariana Mortágua argumenta ainda que “a empresa que está a receber este dinheiro também é dona da TVI, para além de outras empresas”. “Independentemente das declarações do próprio Mário Ferreira a dizer que o dinheiro irá para uma outra empresa, queremos ter certezas e ter a garantia que o Banco de Fomento tem resposta para estas questões e que analisou todas estas questões ao decidir atribuir este financiamento”, vinca.

Na sexta-feira, o BPF anunciou que tinha aprovado as candidaturas de 12 empresas, entre as quais a Pluris Invesments, do empresário Mário Ferreira, ao Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) no valor de quase 77 milhões de euros.

Na segunda-feira, fonte oficial do Banco Português de Fomento (BPF) disse à Lusa que a candidatura ao investimento aprovado para a Pluris Investments, acionista da Media Capital, “visa exclusivamente o apoio à atividade turística”.

A mesma fonte precisou que em causa está uma “operação de investimento de quase capital cujas condições estão alinhadas com o Quadro Temporário de Auxílios de Estado Covid-19 publicado pela Comissão Europeia, na sua versão atualizada em 18 de novembro de 2021”.

Esta operação “de investimento foi qualificada como estratégica em resultado da aplicação dos critérios de avaliação previstos no Programa de Recapitalização Estratégica lançado pelo Fundo de Capitalização e Resiliência”, concluiu o BPF. Já esta terça o presidente da Estrutura de Missão Recuperar Portugal defendeu que os critérios para a seleção de empresas são objetivos, esclarecendo que a candidatura da Pluris refere-se apenas à atividade turística.

“Os critérios são objetivos e foram publicados num aviso transparente. Aí pode observar-se o que é possível fazer e quais os limites a alcançar para efeito de capitalização”, vincou Fernando Alfaiate, em resposta aos deputados, na Subcomissão para o Acompanhamento dos Fundos Europeus e do Plano de Recuperação e Resiliência.

A Estrutura de Missão Recuperar Portugal é responsável pela monitorização e execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A Pluris Investments, que detém 35,38% da Media Capital, dona da TVI, tem negócios em áreas diversificadas como o turismo.

O Programa de Recapitalização Estratégica conta com 400 milhões de euros de dotação global, através de fundos do FdCR, tendo por objetivo estimular o crescimento sustentável da economia e colmatar a “delapidação” de capitais próprios durante a crise gerada pela pandemia.

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Granizo provoca estragos em campos agrícolas em freguesia de Vila Real

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

“Tudo que é batata e milho ficou destruído”, indicou o presidente da freguesia de Junta da Campeã, em Vila Real.

A chuva intensa e a queda de granizo provocaram esta terça-feira estragos em campos agrícolas de milho e batata e poderão ter afetado a produção de castanha no vale da Campeã, em Vila Real, segundo o presidente da junta.

Jorge Maio, presidente da Junta da Campeã e da Associação de Agricultores do Concelho de Vila Real, descreveu à agência Lusa cerca de 30 minutos de uma intensa queda de granizo e de chuva forte que afetaram os campos agrícolas deste vale. A tempestade atingiu esta região pelas 17:30.

“Tudo que é batata e milho ficou destruído”, referiu, salientado que nesta freguesia ainda há pessoas que vivem só da agricultura e outras que cultivam para consumo próprio. O autarca acredita que “cerca de 90%” da produção agrícola neste território ficou destruída, no entanto advertiu que se está a proceder a um levantamento dos prejuízos.

A trovoada começou a vir muito forte, veio um granizo muito grande e o vento e atirou com tudo ao chão. O milho está todo esfarrapado, as batatas estão todas deitadas, o cebolo está todo partido. Enfim, uma miséria, anda a gente a trabalhar para nada”, afirmou à Lusa o agricultor José Coelho, de Vila Nova, na zona da Campeã.

O milho é usado para alimentação dos animais, nomeadamente o gado bovino para produção de leite, ainda ovelhas ou galinhas. Jorge Maio salientou ainda que, nesta altura, os castanheiros estão na fase de floração, pelo que se prevê, também, que a produção deste ano fique afetada.

O autarca disse que o mau tempo provocou ainda a queda de ramos de algumas árvores, que foi arrastado muito lixo para as estradas, estando-se a proceder à desobstrução das vias, e que duas casas já em ruínas ficaram em “risco de queda”. Caiu ainda granizo em outras localidades do concelho, como Torgueda ou Pena.

O mau tempo cruzou o distrito de Vila Real e há também registo de queda de granizo nos concelhos de Chaves e de Vila Pouca de Aguiar. Os distritos de Vila Real, Bragança, Viseu e Guarda estiveram esta terça, entre as 14:00 e as 21:00, sob aviso amarelo devido à previsão de aguaceiros por vezes fortes de granizo e acompanhados de trovoada e rajadas de vento forte, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

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