Governo está em contacto com ANAC e ANA para melhorar condições oferecidas aos passageiros

Pedro Nuno Santos afirma em resposta a uma carta da Deco que o Governo "está atento e preocupado com a turbulência que tem afetado os aeroportos".

O Governo está em “contacto permanente” com a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) e com a ANA para tomar as medidas necessárias para melhorar as condições oferecidas aos passageiros, afirma o ministro das Infraestruturas, numa carta de resposta à Deco.

“Estamos em contacto permanente com a ANAC, responsável pela regulação e fiscalização dos direitos dos passageiros, no sentido de serem tomadas as diligências necessárias para serem executadas todas as medidas legais, tendo em vista a melhoria das condições oferecidas aos passageiros em momentos críticos”, escreve Pedro Nuno Santos.

“O Governo está igualmente em contacto permanente com a ANA – Aeroportos de Portugal, gestora das infraestruturas aeroportuárias para sinalizar e encontrar soluções para os problemas identificados, nomeadamente no que concerne ao serviço prestado aos passageiros em espera”, afirma também o ministro na missiva a que o ECO teve acesso.

O governante garante que “o Governo está atento e preocupado com a turbulência que tem afetado os aeroportos europeus, com efeitos também nos aeroportos portugueses” e recorda que desde junho está “a funcionar um grupo de contingência criado pela ANAC e que envolve todos as entidades-críticas dos aeroportos nacionais – como as companhias aéreas, as empresas de handling e a gestora dos aeroportos – com o objetivo de identificar as medidas a serem tomadas tendo em vista a melhoria operacional”.

“Está igualmente em marcha o Plano de Contingência para o Verão nos Aeroportos nacionais, que entrou ontem, 4 de julho, na fase de máxima afetação de meios”, assinala também o governante.

A DECO enviou uma carta ao regulador da aviação e ao Ministério das Infraestruturas a pedir a sua intervenção perante o “caos no aeroporto de Lisboa”. No caso da ANAC, a associação de defesa do consumidor pediu a adoção de medidas no âmbito das suas competências pelo facto de “vários passageiros não terem recebido informação e assistência adequada, tendo inclusivamente alguns passageiros pernoitado no próprio aeroporto“, segundo uma nota publicada no seu site.

Ao ministério liderado por Pedro Nuno Santos, a DECO fez chegar um “conjunto de preocupações”, “salientando a necessidade de serem, em definitivo, implementados planos de contingência que deem resposta a situações de cancelamentos massivos, respeitando os direitos dos consumidores”.

As entidades habilitadas para responder às reclamações dos passageiros são as transportadas aéreas e a ANAC. A legislação europeia (Regulamento (CE) n.º 261/2004) prevê o pagamento de uma indemnização em caso de cancelamento de voo, a menos que tenham ocorrido circunstâncias extraordinárias para além do controlo efetivo da transportadora aérea.

A reclamação deve ser dirigida primeiro à companhia área. Se após seis semanas não tiver recebido uma resposta ou esta for insatisfatória, deve ser dirigida uma reclamação à ANAC, que é a entidade responsável pela aplicação dos direitos dos passageiros do transporte aéreo, ou à autoridade de aviação civil do país onde a situação teve origem.

O fim de semana foi marcado por vários cancelamentos, que se prolongaram por segunda-feira, com a ANA a prever que 32 voos não fossem realizados no aeroporto de Lisboa. Os problemas foram agudizados na sexta-feira pelo rebentamento de um pneu de uma aeronave no Aeroporto Humberto Delgado, que obrigou a encerrar a pista durante algumas horas. A falta de pessoal no handling em vários aeroportos e algumas greves também têm contribuído para os constrangimentos.

Na segunda-feira, a CEO da TAP alertou que as dificuldades das companhias aéreas e do handling nos aeroportos que tem provocado atrasos e mesmo o cancelamento de voos vão persistir nas próximas semanas.

(Notícia atualizada às 11h25 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nas notícias lá fora: Inflação, carros elétricos e frutos vermelhos

  • ECO
  • 5 Julho 2022

Redução dos preços nas "commodities" no mercado pode aliviar pressão inflacionista. Chinesa BYD supera Tesla nas vendas de veículos elétricos a nível global.

O recuo dos preços de várias matérias-primas para mínimos de março pode indicar um alívio da pressão inflacionista. A chinesa BYD ultrapassou a norte-americana Tesla nas vendas globais de veículos elétricos. Com o setor dos frutos vermelhos em Espanha em risco, os produtores do país consideram trazer o cultivo para Portugal. Conheça as notícias em destaque na imprensa internacional esta terça-feira.

The Wall Street Journal

Recuo nos preços das matérias-primas alivia pressão inflacionista

Os preços de várias commodities, como milho, trigo, cobre e mais, têm recuado nas últimas semanas, encerrando o trimestre próximo ou abaixo dos valores atingidos em março. Este desempenho está a gerar a esperança de que uma fonte significativa de pressão inflacionista pode estar a diminuir. Ainda assim, os preços que os investidores estão a pagar no mercado aberto podem não se refletir no preço que os consumidores pagam em loja.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Financial Times

Chinesa BYD ultrapassa Tesla nas vendas globais de veículos elétricos

A BYD, fabricante de automóveis chinesa apoiada pela Berkshire Hathaway de Warren Buffett, destronou a Tesla como a maior produtora de veículos elétricos do mundo em vendas. A empresa vendeu 641.000 veículos nos primeiros seis meses do ano, um salto de mais de 300% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com os dados da BYD. Este número compara com 564.000 veículos vendidos pela Tesla.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

El Economista

Proibição de fitossanitários traz cultivo de frutos vermelhos de Espanha para Portugal

Devido à proibição europeia do uso de produtos fitossanitários na agricultura, a produção de frutos vermelhos no sudoeste de Espanha está em risco. Portugal surge como possível solução, com várias produtoras espanholas a considerarem deslocalizar o cultivo destes frutos para o país vizinho. As melhores condições de irrigação e o facto de ter estabelecido uma série de exceções ao uso de produtos fitossanitários no cultivo de frutos vermelhos estão entre as razões apontadas pelas empresas para verem em Portugal uma alternativa.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre/conteúdo em espanhol)

Bloomberg

Itália declara estado de emergência em cinco regiões do norte devido à seca

O Conselho de Ministros italiano decretou na segunda-feira o estado de emergência em Emilia-Romagna, Friuli-Venezia Giulia, Lombardia, Veneto e no Piemonte até 31 de dezembro, de acordo com o Governo, anunciando em comunicado a libertação de um fundo de 36,5 milhões de euros para responder ao impacto da seca. A península italiana enfrenta uma onda de calor incomummente precoce, acompanhada de falta de chuva, especialmente na planície agrícola do rio Pó, atingida pela pior seca em 70 anos.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Tech Crunch

Plataforma “cripto” de Peter Thiel suspende levantamentos

A empresa de criptomoedas Vauld suspendeu todos os levantamentos, depósitos e transações aos clientes, justificando a decisão com dificuldades financeiras e a elevada volatilidade no mercado. A plataforma de empréstimos e negociação de criptomoedas tem o investidor Peter Thiel e a Coinbase entre os acionistas e o congelamento das operações dá-se depois de os clientes terem levantado quase 200 milhões de dólares do serviço nas últimas três semanas.

Leia a notícia completa no Tech Crunch (acesso livre/conteúdo em inglês)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euro cai para mínimos de duas décadas com ameaça de recessão

Aumento do preço do gás europeu aumenta receios de uma recessão na Zona Euro. Moeda única afunda para o valor mais baixo em duas décadas contra o dólar.

O euro caiu para o valor mais baixo em duas décadas esta terça-feira, com a subida dos preços do gás na Europa a aumentar os receios de uma recessão, enquanto o dólar também ganha terreno com a subida das taxas das obrigações americanas.

A moeda única europeia deprecia mais de 1% para 1,03 dólares, um mínimo desde o final de 2002, de acordo com os dados disponibilizados pela Reuters. Já perdeu cerca de 9% do seu valor este ano contra a moeda americana. Mais divisas estão sob pressão: o iene japonês transaciona novamente em mínimos de quase 24 anos e a coroa norueguesa cede 1% pressionada pela greve dos trabalhadores das plataformas de gás e petróleo.

Os analistas consideram que os riscos de a Europa deslizar para uma recessão estão a aumentar perante a subida dos preços do gás natural, incluindo no Reino Unido, o que está a enfraquecer o euro.

Euro em mínimos de duas décadas

Fonte: Reuters

Adicionalmente, as divisões no Banco Central Europeu (BCE) alimentam as preocupações sobre como irá a autoridade monetária reagir, isto depois de o presidente do Bundesbank, Joachim Nagel, ter criticado os planos do banco central para proteger os países mais endividados de uma subida acentuada dos juros da dívida.

“Vai continuar a ser muito difícil para o euro valorizar de forma significativa com o cenário energético a deteriorar-se e os riscos para o crescimento económico a aumentarem”, referiu o analista do MUFG Derek Halpenny, citado pela agência Reuters.

Por outro lado, o dólar continua a dar sinais de força, com os investidores à procura de refúgio na divisa americana e quando a Reserva Federal norte-americana se preparar para um ciclo mais agressivo das taxas de juro. A Fed aumentou as taxas em 75 pontos base na última reunião e poderá decidir um aumento da mesma magnitude no próximo encontro.

(Notícia atualizada às 11h01)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alpac finaliza compra da Euronews. Graça Franco vai liderar Conselho Editorial

A jornalista Graça Franco, até recentemente Provedora do Ouvinte da RTP, vai presidir o Conselho Editorial da Euronews, agora que a Alpac Capital finalizou a aquisição de uma posição maioritária.

A jornalista Graça Franco, que deixou o cargo de Provedora do Ouvinte da RTP na semana passada, vai presidir o novo Conselho Editorial da Euronews, na sequência da compra de uma posição maioritária no canal pela portuguesa Alpac Capital. A escolha foi anunciada esta terça-feira, dia em que o grupo deu conta da finalização do negócio.

Foi em meados de dezembro de 2021 que a Alpac Capital, um fundo de capital de risco português, anunciou a compra de 88% da Euronews à Media Global Networks, holding do magnata egípcio Naguib Sawiris. O fundo é controlado por Pedro Vargas David (filho do ex-eurodeputado Mário David, atual conselheiro político do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán) e Luís Santos (filho do selecionador português Fernando Santos).

Esta terça-feira, o negócio é dado como finalizado e é designado o Conselho Editorial: “A jornalista Graça Franco, ex-diretora de Informação da Rádio Renascença e até muito recentemente Provedora do Ouvinte da RTP, foi nomeada presidente do Conselho Editorial da Euronews. O Conselho Editorial é responsável por discutir todos os assuntos e estudar todas as ações e decisões relativas à linha editorial e qualidade editorial da Euronews, em particular no que diz respeito ao cumprimento do seu estatuto editorial, políticas e diretrizes de notícias da Euronews e os princípios orientadores estratégicos definidos a este respeito”, refere o grupo num comunicado.

Citada na mesma nota, Graça Franco aponta que “a Europa e o mundo estão a mudar e este é o momento de tentar explicar melhor as coisas, de combater as notícias falsas e de fazer cumprir os princípios orientadores da Euronews, que mesmo passados tantos anos ainda se mantêm atuais e relevantes”. “Considero as minhas novas funções como a continuidade do meu papel de provedora. É o papel mais honroso que nos podem confiar: lutar pela liberdade dos seus pares”, acrescenta.

A Euronews recorda ainda que, recentemente, nomeou Guillaume Dubois para o cargo de CEO. Dubois exerceu o mesmo cargo na francesa BFM TV e foi diretor de broadcasting da LCI, de acordo com o comunicado.

Desde o anúncio do negócio até agora, o mundo mudou com o eclodir da guerra na Europa. Em dezembro, a Alpac prometia que “todos os mecanismos de controlo — em particular a independência editorial — colocados em prática quando a Media Global Networks adquiriu a posição na companhia em 2015 vão continuar inalterados”.

“A Europa viveu momentos de instabilidade na última década: crises financeira, sanitária e agora militares, que não há muito tempo, seriam praticamente impensáveis. A União Europeia tem, por isso, desempenhado um papel cada vez mais central nas nossas vidas. Para a UE se tornar, tal como é nosso desejo, mais forte e eficiente tem de ser cada vez mais democrática e responsável: nada disto é possível sem uma imprensa livre e forte”, diz agora Pedro Vargas David, CEO da Alpac Capital.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maioria dos emigrantes favorável ao voto eletrónico

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

Dos 300 emigrantes e lusodescendentes abrangidos pelo inquérito da Sedes, 90,4% demonstra ser favorável ao voto eletrónico e 61% disse confiar no processo eleitoral tal como é organizado atualmente.

A maior parte dos portugueses residentes no estrangeiro confia no processo eleitoral, apesar da polémica nas últimas eleições no círculo da Europa, e 90,4% é favorável ao voto eletrónico, segundo um inquérito da Sedes.

Dos 300 emigrantes e lusodescendentes abrangidos por este inquérito, 61% disse confiar no processo eleitoral, tal como é organizado hoje, “nos termos da lei, para os portugueses residentes no estrangeiro”, contra 40% que responderam que não confiavam no mesmo.

Além disso, “90,4% dos inquiridos é favorável ao voto eletrónico”, por causa da dificuldade de votação nas Comunidades Portuguesas, distância das mesas de voto, boletins de voto postais que não chegam, ou chegam fora de prazo, ou ainda que não vão com aviso de receção, refere-se no relatório do inquérito, promovido pela Sedes – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, inserido no âmbito das atividades desenvolvidas pelo Observatório das Comunidades Portuguesas da organização.

Os restantes inquiridos afirmaram ter dúvidas sobre o voto eletrónico, por questões de segurança, receios de fraude e de ser dificilmente auditável.

Outro dado relevante do resultado do inquérito é o facto de 76% dos inquiridos ter manifestado a vontade de poder votar para a sua autarquia de origem, onde têm residência secundária ou alguma atividade comercial.

No que respeita ao atendimento e apoio dos consulados portugueses na área onde residem, 73% dos inquiridos queixou-se da falta de celeridade das redes consulares e 56% considera que a rede consular não é eficaz.

Este inquérito, que se insere no âmbito das atividades desenvolvidas pelo Observatório das Comunidades Portuguesas, abrangeu 300 portugueses residentes no estrangeiro, 60% dos quais com idades compreendidas entre os 40 e 65 anos e 26% entre os 26 e os 40 anos.

Quanto ao período de emigração dos inquiridos, 40,5% são oriundos da nova vaga de emigração e 18% emigraram nos anos 1960/1970. Já 11,3% dos inquiridos são lusodescendentes.

Dos resultados do inquérito ressalta ainda que 75% dos emigrantes ou lusodescendentes inquiridos vota nas eleições presidenciais, 76% vota nas legislativas e 62% nas europeias.

Mas, só 25% vota nas eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas e metade (50%) até desconhece que este é o órgão representativo dos interesses dos portugueses residentes no estrangeiro e consultivo do Governo português.

A coordenadora do inquérito, Christine de Oliveira, disse, em maio, à agência Lusa que este iria permitir “trazer um saber mais científico e menos empírico a questões que se colocam há vários anos”.

O inquérito assume uma relevância maior após o anterior ato eleitoral, as legislativas de 30 de janeiro, que foram repetidas no círculo da Europa, após irregularidades com os boletins de voto da emigração.

O objetivo do estudo, afirmou na altura Christine Oliveira, foi “trazer uma base científica o mais abrangente possível, de preferência com respostas válidas de todos os continentes”.

Segundo o relatório do Observatório da Emigração, apresentado em 2021, e de acordo com estatísticas das Nações Unidas, em 2019 existiam cerca de 2,6 milhões de portugueses emigrados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Atividades desportivas e iniciativas solidárias são as mais valorizadas entre os profissionais tech

Mais dias de férias e bónus financeiros mediante objetivos são também opções populares entre os colaboradores da Bee Engineering.

Atividades desportivas e eventos de solidariedade. Estas são as atividades mais valorizadas pelos colaboradores da Bee Engineering, que votaram através da aplicação que a tecnológica lançou no primeiro trimestre ano, Bee Genius. Através desta app, os trabalhadores podem contribuir com ideias a serem implementadas na empresa, bem como votar nas sugestões propostas pelos seus colegas. Mais dias de férias e bónus financeiros mediante objetivos são também opções muito votadas. Algumas das propostas já estão a ser postas em prática pela empresa.

“A retenção de talento tem que começar pela atenção sobre aquilo que a nossa equipa dá prioridade e que conta connosco para dar resposta. O Bee Genius, de uma forma democrática, permite-nos identificar as medidas que a equipa gostava de ver em prática e leva-nos a pensar em maneiras de o fazer o mais rápido possível”, começa por explicar José Leal e Silva, diretor executivo da Bee Engineering.

“As ideias são muito díspares, mas muitas delas estão relacionadas com o bem-estar, a prática desportiva e iniciativas de solidariedade organizadas pela Bee Engineering: como atividades de reflorestação, recolha de alimentos e pintar escolas. O salário financeiro não é claramente o único fator que importa”, detalha, em comunicado.

José Leal Silva, da Bee Engineering.D.R.

As atividades desportivas para a equipa e a organização de eventos de solidariedade foram o grupo com mais votos (40%), seguido de mais dias de férias e bónus financeiros mediante objetivos alcançados (30%). Consultas de psicologia, mentores para academistas da empresa e adaptação de plataformas internas (todas com 10%) foram as restantes medidas mais votadas. Seis destas já começaram a ser postas em prática e as restantes estão agora em análise pela direção.

Após a análise destes resultados, foi lançado o “WellBEEing”, um inquérito realizado internamente para medir o bem-estar dos colaboradores e perceber que medidas específicas poderiam ser disponibilizadas. Face à grande preponderância dada ao desporto, a Bee Engineering continuou com o BeeFut (jogos de futebol entre a equipa) e está agora a preparar futuras aulas de pilates. A estas irão juntar-se outros desportos até ao final do ano, garante a tecnológica.

As ideias são muito díspares, mas muitas delas estão relacionadas com o bem-estar, a prática desportiva e iniciativas de solidariedade organizadas pela Bee Engineering: como atividades de reflorestação, recolha de alimentos e pintar escolas. O salário financeiro não é claramente o único fator que importa.

José Leal e Silva

Diretor executivo da Bee Engineering

As consultas de medicina geral disponível sem qualquer custo — que podem servir como primeiro passo para depois se passar para uma especialidade — e as parcerias na área de psicologia e psiquiatria integram o plano de reforço da saúde mental dos seus profissionais.

O smart working e o programa de parentalidade são outras das medidas já em marcha, de forma a promover o equilíbrio entre a vida profissional e a vida familiar das pessoas.

A aplicação Bee Genius foi testada internamente entre 54 colaboradores da Bee Engineering e tem aplicabilidade para ser usada no mercado empresarial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Água pode ter de ser cortada à noite em Carrazeda de Ansiães devido à seca

  • Capital Verde
  • 5 Julho 2022

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) afirma que o abastecimento de água para consumo humano está assegurado, mas avisa: “temos de aprender a viver com menos água".

O nordeste transmontano preocupa com cinco barragens em situação crítica. No município de Carrazeda de Ansiães está mesmo ser considerada a suspensão do abastecimento de água à população durante a noite e o aumento do segundo escalão do tarifário, avança o Jornal de Notícias esta terça-feira.

O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado, afirmou, em declarações ao Jornal de Notícias, que o abastecimento de água para consumo humano está assegurado, mas avisa: “Temos de aprender a viver com menos água.”

Em Carrazeda, a solução que está a ser considera pela APA e pela Câmara Municipal envolve também a reabilitação de novas captações de água, furos que já existem e o uso de águas das ETAR para a lavagem de ruas ou rega de jardins. Estão em causa seis a sete mil habitantes.

Este é o segundo ano hidrológico mais seco de sempre, só ultrapassado por 2004/05, quando se registou a pior seca de sempre. A percentagem de água no solo em grande parte do nordeste transmontano está abaixo dos 10%, no cenário mais gravoso de todo o país.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deco pede “intervenção célere” para garantir direitos dos passageiros com voos cancelados

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

Apelando à intervenção da ANAC e do Governo, a Deco salienta que as transportadoras aéreas são obrigadas a prestar assistência adequada aos passageiros em situações de atraso e cancelamento.

A Deco instou esta terça-feira o Ministério das Infraestruturas e a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) a intervirem para acautelar os interesses dos passageiros afetados pelos cancelamentos de voos em Lisboa, cujo direito à assistência “não está a ser aplicado”.

“Isto não é uma situação nova, uma vez que disrupções e problemas no aeroporto [de Lisboa], infelizmente, têm sido cada vez mais constantes. O que nos preocupa são as respostas que estão sempre a ser dadas aos consumidores e, sobretudo, o facto de estes terem direitos que não são aplicados e de ser necessário ter planos de contingência preparados quer pela infraestrutura aeroportuária, quer pelas próprias transportadoras, para garantir o direito à assistência”, afirmou o coordenador do departamento jurídico da Deco – Associação de Defesa do Consumidor em declarações à agência Lusa.

Segundo Paulo Fonseca, na sequência das “várias dezenas” de reclamações de consumidores recebidas durante o passado fim de semana, a associação enviou esta terça-feira cartas ao Ministério das Infraestruturas e Habitação e à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) reclamando “uma intervenção célere e eficaz que acautele os interesses dos passageiros através de todos os mecanismos”.

“No fim de semana recebemos algumas dezenas de queixas, o que é demonstrativo que os passageiros estão com dificuldade em exercer os seus próprios direitos”, avançou à Lusa, precisando que em causa está o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, já que “não houve queixas relativamente aos outros aeroportos”.

Conforme salientou, os passageiros do transporte aéreo “têm um conjunto de direitos que estão fixados e são automaticamente aplicáveis em situações de cancelamento, de recusa de embarque [devido ao designado overbooking] ou de atraso superior a três horas”, nomeadamente o direito à assistência e, embora com algumas exceções, o direito a indemnização.

No caso do direito à assistência, apesar de o regulamento europeu aplicável prever que aos passageiros afetados têm de ser asseguradas “refeições e bebidas em proporção razoável ao tempo de espera” e “alojamento em hotel, caso se torne necessária a estadia por uma ou mais noites”, os relatos feitos à Deco apontam para a mera entrega de vales que os passageiros apenas podem utilizar no aeroporto e para a recusa da garantia de alojamento por alegadamente “não existir alojamento disponível nas proximidades”.

“Dar um vale a um passageiro para usar no próprio aeroporto quando o consumidor só tem voo dali a três dias é inaceitável do ponto de vista da proteção dos direitos dos consumidores. É necessário um reforço deste direito à assistência e, também, alojamento em hotel”, sustenta Paulo Fonseca.

Neste sentido, na carta enviada à tutela, ao ministério de Pedro Nuno Santos, a Deco destaca a “necessidade de impor quer às transportadoras, quer à infraestrutura aeroportuária, a implementação de planos de contingência em diferentes níveis, consoante o grau de afetação de passageiros e a natureza e duração da situação disruptiva”, de forma a “assegurar a assistência e demais direitos dos consumidores”.

“Estes planos deverão, também, definir medidas que visem a existência de estruturas e mecanismo de apoio e informação adequados às necessidades sentidas pelos passageiros quando enfrentam situações de atraso ou cancelamento de voos”, lê-se na missiva, a que a Lusa teve acesso.

O objetivo é que, em caso de necessidade, “esses mecanismos de contingência sejam de imediato acionados e tenham, por exemplo, um conjunto de estabelecimentos hoteleiros preparados para receber os passageiros”.

Já no que diz respeito ao direito à indemnização, o coordenador do departamento jurídico da Deco explica que esta pode ir dos 250 euros aos 600 euros, “dependendo do tipo de voo e da distância”, e precisa que não é aplicável em algumas situações, “designadamente perante circunstâncias extraordinárias não oponíveis à própria transportadora, como uma intempérie, um ataque terrorista, uma guerra ou a situação vivida o ano passado com a pandemia, com a imposição do cancelamento dos voos”.

Neste caso, a associação diz ter denunciado na carta dirigida à ANAC as “dúvidas” que mantém relativamente às justificações – ou falta delas – dadas aos passageiros afetados pelos atrasos ou cancelamentos. “Como foram apontados vários motivos para justificar o cancelamento, muitos deles que não são verdadeiras circunstâncias extraordinárias, parece-nos que o direito à indemnização está a ser evitado”, explicou Paulo Fonseca.

Segundo salienta, “as transportadoras têm de dar uma informação pormenorizada ao consumidor sobre o estado do seu voo”, havendo “mecanismos que lhes permitem, até pelos formulários de contacto, ter acesso a dados dos passageiros e contactá-los diretamente para lhes dar toda a informação em tempo útil”.

De acordo com o responsável da Deco, no caso da TAP – cujos voos têm sido dos mais afetados em Lisboa – têm sido apontados desde “constrangimentos noutros aeroportos, a constrangimentos no serviço de handling e, até, constrangimentos relacionados com um jato privado”. “Ou seja, não há, de facto, um apuramento de quais são as reais situações de cancelamento e de cada voo em concreto”, afirmou.

Afirmando-se particularmente “preocupado” porque “esta já é uma situação recorrente”, o que leva a que “os consumidores já tenham receio de viajar de avião porque não sabem se vão conseguir ter voo a tempo e capacidade para embarcar”, Paulo Fonseca alerta que, se já é possível “antever que o verão vai ser disruptivo, também já se sabe que no Natal e na passagem de ano se vai repetir a mesma situação”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IL quer saber quantos grupos de trabalho e comissões foram criadas nos governos de Costa

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

No requerimento, a IL também pretende saber quais as conclusões a que todas estas estruturas chegaram e os custos associados. 

A Iniciativa Liberal pediu hoje ao primeiro-ministro, António Costa, um levantamento de todos os grupos de trabalho, comissões de acompanhamento e ‘task forces’ criadas pelos seus três governos, assim como as respetivas conclusões e custos associados.

“Aquilo que vamos fazer é pedir ao Governo, nomeadamente ao primeiro-ministro, que quantifique quantos grupos de trabalho, ‘task forces’, comissões de acompanhamento, de execução, de gestão, e estruturas de missão foram criadas pelos seus três governos”, especificou à Lusa o líder parlamentar da IL, Rodrigo Saraiva.

O deputado liberal recordou que no último debate com o primeiro-ministro, em 22 de junho, o partido questionou-o sobre “o número vasto que existe de estruturas criadas desde 2015 pelos sucessivos” executivos socialistas.

Rodrigo Saraiva acrescentou que a IL encontrou “cerca de 62” destas estruturas, mas ficou sem resposta do primeiro-ministro, por isso, os liberais apresentaram hoje um requerimento insistindo no esclarecimento. O desconhecimento, na ótica do líder da bancada liberal, aumenta a “descredibilização dos serviços do Estado”.

No requerimento a IL também pretende saber quais as conclusões a que todas estas estruturas chegaram e os custos associados. Para Rodrigo Saraiva, é preciso discernir quais são as “gorduras do Estado” com estes organismos “que nascem como cogumelos”.

“Na legislatura anterior, a IL solicitou, por exemplo, o relatório do grupo de trabalho ‘Escola sem bullying, escola sem violência’, do Ministério da Educação, ao qual não tivemos resposta, portanto, não sabe as conclusões desse grupo”, exemplificou o deputado, argumentando que o mesmo aconteceu com o pedido de divulgação do relatório da estrutura de missão para a “Sustentabilidade do Programa Orçamental da Saúde”.

Rodrigo Saraiva considerou ser “grave se nenhum destes grupos de trabalho chegou a uma conclusão”, sustentando que “criam entropia” se não produzem efeitos concretos. “Infelizmente, o histórico do PS tem sido o de fugir às perguntas e aos requerimentos que são feitos, seja formalmente, sejam em plenários. O Governo foge. As perguntas que são submetidas formalmente não são respondidas”, lamentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Países da NATO já assinaram protocolos de adesão de Suécia e Finlândia

  • ECO
  • 5 Julho 2022

Os 30 embaixadores da NATO assinaram hoje, em Bruxelas, os protocolos de adesão da Suécia e da Finlândia, que terão de ser ratificados por cada um dos membros da Aliança, anunciou a organização.

Os 30 embaixadores da NATO assinaram hoje, em Bruxelas, os protocolos de adesão da Suécia e da Finlândia, que terão de ser ratificados por cada um dos membros da Aliança, anunciou a organização.

Enquanto isso, aliados da Ucrânia, instituições internacionais e setor privado concluem esta terça-feira uma reunião de dois dias na Suíça para lançar um “Plano Marshall” para a reconstrução do país, invadido e em parte destruído na sequência da ofensiva russa.

Na designada Conferência de Lugano, espera-se que seja assinada uma declaração comum que estabeleça as “prioridades, método e princípios” do projeto de recuperação, com um custo avaliado em 750 mil milhões de dólares pelo primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal.

No terreno, as forças ucranianas preparam a defesa de Donetsk, após Moscovo declarar vitória na região de Lugansk.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa contraria ganhos da Europa pressionada por BCP e Galp

O índice de referência nacional começa o dia no vermelho, não seguindo a tendência positiva das restantes bolsas europeias.

A bolsa nacional começa o dia no vermelho, contrariando a tendência positiva que se verifica nas principais congéneres europeias. O desempenho do principal índice da praça lisboeta é penalizado pelas quedas de cerca de 1% do BCP e da Galp Energia, em altura de desvalorizações nos preços do petróleo.

Pelo Velho Continente, o índice de referência Stoxx 600 valoriza 0,4%, bem como o francês CAC-40 e o espanhol IBEX-35. Já o britânico FTSE 100 soma 0,3% e o alemão DAX ganha 0,7%. Em Lisboa, a tendência é inversa, com o PSI a recuar 0,31%, para 6.035,52 pontos.

Entre as 15 cotadas do principal índice de referência da bolsa nacional, a maioria encontrava-se a negociar em terreno vermelho no arranque da sessão desta terça-feira. Agora, o sentimento começa a estar mais equilibrado entre as cotadas.

O BCP destaca-se nas quedas, ao recuar 1,15%, para 0,1550 euros. Já a Galp Energia cai 1,01%, para 10,82 euros, numa altura em que os preços do petróleo nos mercados internacionais estão a recuar.

Nota ainda para a queda de 0,69% da REN, para a descida de 0,68% da Altri e para a desvalorização de 0,21% da Navigator.

No extremo oposto, acima da linha de água, encontram-se os CTT, que somam 0,97%, para 3,11 euros, bem como a EDP Renováveis, que ganha 0,39%, para 23,31 euros. Já a casa-mãe EDP oscila entre o verde e o vermelho no arranque desta sessão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa no “top 10” dos hubs de startups europeus mais populares

Lisboa surge na quarta posição, tendo subido dois lugares face ao ano anterior, tendo recolhido 16,36% dos votos dos fundadores.

Lisboa está no “top 10” do hubs europeus de startups mais populares. É também a capital europeia, de pequena e média dimensão, com a percentagem de mulheres founders mais elevada em 2021, ano em que o ecossistema de startups europeu bateu recordes de investimento levantado — 101 mil milhões de euros, segundo o Startup Heatmap Europe Report 2022, da DEEP Ecosystems.

Berlim, pelo segundo ano consecutivo, é a cidade mais popular, seguida de Londres e Barcelona. Lisboa surge na quarta posição, tendo subido dois lugares face ao ano anterior, tendo recolhido 16,36% dos votos dos fundadores, de acordo com a 7.ª edição do relatório da DEEP Ecosystems, com base numa amostra de 24.000 fundadores pré-selecionados de startups Europa, da Islândia a Istambul.

Lisboa é também a cidade, de pequena e média dimensão, que apresenta a maior percentagem de mulheres founders (23,2%), seguida de Dublin (23,1%) e Estocolmo (20,2%). Nas de grande dimensão Viena lidera com 19,2%.

No ano passado, o ecossistema europeu de startups bateu recordes de investimento levantado — 101 mil milhões de euros de capital de risco — tendo diminuído o fosso que o separa do mercado norte-americano, que, no mesmo ano, viu o seu ecossistema levantar 119 mil milhões de euros, mais 18% do que na Europa, segundo dados do Pitchbook 2021, citados no relatório.

Este volume recorde levou a que mais hubs tenham aumentado o seu peso e 12 deles — Londres, Berlim, Paris, Estocolmo, Tel Aviv, Munique, Amesterdão, Barcelona, Madrid, Copenhaga, Dublin e Helsínquia — tenham atingido, num ano, o patamar unicórnio: ou seja, em 12 meses as startups locais levantaram no seu conjunto mais de mil milhões de euros.

Pese embora o valor de investimento tenha atingido valores elevados, o valor de investimento seed levantado — entre 500 mil e dois milhões de euros — caiu desde o seu pico em 2019. Para os fundadores à procura de levantar valores abaixo do milhão de dólares na Europa, as oportunidades caíram 22%, enquanto as rondas de valores superiores aumentaram. A maior subida ocorreu mesmo nas rondas acima dos 40 milhões de dólares.

O ecossistema europeu de startups também assistiu a um número de exists (saídas com sucesso, por venda/aquisição) recorde, tendo subido para mais do dobro: de 1.516 em 2020 para 3.063 no ano passado.

Talvez por isso, quando questionados sobre onde preferiam arrancar com a sua companhia, se pudessem escolher, 57% dos founders escolheria a Europa face aos Estados Unidos, embora nos países fora da União Europeia, os Estados Unidos ainda mantenha as preferências dos fundadores.

Criação de emprego

Em média, as principais 20 cidades europeias criam cinco empregos por cada milhão de euros de investimento levantado. “Os grandes hubs tendem a ser menos eficazes na criação de empregos locais. Isto provavelmente terá a ver com o alcance internacional das suas empresas“, refere o relatório. Hamburgo, Dusseldorf e Varsóvia lideram na criação de emprego local.

Apesar da pandemia, o peso dos fundadores que migraram para a Europa subiu de 27% para 37%. O Reino Unido ainda é país que beneficia mais dessa migração de founders, com mais 36% de founders de origem não britânica a se instalarem no país.

Cerca de terço dos founders europeus (29%) vive fora do seu país de origem, sendo a maior mobilidade registada entre os empreendedores da Europa Ocidental (Alemanha, França, etc.), com 38% dos fundadores a viver no exterior. Da Europa do Sul essa taxa é de 31%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.