Comboio é o único transporte que já recuperou da pandemia

Transporte de passageiros continuou a recuperar no primeiro trimestre, mas o comboio é o único meio de transporte que já supera os números registados em 2019.

O número de passageiros nos comboios é o único indicador nos transportes que já recuperou do choque da pandemia, mostram dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No primeiro trimestre, registaram-se 37,6 milhões de pessoas transportadas, o equivalente a uma subida de 1,1% face ao primeiro trimestre de 2019. Todos os restantes indicadores continuam aquém dos números pré-Covid.

Nos primeiros três meses do ano, os aeroportos nacionais movimentaram 8,3 milhões de passageiros, correspondendo a um crescimento de 465,7% face ao mesmo período de 2021, mas a uma diminuição de 25,4% face ao primeiro trimestre de 2019. Aterraram 38 mil aeronaves naquele período.

O aeroporto de Lisboa concentrou 54,2% do movimento total de passageiros (4,5 milhões), uma descida de 27,8% face a 2019, enquanto o aeroporto do Porto registou o segundo maior volume de passageiros movimentados do país (23,4%), atingindo cerca de dois milhões de passageiros, correspondendo a uma diminuição de 25,2% face ao mesmo período de 2019.

No mesmo período, foram transportadas por metropolitano 46,2 milhões de pessoas, uma subida de 135,7% face a 2021, mas uma descida de 25,8% face a 2019. Com um total de 28,7 milhões de passageiros transportados, o equivalente a 62,1% do total (-0,8 p.p.), a procura no Metro de Lisboa cresceu 146,3% face a 2021 (-33,2% face a 2019). Também no Metro do Porto a procura teve um forte acréscimo (+129,9% face a 2021), tendo sido transportados 13,8 milhões de pessoas.

Por sua vez, o transporte de passageiros por via fluvial registou um aumento de 105,2% relativamente ao primeiro trimestre de 2021, atingindo 3,6 milhões de passageiros, e uma redução de 25,7% em relação ao mesmo período de 2019. O transporte de passageiros no rio Tejo aumentou 101,6%, tendo movimentado 3,4 milhões de passageiros.

Portos nacionais receberam 3.122 embarcações, menos 3,6% face a 2019

Entre janeiro e março, relativamente ao transporte de mercadorias, por via aérea verificou-se um crescimento de 37,2% face ao primeiro trimestre de 2021 e uma subida de 11,9% comparando com o primeiro trimestre de 2019. Na ferrovia, registou-se um aumento de 5,3% face a 2021 e uma quebra de 4,7% face a 2019. O transporte por rodovia aumentou 8,5% e movimentou 39,9 milhões de toneladas, idêntico ao primeiro trimestre de 2019 (-0,03%).

Por via marítima houve uma subida de 0,8% face a 2021 e uma descida de 5,5% face a 2019. No primeiro trimestre, entraram nos portos nacionais 3.122 embarcações de comércio, o que correspondeu a um aumento de 13% face a 2021, mas uma descida de 3,6% face a 2019. A dimensão das embarcações aumentou 21,1% e foram movimentadas 20,8 milhões de toneladas de mercadorias.

O porto de Sines movimentou 10,5 milhões de toneladas de mercadorias (-2,9% face a 2019), à frente do porto de Leixões (-23,9% face a 2019). Em sentido contrário, o porto de Lisboa registou um aumento de 6,7% comparativamente com 2019.

(Notícia atualizada às 11h52 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Google disponibiliza três mil novos certificados em colaboração com APDC e IEFP

A parceria com a APDC e o IEFP iniciou-se no ano passado, com três mil bolsas de formação. Face à forte procura, a tecnológica aumentou o número de certificações para seis mil.

A Google vai disponibilizar três mil novos certificados este ano para realizar os cursos de formação online, em parceria com a Associação Portuguesa de Desenvolvimento das Comunicações (APDC) e com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Esta iniciativa de formação conta também com o apoio do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e é uma expansão das três mil bolsas iniciais anunciadas pela Google no ano passado. Além dos cursos já disponíveis, a Google vai ainda lançar uma nova certificação em Marketing & E-commerce.

“As competências digitais são necessárias para qualquer pessoa em busca de emprego, recolocação no mercado de trabalho ou pequeno empreendedor. E, além disso, são também as competências que as grandes empresas estão a procurar nos profissionais. Com a parceria entre empresas privadas e associações públicas e organismos públicos, estamos a chegar a mais pessoas e a apoiar Portugal na transformação e recuperação económica”, afirma Helena Martins, responsável por políticas públicas da Google Portugal, em comunicado.

A Google vai juntar à sua oferta de formação já existente uma nova certificação em Marketing & E-commerce, destinada a capacitar pessoas e as pequenas empresas a crescerem nos negócios online. Este curso dá competências em marketing digital e comércio eletrónico, abrangendo áreas como encontrar clientes, construir uma loja online, medição e análise e como aumentar a fidelização do cliente.

As formações integram-se na iniciativa dos Certificados Profissionais da Google, um compromisso da Google dirigido a pessoas desempregadas e que visa reforçar a empregabilidade dos portugueses e o desenvolvimento de competências digitais.

A parceria com a APDC e o IEFP iniciou-se no ano passado, com três mil bolsas de formação para a realização de um dos cursos que fazem parte dos Certificados Profissionais da Google. Face à forte procura, a Google aumentou o número de certificações para seis mil. O curso é dividido por módulos e, em 2021, cerca de cinco mil portugueses concluíram pelo menos um dos módulos.

Nesta colaboração, a APDC conta com o apoio do IEFP na divulgação e sinalização junto dos potenciais candidatos para realizar um dos cinco cursos atualmente disponíveis: Apoio Técnico de Tecnologias de Informação (em português e inglês), Gestão de Projetos (em inglês), Análise de Dados (em inglês), Design da Experiência do Utilizador (em inglês) e Marketing Digital & E-commerce (em inglês). Em breve, todos os cursos estarão disponíveis em português.

“É fundamental acelerar as competências digitais como fator de competitividade dos trabalhadores. Portugal tem todas as condições para liderar este posicionamento na Europa. É nossa prioridade total investir na valorização dos trabalhadores e nas qualificações, como forma de promover uma maior inovação e capacidade de atrair e reter talento para Portugal”, refere Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

“Este tipo de projetos, que visam contribuir para atenuar o problema da escassez de recursos qualificados nas áreas do digital, encaixam na perfeição na missão da associação, que representa as principais empresas tecnológicas, de telecomunicações e media em Portugal. É evidente que o país precisa com urgência de investimentos na qualificação, requalificação e melhoria das competências dos recursos humanos. Só assim se pode fazer face às tendências demográficas negativas e à crescente escassez de talento com que se deparam atualmente as empresas de todos os setores”, acrescenta Rogério Carapuça, presidente da APDC.

Em 2021, no lançamento dos primeiros certificados digitais, a APDC e o IEFP comprometeram-se a contribuir para a promoção da igualdade de género na seleção dos candidatos. Nessa primeira fase, cerca de 50% das pessoas que concluíram alguns dos módulos eram do sexo feminino. Para estes novos certificados, o compromisso mantém-se.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pedro Ramos e Vasco Ribeiro apresentam livro “Gestão de Empresas com Pessoas a Bordo” esta quarta-feira

  • Trabalho
  • 6 Junho 2022

A obra vai ser apresentada na próxima quarta-feira, dia 8 de junho, pelas 17h30, na Fundação AIP, em Lisboa.

O livro “Gestão de Empresas com Pessoas a Bordo”, coordenado por Pedro Ramos e Vasco Ribeiro, vai ser apresentado na próxima quarta-feira, dia 8 de junho, pelas 17h30, na Fundação AIP, em Lisboa. A obra sobre gestão e recursos humanos aborda a atual centralidade do papel das pessoas nas empresas. O livro vai ser apresentado pelo presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, e conta com a participação dos coautores, Maria João Martins, managing partner da My Change, e Nelson Ferreira Pires, CEO da Jaba Recordati.

“De temas mais estruturantes e densos, aos temas mais soft, esta nova centralidade do papel das pessoas nas empresas, não é mais do que assumir que as mudanças se fazem com elas e que as transformações são sempre primeiro ‘humanizadas e humanizáveis’ antes de serem tecnológicas, e que a resiliência, a empatia, a cooperação e a gestão ‘analógica’ dos colaboradores já não são suficientes para fazer crescer o negócio das empresas”, lê-se em comunicado.

Pedro Ramos, doutorado em Economia de Empresa e mestre em Sociologia do Emprego, é, atualmente, CEO da Keeptalent Portugal, empresa de consultoria de gestão e gestão de pessoas, e presidente da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG).

Vasco Ribeiro, doutorado em Ciências Empresariais, na especialidade de marketing, e doutorado em Turismo, é professor coordenador no ISLA Santarém, responsável por vários programas de MBA nas áreas de gestão e diretor de curso da licenciatura em Gestão Turística e da licenciatura em Gestão Comercial do ISLA Santarém. O coordenador do livro é, ainda, consultor de empresas e speaker internacional nas áreas de gestão, marketing, turismo, etiqueta e protocolo a nível empresarial.

O livro “Gestão de Empresas com Pessoas a Bordo” é editado pela Editora d’Ideias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor a 6 meses volta a valores positivos sete anos depois

Má notícia para as famílias com crédito da casa: as taxas Euribor continuam a subir (não se sabe até quando) e isso vai aumentar a prestação do empréstimo da habitação que paga ao banco.

Euribor sobem e a prestação da casa também

A Euribor a 6 meses – o indexante mais usado nos créditos da casa em Portugal — voltou a registar valores positivos esta segunda-feira, depois de uma longa viagem de sete anos a negociar abaixo de zero. A taxa fixou-se em 0,009%, avança a Lusa.

Esta inversão reflete sobretudo as expectativas dos mercados em relação a um aperto da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) no próximo mês, altura em que se prevê que a autoridade liderada por Christine Lagarde comece a subir as taxas de juro de referência na Zona Euro, num esforço para tentar controlar a escalada dos preços na região.

Para as famílias com taxa variável no contrato do crédito da casa, e que já vêm sentido o efeito da subida das Euribor desde o início do ano no agravamento da prestação mensal paga ao banco, este é mais um sinal de que esta trajetória ascendente das Euribor está bem viva e não ficará por aqui, depois de um longo período em que beneficiaram de condições muito favoráveis na aquisição de habitação.

Para quem teve de rever as condições do crédito à habitação este mês já pagou mais 6% na prestação do banco (assumindo um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos com um spread de 1%, ver exemplo mais abaixo). O aumento dos encargos com a casa vem numa altura particularmente difícil pois os agregados já estão a ter mais despesas com os bens e serviços que consomem no dia-a-dia, como a luz, os combustíveis ou as compras do supermercado.

A última vez em que a Euribor a 6 meses (taxa fixada por um conjunto de bancos nos empréstimos que realizam entre si) registou um valor positivo — 0,001% — foi a 9 de novembro de 2015. Nessa altura sabíamos que estávamos numa tendência de descida, tendo em conta as políticas expansionistas do banco central para animar a economia (para evitar o risco de deflação), mas não se previa que ia permanecer com sinal negativo durante tanto tempo (a pandemia prolongou um pouco mais este ciclo).

Sete anos depois, o cenário mudou radicalmente com o banco central a braços com uma crise de alta inflação que superou os 8% em maio – quatro vezes acima do objetivo de 2%, que considera ser a taxa estável para a economia. A normalização da política monetária servirá assim para fazer baixar a inflação.

Subida já custa mais 26 euros na prestação

A Euribor a 6 meses é a mais usada nos créditos da casa em Portugal, estando associada mais de 40% dos contratos (dados do Banco de Portugal relativos a 2020). Esta taxa fechou o ano passado nos -0,546% e apenas em meio ano passou a estar acima da linha de água, com impacto direto no bolso das famílias.

Assumindo um empréstimo de 150 mil euros com o prazo de 30 anos e um spread de 1%, uma família esteve a pagar ao banco uma prestação de 445 euros nos últimos seis meses. Agora, com a revisão do contrato, a prestação sofreu um agravamento de 26 euros, mais 6%, para cerca de 472 euros mensais até à próxima revisão em dezembro.

Antes da Euribor a 6 meses se despedir do sinal negativo, foi a taxa a 12 meses a inverter para valores positivos. Aconteceu no dia 12 de abril e não tem parado de subir desde então. Está agora nos 0,521%. Este prazo tem sido o mais usado nos financiamentos da casa mais recentes. A próxima Euribor a deixar as taxas negativas será a Euribor a 3 meses, indexante usado em 32% dos empréstimos da casa. Está atualmente nos -0,314%.

Face ao agravamento da prestação da casa, os bancos tem manifestado relativa confiança na capacidade das famílias de continuarem a pagar a mensalidade do empréstimo, tendo em conta que as taxas continuarão baixas durante mais algum tempo (apesar de estarem a subir) e a poupança acumulada nos últimos anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sacyr vende participação de 2,9% detida na Repsol por mais de 670 milhões de euros

  • Lusa
  • 6 Junho 2022

O grupo espanhol Sacyr anunciou que vendeu os 2,9% da participação que detinha no capital da Repsol, a um preço de mercado superior a 670 milhões de euros.

O grupo espanhol Sacyr anunciou esta segunda-feira que vendeu os 2,9% da participação que detinha no capital da Repsol, a um preço de mercado superior a 670 milhões de euros.

Com esta operação a Sacyr deixa de ter qualquer participação no Capital da Repsol, o que aconteceu por mais de quinze anos, refere esta segunda-feira o grupo empresarial especializado no setor da construção, engenharia e infraestrutura e serviços.

Esta operação realizou-se antes da abertura dos mercados europeus e após o aumento do preço das ações da petrolífera nos últimos dias, que compensou o custo de liquidação dos derivados com opção de venda e que funcionavam como colateral da participação detida na Sacyr.

O maior acionista da Repsol é o fundo BlackRock, com cerca de 5,3% do capital, lê-se no comunicado, adiantando que a Sacyr não divulgou qualquer detalhe acerca do destino dos 2,9% do capital que vendeu.

O grupo empresarial explicou apenas que a venda reduz a dívida associada a estas ações em 563 milhões de euros e deixa a Sacyr com um saldo de caixa positivo de 58 milhões, que será utilizado para reduzir a dívida e cumprir o seu plano de investimento em concessões.

Adicionalmente, o capital próprio da Sacyr aumenta em 40 milhões, uma vez que se encontra contabilizado como participação financeira a preços de mercado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

MyCareforce passa a oferecer seguro de acidentes de trabalho a enfermeiros

Todos os profissionais que trabalhem na plataforma passam a contar com um seguro de acidentes de trabalho. Assim que o turno seja adjudicado, o profissional está automaticamente protegido.

De forma a garantir uma maior segurança, a MyCareforce, que possibilita que enfermeiros encontrem turnos e outras oportunidades de emprego em unidades de saúde, vai passar a oferecer um seguro de acidentes de trabalho a todos os profissionais que trabalhem na plataforma. E o processo é o menos burocrático possível.

“Sabemos que, apesar de ser obrigatório, muitos profissionais não têm este seguro e isso deixa-os vulneráveis no seu local de trabalho. Os enfermeiros já têm muitas preocupações e não queremos que o seguro de acidentes de trabalho seja mais uma. Assim, decidimos intervir e oferecer este seguro para o bem-estar de todos”, explica Pedro Cruz Morais, cofundador e CEO da plataforma, em comunicado.

Este seguro passa a ser gratuito até final do ano, pelo que todos os profissionais que trabalham pela plataforma estarão automaticamente protegidos, sem necessidade de muita burocracia. “A melhor parte é que não precisam de preencher papelada. Assim que o turno seja adjudicado, o profissional está automaticamente coberto e protegido”, detalha o fundador.

Para usufruir desta oferta, os profissionais devem estar registados na plataforma MyCareforce e realizar turnos pela mesma.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Euphoria” e “Homem-Aranha” são os grandes vencedores dos MTV Awards

  • Lusa
  • 6 Junho 2022

"Euphoria" venceu quatro prémios: melhor Série, melhor Interpretação para série, melhor Luta e "melhor Duo". Já "Homem-Aranha: Sem volta a casa" levou para casa dois galardões.

O filme “Homem-Aranha: Sem volta a casa” e a série “Euphoria” são os grandes vencedores da edição dos MTV Movie & TV Awards de 2022, com Jennifer Lopes a levar para casa um prémio de carreira.

Euphoria“, uma produção juvenil da HBO, venceu quatro prémios: Melhor Série, Melhor Interpretação para Série, Melhor Luta e “Melhor Duo”. Já “Homem-Aranha: Sem volta a casa” levou para casa dois galardões: Melhor Filme e Melhor Interpretação para Filme.

Apesar de não estarem presentes, os atores Tom Holland e Zendaya, um casal na vida real, foram dois dos premiados na cerimónia que decorreu na noite de domingo, em Los Angeles, Estados Unidos, com a apresentação da atriz Vanessa Hudgens. A Holland foi atribuído o prémio de Melhor Interpretação em Filme e a Zendaya o de Melhor Interpretação em Série, pelos filmes “Homem-Aranha: Sem Volta a Casa” e “Euforia”, respetivamente.

Concedidos por votação do público, os troféus – que não fazem distinção de género – tendem a ir para produções mainstream, que têm uma base de fãs ativos nas redes sociais e que são, por sua vez, incentivados a votar várias vezes nos nomeados favoritos. Por isso, era esperado que “Homem-Aranha: Sem volta a casa” fosse um dos vencedores da noite.

O filme de Jon Watts é o terceiro maior sucesso de bilheteira na história dos Estados Unidos, tendo arrecadado cerca de 1,9 mil milhões de dólares (cerca de 1,7 mil milhões de euros) nas bilheteiras internacionais.

Esta noite, também a cantora e atriz Jennifer Lopez foi galardoada, vencendo o Prémio de Melhor Canção, com o tema “On my way” (do filme “Fica comigo”), além do Prémio Geração, em homenagem à longa carreira na área da música, do cinema e da televisão.

O britânico Daniel Radcliffe, conhecido por interpretar o protagonista na saga Harry Potter, foi quem venceu este ano o prémio de Melhor Vilão, com o filme “Cidade Perdida”. Por outro lado, à atriz Scarlett Johansson foi atribuído o prémio de Melhor Herói pela participação em “Viúva Negra”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Operadoras obrigadas a manter mapa de cobertura atualizado

Diploma que cria mapa de cobertura das redes de telecomunicações foi publicado no Diário da República e prevê que as operadoras tenham de manter a informação sempre atualizada, sob pena de coimas.

O decreto-lei do Governo que cria o mapa das coberturas das redes de comunicações eletrónicas fixas e móveis foi publicado esta segunda-feira em Diário da República, mais um passo na constituição deste instrumento que será “fundamental” para saber onde há internet em Portugal.

O diploma delega na Anacom a “implementação de uma plataforma de informação relativa à cobertura das redes fixas e móveis das empresas que oferecem redes públicas de comunicações eletrónicas”, obrigando as operadoras a manterem a informação atualizada, sob pena de coimas em caso de contraordenação grave ou muito grave.

O público em geral vai poder consultar no mapa informação sobre a cobertura das redes fixas “com resolução ao nível do endereço e indicação das tecnologias e velocidades disponibilizadas”, bem como das redes móveis “para os serviços de voz, SMS e MMS e para os serviços de aceso à internet, com uma resolução de 100 por 100 metros e indicação das tecnologias e velocidades disponibilizadas”, lê-se no documento. Está também prevista a inclusão de informação sobre a cobertura por satélite.

A ferramenta contará ainda com diferentes níveis de acesso. Por exemplo, a “representação do traçado integral da rede de transporte e rede de acesso” e respetiva capacidade não estará disponível ao público.

Segundo o decreto-lei, a plataforma deve permitir “a comparação das coberturas das redes fixas e móveis dos diferentes operadores” e a “apresentação e visualização de outro tipo de informação, bem como de outros tipos de redes e serviços que venham a ser desenvolvidos posteriormente, considerados relevantes”.

Será também com base neste instrumento que o Governo avançará com investimentos para dotar de cobertura as chamadas “zonas brancas”, onde as empresas privadas não investem por não ser rentável. O Governo pretende lançar o concurso de conectividade de fibra ótica “durante o decurso do quarto trimestre deste ano”, conforme anunciou em 9 de maio o secretário de Estado das Infraestruturas.

“Neste momento temos informação de zonas de estatísticas e precisamos de informação casa a casa, quando tivermos informação casa a casa saberemos exatamente onde começam e acabam as zonas brancas, quais são as casas que precisam de investimento”, explicou Hugo Santos Mendes, na altura.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nas notícias lá fora: Boris, China Three Gorges e Mercedes

  • ECO
  • 6 Junho 2022

A China Three Gorges chegaram a acordo para adquirir um portefólio de 619 MW em projetos fotovoltaicos em Espanha, enquanto a MásMóvil e a Orange estão a ultimar um empréstimo para financiar a fusão.

O primeiro-ministro do Reino Unido vai ter de enfrentar esta segunda-feira uma moção de censura dentro do seu próprio partido. Os chineses da China Three Gorges vai adquirir um portefólio de 619 megawatts (MW) em projetos fotovoltaicos em Espanha, enquanto a MásMóvil e a Orange estão a ultimar um empréstimo de 6,5 mil milhões de euros para financiar fusão.

The Guardian

Boris Johnson vai enfrentar hoje moção de censura dentro do seu próprio partido

O primeiro-ministro do Reino Unido vai ter de enfrentar uma moção de censura dentro do seu próprio partido esta segunda-feira, noticia o The Guardian. Pelo menos 54 deputados conservadores acionaram o procedimento contra Boris Johnson, que terá de garantir pelo menos 180 deputados, 50% dos 359 conservadores no Parlamento britânico, para se manter no cargo. Em causa estão os escândalos relacionados com as festas ilegais em Downing Street durante o confinamento, um caso que tem sido apelidado de “Partygate”.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

Expansión

China Three Gorges realiza o seu maior investimento em Espanha

Os chineses da China Three Gorges chegaram a um acordo com a Nexwell Power para adquirir um portefólio de 619 megawatts em projetos fotovoltaicos, naquela que é considerada a maior operação em termos de capacidade realizada pelo grupo chinês em Espanha. A China Three Gorges é a maior acionista da EDP, detendo 20,2% do capital da elétrica portuguesa.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso pago/conteúdo em espanhol).

Cinco Días

MásMóvil e Orange pedem mega-empréstimo para financiar fusão

As operadoras de telecomunicações MásMóvil (Espanha) e Orange (França) estão a ultimar um empréstimo de 6,5 mil milhões de euros para concretizar a fusão. A empresa espanhola e a empresa francesa esperam que a banca aprove o financiamento antes do verão. A fusão das duas empresas levará à criação do segundo maior operador de telecomunicações no mercado espanhol, avaliado em 20 mil milhões de euros. A operação está a ser negociada desde março e deverá estar fechada até ao final deste mês.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Bloomberg

Mercedes chama um milhão de carros à oficina

A fabricante de automóveis alemã Mercedes vai chamar às oficinas cerca de um milhão de carros por todo o mundo, devido a problemas nos sistemas de travagem. Em causa estão os veículos construídos entre 2004 e 2015 que pertencem às séries de veículos utilitários desportivos ML e GL, bem como à minivan de luxo Classe R, segundo a nota emitida pelo regulador alemão KBA. De acordo com a AFP, o recall vai abranger 993 mil veículos em todo o mundo, dos quais 70 mil na Alemanha.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Reuters

Biden levanta tarifas sobre painéis solares de países do sudeste asiático

O Presidente dos Estados Unidos vai isentar durante 24 meses (dois anos) as tarifas alfandegárias sobre painéis solares fabricados em quatro países do sudeste asiático, após uma investigação ter congelado as importações e paralisado projetos nos EUA, revelaram fontes próximas do processo à Reuters. Além disso, a Administração Biden está a estudar se o levantamento de outras tarifas pode ajudar a reduzir a inflação.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Millennium continua a reduzir pegada ecológica

  • Capital Verde + Millennium bcp
  • 6 Junho 2022

Em 2021, toda a eletricidade consumida pelo Millennium bcp em Portugal foi 100% verde. Este foi apenas um dos números positivos da sua estratégia de sustentabilidade. Conheça os restantes.

“O caminho faz-se caminhando”, entoa-se no poema. Mas em matéria de sustentabilidade, o Planeta “pede” para acelerarmos o passo, não vá ficarmos sem plano B. As empresas sabem-no e estão cada vez mais comprometidas em fazer a diferença. É o caso do Millennium bcp que incorpora e promove uma cultura de responsabilidade ambiental e de combate e de adaptação às alterações climáticas.

A estratégia de sustentabilidade desenvolvida pelo banco inclui uma política ambiental de proteção do meio envolvente e da biodiversidade, preservação dos recursos naturais e a racionalização de consumos. Neste contexto, monitoriza regularmente um conjunto de indicadores de performance ambiental que mede a ecoeficiência no âmbito dos principais consumos.

A tendência de ecoeficiência do Millennium bcp tem sido bastante positiva nos últimos anos: entre 2016 e 2021, o banco conseguiu reduzir o consumo total de energia para menos de metade (59,6%). Só no consumo de eletricidade, registou uma diminuição de 51,4%. Já a emissão dos Gases com Efeito de Estufa (GEE) nestes últimos cinco anos, foi de menos 83,0%.

Pegada ecológica: 2021 em números

A tendência de mitigar a pegada ecológica do banco registou-se também o ano passado, com números muito reveladores desse compromisso. Em 2021, toda a eletricidade consumida pelo Millennium bcp em Portugal foi 100% verde, num mix de energia produzida pela central fotovoltaica do banco no Taguspark, em Oeiras, e de energia adquirida com certificado de origem renovável.

No mesmo ano, mesmo tendo sido atípico, muito marcado pela pandemia da Covid-19, a generalidade dos objetivos de otimização definidos pelo banco foram excedidos. Isto verificou-se no consumo de energia – baixou 17% face a 2020 (objetivo: -7%), com a eletricidade, em particular, a reduzir 31,7% (objetivo: -5%); de água – decresceu 15,4% (objetivo: -7%); e de plástico – diminui 31,7% (objetivo: -10%). O consumo de papel e cartão baixou ligeiramente (1,1%), tendo sido este um dos únicos elementos que ficou aquém do objetivo (-10%).

Ainda na senda de minimizar o seu impacto, só em 2021 o Millennium bcp reduziu as suas emissões GEE em 60,8%, em comparação com 2020, com uma acentuada diminuição das emissões indiretas (-99,1%). Este feito foi fruto do consumo de eletricidade 100% renovável, que compensou o acréscimo verificado nas emissões diretas (13,9%), valor que, no total, permitiu ir muito além da meta de redução aprovada para 2021 (-7%).

Estes resultados, que nos devem motivar a prosseguir políticas – e a assumir práticas diárias – que sustentem uma diminuição continuada dos consumos e do desperdício de recursos, no que constitui a melhor forma de materializarmos o nosso compromisso com a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais no desenvolvimento da atividade, continuam a representar um importante contributo para o esforço de otimização dos custos operacionais, mas fundamentalmente para a mitigação da pegada ecológica do Millennium bcp.

Millennium bcp

Numa visão consolidada – Portugal, Polónia e Moçambique -, o grupo BCP conseguiu, mais uma vez, uma redução significativa no consumo de um conjunto de recursos em 2021, face a 2020:

  • -23% Eletricidade
  • -9% Materiais
  • -13% Energia
  • -22% Água
  • -22% GEE

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Juros da dívida caem a dois, cinco e 10 anos depois de máximos de sexta-feira

  • Lusa
  • 6 Junho 2022

Juros das obrigações soberanas a dois, cinco e 10 anos recuavam, após terem subido na sexta-feira para máximos respetivamente desde julho de 2016, junho de 2017 e outubro de 2017.

Os juros da dívida portuguesa estavam esta segunda-feira a descer a dois, cinco e 10 anos depois de terem subido na sexta-feira para máximos respetivamente desde julho de 2016, junho de 2017 e outubro de 2017.

Às 8h25 em Lisboa, os juros a 10 anos recuavam para 2,424%, contra 2,465% na sexta-feira, um novo máximo desde outubro de 2017.

Neste prazo, os juros terminaram em terreno negativo nas sessões de 08, 11 e 15 de janeiro de 2020 e atingiram o atual mínimo de sempre, de -0,059%, em 15 de dezembro de 2020.

Os juros a dois anos também baixavam, para 0,798%, contra 0,806% na sexta-feira, um novo máximo desde julho de 2016, e o mínimo de sempre, de -0,814%, em 29 de novembro de 2021.

No mesmo sentido, os juros a cinco anos caíam, para 1,680%, contra 1,714% na sessão anterior, um novo máximo desde junho de 2017, depois de terem recuado para o atual mínimo de sempre, de -0,506%, em 15 de dezembro de 2020.

Os juros de Espanha e Itália também recuavam em todos os prazos, enquanto os da Grécia desciam a dois e a cinco anos e subiam a 10 anos.

Os juros da Irlanda baixavam a dois anos e avançavam a cinco e a 10 anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Glennmont/BNZ: “Temos planos para oito projetos diferentes em Portugal, que variam entre 40 e 98 MW de capacidade”

  • ECO
  • 6 Junho 2022

A empresa produtora independente de energia confirma "planos ambiciosos" para Portugal, que incluem a construção da sua primeira central solar fotovoltaica na região Norte ainda este ano.

“O potencial de crescimento das energias renováveis nos próximos anos é muito elevado e, portanto, muito atrativo para os investidores, mesmo com a subida das taxas de juro”. É esta a visão de Luis Selva, managing director da BNZ/Glennmont Partners, uma produtora independente de energia que desenvolve e opera projetos solares fotovoltaicos no sul da Europa, e Jordi Franchesch, head of asset management e chief risk officer da gestora de ativos Glennmont Partners.

No que diz respeito a Portugal, a opinião também é otimista, com os empresários a considerar o país como um dos que tem maior potencial no setor das energias renováveis da Europa, mas apontam alguns dos desafios que ainda precisa de ultrapassar para se destacar, nomeadamente ao nível da velocidade na atribuição de licenças administrativas, um entrave também verificado em Espanha e Itália.

A empresa já recebeu autorização para avançar com a sua primeira central solar fotovoltaica em território português ainda este ano, na região Norte, e os responsáveis confirmam nesta entrevista “planos ambiciosos” para o País.

Quais são as principais oportunidades que existem no investimento na energia solar em Portugal?

Enquanto Espanha, Itália e Portugal (onde a BNZ está focada) têm enormes possibilidades, existem diferenças óbvias entre eles. Portugal é um dos países com maior potencial no setor das energias renováveis na Europa e reúne as condições necessárias para um ótimo desenvolvimento no domínio das energias renováveis. Uma das opções da BNZ em Portugal é exportar a energia produzida para os compradores externos, interessados em assinar Contratos de Aquisição de Energia (CAE), o que garantiria um preço previsível da eletricidade para o comprador da nossa eletricidade produzida e vendida em Portugal, gerando retornos estáveis para os nossos investidores.

Além disso, os CAE permitem-nos aumentar a notação de crédito do nosso projeto devido à qualidade da notação do crédito das contrapartes dos CAE, que poderiam ser portuguesas ou internacionais. A indústria portuguesa tem pouca tradição na assinatura destes CAE, mas está a evoluir rapidamente, por isso convencê-los é um dos nossos próximos grandes desafios.

Para além do grande potencial de energia solar em Portugal, temos vindo a construir boas relações com importantes stakeholders. Estamos em contacto com municípios e freguesias onde estabelecemos a nossa presença local dentro de cada comunidade, ouvindo as autoridades locais e respondendo às suas necessidades e preocupações. Para além de gerar energia verde e oportunidades de emprego, os nossos projetos acolherão também visitas de educação pública e, quando apropriado, contribuirão para iniciativas financiadas pela comunidade local. Cada um dos nossos projetos será escrupulosamente concebido de modo a assegurar que vai mais além nas políticas da ESG e no apoio à biodiversidade, atuando eticamente em todos os aspetos do negócio da BNZ.

Quais os principais constrangimentos e como podiam ser resolvidos?

Tal como em Espanha e Itália, as licenças administrativas em Portugal são demasiado lentas devido ao grande número de pedidos que estão a ser apresentados. No total, 35% dos projetos da BNZ para o mercado português já têm a aprovação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o que é um dos passos cruciais para projetos de grande escala.

Responder a este desafio implica tornar todo o processo burocrático mais rápido, tanto em Portugal como nos outros países em que operamos.

Jordi Francesch, Head of Asset Management e Chief Risk Officer da Glennmont Partners e Luis Selva, Managing Director da BNZ/ Glennmont Partners, explicam os planos da empresa para Portugal, que incluem oito projetos diferentes de energia.

Em que ponto estão os projetos em desenvolvimento pela Glennmont /BNZ em Portugal?

Temos planos ambiciosos e firmes para Portugal. A BNZ está constantemente a analisar e avaliar oportunidades no mercado português e planeia anunciar projetos interessantes no futuro. Os nossos planos atuais envolvem o desenvolvimento de oito projetos diferentes em Portugal, projetos que variam de 40 a 98 MW de capacidade e estão concentrados nas regiões Centro e Norte.

Anunciámos recentemente o primeiro destes projetos onde a BNZ obteve autorização na Região Norte de Portugal para iniciar a construção de uma central solar fotovoltaica na comunidade intermunicipal do Ave, com uma capacidade instalada de 49 MWp. Prevemos que a central esteja operacional até ao final de 2023.

Quais os planos para o futuro? Existe alguma previsão para o investimento em Portugal nos próximos anos ou uma meta em termos de MW?

Planeamos iniciar a construção no terceiro trimestre deste ano e terminá-la no quarto trimestre de 2023. Esta será a primeira central da BNZ a ser construída em Portugal, onde esperamos instalar uma capacidade aproximada de 400 MWp até 2024.

O crescimento virá sobretudo da construção de novos projetos ou da aquisição de portefólios já existentes?

O nosso core business é sobretudo iniciar projetos a partir do zero, mas não descartamos a aquisição de projetos existentes para os integrar na nossa carteira, como já fizemos em Espanha, com uma carteira solar fotovoltaica de 473 MW no centro e sul do país.

Qual o impacto do contexto geopolítico na Europa e dos preços elevados da energia nas políticas para o setor?

A invasão da Ucrânia pela Rússia está a ter consequências geopolíticas globais. A volatilidade dos preços das matérias-primas aliada ao stresse nas cadeias de abastecimento globais está a criar um panorama desafiante para se operar. Os mercados europeus de energia são determinados pelos preços de custo residuais, e os preços do gás levaram o custo da eletricidade a níveis sem precedentes nos últimos meses. Os atuais preços são 4-5 vezes mais elevados do que a média de 2018-20.

Relativamente ao nosso portfólio em desenvolvimento, este ambiente de preços em alta confirma (ainda mais) a energia renovável como sendo acessível, fiável e uma garantia para a independência energética dos países europeus. As estruturas de compra a longo prazo oferecidas no mercado proporcionam segurança nos preços e uma cobertura contra a volatilidade dos preços para os consumidores finais.

Qual o impacto da subida das taxas de juro no financiamento do setor?

A emergência climática está a levar governos, empresas e famílias a acelerar a transição energética para o net zero. Tendo isto em conta e a elevada dependência da nossa economia face aos combustíveis fósseis importados para gerar eletricidade, transportes e manufatura, o potencial de crescimento das energias renováveis nos próximos anos é muito elevado e, portanto, muito atrativo para os investidores, mesmo com essa subida das taxas de juro.

O aumento do custo dos painéis fotovoltaicos e outros fatores de produção devido à inflação e ao crescimento da procura na Europa poderá reduzir a rentabilidade dos projetos? Ou os custos mais elevados serão compensados pela venda da energia com preços superiores?

Os rendimentos de um projeto não se baseiam exclusivamente nos custos de alguns componentes. Como o mercado europeu de energia está a evoluir para longe dos combustíveis fósseis e da estabilidade elétrica das suas centrais elétricas, os reguladores do mercado de energia estão a encontrar novas utilizações para projetos de energias renováveis, para além da óbvia geração de energia limpa, como a regulação da frequência ou da energia reativa. Todos eles geram vários fluxos de receitas que equilibram as variações do mercado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.